Logística Prof Dilcimar Araújo 01-055701/D e-mail: [email protected] Operador Logístico • Operadores logísticos (Third-Party logistics (3PL) (em inglês)) envolvem o uso de companhias externas para realizar funções logísticas que anteriormente eram realizadas dentro da empresa (Robeson et al., 1994, p. 20) Operador Logístico HISTÓRIA • Os operadores logísticos devem existir desde que existe comércio mas, provavelmente eram conhecidos de uma forma menos glamurosa e com retornos bem inferiores. • Com as grandes taxas de juros e fortes esforços em reduzir os níveis de stocks durante as décadas de 70 e 80, uma mudança significativa ocorreu para os operadores logísticos. Os gestores decidiram concentrar-se nas suas competências fulcrais e deixar os outros assuntos a parte, dando assim lugar aos operadores logísticos. Entre outros, o guru da gestão Peter Drucker vê este tipo de serviço como em pleno crescimento (Robeson et al., 1994, p. 46). Operador Logístico O que são e que funções desempenham • As atividades logísticas requerem uma aplicação intensiva de capital. Para mover e armazenar materiais e distribuir produtos é necessário muito espaço de armazenamento, equipamentos, mão-de-obra e cada vez mais são necessários também computadores com hardware e software específico (Robeson et al., 1994, p. 508). Os operadores logísticos são companhias externas que são contratadas para realizar funções de gestão e distribuição dos materiais de determinada empresa. No típico contrato logístico, o fornecedor do serviço integra mais que uma funcionalidade dentro da cadeia de abastecimento. Operador Logístico O que são e que funções desempenham Uma diversa área de atividades é fornecida, como por exemplo : • Consolidação da carga de diversos locais; • Gestão do transporte de materiais entre diversos armazéns; • Desconsolidação ou reconsolidação de produtos no armazém central para entrega em remessas nas lojas; • Gestão das cargas de transporte para as lojas. Operador Logístico O que são e que funções desempenham CANAL LOGÍSTICO Operador Logístico O que são e que funções desempenham Os operadores logísticos também fornecem suportes físicos e infra-estruturas, tais como: • Caminhões; • Armazéns; • Serviços de mão-de-obra e gestão; • Serviços específicos (em alguns casos) incluindo: – – – – – Gestão do inventário; Preparação da produção; Planejamento estratégico da distribuição; Aquisição de locais; Disposição do armazém. Operador Logístico Quando recorrer a operadores logísticos No clima atual de recursos seriamente limitados, é necessário para sobreviver conseguir uma produtividade competitiva. Como tal, cada vez mais os gestores colocam questões fundamentais nas áreas da logística. Questões como: • O que se está, precisamente, disposto a pagar por cada atividade logística?; • É realmente preciso o controle direto das atividades logísticas da empresa?; • Pode-se suportar uma organização interna na empresa focada apenas na logística?; • É possível a redução de custos com a contratação de atividades logísticas a um operador logístico?. Operador Logístico Quando recorrer a operadores logísticos • Embora de extrema relevância os custos representam apenas metade do importante. A outra metade é o serviço. O canal logístico forma um dos interfaces chave de um negócio, conectando a empresa com os seus fornecedores num dos lados e os seus clientes no outro. Uma quebra ao longo deste canal, seja ela devido a uma falta de comunicação relativamente a uma encomenda, a falta de material ou componentes, um atraso ou danificação nas entregas podem ter efeitos devastadores na relação entre o cliente e o fornecedor. Como as cadeias de abastecimento e de distribuição na logística têm vindo a ficar cada vez mais complexas, as oportunidades para falhas em qualquer uma delas tem vindo a aumentar também. Operador Logístico Quando recorrer a operadores logísticos Os gestores, face a estas situações e à elevada competitividade com altos níveis de qualidade, têm que colocar outro conjunto de questões fundamentais: • Consegue-se manter a qualidade sem o controle direto das atividades logísticas da empresa?; • É prudente abandonar o desenvolvimento do conhecimento interno da empresa na área da logística?; • Se subcontratarmos o controle das atividades logísticas da empresa não estaremos a lidar só com uma redução nos custos, mas com uma perda de contato direto com os clientes a um período curto de tempo?. Operador Logístico Quando recorrer a operadores logísticos A subcontratação de atividades logísticas a uma empresa externa representa uma grande oportunidade em alguns casos mas, representa também riscos em outros. A incerteza inerente na subcontratação, é de fato uma das maiores razões de existirem muito poucos contratos logísticos. No fundo, é sempre mais fácil manter o status quo mas, ignorar o potencial adjacente a um contrato logístico é talvez o caminho com mais riscos deles todos. Apenas um olhar mais experiente e uma análise profunda dos custos e benefícios podem ajudar uma empresa a reconhecer se a subcontratação é ou não uma alternativa melhor que a enfrentam atualmente (Robeson et al., 1994, p. 508). Operador Logístico Benefícios Com o ambiente competitivo dos dias de hoje as empresas estão constantemente em busca de uma maneira de melhorarem a sua eficácia operativa alcançando vantagem competitiva. Um número de fatores ambientais tem vindo recentemente a dificultar essa busca, criando desafios particularmente nas funções logísticas: Operador Logístico Benefícios • O abrandamento da economia mundial aumentou a pressão para reduzir os custos totais tentando aumentar a margem de lucro; • A globalização da produção e distribuição tem vindo a aumentar a complexidade e os custos das funções logísticas; Operador Logístico Benefícios • A competição tem forçado muitas companhias a expandir a diversidade de produtos para se manterem competitivas, aumentando assim a sua responsabilidade perante o cliente, reduzindo o tempo de vida dos produtos, mas adicionando complexidade e custos logísticos; • A restrição de capital que muitas companhias enfrentam, significa que em alguns casos o referido capital apenas está disponível para ser empregue em atividades essenciais como a produção e desenvolvimento de novos produtos. O capital para renovar bens logísticos e melhorar os sistemas de informação logísticos é reduzido. Operador Logístico Benefícios • Quando corretamente implementados, os operadores logísticos podem ajudar a cumprir estes desafios. O potencial na redução de custos da subcontratação tem sido provado a nível mundial, onde muitas empresas tem conseguido reduções substanciais nos gastos logísticos. Operador Logístico Benefícios • Nomeando apenas algumas vantagens de utilização, os operadores logísticos podem permitir à empresa a redução na realização de transportes em economias de escala através de rotas mais diretas e envios porta a porta. Também, um melhor planejamento e uma melhor previsão na cadeia de abastecimento significam resultados importantes na redução de emergências, como ter que recorrer a transportes de última hora ou serviços pontuais de avião e camião Operador Logístico Barreiras à implementação • As razões que levam a este tipo de serviço ser tão pouco utilizadas são várias, podendo por vezes ser barreiras complexas. A subcontratação da gestão da cadeia de abastecimento é muito mais complicada que adquirir um simples contrato de um serviço transporte. Operador Logístico Barreiras à implementação • As funcionalidade afetadas por todos envolvidos na decisão incluí não só a logística mas também a produção, vendas, marketing e até mesmo as finanças. Conforme o número de funções aumenta, o processo de decisão torna-se mais complicado e como a subcontratação logística é um conceito recente, os procedimentos internos pra acomodar as decisões da mesma ainda não foram formalizados. Controle de Estoque • O controle de estoque, principalmente no que tange aos produtos acabados, pode ser dividido em duas categorias: método de empurrar estoques e método de puxar estoques. Antes mesmo do detalhamento de cada um dos métodos, podemos dizer que ambos possuem vantagens e desvantagens e que não existe um melhor do que o outro. Devemos sempre analisar a possibilidade de utilizar qualquer um dos dois e de verificar qual deles gera o menor custo global para a organização. Veja, então, os dois métodos. Controle de Estoque • No método de empurrar estoques, as organizações que possuem vários centros de distribuição (CDs) enviam a partir do seu CD central para os outros CDs certo volume de produtos, calculado a partir de uma expectativa de consumo de cada um dos CDs, sem haver pedido destes para o CD central. Controle de Estoque • No método de puxar o estoque, em contraposição ao método de empurrar estoques, são os diversos CDs da rede que fazem pedidos ao CD central em função de suas necessidades de reposição de estoques, tornando o controle de estoque mais preciso e refinado. Por conta desse melhor controle, usualmente conseguimos volumes totais de estoque menores e, por conseguinte, custo de estoques menores. Controle de Estoque • O gerenciamento de estoque pelo método de puxar estoque pode ser dividido nas seguintes técnicas: estoque para demanda, ponto de reposição (quantidade fixa, período variável) e reposição periódica (quantidade variável, período fixo). Controle de Estoque • O estoque para demanda visa a manter os níveis de estoque no mesmo nível de sua demanda. Para tanto, devemos estimar a demanda por um período, por exemplo, um mês, e calcular a demanda, consumo de um mês. Assim, todo início de mês, devemos fazer um pedido igual a demanda calculada para o período menos o volume total em estoque. Com isso, mantemos o nível de estoque no mesmo nível da demanda. Esse é um método muito simples de controle, e é justamente pela sua simplicidade que ele consegue ser facilmente implantado e usado pelas organizações, sendo essa a sua grande e única vantagem. Controle de Estoque • O método de estoque para demanda é conhecido como método do estoque mínimo e tem por função manter o custo de estoque dentro de uma faixa ótima. Isto é, se o estoque for muito grande, os custos de manutenção serão altos. Em contrapartida, se o estoque estiver muito pequeno, pode haver Perda de Venda ou ocasionar paradas de produção. • O que se pretende realmente responder com esse método são duas perguntas: quando comprar? Quanto comprar? Controle de Estoque • Para responder à primeira pergunta, primeiramente calculamos a taxa de demanda (d), que representa quanto a organização consome do produto que está utilizando em um período de tempo, semana, mês etc. Depois, calculamos ou informamos o tempo de ressuprimento ou lead time (LT), ou seja, o tempo compreendido entre a organização colocar o pedido no fornecedor e o entregar na fábrica. Controle de Estoque • Com esses dois dados, calculamos o Ponto de Reposição, ou seja, o nível de estoque que uma vez atingido deve disparar um pedido de compra. Como existem incertezas tanto na taxa de demanda como no tempo de ressuprimento, devemos acrescentar o valor do Estoque de Segurança (ES), estudado anteriormente, que representa um volume de estoque para proteger a organização contra as incertezas. Controle de Estoque • O ES é calculado pela fórmula ES = d . k, em que d é a taxa de demanda e k é o fator de segurança arbitrado proporcionalmente ao Nível de Serviço desejado para o item. Assim, calculamos o Ponto de Reposição pela fórmula: PR = d . LT + ES. Controle de Estoque • Para responder à segunda pergunta: quanto comprar? Utilizamos o que se convencionou chamar de Lote Econômico de Compra (LEC), também, conhecido como Economic Order Quantity (EOQ). Controle de Estoque • Para sua aplicação, devemos conhecer as premissas básicas do modelo: demanda conhecida e constante, não há restrições para tamanho de lote (capacidade de produção, tamanho dos modais de transporte, fornecimento infinito etc.), somente os custos de setup ou de pedido e de guarda de estoque são relevantes, decisões tomadas para um item não afetam os demais, não há incerteza no LT, o reabastecimento é instantâneo no fim do tempo de entrega e não existem restrições de qualquer natureza (capital, espaço). Controle de Estoque • Para calcular o LEC devemos calcular o custo total pela fórmula: CT = CA + CP, em que CT é o custo total, CA é o custo de armazenagem e CP é o custo de fazer o pedido. Controle de Estoque • Como podemos ver no gráfico, o custo total mínimo se dará quando houver a intercessão da curva do custo de armazenagem com a curva do custo de fazer o pedido, ou seja, quando CA for igual a CP. O custo de armazenagem CA é calculado pela fórmula CA = EM . CE, em que EM é o estoque médio e CE o custo unitário de estocagem. Controle de Estoque Controle de Estoque • O método de reposição periódica objetiva aproveitar a situação de se obter ganhos em fazer um pedido com mais de um produto a um mesmo fornecedor visando ganhos no transporte e descontos no valor total do pedido. Controle de Estoque • Nessa técnica, conhecida como quantidade variável, período fixo, fazemos em ciclos de tempo fixos, ou períodos fixos, apurações dos níveis de estoque para os produtos. • Determinamos um nível máximo de produto em estoque e calculamos o lote de pedido como sendo o nível máximo de estoque menos a quantidade apurada em estoque. Controle de Estoque • Como temos todos os volumes de reposição, baseados no cálculo explicado anteriormente, podemos, então, fazer um pedido para um fabricante de diversos produtos, sob intuito de conseguir as vantagens, também, explicadas anteriormente. A maior dificuldade dessa técnica é calcularmos o ciclo de tempo para as apurações de estoque e o volume máximo de estoque admitido. Controle de Estoque • A Curva ABC pode ser considerada como um dos métodos de controle de estoque que se aplica a matérias-primas e a produtos acabados. Apesar de não ser um método de gerenciamento de estoque, é importante entender essa ferramenta, pois com ela é possível concentrar os esforços de gerenciamento nos produtos que realmente geram impactos significativos nos resultados do gerenciamento. Localização • As questões de localização dizem respeito à escolha dos melhores locais físicos para a instalação de plantas industriais, centros de distribuição ou garagens de veículos, entre outros. Localização • Além do custo fixo da instalação das facilidades citadas, o que normalmente é muito elevado, uma localização mal escolhida acarreta custos operacionais constantes ao longo de toda a operação logística da organização, permanentemente. Isso ocorre em função das distâncias percorridas para receber suprimentos e/ou fazer a Distribuição Física para os clientes. Localização • No caso de garagens de veículos, a localização pode gerar percursos de viagens mais longos, acarretando o aumento de frete (custo), a diminuição no Nível de Serviço ou, ainda, a perda de margem de lucro – no caso de uma organização privada. A localização pode ser avaliada sob duas óticas: Quantitativa e Qualitativa. Localização • A avaliação Quantitativa é realizada por meio de modelos matemáticos específicos. O modelo mais utilizado é o equilíbrio do centro de gravidade. Esse modelo, em linhas gerais, busca encontrar um ponto espacial que esteja equidistante de todos os pontos de demanda, de distância física e econômica. Localização • Uma maneira de simplificar esse problema é considerar somente as áreas disponíveis e, assim, o universo de busca se torna bem menor. Outro aspecto muito importante é a questão financeira, que, apesar das indicações do modelo anteriormente explicado, deve considerar o custo da implantação da facilidade, o custo fixo em relação ao custo variável pelo período considerado como vida útil da facilidade e, a partir dessa comparação, analisar a viabilidade do ponto escolhido. Localização Localização • Na avaliação Qualitativa, que não é de maneira alguma menos importante que a avaliação Quantitativa, muito pelo contrário, em alguns momentos é até mais relevante, devem ser observados os seguintes tópicos: mão de obra qualificada disponível, legislação (ambiental, trabalhista etc.), incentivos fiscais, estabilidade política, urbanização (escolas, hospitais etc.), infraestrutura logística (vias de acesso, centros de distribuição, telecomunicação etc.), reação da sociedade, disponibilidade de energia, cultura/idioma e outros. Localização • Se você analisar a localização pela ótica da prestação de serviço público, verá que a opinião da comunidade, as carências sociais e a história local são fatores importantes para o serviço público. Muitos desses itens são difíceis de mensurar, no entanto, são de vital importância para a tomada de decisão do local onde serão instaladas as facilidades. Localização • Alguns deles até mesmo inviabilizam por completo a instalação da facilidade. Como exemplos, citamos: questões ambientais, rejeição da sociedade, entre outros. Outros não inviabilizam diretamente, mas oneram tanto os custos que acabam tornando o empreendimento inviável economicamente. • Nesse caso, citamos a disponibilidade de energia, a carência de infraestrutura logística, a urbanização, entre outros. Localização • Por fim, alguns itens dificultam a atração de pessoas para trabalhar nesses locais. Os principais fatores são: a urbanização, a instabilidade política, a cultura/idioma, entre outros. Localização • A disponibilidade de mão de obra qualificada é um fator que reduz custos, pois pessoas que se deslocam de um local para outro normalmente exigem salários maiores e benefícios. Além disso, mão de obra “importada” usualmente não se fixa no lugar, tendo sempre em mente a possibilidade de retornar para seu lugar de origem. • Em serviços, ainda podemos considerar a concentração de demanda, a facilidade de acesso, a conveniência para os clientes etc. Localização • Um fator importante na instalação de uma facilidade logística é a estabilidade política, pois, normalmente, no caso de reviravolta política, de golpe de Estado, de guerrilhas, entre outros, não podemos retirar todos os bens que foram construídos ou instalados. Localização • Além do que, pode haver a interrupção das operações e do retorno ao local. Assim, na situação descrita anteriormente, a organização pode perder parte ou a totalidade de seus investimentos em um país. Como exemplo, temos a Petrobras, que teve perdas consideráveis na Bolívia por ocasião da troca de governo. Localização • Os incentivos fiscais e tributários devem ser analisados com muita cautela, pois podem ser oferecidos por uma legislatura e retirados por outra. • Portanto, qualquer definição usando esse argumento como decisivo deve ser bem analisada e fundamentada com o máximo de documentos possíveis.