JESUS SE APROXIMA E ESCUTA 13 – o caminho acontece ao longo da história da salvação, portanto o ato de caminhar indica o desenvolvimento da história da salvação, (Gn 12,1-3; Ex 15--20). 14 – Deus se comunica pelo caminho que se faz. Hoje Ele se comunica pelo caminho de cada um e pela comunidade eclesial. É sempre um processo de crescimento na fé ao longo do caminhar da vida dos catequistas e catequisandos 16 – Jesus é modelo de caminhante evangelizador. Ele mesmo se auto definiu como o caminho (Cf. Jo 14,6). 17 – na caminhada Jesus sempre se aproxima tornando presença e instruindo os discípulos, curava os doente e pecadores, falava do Reino, ensinava a bem viver, a dignidade, o respeito. Caminhou com eles entre a Galiléia, Samaria e Judéia em direção a Jerusalém (Cf. Mt 4,23-35). 18 – no início da Igreja estar no caminho era assumir a proposta de Jesus, que eles entendiam como anúncio da Boa Nova e criar comunidades cristãs. 19 – para falar da fidelidade de Jesus como caminho é que foi necessário escrever o Novo Testamento, documentos... (Ex. Didaqué (165) “há dois caminhos: da vida, amor a Deus, ao próximo e o da morte, perdição” Did 1,1). 20 – através da história a Igreja foi definindo seu ser, crer conviver, agir e celebrar. Um exemplo disso são os documentos da Igreja. 21 – toda a caminhada histórica amadureceu a Igreja definindo seu modo de ser e agir (Doc 26, CNBB 1983 catequese renovada, orientações e conteúdo) Caminho de Emaús A descrição do caminho de Emaús é muito rica de conseqüências evangelizadoras. A iniciativa é de Jesus (aproximou-se e pôs-se a caminhar com eles Lc 24,15). Aproximar-se é conhecer e sentir a necessidade do outro. Os discípulos haviam escutado tudo o que iria acontecer, dor, sofrimento, morte e ressurreição, mas ficaram com a lembrança apenas da sexta-feira Encontro transformador, de uma nova experiência, de mudança de mentalidade. Os corações começam arder. Quando arde o coração, se restabelece as energias. Jesus quer ouvir as preocupações, aproxima, busca diálogo • Interessar-nos pelo outro • Escutá-lo • Acolhê-lo partilhando e ouvindo seus desabafos, os desafios que enfrenta • Dispor para a acolhida, meio privilegiado de chegar ao coração das pessoas. • Exige mudança da nossa pedagogia pastoral Jesus entra pela porta das preocupações que ocupava o coração dos discípulos. A decepção dos discípulos está na falta de compreensão da morte de cruz. Quando a tristeza toma conta do coração humano, perde-se a capacidade de ver e analisar a vida e os acontecimentos com mais lucidez. Todos carregam dentro de si inquietudes, questionamentos dúvidas. A isso exige catequese que esteja atenta às interrogações. Processo interativo. A própria vida da comunidade é catequizadora, alimenta na fé, aprofunda a intimidade com Deus na oração, na liturgia, nos trabalhos pastorais, na consciência social. O DA insiste no discipulado, para o qual o encontro com o Cristo vivo é indispensável. Discipulado não é ponto de chegada, mas processo : “ser discípulo é dom destinado a crescer” (DA 291) Desafios para a catequese, a liturgia, pastorais sociais, movimentos a partir de Aparecida: a) Como se dá nossa vida e encontro com Cristo? O que facilita esse encontro? b) O que estamos fazendo para colaborar com as pessoas que se encontrem com o Senhor no caminho de discípulos missionários? c) O que ensina, para a nossa ação pastoral, a atitude de Jesus em aproximar-se dos discípulos e acompanhá-los na caminhada? ABRINDO TAMBÉM NOSSOS OLHOS PARA NOSSA REALIDADE Também nós sermos discípulos, ver nossa própria realidade. Contexto sócio-cultural bem concreto (DA 367). Um dos discípulos não tem nome • O povo na rua (DA 407) • Os migrantes (DA 412) • Os enfermos (DA 417 • Os dependentes de droga (DA 421) • Os presidiários (DA 427) Os sem nome, os insignificantes e esquecidos podem estar também dentro da Igreja: - Muitas vezes formada por comunidades massivas; - Sem acolhida; - No anonimato eclesial; - Sem respostas aos seus problemas; - Sem espaço para exercer seu ministério para sentir-se responsável pela comunidade Olhar de Aparecida sobre nosso mundo Supervalorização da subjetividade individual, caindo no individualismo que enfraquece os vínculos comunitários, deixa de lado a preocupação pelo bem comum, Olhar de Aparecida sobre nosso mundo se veicula pelos meios de comunicação uma determinada visão da realidade, leva as pessoas a viverem somente o presente, o imediatismo, sem projetos a longo prazo, sem preocupação com a ética, sem compromissos com a pessoa, a família e a comunidade. No campo econômico, a globalização tem seu lado positivo como acesso a novas tecnologias, mas também o lado negativo, com risco de grandes monopólios e de converter lucro em valor supremo No campo sócio político, positivo: políticas públicas por parte dos países nos campos da saúde, educação, alimentação, previdência social, acesso à terra e à moradia, criação de leis de emprego. Negativo a corrupção, impunidade. A vida social está se deteriorando (roubos, assaltos). Olhar de Aparecida sobre a Igreja Constata que a Igreja, apesar de suas deficiências e ambigüidades, tem exercido um importante papel de serviço, particularmente aos mais pobres. Com sua voz, tem ajudado a promover a justiça, os direitos humanos e a reconciliação dos povos. Seu empenho em favor dos pobre em muitos casos, redundou em perseguição e morte. Entretanto há muitas sombras e deficiências, tais como: insuficiente número de presbíteros, religiosas para atender bem as crescentes necessidades do povo... ... falta de uma linguagem adequada à cultura vigente, dificultando a transmissão da fé, a fraca presença na Igreja na geração de cultura em especial no meio universitário e na comunicação social, falta de preparo dos agentes pastorais e de catequistas, que dificulta a qualidade dos serviços. PARTE III Aprender agindo com o Mestre A MISSÃO 85 – a Palavra de Deus ajuda a entender os fatos e aquece o coração. Ela indica o caminho, impulsiona ao dinamismo e à missão com ardor renovado. Faz sair do coração e vai para a mente, pois a consciência move os pés... 86 – ao reconhecer Jesus, retornam a Jerusalém com um novo olhar, nova motivação, com uma luz no horizonte. Quando caminhavam de dia, estavam como nas trevas. 87 – também nós precisamos do re-encantamento na fé, pois a rotina em vez de atrair ás vezes afasta. É preciso ir além de uma pastoral de conservação (Cf. DA 370). 89 – o caminho do discipulado é sustentado por uma mística e uma espiritualidade do segmento de JC. 90 – a espiritualidade orante (lectio divina) dá sentido à missão, ajuda a valorizar a dignidade da pessoa humana, formar comunidade, ser mais justo e mais fraterno... a) com estão acontecendo, entre nós, as experiências de mudança? c) que iniciativas a comunidade eclesial precisa tomar para alimentar a esperança do povo? Mesmo caminho: novo Espírito 93 – uma catequese evangelizadora ajuda a formar discípulos (Cf. DNC 34). Ensina ser Igreja, fortalece a comunidade para assumir os ministérios e serviços, faz conhecer e unir-se ao Senhor. 94 - a catequese abrange diversos aspectos, etapas, níveis e dimensões que integram numa pastoral orgânica de conjunto. Ela é interação entre vida, doutrina e a Palavra, despertando para a missão. O ano catequético nacional (2009) quer ser motivação de toda a Igreja na valorização da catequese (Cf. DNC 233). 95 – o DNC que “o futuro Pistasdiz de ação da evangelização e da catequese é fazer discípulos, aceitar Deus na própria vida por meio da comunidade, do pão da Palavra e da Eucaristia” (Cf. DNC 34). 96 – um dos eixos do DNC e do DA é a formação para o discipulado (Cf. DNC 34; DA 243). Para isso requer um tempo de aprendizagem, para ter uma experiência concreta de adesão a Jesus. (Cf. Mt 28,19-20). 97 – o eixo gira em torno do sacramento do Batismo e da Confirmação. Isto é, toda e qualquer iniciativa da Igreja deve se pautar por esta proposta: fazer discípulos missionários, em cujo processo, a catequese tem um papel preponderante. a) qual o lugar da evangelização e da catequese na vida do cristão e da comunidade eclesial? c) a catequese, em sua comunidade, está formando discípulos missionários?