Na Póvoa de Lanhoso, uma vila acolhedora do Minho, um grupo de amigos andava entusiasmado, dado que o Natal se aproximava. Como eram solidários e bastante bondosos, reuniram-se no jardim da vila para conversarem e combinarem o que iriam fazer na noite de Natal. Com efeito, pretendiam arranjar uma forma diferente de celebrá-la. Maria, Inês, José e Pedro, depois de muito pensarem, decidiram lançar um desafio a todos os jovens povoenses, ou seja, passarem a noite de Natal junto das pessoas menos afortunadas. Assim, foram de imediato falar com a diretora da escola, a doutora Luísa Rodrigues. Esta ouviu-os atentamente e ficou muito entusiasmada com a inusitada ideia destes alunos. Por conseguinte, decidiu fazer um comunicado e dá-lo a conhecer a toda a comunidade escolar. No dia seguinte, todos os alunos da Escola EB2,3 Professor Gonçalo Sampaio ficaram a conhecer a iniciativa. De imediato, chegaram à direção da escola pedidos de jovens que pretendiam celebrar o Natal a ajudar os outros. Um mar de solidariedade invadiu os corações dos bondosos alunos povoenses que nunca dizem que não a uma nobre causa. Com a ajuda dos professores de Educação Moral e Religiosa Católica formaram os grupos de alunos que iriam passar a noite de Natal no Hospital António Lopes, na Santa Casa da Misericórdia, na Fundação da Assis, e noutros centros de dia do concelho. Era noite de Natal e, no céu, milhares de estrelas cintilavam e iluminavam a linda vila da Póvoa de Lanhoso. À semelhança do céu, também as casas estavam iluminadas e, no seu interior, as famílias celebravam alegremente o nascimento do Menino Jesus. Os grupos de alunos dirigiram-se para os locais combinados. Assim que lá chegaram, foram recebidos com rasgados e os mais sinceros sorrisos, isto é, aqueles que aquecem prontamente o coração. Foi uma noite diferente, uma noite em que se celebraram os afetos. Afinal, nenhum destes jovens sentiu falta dos presentes, visto que foram eles que receberam o melhor presente, o carinho daqueles a quem a vida, por algum motivo, desamparou. Em conclusão, a essência e o verdadeiro espírito de Natal podem estar em pequenos e simples gestos como os destes jovens. 7ºA