O
CONHECIMENTO DO BRASIL NO ESPAÇO DA
HUNGRIA E DA EUROPA DE LESTE
Prof. Dr. Ferenc Pál
Universidade Eötvös Loránd de Budapeste,
Hungria
1
Problemas metodológicos
• O da língua, como possível via de comunicação entre
diferentes culturas
• O de história ou problemas geográfico-históricos.
Brasil — parte do mundo Português, que supõe a
primazia de Portugal, como metrópoli e
dono da língua,
— uma entidade independente e neste segundo
caso, a partir de que data.
• O do estudo da presença do Brasil — por uma via
quantitativa ou por uma qualitativa?
2
Uma via qualitativa
• Esta pode mostrar ou demonstrar se houve
momentos de um acolhimeno mais íntimo.
• Michael Riffaterre escreveu falando sobre a
intertextualidade que só aquelas obras são
realmente conhecidas que tem um valor
conotativo e tornam-se significativos dentro do
meio de recepção.
(“L’intertextualité est (...) le mécanisme propre à la lectura littéraire. Elle
seule, en effet, produit la signifiance, alors que la lecture, commune aus textes
littéraire e non littéraire, ne produit que le sens”. In: M. Riffaterre: La trace de
l’intertexte, La Pensée Outubro de 1980. Cita: Genette Palimpsestes, la
littérature au second degré. Paris, Seuil, 1982. p. 9.)
3
O problema do conhecimento da
língua, como veículo das informações.
A primeira tradução completa d’Os Lusíadas em
Húngaro saiu em 1865, e o tradutor, Gyula
Greguss, pelo menos lía em Português, pois
traduziu a obra do original. Há outro documento
que nos faz supor que havia pessoas que falavam
Português nesta altura na Hungria, pois em 1886
saiu em folhetins uma tradução de O Mistério da
Estrada de Cintra de Eça de Queirós, cujo
tradutor, Ede Somogyi traduziu o texto do
original.
4
O problema do conhecimento da
língua
• Na Polônia já em 1790 saiu uma tradução da
epopeia, cujo tradutor, Jacek Idzi Przybylski
segundo a investigadora, Kalewska, também
consultava o texto Português.
• As traduções de fragmentos d’Os Lusíadas
nascem em Tcheco em 1836 e em Croata, em
1884.
5
O problema do conhecimento da
língua
• Entre os primeiros emigrantes supostamente
haviam também Húngaros, porque na década
de 1850 já temos notícias do Brasil, que dizem
respeito às atividades dos magiares. No
número 44, de 30 de outubro de 1859, o
semanário de Budapeste, Vasárnapi Újság
informa na seção “Tárház” (‘Depósito’) que
“numa antologia geral, publicado no Rio de
Janeiro acham-se onze poemas Húngaros”.
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O problema do conhecimento da
língua
• No último terço do século XIX se estabelecia
uma comunicação mútua ou bilateral entre os
dois países. Sabemos das pesquisas de Ágnes
Szilágyi, que muitos do emigrantes, por não
terem encontrado condições favoráveis,
regressaram à Pátria, e entre eles muitos
deviam falar a língua.
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O problema do conhecimento da
língua
• O primeiro manual de Português para
Húngaros (e em especial para Húngaros que
emigravam para o Brasil) o Magyar-portugál
társalgó és nyelvtani alapelemek (‘Manual de
conversação Húngaro-Português e
fundamentos gramaticais’) da autoria de Sra. e
Sr. Albert Varga, foi publicado em São Paulo,
em 1936.
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O problema do conhecimento da
língua
Nos anos de pós-guerra, foram
publicados manuais do
Português do Brasil, na Hungria:
• Brazil-portugál-magyar
nyelvkönyv és szótár (‘Manual e
dicionário Brasileiro-PortuguêsHúngaro’) de Magda Kacsóh,
Békefiné, em 1947;
• Brazíliai portugál nyelvkönyv.
Magántanulók és tanfolyamok
számára (‘Manual da língua
Portuguesa Brasileira. Para
estudo privado e em grupo’) de
Ferenc Kordás, em 1947;
9
O problema do conhecimento da
língua
• Magyar-portugál szótár.
Nyelvtan, beszélgetések
(‘Dicionário HúngaroPortuguês. Gramática e
conversações’) de Gábor
Molnár com um apêndice ”a
vida Brasileira de hoje”,
1948
• e em São Paulo o
Gyakorlati portugál
nyelvkönyv (‘Manual prático
de Português’) de Frigyes
Patka (3.a ed. em 1951).
10
O problema do conhecimento da
língua
• O estudo/ensino da
língua Portuguesa
tomou um novo
impulso depois da
Revolução dos Cravos,
mas a partir de 1974 a
atenção, por razões
políticas, se dirigia mais
para o Português de
Portugal.
11
Inícios
O estudioso Húngaro László
Szabó, desvelando o
secreto da denominação
“la Húngara” ou “Canal da
Hungria” da Lagoa dos
Patos, no Rio Grande do
Sul, afirma que Magalhães
criou este topónimo, em
reconhecimento ao apoio
que recebera para suas
viagens dum magnate
Húngaro, Maximilianus
Transilvanus.
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Inícios
Um poeta e militar do século XVII,
Miklós Zrínyi (1620-1664) que
passou toda sua vida lutando
contra os Turcos, escreveu, em
1661, um panfleto intitulado: Ne
bántsd a magyart. Az török áfium
ellen való orvosság (‘Não maltrates
o Húngaro, Remédio contra o ópio
Turco’) em que lança um protesto
contra a invasão da Hungria pelos
Turcos.
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Inícios
Ao final de seu panfleto,
referindo-se à ameaça de das
terras magiares pelos turcos
exclama:
”Tenho notícias de que no Brasil
há terras desertas em
abundância, peçamos, pois,
ao rei espanhol uma
província, façamos uma
colônia, tornando-nos
cidadãos [daquele país]”.
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Séculos XVII e XVIII
• Nos séculos XVII e XVII, jesuítas Húngaros,
como János Zakariás e Dávid Fáy chegaram ao
Brasil como missionários e enviaram à Europa
descrições pormenorizadas acerca des terras e
populações com que travaram contato. Em
1720 foi publicado um Itinerarium peregrini
philosophi, Sinis, Japone, Cocincina, Canada et
Brasilia definitum, editado na Universidade
Arquiepiscopal, em Tyrnaviae por Franciscum
Szedlar e a Sociedade de Jesus.
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Nos jornais e revistas Húngaras da segunda metade do
século XIX muitas informações sobre o Brasil. Quanto à
presença do Brasil e das coisas Brasileiras no imaginário
Húngaro da época, as expectativas do público são bem
ilustradas pelo semanário Vasárnapi Újság.
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Século XIX
• As folhas do semanário Vasárnapi Újság trazem, em primeiro lugar,
notícias curiosas algumas vezes abordadas de forma científica,
sobre a flora e fauna Brasileiras, relatos sobre viagens a este país e
nomeadamente ao Rio de Janeiro,informando que a região atrai os
visitantes com a beleza da sua vegetação, mas que, na questão do
urbanismo, provoca má impressão aos viajantes europeus. Além de
seus aspectos exóticos, as notícias também mostram o Brasil como
parceiro comercial e cultural da Hungria.
• Um relato sobre a fauna do rio Amazonas e do Rio Negro. Nro. 14 de
1854, 4 de junho de 1854.
• Andersen – Dr. Hegedűs: Utazás a föld körül (’Viagem em torno da
Terra’). Nro. 29 de 1854, de 17 de setembro de 1854.
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As primeiras informações exatas sobre
o Brasil
Na grande enciclopédia da época:
A Pallas Nagy Lexikona
(‘A Grande Enciclopédia de Pallas’)
No terceiro volume, saído em 1893, publica-se um verbete
de aproximadamente 18 mil caracteres sobre os Estados
Unidos do Brasil, dando informações sobre seu território,
águas, clima, produtos, população, indústria e comércio,
constituição e administração pública, cultura e história
acompanhada de uma abundante bibliografia citando
obras em inglês, alemão e francês e inclusive em Português.
O verbete é muito atualizado, dado que trata de acontecimentos ocorridos em 1891,
mencionando como último acontecimento histórico a renúncia do presidente Fonseca
e a tomada de poder do vice-presidente Peixoto, ocorrida a 24 de fevereiro de 1991.
18
Século XIX
O “acolhimento” do
Brasil na Hungria
décimonónica
ilustra-o muito bem
que o Brasil aparece
nas obras dos dois
importantes
romancistas do
século, Mór Jókai
(18251904) e
Mikszáth Kálmán
(1847-1910).
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Mór Jókai, amigo do Imperador Brasileiro
Mór Jókai, escritor romântico muito popular, foi aliás um dos
escritores preferidos do imperador D. Pedro.
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Uma comunicação da revista literária Nyugat,
prestigiosa revista literária de Budapeste
da primeira metade do século XX
”[Mór Jókai] Tem amigos soberanos.
Dom Pedro, o interessante imperador
Brasileiro hospedou-se intencionalmente no Hotel ‘Angol királynő’, e não
no apartamento oficial, condigno a
um monarca, no Castelo de Buda, para poder ter
um contato mais íntimo e fácil com o seu parente
espiritual, o bondoso Mór Jókai.”
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Nas obras de Mór Jókai…
…aparecem o nome brazíliafa ( “pau-brasil”) e outras plantas
e animais caraterísticos da flora e fauna Brasileira como o
aguti ou agouti (cutia), a anakonda (anaconda), a fernambuc
fa (outro nome Húngaro do “pau-brasil”), guaraná
(medicamento feito do semente do guaraná) e guarana
kenyér (pão feito de guaraná), mangifa (Mangueira), onka
(onça, sic !).
A transcrição Húngara do nome deste felídeo supõe mesmo a
leitura de algum texto em que esse nome apareça em
Portugueês, pois só assim se explica a leitura (e por
conseguinte a pronúncia) incorreta do cé-cedilha.
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O Brasil nas obras de Jókai
Jókai escreveu obras de ficção
em que quer aparece o nome do
Brasil ou uma localidade
Brasileira, quer o o Brasil é o
espaço da ação, como no conto
Tíz millió dollár (‘Dez milhões de
dólares’) cujos personagens
passam uma semana no Rio de
Janeiro.
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Nos contos e romances de Jókai temos mais de duas
dúzias de referências ao Brasil
Hétköznapok (‘Dias úteis’, 1846), num episódio aparece uma mesa de
pau brazil no centro de uma sala (“brazíliafa asztal a középen”);
Fekete gyémántok (‘Diamantes pretos’, 1870) escreve que “... os
peruanos e os Brasileiros sempre pagam com prata...” ;
Az arany ember (‘O homem de oiro’, 1873) informa que “A capital do
Brasil é o Rio de Janeiro. É de lá que transportam para cá o algodão
e o tabaco, lá estão as minas de diamantes mais famosas. ”;
A jövő század regénye (‘O romance do século vindouro’, 1872) se
lêem divagações de teor económico: “Até não querermos mais do
que a importação do café, do algodão e do petróleo [...] incluindo a
China [...] o Japão e o Brasil...”.
Ahol a pénz nem isten (‘Onde o dinheiro não é deus’,1905) aparece
esta frase: “A farinha foi um produto Húngaro, o paquete Adria a
transportou até o Rio de Janeiro”.
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Kálmán Mikszáth na sua biografia
romanceada:
Jókai Mór élete és kora (‘Vida e época de Mór
Jókai’, 1905-1906) menciona o encontro do
imperador Brasileiro e do romancista Húngaro
"O imperador Brasileiro (Dom Pedro) não
aceitou a casa oferecida no Castelo de Buda,
aquando visitou Budapeste, porque queria
encontrar-se sem cerimônias, com o maior
espírito do século, esse tal Mór Jókai.”
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Kálmán Mikszáth
Mikszáth com naturalidade menciona o Brazil
nos seus escritos.:
“O (conde) Zichi em seu cavalo, que chegou a
parar na cavalariça do imperador Brasileiro,
cruzou a nado o mar Mediterráneo...”
ou noutro lugar:
“Continuam a criticar-me por ter conduzido sob
a mão a imperadora Brasileira na exposição de
Philadelphia.”
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A partir de 1920 a Brasil perde parcialmente a
carga de exotismo…
…que trazia nos relatos do século XIX e transforma-se, nos livros e artigos
de jornais, num lugar de trabalho duro e de vida cotidiana muito parecida
com a vida que se levava na Hungria . Neste espírito alheio ao
exotismo, além dos numerosos artigos na imprensa, vieram à luz
quase vinte obras de autores Húngaros.
Esse modo de reviver a realidade Brasileira encontra-se em obras
como a de Dezső Migend: A brazíliai aranyhegyek árnyékában (‘Sob
a sombra das montanhas de oiro Brasileiras’), o Dél-Keresztje alatt
(‘Sob o Cruzeiro do Sul’) de Béla Bangha, o Felhőkarcolók, őserdők,
hazátlanok (‘Arranha-céus, selvas, apátridos’) de Zoltán Nyisztor e
outros.
27
Depois de 1949, acontece um câmbio
de paradigma…
O Brasil, nos anos 1950, aparecia na prensa
Húngara como um país barbaramente explorado
pelo imperialismo internacional.
O povo Brasileiro, em especial os operários,
os jovens e os universitários lutavam
diariamente contra a exploração, a bomba
nuclear, o imperialismo norte-americano,
apoiando o movimento de libertação nacional,
a luta internacional pela paz.
O desejo desse povo era o de afiliar-se ao partido comunista,
a única força que podia salvar a nação Brasileira da derrota imediata,
segundo os jornais.
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Depois de 1949, acontece um câmbio
de paradigma
No período que ia de 1949 a 1955, foam publicados apenas artigos
que serviam aos fins da política interna Húngara, e o Brasil, como
tantos outros países, degradou-se, a mero exemplo para estimular
os operários Húngaros em sua luta contra o imperialismo.
Eis alguns títulos dos artigos da época em questão:
Brazília vezető személyiségei az atomfegyver betiltásáért (‘As principais
personalidades do Brasil pela proibição da arma nuclear’),
A brazil nép lelkesen támogatja a békeegyezmény megkötését követelő
felhívást (‘O povo Brasileiro apoia com entusiasmo o apelo por
celebrar o acordo pela paz’),
A kommunizmus építésének és a béke megszilárdításának nagyszerű
perspektívái (‘As perspetivas magníficas da construção do
socialismo e da solidificação da paz, respostas de Carlos Prestes,
secretário geral do PC do Brasil’)
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O caso de Jorge Amado
Na rigidez ideológica e secura artística
dos anos cinqüenta que iam na realidade
de 1949 até 1956, foram apenas as obras
de Jorge Amado, sendo ele naquela
altura um alto funcionário do Conselho
da Paz, e vivia entre Praga e Moscovo,
que ofereciam alguma coisa diferente.
Entre 1947 e 1976 saíram 15 livros dele (2 no final dos
anos 1940, 5 nos anos 1950, 6 nos anos 1960 e 3
nos anos 1970, não contando as inúmeras reedições)
e foram publicadas 26 resenhas críticas sobre tais obras.
30
O caso de Jorge Amado
• É curioso que Amado foi considerado antes
um político do que um escritor, como mostra
isso, um pouco grotescamente, a nova
enciclopédia Húngara, ou seja Új Magyar
Lexikon, editada nos anos 1960, na qual ele é
o único escritor Brasileiro que tem um verbete
autónomo que reza que ele é um
“destacado escritor comunista” que “luta
decididamente pela igualdade da gente de
cor,” e “foi encarcelado repetidas vezes”.
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Uma lista completa das edições das
obras de Jorge Amado em Húngaro:
Terras do sem Fim (Szenvedélyek földje),
Budapeste: Káldor;
Cacau (Arany gyümölcsök földje),
Budapeste: Szikra, 1949;
Vida de Luís Carlos Prestes, O Cavaleiro
da Esperança (A reménység lovagja.
Életrajzi regény Luis Carlos
Prestesről), Budapest: Révai, 1950;
Seara Vermelha (Vörös vetés),
Budapeste: Szépirodalmi, 1951;
Jubiabá (Zsubiabá),. Budapest:
Szépirodalmi, 1952;
Mar Morto (Holt tenger), Budapeste:
Kossuth, 1960;
A Morte e a Morte de Quincas Berro
Dagua (Vízordító három halála),
Budapeste: Európa, 1961;
32
O Caso de Jorge Amado
•
•
•
•
•
•
Gabriela, Cravo e Canela (Gabriela,
szegfű és fahéj), Budapeste: Európa,
1961;
A Completa Verdade Sôbre as
Discutidas Aventuras do Comandante
Vasco Moscoso de Aragão, Capitão
de Longo Curso (A vén tengerész),
Budapeste: Európa, 1963;
Os Pastôres da Noite (Az éjszaka
pásztorai) , Budapeste: Kossuth,
1967;
Dona Flor e Seus Dois Maridos (Flor
asszony két férje), Budapeste:
Európa, 1970;
Capitães da Areia (A kikötő rémei),
Budapeste:Kozmosz Könyvek, 1971;
Tenda dos Milagres (Csodabazár),
Budapeste: Európa, 1976.
33
A literatura Brasileira
• O conhecimento da
literatura Brasileira teve
início com uma seleção
de poemas que Paulo
Rónai publicou com o
título Brazília üzen
(‘Mensagem do Brasil’)
em 1939.
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Mensagem do Brasil
• Este livrinho que tem 33 poemas de 25 poetas
Brasileiros da primeira metade do século XX e uma
introdução que esboça o panorama da literatura
Brasileira, é uma publicação de amplas visões que
lança os alicerces para um conhecimento ulterior.
• Paulo Rónai no prefácio desse livro apresenta a poesia
Brasileira como uma manifestação “de um jovem povo
com cultura, enérgico e em vias de desenvolvimento
que vive uma vida intelectual cada vez mais profunda”,
mas ao mesmo tempo rejeita satisfazer um gosto pelo
exôtico ou movido por um interesse folclórico.
35
Literatura Brasileira
Nestes anos aparecem mais
duas obras literárias
Brasileiras: Paulo Rónai
publica, em 1940, uma seleção
de poemas de Ribeiro Couto,
com o título de Santosi Versek
(‘Poemas de Santos’),
o jornal Népszava publica em
folhetins O Cortiço de Aluísio
Azevedo, com o título de Egy
brazil bérház (‘Um prédio
Brasileiro’), esta tradução
depois, em 1944, foi publicada
em forma de livro, com o título
Hangyaboly (‘Formigueiro’).
36
Literatura Brasileira: antologias
poéticas
Dél keresztje (‘Cruzeiro do
Sul’, 1957), Fehér kövön
fekete kő (‘Pedra preta
sobre pedra branca’, 1965),
Kígyóölő ének (‘Canto de
matar cobras’, 1973),
Hesperidák kertje (‘Jardim
das Hespérides’, 1971),
Járom és csillag (‘Jugo e
estrela’, 1984), onde os
versos dos poetas vão
acompanhados de notas
biográficas.
37
Literatura Brasileira: antologias de
contos
Aparecem contos de
Graciliano Ramos, João
Guimarães Rosa, Jorge
Amado em antologias da
prosa latino-americana:
Ördögszakadék (‘Abismo
de diabo’, 1966), Délamerikai elbeszélők
(‘Narradores latinoamericanos’, 1970), Az
üldöző (‘O perseguidor’,
novelas latinoamericanas, 1972).
38
A divulgação das letras Brasileiras
Na divulgação das letras Brasileiras tem um papel
importante a revista de literatura mundial, Nagyvilág.
Esta revista em 1961 informa sobre a actividade do Paulo
Rónai no Brasil, frisando a importância de seu trabalho no
conhecimento mútuo entre o Brasil e a Hungria. E é nas
páginas dela que aparece um estudo sobre o romance
Brasileiro contemporâneo em 1962, um ensaio sobre o
desenvolvimento da literatura latino-americana, em 1969,
e resenhas sobre romances como O Tempo e o Vento de
Érico Veríssimo, Irmão Juazeiro de Francisco Julião ou Dona
Flor e seus dois maridos em que já prevalecem critérios
eminentemente literários.
39
A divulgação das letras Brasileiras
Macunaíma de
Mário de
Andrade foi um
verdadeiro
êxito editorial,
Nove Novena
(Kilenc, kilenced)
de Osman Lins,
40
A divulgação das letras Brasileiras
A antologia de contos
Boszorkányszombat
(emprestando o título do
conto de Rui Ribeiro Couto:
Mistério de Sábado), de 1986,
que com contendo obras de
19 contistas de Machado de
Assis até Clarice Lispector
ofereceu uma panorâmica da
prosa Brasileira dos últimos
quase cem anos.
41
A divulgação das letras Brasileiras
Na actualidade, que compreende
o período dos últimos 20 anos, a
Hungria, como os outros países
desta parte de Europa pretendem
“corrigir as faltas” e traduzir
obras cuja ausência se sentia e se
sente.
Assim foram vertidas para Checo
e Polaco as obras de Guimarães
Rosa, para Russo uma seleção de
contos de Machado de Assis e
saiu uma nova antologia do conto
Brasileiro na Hungria, mas todas
estas obras ficaram para segundo
plano e para leituras de
intelectuais-
42
Contos de Machado de Assis em Russo e
Grande Sertão: Veredas de Guimarães Rosa
em Polonês
43
A divulgação das letras Brasileiras
Observa-se, portanto,
que, no transcorrer dos
primeiros anos do século
XXI, o interesse pela
verdadeira literatura
Brasileira se reduziu a um
público intelectualizado
restrito, que aliás recebeu
com certo entusiasmo a
edição Húngara de
Budapeste de Chico
Buarque.
44
Outras obras Brasileiras traduzidas
45
A época atual
46
Época atual
47
Época atual
48
Sobre a recepção da cultura e
literatura Brasileiras
49
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o conhecimento do brasil na hungria e na europa de leste