Texto Base: Atos 26.19-20
“Pelo que ó rei Agripa, não fui desobediente à visão
celestial, mas anunciei primeiramente aos de Damasco e em
Jerusalém, por toda a região da Judéia, e aos gentios, que se
arrependessem e se convertessem a Deus, praticando obras
dignas de arrependimento”.
No capítulo 25, de Atos, vemos Festo apresentado o
caso de Paulo a Agripa e Berenice que chegaram a Cesaréia.
Festo informa a Agripa que Paulo apelara para César e, por
isso, encontrava-se detido. Agripa manifesta o desejo de ouvir
Paulo. Atos 25.21,22.
No dia seguinte, com grande pompa, acompanhado de
Oficiais Superiores e homens eminentes da cidade, Agripa e
Berenice ouvem a apresentação de Paulo por intermédio de
Festo e, em seguida, Paulo discursa perante o rei Agripa.
Atos 25.25-27 e Atos 26.1-23.
Paulo sabia da importante oportunidade que o Senhor
lhe providenciara, ou seja, ao mesmo tempo que tinha a
oportunidade de explicar, pessoalmente, o seu caso, tinha,
ainda, a oportunidade de proclamar o Evangelho de Cristo
àquelas mais nobres autoridades.
Paulo, em Atos 26, então, faz uma apresentação
ordenada, após apresentar sua gratidão a Agripa, assim: (1)
seu judaísmo completo (vv. 4,11), (2) sua conversão por
intervenção divina (vv. 12-15), (3) seu ministério para judeus
e gentios (vv. 16-18) e, (4) sua vida de obediência à santa
vontade do Senhor que o levara à prisão (vv. 19-21).
Agripa ouve todo o discurso de Paulo, mesmo após a
inoportuna intervenção de Festo e, Paulo instiga o rei Agripa
quanto ao credo nos Profetas e, então, Agripa dirigindo-se a
Paulo diz: por pouco me persuades a me fazer cristão. Ao
que Paulo respondeu: Assim Deus permitisse que, por pouco
ou por muito, não apenas tu, ó rei, porém todos os que hoje
me ouvem...”. Atos 26.24-29.
Saindo dali, chegaram a conclusão (Festo e Agripa):
Este homem nada tem feito passível de morte ou de prisão.
Então, Agripa se dirigiu a Festo e disse: Este homem bem
podia ser solto, se não tivesse apelado para César. Atos
26.30-32.
Paulo, então, é enviado para a Itália. Paulo e outros
presos são entregues a um centurião chamado Júlio, a
Coorte Imperial. Em Atos 27 vemos o desenrolar da viagem:
passam em Sidom (famosa cidade dos cananeus, de
Gênesis 10.15), depois chegam em Mirra e, depois, com
dificuldade, chegam a Cnido e, ainda, depois de Cnido,
chegam a Bons Portos. Atos 27.1.8.
Saindo de SIDOM chegam em MIRRA e, ali, são
transferidos para um grande navio que transportava trigo de
Alexandria para Roma. Por muitos, dias, navegavam
vagarosamente pela costa, em razão dos ventos contrários e,
então, chegam a CNIDO e, costeando com dificuldade,
chegam a BONS PORTOS.
O Senhor Deus sempre tem BONS PORTOS para
nós. Há sempre uma manifestação do Deus da Providência,
em nosso viver.
Diante de HAGAR, no deserto, rompeu-se uma fonte para dar
de beber a ela e a seu filho ISMAEL – Gênesis 21.19,20.
Quando Israel chegara a ELIM, no deserto, após três
dias de difícil caminhada, ali encontraram DOZE FONTES DE
ÁGUAS E SETENTA PALMEIRAS, Êxodo 15.27.
Enquanto Israel vivia uma fome generalizada, o Senhor
ordenara aos corvos que alimentassem a Elias junto ao
ribeiro de Querite – 1 Reis 17.2-6.
Em BONS PORTOS permaneceram até que passasse
o JEJUM DA EXPIAÇÃO, isso em 59dC que caíra no dia 05
de outubro. Paulo insistiu que permanecessem ali. Porém, o
centurião dando mais crédito ao piloto e ao dono do navio,
resolveu partir em direção a Fenice, um porto de CRETA.
Logo após, foram colhidos por um tufão de vento,
chamado EUROAQUILÃO (Atos 27.14). O navio se deixou
levar pelo vento e quando entrara em águas mais calmas,
protegido por uma ilhota chamada “Cauda”, com muito custo
a tripulação conseguiu recolher o barco, e temendo que
dessem em Sirte (areias movediças) deitaram às águas peso
suficiente.
Em Atos 27.9-44 vemos a atuação de Paulo não só
como um preso e companheiro de viagem, mas, acima de
tudo, um líder profético, que trazia a voz Deus para os
desalentados. 276 pessoas ao todo. Paulo afirmara com base
na palavra (Atos 27.23-25) que recebera do Senhor, com Fé,
nenhum de vós perderá nem mesmo um fio de cabelo. Atos
27.34.
Em AMÓS 3.7 temos que “O Senhor Deus não fará
coisa alguma, sem primeiro revelar o seu segredo aos seus
servos, os profetas”. E, ainda, Davi no SALMOS 25.14
orienta-nos que o segredo do Senhor é para os que o temem.
Dando, porém, num lugar onde as duas correntes se
encontravam, encalharam ali o navio; a proa encravou-se e
ficou imóvel, mas a popa se abria pela violência do mar.
Os soldados sugeriram a morte de todos os presos,
mas o centurião, querendo salvar a Paulo, impediu-os de o
fazer; e ordenou que os que soubessem nadar fossem os
primeiros e lançar-se ao mar e alcançar a terra. Quanto aos
demais que se salvassem, uns em tábuas, e outros, em
destroços do navio. E foi assim que todos se salvaram em
terra. Atos 27.41-44.
Jonas fugia do cumprimento da vontade do Senhor.
Paulo viajava dentro da vontade do Senhor.
Jonas se escondeu para dormir durante a Tempestade. Paulo,
cheio de coragem, procurava orientar as operações durante a
tempestade.
Jonas era a causa que atingiu a embarcação onde se
encontrava. Se paulo tivesse sido ouvido a viagem teria
tomado outro rumo (Atos 27.9,10).
Uma vez em terra verificaram se tratar da Ilha de
MALTA. Os nativos (os bárbaros) receberam-lhes com
singular humanidade, acendendo uma fogueira por causa da
chuva e do frio. Tendo Paulo ajuntado e atirado à fogueira um
feixe de gravetos, uma víbora, fugindo do calor, prendeu-selhe à mão.
Os bárbaros (os nativos) o viram como “assassino”
que estava recebendo sua “justiça”. Como Paulo não morreu
nem inchou, diziam os bárbaros, ser ele um “deus”. Atos
28.1-6.
Cumpriu-se, em Paulo, ali, as palavras do Senhor
Jesus, em MARCOS 16.17-18: “Estes sinais hão de
acompanhar aqueles que crêem: em meu nome, expelirão
demônios; falarão novas línguas; pegarão em serpentes; e,
se alguma coisa mortífera beberem, não lhes fará mal; se
impuserem as mãos sobre enfermos, eles ficarão curados”.
Ainda em MALTA, havia ali, o principal homem da Ilha,
por nome PÚBLIO (o nativo mais nobre ou, quem sabe, o
representante do governador romano) e, visitando o pai dele
(Públio) que ardia em febre, orando Paulo, impôs-lhes as
mãos, e o curou. À vista deste acontecimento, os demais
enfermos da ilha vieram e foram curados, os quais os
distinguiram com muitas honrarias. Atos 28.7-10.
Após 03 meses, embarcaram num navio alexandrino, por
nome Dióscuros, e, passando por SIRACUSA e, após três dias,
chegaram à RÉGIO e, ainda, no dia seguinte, tendo soprado o
vento sul, chegaram a PUTÉOLI, porto de Nápoles, na ITÁLIA,
onde ficaram uma semana com os irmãos ali, tendo partido em
direção a ROMA, chegando em TRÊS VENDAS vieram os
irmãos ao seu encontro e, vendo-os Paulo e dando, por isso,
graças a Deus, sentiu-se mais animado. Atos 28.15.
Uma vez em ROMA, foi permitido a Paulo morar por
sua conta, tendo em sua companhia o soldado que o
guardava.
Três dias depois, Paulo convocou os principais dos judeus e,
quando se reuniram os judeus e Paulo faz, perante eles, sua
defesa. Os judeus, então, manifestam que gostariam de ouvir
o que Paulo pensava, porque, segundo eles, era corrente a
respeito da “seita”que, por toda parte, é ela “impugnada”.
Atos 28.17.22.
Marcaram, então, um dia no qual vieram, em grande
número, judeus ao encontro de Paulo, na sua própria
residência e Paulo, então, desde a manhã até à tarde, lhes
fez uma exposição em testemunho do reino de Deus,
procurando persuadi-los a respeito de Jesus, tanto pela Lei
de Moisés como pelos profetas. Houve alguns que fiaram
persuadidos pelo que ele dizia; outros, porém, continuaram
incrédulos. Atos 28.23-24.
Havendo discordância entre eles, despediram-se, dizendo
Paulo estas palavras: Bem falou o Espírito Santo a vossos pais, por
intermédio do profeta Isaías, quando disse: “Vai a este povo e dizelhe: De ouvido, ouvireis e não entendereis; vendo, vereis e não
percebereis”.
Porquanto
o
coração
deste
povo
se
tornou
endurecido; com ouvidos ouviram tardiamente e fecharam os olhos,
e se convertam, e por mim sejam curados. Tomai, pois,
conhecimento de que esta Salvação de Deus foi enviada aos
gentios. E eles a ouvirão. Atos 28.25-29.
Paulo, pressentindo o que viria, escreve ao “amado
filho Timóteo” admoestando-o a se tornar firme não se
envergonhando do Evangelho de Cristo Jesus. Mesmo tendo
sido “abandonado” menciona que Onésimo “nunca se
envergonhou das minhas algemas”. A prisão de Paulo tornase mais rigorosa, passou a ser tratado como “malfeitor” (II
Timóteo 2.9) e, dificilmente seus amigos poderiam visitá-lo (II
Timóteo 1.16).
Na primeira audiência, ninguém compareceu, pelo
contrário, todos o desampararam (II Timóteo 4.16). Porém,
como o Senhor Jesus, rogou, “que isto não lhes seja posto em
conta”. Paulo com sua coragem habitual se defendeu e ficou,
por enquanto, livre, tendo afirmado: “Mas o Senhor me assistiu e
me revestiu de forças, para que, por meu intermédio, a
pregação fosse plenamente cumprida, e todos os gentios a
ouvissem; e fui libertado da boca do leão. (...) O Senhor me
levará salvo para o seu reino celestial”. (II Timóteo 4.17-18)
Entende-se que Paulo conseguira se defender da
primeira acusação, qual seja, cumplicidade com os inimigos
de Roma, em 64dC. Já a “deserção” de seus amigos (o
abandono) talvez se dera em razão do pavor causado pela
bárbara perseguição aos cristãos. Paulo continua, ainda, na
prisão e, assim, não tema mais esperança de absolvição,
pelo contrário, antecipa o fim e, com calma declara em II
Timóteo 4.6.
II Timóteo 4.6 “Quanto a mim, estou sendo
já oferecido por libação, e o tempo da minha
partida é chegado. (...) Já agora a coroa da justiça
me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me
dará naquele Dia; e não somente a mim, mas
também a todos quantos amam a sua vinda”.
Lucas, o único companheiro que permanecia com ele,
enquanto ele escrevia a sua última Epístola a TIMÓTEO. Ele
não esperava a sentença final antes do inverno seguinte, II
Timóteo 4.21. Não se sabe se TIMÓTEO conseguiu vê-lo
antes da sua morte tampouco a dada do seu martírio.
Segundo a tradição, Paulo sofreu no reinado de NERO,
imperador Romano, possivelmente decapitado à espada, fora
da porta, no ano 68dC.
Paulo escreveu as Epístolas Escatológicas,
quais sejam, 1 e 2 Tessalonicenses.
Paulo escreveu as Epístolas Pastorais, quais
sejam, 1 Timóteo, 2 Timóteo e Tito.
Paulo escreveu as Epístolas de Prisão, quais
sejam,
Efésios,
Filipenses.
Colossenses,
Filemon
e
Aos EFÉSIOS, entre 60-62dC, Paulo, já
encarcerado em ROMA, viveu um período bastante
frutífero de seu ministério, ou seja, durante aquele
tempo o Apóstolo escreveu quatro Epístolas, sendo
que Efésios é considerada a mais “profunda”, pois
trata da chamada da Igreja dentro de uma
perspectiva Divina e Eterna.
“Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor,
que andeis de modo digno da vocação a que fostes
chamados, com toda a humildade e mansidão, com
longanimidade, suportando-vos uns aos outros em
amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a
unidade do Espírito no vínculo da paz”. Efésios 4.13.
Aos
COLOSSENSES,
Paulo
traz
a
principal diferença entre ambas as Cartas, ou
seja, enquanto Efésios é dirigida à Igreja, ao
corpo
do
qual
Cristo
é
cabeça.
Em
COLOSSENSES, Paulo ressalta a importância
de Cristo como a CABEÇA da Igreja, que é o
seu corpo.
“Tudo quanto fizerdes, fazei-o de todo o
coração, como para o Senhor e não para
homens, cientes de que recebereis do
Senhor a recompensa da herança. A Cristo, o
Senhor, é que estais servindo”. Colossenses
3.23-24.
“Habite, ricamente, em vós a Palavra de
Cristo;
instruí-vos
e
aconselhai-vos
mutuamente em toda a sabedoria, louvando a
Deus, com salmos, e hinos, e cânticos
espirituais, com gratidão em vosso coração”.
Colossenses 3.17.
Aos FILIPENSES, Paulo a escreveu próximo ao
fim do encarceramento, em Roma, em 62dC. O
contraste de sua prisão com sua alegria é sentido no
transcorrer da Carta. O propósito histórico da Carta foi
para agradecer aos Filipenses pela oferta que eles lhe
haviam enviado. Porém, o irmão Paulo vai além,
apresentando Princípios sobre a conservação do gozo
Cristão.
“Irmãos, quanto a mim, não julgo havê-lo
alcançado; mas uma coisa faço: esquecendo-me
das coisas que para trás ficam e avançando para
as que diante de mim estão, prossigo para o
alvo, para o prêmio da soberana vocação de
Deus em Cristo Jesus”. Filipenses 3.13.
A
FILEMON,
nesta
pequena
Carta,
PAULO faz um pedido a Filemon, um leigo da
igreja de Colossos, para que ele perdoe um
escravo dele que tinha fugido. Este servo,
Onésimo, se convertera, e agora voltando ao
senhorio de seu senhor, como mensageiro de
Paulo.
“...sendo o que sou, Paulo, o velho e,
agora, até prisioneiro de Cristo Jesus; sim,
solicito-te em favor de meu filho Onésimo,
que gerei entre algemas. Ele antes, te foi
inútil, atualmente, porém, é útil, a ti e a mim”.
Filemon vv. 9-11.
Maxwell declarou: “O leito de morte de Paulo não
era um lugar de tristeza. Ele tinha fundado igrejas,
orientado líderes, estabelecido doutrinas e escrito
cartas. A única coisa que lhe faltava era voltar para
casa. Paulo via a vida como uma corrida em que se
podia vencer, uma batalha para ser lutada e uma
verdade para ser guardada, II Timóteo 4.7. Sua coroa o
estava aguardando”.
MEDITAÇÃO FINAL - Antes de fazer sua
declaração célebre de II Timóteo 4.7, Paulo
orienta-nos, por intermédio da orientação a
Timóteo, “Tu, porém, sê sóbrio em todas as
coisas; suporta as aflições, faze o trabalho de um
evangelista, cumpre cabalmente o teu ministério”.
II Timóteo 4.5.
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