Língua Portuguesa Escola Secundária da Mealhada 2011/2012 “Isto” de Fernando Pessoa Análise e escanção do poema ISTO Dizem que finjo ou minto Por isso escrevo em meio Tudo que escrevo. Não. Do que não está ao pé, Eu simplesmente sinto Livre do meu enleio, Com a imaginação. Sério do que não é. Não uso o coração. Sentir? Sinta quem lê! Tudo o que sonho ou passo, Fernando Pessoa O que me falha ou finda, É como que um terraço Sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda. 2 Maria Trindade, 9ºB1 nº23 Estrutura externa Três estrofes • Dizem que finjo ou minto Tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto Com a imaginação. Não uso o coração. Tudo o que sonho ou passo, O que me falha ou finda, É como que um terraço Sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda. Por isso escrevo em meio Do que não está ao pé, Livre do meu enleio, Sério do que não é. Sentir? Sinta quem lê! 3 Maria Trindade, 9ºB1 nº23 Estrutura externa • Três estrofes • Quintilhas • Hexassílabos Dizem que finjo ou minto Tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto Com a imaginação. Não uso o coração. Tudo o que sonho ou passo, O que me falha ou finda, É como que um terraço Sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda. Por isso escrevo em meio Do que não está ao pé, Livre do meu enleio, Sério do que não é. Sentir? Sinta quem lê! 4 Maria Trindade, 9ºB1 nº23 Estrutura externa • Três estrofes • Quintilhas • Hexassílabos • Rima cruzada e emparelhada 5 a b a b b Dizem que finjo ou minto Tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto Com a imaginação. Não uso o coração. c d c d d Tudo o que sonho ou passo, O que me falha ou finda, É como que um terraço Sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda. e f e f f Por isso escrevo em meio Do que não está ao pé, Livre do meu enleio, Sério do que não é. Sentir? Sinta quem lê! Maria Trindade, 9ºB1 nº23 Estrutura interna 1 parte: Negação de que finge ou mente; Justificação de que o que faz é a racionalização dos sentimentos… procurando algo mais belo, mas inacessível. 2 parte: O sujeito poético recusa a poesia como expressão imediata dos seus sentimentos, concluindo que é somente racional; O sentir, no sentido convencional do termo, é remetido para o leitor 6 Dizem que finjo ou minto Tudo que escrevo. Não. Eu simplesmente sinto Com a imaginação. Não uso o coração. Tudo o que sonho ou passo, O que me falha ou finda, É como que um terraço Sobre outra coisa ainda. Essa coisa é que é linda. Por isso escrevo em meio Do que não está ao pé, Livre do meu enleio, Sério do que não é. Sentir? Sinta quem lê! Maria Trindade, 9ºB1 nº23 Ideias principais do poema É apresentada uma tese Essa tese é discutida É apresentada uma conclusão • Fingir não é o mesmo que mentir é a tese defendida • É ilustrada uma teoria poética: o fingimento, resultante da racionalização dos sentimentos .• O sujeito poético nega, portanto, o "uso do coração", e é apresentada uma síntese onde a sensação surge filtrada pela imaginação 7 Maria Trindade, 9ºB1 nº23 Conclusão Este é um poema baseado no fingimento e na racionalização dos sentimentos (sentir com a imaginação, não usando o coração). Está ligado ao conhecimento humano através da linguagem. 8 Maria Trindade, 9ºB1 nº23 Webgrafia http://storamjoao.blogspot.pt/2009/01/poema-isto- fernando-pessoa.html http://www.umfernandopessoa.com/an%C3%A1lises/poema- isto.htm http://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/An%C3%A1lise-e- Escan%C3%A7%C3%A3o-Do-Poema-Isto/45746.html 9 http://www.lithis.net/70 Maria Trindade, 9ºB1 nº23