2º RETIRO DIOCESANO DIAS 20, 21 E 22 DE AGOSTO/2010 CATEDRAL SÃO JOSÉ COXIM-MS DIAS 20, 21 E 22 DE AGOSTO/2010 CATEDRAL SÃO JOSÉ COXIM-MS O Caminho de Jesus da Galiléia a Jerusalém As Parábolas O que são Parábolas? * São com certeza, a forma mais criativa de Jesus comunicar ou transmitir os seus ensinamentos. * No Evangelho de Lucas, elas ocupam um grande espaço. Sua finalidade é indicar de uma maneira concreta as exigências ou necessidades, que a comunidade percebia, para dar um testemunho coerente de Jesus e de sua Boa Notícia. O que são Parábolas? * Jesus ao narrar uma parábola, usa métodos ou estratégias que estimulam de forma provocativa o pensamento das pessoas, despertando a sua atenção para uma determinada realidade. * As imagens encontradas nas parábolas, são recolhidas do cotidiano da vida das pessoas: pastor, semente, moeda, fermento, vinho, etc. O que são Parábolas? * A parábola surge de uma situação real. Sua finalidade não é a Parábola reproduzir esta mesma situação do começo ao fim, mas sim transformá-la fazendo surgir “algo de novo”. “Seu objetivo é provocar”. * Os Biblistas contemporâneos afirmam que o capítulo 15 é o “coração do Evangelho de Lucas”. A Ovelha perdida - a Moeda perdida o Filho perdido * Através de três parábolas ligadas entre si pelo mesmo assunto no capítulo 15: a ovelha perdida, a moeda perdida, o filho perdido, Lucas quer nos colocar dentro do contexto de duas realidades: Duas realidades: 1. Os publicanos e pecadores se aproximavam para ouvir Jesus. Os fariseus e os escribas porém, murmuravam: “Esse homem recebe os pecadores e come com eles” (Lc 15, 1). 2. No tempo de Lucas, os pagãos se aproximavam das comunidades, querendo participar. Muitos irmãos judeus murmuravam, achavam que acolhê-los era contra o “ensinamento de Jesus”. A Parábola do Pai com seus dois filhos: Ternura e Misericórdia de Deus (Lucas 15, 11-32). 1 - Lucas 15, 11-13: A decisão do filho mais novo. * O filho mais novo pede ao Pai a parte da herança da qual tinha direito e parte para longe, vivendo de um modo totalmente contrário ao Projeto de Deus e, esquecendo do Pai. * O Pai respeita a liberdade do filho, inclusive, a liberdade de errar. * O filho que abandona o Pai é o pecador que já fez a experiência do amor de Deus e mesmo assim, escolhe o pecado. * Neste caso, a única alternativa é esperar com paciência e dor o seu retorno. A Parábola do Pai com seus dois filhos: Ternura e Misericórdia de Deus 2 - Lucas 15, 14-19: A desilusão e a vontade de voltar para a casa do Pai. * A necessidade de ter o que comer, faz com que o filho mais novo perca a sua liberdade, tornando-se escravo cuidando de porcos. Esta era a condição de vida, de milhões de escravos no Império Romano no tempo de Lucas. * No enfoque judaico a imagem dos porcos, expressa a situação miserável que o pecador chega, perdendo a própria identidade e a dignidade humana. * Neste contexto todo, o filho mais novo toma consciência de sua situação pessoal, cai em si, lembra-se da casa do Pai, faz uma revisão de vida, arrepende-se do mal que fez e decide voltar para a casa do Pai, não na condição de filho, e sim, como empregado. A Parábola do Pai com seus dois filhos: Ternura e Misericórdia de Deus 3 - Lucas 15, 20-24: A alegria do Pai ao reencontrar o filho mais novo. * De acordo com o nosso modo de pensar e sentir, a alegria do Pai parece exagerada nesta Parábola. O Pai não quer que o filho seja seu escravo e sim, “Filho”. Esta é a grande Boa Nova que Jesus trouxe para roda a humanidade. * Deus se alegra e convida a todos para celebrar com ele a alegria do encontro, do retorno do pecador rejeitado e marginalizado pela sociedade e comunidade. * A alegria é grande porque ele conseguiu o seu objetivo: “Jesus veio para salvar,” e quer que a atitude se seus seguidores seja a mesma: salvar e não condenar, festejar a volta e não a expulsão. A Parábola do Pai com seus dois filhos: Ternura e Misericórdia de Deus 4 - Lucas 15, 25-28b: A reação do filho mais velho. •Ele volta do serviço do campo e encontra a casa em festa. Ao descobrir o motivo da festa, fica revoltado e não quer “entrar na casa”. Não entende a alegria do Pai. * Fechado em si mesmo, exige uma festa só com pessoas que fazem parte de seu circulo de amizades e de sua preferência. * Fica com ciúmes por causa da acolhida que o Pai dispensa ao irmão que voltou e não aceita partilhar o patrimônio com os convidados (boi gordo). * Ele representa as pessoas que se consideram justas e observantes e que não precisam de “conversão”. A Parábola do Pai com seus dois filhos: Ternura e Misericórdia de Deus 5 - Lucas 15, 28ª - 30: A atitude do Pai e a resposta do filho mais velho. * O Pai sai de casa e suplica ao filho mais velho que entre. Ele porém não quer entrar. Ele responde: “Nunca transgredi os seus mandamentos e o senhor nunca me deu um cabrito para festejar com meus amigos. * Ele também quer festa e alegria, mas só com seus amigos. Não quer a participação do Pai nem do irmão e excluí a presença da família. Ele não chama o irmão mais novo de irmão, diz apenas: “esse seu filho”. * “O Evangelho não diz se o” filho mais velho” foi capaz de voltar para a casa do Pai, e de compreender o que seja viver na condição de filho e, de fazer a experiência de um encontro filial com o Pai Misericordioso que nos ama e perdoa. A Parábola do Pai com seus dois filhos: Ternura e Misericórdia de Deus 5 - Lucas 15,31-32: A resposta final do Pai. * O Pai responde: “Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu”!...Esta expressão incluí também, o “filho mais novo que voltou”. * O Pai acolheu o filho mais novo, mas não quer perder o filho mais velho, pois fazem parte da mesma família. Um não pode excluir o outro. * A parábola não diz qual foi a resposta do irmão mais velho. Isto fica por conta do próprio irmão mais velho, que somos nós. A Parábola do Pai com seus dois filhos: Ternura e Misericórdia de Deus O Filho Pródigo Cantemos juntos