O POVO DE DEUS CELEBRA MISSA PARTE POR PARTE Para início de conversa: Liturgia é ação de graças! Não se trata de show, tampouco teatro. É celebrar a vida e a realidade do povo. Unir fé e vida! Rito é diferente de ritualismo e fixismo! Deve evitar posturas arrogantes e fechadas. Devoção é diferente de devocionismo! Deve-se buscar estar atualizado com as orientações da Igreja. (Concílio Vaticano II). O que é a Missa? A missa é o culto mais sublime que oferecemos ao Senhor. Nós não vamos à missa somente para pedir, mas também para louvar, agradecer e adorar a Deus A desculpa de que rezar em casa é a mesma coisa que ir à missa é por demais pretensiosa! É querer fazer da reza particular algo melhor que a missa, que é celebrada por toda uma comunidade! Assim, vamos à missa para ouvir a Palavra do Senhor e saber o que o Pai fala e propõe para a sua família reunida. Não basta ouvir! Devemos pôr em prática a Palavra de Deus e acertarmos nossas vidas (conversão). MISSA PARTE POR PARTE A Missa compõe-se das seguintes partes: • Ritos Iniciais; • Liturgia da Palavra: • Liturgia Eucarística; • Ritos Finais Ritos Iniciais da Missa Reunidos em nome do Senhor Os ritos iniciais da Missa são o momento para que juntos, os cristãos, convocados pela iniciativa de Deus, busquem e criem um clima de entrosamento e de comunhão, no Espírito de Jesus. Ritos Iniciais da Missa Elementos dos Ritos Iniciais: Comentário Introdutório à missa do dia Canto de Abertura Acolhida Antífona de Entrada Ato Penitencial Hino de Louvor Oração Coleta. Ritos Iniciais da Missa Acolhida A equipe de acolhida deverá proporcionar às pessoas um acolhimento afetuoso, espontâneo e bem fraterno, para que, ao reunir, a assembléia seja, na verdade, uma família de irmãos. Bom seria que quem preside e toda a equipe de celebração pudessem acolher e saudar as pessoas, na porta da igreja Ritos Iniciais da Missa Criar Clima Orante: O ensaio de cantos e um breve tempo de silêncio para oração das pessoas que chegam, ajudam a criar um clima celebrativo. Não ajudam o vai-e-vem dos membros da equipe junto do altar, testando os microfones, os cantores e músicos afinando os instrumentos, parecendo mais um show do que uma celebração litúrgica. Ritos Iniciais da Missa Comentário Evitem-se comentários longos. O comentarista ou animador(a) lembra os motivos principais da celebração, ligando-os à vida, morte e ressurreição de Jesus; convida a assembléia, de maneira orante, a iniciar seu diálogo confiante com o Senhor. O comentarista orienta a assembléia e não comenta cada elemento da celebração. Não é necessário anunciar o canto de entrada nem dizer que a celebração vai começar. Basta os instrumentos e os cantores darem início ao canto e todos acompanharão. Ritos Iniciais da Missa O Gesto de Beijar o Altar. O beijo do Altar, feito pelo que preside a celebração, logo na chegada, é um gesto significativo: • o altar representa o próprio Jesus Cristo, pedra angular, rocha espiritual; • o beijo expressa a íntima relação de quem preside com o Senhor, pois é em nome Dele que ele irá presidir a celebração eucarística. Ritos Iniciais da Missa Canto Inicial O canto de entrada não é "para acolher o ministro que preside". Ele é a expressão da fé, da unidade, do sentido da celebração e da alegria dos irmãos que se reencontram entre si e com o Pai. É canto de toda a assembléia. Seu mérito é de convocar a assembléia e pela união das vozes, juntar os corações no encontro com Jesus Ressuscitado, na certeza de que "onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estou no meio deles (Mt 18,20) (IGMR 25-26). É um canto que acompanha o rito da procissão de entrada. Deve ser um canto animado para colocar a assembléia num bom estado de espírito. Depois do canto inicial, as primeiras palavras que ouvimos são palavras bíblicas:”Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo”. “A graça e a paz…” Parece importante que não se diga nenhuma palavra antes disso: nem “Bom-dia” ou “Boa-noite”, nem comentários ou introduções! Ritos Iniciais da Missa O Sinal da Cruz e a Saudação. As pessoas se reúnem em assembléia para celebrar em "nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo". isto é, em nome da Trindade (IGMR 27-28). A celebração acontece no amor de Jesus: "é a graça de Deus". Por isso, a assembléia responde: "Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo"! Com a saudação, quem preside, toma contato mais pessoal com o povo sacerdotal e o introduz na liturgia do dia. Que a saudação inicial seja feita de "coração", carregada de sentido e de sentimento, não apenas lida ou dita de cor e de maneira impessoal. Cada pessoa deveria se sentir atingida pela saudação: É o Pai que acolhe seus filhos e filhas para um encontro, a festa da comunhão eclesial (cf Puebla 918). Ritos Iniciais da Missa Ato Penitencial O ritual da Missa apresenta quatro fórmulas penitenciais: • a confissão geral dos pecados (o eu confesso); um breve responsório dialogado (tende compaixão de nós, Senhor); • as súplicas litânicas: Senhor, tende piedade de nós; a aspersão com água benta, sobretudo no domingo e festas (recorda a vida nova do cristão assumida no batismo); Ritos Iniciais da Missa Após saudar a assembléia presente, o sacerdote convida toda assembléia a, em um momento de silêncio, reconhecer-se pecadora e necessitada da misericórdia de Deus. Após o reconhecimento da necessidade da misericórdia divina, o povo a pede em forma de ato de contrição: Confesso a Deus Todo-Poderoso... Em forma de diálogo por versículos bíblicos: Tende compaixão de nós... Ou em forma de ladainha: Senhor, que viestes salvar... Após, segue-se a absolvição do sacerdote. Tal ato pode ser substituído pela aspersão da água, que nos convida a rememorar-nos o nosso compromisso assumido pelo batismo e através do simbolismo da água pedirmos para sermos purificados. Ritos Iniciais da Missa KYRIE ELEISON Cabe aqui dizer, que o “Senhor, tende piedade” não pertence necessariamente ao ato penitencial. É, sim, uma doxologia, ou seja, uma glorificação do Deus de bondade, ou da misericórdia de Deus. Este se dá após a absolvição do padre e é um canto que clama pela piedade de Deus. Daí ser um erro omiti-lo após o ato penitencial quando este é cantado. Ritos Iniciais da Missa O Hino do Glória Trata-se de um venerável hino de louvor, com caráter cristológico e pascal. Por isso, não pode ser substituído por um simples canto de glória. Não é uma aclamação à Santíssima Trindade. A liturgia deixa este hino para os domingos e festas. Não é cantado na Quaresma e Advento. O hino do Glória não deve ser substituído por qualquer hino de louvor ou por paráfrases que se distanciam demasiadamente do seu sentido original (lGMR 31). Ritos Iniciais da Missa A Oração da Coleta O único elemento ritual que nunca deve faltar nos ritos iniciais é a oração, chamada de "oração da coleta": porque recolhe as intenções do povo feitas em silêncio, depois do convite do ministro que preside: "Oremos". Este coloca a assembléia diante de Deus que a convocou. Ritos Iniciais da Missa É oração de quem preside, pois age em nome de Cristo e assume em Cristo toda a oração do povo e expressa o sentido da celebração. O tom de voz e a maneira de rezar, o gesto das mãos elevadas e abertas, que o povo poderia acompanhar, ajudam a fazer da oração uma verdadeira súplica a Deus Pai, expressão da vida e da experiência religiosa da comunidade. Aqui seria um momento adequado para se colocar as intenções (IGMR 32). Liturgia da Palavra Liturgia da Palavra Estrutura da Liturgia da Palavra A Liturgia da Palavra compõe-se: • pelas leituras dos textos bíblicos (1ª e 2ª leitura); pelo salmo responsorial; • pela aclamação ao Evangelho; • pela proclamação do Evangelho; • pela homilia; • pela profissão de fé e a oração dos fiéis. Liturgia da Palavra Organização Celebrativa A Liturgia da Palavra pode começar com um refrão repetido para criar clima de acolhida e de escuta; (como: Fala, Senhor, Fala da vida. Que a vossa Palavra, Senhor...). Liturgia da Palavra 1ª Leitura - Tirada do Antigo Testamento {exceto no tempo pascal - tirada do Atos dos Apóstolos). Anuncia e prepara para a acolhida de Jesus. Ela está em relação com o Evangelho. O Salmo Responsorial - Está ligado à primeira leitura. É resposta orante da assembléia à proposta do Pai. A 2ª Leitura - Tirada dos escritos dos Apóstolos. Revela como os primeiros cristãos viveram a Boa Nova de Jesus e como nós a deveríamos viver hoje. Alguns lembretes: Os leitores são ministros da Palavra. Por meio de seu ministério, Cristo vai falar. Por isso, não se deve improvisar uma proclamação. Não se deve arrebanhar leitores 5 minutos antes do início da celebração. Somente o leitor é quem deve ler o texto bíblico; as outras pessoas são convidadas a terem as mãos, os olhos e o coração livres para escutar! Será necessário dizer, não só de qual livro, mas também de qual capítulo a leitura vai ser tirada?Talvez seja suficiente dizer o nome do livro bíblico e o capítulo…Quem deve fazer isso? O próprio leitor poderá fazê-lo, a menos que já tenha sido anunciado pela pessoa que fez a motivação antes da leitura. Muitas comunidades já integraram a dança em momentos processionais (entrada, aclamação ao Evangelho ou a preparação das oferendas). Não se trata tanto de uma coreografia para os outros verem, mas de um movimento corporal que chama à participação de todos. Liturgia da Palavra A Aclamação ao Evangelho (Aleluia) - Este canto exprime o acolhimento solene de Cristo, que se toma presente através de sua palavra viva. E uma manifestação de alegria e de fé na presença do Senhor. O Evangelho - proclama e atualiza a Palavra e as ações de Jesus Cristo. A proclamação do Evangelho é o ponto alto da liturgia da Palavra. Por razões pastorais, eventualmente, pode-se suprimir uma leitura (a 2ª Leitura), mas nunca o Evangelho. A proclamação do Evangelho deve ser cercada da maior veneração possível (IGMR 35). Liturgia da Palavra Homilia Homilia, significa conversa familiar. Ela tem a finalidade de: Ligar a Palavra de Deus escutada nas leituras com a vida e a celebração; Introduzir a assembléia na celebração (na atualização) do mistério da salvação anunciado; Sugerir aplicações concretas cia Palavra de Deus; Liturgia da Palavra Despertar nos fiéis a atitude de ação de graças, de conversão e de compromisso; Interpelar a realidade da vida pessoal e comunitária, fazendo perceber o sentido dos acontecimentos, à luz da Palavra de Deus, tendo como referência, a pessoa, a vida, a missão e o mistério pascal de Jesus Cristo; Despertar a participação ativa da assembléia, por meio do diálogo, aclamações, gestos, refrões apropriados, depoimentos. Liturgia da Palavra Uma discreta e artística dramatização da Palavra de Deus poderá ser excelente complementação da homilia, sobretudo nas comunidades menores e mais simples, que gostam de se expressar com gestos, símbolos e encenações adequadas à sua cultura e à celebração litúrgica. A explicação viva da palavra de Deus motiva a assembléia a participar na oração de louvor e na vivência da caridade. Liturgia da Palavra Profissão de Fé O Creio é uma resposta de fé da comunidade à Palavra de Deus. Destaca a vivência da fé como uma virtude cristã. Exprime a unidade da Igreja na mesma fé e sua adesão a Deus. O ritual da Missa apresenta três fórmulas da profissão de fé: • O Símbolo dos Apóstolos(o mais comum: Creio em Deus Pai todo-poderoso...); • O símbolo Niceno-constantinopolitano (Creio em Deus ...criador de todas as coisas); • As perguntas e respostas como na Vigília Pascal ou no Batismo. Liturgia da Palavra Oração dos Fiéis (Preces) A comunidade cristã reunida em assembléia celebrante, como povo sacerdotal, pede a Deus que a salvação proclamada pela Palavra se concretize na Igreja e no mundo, nos que sofrem e nessa mesma assembléia. De certa forma, rompem-se os limites da comunidade para tomar a salvação uma realidade de todo o mundo. Liturgia da Palavra A oração dos fiéis exige: • educar a comunidade para a oração comunitária, sem excluir os pedidos pessoais; • diversificar as intenções segundo os interesses, as necessidades da Igreja, da sociedade, da nação, da comunidade local e as circunstâncias das pessoas presentes; • educar para o espírito de solidariedade no sentido de lembrar e rezar pelos que sofrem e passam dificuldades (cf IGMR 45-47). Todavia, é preciso lembrar que "o pedido de uma graça a Deus" implica um compromisso de colaboração para que a necessidade seja satisfeita em conformidade com a vontade do próprio Deus. Para facilitar a participação orante das pessoas na oração dos fiéis, pode-se propor uma resposta cantada, como: "Escuta-nos, Senhor da Glória!", Ouve-nos, amado Senhor Jesus, etc... Liturgia Eucarística Liturgia Eucarística A liturgia eucarística é memorial da páscoa de Jesus Cristo. Traz presente, atualiza, faz acontecer sacramentalmente, em mistério, o sofrimento e a morte (o sacrifício), a entrega total de Jesus Cristo ao Pai que ressuscita seu Filho, tirando-O da humilhação (cf IGMR 48). Liturgia Eucarística Partes da Liturgia Eucarística A liturgia eucarística se edifica em cima dos quatro elementos do relato da última ceia de Jesus: Última Ceia Liturgia Eucarística Jesus tomou o pão, o cálice = Preparação das oferendas Deu graças = Oração eucarística Partiu o pão = Fração do Pão E deu = Comunhão Liturgia Eucarística O Altar, centro da Liturgia Eucarística O altar ou a “mesa do Senhor” é o centro de toda a liturgia eucarística. A partir da preparação das ofertas, as ações passam a acontecer no altar. Agora, para ele voltam-se as atenções da assembléia. A preparação da "mesa do Senhor” deve lembrar o encontro da família ao redor da mesa. Os ministros da comunhão eucarística ou os acólitos (coroinhas) "arrumam o altar" trazendo e estendendo o corporal, o sangûineo, o cálice, o missal, enfim tudo o que for necessário para a eucaristia. Liturgia Eucarística Preparação das Oferendas No conjunto da celebração eucarística, após a Liturgia da Palavra e antes de iniciar-se a Oração eucarística, a preparação das oferendas representa um momento de pausa, de descanso para a assembléia. Por isso, convém tomar o tempo necessário, de maneira que a Oração eucarística, a seguir, tenha um destaque maior. A meta da preparação das oferendas é aquilo que acontece depois. O ponto alto para o qual a preparação das oferendas nos encaminha é a oração eucarística. Liturgia Eucarística Preparado dignamente o altar, trazem-se as oferendas com o pão e o vinho: A coleta das ofertas da comunidade (o dinheiro) e outros donativos oferecidos pelos fiéis para os pobres ou para as necessidades da Igreja. os dons que simbolizem a vida da comunidade, seus trabalhos e a comemoração realizada naquele dia; • o pão, o vinho e água, frutos da terra e do trabalho de homens e mulheres, que se converterão em Corpo e Sangue de Jesus (cf lGMR 49). Liturgia Eucarística Procissão das Ofertas Em muitas comunidades, costuma-se levar as ofertas ao altar em procissão. Quando isto acontece, as ofertas e outros símbolos da comunidade, seguem antes do pão e do vinho. É um momento de grande participação da comunidade. Pelas expressões corporais (gestos, coreografia, dança) o povo oferece e dá graças pelas maravilhas da criação e do trabalho humano. Liturgia Eucarística Quando se leva ao altar a vida do povo em procissão por meio de símbolos e gestos, não se explica cada símbolo, fazendo-os entrar um após o outro a exemplo de um desfile de moda. É suficiente convidar a comunidade a apresentar sua vida ao Senhor através dos símbolos tais e tais, que entram em procissão com o pão e o vinho acompanhados do canto. O mais importante é deixar que os símbolos falem por si mesmos. Liturgia Eucarística O canto de Oferendas O canto que acompanha a preparação das oferendas não é dos mais importantes. Não é necessário, às vezes, nem desejável, principalmente quando não há uma procissão mais solene dos dons. Muitas vezes é mais importante deixar este momento em silêncio ou acompanhado por uma música (de órgão, flauta, violão...). Outras vezes, especialmente nas celebrações eucarísticas durante a semana, o padre reza a oração do pão e do vinho em voz alta e o povo responde cantando: Bendito seja Deus para sempre... (lGMR 50). Liturgia Eucarística Oração Eucarística "O Senhor deu graças“ A oração eucarística é o centro e o ponto alto de toda a celebração. É a oração de ação de graças e de santificação. Quem dá o verdadeiro louvor ao Pai é Jesus. A assembléia é convidada a unir-se a Ele (Cristo) na proclamação das maravilhas e no louvor a Deus e na entrega do sacrifício (cf iGMR 54-55). Hoje, a Igreja no Brasil dispõe de 14 Orações Eucarísticas. Uma oração eucarística compõe-se dos seguintes elementos: Liturgia Eucarística O Diálogo É convite ao louvor e à ação de graças. "Demos graças ao Senhor nosso Deus”. Deve ser um diálogo vibrante. O sacerdote que preside, com frases curtas e gestos, estimula e desperta: • as intenções e os motivos pelos quais a igreja dá graças; a convicção da presença do Senhor no meio da assembléia; • a necessidade de estar na presença de Deus para darlhe graças; o clima adequado para ser iniciada a oração eucarística. Liturgia Eucarística O Prefácio (Proclamação) O prefácio exprime o louvor e a ação de graças a Deus pela obra da salvação que se atualiza na Ação Eucarística, destacando alguns aspectos particulares segundo o dia, a festa o tempo liturgia. Se oportuno, antes do prefácio, a comunidade pode ser convidada a proclamar os motivos da ação de graças Liturgia Eucarística A Aclamação do Santo No final do prefácio, o sacerdote convida toda a assembléia a cantar, junto com todos os anjos e santos, a uma só voz: Santo, Santo, Santo é o Senhor. É o louvor universal que brota da ressurreição de Jesus Cristo. Cantando o Santo "...", a assembléia proclama a glória e a santidade de Deus e de Jesus Cristo. O Santo é a grande aclamação cantada da Missa. É uma aclamação que requer a participação de toda a assembléia e não é conveniente substituir o texto do Santo por outros hinos. Liturgia Eucarística A Epíclese Invocação a Deus Pai para que derrame o Espírito Santo e transforme os dons de pão e vinho em Corpo e Sangue de Jesus Cristo. A Narração da Instituição (ou Consagração) Narrativa da última ceia quando Cristo encerrou dizendo: "Fazei isto em memória de mim”, A Anamnese Oração da memória do sofrimento, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Liturgia Eucarística A Oblação Pela qual a Igreja reunida, realizando essa memória, oferece ao Pai, no Espírito Santo; recorda-se a entrega total, do sacrifício sem reservas de Jesus. A Epiclese da Comunhão O Espírito é quem congrega a assembléia e a transforma em Corpo de Cristo - Igreja. As Intercessões Expressam que a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda a Igreja tanto do céu como da terra e por todas as pessoas vivas e falecidas. É expressão da comunhão dos santos. Liturgia Eucarística O Por Cristo, Com Cristo... (a doxologia) Amém É o grande louvor que encerra a oração eucarística; ponto alto da liturgia eucarística. É o momento da grande oferta. Por isso se eleva os dons transformados em Corpo e Sangue do Senhor. O Por Cristo, Com Cristo é como que a síntese de toda a celebração. Síntese e expressão de nossas vida vividas em louvor e gratidão a Deus, por Cristo, com Cristo e em Cristo, na unidade do Espírito Santo", É a comunidade que transborda de alegria por tudo aquilo que Deus é e fez por ela. Liturgia Eucarística A aclamação final, o grande "Amém": é o sim, aceitamos, ó Pai, tua proposta de vida, É o sim da fé e do compromisso. Queremos percorrer o caminho de salvação aberto por Jesus. O Louvor final indica o tom que deve caracterizar toda a oração eucarística. O Amém deve ser vibrante, contagiante, de preferência cantado. A participação no canto do Amém é tão importante que se podem usar outras aclamações, como: Amém! Amém! Louvor e glória ao Pai, que em Cristo nos salvou". Liturgia Eucarística As Aclamações da Assembléia A oração eucarística é proclamada pela pessoa que preside. A assembléia toda tem um papel ativo. É a assembléia quem dá graças a Deus, por meio do ministério do presidente. As aclamações facilitam e expressam melhor a participação de todo o povo sacerdotal. Durante a oração eucarística não é recomendável recitar outras orações devocionais e executar músicas e cantos que não correspondam ao espírito das aclamações. Tudo deve favorecer a atenção e a participação viva da comunidade. Liturgia Eucarística RITOS DA COMUNHAO Ele partiu o pão e o deu; tornai, comei; tornai e bebei . O fato De comer pão e beber vinho (Corpo e Sangue de Jesus), a comunhão, é um ato de louvor e agradecimento, pois as pessoas unem-se a Jesus que fez de sua vida um hino de louvor ao Pai. Comungando, estas pessoas são transformadas em louvor, bênção, ação de graças. Toda a vida se torna "eucaristia". Liturgia Eucarística Comungar não é um ato individualista. E uma ação comunitária. Não é simplesmente "receber Jesus na hóstia sagrada em nossa alma". É assumir, como Igreja-comunidade, o projeto de Jesus e dar continuidade à sua missão. Na liturgia eucarística, três sinais, mutuamente relacionados, encaminham a assembléia à comunhão: O Pai-nosso, o Gesto de Paz e a Fração do Pão (cf IGMR 56). Liturgia Eucarística O Pai-Nosso A Oração do Senhor - oração que Jesus ensinou exprime: a comunhão dos filhos com o Pai. O Pai-nosso, sobretudo quando é cantado e expresso em gestos que se harmonizam com a oração e o costume do povo, estimula o sentimento de fraterna solidariedade cristã. É ótimo na eucaristia quando se canta com a própria letra da oração bíblica que o Senhor ensinou. Outras letras de Pai-nosso podem ser cantadas em outros momentos, como na comunhão. Liturgia Eucarística O Gesto de Paz Pelo abraço da paz, desejamos uns aos outros, a paz de Cristo, a paz do Ressuscitado. O gesto na celebração eucarística é compromisso e missão, fazer acontecer a paz: na família, na comunidade, na sociedade, vencendo o ódio, a prepotência e a discriminação social, racial e sexual. Seria preferível não cantar nada durante o rito da paz, para que as pessoas possam se abraçar e saudar com ternura e espontaneidade. Também, o gesto de paz pode ser deslocado para outros momentos da celebração. Liturgia Eucarística A Fração do Pão (o Cordeiro de Deus) Partir juntos o pão é sinal de intimidade, de solidariedade, de comunhão dos mesmos valores, comunhão de vida e de missão. Partindo o pão uns com os outros, em nome de Jesus, a comunidade assume continuar trabalhando em favor de melhores condições de vida para todos. Na eucaristia um único pão (uma única hóstia) é "Cristo pão repartido; e os que tornam parte desse pão formam um só corpo". Liturgia Eucarística O padre parte o pão (hóstia) e coloca um pedacinho no cálice: simboliza que a unidade da Igreja se realiza e recebe novo impulso na celebração eucarística, na comunhão da fé, na fraternidade que anima e edifica a Igreja pela força do Espírito Santo. Enquanto o padre fraciona o pão, a assembléia canta. O Cordeiro de Deus é uma prece litânica (em forma de ladainha). Não é função do presidente começar o Cordeiro e sim do grupo de canto. Convém que seja sempre cantado. Quem canta: O cantor(a) faz a invocação, e a assembléia responde com o tende piedade de nós Liturgia Eucarística Comunhão "Tomai e comei, Tomai e bebei" "Felizes os convidados..." é um convite universal à participação na Ceia do Senhor e não apenas à assembléia presente. "Felizes os convidados para as bodas nupciais do Cordeiro" (Ap 19,9): proclama que a comunidade participa da Ceia do céu e que a comunhão eucarística é participação na comunhão em Deus. A comunhão no Corpo e Sangue de Cristo une as pessoas a toda a Igreja de todos os lugares e de todos os tempos, realiza a "comunhão dos santos". Liturgia Eucarística O Canto de Comunhão Durante a comunhão pode-se entoar um hino (canto) que exprima: a união espiritual dos comungantes; a alegria dos corações e a fraternidade da assembléia. O canto acompanha o rito da comunhão. Ele deve estar em sintonia com o evangelho proclamado. Deve se evitar entoar cantos cujos textos apresentam excessivas doses de subjetivismos. Também cantos que são usados na adoração ao Santíssimo Sacramento Liturgia Eucarística O Silêncio depois da Comunhão Pode haver um fundo musical, especialmente depois da comunhão, para criar um ambiente agradável de silêncio ou de recolhimento. Porém, sem dar explicações do porque" do silencio. É um tempo precioso de intimidade com o Senhor. É um momento não tanto para pedir ou dar graças (isto já foi feito nas preces e na oração eucarística), mas para mergulhar no mistério da comumunião com o Senhor. Pode-se entoar um hino de louvor, como: O Magnificat ou o Cântico de Zacarias. Liturgia Eucarística Oração depois da Comunhão É a oração que encerra o rito de comunhão. É uma oração voltada mais para a missão no mundo, que de agradecimento. É uma súplica: que possamos, alimentados pela eucaristia, viver, na vida do dia-a-dia, aquiIo que experimentamos na celebração. Que cada participante se tome, como Cristo, pão partilhado e sangue derramado para a vida do próximo. Evite-se qualquer momento antes desta conclusão. Ritos Finais Ritos Finais A comunhão foi o momento culminante de todo o movimento da celebração: viemos para nos encontrar com o Senhor, para fazer memória de Jesus, para nos encontrar uns com os outros: a comunhão nos fez viver tudo isso. Voltamos revigorados, refeitos, reanimados em nossa fé, em nossa disposição para a missão. A Eucaristia é fermento de transformação. Os que dela participam são enviados para renovar o mundo, apressando a vinda do Reino de Deus (cf Ap 21,1). Ritos Finais Os Avisos Antes da assembléia se dispersar é informada sobre acontecimentos, iniciativas pastorais, encontros e outras realidades relacionadas à vida e à missão. Como informar a comunidade de sua vida e atividades é um desafio! Que fazer para que os avisos sejam breves, objetivos e claros, isto é, compreendidos por todos? É preciso evitar a confusão com números, datas e horários. Ritos Finais Homenagens Este momento é também o mais indicado para breves homenagens que as comunidades gostam de fazer em dias especiais, como: dia das mães, dos pais, catequistas, cumprimento aos aniversariantes, etc. Ritos Finais A Bênção e Despedida O ministro que presidiu a celebração estende as mãos sobre a comunidade reunida e invoca a bênção de Deus e despede a todos: "Ide em paz e que o Senhor vos acompanhe!” Enquanto todos saem, conversando, música de órgão ou violão podem prolongar, o ar festivo da reunião e celebração eucarística. De qualquer modo, haja, no fim da missa, uma verdadeira despedida humana e fraterna. Ritos Finais Canto Final ou Despedida Um canto final ou de despedida, se parecer oportuno, embora não esteja previsto no ritual da eucaristia, pode manifestar, uma vez mais, a alegria e o compromisso de viver como "cristãos eucarísticos". É um momento para se entoar um hino à Virgem Maria ou aos santos, nossos padroeiros.