Eclipse Lunar Enos Picazzio - IAG/USP Adaptado de OrbitEdward of the Moon J. Michaels SFASU Department of Physics and Astronomy Enos Picazzio - IAG/USP Parâmetros lunares mais relevantes Distância orbital média perigeu apogeu Inclinação da órbita Inclinação do eixo Período orbital Ciclo (Lunações) Diâmetro Maior diâmetro aparente Densidade média Gravidade na superfície Temperatura superficial 384.000 km 363.000 km 406.000 km 5,2o 6,7o 27,32 dias Mês Sideral* 29,53 dias Mês Sinódico* 3.476 km 32,9o 3,34 g/cc (61% da terrestre) 1,62 m/s2 (17% da terrestre 100 a 400 K (-173 a 127 oC) * definidos adiante Enos Picazzio - IAG/USP Figuras de superfície mais relevantes Crateras: • maioria é originada por impacto de meteoritos • algumas são vulcânicas • Regolito: poeira proveniente da pulverização de rochas que recobre toda a superfície Mares: regiões planas e escuras Origem: derramamento de lava vulcânica Terras (continentes): regiões acidentadas e mais claras Forte bombardeamento há ~ 4 bilhões de anos Formação das bases (futuros mares) Bombardeamento diminuiu entre 3.8 - 3.2 bilhões de anos Preenchimento dos mares Enos Picazzio - IAG/USP Amostras de solo lunar • semelhantes às rochas terrestres de silicatos • ausência de água e outras substâncias voláteis • a sonda Clementina parece ter detectado traços de água congelada em cratera • mares formados de basalto (mais pesado) • idade: terras ~ 4 - 4.5 bilhões de anos mares ~ 3.2 - 4 bilhões de anos • materiais que cobrem a superficie lunar têm densidades menores que a densidade média houve processo de diferenciação (materiais mais densos deslocam-se para maiores profundidades, como consequência da convecção). Enos Picazzio - IAG/USP Rotação Síncrona A Lua apresenta sempre a mesma face voltada para a Terra porque seus períodos de rotação e translação são iguais. Tecnicamente diz-se que que ela está numa órbita ressonante na razão 1:1. Esta é uma consequência da ação de maré que a atração gravitacional da Terra provoca sobre a Lua. Enos Picazzio - IAG/USP Faces da Lua Visível da Terra Face oposta A orientação aparente do disco lunar depende da latitude do observador Enos Picazzio - IAG/USP Fases da Lua ECL 3 4 Norte 2 5 CE Leste Oeste 1 1 6h 12h 8 7 6 18h 0h 12h 3 4 Fase Ângulo AR* Nova 0° 0h Quarto Crescente 90° 6h Cheia 180° 12h Quarto Minguante 270° 18h * Ascensão Reta 2 5 1 Luz 8 6 7 Enos Picazzio - IAG/USP Fases da Lua A imagem aparente da Lua é invertida nos hemisférios. Enquanto no hemisfério sul a fase crescente tem a forma côncava, no hemisfério norte ela apresenta-se na forma convexa. A animação ao lado representa a forma vista no hemisfério norte. Clique sobre a imagem para ver a animação. Enos Picazzio - IAG/USP Eclipse Solar – Lua Nova O percurso da sombra sobre a superfície terrestre de alguns eclipses solares são mostrados da imagem ao lado. Clique sobre a imagem abaixo para ver a animação. Terra Sombra umbral da Lua Órbita da Lua Enos Picazzio - IAG/USP Eclipse Solar – Lua Nova Com o eclipse do disco solar (fotosfera), a atmosfera do Sol tornase visível. A baixa atmosfera, chamada cromosfera, de cor avermelhada, é vista ao longo da borda (escura) do disco lunar. Acima dela está a coroa, de cor branca e muito estruturada. Seu brilho é uma do espalhamento da luz fotosférica pelos elétrons da coroa. Clique sobre a imagem para ver a animação do eclipse de 03/11/1994. A forma da coroa muda com a atividade solar. Enos Picazzio - IAG/USP Sombras do eclipse lunar O eclipse lunar ocorre sempre na Lua Cheia, e quando esta passa pelas sombras da Terra. Enos Picazzio - IAG/USP Eclipse Lunar – Lua Cheia Eclipse Penumbral Lua passa pela penumbra Eclipse Parcial Lua passa parcialmente pela umbra Eclipse Total Lua passa totalmente pela umbra A orientação aparente do disco lunar depende da latitude do observador Enos Picazzio - IAG/USP Geometria do eclipse lunar A olho nú o escurecimento na penumbra é praticamente imperceptível. A atmosfera desvia parte da luz solar em direção à umbra, por isso o disco lunar é ligeiramente iluminado. O brilho e a cor da Lua dependem das condições do eclipse (escala de Danjon) . O brilho pode variar também com a concentração de aerossóis de origem vulcânica. Enos Picazzio IAGUSP Eclipse Lunar – Lua Cheia Umbra A orientação aparente do disco lunar depende da latitude do observador Enos Picazzio - IAG/USP Eclipse lunar de 27/10/04 || Visão para observador de São Paulo || Intervalo entre imagens: 10 min || Entrada - penumbra (início do eclipse): 21h 06m; umbra (início do parcial): 22h 14m Totalidade - início: 23h 23m; máximo: 0h 04m; fim: 0h 45m Saída - umbra (início do parcial: 0h 45m; fim do parcial: 1h 54m); penumbra (fim do eclipse): 3h 03m 21h 10m 22h 10m 23h 10m 0h 10m 1h 10m 2h 10m Iluminação nos eclipses Sem atmosfera a luz solar propaga-se em linha reta, por isso a sombra lunar é bem delineada, encobrindo completamente o disco solar. Eclipse solar Lua Luz Eclipse lunar Terra A atmosfera terrestre refrata a luz solar, provocando um disco de sombra parcialmente iluminado. Por isso a Lua é vista durante um eclipse lunar. Ilustração fora de escala Enos Picazzio - IAG/USP Visiblidade Global P1 Começo do eclipse penumbral (invisível ao olho) U2 Começo do eclipse total U4 Fim do eclipse partial U1 Começo do eclipse partial U3 Fim do eclipse total P4 Fim do eclipse penumbral (invisível ao olho) Enos Picazzio - IAG/USP Órbita Lunar Plano da eclíptica (órbita da Terra) Nodo descendente Terra Lua Nodo ascendente Linha dos nodos Plano da órbita lunar Enos Picazzio - IAG/USP Condições propícias para ocorrência de eclipses Alinhamento dos solstícios Cheia Órbita da Terra Linha dos nodos Nova Cheia SOL Linha dos nodos Nova Linha dos nodos Nova Nova Cheia Cheia Linha dos nodos Alinhamento dos equinócios (nodos) Enos Picazzio - IAG/USP Movimento aparente do Sol Solstício de inverno Equinócio de outono Equinócio da primavera Equador Celeste Solstício de verão Equinócio da primavera Equinócio da primavera Solstício de inverno Solstício de verão Equinócio de outono Clique sobre a imagem para ver a animação (as definições são para o hemisfério norte, em inglês) Enos Picazzio - IAG/USP As órbitas no plano do céu Órbita da Lua Nodos Eclíptica OESTE LESTE Equador Celeste Lua Cheia Lua Nova (sem eclipse) (sem eclipse) Eclíptica: órbita da Terra, ou órbita aparente do Sol Enos Picazzio - IAG/USP As órbitas no plano do céu Nodos Os eclipses ocorrem quando o Sol está próximo dos nodos. Eclipse Solar : Sol e Lua estão localizados no mesmo nodo. Eclipse Lunar : Sol está em uma nodo e a Lua está 12h adiante em ascensão reta. Inclinação da órbita lunar? Enos Picazzio - IAG/USP Período de Saros • A periodicidade e a recorrência dos eclipses é governada pelo Ciclo de Saros (já conhecido dos Caldeus), um período de ~ 6.585.3 dias (18 anos 11 dias 8 horas). • Razão harmonia entre os períodos orbitais da Lua: Mês Sinódico (lunações): 29,53059 dias = 29d 12h 44m Mês Dracônico (de nodo a nodo): 27,21222 dias = 27d 05h 06m Mês Anomalístico (perigeu a perigeu) 27.55455 dias = 27d 13h 19m • O ciclo compreende 223 meses sinódicos 242 meses draconianos 239 meses anomalísticos. • As condições praticamente se repetem a cada ciclo. Enos Picazzio - IAG/USP Histórico: Aristóteles Aristóteles (384-322 a.C.) usou a forma aparente da sombra da Terra para mostrar que a Terra era uma esfera. Enos Picazzio - IAG/USP Histórico: Aristarco (280 a.C.) O tempos decorridos entre dois “quartos” (de L1 a L3, e de L3 a L1) seriam diferentes se o Sol estivesse próximo. Como eram iguais, Aristarco deduziu que o Sol estava bem mais distante que a Lua. Enos Picazzio - IAG/USP Histórico: Aristarco (280 a.C.) Observando os eclipses ele criou um método para medir tamanhos e distâncias relativos da Lua, Terra, Sol: a Terra tem ~ tamanho da sombra, e esta é ~ 3 vezes o diâmetro da Lua. (Valor real: 6378km / 1738km = 3.7x) A orientação aparente do disco lunar depende da latitude do observador Sombra da Terra C B A • Tempo decorrido entre A e B é proporcional ao diâmetro da Lua. • Tempo decorrido entre B e C é proporcional ao diâmetro da sombra da Terra (~ Terra). Enos Picazzio - IAG/USP Diferenças entre medidas Antigas e Modernas Diâmetro da Terra Diâmetro da Lua Diâmetro do Sol Distância Terra-Lua Distância Terra-Sol Antiga (km) Moderna (km) 13.000 4.300 90.000 400.000 10.000.000 12.756 3.476 1.390.000 384.000 150.000.000 Enos Picazzio - IAG/USP Equívocos e superstições A lunação afeta a meteorologia (clima), o número de pássaros, o número de prisões, a quantidade de internações de emergência, e outros Enos Picazzio - IAG/USP Equívocos e superstições O astrônomo George Abell estudou a taxa de nascimento em função da fase lunar: Entre 17/03/1974 e 30/04/1978, nasceram 11.691 crianças no hospital da UCLA: não encontrou nenhuma correlação. Considerando apenas os partos normais (não cesarianos), o número caiu para 8.142: não encontrou nenhuma correlação. Enos Picazzio - IAG/USP Equívocos e superstições A lunação influencia a fertilidade A menstruação nos humanos segue um ciclo médio de 28 dias, não 29,5. Demais mamíferos: porcos da Nova Guiné: 11 dias, ratos e camundongos: 5 days ovelhas: 16 dias, chimpanzés: 37 days vacas e éguas: 21 dias ... Enos Picazzio - IAG/USP Links interessantes Genérico: http://home.hiwaay.net/~krcool/Astro/moon/#ml http://home.hiwaay.net/~krcool/Astro/moon/moonlinks/ Geologia da Lua: http://webgis.wr.usgs.gov/moon_geology.htm Calendário: http://www.ameritech.net/users/paulcarlisle/MoonCalendar.html Mitos Lua Azul (Blue Moon): http://www.infoplease.com/spot/bluemoon1.html Visualizador Terra-Lua: http://www.fourmilab.ch/earthview/ Animação-Fases da Lua: http://www.fourmilab.ch/earthview/ Origem da Lua: http://www.psrd.hawaii.edu/Dec98/OriginEarthMoon.html http://www.psi.edu/projects/moon/moon.html Sociedade Apollo: http://apollo-society.org/luna.html Atlas Lunar: http://www.astrosurf.com/cidadao/moonlight.htm Serviço de dados: http://aa.usno.navy.mil/AA/data/ http://seds.lpl.arizona.edu/nineplanets/psc/basic.html Enos Picazzio - IAG/USP Muito bem, pessoal! Pra terminar, vamos ao jogo do erro?... Enos Picazzio - IAG/USP Então, onde está o erro nesta imagem?…. Enos Picazzio - IAG/USP Uuummm… Dooooiis... eeeee... Três... Enos Picazzio - IAG/USP Lua Cheia próximo ao Sol no horizonte? Ah Ah Ah…. Enos Picazzio - IAG/USP ♪ ♫ Aaaaacaboooou… ♪ ♫ Enos Picazzio - IAG/USP ♪ ♫ Moon river ♪ ♫ Enos Picazzio - IAG/USP ♪ ♫ Moon river Wider than a mile ♪ ♫ Enos Picazzio - IAG/USP ♪ ♫ Moon river Wider than a mile I'm crossing you in style ♪ ♫ Enos Picazzio - IAG/USP ♪ ♫ Moon river Wider than a mile I'm crossing you in style Some day... ♪ ♫ Enos Picazzio - IAG/USP ♪ ♫ La ri la ri ra rá Enos Picazzio - IAG/USP ♪ ♫ La ri la ri ra rá Enos Picazzio - IAG/USP ♪ ♫ La ri la ri ra rá Enos Picazzio - IAG/USP ♪ ♫ Enos Picazzio - IAG/USP Enos Picazzio - IAG/USP Enos Picazzio - IAG/USP Enos Picazzio - IAG/USP Enos Picazzio - IAG/USP Enos Picazzio - IAG/USP Enos Picazzio - IAG/USP Enos Picazzio - IAG/USP Enos Picazzio - IAG/USP Enos Picazzio - IAG/USP Enos Picazzio - IAG/USP Fim Enos Picazzio - IAG/USP Geometria do eclipse lunar A olho nú o escurecimento na penumbra é praticamente imperceptível. A atmosfera desvia parte da luz solar em direção à umbra, por isso o disco lunar é ligeiramente iluminado. O brilho e a cor da Lua dependem das condições do eclipse (escala de Danjon) . O brilho pode variar também com a concentração de aerossóis de origem vulcânica. Enos Picazzio IAGUSP