Enzimas de uso clínico
Aula 4
•Perfil do estado metabólico
•Alterações
patológicas
e
momentâneas do metabolismo
Fisiologia
 Atividade das funções orgânicas
 Processo metabólico são reguladas por reações
bioquímicas
 Reações bioquímicas encadeadas em vias
bioquímicas
 Enzimas convertendo um substrato em produto para
outras enzimas utilizarem o produto como substrato
Controle das vias bioquímicas
 Enzimas chaves;
 Produto regulador da via (enzimas reguladoras);
 Feedback
 Modulação da estrutura;
 Ligação covalente;
 Ligação não-covalente do substrato (enzima
alostérica)
Regulação da Atividade Enzimática
Controle da Disponibilidade Enzimática:
A quantidade de uma dada enzima na
célula
depende da sua taxa de síntese e da
sua
taxa de degradação
Controle da Atividade Enzimática:
A atividade catalítica de uma enzima pode
ser diretamente regulada por meio de
alterações conformacionais ou estruturais
Inibição por feedback
Multifeedback
Enzimas Alostéricas
• HomotrópicasModulador = substrato;
• HeterotrópicasModulador  substrato;
• Sítio alostérico  específico para
o modulador;
Controle da atividade pela conformação
Controle da atividade pela negativo conformação
Cooperação alostérica
Homeostase
 Vias metabólicas em perfeito funcionamento;
 Equilíbrio entre substratos e produtos;
 Condições ideais para funcionamento das enzimas
 Produção adequada ao consumo de energia
Estado Patológico
 Quebra da homeostase
 Desregula as vias metabólicas –
excesso/falta de substrato/produto;
 Alteração nas condições ideais;
 Redução de energia;
 Comprometimento em cadeia;
 Desvio das funções orgânicas.
Principais vias metabólicas
Em humanos, as vias metabólicas mais importantes são:
 glicólise - oxidação da glicose a fim de obter ATP
 ciclo de Krebs - oxidação do acetil-CoA a fim de obter energia
 fosforilação oxidativa - eliminação dos elétrons liberados na
oxidação da glicose e do acetil-CoA. Grande parte da energia
libertada neste processo pode ser armazenada na célula sob a forma
de ATP.
 via das pentoses-fosfato - síntese de pentoses e obtenção de poder
redutor para reações anabólicas
 ciclo da uréia - eliminação de NH4+ sob formas menos tóxicas
 b-oxidação dos ácidos gordos - transformação de ácidos gordos em
acetil-CoA, para posterior utilização pelo ciclo de Krebs.
 gluconeogénese -síntese de glicose a partir de moléculas mais
pequenas, para posterior utilização pelo cérebro.
Metabolismo ligado a órgãos e glândulas
 Cérebro - Utiliza normalmente glicose como fonte de energia; corpos




cetônicos;
Fígado - Mantém o nível de glicose no sangue, através da
gliconeogênese e da síntese e degradação do glicogênio. Também
síntese de corpos cetônicos em situações de abundância de acetil-CoA.
Síntese da uréia;
Tecido adiposo - Sintetiza ácidos gordos e armazena-os sob a forma
de triacilgliceróis. Ação do glucagon, hidrolisa triacilgliceróis em
glicerol e ácidos gordos, que liberta para a corrente sanguínea em
lipoproteínas;
Músculo - Utiliza glicose, ácidos gordos, corpos cetônicos e
aminoácidos como fonte de energia. Reserva de creatina fosfatada;
Rins - Pode realizar a gluconeogénese e libertar glicose para a corrente
sanguínea. Excreção de eletrólitos, uréia, etc.
Principais exames laboratoriais
 CK
 CK-MB
 Lactato
desidrogenase
 Trombina
 Tromboplastina
 Alanina
transaminase
 Aspartato
transaminase
 Fosfatase alcalina
 γGT
 Lipase
 Amilase
Coração
 Músculo cardíaco – miocárdio = contração;
 CK
– creatinofosfaquinase – reserva de energia
do músculo
 CK-MB – isoenzima da CK fração MB
 LDH – lactato desidrogenase – conversão lactato
para piruvato
Sangue – plasma + células
 Coagulação
Trombina
– fibrinogênio em fibrina –
via extrínseca;
Tromboplastina – via intrínseca
Contribui para regular sangramentos e
alterações na coagulação.
Fígado
 O fígado é a maior glândula do corpo humano;
 Funciona como glândula exócrina;
 Atua também como glândula endócrina.
Enzimas Hepáticas
 Alanina transaminase (ALT);
 Aspartato transaminase (AST);
 Fosfatase alcalina (FAL ou ALP);
 Gama glutamil transpeptidase ou gama-GT (GGT).
Como interpretar enzimas hepáticas
alteradas?
A
determinação desses parâmetros
classificar o quadro do paciente em;
permite

Colestático: aumento predominante de fosfatase alcalina,
gama-GT e bilirrubinas;
Hepatocelular:
aumento
predominante
de
aminotranferases

 Isso direciona o raciocínio para as etiologias mais
prevalentes dentro de cada grupo sindrômico.
Como interpretar enzimas hepáticas
alteradas?
 Esse conjunto de exames permite, ainda, detectar:
 a presença de doença hepática;
 fazer diagnóstico diferencial entre as diversas síndromes
possíveis;
 avaliar a extensão do dano hepático e a resposta ao
tratamento.
Qual o significado das alterações das ALT e
AST?
 AST: está presente no hepatócito, na musculatura
estriada e em menor concentração, em outros
órgãos, portanto, maior especificidade para lesão
hepática.
 ALT: apresenta distribuição mais restrita, estando
presente no hepatócito e em pequena quantidade na
musculatura estriada tendo, portanto, maior
especificidade para lesão hepática.
Qual o significado das alterações das ALT e
AST?
 Um aumento predominante de ambas leva ao
diagnóstico de lesão Hepatocelular: aguda ou
crônica
 Obstrução ao fluxo biliar pode interferir com a
excreção dessas enzimas, não sendo raro o achado de
AST e ALT significativamente aumentadas na
vigência de coledocolitíase.
Qual o significado de alterações da fosfatase
alcalina e gama-GT?
 Fosfatase
alcalina:
presente
predominantemente no fígado, são também
encontradas nos ossos, no intestino delgado e na
placenta.
 Gama-GT: está presente no fígado ) e em outros
órgãos, como pâncreas e rins. Apesar de ser um
marcador bastante sensível de doença hepatobiliar,
é pouco específica, estando aumentada em outras
doenças, como o diabetes mellitus e a insuficiência
renal.
Qual o significado de alterações da
fosfatase alcalina e gama-GT?
 O aumento predominante de ambas as enzimas
sugere a presença de doença colestática, como
obstrução biliar, cirrose biliar primária, colangite
esclerosante primária, colestase induzida por drogas
e doenças infiltrativas do fígado (amiloidose ou
neoplasias).
Pâncreas
 O pâncreas é um órgão que contém dois tipos
básicos de tecido: os ácinos, produtores de
enzimas digestivas, e as ilhotas, produtoras de
hormônios.
 O suco pancreático, produzido pelo pâncreas,
contém água, enzimas e grandes quantidades de
bicarbonato de sódio.
 Sua secreção digestiva é responsável pela hidrólise
da maioria das moléculas de alimento, como
carboidratos, proteínas, gorduras e ácidos
nucléicos.
Suco Pancreático
 Os sucos digestivos produzidos no pâncreas não são
ativos até que tenham alcançado o intestino. As
principais enzimas produzidas pelo pâncreas são a
amilase, importante na digestão dos carboidratos, a
tripsina, que digere proteína e a lípase, que digere a
gordura.
Suco Pancreático
 A amilase pancreática fragmenta o amido em
moléculas de maltose;
 A lípase pancreática hidrolisa as moléculas de um
tipo de gordura – os triacilgliceróis, originando
glicerol e álcool;
 As nucleases atuam sobre os ácidos nucléicos,
separando seus nucleotídeos.
Tripsina e a Quimiotripsina
 O suco pancreático contém ainda o tripsinogênio e o
quimiotripsinogênio, formas inativas em que são
secretadas as enzimas proteolíticas tripsina e
quimiotripsina.
Tripsina e a Quimiotripsina
A
tripsina e a quimiotripsina hidrolisam
polipeptídios, transformando-os em oligopeptídeos.
A pepsina, a tripsina e a quimiotripsina rompem
ligações peptídicas específicas ao longo das cadeias
de aminoácidos.
Suco digestivo
Enzima
pH ótimo
Substrato
Produtos
Suco pancreático
Quimiotripsina
Tripsina
Amilopepsina
Rnase
Dnase
Lipase
alcalino
alcalino
alcalino
alcalino
alcalino
alcalino
proteínas
proteínas
polissacarídeos
RNA
DNA
lipídeos
peptídeos
peptídeos
maltose
ribonucleotídeos
desoxirribonucleotídeos
glicerol e ácidos graxos
Tripsina sérica - Tripsinogênio sérico
 Este exame é realizado para detectar doenças do
pâncreas.
 Os níveis de tripsina e tripsinogênio diminuem em
alguns tipos de doenças pancreáticas e aumentam
em outras.
Tripsina sérica - Tripsinogênio sérico
 O que significam os resultados anormais:
 produção pancreática anormal;
 câncer pancreático;
 pancreatite aguda;
 pancreatite crônica.
Dosagem de Lípase
 Este exame pode ser indicado para avaliar a função
pancreática.
 A lípase é uma enzima secretada pelo pâncreas no
intestino delgado. Ela catalisa a decomposição dos
triglicérides em ácidos graxos.
Dosagem de Lípase
 Os valores acima do normal podem indicar:
 pancreatite
 câncer pancreático
 colecistite (com efeitos secundários ao pâncreas)
 deficiência familiar da lipoproteína lípase
Dosagem de Amilase
 Este exame se realiza principalmente para
diagnosticar ou monitorar as doenças do pâncreas.
Pode também refletir a doença da vesícula biliar,
alguns problemas gastrointestinais e outros
distúrbios.
 Quando o pâncreas apresenta uma doença ou
inflamação, há perda de amilase para o sangue.
 Níveis aumentados de amilase podem indicar:
pancreatite aguda
 câncer do pâncreas, ovários ou pulmões
 colecistite
 gestação tubária ectópica ou com ruptura
 ataque de vesícula biliar resultante da doença
 infecção das glândulas salivares (caxumba ou uma obstrução)
 obstrução intestinal
 macroamilasemia
 obstrução do duto biliar ou pancreático
 úlcera perfurada
 Níveis diminuídos de amilase podem indicar:
 lesão ao pâncreas
 doença renal
 câncer do pâncreas
 toxemia da gestação
 Este exame também pode ser realizado na presença de outras condições, como:
 pancreatite crônica
 cetoacidose diabética
 pseudocisto pancreático

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