Slide 1 Tratamento Antirretroviral no contexto atual e o tratamento como estratégia de prevenção Sandra Wagner Cardoso INI Evandro Chagas-Fiocruz Simpósio sobre HIV/AIDS Petrópolis - Setembro 2014 [email protected] [email protected] Slide 2 EVOLUÇÃO DA TERAPIA ANTIRRETROVIRAL Difícil adesão, seleção de mutações de multirresistência Monoterapia e terapia dupla seqüencial sem TAR AZT mono Anos 80 Início precoce é melhor? Monoterapia seqüencial com IP e ITRNN Início 90 Meados 90 Adaptado de slides de Gallant JE e Deeks SG. “Hit early, hit hard” Final 90 Final 90 Iniciar mais tarde Início 00 Final 00 Slide 3 Inicio da Terapia Antirretroviral Slide 4 Quando começar o tratamento • Toxicidade farmacológica • Preservando opções terapêuticas limitadas • Risco de resistência (e transmissão de vírus resistente) Adiar TAR Slide 5 Quando começar o tratamento: o equilíbrio agora favorece o TAR precoce • Toxicidade farmacológica • Preservando opções terapêuticas limitadas • Risco de resistência (e transmissão de vírus resistente) Adiar TAR • ↑ potência, durabilidade, simplicidade e segurança dos esquemas atuais • ↓ do aparecimento de resistência • ↓ da toxicidade com TAR precoce • ↑ opções terapêuticas subsequentes • Risco da viremia fora de controle em todos os níveis de CD4 • ↓ transmissão TAR precoce Objetivos daTerapia Antirretroviral 1) Aumentar o tempo e a qualidade de vida do paciente com infecção pelo HIV. 2) Retardar a progressão clínica da imunodeficiência; diminuir ou reverter o dano imunológico. 3) Suprimir a replicação viral nos diversos compartimentos corporais. 4) Prevenção de novas infecções 5) cura? Probabilidade de sobrevida Sobrevida de Pacientes HIV + 1 População controle 0.75 0.5 Slide 7 HAART (2000-2005) HAART (1997-1999) 0.25 Pre-HAART (1995-1996) 0 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 Idade em anos Linhas picotadas representam o IC 95% Lohse et al. Ann Intern Med. 2007; 146:87–95. TAR evoluiu para esquemas melhores Projeção do impacto de HAART na expectativa de vida de uma pessoa de 20 anos com HIV vivendo num país rico Source: UNAIDS / Lohse et al / Hoog et al / May et al / Hogg et al Slide 10 Expectativa de vida em pacientes HIV + Nadir de CD4 Expectativa de vida (aos 20 anos) < 100 100 - 200 > 200 32 42 50 ART-CC1: Dependendo de quando a TARV foi iniciada a expectativa de vida é 10 a 30 anos menor nos portadores de HIV que nos não infectados Coorte AQUITAINE2: Mortalidade igual à da população geral em pacientes com CD4 > 500 após 6 anos de ART Coorte ATHENA3: A expectativa de vida para pacientes assintomáticos que permanecem virgens de TARV após 24 semanas do diagnóstico é similar à de controles pareados por idade e sexo: 52,7 vs. 53,1 anos 1. ART-Cohort Collaboration. Lancet.; 2. Lewden C, et al. J Acquir Immune Defic Syndr. 2007;46:72-7 3.Van Sighem A et al. AIDS 2010; 24(10) 1527–1535. Chance de atingir CD4 normal depende do momento do início do TARV Johns Hopkins HIV Clinical Cohort1 Mean CD4 Count 1000 Slide 11 ATHENA National Cohort2 1000 800 800 600 600 400 400 >350 200 201-350 ≥500 350-500 200-350 50-200 <50 200 <200 0 0 0 1 2 3 Years on ART • 4 5 0 48 96 144 192 240 288 336 Weeks from Starting ART A amplitude do aumento da contagem de células CD4 é maior se a TARV for iniciada com baixa contagem de CD4, mas há maior probabilidade de normalização da contagem de CD4 com a terapia mais precoce. 1Moore R, et al. Clin Infect Dis. 2007;44(3):441-446. 2Gras L, et al. J Acquir Immune Defic Syndr. 2007;45(2):183-192. O ganho subideal de CD4 é frequente nos pacientes que iniciam HAART tardiamente CD4 inicial (cel/mm3) 1000 900 Contagem de CD4 (cel/mm3) Slide 12 > 500 (n = 389) 350 – 500 (n = 694) 800 700 200 – 350 (n = 1.513) 600 50 – 200 (n = 1.773) 500 < 50 (n = 930) 400 300 ~ 50% daqueles com nadir de CD4 < 200 não chegam a 500 após 7 anos de supressão viral. 200 100 0 0 48 96 144 192 240 288 366 Semanas Gras L, et al. JAIDS. 2007;45:183–192. Slide 13 Quando iniciar-dados do Consorcio “When to Start” • Análise de 15 estudos de coorte nos quais pacientes foram acompanhados após início de TARV: – N = 21.247 após o início de HAART; N = 24.444 após o início de ARV – Maiores taxas de AIDS e morte entre os pacientes que retardaram o início do TARV até CD4 < 251-350 células/mm3 vs. os que iniciaram com CD4 entre 351-450 células/mm3 (HR 1,28; IC de 95% 1,04-1,57) – O impacto negativo aumentou proporcionalmente ao nível de CD4 no momento de início dos ARV Lancet 2009; 373:1352 Slide 14 Quando iniciar um estudo “em consórcio” Probabilidade cumulativa de AIDS ou morte após o início de ARV por CD4 no momento do início Probabilidade cumulativa de morte após o início de ARV por CD4 no momento do início Lancet 2009; 373:1352 Slide 15 NA-ACCORD: Sobrevida com início precoce vs. tardio de HAART Parâmetro Associado a Risco de Morte Risco relativo (IC de 95%) Retardar HAART até CD4 < 350 cel/mm3 (vs. iniciar com 350-500 cel/mm3) 1,69 Sexo feminino 1,1 1,6 Maior idade (por 10 anos)) CD4+ inicial (por aumento de 100 cel/mm3) 0,1 Valor de P 0,290 < 0,001 0,9 1,0 < 0,001 .0,083 2,5 Aumento do risco relativo de morte (~ 69%) com o retardo no início do TARV permanece inalterado após ajuste por uso de drogas IV ou coinfecção por HCV, ambos indicadores independentes de mortalidade NA-ACCORD: Sobrevida com início precoce vs. tardio de HAART Slide 16 Segunda análise de 9.155 pacientes: 2.220 (24%) iniciaram TARV com CD4 > 500 cel/mm3 e 76% adiaram o início do tratamento Aumento de 94% no risco de morte para os que retardaram o início de TARV (RR 1,94 [IC de 95%: 1,37-2,79]; P < 0,001) Análises de sensibilidade: Ajuste estatístico para confundidores não observados em dados observacionais comprova os achados primários Kitahata M, et al. NEJM 2009; 360:1815 Slide 17 Mortalidade no primeiro ano de HAART: Fiocruz vs. JHU Análise de duas coortes (JHU e Fiocruz) Pacientes virgens de tratamento e que iniciaram HAART entre 1999 e 2007 Acompanhamento de um ano após o início de HAART N = 859 (JHU) e 915 (Fiocruz) Grinsztejn, AIDS 2009 Slide 18 Mortalidade no primeiro ano de HAART: Fiocruz vs. JHU Grinsztejn, AIDS 2009 Slide 19 Mortalidade no primeiro ano de HAART: Fiocruz vs. JHU Fiocruz: Maioria dos óbitos associados à AIDS (61,8%) JHU: Maioria dos óbitos por causas não associadas à AIDS (55,6%) Tuberculose responsável por 32,4% dos óbitos na Fiocruz, 0 em Baltimore Grinsztejn, AIDS 2009 Slide 20 Tratamento como prevenção Histórico Dados da profilaxia de Transmissão vertical PEP Dados referentes a relação entre CV populacional e incidência de novas infecções Slide 21 e Transmissão sexual do HIV é reduzida em 96% entre casais sorodiscordantes O adoecimento é reduzido em 40% Mudança dos guias terapêuticos no Brasil e nos países desenvolvidos OMS Revisou o seu guia e o consenso brasileiro também foi revisto Slide 22 Slide 23 Recomendações terapêuticas Histórico Esquemas TAR iniciais (1ª linha): duas classes de antirretrovirais (AR): dois inibidores da transcriptase reversa análogos de nucleosídeos (ITRN) associados a um inibidor da transcriptase reversa não-análogo de nucleosídeo (ITRNN) ou a um inibidor da protease (IP). Um tratamento de segunda linha deve ser introduzido para pacientes que apresentam falha. Geralmente o esquema subsequente é baseado em IP potencializado por ritonavir (IP-r). Nos casos em que a TAR de primeira é baseada em IP, o esquema de segunda linha deve consistir em um IP de maior barreira genética associado a dois ITRN idealmente novos. Em situações críticas de perfil de resistência, a associação de uma nova classe de AR pode ser necessária. Protocolo de tratamento Atual Protocolo nacional atual preconiza a utilização de 1ª linha com ITRNN NVP é alternativa ao EFV e não mais IP Protocolo de tratamento Atual Slide 28 Marcadores inflamatórios em estudos de interrupção do tratamento OR das Mortes (IC de 95%) Grupo de estudo INSIGHT/SMART: estudo caso-controle aninhado de pacientes que morreram por qualquer causa, classificados como mortes precoces (≤ 2 anos após a randomização, n = 95) ou tardias (> 2 anos, n = 71) Aumento de hsCRP, IL-6 e dímero D associado a maior risco de morte tanto tardia quanto precoce 100.0 10.0 1.0 0.1 Morte precoce Morte tardia hsCRP Paton N, et al. IAS 2009. Abstract MOPEA034. Morte precoce IL-6 Morte tardia Morte precoce Morte tardia Dímero D Slide 29 Risco cardiovascular e nadir de CD4 Correlação entre a rigidez arterial e o nadir de CD4 Risco CV fortemente associado à rigidez arterial, medida por: Velocidade de onda de pulso carotídeofemoral (PWV) Índice de aumento (augmentation index - Aix@75) Nadir de CD4 < 350 associado a aumento de 0,58 m/s em PWV (P = 0,008) e de 7,2% em Aix@75 (P = 0,002). Ajustado por fatores de risco CV e covariáveis relacionadas ao HIV (idade, PA, HAS, DM, hipercolesterolemia, FMH, tabagismo, UDI e taxa de filtração glomerular) Sem associação com a duração do TARV ou a exposição a IP Ho JE, et al. CROI 2010, San Francisco, Abstract 707 Aix@75 r = - 0,37 P = 0,0009 PWV r = - 0,25 P = 0,03 Slide 30 Estudo CHARTER: Indicadores de transtorno neurocognitivo associado ao HIV (HAND) Odds ratio do comprometimento cognitivo Estudo observacional prospectivo (N = 1.525) Testes neuropsicológicos e neuroclínicos (comprehensive neuropsychological and neuromedical) Risco de HAND associado a baixo nadir de CD4, mas não a CD4 atual Permaneceu significativo após ajuste para outros indicadores (CV, idade, sexo, etnia, duração da infecção) 1,1 1 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 < 50 Ellis R, et al. CROI 2010. Abstract 429. 50-199 200-349 CD4 Nadir ≥ 350 Slide 31 Razões o Tratamento Precoce Biologia do vírus – contínua evolução Destruição do tecido linfóide Inflamação e senescência Aumento da incidência das doenças cardiovasculares Aumento da incidência de doenças malignas Declínio cognitivo Slide 32 Razões o Tratamento Precoce Drogas com melhor perfil de segurança e tolerabilidade Esquemas mais cômodos Dados de estudos observacionais Dados de ensaios clínicos Slide 33 Quando iniciar o tratamento? Urgência de TARV Não adesão prevista Falta de desejo do paciente CD4 alto CV baixa Declínio lento de CD4 CD4 baixo CV alta Rápido declínio de CD4 Doença oportunista Gravidez/desejo engravidar HIVAN Coinfecção HBV Parceiro HIV – Comportamento de risco Desejo do paciente Idade mais avançada Slide 34 Dados a considerar para decidir o momento de início do tratamento O nadir de CD4 está associado às chances de alcançar valor normal de CD4 após o início do tratamento O nadir de CD4 e ou o valor atual de CD4 estão associados a maior frequência de IO, de eventos não relacionados com a AIDS e de morte O uso de TARV está associado a menor risco de transmissão do HIV Slide 35 Dados a considerar para decidir o momento de início do tratamento O nadir de CD4 está associado às chances de alcançar valor normal de CD4 após início de tratamento O nadir de CD4 e ou o valor atual de CD4 estão associados a maior frequência de IO, de eventos não relacionados à AIDS e de morte O uso de TARV está associado a menor risco de transmissão do HIV Slide 36 Acute HIV-1 Infection Cohen et al, NEJM, 2011 Onset cytokines apoptosis, Day 7 Virus Concentration in Extracellular Fluid or Plasma (Copies/ml) Acute Phase Reactants Days -5 to-7 Free Antibody, Day 13 Immune Complexes Day 9 Autologous Neutralizing Antibody 108 107 106 105 104 ? Reservoir eclipse 103 102 101 0 10-1 CTL Escape CD8 T Cell Responses 10-2 Transit 10-3 Autologous Neutralizing Antibody Escape T0 10-4 10-5 0 Transmission 5 10 15 20 25 30 35 40 Time Post Exposure (days) 45 50 55 60 65 70 Slide 37 O mais precoce (idealmente na infecção aguda) Diminuição do tamanho dos reservatórios de HIV após TAR Não detecção de HIV DNA integrado (PBMC em 90% dos ppts no 1º ano) Reservatório restrito celulas TCM Pacientes tratados precocemente com ART exibem características semelhantes a dos controladores de elite e os controladores após o tratamento Reservatório de tamanho menor Reservatório estabelecido princialmente nas células de transição e nas células de memória efetora TCD4+ População ideal para futuros estudos de cura • Planejamento p/ estudos de vacinas terapêuticas • Drogas com alvo nos reservatórios podem ser exploradas • Analise crítica da interrupção do tratamento para determinar fatores associados a cura funcional Slide 38 •Cascata do Cuidado – Brasil 2012 Slide 39 •(1) As HIV/AIDS epidemic in Brazil is very similar to the USA epidemic, to estimate the HIV infected number of people it was considered the same proportion of HIV infected found in the USA Cascade (MMWR, 2011). •(2) Estimated number of individuals with at least one CD4 or one VL or ARV dispensation in the Brazilian public health service. We add to those, all individuals who received ARV in units without online system and who were diagnosed and notified but do not have any information in the Brazilian public health service. •(3) Individuals with at least one CD4 or one VL or ARV dispensation in the Brazilian public health service. •(4) Individuals with at least two CD4 or two VL or ARV dispensation in the last 100 days of 2012 in the Brazilian public health service. •(5) Individuals with at least one ARV dispensation in the last 100 days of 2012. •(6) Estimated number of individuals with at least one ARV dispensation in the last 100 days of 2012 with suppressed VL (<=50 copies/ml). We add to those individuals the same proportion of patients who were on ART but did not have any CD4 or VL in the Brazilian public health service (patients followed up in the private health system). Slide 40 Slide 41 Proporção de pacientes HIV+ virgens de terapia ARV diagnosticados com CD4 abaixo de 200 registrados no SISCEL Brasil, 2006 - 2012. 35% 31.2% 30.0% 31.6% 30.7% 30.5% 30% 29.4% 28.6% 2011 2012 25% 20% 15% 10% 5% 0% 2006 2007 2008 2009 2010 Slide 42 Slide 43 Tratamento como Prevenção entre gays e outros MSM Slide 44 Epidemia global de HIV entre HSH Slide 45 Incidência de HIV em um grupo de HSH Bangkok Incidência de HIV Kaplan Meier em seis meses acumulados em um grupo de HSH de Bangkok, Tailândia, 2006-2012 Fonte: van Griensven et al, AIDS. 2013 Casos de Aids entre homens jovens no Brasil Slide 46 MS/SVS/Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Note:AIDS cases until 30/06/2013 Slide 47 Mulheres Transexuais Prevalência de HIV entre TGW e OR em comparação à população geral (entre 15 e 49 anos) Adaptado de: Baral et al. The Lancet Infectious Disease. 2013 Slide 48 Níveis de Risco Individual Estimando o risco de transmissão de HIV por ato sexual: uma análise sistemática Estimativas retiradas de Leynaert et al. Am J Epidemiol 1998; Jin et al. AIDS 2010; Vittinghoff et al. Am J Epidemiol1999; DeGruttola et al. J Clin Epidemiol 1989 Fonte: Patel et al. AIDS.2014 Infecção Aguda O Grupo de Bangkok Atualizado a partir de Ananworanich J, PLoS ONE 2012 www.clinicaltrials.gov 00796146 Slide 49 Slide 50 O Papel dos Parceiros Principais na Epidemia de HIV entre HSH Grande proporção de novos casos surge de parceiros principais Porque, com os parceiros principais, os homens1: Mantêm relações com mais frequência São mais propensos a fazer sexo anal São menos propensos a usar camisinha Ainda assim: o conhecimento que os homens possuem sobre a condição de seus parceiros não é mais preciso do que o conhecimento que possuem sobre a condição de seus parceiros casuais Homens que são parceiros principais acreditam correr menor risco de infecção por HIV2 Homens que são parceiros principais são menos propensos a terem feito o teste de HIV2 recentemente Fontes: 1 Sullivan et al,AIDS 2009; 2 ; Goodreau et al, PLoSONE 2012; Davidovich et al, AIDS 2001 USA (Sullivan) EUA (Goodreau) Holanda (Davidovich) Peru (Goodreau) Estigma Estrutural e Mortalidade por todas as causas Slide 51 Fig. 2. Tempo de sobrevivência por tipo de área residencial, Pesquisa Social Geral/Índice de Mortalidade Nacional, 1988 - 2002 Hatzenbuehler et al. Social Science & Medicine . 2014 Sobrevivência entre indivíduos infectados com HIV em Slide 52 tratamento em Fiocruz, Rio de Janeiro, Brasil Proporções em risco não-ajustadas (95%CI) Mulheres Proporções em risco ajustadas* (95%CI) Ref. Ref. Homens heterossexuais 1.52 (0.98, 2.38) 1.10 (0.69, 1.77) HSHLuz et al under review 1.34 (0.88, 2.03) 1.31 (0.82, 2.09) Slide 53 Mulheres Transexuais Barreiras no Cuidado e no Tratamento de HIV Contínuo Barreiras para o acesso e adesão à assistência médica Baixos níveis de testes de HIV Canadá 46% Bauer et al 2012 Bangkok 50% Nemoto et al 2012 Resultados de tratamento: Poucos estudos avaliaram os resultados do cART entre as mulheres transexuais Assédio e violência Medo de revelar a identidade transexual Falta de ambientes que afirmem seu sexo nos serviços de assistência médica Outras prioridades na vida Estigma de intersecção Falta de profissionais da área médica competentes Falta de inclusão em campanhas de conscientização e prevenção da AIDS Menos propensas a receberem tratamento com cART (Melendez Melendez et al 2006) Pior adesão; mais dificuldades ao integrar o tratamento do HIV em suas vidas (Sevelius et al 2010) Maior mortalidade relacionada ao HIV ( Das et al 2010) Índices semelhantes de supressão e retenção no tratamento em ambientes de pesquisa (Yehia 2013) Acesso e resultados PrEP Falta de efeito preventivo entre mulheres transexuais no estudo iPrEX (Grant et al 2010) Poucas mulheres transexuais avaliadas para participação em um Projeto Demo nos EUA (Cohen et al CROI 2014) Slide 54 Estudo Partner estudo observacional em 75 lugares da Europa • Casais sorodiferentes para o HIV onde o parceiro soropositivo está em TART • risco de transmissão do HIV entre o casal durante os períodos em que a camisinha não é utilizada de forma regular e o parceiro soropositivo está em tratamento com ART supressivo Rodger et al. HIV transmission risk through condomless sex if the HIV positive partner is on suppressive ART: PARTNER study . CROI 2014 Slide 55 Tratamento como Prevenção Os Opostos se Atraem: Atualmente recrutando candidatos em Sydney, Melbourne, Brisbane, Rio de Janeiro e Bangkok Slide 56 Criando Demanda para os Testes de HIV Slide 57 Impulsionadores da Transmissão de HIV entre HSH e Metas para Prevenção Intervenções Biomédicas Fator Intervenções Comportamentais Facilitadores Estruturais Alto risco biológico do sexo anal Preservativos, CCL, PrEP ↑uso de preservativos, adesão à PrEP, ↓ EtOH e uso de drogas Distribuição de preservativos, CCHC, política para dar suporte à PrEP, tratamento de drogas Alta carga viral nos parceiros ART para soropositivos Elo com o tratamento, a adesão ao ART, retenção no tratamento, teste de HIV CCHC, cadeias estáveis de suprimento, capacidade de laboratório para monitoramento Alta incidência de DST Teste e tratamento Adesão aos testes CCHC, treinamento de fornecedores Falta de consciência sobre a sorocondição de HIV Teste de HIV Adesão aos testes, revelação da sorocondição CCHC, remover barreiras para testes, abordagens de revelação estrutural Fonte: Patrick Sullivan , et al. The Lancet, 2012 Slide 58 Desafios do TasP na Epidemia em HSH Uma maior proporção de infecções em redes de HSH devido a infecções agudas/recentes Incidência mais alta de HIV em uma camada mais jovem em vários cenários menos propensos a fazer tratamento Diagnóstico tardio do HIV para a maioria dos homens no mundo, o início do tratamento em 2013 ainda estava abaixo das 300 cels CD4 Compensação de risco? aumento de outras DSTs (EUA, Reino Unido, França, Austrália) Dados indisponíveis para a população transexual Slide 59 Considerações Finais HSH e mulheres transexuais continuam correndo alto risco de infecção por HIV no mundo todo A sinergia entre TasP & PrEP Homofobia / Transfobia / Criminalização Slide 60 Slide 61 OBRIGADA !