Universidade Presbiteriana Mackenzie
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CONHECER E VALORIZAR O CENTRO HISTÓRICO MACKENZIE E SUA
ARQUITETURA, POR MEIO DO USO DE PROJEÇÃO MAPEADA
Flávia Fernandes Brega (IC) e Fanny Feigenson Grinfeld (Orientadora)
Apoio:PIVIC Mackenzie
RESUMO
Este trabalho visa valorizar o Centro Histórico e Cultural Mackenzie, buscando
compreender sua importância, por meio de projeção mapeada. A compreensão da
memória histórica, para esta pesquisa, aponta a necessidade de sua interligação com a
tecnologia atual, permitindo, assim, que a identidade social não se perca e possa
pertencer aos dias de hoje. Propõe-se uma instalação de âmbito artístico,
argumentando-se que, com o uso do objeto de estudo desta pesquisa, pode-se explorar
as vantagens deste tipo de intervenção no espaço e compreender os métodos usados.
O objetivo de realizar uma projeção que seja portadora do conteúdo desejado foi
alcançado mediante o estudo da história da instituição, desde sua chegada no Brasil,
do processo de construção do edifício Mackenzie, e da articulação entre arquitetura e
arte no cenário tecnológico. O método usado para este tipo de projeção é demonstrado
de forma prática e clara através de simulações possibilitadas pelo software Photoshop,
permitindo um estudo das mensagens que seriam transmitidas e revelando a melhor
opção a ser adotada. Resulta daí uma projeção que valoriza a memória e a plasticidade
do edifício, bem como seu valor histórico e arquitetônico, além de criar uma atmosfera
nova para o espaço existente, exaltando os aspectos do edifício de forma precisa.
Palavras-chave: Projeção Mapeada, Centro Histórico Mackenzie, Instalação
ABSTRACT
This work aims to enhance the Mackenzie Historical and Cultural Center, seeking to
understand its importance, through mapped projection. The understanding of historical
memory for this research demonstrates the need to be interconnected with current
technology, thus allowing social identity not to be lost and to belong today. An artistic
installation is proposed, using the object of study of this research, one can explore the
advantages of this type of intervention in space, and understand the methods used. The
challenge of making a projection that contains the desired content was achieved by a
process of studying the history of the institution since its arrival in Brazil, the route of the
Mackenzie building, also creating the intermediary between architecture and art in the
technological scenario. Understanding the method used for this type of projection. which
are demonstrated in a practical and clear way through simulations allowed by Photoshop
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software. From the method used, the possibilities of projection take shape, allowing an
in-depth study of the messages in which they would be transmitted, revealing the best
option to be followed. When obtaining the content to be transmitted and the form that
should be carried out, it results in a projection that values memory, and the plasticity of
the building, in addition to creating a new atmosphere for the existing space, accurately
extending the aspects of the building.
Keywords: Video Mapping, artistic instalation, Mackenzie Historical and Cultural
Center
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1. INTRODUÇÃO
Esse trabalho de iniciação científica foi estruturado mediante um estudo
profundo da arquitetura do prédio Centro Histórico e Cultural Mackenzie
(CHCM), analisando desde o seu início como escola de engenharia, até ser
tombado como museu histórico. O intuito do trabalho é o aumento da visitação
pela comunidade externa e interna do campus Higienópolis Mackenzie. Para
isso, foram criadas simulações das projeções nas faixadas posterior e anterior,
trazendo maior visibilidade à edificação, a fim de valorizar sua arquitetura.
A projeção mapeada, ou vídeo mapping, é uma técnica de projeção em
estruturas tridimensionais. A escolha das superfícies deve levar em conta
questões de dimensão e material, para alcançar um melhor resultado. É
necessário, portanto, um levantamento prévio da superfície mapeada com o de
objetivo de, ao ser realizada a projeção, ela se encaixe perfeitamente na
estrutura existente.
O problema da pesquisa está centrado na investigação de qual forma de
projeção mapeada será a mais apropriada para a instalação e quais os
processos técnicos para sua realização. Para se chegar a ela, foi necessário
encontrar a melhor seleção de imagens a serem projetadas, além de estudar a
viabilidade das faixadas, de modo a agregar valor arquitetônico e artístico ao
local e definir em que lugar do prédio serão projetadas as imagens escolhidas.
O objetivo deste trabalho foi exaltar a importância da memória do edifício Centro
Histórico e Cultural Mackenzie. Para alcançar este objetivo, foram atendidos os
seguintes objetivos específicos:
a) Pesquisar a plasticidade das intervenções urbanas e seus impactos;
b) Caracterizar e identificar quais pontos são relevantes para se combinar
intervenção ao sítio, história e arquitetura do edifício Centro Histórico e
Cultural Mackenzie;
c) Identificar o caráter da memória histórica para inserir um projeto no
devido espaço; e
d) Conhecer o uso dos softwares utilizados nas projeções digitais.
2. REFERENCIAL TEÓRICO
Nesta seção, são apresentados os dois eixos principais dos estudos realizados
para o desenvolvimento deste trabalho. São eles: o Centro Histórico e Cultural
Mackenzie e a tecnologia vídeo mapping.
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2.1 O Centro Histórico e Cultural Mackenzie
Para entender a história do objeto de estudo desta pesquisa, é necessário
compreender o contexto no qual ele surgiu (RODRIGUES; MACHADO, 2011).
No século XIX, o desenvolvimento do Brasil se encontrava a todo vapor,
compreendendo uma sociedade carente de educação e infraestrutura, em que
muitos empreendedores viam uma oportunidade de crescimento em vários
âmbitos, tais como: religioso, econômico, educacional e político. Tal condição
atraiu o olhar da organização Presbiteriana dos Estados Unidos, que viu ali a
oportunidade de expandir e disseminar conhecimentos; logo foram criados laços
entre John Mackenzie, George Whitehill Chamberlain e o Estado de Nova York,
para a fundação da nova escola de engenharia particular do Brasil.
Na época, os missionários George Whitehill Chamberlain e Mary Ann Annesley
se encontravam no Brasil, na missão de evangelizar a população. Viviam em
São Paulo, cidade onde, em sua residência, conduziam também a educação
para pessoas excluídas do sistema de ensino de então, como mulheres, negros
e pessoas de diferentes classes sociais. Ao longo dos anos seguintes a escola
cresceria e mudaria de endereço, até que, no ano 1876, “Chamberlain comprou,
dos herdeiros do Barão de Itapetininga, o terreno da Rua São João esquina com
Ipiranga” (SILVEIRA, 2018, p. 16) Ali, o casal criou um grande campus, onde
mais tarde se instalaria a escola de engenharia e a escola para as crianças
As décadas que separam a aquisição do terreno da efetivação da Escola de
Engenharia foram marcadas pelo investimento no ensino e pela busca de
reconhecimento. Em 1893, finalmente foi iniciada a construção do edifício que
abrigaria os estudantes de engenharia, e, no ano seguinte, foi “lançada a pedra
fundamental da Escola, que passou a se chamar Mackenzie College no ano de
1895 (atual Prédio 1, Centro Histórico e Cultural Mackenzie).” (SILVEIRA, 2018,
p. 20).
Com a inauguração do curso superior de engenharia, esperava-se que, ao se
formarem, seriam capazes de realizar a nova estrada de ferro brasileira.
Passados os anos, observou-se que, para que isso fosse possível, seria
necessário
formar
profissionais
com
diferentes
especialidades,
que
compreendessem desde a topografia local até a instalação e funcionamento das
máquinas.
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A partir da constatação desta necessidade, o campus começou a se desenvolver
adicionando novos cursos e infraestrutura, período em que foram construídas a
biblioteca e novos prédios. Todos os edifícios históricos do campus levavam
nome em honra de personalidade importantes para a instituição, como o edifício
Mackenzie, o edifício Chamberlain, entre outros.
Ao criar uma identidade nacional de grande instituição direcionada à formação
de profissionais capacitados a contribuir para o país, surge a necessidade de ser
nacionalizada. No entanto, na década de 1950, no Brasil, o governo de Getúlio
Vargas implementava ideais nacionalistas que excluíam os princípios e a
identidade dos Estados Unidos que, até então, a Instituição Mackenzie
sustentava (MENDES MARCEL,2000).
Em razão disso, foi realizada a cassação dos diplomas dos engenheiros
graduados no Mackenzie, resultando no chamado “caso Mackenzie”, motivo de
manchetes nos jornais e discussões nas câmaras políticas para que fosse
reconhecido o esforço que os engenheiros mackenzistas dispenderam para com
o país. (MENDES MARCEL,2000).
A ligação com a igreja presbiteriana brasileira foi um dos motivos que levou a
instituição a ser reconhecida nacionalmente e, em 1952, após anos de luta, se
tornou conhecida como Universidade Nacional. Isto levou a melhorias na
infraestrutura e, com o passar dos anos, foram criados os limites do terreno,
pavimentações, disposição de áreas de convívio e monumentalidades.
O edifício Centro Histórico e Cultural Mackenzie foi um dos eleitos para
tombamento em 1990, em razão de sua relevância histórica e arquitetônica,
abrangendo edifícios construídos em períodos diferentes, configurando
exemplares arquitetônicos de grande expressividade, sendo um dos motivos
pelos quais foi escolhido como objeto deste estudo. Dada sua importância, uma
reforma e restauro foram realizados em 2002 para a conservação desse icônico
monumento para a cidade de São Paulo. Para tanto, utilizou-se a Carta de
Veneza, um código de ética, abaixo transcrita:
Carta de Veneza, um código de ética
Orientando-se pela Carta de Veneza, o documento extraído do 2ª
congresso internacional de arquitetos técnicos dos monumentos
históricos, realizado em 1964, em Veneza, uma espécie de código de
ética da profissão, o projeto básico da companhia de Restauro
defendeu a manutenção da integridade arquitetônica do edifício
Mackenzie.
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Em outras palavras comprometeu-se a impedir que novos elementos
introduzidos na arquitetura do prédio simplesmente copiassem ou
interditassem estilos. Com essa premissa, toda e qualquer intervenção
feita durante o restauro e a adaptação deveria ser explicada, para que
ficasse claro o que pertencia ao passado e o que fora providenciado
no presente.
Isso explica o que hoje estão bem visíveis no Centro Histórico
Mackenzie as diferenças entre estruturas e elementos arquitetônicos
já existentes e os que foram introduzidos, como as paredes originais,
que foram pintadas de branco em oposição as da década de 1920, de
cor perola.
Explica também por que as vigas de reforço estrutural mantiveram a
cor alaranjada do zarcão, para contrastar com o forro original. Ou
ainda, porque ao longo dos três pavimentos hoje estão à vista as
marcas das pesquisas de prospecção estratigráficas e estrutural que
deram início aos trabalhos. (BARBOSA, 2006, p. 23).
Quanto à implantação do campus, nota-se que ele preserva sua história que
também diz da história social de uma época, porém, como o Mackenzie sempre
buscou o desenvolvimento, isso não impediu que a implantação se modificasse
muito com o passar dos anos, em virtude das novas tecnologias.
2.2 Vídeo Mapping
Vídeo mapping segundo Garcia (2014 p. 9),
[...] é uma forma de expressão artística e comunicativa que usa
interfaces tecnológicas audiovisuais e computacionais. [...] é a
projeção de animações cinematográficas, vídeográficas ou
computacionais em superfícies internas e externas, com projeções
controladas e mapeadas por programas de computador, que são
capazes de ajustar esses conteúdos imagéticos com a finalidade de
sobrepor determinada área, ou superfície desejada.
Esse método é usado em várias áreas, como a publicidade, eventos artísticos,
exposições audiovisuais e na arquitetura. Porém, são inúmeros os tipos de
programas que podem ser utilizados, desde a produção do conteúdo até a
projeção, como, por exemplo, Sketch Up, 3d Max, plataforma mapping.
Essas projeções podem ser em 2D ou 3D. As projeções bidimensionais são
feitas a partir de dois eixos, mapeando a superfície, e não levando em
consideração a profundidade de uma forma técnico-especial. Mas o produto
projetado poderá remeter a uma projeção tridimensional somente pela técnica
óptica. Existe a possibilidade de mapear faces em 2D, em que o conjunto de
várias imagens resultariam em uma interação 3D, porém sem o terceiro eixo. Já
o processo 3D exige uma modelagem em softwares 3D, representando um
mapeamento fidedigno do local que será projetado. Tais projeções se dão a partir
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de um projeto cartesiano, procurando manter o projetado o mais próximo da
realidade do observador (GARCIA, 2014).
A projeção começa pela escolha da superfície onde será projetada para que
possa ser feito o mapeamento. Estas projeções podem ser feitas com câmeras
no mesmo ângulo onde o projetor será colocado. Mas existem softwares
específicos do projetor que já realizam esse escaneamento da superfície
selecionada, desde que haja combinação entre as coordenadas virtual e real.
Projeções podem ser tanto internas como externas, sendo que cada tipo enfrenta
problemáticas únicas, por exemplo, a externa pode ter interferência da luz natural
ou luzes preexistentes em jardins ou ruas, o que em uma sala fechada pode-se
resolver com a manipulação das luzes ali presentes. Um ponto positivo deste
tipo de projeção, em áreas externas é abranger o público alvo com mais eficácia.
Mas o conteúdo deve ser adequado ao local, justificando a utilização de um
espaço de fachada de 15 andares ou mesmo uma pequena apresentação em
uma sala.
É preciso ter em mente também a distinção entre a ideia de realidade virtual e a
de realidade aumentada. A primeira busca levar o espectador para outra
realidade, já a segunda busca trazer o virtual para o mundo real. Esse trabalho
está sendo proposto para que o espectador tenha somente a experiência visual,
não interagindo portanto com o que está sendo proposto, pois essa possibilidade
existe quando se cria uma realidade misturada, nem apenas virtual e nem
somente real, buscando a interação do observador a partir da sensorialidade, em
direção a essa realidade. (MILGRAN et al., 1995).
Espectadores são pessoas que fruem o conteúdo projetado, assim, a situação
projetada precisa ambientar a pessoa da forma desejada, evitando que ele préjulgue o que foi exposto (deve-se pensar em um storytelling ou algo que
ambiente as pessoas para que possam entender o que é passado pela
apresentação) (SIGNORINI, 2015).
A projeção busca matrizes de forma e sintaxe, ou seja, a forma tem sua origem
na cultura visual não discursiva (SAUSSURE, 1995). A projeção será
reconhecida pelo espectador por essa forma já conhecida por meio de
experiências empíricas, permitindo-se o reconhecimento sem necessidade de
explicações.
Atualmente, há uma variedade de softwares que atendem a diferentes
necessidades de mapeamento, gravação e tratamento da imagem, além de
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lentes e projetores potentes para realização das projeções segundo os
ambientes (interno, externo) e as superfícies escolhidos.
Aspecto fundamental é que esse tipo de projeto não se vincula somente a uma
área de conhecimento, sendo assim, é necessário um conjunto de agentes
atuando e pensando simultaneamente, unindo cada área para criar um bom
projeto com impacto (KRAUSTSACK, 2019).
2.3 Vídeo mapping e a experiência urbana
O prédio histórico Mackenzie nos permite atuar de forma a criar uma combinação
de elementos e, a partir do artefato do vídeo mapping, mapear sua profundidade,
altura, texturas, comprimento, criando algo coerente com o local
A imersão tecnológica das cidades pode englobar edifícios, praças públicas,
centros de transportes, parques; tudo que tem caráter físico propício a essa arte
digital pode ser usado. Muros ganham vida, e não só paredes de caráter liso e
geométrico, mas qualquer fachada pode ser uma tela para muitos efeitos
especiais (KON, 2008).
Nesse contexto, algumas problemáticas podem surgir, tais como: iluminação
própria do local, a presente de moradores no edifício, fluxo de transporte,
texturas, entre outros, os quais podem, atualmente, ser incluídos na criação
graças ao avanço tecnológico, criando projeções sob medida em objetos e obras
específicas, alinhando linhas e características da fachada existente.
A fusão da arquitetura e da projeção abre um novo meio de comunicação,
servindo também para a área de marketing, como anúncios, passando a ter não
só um âmbito institucional, mas também comercial. A hibridização, ou seja, a
combinação das características do espaço físico e digital, torna estes estudos
um único acontecimento. Essa possibilidade de projeção torna a arquitetura
mutável e revela um novo modo de percebê-la (MENOTTI, 2014).
Todas as áreas de criação envolvidas, como a arquitetura, a comunicação social
e outras, têm a intenção de que o edifício transmita uma mensagem
comunicando-se com o observador, usando-o, assim, como um meio de
interação. Isto faz com que toda a esfera em que se insere, interfira no modo de
expressão que a mensagem é passada (KRAUSTSACK, 2019).
A escala urbana é editável durante o período da noite, sendo um ambiente
completamente escuro, quando não se tem luz interferindo na projeção,
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tornando-se uma tela para a instalação projetada, enquadrada pelos claros e
escuros da cidade.
Alguns critérios para o sucesso destas projeções é que tenham cunho cultural
ou comercial, para que chegue da forma esperada para a audiência. Para que
fixem a ideia central da mensagem, criando uma conexão com esta audiência, é
necessário que se tenha conhecimento prévio da narrativa das apresentações.
Ainda vale ressaltar que, alguns especialistas, defendem que este fator leva ao
bloqueio da utilização desta arte em maior escala (KRAUSTSACK, 2019).
Com esses métodos de projeção, já é possível ter uma experiência urbana
diferente do que se tinha anos atrás, o que leva a pensar em instalações com
estas projeções em tempo integral, criando percepções do espaço.
Para que esta experiência chegue ao usuário de forma enriquecedora, dandolhe a melhor performance, faz-se necessário uma equipe qualificada com
arquitetos,
designers,
técnicos luminotécnicos,
urbanistas,
agentes de
telecomunicações e outros profissionais que possam colaborar para se atingir o
objetivo do projeto.
3. METODOLOGIA
Para que a projeção se torne uma instalação coesa com o local onde é projetada,
realizou-se um estudo da arquitetura do Edifício Histórico e Cultural Mackenzie,
buscando criar um vínculo entre arte e arquitetura, transmitindo a mensagem ao
observador de forma clara. O presente estudo demonstrará o procedimento de
projeção realizado na faixada do Edifício Mackenzie.
4. ESTUDO DA ARQUITETURA DO PRÉDIO
Olhando mais diretamente para o objeto de estudo desta pesquisa, atentamos
para detalhes da construção, em que a técnica, moderna para a época, envolvia
em sua construção materiais como a alvenaria de barro maciço cozido, o ferro e
alguns elementos ornamentais na fachada.
Descrevendo o programa dos pavimentos, podemos encontrar um edifício que,
quando foi implantado, se propunha a auxiliar a escola de engenharia pioneira.
Contava com espaços para estudos e desenhos, laboratórios e infraestrutura
para usos comuns. Descrevendo o programa dos pavimentos:
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Térreo
Possui duas entradas opostas, ambas com escadas de cimento originais. Uma
dá acesso à rua Maria Antônia, a outra, voltada para o campus, é hoje a mais
utilizada. Ao entrar, nota-se os pisos de duas cores e as escadas com corrimãos
envernizados e com ornamentos totalmente restaurados, e carpete nos pisos,
mantendo a identidade do edifício. À esquerda de quem entra, encontra-se a
recepção e a área administrativa do Centro Histórico e Cultural Mackenzie, ao
fundo as 3 salas de exposição, e à direita os sanitários, a copa e vestiário para
funcionários, e mais ao fundo o café cultural com elevador de contrapeso (Figura
1).
Figura 1 - Imagem planta do térreo atual.
Fonte: BARBOSA, 2006.
Trata-se de um edifício de planta quadrada preocupado em demonstrar essa
técnica nas quatro fachadas da construção, a amarração tradicional de alvenaria
autoportante da época, toda aparente, junto com a criação de arcos cujas formas
geram a composição do edifício, seu embasamento de um metro e meio
composto por grandes pedras de granito que mostram a preocupação plástica
da obra e como se comportava na relação com o entorno.
Outros detalhes, como as duas entradas com ladrilhos hidráulicos para as portas
com acesso pelas escadarias de cimento com degraus arredondados ou os
corrimãos, lajotas e azulejos, rodapés e arremates de mármore branco,
reafirmavam a preocupação de que o prédio possuísse uma identidade tanto no
exterior quanto no interior.
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A técnica usada nas paredes de 1920 foi o tabique, estrutura de madeira vazada
internamente coberta por juta e uma tela de arame. Já nos pisos, de sistema
macho fêmea, muitos precisaram ser refeitos, já que rodapés e outros elementos
não estavam em boas condições. Na planta antiga, havia três cômodos onde o
madeiramento dos pisos era uma mescla de claro e escuro entabeirado. Nos
outros cinco cômodos, o piso foi substituído e em outros cômodos era de carpete.
Primeiro pavimento
Ao chegar no 1° pavimento também há a presença do piso original, a caixilharia,
que olha para a Maria Antônia, se encontra à frente, permitindo que a luz natural
ilumine o espaço. À direita está a sala de atividades pedagógicas e oficinas com
a lousa parcialmente recuperada e restaurada. Ao fundo, o auditório com
capacidade para 50 peças com piso de carpete e um púlpito em freijó. À
esquerda, a sala de exposições temporárias e, à frente, o salão nobre com mesa
redonda para 27 pessoas. Entre o auditório e o salão nobre se encontram
banheiros e uma antecâmara (Figura 2).
Figura 2 - Imagem do primeiro pavimento atual
Fonte: BARBOSA, 2006.
Sobre as aberturas, notam-se dois grupos de janelas e esquadrias, ambas de
pinho-de-riga, e uma verga localizada acima do vão delas criando um arco com
tijolos em cunha, porém, um possui guarnições e batentes e o outro, umbral e
sóculos.
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Segundo pavimento
À direita do hall, ao subir, também direcionando a caixilharia para a Maria
Antônia, encontra-se a sala de consulta e a reserva técnica de documentos. À
esquerda, é a sala técnica museológica e que leva ao acesso do elevador,
levando a exposição dos objetos e mobiliário antigo. Aos fundos o laboratório de
conservação (Figura 3).
Contando com esse programa completo para que todos os documentos que
chegam ou que são manuseados conservados e analisados. As reservas
técnicas estão em local climatizado, visando acolher os materiais que devem ser
conservados. E o laboratório está equipado para a higienização das novas
entradas no acervo.
Figura 3 - Imagem planta do segundo pavimento atual
Fonte: BARBOSA, 2006.
Cobertura
Para chegar na cobertura, há uma escada estreita saindo do hall do segundo
pavimento para o sótão, onde se dá o acesso para o sistema de ar-condicionado
e caixas d’água, e ao mirante. A cobertura e telhado possuem um friso feito de
uma cimalha de argamassa, mas com pequenas arcadas arredondadas que
contornam a edificação. Na cobertura as telhas são francesas, a camarinha é
feita de madeira e sobre ela há um mirante com gradis de ferro, um material
nobre da época
Metade do telhado de quatro águas, de telha tipo francesa, tinha sido substituído
e estava em bom estado quando o edifício foi reformado, já o madeiramento
como tesoura, caibros e ripas apresentavam reforços estruturais comprometidos,
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assim como o mirante, com presença de infiltrações e madeiramento em estado
crítico. Os elementos ornamentais, como pináculos e molduras de argamassa,
encontravam-se sujos, com trincas e fissuras, que foram corrigidos com
argamassa de areia.
O processo de restauro pelo qual o edifício passou começou pela parte da
cobertura, por ser este um local exposto ao tempo. O escoamento de águas
pluviais acabou sendo refeito para que os demais processos não fossem
prejudicados, um dos primeiros processos, também para melhor conservação
das madeiras da cobertura, foi a decisão de utilizar revestimento de chapas
galvanizadas.
Figura 4 - Imagem da fachada e de um corte atual
Fonte: BARBOSA, 2006.
Durante o processo de restauro, foram obtidas algumas informações de grande
relevância sobre a obra como, por exemplo, 47 pontos abertos nas estruturas
para identificar situações originais, o que ajudou a desvendar métodos usados
na construção. Revelaram também que a fundação se encontrava em boas
condições, e que o interior havia passado por menos manutenções que a parte
externa do prédio. No forro do edifício, notavam-se estruturas adaptadas, em
razão das introduções de divisórias ao longo dos anos.
Foi identificada, ainda, a necessidade de uma adaptação do prédio às normas
atuais, dando início ao Diagnóstico do Estado de Conservação, visou adaptar
áreas molhadas de novo uso e introduzir novas estruturas fortificadas de aço. O
prédio não estava preparado para receber as estruturas, então, toda a
infraestrutura elétrica e hidráulica teve que ser revista, assim como elementos
de emergência como hidrantes e extintores.
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Os padrões de uso se estendiam para o primeiro e segundo pavimento, mas com
a introdução de banheiros ao longo de sua história, notou-se os pisos elevados
e sua descaracterização, em razão da cultura da época que não exigia banheiros
no interior da edificação.
Esquadrias de madeira com vidraças tipo guilhotina e sistema de contrapeso
estavam cheias de camadas de tinta e verniz, mas, em geral, apenas os batentes
estavam bem gastos, logo, foi feita a retirada do excesso de pintura, recuperado
o que estava em mal estado e novamente pintado.
Toda essa transformação e adaptação de que o edifício precisava exigiu um
reforço estrutural considerável, demandando soluções para tornar possível tanto
a sustentação das 20 toneladas de estrutura metálica quanto o atendimento dos
novos pré-requisitos de acessibilidade como o elevador, que viria a ter um local
estratégico para que não prejudicasse ainda mais a estrutura.
A viga metálica utilizada pesava 100kg e seu tamanho não era comportado pelos
coxins internos das paredes do edifício. Para fixá-lo no lugar, os engenheiros
decidiram cortar as pontas, prendendo cada uma delas nas chapas de apoio já
concretadas e, por fim, engatando a viga com parafusos superdimensionados.
Outro desafio da restauração foram os tijolos de barro maciços. Muitos haviam
sidos degradados e os que eram retirados deviam ser substituídos por algum de
cor e materiais semelhantes, para manter o padrão das paredes de tijolos
aparentes, o que foi muito difícil, já que as técnicas de confecção deste tipo de
tijolo não são mais as mesmas.
Para deixar fidedignos os tijolos, a camada de proteção e impermeabilização
também deveria ser a mesma, exigindo vários testes até obter a argila correta
na confecção manual da alvenaria, onde a cor original do prédio, na parte
exterior, era ocre, como a usada no século XIX. Já as paredes internas, eram
brancas.
Em síntese, a história do prédio está à vista de todos, entranhada na arquitetura
do prédio. Além disso, o que está guardado e conservado, encontra-se
disponível para consulta pública em exposições, palestras e seminários, e o
prédio continua a escrever e a contar novas histórias.
Assim, conhecer a história do Mackenzie e a contribuição para o ensino
paulistano é apenas questão de consulta. Mas caminhando pelo prédio, olhando-
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o de dentro e de fora que se pode dimensionar sua importância histórica e seu
valor arquitetônico.
4.2 Procedimento de Projeção
Durante o estudo do objeto, notou-se o grande impacto visual resultante do
método usado na criação da alvenaria das fachadas, onde os tijolos eram
artesanais e possuíam cor original característica. Com eles, foram criados arcos
acima das aberturas. Logo, indaga-se a decisão de restauro tomada, que levou
a adotar a cor original. Assim, a projeção de cores diferentes proposta nesta
pesquisa cria a ilusão que nos permite pensar como seria se a decisão tivesse
sido diferente.
Assim, optou-se por usar como teste a fachada voltada para o bosque do
campus, no andar térreo. O processo envolveu posicionar as projeções
exatamente nos arcos, podendo-se perceber o espaço, além das aberturas, e
compreender a construção de forma rápida.
A fachada escolhida hoje possui árvores e flores, o que torna o local mais
propício a uma projeção, barrando luzes externas à projeção que pudessem
interferir no resultado. Ainda que fosse possível analisar a iluminação do campus
e do prédio a fim de diminuí-las ou desligá-las, outro aspecto que tornou a
fachada escolhida uma melhor opção é o fato de barrar ruídos externos intensos,
criando a atmosfera necessária para o observador.
Para tornar efetivo este procedimento, foi necessária a definição e a escolha de
um software que possuísse características de desenho e projeção. Dentre os
softwares apresentados no tópico 2.2, foi escolhido, para esta proposta, o
Photoshop, combinado com uma base de fotos do local atual.
Com o uso deste software, a foto tinha algumas características importantes para
a projeção como centralização, luminosidade, entre outras características
importantes para a criação de camadas. Através das “camadas” (assim
chamadas no Photoshop) foi criada uma simulação do procedimento na área dos
arcos, em que as camadas foram demarcadas exatamente sobres os arcos,
permitindo propor a projeção.
Gerou-se um arco de cor vermelha, como a da instituição, que permaneceu
alguns minutos, rompendo-se como um vidro e retornando à cor atual, criando,
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com isto, uma ruptura. O retorno à realidade visa propiciar a compreensão da
diferença que poderia ocasionar a decisão da mudança de cor na fachada.
Para fins práticos, considerando sua realização em campo, uma indicação seria
usar este mesmo procedimento, mas adotando o programa Resolume. Ele
permitiria uma projeção precisa, sendo ela em uma superfície 2D. Utilizando um
desktop de bom rendimento, poderia ser feito o mapeamento sobre a própria
imagem tirada da fachada, não exigindo a criação de um modelo virtual.
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Tendo em vista o procedimento apresentado na seção anterior, comentamos a
seguir os resultados para o CHCM.
5.1 Aplicando o procedimento isoladamente
Uma primeira tentativa, dentre outras, explorou a possibilidade de criar o arco
central completo, dando a ilusão de que a alvenaria acompanhava a forma
(Figura 5).
Figura 5: Arco completo com sua projeção mapeada
Fonte: a autora.
4.2 Aplicando o procedimento de forma animada
Com o resultado da aplicação do procedimento, notou-se que para um maior
destaque seria interessante que o observador tivesse uma sequência de ações
para perceber melhor as estruturas estudadas. Optou-se por aplicar o
procedimento de forma animada. Os pontos principais de uma simulação desta
animação estão apresentados na Figura 6.
Os estudos feitos e apresentados permitiram compreender o efeito que seria
produzido com esta instalação, utilizando projeção mapeada, permitindo
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perceber que o uso do arco completo na entrada não causaria o impacto
desejado.
Figura 6 - Animação do vídeo mapping
(a) Imagem atual
(b) Imagem com a projeção
exata onde a alvenaria segue o
formato de arco
(c) Imagem da camada
projetada sendo rompida
(d) Imagem da camada se
desfazendo e retornando ao
atual
Fonte: a autora.
Reconhecendo a tradição e renome do objeto de estudo, pode-se crer que este
projeto seria capaz de atrair a atenção para o espaço e propiciar a
conscientização não só sobre sua arquitetura, mas também sobre sua história e
a época em que foi implantado, permitindo compreender os muitos motivos que
justificam ser este um edifício tombado.
4.3 Explorando o procedimento de forma estática
A ideia seria trazer à vida a história do edifício, onde a iniciativa de sua criação,
ainda como Mackenzie College, era formar profissionais capacitados para
colaborar com a Estrada de Ferro do Brasil. Propondo então a representação da
modernidade. como mostram as Figuras 7 e 8 a seguir.
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Figura 7 - proposta de trilhos estática
Figura 8 - proposta do trem
Fonte: a autora.
Estudadas as duas propostas, pode-se encontrar uma melhor resposta com a
imagem do trem, que transmite a ideia de um caminho entre as aberturas da
fachada chegando à entrada do edifício.
Uma possibilidade, na prática, seria uma combinação com um equipamento de
produção de fumaça, simulando a fumaça do trem, que poderia ser ligado
esporadicamente, para dar vivacidade à projeção, trazendo-a para a terceira
dimensão.
Esse trabalho, por ser uma iniciativa histórica e de caráter memorial, está sendo
realizado no ano em que a instituição completa 150 anos, podendo-se incorporar
a logo comemorativa, destacando sua trajetória histórica (Figura 9).
Figura 9 - Fachada com a logo comemorativa dos 150 anos
Fonte: a autora.
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Tendo a consciência da história de um local e do edifício em questão, torna-se
muito mais fácil criar ligações com o indivíduo e com a coletividade. A
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importância da memória está em que é por meio dela que se preserva a história
e se cria a identidade social de um grupo. Tornar a memória vívida é manter
unidos os laços que constituem uma coletividade, não permitindo que, cada vez
mais, a vida se torne individual.
Interferir no espaço é uma ação que pode ocasionar impactos positivos e
negativos. Por essa razão, busca-se encontrar o hiato que nos permite essa
interação da forma a alcançar o resultado desejado, ou ainda, criar um incômodo
para perceber o que está certo e errado, e em outras vezes a busca é por algo
sutil.
Uma interferência na escala urbana pode ser propagada em uma área extensa,
o que torna um desafio alcançar um raio onde, em toda parte, a mensagem
desejada seja apreendida por todos que tiverem contato com ela. Portanto, uma
maior escala atinge determinado grupo e não somente um indivíduo.
A ideia de combinar uma intervenção de caráter artístico com a arquitetura, no
caso o Centro Histórico e Cultural Mackenzie, cria um elo entre o passado e o
presente, transmitindo às pessoas uma parte da histórica deste prédio que, direta
ou indiretamente, faz parte na vida de vários indivíduos brasileiros e, sendo essa
história trazida aos dias atuais, cria essa consciência de identidade social para
o povo brasileiro.
Identificado o valor histórico e cultural que o objeto de estudo deste trabalho
carrega, puderam ser levantados os pontos que seriam relevantes a serem
transmitidos, justificando a escolha da projeção. Ainda, feito da forma
representada, levaria a mensagem da maneira desejada no espaço inserido.
Com o conhecimento obtido sobre os softwares usados nas projeções, pode-se
compreender melhor como é realizada a projeção mapeada e, dentre as várias
formas a serem feitas, qual seria a mais indicada.
A projeção através das ferramentas de mapeamento são as mais indicadas para
o tipo de projeto realizado nesta pesquisa. De forma precisa, enaltece o elemento
principal da fachada, inserindo o edifício de uma nova maneira no espaço
gerando novas percepções, criando uma nova atmosfera no mesmo local, notouse satisfatório o resultado obtido apresentado na quarta seção deste artigo ao
se valorizar os detalhes nas alvenarias da fachada.
Podendo-se compreender a época do edifício, logo, leva as pessoas a refletirem
desde onde a história do edifício e da instituição caminham juntos gerando, com
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isto, a consciência e criando uma identidade social, pode-se levar a valorização,
também, dos métodos construtivos, transmitindo essa imagem clara para quem
o observa, além de criar a ponte entre o atual e o antigo, o que faz a ponte entre
a história e a atualidade inserida na tecnologia.
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acervo informativo e iconográfico do Centro Histórico e Cultural Mackenzie.
Relatório de Pesquisa. São Paulo: Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2018.
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