PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA E COOPERAÇÃO TÉCNICA PRODUTO 01 DOCUMENTO CONTENDO ESTUDO DE CADEIAS PRODUTIVAS DESENVOLVIDAS PELA AGRICULTURA FAMILIAR, NO ESTADO DA BAHIA. Consultora: Raimunda Maria dos Santos Projeto: PCT/BRA/IICA/08/003 Contrato: 112.255 Salvador -BA Outubro / 2012 1 PRESENTAÇÃO DO PRODUTO O presente trabalho apresenta documento contendo análise das Cadeias Produtivas da Agricultura Familiar no Estado da Bahia, obedecem às recomendações do 01 produto do termo de referência da consultoria em relação às Estratégias e Ações de Organização da Produção e Acesso a Mercados dos Projetos do PNCF. Originário do contrato n° 112255, do Projeto de Cooperação Técnica de Consolidação do Crédito Fundiário BRA/IICA/08/003 e Pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura do Crédito Fundiário. Elaborado por: Raimunda Maria dos Santos Salvador - BA Outubro / 2012 2 LISTA DE SIGLAS APLs – Arranjos Produtivos Locais CDA - Coordenação de Desenvolvimento Agrário; EBDA – Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola; EMBRAPA- Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística; IBRAF – Instituto Brasileiro Frutas MAPA – Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento NEAD - Nucleio de Estudo Agrário e Desenvolvimento Rural; PIB – Produto Interno Bruto PTDRS - Plano Territorial de Desenvolvimento Rural Sustentável; PNCF – Programa Nacional de Credito Fundiário; PRONAF - Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar; SDA- Superintendência de Desenvolvimento Agropecuária; SEAGRI - Secretaria da Agricultura Irrigação e Reforma Agrária; SUAF - Superintendência de Agricultura Familiar; SIT - Sistema de Informação Territorial; SDT - Secretaria de Desenvolvimento Territorial; SEI - Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia; SEBRAE - Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas; UESB - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia; UTE – Unidade Técnica Estadual 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................ 06 2. CONTEXTUALIZAÇÃO...........................................................................08 2.1 PRESUNÇÕES DA AGRICULTURA FAMILIAR BRASILEIRA................09 2.2 A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA FAMILIAR NO PAÍS....................10 2.3 A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA FAMILIAR PARA O ESTADO DA BAHIA................................................................... .....................................11 3. CADEIAS PRODUTIVAS DA BAHIA ......................................................12 3.1 TERRITÓRIOS CADEIAS PRODUTIVAS DAS LAVOURAS....................13 3.2 TERRITÓRIOS CADEIAS PRODUTIVAS DA PECUÁRIA.......................................................................................................23 4. PESQUISA DOCUMENTAL DA MANDIOCA ..........................................28 4.1. ESTATÍSTICAS DA MANDIOCA .............................................................29 4.2 CADEIA PRODUTIVA DA MANDIOCA..........................................................30 5. CÂMARA SETORIAL DAS CADEIAS PRODUTIVA DO ESTADO..........32 5.1 AS CÂMARAS SETORIAIS TÊM COMO INSTRUMENTO NORMATIVO A PORTARIA Nº 530, DE 12 DE JUNHO DE 2008.............................................32 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................... 35 7. REFERÊNCIA ......................................................................................... 36 4 1. INTRODUÇÃO Este relatório apresenta uma análise do desenvolvimento das cadeias produtivas da Agricultura Familiar da Bahia, tendo como foco a agricultura familiar e os beneficiários do Crédito Fundiário. Analisar acerca da Agricultura Familiar demanda um estudo da política – institucional do País, a qual suprir e são suprimidas no desenvolvimento das atividades agrícolas, pois se exige um entendimento mais sistematizado das questões agrárias. De forma que este documento traz o estudo das Cadeias Produtivas desenvolvidas pela Agricultura Familiar no estado da Bahia. Para isto, inicialmente será exposto à definição de agronegócio, subsistema, cadeia produtiva e Agricultura Familiar com relação ao histórico e sua importância para o País e para a Bahia, em seguida apresenta-se o estudo Cadeias Produtivas dos Territórios das Lavouras, logo depois, Cadeias Produtivas dos Territórios da Pecuária. Na sequência Cadeia Produtiva da Mandioca: Pesquisa Documental da Mandioca seguindo do estudo estatístico da Mandioca e ao final o Sistema Produtivo da Mandioca e as Câmaras setoriais, para tanto vale divulgar os objetivos a cerca desta consultoria, pois são pré- requisitos deste trabalho. De forma geral os objetivos a serem perseguidos é a formatação de estratégias que possibilitem o acesso dos beneficiários do Crédito fundiário aos programas de fomento à produção e aos mecanismos de comercialização no estado da Bahia. Tendo como objetivo específico participar de encontros, seminários e oficinas em relação à organização da produção e comercialização no âmbito do Credito fundiário no estado da Bahia. Realizar pesquisa e diagnóstico para o acesso dos beneficiários aos programas de fomento à produção e mercado, para tanto se faz necessário um levantamento da situação dos projetos produtivos do PNCF. Apoiar as ações de capacitação e realizar reuniões técnicas com a unidade técnica estadual UTE Bahia e rede de apoio, divulgando os programas de produção e de acesso ao mercado. Realizar análises da situação dos projetos e das unidades produtivas, quanto à organização da produção, bem como a atuação dos parceiros visando a definição de estratégias voltadas para a comercialização no âmbito do Programa Nacional de credito Fundiário. Reunir com as entidades de Assistência Técnica e associações beneficiárias do PNCF para formatar planos de investimento comunitários de forma que os planos 5 contemplem questões sobre a organização social e produtiva com foco na comercialização. Nesta busca se faz necessário compreender o contexto em que se inserir a Agricultura Familiar em relação às formas produtivas e suas principais cadeias produtivas, com base nisto podemos expandir sobre os conceitos. A definição de Agronegócio é um conjunto de operações de produção, processamento, armazenamento, distribuição e comercialização de insumos e de produtos agropecuários e agroflorestais. Inclui serviços de apoio e objetiva suprir o consumidor final com produtos de origem agropecuária e florestal. (CASTRO, 2012. p.04) A compreensão do funcionamento do agronegócio é essencial para a sua gestão e evolução. Porque o mesmo sendo analisado como sistema pode fornecer importantes subsídios para a formulação de macro - políticas e a elaboração de estratégias visando o desenvolvimento da agricultura familiar. Os resultados da análise do agronegócio é que possibilita entender o sistema agrário e visualizar os gargalos na produção agrícola. O que vai facilitar o entendimento das cadeias produtivas, seja no plano do desenvolvimento da agricultura familiar, seja para identificar as demandas tecnológicas e não tecnológicas. (CASTRO, 2012. p05). Essa análise vai além do entendimento do agronegócio, pois o sistema produtivo também necessita de análise e compreensão de como funciona e como acontece o seu desempenho, tendo em vista que ele é um subsistema da cadeia produtiva Brasileira. “Sendo ele um subsistema da cadeia produtiva”, no que referi às atividades, denominadas como de “dentro da porteira da fazenda”, isto é o processo que envolve o preparo do solo e o plantio. O conceito de Cadeia Produtiva: é o conjunto de componentes interativos, incluindo os sistemas produtivos, fornecedores de insumos e serviços industriais de processamento, com o objetivo suprir o consumidor final de determinados produtos ou subprodutos (CASTRO, 2012. p06). No Brasil o termo cadeias produtivas começa a ser usado na década de 1990 quando houve a necessidade de conceituar elementos agrícolas externos, de fora da porteira da fazenda e depois da porteira da fazenda como mostra o quadro abaixo. 6 Vale ressaltar a importância das análises do sistema agrário Brasileiro, que seja uma análise voltada para o agronegócio, para o subsistema produtivo ou para a Cadeia Produtiva da Agricultura Familiar, pois esta análise é que evidencia como está a produção e reprodução da família. Como também mostra como está a inserção da Agricultura Familiar no cenário produtivo do país, sua participação e contribuição para o aumento do Produto Interno Bruto - PIB e a importante contribuição no desenvolvimento de Território e Município. Com essas premissas pode-se arrolar sobre Agricultura Familiar. 2. CONTEXTUALIZAÇÃO: 2.1 PRESUNÇÕES DA AGRICULTURA FAMILIAR BRASILEIRA Agricultura Familiar esta na constituição Brasileira de 1988, mas legalizada na Lei de n° 11.326 de julho do ano de 2006, a qual expressar que agricultura familiar é aquela que desenvolve suas atividades econômicas no meio rural e que atende aos requisitos básicos, tais como não possuir propriedade rural acima de quatro módulos 7 fiscais, a mão de obra para desenvolvimento das atividades é da própria família e a maior parte da renda familiar advém das atividades agropecuárias realizada no estabelecimento rural. Com a criação da Lei 11.326/2006 se tem uma nova denominação para um grupo social heterogêneo que é formado pelos: Poceiros, Parceiros, Trabalhadores Rurais, Meeiro, Pequeno e médio Produtor, Assentados e Beneficiário do Programa Nacional de Crédito Fundiário. Assim tem um novo termo “Agricultura Familiar” para velhos grupos sociais do meio rural. Este termo nos últimos anos vem sendo adotado nos meios acadêmicos, nas políticas de governo e nos movimentos sociais, adquirindo novas configurações para um grupo histórico do meio rural. O conceito de Agricultura Familiar pode ser entendido como um conjunto de atividades empreendidas na unidade familiar de produção utilizando a mão de obra da própria família e, eventualmente, de terceiros, exerce função primordial em todos os Municípios e Territórios Brasileiros, seja por se constituir no principal instrumento de produção e reprodução familiar, seja pela sua importância para a economia. De forma que o acesso a terra, pode ser como proprietário, poceiro, meeiro, assentado da reforma agrária ou beneficiário de Programas Fundiário do Governo Federal, Ressaltando que a produção se caracteriza como de subsistência podendo estar conectada ao mercado, eventual ou permanente, pois os agricultores tem certo grau de autonomia na gestão das atividades agrícolas, ou seja, nas decisões sobre o que e quando plantar e como dispor dos excedentes, e as atividades são desenvolvidas sempre entre o grupo familiar, o que não exclui o uso de força de trabalho externa, de forma adicional. 2.2 - A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA FAMILIAR NO PAÍS A soma de todas as riquezas produzidas no país é denominada de Produto Interno Bruto (PIB), no Brasil, a produção da agricultura familiar representa mais de 10% do (PIB). Só com as atividades de emprego que gera renda, soma quase 14 milhões. Segundo dados da (FAO) dos alimentos que chegam à mesa do brasileiro, 60% são frutos do trabalho de agricultores familiares. Eles Desempenham um papel de 8 destaque no cenário produtivo brasileiro, com o processo de produção primária e transformação de produtos, movimentando a economia local, gerando postos de trabalho, promovendo ocupação no campo e inclusão social no meio rural, gerando novas alternativas econômicas e sociais com respeito à diversidade cultural e ambiental. No Brasil a agricultura familiar emprega 74,4% da mão de obra disponível para a agricultura no país, apesar de ocupar apenas 24% da área total destinada à agricultura. De maneira que os estabelecimentos da agricultura familiar brasileira são de 4.367.902 o que representavam 84,4% das ocupações e 24% da área total ocupada para atividade agrícola no País. Com abastecimento de alimentos para a população brasileira de produtos oriundo dos estabelecimentos familiares em cerca de 70% de feijão, 87%, de mandioca, 46% de milho, 34% de arroz, 58% de leite, 59% de suínos, 50% de aves e 30% de bovinos, o que da um valor bruto da produção de 54 bilhões. Assim, a Agricultura Familiar Brasileira vem se constituindo como atividade primordial para o Brasil é uma das principais bases da economia agrícola, seja por sua importância como provedor de alimentos para as cidades, seja porque suscitam empregos agrícolas e fonte de receita para os mais pobres, seja porque contribuem para o desenvolvimento equilibrado dos territórios e das comunidades rurais. 2.3- A IMPORTÂNCIA DA AGRICULTURA FAMILIAR PARA O ESTADO DA BAHIA A produção da Agricultura Familiar no Estado da Bahia representa 11% do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado. Entre os Estados da região do Nordeste a Bahia é uns dos Estados que tem um significativo percentual no Valor Bruto de Produção como mostra o quadro abaixo. QUADRO I – NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS E VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR NO ESTADO, SEGUNDO A LEI 11.326. 9 ESTABELECIMENTOS E VBP DA AGRICULTURA FAMILIAR EM RELAÇÃO AO TOTAL DO ESTADO DA BAHIA Estabelecimentos 665.831 VBP (R$ milhões) 3.733 Renda por Estabelecimento (R$) 5.607 PERCENTUAIS DA AGRICULTURA FAMILIAR EM RELAÇÃO AO TOTAL PRODUZIDO Estabelecimentos 87 VBP 44 Renda por Estabelecimento 50 Nota: (1) Participação da agricultura familiar no VBP em 31/12/2006.Fonte: IBGE (2009). De acordo com os dados da SEAGRI a Bahia tem uma extensão Territorial de 56 milhões de hectares dos quais 32 milhões são áreas agricultáveis, distribuído nos 417 Municípios Baianos e subdividido nos 26 Territórios de Cidadania/ Identidade. Formando, assim, a maior população rural do Brasil, tanto em números relativos 33% – quanto absoluto: 4,5 milhões de habitantes. A Bahia é o Estado que possui o maior número de Estabelecimentos do agricultor familiar do Brasil como mostra a tabela acima,com 665.831 empreendimentos familiares em Áreas 9.955.563 (ha),uma média 15,0 Área (ha), o que corresponde a 87% dos estabelecimentos agropecuários do estado, o que representa 15% de toda agricultura familiar do país. Os Estabelecimentos da Agricultura Familiar em número percentual de 87% com valor bruto de produção de 44% o que significa uma renda por Estabelecimentos de 50%. Na Bahia, Cerca de 70% dos alimentos que chegam à mesa do consumidor corresponde a Produção Familiar, esse setor responde por 91% da Produção de mandioca, 83% do feijão, 76% dos suínos, 60% de aves e 52% da produção de leite.Nesta configuração eles são responsáveis por 81% do pessoal ocupado no meio rural, ou seja, 1,8 milhão de pessoas que tem atividade agrícola encontra-se na Agropecuária Familiar. O PRONAF foi criado através do Decreto Presidencial nº 1946, de 28 de junho de 1996, tendo por finalidade promover o desenvolvimento sustentável do segmento rural constituído, ou seja, para os agricultores familiares, de modo a lhes propiciar o aumento da capacidade produtiva, a geração de empregos e a melhoria da renda. 10 O Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) vem investido no Estado desde o ano de 2003, chegando ao investimento de R$ 2,8 bilhões, com o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar – PRONAF, que segundo dados do Banco do Nordeste, a Bahia entre os Estados Nordestinos que mais recebeu verba deste Programa. Segundo CARNEIRO (1997) apud PRONAF (1996) eleger a agricultura familiar como protagonista da política orientada para o desenvolvimento rural, apesar de todos os impasses da ação pública, não deixa de ser um indicativo de mudanças na orientação do atual governo em relação à agricultura e aos próprios agricultores. Ainda mais quando se pretende ampliar o conceito de desenvolvimento com a noção de sustentabilidade incorporando outras esferas da sociedade, além da estritamente econômica, tais como: a educação, a saúde e a proteção ambiental. 3. CADEIA PRODUTIVA DA BAHIA Agricultura Familiar na Bahia é responsável por uma grande e diversificada produção agrícola, pois se caracteriza com plantio consociado para diluir custos e aumentar os ganhos por Ha plantados. A mesma de uma forma geral produz o que alimenta a população baiana. Vale ressaltar que elas se encontram em quase todos os territórios de identidade, tendo predominância maior na região central do Estado. Para a superintendência este fato representa um entrave para os agricultores terem acessibilidade às políticas públicas, porque oferecem dificuldades de aplicação de políticas públicas, principalmente na oferta de elementos de infraestrutura, e requer esforços de gestão para o incentivo à produção. Historicamente, a Bahia sempre teve como sustentáculo da economia à agropecuária, mesmo sendo este um setor de suma importância continua a demanda investimentos em políticas públicas articuladas de tal forma que, os avanços conseguidos em territórios como o oeste baiano, o extremo sul e o sertão do são Francisco, dentre outros, atinjam também o Agricultor Familiar, aqueles menos favorecidos em situação de vulnerabilidade e com limitações de alternativas de Produção, como é o caso da região sul, semiárido baiano, nordeste e sudoeste, onde 11 se encontra a grande maioria dos agricultores familiares do Estado. Diante da capacidade e diversidade dos agricultores familiares percebe – se ao analisamos a produção e a quantidade produzida em várias regiões que existem diferenciadas demandas de acordo com as características e porte de suas produções principalmente quando se refere á infraestrutura. Para que tal objetivo seja alcançado necessita-se de uma especial atenção nas ações voltadas para as questões de capacitação, planejamento, tecnologias, apoio financeiro que estejam diretamente ligados à produção da Agricultora Familiar. Neste contexto incluir agricultura familiar dentro das cadeias produtivas é fator inerente ao sucesso e sustentabilidade das suas atividades rurais. Com base nisso podemos fundamentar e expandir sobre Cadeia Produtiva dos Territórios 3.1 TERRITÓRIOS CADEIAS PRODUTIVAS DAS LAVOURAS Os dados do IBGE a cerca da agropecuária assinalam que a Agricultura Familiar, segundo o censo 2006, foi responsável por mais de 38,0% do valor total da produção nos estabelecimentos Familiares. Detalha também a distribuição em percentual de cada cultura na produção da lavoura. Sendo que o vegetal ficou em torno de 72,0%, portanto é a principal produção da agricultura familiar seguida pelas lavouras temporárias 42,0% e as permanentes 19,0%. Assim, segue o quadro no qual podemos observar as produções nas lavouras da agricultura familiar e não Familiar no Estado. QUADRO II - AGRICULTURA FAMILIAR E NÃO FAMILIAR VARIÁVEIS SELECIONADAS AGRICULTURA FAMILIAR NÃO FAMILIAR 8 785 355 12 812 145 FEIJÃO-PRETO 9 647 277 1 954 976 FEIJÃO DE COR 176 352 390 49 880 124 FEIJÃO-FRADINHO, CAUPI, DE CORDA OU 207 606 087 26 200 673 MANDIOCA 1 139 775 053 107 026 290 MILHO EM GRÃO 764 323 135 968 034 556 SOJA 9 953 334 1 705 241 533 CAFÉ ARÁBICA EM GRÃO (VERDE) 24 665 744 83 228 905 CAFÉ CANEPHORA (ROBUSTA, CONILON) 6 830 438 ARROZ EM CASCA (KG) MACÁÇAR EM GRÃO. EM GRÃO (VERDE) Fonte: IBGE CENSO 2006 12 A tabela seguinte mostra a produção do Feijão, Arroz, Mandioca, Milho e Café da Agricultura Familiar na Bahia em números percentuais. Este resultado foi fortemente influenciado pela safra de grãos, pelo crescimento das principais lavouras. QUADRO III PRODUÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR ESTADO % produção da Agricultura Familiar sobre a produção total do Estado Arroz em Casca 41 Feijão 83 Mandioca 91 Milho em grão 44 Café 22 BAHIA Fonte: IBGE (2009). No Território de Irecê, as culturas temporárias, com destaque para o feijão e milho, Segundo o IBGE, participaram com 98,2% do total da área colhida da região. O feijão é uma cultura difundida em todos os municípios do território, consumido e comercializado em todo o estado e em outras unidades da Federação. Nas décadas de 80 e 90, ele era responsável pela grande geração de empregos, sendo o maior produtor do Estado neste período, por este motivo é conhecido como a terra do feijão. Este foi o fator preponderante para o fluxo imigratório para o Território de Irecê. Atualmente, o feijão sofreu reduções no volume de área cultivada, na produção e no valor da produção tendo como principal causa a diminuição da oferta de crédito subsidiado, do apoio do setor público e de outras políticas agrícolas. Como o feijão, sofreu decréscimos em sua produção, em função da diminuição das políticas agrícolas e secas periódicas. Sua produção em relação ao Estado é de cerca de 40%. A produção do Território está concentrada nos municípios de Lapão, São Gabriel, Presidente Dutra e Uibaí que participam com 51% e 53% do valor da produção. No território a plantação de mandioca em ha é de 287,00 equivalendo a 5,38 (%), a farinha e os derivados da mandioca são produtos de grande relevância na segurança alimentar dos agricultores familiares locais e no complemento alimentar animal, bem como na composição da renda e na geração de empregos. O território 13 não tem maior expressão no tocante à área colhida, pois fica em torno de 49%, tendo uma produção 1,5% e obtendo um valor por produção de 0,6%. A próxima exposição é sobre a Cadeia Produtiva da Fruticultura do Estado. Nesta perspectiva a primeira fonte pesquisada foi o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE e o Instituto Brasileiro de frutas – IBRAF. Em analogia à pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - (SEBRAE) e Instituto Brasileiro – IBRAF relacionada a frutas, fruticulturas e derivados, foi uma pesquisa voltada para as principais cadeias produtivas dominante na região do Estado. (SEBRAE/IBRAF, 2005, p 01) Estas instituições colocam que tiveram como base norteadora para a pesquisa os aspectos tecnológicos, gestão, comercialização, legislação agro- alimentar, aspectos culturais, demandas e ofertas, visando contribuir tanto para o mercado interno como externo. Relatam ainda que, são analisados os aspectos da produção, comercialização, vantagens e desvantagens da agricultura orgânica para o pequeno produtor e finalizando, foram discutidas as perspectivas futuras e oportunidades para a fruticultura orgânica na Bahia. Segue abaixo o quadro IV dos produtos da fruticultura pesquisada pela instituição seus respectivos territórios e alguns Municípios que despontam com suas produções. QUADRO IV – PRODUTOS DA FRUTICULTURA CADEIA PRODUTIVA TERRITÓRIOS MANGA, UVA E BANANA. SERTÃO DO SÃO FRANCISCO JUAZEIRO, CASA NOVA, SENTO SÉ, CURAÇÁ MAMÃO, BANANA, LIMÃO TAITI, OESTE BAIANO BARREIRAS, SÃO DESIDÉRIO E RIACHÃO DAS NEVES, FORMOSA DO RIO PRETO BANANA E MANGA, MARACUJÁ. MÉDIO SÃO FRANCISCO BOM JESUS DA LAPA, SÃO FÉLIX DO CORIBE E CORIBE MANGA, BANANA E MARACUJÁ. SERTÃO PRODUTIVO ABACAXI, MARACUJÁ PARAGUAÇU, OESTE, EXTREMO GUANAMBI, SEBASTIÃO LARANJEIRAS E URANDI; LIVRAMENTO DE NOSSA SENHORA E DOM BASÍLIO. ITABERABA, RUY BARBOSA, CATOLANDIA, COTEGIPE, SUL, BACIA DO BARAMIRIM. ITAMARAJU, EUNAPOLIS, CAETITÉ, PARAMIRIM. EXTREMO SUL TEIXEIRA DE FREITAS, EUNAPOLIS, MUCURI, PORTO SEGURO, ITAMARAJU, PRADO. MANGA, MARACUJÁ. MAMÃO, MARACUJÁ MUNICÍPIOS FONTE: SEBRAE/IBRAF, 2005. O SEBRAE e IBRAF nas pesquisas realizadas tabularam as principais cadeias produtivas secundárias de alguns territórios, com base nos arranjos produtivos locais 14 – APLs. Abaixo exposto no quadro VI, sendo que algumas culturas em uma região aparecem como principal, nesta outra região aparece como secundaria. QUADRO V – CADEIA PRODUTIVA DE CULTURAS SECUNDARIA CADEIA PRODUTIVA DE CULTURAS SECUNDÁRIA TERRITÓRIOS MUNICÍPIOS MAMÃO, MELÃO, LIMÃO TAITI, GOIABA, SERTÃO DO SÃO FRANCISCO JUAZEIRO, CASA COVA, SENTO SÉ, CURAÇÁ OESTE BAIANO BARREIRAS, SÃO DESIDÉRIO E RIACHÃO MELANCIA E COCO LARANJA, COCO, GOIABA E CAJU. DAS NEVES ACEROLA, GOIABA, MANGA, MELANCIA, VELHO CHICO, BACIA DO RIO BOM JESUS DA LAPA, SÃO FÉLIX DO CORIBE COCO E UVA CORRENTE. E CORIBE. GOIABA, PINHA, UVA E COCO. SERTÃO PRODUTIVO GUANAMBI, SEBASTIÃO LARANJEIRAS, URANDI, LIVRAMENTO: LIVRAMENTO E DOM BASÍLIO. BANANA, MAMÃO, MARACUJÁ, MANGA, PARAGUAÇU ITABERABA E RUY BARBOSA EXTREMO SUL TEIXEIRA DE FREITAS, EUNAPOLIS, MUCURI, PORTO SEGURO, ITAMARAJU E PRADO. LIMÃO E MELANCIA COCO, ABACAXI, MARACUJÁ, LARANJA, GRAVIOLA E BANANA Fonte: SEBRAE/IBRAF, 2005. A pesquisa realizada pelas instituições apresenta a dimensão da produção de fruticultura nos territórios. Uma das desvantagens desta produção é porque são produtos delicados e facilmente perecíveis, o qual tem tempo curto para a comercialização. A pesquisa assinala também que uma das vantagens fica por conta do potencial de expansão que a fruticultura apresenta para o mercado externo e interno. Os polos de maior produção, Oeste, Extremo Sul e Paraguaçu, os poderes governamentais necessitam implantar políticas públicas e avançar com Programas voltados para esta cadeia produtiva, tendo em vista que a mesma requer instrumentos tecnológico visando ampliar a quantidade e qualidade produtiva da fruticultura. Porque, em termos de gestão tecnológica estão avançando muito lentamente. Não se verificou ainda ações efetivas nos Arranjos Produtivos Locais - APLs, nem a inserção no Sistema Produtivo Integrado de Frutas – PIF, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento - MAPA (SEBRAE/IBRAF, 2005). Nesta configuração os Municípios necessitam concretizar os Arranjos Produtivos Locais tendo em vista que eles apresentam a especificidade da aglomeração de um número significativo de Cadeias Produtivas, e também de Agricultores Familiares que 15 atuam em torno da Cadeia Produtiva da Fruticultura, isto em se tratando dos APLs de fruticultura. Outro dado relevante é as possibilidades de trabalhos articulados entre as APLs e Territórios. O ambiente dos Territórios é de suma importância para a atuação dos Arranjos Produtivos Locais, isto é, eles são instrumento de força, uma teia ou rede de relações sociais e produtivas que se projetam em um determinado espaço. Vale Ressaltar que em muitos contextos os APLs tem caráter também de um território. Nesta mesma dinâmica pode-se instituir o Sistema Integrado de Produção de Frutas - PIF do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – MAPA do Governo Federal. A próxima análise tem como referencial a instituição EMBRAPA. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – EMBRAPA (2007), a instituição tem como objetivo o desenvolvimento de tecnologias, conhecimentos e informações técnico-científicas voltadas para a agricultura e a pecuária brasileira. O único território encontrado com o estudo feito pela instituição foi reconcavo com especificidade no Município de Cruz das Almas, exposto no quadro abaixo. QUADRO VI- CADEIA PRODUTIVA – CRUZ DAS ALMAS CADEIA PRODUTIVA Fumo, Laranja, Limão Tathi, Mandioca. TERRITÓRIOS Recôncavo MUNICIPIOS Cruz das Almas Fonte: EMBRAPA Tendo em vista as especificidades de “CRUZ DAS ALMAS” que segundo dados a economia da cidade voltada para a agricultura, com destaque para plantações de: fumo –laranja – limão - tahiti e mandioca, por esta razão vem em destaque neste relatório por ter uma cadeia produtiva predominante de Fumo, e diferenciada dos outros Municípios no que se refere a plantação de fumo. (EMBRAPA, 2007). O município possui várias indústrias de tabaco e também fornece o fumo para distribuidoras nacionais que exportam esse produto para muitos países. A cidade é apelidada de "Capital do Fumo". O Municipio é um dos maiores exportadores de fumo da América Latina, distribuindo mais de 1000 toneladas de fumo por ano a países de todo o mundo. (EMBRAPA, 2007). Outro dado tabulado tem como referência os Planos Territoriais de Desenvolvimento Rural Sustentável 16 PTDRS(2010). No Território do sisal os estabelecimentos com mais de 200 hectares correspondem a apenas 0,8% e ocupam 41% da área agricultável, enquanto os estabelecimentos agrícolas quase 80% têm até 20 hectares e ocupam menos de 18% da área agrícola como mostra o quadro abaixo. Vale ressaltar que têm os arrendatários, parceiros e posseiros, que dos estabelecimentos 9,1% são ocupados por estes Agricultores, na sequência o próximo quadro são as principais produções do território. QUADRO VII - SITUAÇÃO FUNDIÁRIA DOS MUNICÍPIOS DO TERRITÓRIO DO SISAL: NÚMERO DE ESTABELECIMENTOS AGRÍCOLAS E ÁREA OCUPADA (HA). Fonte: PTDRS APUD, IBGE, Censo Agropecuário, 2006. 17 QUADRO VIII – CADEIA PRODUTIVA DO TERRITÓRIO DO SISAL. PRODUÇÃO AGRÍCOLA (T) Fonte: PTDRS APUD, IBGE, Censo Agropecuário, 2006. Outro dado relevante do território esta relacionado com os produtos secundários como mostra o quadro abaixo. QUADRO VIII– CADEIA PRODUTIVA SECONDADARIA DO TERRITÓRIO DO SISAL MUNICÍPIO CADEIA PRODUTIVA SECUNDARIA DO SISAL QUEIMADAS AMENDOIM ARACI AMENDOIM GIRASSOL MAMONA BIRITINGA AMENDOIM LARANJA MELANCIA TEOFILÂNDIA AMENDOIM MAMONA COCO DA BAÍA TUCANO AMENDOIM GIRASSOL COCO DA BAÍA CANSANÇÃO GIRASSOL MELANCIA CANA-DE-AÇÚCAR MAMONA MONTE SANTO GIRASSOL CANA-DE-AÇÚCAR MAMONA COCO DA BAÍA ITIUBA LARANJA MELANCIA MAMONA COCO DA BAÍA LAMARÃO LARANJA CANA-DE-AÇÚCAR SERRINHA LARANJA CANA-DE-AÇÚCAR CONCEIÇÃO DO MELANCIA MAMONA COCO DA BAÍA COITÉ NORDESTINA MELANCIA QUEIMADAS MELANCIA QUIJINGUE MELANCIA RETIROLÂNDIA MELANCIA TUCANO MELANCIA VALENTE MELANCIA MAMONA FONTE: PTDRS 18 O Território do Sisal, mais conhecido como Região Sisaleira, esta localizado no Nordeste do Estado com um número de habitante de quase 800 mil disperço pelos Município que forma o território. O clima semi-árido da região sisaleira é caracterizado por longos períodos de estiagem e baixa média pluviométrica, entre 300 e 550 mm ao ano, tornando o solo da região ácido. Outro dado relevante em relação ao território são os rios e riachos que em grande maioria intermitentes e quase todos bloqueados por barragens, que servem como reservatórios de água. Mesmo com estas limitações, a agriculltura familiar é uma das principais atividades econômicas da região. Os três principais produtos dos municípios em que demonstra um crescimento importante são: o feijão em grão passou de 3 toneladas para quase 43; o milho, de 2,7 toneladas para 52,4; a mandioca, de 60 toneladas para 240. O sisal, este, entretanto, não foi observado crescimento significativo mais é uma importante fonte de renda e suas produções estão presentes em quase todos os Municípios do Território. Nesta dinâmica foi tabulado as dez principais Cadeias Produtivas da agricultura familiar do Território Sertão do São Francisco. A seguir no Quadro IX, podem ser observados os dez principais produtos da agricultura familiar, embora não sejam dados recentes, são microdados que permitem ver as principais produções dos municípios. QUADRO IX - OS DEZ PRINCIPAIS PRODUTOS DA AGRICULTURA FAMILIAR, TERRITÓRIO SERTÃO DO SÃO FRANCISCO. MUNICÍPIO 1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9° CAMPO GALINHAS MILHO PEC. LEITE FEIJÃO EXTRAÇÃO CAPRINOS PEC. SUÍNOS MANDIOCA GALINHA CANA SUÍNOS GALINHAS PALMA VEGETAL ALEGRE DE 10° CORTE LURDES PILÃO MANDIOCA FEIJÃO ARCADO EMANSO EXTRAÇÃO CAPRINOS PEC. LEITE VEGETAL CAPRINOS FEIJÃO PEC. LEITE PEC. MILHO CORTE PEC. CORTE OVINOS EXTRAÇÃO S MANDIOCA MILHO VEGETAL CASA NOVA CAPRINOS MANDIOCA CEBOLA EXTRAÇÃO VEGETAL FEIJÃO UVA FOR. PEC. LEITE MANGA PEC. MILHO CORTE 19 JUAZEIRO SOBRADINHO - TOMATE MELANCIA CEBOLA CEBOLA PEC. CAPRINOS HORTALIÇAS CORTE SENTO SÉ CEBOLA PEC. LEITE FEIJÃO TOMATE PEC. LEITE CAPRINOS OVINOS LIMÃO CAPRINOS PEC. PEC. HORTALIÇ CORTE AS PEC. EXTRAÇÃO LEITE VEGETAL OVINOS CANA MILHO ALGODÃO TOMATE PEC. LEITE PEC. FEIJÃO MANDIOCA MANDIOCA CORTE CURACÁ MELANCIA UAUA PALMA CAPRINOS CAPRINOS CEBOLA PEC. LEITE FEIJÃO OVINOS FOR. CANUDOS CAPRINOS - PEC. FEIJÃO GALINHAS OVINOS - EXTRAÇÃO CORTE GALINHAS PEC. LEITE PEC. CORTE OVINOS GALINHAS CORTE MANDIOCA VEGETAL PALMA COCO FEIJÃO SUÍNOS BANANA FOR. Fonte: PTDRS Apud INCRA / FAO, 2000. Nesta conjuntura os territórios têm uma distribuição da produção conforme seu solo e clima. Em relação à produção secular temos como exemplo a cultura da canade-açúcar, que é desenvolvida no Território Sertão do São Francisco como mostra o quadro acima. Nesta configuração a agricultura é de sequeiro que ocorre na maior parte do Território, se apresenta prioritariamente como agricultura de subsistência em roças dependentes das chuvas, com o cultivo de: milho, feijão, mandioca e em menores quantidades o sorgo, gergelim, abóbora, girassol e mamona. A comercialização configura-se como uns dos gargalos para o desenvolvimento da Agricultura Familiar, embora sempre haja a estratégia de se vender o excedente da produção em feiras locais, se tem perdas da produção por falta de mercado. Além das perdas por conta da comercialização, o Território tem uma dinâmica de perdas constantes também na área colhida, pois com as culturas tradicionais, como acontece na maior parte do Semiárido, devido às chuvas serem irregulares tanto em quantidade, quanto no tempo e na distribuição espacial torna-se este fenômeno mais um gargalo para os Agricultores da região. Desta forma muitas dessas culturas estão em crise crônica por conta da estiagem prolongada, como é o caso do milho, da mandioca, da mamona, do feijão, do fumo e do algodão. As culturas que apresenta algum desempenho no território tem a técnica da irrigação, isto para as áreas mais próximas do rio, e dos açudes existentes como nos municípios: de Juazeiro, Sento Sé, Curaçá e Canudos, estas áreas produzem, cebola, mamão, manga, banana, melão e melancia. (PTDRS, 2010). O 20 relato seguinte a Pecuária nos territórios com exposição dos quadros acerca da questão e os respectivos Municípios. 3.2 TERRITÓRIOS CADEIAS PRODUTIVAS DA PECUÁRIA A pecuária começou a ser desenvolvida em são Vicente, com os avanços da plantação e o crescimento do rebanho, essa atividade tiveram que ser separadas, pois cresceu tanto que logo avançou para o nordeste brasileiro as margens do Rio São Francisco dando origem ao Município da Chapada Diamantina na Bahia. Para fins de conceito, a pecuária é o conjunto de processos técnicos usados na domesticação e produção de animais com objetivos econômicos feita no campo. Assim, a mesma é uma parte específica da agricultura. Também conhecida como criação animal, à prática de produzir e reproduzir animais é uma habilidade vital para muitos Agricultores da Bahia. (PTDS, 20100) Nesta conjuntura a Pecuária Brasileira atualmente é reconhecida como a segunda maior fonte de renda para os Agricultores Familiares. A comercialização dos produtos derivados e com a venda dos animais os agricultores tiveram um ganho total de 25,0%. Observa-se que o rebanho da Agricultura não Familiar em números de cabeça são maiores do que da Agricultura Familiar, mas a produção de leite da Agricultura Familiar supera em quase 20 mil litros, o mesmo acontece com o leite de Cabra como mostra os quadros seguintes. QUADRO X - CENSO 2006 – AGRICULTURA FAMILIAR E NÃO FAMILIAR Agricultura Familiar Não Familiar Bovinos / nº cabeças 4 436 907 5 792 552 Leite de vaca (litros) 390 324 310 365 889 904 Leite de cabra, (litros). 9 186 353 2 724 225 Aves /nº cabeças 12 650 814 8 309 900 Ovos de galinha (dz.) 19 304 412 70 155 520 Suínos /nº cabeças 717 285 230 203 CENSO / 2006 Fonte: IBGE, Censo, 2006. 21 QUADRO XI – CADEIA PRODUTIVA DA PECUARIA DA AGRICULTURA FAMILIAR EM NÚMERO DE CABEÇAS ESTADO BAHIA % PRODUÇÃO DA AGRICULTURA FAMILIAR SOBRE A PRODUÇÃO TOTAL DO ESTADO BOVINOS (1) 43 LEITE BOVINO 52 LEITE CAPRINO 77 AVES (1) 60 OVOS DE 22 GALINHA SUÍNOS (1) 76 Nota: (1) Participação da agricultura familiar no número de cabeças em 31/12/2006. Fonte: IBGE (2009). No Território de Irecê, a pecuária, tendo como referencial o Estado, torna o rebanho de bovinos de pequena expressão, com uma participação de 2,8% no geral da agropecuária baiana, sendo que a atividade é desenvolvida de forma semi – extensiva, os 50,1%, do plantel, localizam-se nos municípios de Gentio do Ouro, Itaguaçú da Bahia e Xique - Xique, destacando-se este último, que sozinho representa 28% do total do rebanho do Território. Os rebanhos de ovinos chegam a 4,6% e caprinos 5,9% respectivamente, sendo que enquanto a cadeia Produtiva de ovinos está distribuída de forma mais equânime no Território, a de caprinos cerca de 40% concentram-se nos municípios de: Central, Jussara e Xique-Xique. A pecuária complementa o sistema agrário da região. Destacam-se a bovinocultura, caprinovinocultura e a suinocultura. Na maior parte das vezes, essas atividades são praticadas em pequenas propriedades, aproximadamente 70% dos estabelecimentos agropecuários possuem áreas abaixo de 10 hectares. Esse fato reforça a significativa participação da agricultura familiar na economia regional, abaixo quadro da pecuária por Município. (PTDRS de Irecê) QUADRO XII – PRESENÇA DA PECUÁRIA, POR MUNICÍPIO, 2006(NÚMERO DE CABEÇA) 22 Segundo dados do IBGE, para o território do Sisal, em relação à distribuição em percentual de cada criação animal a cerca da Pecuária, assinala que a área da agricultura familiar foi responsável por 14% da criação de bovinos seguida pela criação de ovinos em 9,1% e 4,2%, de caprinos. Contudo a criação de cavalos, burros e jumentos têm relevante produção, segundo o (PTDRS, 2010), “a explicação para isso encontra-se na presença do sisal, onde os asininos e muares têm papel importante no processo de extração e transporte da fibra”. Nesta dinâmica O quadro seguinte retrata a situação da pecuária no Território do Sisal QUADRO XIII – PRESENÇA DA PECUÁRIA, NO TERRITÓRIO DO SISAL. 23 No Território Sertão do São Francisco tem uma Cadeia Produtiva de Apicultura que torna importante a exposição, pois o mesmo tem bom potencial e complementa a renda da Agricultura Familiar, a produção é de sequeiro é a criação de abelhas do gênero APIS. A seguir o quadro, que mostra a atividade em todos os municípios, com destaque para Campo Alegre de Lourdes, Pilão Arcado e Remanso. QUADRO XIV – CADEIA PRODUTIVA APICULTURA DA AGRICULTURA FAMILIAR 24 Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Agropecuária, Pesquisa da Pecuária Municipal, 2005. Obsevam - se nos quadros que a pecuária baiana é um setor de grande importância para o Estado, destacando-se a produção de bovinos tanto de corte como de leite que vem apresentando resultados positivos. É notório o desenvolvimento do setor produtivo da agricultura familiar tanto nas Lavouras como na Pecuária, processo que muito tem haver com os novos rumos da política agrária que os governos vêm implementando. O próximo tema a ser abordado é a Cadeia Produtiva da mandioca e sua estrutura no processamento. 4. PESQUISA DOCUMENTAL DA MANDIOCA A mandioca é um arbusto pertencente à ordem Malpighiales, família Euphorbiaceae, gênero Manihot e espécie Manihot esculenta Crantz. É a única, dentre as 98 espécies conhecidas da família Euphorbiaceae, cultivada para fins de alimentação. (CARVALHO, 2005) A mandioca natural de regiões tropicais, ela é cultivada em climas tropicais e subtropicais, a mesma não se desenvolve em temperaturas muito frias, em lugares 25 que o solo tem facilidade para alagar ou congelar. Podendo ser exposta ao sol, porque tem resistência aos climas secos, dada essas características, é considerada uma cultura rústica e o Nordeste do Brasil região onde a temperatura é ideal para seu plantio. A resistência da mandioca às condições climáticas é determinante para o seu desenvolvimento, como o clima do semiárido do Estado da Bahia. Dentre as varias utilização alimentar, a raiz da mandioca a parte branca é a parte que população Brasileira mais utilizada na alimentação, e as cascas como reserva alimentar animal, estas são as formas mais desenvolvidas no semiárido Baiano muito relacionado esse processo aos período de grande estiagem. Ela é de origem Brasileira como também foi cultivada em muitas regiões do Brasil, desde os tempos coloniais e por várias gerações, de fácil cultivo e adaptável no País. Assim, não necessita de adequações de solo e clima principalmente no Nordeste Brasileiro e por consequência é agricultável em quase todo o território nacional, o que faz da mesma uma ótima alternativa para os pequenos produtores. Ressaltando que na década de 1970 o Brasil foi o país que mais produziu esta cultura, ficando ao nível mundial em primeiro e atingindo 30 milhões de toneladas. Vale resaltar que para se pesquisar sobre esta cultura é necessário compreender os aspectos sociais e fundiários, no qual se desenvolve o cultivo da mandioca, tendo em vista que é de suma importância para o auxílio de decisões políticas e técnicas que visem à melhoria do setor mandioqueiro e, por conseguinte a melhora da qualidade de vida dos agricultores familiares. 4.1 - ESTATÍSTICAS DA MANDIOCA Segundo dados do IBGE os estabelecimentos de mandioca da Agricultura Familiar brasileira corresponde a 75 3524 da mão de obra ocupada e área 2 4418 155 (ha) e a quantidade produzida de 13 952 155 em Kg. Segundo dados da (EMBRAPA) O Agricultor Familiar responde por mais de 85% da produção de mandioca no País. No Estado da Bahia o número de estabelecimento que cultiva a mandioca é 126. 324 chegando a uma produção de 1.139.775. 053 de Kg em uma área de 295. 655(ha) ficando em primeiro lugar entre os Estados. 26 Apesar da produção expressiva no Estado, como mostra o texto acima e da importância alimentar da mandioca, é notório a falta de novas tecnologias para o cultivo. É comum o uso inadequado de espaçamento, época de plantio, níveis de adubação e variedades. O processamento da mandioca em farinha na Bahia mantém uma estrutura tradicional na maioria dos estabelecimentos familiares, onde as etapas no processamento são artesanais envolvendo todo grupo familiar: para descascar, moer, prensar, tirar a goma e ao final torrar em fornos rústicos. Apresentamos no próximo quadro a cadeia produtiva da cultura. Como característico na agricultura familiar da Bahia, os produtores exploram a mandioca em sistema de monocultivo e em consórcio, principalmente com feijão e milho, em área média de meio a dois (ha) a exemplo dos Territórios: Extremo Sul e Vitoria da Conquista a Agricultura Familiar desenvolve a Cadeia Produtiva da mandioca em quase todos os Municípios: Barra do Choça, Planalto, Poções, Ribeirão do Largo, Encruzilhada, Cândido Sales, Belo Campo, Tremedal, Piripá, Condeúba, Anagé e Caraíbas, sendo Vitória da Conquista a responsável por grande parte da industrialização e comercialização regional de mandioca e seus derivados como: raízes frescas, farinha e fécula. 4.2 CADEIA PRODUTIVA DA MANDIOCA O agronegócio familiar da mandioca, como já divulgado no início deste trabalho envolve cada componente abaixo exposto e com as etapas e distribuição referida no quadro, sendo que integra neste sistema um elemento a mais, qual seja na maioria das vezes no Estado o próprio Agricultor Familiar é o comerciante. QUADRO XVI - AGRONEGÓCIO FAMILIAR DA CADEIA PRODUTIVA DA MANDIOCA 27 FORNECEDOR DE INSUMOS FORNECEDOR DE INSUMOS AGRICULTOR/ TRANSPORTADOR AGRICULTOR/ TREANSPORTADOR AGRICULTOR/ TREANSPORTADOR AGRICULTOR/ TREANSPORTADOR SISTEMA PRODUTIVO AGRICULTORES SISTEMA PRODUTIVO AGRICULTORES PROCESSADORES PROCESSADORES CASA DE FARINHA CASA DE FARINHA Agricultor / comerciante Comerciantes Comerciantes Mercado consumidor Agricultor / comerciante Agricultor / comerciante Agricultor / comerciante Mercado consumidor Fornecedores de Insumos: É o subsistema antes da porteira da fazenda, isto é as empresas que têm como fim fornecer sementes, adubos, ferramentas, máquinas, calcário, adubos, herbicidas, fungicidas e implementos agrícolas. Sistemas Produtivos: São os Agricultores Familiares, ou seja, de dentro da porteira da fazenda os plantadores da mandioca. Processadores: As casas de farinha que na maioria das vezes esta dentro da porteira da fazenda e são construída de forma rústica, o que compromete a qualidade do produto, processo que deixa a produção fora dos padrões 28 de Higiene Sanitária do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – MAPA. Agricultor/ comerciante: São os Agricultores que depois do beneficiamento do produto vão comercializar nas feiras livres Comerciantes: Os atacadistas são os grandes comerciantes que intermediam as vendas para os grandes supermercados e os varejistas são aqueles que vendem o produto para os consumidores finais. Mercado consumidor: É o ponto final da cadeia e se constitui de grupos de consumidores. Podem ser municipais, estaduais, nacionais ou internacionais. No desenvolvimento da pesquisa, acerca do referido tema uma informação que chama a atenção, portanto se justifica esta fazendo parte da estrutura deste documento. É a organização das Câmaras Setoriais da agropecuária do Estado. Vale ressaltar que, a mesma é um instrumento estratégico para o governo Estadual sistematizar suas políticas agropecuárias. Ela funciona em fóruns organizacionais e permanentes, com a finalidade de propor, apoiar e acompanhar ações para o desenvolvimento das atividades das cadeias produtivas do agronegócio baiano. Suas ações são harmônicas e buscam o aumentando e a eficiência das cadeias produtivas e a eficácia das políticas públicas no Estado, conduzindo para uma maior competitividade no mercado interno e externo. A sua composição esta estruturada com representantes dos produtores, consumidores, trabalhadores, entidades empresariais e organizações não governamentais, bem como de órgãos públicos relacionados aos Arranjos Produtivos Locais. Outra característica dela é harmonizar e estreitar as relações entre governos: Federais, Estaduais, Municipais e diversos setores das cadeias produtivas. As câmaras das cadeias produtivas tendo esta funcionalidade podem interagir entre elas mesmas e com o Estado o que pode resultar em transformações tanto das organizações produtivas como das instituições governamentais. Como também pode vir a se constituir em um instrumento a mais da Agricultura Familiar no que se refere à organização produtiva e a inserção no mercado. 29 5. CÂMARA SETORIAL DAS CADEIAS PRODUTIVA DO ESTADO 5.1 AS CÂMARAS SETORIAIS TÊM COMO INSTRUMENTO NORMATIVO A PORTARIA Nº 530, DE 12 DE JUNHO DE 2008. Da natureza e finalidade: Art. 1º O Conselho do Agronegócio, órgão colegiado consultivo, vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, criado pelo Decreto de 2 de setembro de 1998, e tendo em vista as disposições do art. 3º, tem por finalidade articular, entre os setores público e privado, o planejamento e implementação dos instrumentos institucionais de promoção do agronegócio brasileiro, especialmente:( MAPA) De maneira que cada Câmara Setorial ou Temática será apoiada, técnica e administrativamente, pela Coordenação-Geral de Apoio às Câmaras Setoriais e Temáticas, da Secretaria Executiva, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, sendo observadas as correlações de competências e atribuições. (MAPA) O conceito de Câmara Setorial, para o (MAPA), está fortemente relacionado com a ideia de um agrupamento de representantes dos organismos, órgãos e entidades, públicas e privadas, que compõem os elos de uma cadeia produtiva do agronegócio, que tem por substrato um ou mais produtos. Tratam dos setores produtivos da Agropecuária, tendo sempre um enfoque sistêmico e Visão sistematizada de Cadeia Produtiva. MISSÃO; atuar como fórum consultivo na identificação de oportunidade ao desenvolvimento das cadeias produtivas, articulando agentes públicos e privados, definindo ações prioritárias de interesse comum, visando à atuação sistêmica e integrada dos diferentes segmentos produtivos. (MAPA) Sua finalidade propor, apoiar e acompanhar ações para o desenvolvimento das atividades das cadeias produtivas do agronegócio brasileiro, a composição estruturada com representantes de produtores, consumidores, trabalhadores, entidades empresariais e organizações não governamentais, bem como de órgãos públicos relacionados aos arranjos produtivos aos quais se referem. Nesta perspectiva a SEAGRI, vem buscado sistematizar as organizações dos Agricultores Familiares, visando possibilitar de forma consistente a inserção dos mesmos no mercado. Tendo como instrumento de ação inicial as câmaras setoriais. 30 Assim, as Câmaras Setoriais uma política Nacional e um instrumento estratégico para o governo Estadual, porque tem como objetivo harmonizar e estreitar as relações entre governo e diversos setores das cadeias produtivas. A funcionalidade se constitui em fóruns organizacionais e permanentes, criados pela (SEAGRI) as ações harmônicas buscam o aumentando e a eficiência das cadeias produtivas e a eficácia das políticas públicas no Estado, conduzindo à sua maior competitividade. (SEAGRI,2010) Outrossim, as câmaras das cadeias produtivas tendo esta funcionalidade podem interagir entre elas mesmas e com o Estado o que pode resultar em transformações tanto das organizações produtivas como das instituições governamentais. Como mostra o texto: Tornar o Estado da Bahia competitivo nas diversas cadeias do setor agropecuário, de modo que o mesmo seja capaz de se inserir mais fortemente no mercado internacional e nacional, como também se constitui como vetor de inclusão social, integração regional e de desenvolvimento para a economia baiana. Tendo Produtos de Qualidade e Competitivos (SEAGRI, 2010). Nesta conjuntura, a integração social das organizações articulado com o Governo elaborou o planejamento estratégia da Secretaria. Em síntese, o Plano Estratégico para a Agropecuária na Bahia tem uma visão de futuro que compreende o setor como da maior importância para o desenvolvimento da Bahia. Abaixo quadro da organização das Câmaras Setoriais do Estado. QUADRO XVI - LISTA DAS CÂMARAS SETORIAIS DA CADEIA PRODUTIVA DO ESTADO CÂMARAS SETORIAIS CÂMARA, SETORIAL DO CAFÉ. CÂMARA SETORIAL DA APICULTURA CÂMARA SETORIAL DA CANA-DE-AÇÚCAR E DERIVADOS CÂMARA SETORIAL DA PESCA E AQUICULTURA CÂMARA SETORIAL DO LEITE CÂMARA SETORIAL DA FRUTICULTURA CÂMARA SETORIAL DA CARNE, AVES E SUÍNOS CÂMARA SETORIAL DA CITRICULTURA CÂMARA SETORIAL DAS HORTALIÇAS CÂMARA SETORIAL DA CARNE DE BOVINO-BUBALINOS CÂMARA SETORIAL DA MANDIOCA CÂMARA SETORIAL DAS FIBRAS NATURAIS CÂMARA SETORIAL DAS OLEAGINOSAS 31 CÂMARA SETORIAL DO GUARANÁ CÂMARA SETORIAL DO CACAU CÂMARA SETORIAL DA BORRACHA NATURAL CÂMARA SETORIAL DOS GRÃOS CÂMARA SETORIAL DO CHARUTO CÂMARA SETORIAL FLORESTAL CÂMARA SETORIAL DA CARNE – CAPRINO- OVINOS. CÂMARA SETORIAL DO ALGODÃO 32 CONSIDERAÇÕES FINAIS O principal objetivo perseguido na pesquisa foi conhecer as Cadeias Produtivas da Agricultura Familiar, buscar documentos referentes ao desempenho das cadeias produtivas agropecuária da Bahia, como também a sua eficiência, qualidade e competitividade. O esboço aponta que, muitas instituições assinalam em seus documentos, a situação das cadeias produtivas relatando os entraves, vantagens e desvantagens do sistema produtivo baiano para o seu desenvolvimento e, por conseguinte o desenvolvimento dos agricultores familiares. Na investigação nota - se que um dos gargalos para os agricultores alcançarem o desenvolvimento sócio – econômico é as dificuldades de acesso aos instrumentos tecnológico, a exemplo de insumo “kit de irrigação”, principalmente no semiárido Baiano. Porque a agropecuária baiana passa no momento por impedimentos para seu desenvolvimento, isto é vem enfrentado neste período, encurtado fluxo de chuva o que tem se configurado um dos maiores gargalos na Bahia. Em muitas regiões do Estado a seca se estende por mais de quatro anos, sendo que neste último ano foi de estiagem prolongada. Por fim, um dos achados mais relevantes deste trabalho refere-se ao fato e importância das Câmaras Setoriais, pois as mesmas representam um espaço privilegiado para o desenvolvimento de políticas públicas articuladas voltadas para o crescimento e visibilidade da agropecuária familiar baiana, e, por seguinte o desenvolvimento da Agricultura Familiar. Salvador -Ba, 15 de Outubro de 2012. Raimunda Maria dos Santos Consultora PNCF-BA 33 REFERÊNCIA AGRICULTURA. Agricultura Convencional e Agricultura Ecológica: um debate sobre a sustentabilidade de um novo sistema agrícola. Disponível em: http://www.aedb.br/seget/artigos06/787_sustentabilidade%20de%20um%20novo%2 0sistema%20agricola%20SEGETpdf. Acessado em: 11/09/2012 ás 20h05min. BRASIL, MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO. Conselho Regional de Desenvolvimento Rural Sustentável da Bacia do Jacuípe. Plano Territorial de Desenvolvimento Sustentável. 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