Este suplemento faz parte integrante da Vida Económica nº 1607, de 2 de outubro 2015, e não pode ser vendido separadamente Seguros associados a estes créditos protegem especialmente o credor Seguro de proteção financeira garante rendimento no presente e futuro Pags. 2 e 3 Associado Pág. 7 David Pereira, Ex-Presidente da ANACS – Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros “Os associados da ANACS demonstraram grande maturidade ao aprovarem a fusão com a APROSE” Notícia Pág. 4 Produção de seguros reduziu-se 3,2% no primeiro semestre Notícias Pág. 5 Notícia Pág. 6 Os truques dos mediadores de seguros para impedirem utilização de dados dos clientes Seguradora lidera no ramo vida e não-vida e na melhor relação qualidade-preço Consultório Jurídico Generali lidera satisfação dos clientes no setor dos seguros Mediação de planos saúde — implicações em sede de IVA Pág. 8 2 SEGUROS sexta-feira, 2 de outubro 2015 Seguros associados a estes créditos protegem especialmente o credor Seguro de proteção financeira garante rendimento no presente e futuro ELISABETE SOARES [email protected] O s imprevistos que impedem o cumprimento de compromissos financeiros podem acontecer a qualquer momento e em qualquer parte. Para prevenir este tipo de situações existe o seguro de proteção financeira, um produto que garante o pagamento do financiamento, de mensalidades ou prestações por um período pré-determinado. Perdeu o emprego? Está doente? Como vai pagar o seu empréstimo? Estas são algumas das questões que preocupam as pessoas e que le- vam alguns a subscrever um seguro de proteção financeira. De uma forma geral, as condições de elegibilidade nestes seguros obrigam o subscritor a ter entre 18 anos e 64 anos de idade (inclusive); ter vindo a desempenhar regularmente uma atividade profissional remunerada, de pelo menos 16 horas semanais, nos últimos nove meses, sem conhecimento de uma possível situação de desemprego, suspensão com ou sem perda de retribuição, licença ou situação de reforma, antecipação de reforma ou pré-reforma; encontrar-se de boa saúde e nos últimos meses não ter estado, parcial ou totalmente, incapaz para o trabalho devido a doença ou acidente, por mais de 30 dias consecutivos ou não, ou hospitalizado, por mais de sete dias consecutivos ou não. Quais são as coberturas? As coberturas destes seguros incluem a morte natural, morte acidental, invalidez permanente total por acidente, desemprego involuntário, incapacidade física total temporária. Os benefícios para o consumidor final incluem a garantia de assistência em decorrência de um dos casos incluídos nas coberturas. Alguns seguros têm incluído complementos, caso do auxílio de renda complementar (supermercado, mensalidade escolar, pagamentos de contas de consumo)• Jorge Cândido, responsável da bancassurance na Allianz Portugal “É muito importante este tipo de seguros, em especial na cobertura de desemprego” Jorge Cândido considera que na atual conjuntura o seguro de proteção financeira é importante, especialmente para proteger o segurado de situações de desemprego. De que forma o recente período de crise, provocada especialmente por razões financeiras, foi importante para que as pessoas se protejam com um seguro de proteção financeira? Assistimos a um crescimento significativo do número de participações, ou seja, um aumento do uso efetivo das garantias do seguro de proteção. Na atual conjuntura, é muito importante a existência deste tipo de seguros, em especial na cobertura de desemprego. Quais são os aspetos mais importantes a ter em conta na subscrição do seguro de proteção financeira? O principal será a análise prévia das coberturas relativamente à situação laboral do cliente, por exemplo, se for um profissional liberal, ou por conta de outrem. Depois, analisar o impacto financeiro para o cliente numa situação de utilização do seguro ou seja até onde é que pode suportar esse custo por si só. Quais as vantagens de subscrever um seguro de proteção financeira disponibilizado pela Allianz? Por exemplo, garantir uma proteção adicional aos comuns clientes do BPI para fazerem face a situações de incumprimento do pagamento de crédito habitação e crédito pessoal em caso de desemprego e doença• Reinaldo Silva, diretor marketing estratégico e desenvolvimento de produtos da AXA Portugal, destaca: “Segurar a vida é a melhor forma de garantir uma vida segura” Na opinião de Reinaldo Silva, “é tão ou mais importante salvaguardar a garantia de um rendimento/capital para o presente e futuro na perspetiva individual e familiar e esta consciência nem sempre está presente”. De que forma o recente período de crise, provocada especialmente por razões financeiras, foi importante para que as pessoas se protejam com um seguro de proteção financeira? Em Portugal a contratação deste tipo de seguros está historicamente muito associada ao crédito e em particular ao crédito à habitação. Após o “boom” do sector imobiliário, verificou-se uma redução do crédito à habitação, e por sua vez uma redução da contratação destes seguros. É importante realçar que os seguros associados a estes créditos protegem essencialmente o credor (banco), pois pagam, num evento coberto pela apólice, o capital em dívida. No entanto, é tão ou mais importante salvaguardar a garantia de um rendimento/capital para o presente e futuro na perspetiva individual e familiar e esta consciência nem sempre está presente. Segurar a vida é a melhor forma de garantir uma vida segura. Quais são os aspetos mais importantes a ter em conta na subscrição do seguro de proteção financeira? Devemos identificar quem queremos proteger, em que situações… e qual o valor. Os seguros de proteção financeira podem dar cobertura a um conjunto muito distinto e muito variado de riscos, tais como: falecimento, invalidez, invalidez profissional, incapacidade, doenças graves, renda de educação, hospitaliza- ção. A função da seguradora é proteger os seus clientes face às incertezas do futuro, propondo soluções adequadas a cada situação pessoal/familiar. O elemento essencial é o aconselhamento personalizado do mediador de seguros, enquanto profissional especializado neste aconselhamento. O correto diagnóstico da situação de cada pessoa/família permite formular uma proposta que corresponda às reais necessidades de cada cliente. Quais as vantagens de subscrever um seguro de proteção financeira disponibilizado pela AXA? As vantagens assentam em duas premissas essenciais: – uma rede de mediadores especializados no diagnóstico e aconselhamento de seguros de Vida; – produtos muito flexíveis adequados às necessidades específicas de cada segmento de cliente: o casal sem filhos em que um está desempregado; o casal com filhos em idade escolar; profissionais liberais, funcionários públicos; micro e pequenas empresas• SEGUROS sexta-feira, 2 de outubro 2015 Sérgio Carvalho, diretor de marketing produtos e canais da Fidelidade “Dispomos de três seguros com o objetivo de assegurar a proteção financeira do cliente” Coluna de Livros: Gestão de Carteiras Rendibilidade e Risco Dicionário Finanças e Negócios Internacionais EDUARDO SÁ SILVA EDUARDO SÁ SILVA Obra essencialmente prática, com 16 exercícios resolvidos. Conhecer a composição ótima da carteira: que ativos deter e em que proporção? Quais as condições de equilíbrio dos mercados de capitais. Qual a relação entre a rendibilidade esperada e o risco? Qual é o prémio de risco no mercado financeiro? Estas questões são tema desta obra e preocupam quem investe e toma em consideração o binómio rendibilidade / risco. Com uma abordagem essencialmente prática, os aspetos teóricos são acompanhados de uma série de casos exemplificativos da sua aplicação (recorrendo-se, preferencialmente, à folha de cálculo Excel). Deste modo, o leitor tem uma conceção mais abrangente e pode descortinar o interesse na resolução de situações reais. Aspetos particulares, tais como alavancagem financeira, dificuldades de implementação em empresas não cotadas, indicadores de performance e utilização destes modelos na avaliação de projetos de investimento, são igualmente abordados na obra. A obra é uma compilação de temas relacionados com as temáticas de finanças e negócios internacionais, que permite retratar os desafios da globalização, as formas de internacionalização, os instrumentos financeiros e os critérios de decisão sobre os mercados a entrar. Uma obra didática, generalista e atual, que constitui uma referência para todos os que pretendam abordar o tema de finanças internacionais e matérias relacionadas. Um dicionário/glossário que serve de apoio aos alunos que frequentam disciplinas de licenciatura e mestrado que versem estas temáticas. O autor, Eduardo Manuel Lopes de Sá e Silva é doutorado em Ciências Económicas e Empresariais, pela Universidade da Corunha, Espanha, licenciado e mestre pela FEP. É orientador de diversas dissertações de teses de Mestrado e Doutoramento, nas áreas de Contabilidade e Gestão Financeira. Igualmente exerceu funções de técnico oficial de contas, revisor oficial de contas e consultor financeiro numa instituição de crédito. Autor: Eduardo Sá Silva Data de Edição: setembro 2015 Editor: Grupo Editorial Vida Económica Idioma: Português | Medidas: 15,5 x 23 cm Nº de páginas: 256 | Preço:14,76 euros Na opinião de Sérgio Carvalho, “o cliente deve ter conhecimento e estar consciente das condições contratuais do seguro que está a subscrever, nomeadamente períodos de carência, franquias, período de requalificação e exclusões”. De que forma o recente período de crise, provocada especialmente por razões financeiras, foi importante para que as pessoas se protejam com um seguro de proteção financeira? A conjuntura económica que se tem vivido nos últimos anos colocou muitas pessoas em situações financeiras delicadas impedindo-as de honrar os compromissos assumidos junto de instituições financeiras. Para, de alguma forma, minimizar esses efeitos, a Fidelidade, dispõe de três seguros com o objetivo de assegurar a proteção financeira do cliente em caso de incapacidade temporária absoluta para o trabalho devido a doença ou acidente (baixa médica), desemprego involuntário ou internamento hospitalar das pessoas seguras. O Seguro de Proteção ao Crédito e o Seguro de Desemprego e Baixa Médica estão associados ao crédito pessoal e ao crédito à habitação, respetivamente e garantem o pagamento de indemnizações correspondentes às prestações que a pessoa segura está obrigada a pagar ao tomador do seguro. O Seguro de Proteção Ordenado está associado à conta bancária com LDN e A conjuntura económica que se tem vivido colocou muitas pessoas em situações financeiras delicadas impedindo-as de honrar os compromissos assumidos junto de instituições financeiras garante o pagamento à pessoa segura de prestações mensais correspondentes ao salário mínimo nacional. Quais são os aspetos mais importantes a ter em conta na subscrição do seguro de proteção financeira? O cliente deve ter conhecimento e estar consciente das condições contratuais do seguro que está a subscrever, nomeadamente períodos de carência, franquias, período de requalificação e exclusões. Quais as vantagens de subscrever um seguro de proteção financeira disponibilizado pela Fidelidade? Segurança: assegurar o pagamento das prestações devidas na eventualidade de ocorrer um dos eventos cobertos pelo seguro. Facilidade de pagamento: o valor do prémio pode ser financiado pelo banco e incluído na prestação mensal do empréstimo. Facilidade na subscrição : não é necessária a realização de quaisquer exames médicos. Cessação Antecipada do Contrato: em caso de cessação antecipada do contrato haverá lugar à devolução de parte do prémio já pago, correspondente ao período contratual não decorrido. Em caso de sinistro não haverá lugar à devolução de prémio• III Autor: Eduardo Sá Silva Data de Edição: Dezembro 2012 Editor: Grupo Editorial Vida Económica Idioma: Português | Medidas: 13.5 x 23 cm Nº de páginas: 144 | Preço: 9,9 euros 4 SEGUROS sexta-feira, 2 de outubro 2015 Resultado líquido global apurado atingiu os 432 milhões de euros Produção de seguros reduziu-se 3,2% no primeiro semestre ELISABETE SOARES [email protected] A produção de seguro direto das empresas de seguros, supervisionadas pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF), no primeiro semestre de 2015, apresentaram um decréscimo de 3,2% face ao período homólogo de 2014, situando-se em cerca de 6,5 mil milhões de euros. Para este decréscimo foi determinante a quebra de 6,6% na produção do ramo Vida. Os ramos Não Vida, por sua vez, apresentaram um aumento de 6,8%, para o qual também contribuiu a entrada, no período em análise, de uma empresa de seguros Não Vida no universo das empresas supervisionadas (crescimento real de 2,9% retirando o efeito deste operador). De acordo com o Relatório de Evolução da Atividade Seguradora da ASF, a inclusão, no início de 2015, de um operador dos ramos Não Vida que exercia atividade em Portugal sob a forma de sucursal, no universo das empresas supervisionadas, veio implicar a necessidade de efetuar alguns ajustamentos na análise da evolução da atividade seguradora. Assim, retirando o efeito da inclusão deste operador, no primeiro semestre de 2015, a produção de seguro direto, relativa à atividade em Portugal, das empresas de seguros sob a supervisão da ASF apresentou, em termos globais, uma variação de -4,2% face ao período homólogo de 2014 (-6,6% em Vida e +2,9% em Não Vida). Sem essa correção, a variação seria de -3,2%, com +6,8% em Não Vida. No mesmo período, os custos com sinistros de aumentaram 22,2%, em resultado do crescimento de 26,9% no ramo Vida e 4,9% nos ramos Não Vida. No primeiro semestre, observou-se uma redução do valor das carteiras de investimento das empresas de seguros de 0,1%, face aos montantes sob gestão no final de 2014. O resultado líquido global apurado neste período atingiu os 432 milhões de euros. A taxa de cobertura da margem de solvência das empresas supervisionadas pela ASF fixou-se, em junho de 2015, em 216%. Primeiro trimestre positivo Considerando apenas o primeiro trimestre do ano, a produção de seguro direto das empresas de seguros aumentou 5,9%, face ao mesmo período de 2014, para 3,7 mil milhões de euros. Segundo a ASF, para este crescimento do primeiro trimestre contribuiu “de forma significativa” a entrada, no período em análise, de uma empresa de seguros Não Vida no universo das empresas supervisionadas. Se retirado o efeito da inclusão deste operador, nos primeiros três meses de 2015 a produção de seguro direto das empresas de seguros sob a supervisão da ASF apresentou um crescimento global de 4,8% face ao trimestre homólogo de 2014. De janeiro a março, foram os ramos Não Vida que apresentaram um crescimento maior, na ordem de 6,5% (crescimento real de 2,2%, retirando o efei- Considerando apenas o primeiro trimestre do ano, a produção de seguro direto das empresas de seguros aumentou 5,9%, face ao mesmo período de 2014, para 3,7 mil milhões de euros to da inclusão do referido operador), para 984 mil euros, enquanto o ramo Vida apresentou um crescimento de 5,7%, bastante inferior a 2014 (39,3%), para 2.693 milhões de euros. No período, os custos com sinistros de seguro direto aumentaram 18,3% face ao trimestre homólogo, resultante do crescimento de 24,5% no ramo Vida e da diminuição de 3,7% nos ramos Não Vida. Segundo a ASF, nos primeiros três meses de 2015 o valor das carteiras de investimento das empresas de seguros aumentou 3,2% face a dezembro de 2014, tendo o rácio de cobertura das provisões técnicas apresentado um aumento de 1,1 pontos percentuais. O resultado líquido global apurado neste período atingiu o valor de 161 milhões de euros, tendo-se a taxa de cobertura da margem de solvência das empresas situado na ordem dos 238%. A produção de seguro direto de Acidentes de Trabalho apresentou, em março, um crescimento de 14,3%, superior ao verificado em março do ano anterior. Quanto às contribuições para os fundos de pensões e o montante dos benefícios pagos, registaram até março uma diminuição de 4,3% e um acréscimo de 1,6%, respetivamente, face ao período homólogo do ano anterior. Os ativos geridos pelos fundos de pensões representavam no final do primeiro trimestre 18,5 mil milhões de euros, mais 5,9% do que os valores observados do final de 2014 e mais 16,9% do que no período homólogo do ano anterior• Allianz alerta empresas para a nova geração de ciberriscos A s empresas devem estar preparadas para uma nova geração de riscos cibernéticos, realidade em constante evolução e potenciada pela crescente interconectividade dos dispositivos atuais e dependência da tecnologia/dados em tempo real, a nível pessoal e corporativo. Às ameaças estabelecidas de violação de dados, questões de privacidade e danos de reputação juntam-se agora outras, relacionadas com problemas operacionais, risco de interrupção de negócio e perdas potencialmente catastróficas, alerta um novo relatório “A Guide to Cyber Risk: Managing The Impact of Increasing Interconnectivity”, do grupo Allianz, que analisa as mais recentes tendências no que respeita a riscos cibernéticos e ameaças emergentes em todo o mundo. Uma realidade a que, segundo a seguradora, as empresas não devem ser alheias, já que, anualmente, o cibercrime custa à economia global cerca de 445.000 milhões de dólares. “Até há 15 anos, os ciberataques eram bastante rudimentares e tipicamente feitos por ‘hacktivists’, mas a crescente interconectividade, globalização e comercialização do cibercrime promoveu um aumento exponencial na frequência e gravidade destes ataques,” afirma Chris Fischer Hirs, CEO da Alianz Global Corporate & Specialty (AGCS). “Seguros contra cibercrimes não substituem uma proteção de segurança abrangente de TI, mas criam uma segunda linha de defesa para mitigar os ataques. A AGCS está a assistir ao aumento da procura destes serviços e estamos empenhados em trabalhar com os clientes para entender e responder cada vez melhor à exposição crescente a ciberataques”, conclui, convicto de que a consciencialização da exposição ao cibercrime por parte das empresas, bem como as alterações da regulamentação vão potenciar o rápido crescimento de seguros nesta área. Prevê-se que os prémios de seguro contra cibercrimes cresçam globalmente de 2000 milhões de dólares anuais para cerca de 20.000 milhões na próxima década, com uma taxa de crescimento anual de 20 por cento. Regulamentação mais apertada “Verifica-se uma tendência geral para a existência de regimes de proteção de dados mais apertados, apoiados por coimas significativas no caso de incumprimento”, refere Nigel Pearson, responsável global pela área de cyber insurance da AGCS. Austrália, Hong Kong e Singapura são alguns dos países que estão a analisar ou mesmo a aplicar novas leis, ao passo que a União Europeia procura um acordo para políticas pan-europeias de proteção de dados. O roubo da propriedade intelectual, a ciberextorsão e o risco de interrupção de negócio ou falha técnica/operacional são alguns dos ciber-riscos, muitas vezes subestimados, que compõe a nova geração• SEGUROS sexta-feira, 2 de outubro 2015 5 Seguradora lidera no ramo vida e não-vida e na melhor relação qualidade-preço Generali lidera satisfação dos clientes no setor dos seguros O s clientes da Generali são os mais satisfeitos no setor dos seguros em Portugal, de acordo com o estudo ECSI Portugal 2015 - Índice Nacional de Satisfação do Cliente. A companhia, liderada, em Portugal, por Santi Cianci é mesmo a única a alcançar uma pontuação superior a oito pontos, numa escala de 0 a 10, liderando tanto no ramo vida como no ramo não vida. Além de ser a seguradora com maior nível de satisfação dos clientes, a Generali apresenta as melhores pontuações no que se refere à qualidade apercebida e ao valor apercebido, o que traduz o reconhecimento da disponibilização das soluções de seguro com melhor relação qualidade-preço no sector. Confiança, lealdade, expectativas e reclamações são outros dos parâmetros em que a Generali ocupa a posição de liderança, reforçando a visão positiva dos clientes sobre a companhia. De acordo com o comunicado da seguradora, nos últimos anos a Generali investiu mais de 40 milhões de euros no desenvolvimento das suas operações em Portugal, com a passagem a companhia de direito português e o reforço do serviço prestado a clientes e parceiros de negócio, apostando em novas ferramentas tecnológicas e numa rede de agentes e mediadores como forma de criação de um serviço distintivo. Os resultados desta aposta estão patentes no estudo ECSI Portugal 2015 - Índice Nacional de Satisfação do Cliente, onde a Generali é líder em sete dos oito parâmetros avaliados de forma independente pelos promotores do estudo: Associação Portuguesa para a Qualidade, Instituto Português da Qualidade e Nova - Information Management School. Na opinião de Santi Cianci, administrador delegado da Generali, “este resultado é de grande importância para a companhia, pois a seguradora tem como principal foco da sua estratégia o serviço ao cliente. Este posicionamento distintivo, que procura estabelecer relações de confiança e lealdade assentes na qualidade e na inovação, tem permitido à Generali continuar a crescer num mercado difícil, fidelizando os clientes atuais e conquistando novos clientes, que sabem que encontram as soluções de seguro com melhor relação qualidade preço em Portugal”. Liderança de vários anos A liderança da Generali na edição de 2015 do estudo repete o resultado já alcançado nas edições de 2008, 2009 e 2011, e que é reforçada pela consistência de desempenho ao longo dos vários anos, como classificações sucessivas no topo da satisfação dos clientes no sector segurador português. Refira-se que o ECSI Portugal – Índice Nacional de Satisfação do Cliente (ECSI Portugal) é um sistema de medida da qualidade dos bens e serviços disponíveis no mercado nacional, por via da satisfação do cliente. É desenvolvido anualmente por uma equipa do projeto, que envolve a Associação Portuguesa para a Qualidade, Instituto Português da Qualidade e Nova - Information Management School, e abrange vários setores de atividade existindo um estudo específico para o sector dos seguros, envolvendo os vários ramos: Em 2015, o estudo sobre o se- Na opinião de Santi Cianci, administrador delegado da Generali, “este resultado é de grande importância para a companhia, pois a seguradora tem como principal foco da sua estratégia o serviço ao cliente”. tor segurador envolveu as nove principais seguradoras a operar no mercado português, entre as quais a Generali. O grupo Generali é um dos maiores grupos seguradores do mundo, com uma receita total de prémios de 70 mil milhões de euros em 2014. Com 78.000 colaboradores em todo o mundo servindo 72 milhões de clientes em mais de 60 países, o grupo ocupa uma posição de liderança nos mercados da Europa Ocidental e tem uma presença cada vez mais importante na Europa Oriental e na Ásia Central• MDS segura o Rock in Rio Brasil A MDS, líder do mercado de corretagem de seguros em Portugal e o terceiro maior broker no Brasil, foi a corretora oficial do Rock in Rio Brasil, garantindo a proteção de pessoas e equipamentos do maior festival de música do mundo, que decorreu em setembro na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. O Rock in Rio reuniu mais de meio milhão de pessoas na Cidade do Rock, no bairro da Tijuca, numa área que ocupa 150 mil metros quadrados. Os palcos do Rock in Rio receberam mais de uma centena de artistas, como Rihana, Katy Perry, Rod Stewart, Metallica ou os Queen e Adam Lambert, entre muitos outros. Além dos palcos, o recinto teve espaços de lazer, zonas de alimentação e outros equipamentos para o público e a MDS foi a corretora responsável por todo o programa de seguros do festival. Para um evento de tão grandes proporções foi necessário encontrar o seguro mais apropriado e para tal a MDS procurou reunir os melhores parceiros entre grandes empresas brasileiras e estrangeiras. O Brasil não tem uma seguradora capaz de absorver os riscos do evento sozinha e por isso a MDS desenvolveu parcerias para chegar ao modelo ideal. A experiência desenvolvida coloca a MDS num patamar de excelência na segurança de grandes eventos. A MDS é um grupo multinacional que atua na área da corretagem e consultoria de seguros e resseguro, e na gestão de risco. É líder de mercado em Portugal, 3º maior broker no Brasil, e tem uma presença de referência no mercado angolano. Como acionista de referência da Brokerslink, uma das maiores organizações globais de corretagem criada pela MDS em 2004, está presente em mais de 80 países, com cerca de 300 escritórios e totalizando cerca de 7000 profissionais da área dos seguros. É também acionista e parceiro de referência da Cooper Gay Swett & Crawford, o maior corretor independente mundial de seguro e resseguro• 6 SEGUROS sexta-feira, 2 de outubro 2015 Calendário de eventos da atividade seguradora OUTUBRO/2015 CONSULTE ONLINE EM WWW.APROSE.PT Local Data Evento/Curso Cidade Lisboa Endereço 6/10/15 Seguros de saúde 6/10/15 Comunicação em Marketing na Atividade Lisboa 6/10/15 (início) Curso geral de seguros E-Learning 7/10/15 Perito Averiguador em Acidentes Rodoviários Porto 8/10/15 Global Summit for Insurance Innovation Spain, Madrid Hotel Hesperia, Paseo de la Castellana 57 8 e 9/10/15 Atendimento de qualidade Módulo 2 Lisboa 8/10/15 (início) Gestão técnica do ramo Vida 12/10/15 (início) Contactos e informações Organi zação Telefone Fax E-mail Web page Rua Rodrigo Fonseca, 41 APS 213848142 213841430 [email protected] www.apseguradores.pt Rua Rodrigo Fonseca, 41 APS 213848142 213841430 [email protected] www.apseguradores.pt E-Learning APS 213848142 213841430 [email protected] www.apseguradores.pt A designar RBB 232185155 [email protected] www.rbb-lda.com INESE +34913755800 +34915352955 [email protected] www.inese.es Rua Rodrigo Fonseca, 41 APS 213848142 213841430 [email protected] www.apseguradores.pt E-Learning Rua Rodrigo Fonseca, 41 APS 213848142 213841430 [email protected] www.apseguradores.pt Cursos agentes, corretores e PDEAMS E-Learning E-Learning MOFP 218120135 218120135 [email protected] www.mofp.pt 14 e 15/10/15 Jornadas de seguros de transportes Porto, Hotel Ipanema Porto Rua do Campo Alegre, n.º 156 APS 213848142 213841430 [email protected] www.apseguradores.pt 20/10/15 (início) Gestão técnica do ramo acidentes de trabalho E-Learning E-Learning APS 213848142 213841430 [email protected] www.apseguradores.pt 12/10/15 (início) Cursos agentes, corretores e PDEAMS E-Learning E-Learning MOFP 218120135 218120135 [email protected] www.mofp.pt 26 a 29/10/15 Canais de distribuição e desempenho em seguros Rua Rodrigo Fonseca, 41 APS 213848142 213841430 [email protected] 26/10/15 (início) Cursos agentes, corretores e PDEAMS E-Learning E-Learning MOFP 218120135 218120135 [email protected] www.mofp.pt 30/10/15 Dia da Formação Financeira 2015 Faro Teatro Municipal de Faro CNSF PNFF 213213257 Lisboa [email protected] www.apseguradores.pt www.todoscontam.pt Os truques dos mediadores de seguros para impedirem utilização de dados dos clientes D e acordo com um artigo veiculado pela publicação espanhola, ADN do Seguro, de 23 de setembro, se existe assunto que incomoda particularmente os mediadores de seguros é o de as seguradoras com quem colaboram utilizarem os dados dos seus clientes para lhes apresentar propostas comerciais sem o seu conhecimento. A questão não é despicienda, nem de somenos importância, uma vez que não só põe em causa a relação de confiança mediador/seguradora, como tem também implicações legais, à luz do regime jurídico atualmente vigente, com cada vez mais garantias em matérias de proteção de dados. O tópico foi discutido em setembro último numa reunião realizada em Espanha, em Valhadolid, durante o V Congresso da FECOR, onde se pode ouvir alguns dos truques usados pelos mediadores de seguros para saber se as seguradoras com que trabalham usam os dados dos clientes para atividades de marketing. Porventura o truque mais impressionante num dos exemplos descritos consistiu no caso em que o mediador colocou os seus próprios dados de contacto nos telefones e endereços eletrónicos dos seus clientes. No caso apontado o mediador de seguros recebeu chamadas tele- fónicas e correios eletrónicos de agentes ligados às seguradoras, procurando pelos clientes e oferecendo-lhes melhores condições nos seguros que tinham contratados e que as mesmas seguradoras conheciam perfeitamente. No debate constatou-se, por um lado, que na realidade as seguradoras entravam em contacto com os clientes para lhes apresentar propostas comerciais sobre seguros, quando eram os mediadores que lhes transmitiam os respetivos dados, e por outro, também se evidenciou que existiam seguradoras que reconheciam que os clientes eram dos mediadores e respeitavam-nos no processo de contratação e execução do seguro, ao passo que existiam outras que afastavam os clientes do mediador e endereçavam-nos aos seus próprios agentes, resultando evidente a reivindicação por parte dos presentes na reunião quanto à necessidade de estabelecimento de relações de honestidade entre os mediadores de seguros e as seguradoras, identificando a forma de atuar de cada companhia. De igual modo houve opiniões no sentido de que, para além de os clientes não saberem quem lhes telefona, o problema não residia na informação que os mediadores de seguros transmitiam às seguradoras, mas antes, a utilização que as seguradoras conferiam a essa in- formação, devendo os mediadores ser esclarecidos acerca da respetiva utilização e porque o faziam. Também se realçou que a má utilização dos dados dos clientes produziam insegurança e desprestigio junto deste, sobretudo quando se realizam ações de venda cruzada sem qualquer rigor• SEGUROS sexta-feira, 2 de outubro 2015 7 ASSOCIADO DO MÊS DAVID PEREIRA, EX-PRESIDENTE DA ANACS – ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE AGENTES E CORRETORES DE SEGUROS “Os associados da ANACS demonstraram grande maturidade ao aprovarem a fusão com a APROSE” David Pereira destaca em primeiro lugar a atitude dos associados da ANACS e a grande maturidade demonstrada ao aprovarem a fusão com a APROSE. Uma demonstração de coragem que é impar no panorama associativo português, salienta o ex-presidente da ANACS. cia profissional e comercial que os mediadores já começam a demonstrar. VE - Constituindo o setor segurador o mercado deveras difícil e concorrencial, é da opinião que a divisão entre mediadores de seguros beneficia alguém? Quem são os principais prejudicados? DP - Naturalmente que a divisão entre mediadores só prejudicará os próprios mediadores. A sua divisão irá beneficiar todos aqueles que nos afrontam no dia-a-dia da nossa atividade. Irá beneficiar as seguradoras telefónicas, que na sua publicidade enganosa nos afrontam continuamente. Irá beneficiar a banca mediadora de seguros que usa e abusa das suas poderosas prerrogativas, de moral pouco defensável, contra os verdadeiros mediadores profissionais e muitas vezes ao arrepio da lei. No limite, a divisão da classe mediadora, irá até beneficiar as seguradoras tradicionais e com as quais trabalhamos diariamente. Vida Económica (VE) - Na sequência da fusão deliberada pelos respetivos associados em 25 de junho último, que objetivos espera atingir, enquanto ex-presidente da ANACS, com a integração da associação na APROSE? David Pereira (DP) - Antes de tudo, tenho que dar um grande relevo à atitude dos associados da ANACS e à grande maturidade demonstrada ao aprovarem a fusão com a APROSE. Esta demonstração de coragem é impar no panorama associativo português. Quanto aos objetivos desta fusão, penso que são evidentes. A unificação das duas associações dá mais força à APROSE, não apenas em termos de grandeza mas essencialmente a nível político, mostrando a todos os intervenientes na nossa atividade que os mediadores estão todos juntos em torno de uma associação forte e preparados para os desafios que se avizinham. VE - Como vê, de uma forma geral, o movimento associativo em Portugal, e em especial na mediação de seguros? DP - Em minha opinião, os portugueses nunca privilegiaram o associativismo. Demonstraram sempre ser um povo muito individualista, cada um a puxar para seu lado, e sem grande noção de associação. Porém, acho que este paradigma está a mudar na mediação de seguros. É já visível que uma nova gesta de mediadores, e que notoriamente está a substituir uma mediação antiga, de mentalidade antiga, é mais letrada e mais culta e o resultado é o que está à vista: maior consciência profissional e de classe e que se reflete nas opções associativas que tomam. VE - Porque é que, na sua opinião, um mediador de seguros é mais “forte e capaz” se pertencer a uma associação de classe? DP - Poderei responder-lhe a essa pergunta fazendo uma analogia com a realidade do reino animal. Uma alcateia é tanto mais poderosa, objetiva e eficaz quanto maior for o número dos indivíduos que compõem o grupo. É portanto uma questão de sobrevivência. Com os mediadores de seguros passa-se exatamente o VE - À semelhança do que se passa em outros setores de atividade, que leitura faz de uma eventual obrigatoriedade, imposta por lei, de inscrição numa associação de mediadores de seguros para se poder exercer a atividade? DP - Essa obrigatoriedade seria muito bem-vinda e até desejada. Penso até que a APROSE deveria trabalhar fortemente nesse sentido. Deveria ser um dos seus objetivos principais. Deveria ser ela a entidade certificadora da atividade de mediação de seguros. Para David Pereira, ex-presidente da ANACS (na foto), a unificação das duas associações dá mais força à APROSE, não apenas em termos de grandeza mas essencialmente a nível político mesmo: isolados e sós, pouco valem perante as exigências e desafios da nossa atividade; inseridos num grupo forte e coeso, a sua voz ouve-se mais longe e com maior poder, tornando, por consequência, o mediador mais forte e capaz. VE - Contrariamente ao que se verifica noutros países, para além do que se passa a nível associativo, em Portugal os mediadores de seguros não privilegiam o estabelecimento de parcerias comerciais entre si como estratégia para o crescimento. Concorda com esta afirmação? Porquê? DP - Concordo plenamente, aliás, essa atitude insere-se no tal comportamento individualista dos portugueses. Mas também aqui já se nota alguma alteração comportamental dos mediadores, pois já se veem, timidamente, alguns exemplos de parcerias comerciais. Penso que no futuro essas parcerias irão sendo incrementadas, até como reflexo da maior consciên- VE - Que mensagem gostaria de transmitir aos associados da APROSE, que incluem os ex-associados da ANACS, e aos mediadores de seguros em geral? DP - O futuro é sempre incerto e ainda o será mais quando temos consciência que vivemos um presente bizarro e confuso. Atualmente os participantes na atividade de mediação de seguros são cerca de 22.000. Neste número está incluído tudo, mediadores ligados, operadores bancários, CTT, operadores imobiliários, comerciantes de automóveis e outros. Vivemos num tempo em que parece razoável uma panóplia de gente estar envolvida na venda de seguros. Urge acabar com esta barafunda. Há que dizer basta a este estado de coisas. A mediação de seguros deverá ser entregue aos verdadeiros profissionais por serem aqueles que defendem verdadeiramente os seus clientes. É isto que a APROSE deverá defender, agora que a sua representatividade se encontra reforçada, com a fusão e integração dos associados da ANACS. Por último, gostaria de transmitir a todos os mediadores de seguros votos de coragem e união em torno da APROSE, pois só através da nossa associação poderemos almejar a que a nossa classe vença os duros desafios que o futuro nos reserva… e o futuro começa agora• 8 SEGUROS sexta-feira, 2 de outubro 2015 CONSULTÓRIO JURÍDICO MEDIAÇÃO DE PLANOS SAÚDE — IMPLICAÇÕES EM SEDE DE IVA Sendo mediador de seguros associado da APROSE, recebi a comunicação infra, que me foi remetida pela “XPTO”, e porque não consigo entender o que se pretende, agradeço a vossa colaboração em termos de esclarecimento. “Como é do vosso conhecimento, os Planos Saúde, pelo facto de não terem risco implícito, não se enquadram na atividade de mediação de seguros, pelo que as comissões auferidas na comercialização dos mesmos contextualizam-se no modelo de comissões de intermediação de Serviços Médicos, sendo para tal necessário ter uma atividade aberta que enquadre fiscalmente este tipo de comercialização. Em suma, o comissionamento associado à comercialização deste produto faz parte do enquadramento do Regime Geral do IVA.” P ara o caso de termos compreendido corretamente o exposto na comunicação da “XPTO”, pretende-se informar, em síntese, os mediadores de seguros que com a mesma colaboram que, partindo do pressuposto que os “Planos Saúde” não são considerados “seguros/mediação de seguros”, uma vez que não têm risco implícito, as comissões a cobrar pelos mediadores de seguros àquela entidade sujeitam-se ao regime geral do IVA, ou seja, deverá ser liquidado IVA à taxa aplicável, a não ser que o mediador beneficie da isenção ao abrigo do artigo 53º do CIVA – que, para além de não possuírem nem serem obrigados a possuir contabilidade organizada para efeitos do IRS ou IRC, não tenham atingido, no ano civil anterior, um volume de negócios superior a J 10.000,00. Devemos esclarecer, antes de mais, pelo que nos foi possível apurar até esta data – que poderá não ser absolutamente correto, uma vez que a informação a que tivemos acesso se disponibiliza na Internet –, que a “XPTO” não é uma seguradora, e como tal não se encontra autorizada pela Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) a exercer a atividade como empresa de seguros. Em conformidade com os elementos recolhidos, que poderão ser consultados na Internet, a XPTO, correspondente nome e logo, consiste apenas numa marca que é propriedade exclusiva da XYZ, S.A., sociedade privada de capitais portugueses que se constituiu em 2003, e que se encontra inscrita no registo de mediadores da ASF sob o n.º xxxxxxxxx, com a categoria de agente de seguros pessoa coletiva. Igualmente devemos esclarecer que, também de acordo com o próprio entendimento da ASF sobre a matéria, produtos como os planos de saúde ou os cartões de descontos relativos a cuidados de saúde não têm a natureza de seguros de saúde, uma vez que não garantem qualquer risco, pelo que não deverão ser comercializados por seguradoras, atendendo a que estas são obrigadas, nos termos do artigo 8.º do Decreto-Lei n.º 94-B/98, de 17 de abril – entretanto revogado pela Lei n.º 147/2015, de 9 de setembro (com entrada em vigor em 1/01/2016), mas que se nos afigura manter, no seu artigo 47º, a exclusividade do objeto – a ter por objeto exclusivo o exercício da atividade seguradora, bem como as operações dela diretamente decorrente, com exclusão de qualquer outra atividade comercial (onde a comercialização daqueles produtos não se inclui). Em virtude da natureza específica dos planos de saúde ou cartões de descontos relativos a cuidados de saúde, que não são, evidencia-se uma vez mais, seguros de saúde (por não garantirem qualquer risco), a sua comercialização não beneficia da isenção prevista no n.º 28 do artigo 9º do Código do IVA – aplicável, em geral, aos seguros e mediação de seguros –, e como tal encontramse sujeitas a IVA, a não ser que a entidade que os comercializa – que pode não ser um mediador de seguros – possa beneficiar da isenção igualmente prevista na legislação fiscal (artigo 53º do CIVA) para todos os operadores, ou seja, que para além de não possuírem nem serem obrigados a possuir contabilidade organizada para efeitos do IRS ou IRC, não tenham atingido, no ano civil anterior, um volume de negócios superior a J 10.000,00. Importa notar que, em conformidade com a letra e redação do n.º 28 do artigo 9º do CIVA apenas estão isentas de IVA as operações de seguros e de resseguros (têm que se tratar forçosamente de seguros/resseguros, onde se garante um risco), bem como as prestações de serviços conexas efetuadas pelos mediadores de seguros (corretores, agentes e “mediadores de seguros ligados”) como tal inscritos no registo da ASF, de acordo com o entendimento tradicional da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT), sem embargo de existirem decisões jurisprudenciais do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) que, em obediência à natureza da operações – e não à qualidade do sujeito passivo – e ao principio da neutralidade fiscal que deverá caracterizar o funcionamento do IVA, admitem que a mesma isenção se possa aplicar a quem não é mediador de seguros, desde que conexionada com operações de seguros/resseguros. Convém realçar, por último, para as implicações que a comercialização, pelos mediadores de seguros, dos planos de saúde ou dos cartões de descontos relativos a cuidados de saúde (que não assumem a natureza de seguros) tem em sede fiscal, quer quanto à obrigatoriedade de liquidação/cobrança do IVA à taxa aplicável, no caso em que não possam beneficiar da isenção estabelecida no artigo 53º do CIVA (sendo certo que a isenção prevista no n.º 28 do artigo 9º do CIVA não é aplicável), com tudo o que tal representa em termos de regime de faturação (passam a exercer uma atividade sujeita a IVA), tratamento contabilístico e tributário, cumprimento de obrigações declaratórias e de comunicação à AT• CORVACEIRA GOMES Departamento jurídico/ Diretor Executivo APROSE Antigos associados da ANACS integrados na APROSE N a sequência da aprovação em Assembleia-Geral da APROSE e da ANACS, em 25 de junho, da fusão por incorporação da segunda associação na primeira, os ex-associados da ANACS passaram a deter o estatuto de associados da APROSE, cuja integração operacional se efetivou em 1 de outubro de 2015. Ultimada a tramitação legal do ato de fusão junto das entidades competentes, foi o mesmo publicado, após depósito e registo, no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE) n.º 29/2015, de 8 de agosto, procedendo-se, de igual modo, à alteração da denominação social da APROSE para Associação Nacional de Agentes e Corretores de Seguros, que resultou das negociações subjacentes ao projeto de fusão e que reflete a manutenção do acrónimo “APROSE” com a designação por extenso da ANACS. Tendo-se tornado juridicamente eficaz a extinção voluntária da ANACS, por fusão por incorporação na APROSE, por força da qual se operou à transmissão a título universal para a associação incorporante (APROSE), para além do património, igualmente a titularidade de todos os contratos, direitos e obrigações que vinculavam a ANACS, nos termos das disposições legais aplicáveis, passaram os ex-associados da ANACS a titular, em toda a sua plenitude, em absoluto pé de igualdade, ultrapassado o período transitório até 31 de dezembro de 2015, todos os direitos e deveres que pelos Estatutos e Regulamentos Associativos da APROSE lhes são reconhecidos. A quotização relativa ao 4º trimestre de 2015, enquanto período transitório, foi processada – sem haver lugar ao pagamento de quaisquer joias ou outras importâncias – de acordo com o sistema de quotização que vigorava na ANACS, passando a aplicar-se a mesma periodicidade que tinham e o regime uniformizado de quotização da APROSE a partir de 1 de janeiro de 2016, conforme estabelecido no projeto de fusão aprovado em 25 de junho último e deliberado na reunião de Direção de 18 de setembro (que contou com a presença e intervenção de membros da Direção da ANACS, designadamente o seu presidente, David Pereira), sem prejuízo da sua eventual alteração a aprovar em futuras Assembleias-Gerais de associados regularmente convocadas para o efeito•