revista PAULA ABDANUR coordenação PAULA OLIVEIRA fotografia CARLA MESQUITA RICARDO DIAS • STUDIO S colaboradores BUENO WINES CARMEN STEFFENS FIRST TAG GLAURA TEIXEIRA IDARRÔ KARINA BRAUER LEILA FERREIRA LINDA DE MORRER ROBERTA ABDANUR VITTORIO SERRITELLI WAGNER OLIVEIRA agradecimentos IARA BORGES cabelo e make JOHN ROMUALDO CABELEIREIROS E EQUIPE GU RIBEIRO Natália Martins capa modelo MARIANA PORFÍRIO foto RICARDO DIAS • STUDIO S cabelo e make JOHN ROMUALDO CABELEIREIROS E EQUIPE projeto gráfico NEO COMUNICAÇÃO 34 3661 3034 impressão GRÁFICA 3 PINTI loja Av. Imbiara, 1.095 Centro • Araxá • MG (34) 3662.3640 e 3661.1916 contato [email protected] www.paulaabdanur.com.br instagram.com/paulaabdanur facebook/Paula Abdanur Moda e Acessórios & Home 6. EDITORIAL Paula Oliveira 8. PERFIL Maria Celeste de Moura Andrade 12. ESTAMPAS FLORAIS Muito Além do Horizonte 18. TENDÊNCIAS Karina Brauer 22. TONS DO VERÃO Graça e Feminilidade 28. MUNDO FASHION Museu Armani / Silos 30. PALADAR Vinhos 32. ADEGA Bueno Wines 34. PRIMAVERA Enquanto o Verão não Vem 40. INSPIRAÇÃO Linda de Morrer 42. ESPAÇO HOME A Cor Natural 46. CULINÁRIA Vittorio Serritelli 48. LIFESTYLE Islândia 52. FESTA Verdadeiro Luxo 54. ESTILO A Japona Vermelha 58. MODA De Bem com a Vida 64. CULTURA Há uma História Além dos Livros 68. COMEMORAÇÃO Arraial Fashion 70. PROMOÇÕES Muito mais vantagens para você EDITORIAL Já estamos na terceira edição da revista Paula Abdanur, prova incontestável do sucesso deste projeto que nasceu da dedicação, do carinho e da grande vontade de levar até você o que há de mais especial em nossa loja. A Primavera anuncia as tendências do Verão 2016 com cores vibrantes e fortes, além de tecidos em tons marcantes, que estarão em evidência durante toda a temporada. O estilo boho dos anos 1970 está presente nas mangas evasê, tops cropped, macaquinhos e quimonos longos. Detalhes em franjas e bordados dão um toque atual a saias e vestidos em tons neutros e estampas total print, conferindo um charme a mais às peças. Nesta edição, além de um passeio pela moda, descubra a Islândia, terra do fogo e do gelo, revelada por Roberta Abdanur que também nos abre as portas do Museu Armani / Silos, em Milão; sinta o sabor e a paixão que o vinho desperta nas dicas de Wagner Oliveira e da Bueno Wines; prove uma receita exclusiva de Vittorio Serritelli, renomado chef italiano e delicie-se com os textos das talentosas Leila Ferreira e Glaura Teixeira. Divirta-se! Confira as promoções e comemorações que a Paula Abdanur Moda e Acessórios & Home faz questão de trazer até você, como o nosso primeiro Arraial Fashion, que deixou um gostinho de quero mais, dando uma amostra do que vem por aí. Mais uma vez fomos agraciados com a presença marcante de nossas amigas e clientes. Às queridas Maria Celeste de Moura Andrade, Jéssica e Priscila Coutinho, Rose Akel Porfírio Oliveira e a filha Victória, Renata Menezes Diniz, Mariana Porfírio, Mariana Coelho e à Edinah Moreira de Faria Sousa e a filha Luisa, o nosso muito obrigado pela beleza, charme e simpatia em nossas páginas. Saboreie cada pedacinho desta edição, sem moderação. Boa leitura! Paula Oliveira 6 | Paula Abdanur PERFIL FILMES “Em meio a uma infinidade de títulos: “As Garotas do Calendário” que nos faz bem ao corpo e à alma!” lady chique LUGARES Maria Celeste de Moura Andrade, mãe de Flávio e Júlia e avó de Maria Antonieta é araxaense de coração. Licenciada em História é Mestre e Doutora em Educação, Professional & Self Coaching e Professora e Suporte Pedagógico no UNIARAXÁ. Conheça um pouquino mais de sua alegria, simpatia e descontração. “Entre inúmeros visitados por prazer ou a trabalho, escolho o Brasil inteiro e fora do nosso país: Grécia, Roma e Egito. Uma professora de História chora frente à Acrópole, à Pietá e às Pirâmides.” CORES “A mescla de cores do pôr do sol na minha casa.” ESTILO “Acredito na importância de ser livre e deixar correr solto o meu jeito muito próprio de ser. Gosto das palavras de Rachel Zoe: estilo é uma maneira de dizer quem você é sem precisar falar.” MODA “Para mim a moda deve ser natural, divertida, confortável. Gosto de estar bem comigo mesma e não obrigar meus alunos a aturarem muita desarmonia à sua frente.” ELEGÂNCIA “Acredito em elegância que venha de dentro: da beleza interna, da alegria de viver, da bondade, do respeito aos outros. Ela não está na aparência, mas na essência; não está no dinheiro, mas na educação; não está na roupa, mas na classe.” LIVROS “Em tempos de Fli Araxá, a alegria de reler “Perdas e Ganhos” – de Lya Luft, homenageada do festival, e rir de novo com “Doidas e Santas” - de Martha Medeiros.” 8 | Paula Abdanur O BOM DA VIDA “As coisas podem ser belas, elegantes, imponentes, mas se não falam ao coração de nada servem!” FOTOS Carla Mesquita CABELO E MAKE John Romualdo Cabeleireiro e Equipe MUITO ALÉM DO HORIZONTE A moda Primavera Verão se renova trazendo peças modernas e originais. As estampas florais ganham espaço com tons alegres, intensos e vibrantes, colorindo saias, blusas, calças, macaquinhos e macacões. Aposta certa para as irmãs Jéssica e Priscila. FOTOS Carla Mesquita MODELOS Jéssica e Priscila CABELO E MAKE John Romualdo Cabeleireiros e Equipe SAPATOS Carmen Steffens Tendências BY Karina Brauer Entrepeneur responsável por 12 estilistas no show room Firs Tag SP Com grande prazer, venho novamente contar um pouquinho sobre as tendências da moda aqui, na revista Paula Abdanur. Todos os anos temos as definições das cores para as estações. Geralmente, elas são definidas com pelo menos um ano e meio de antecedência e são seguidas por todos os estilistas e pela indústria têxtil. Este verão tem uma diferença para os demais: teremos uma presença muito forte dos “tons terrosos” cáquis. Algumas variações entre as cores marrom e coral marcarão presença. Também iremos usar os famosos candy colors. Sim, eles estão de volta. Azul hortênsia e tons de rosa estão com toda a força no verão que se inicia. invista em JEANS Teremos saias longas, curtas, vestidos e t-shirts com lavagens claras e escuras, mas todas bem fluidas. Sim, inclusive malhas e moletons que “imitam jeans” farão toda a diferença na hora de montar aquele look! A cintura se mantém no lugar, todas mais altas nas calças, shorts e saias. Tudo para valorizar e alongar a silhueta feminina! O jeans vem com lavagens claras e escuras Para os pés, continuamos com as famosas gladiadoras, altas ou baixas. Pode apostar: do casual ao mais glamouroso, a gladiadora tem seu lugar garantido. Quanto ao acessório da vez, não posso deixar de indicar os chokers ou gargantilhas. Sim, colares bem justos, geralmente usados com outros, ganham versões mais importantes, para festas. Tem de todos os tipos, para agradar a todas: metais, acrílicos, com pedras e outros mais básicos, em couro. Escolha o que lhe agrada e saia por aí com sua “coleira”. Para fechar, use e abuse dos ombros de fora. A famosa “ciganinha” veio para ficar. Está presente em blusas e vestidos, em todos os tipos de tecidos. Use sem medo e combine com uma choker. Você vai arrasar neste verão! 18 | Paula Abdanur Paula Abdanur | 21 feminilidade GRAÇA E Leves, fluidos, com modelagens acinturadas e que valorizam a silhueta, os looks românticos são uma ótima opção em diversas ocasiões e para qualquer hora do dia. FOTOS Ricardo Dias • Studio S MODELOS Rose e Victória CABELO E MAKE John Romualdo Cabeleireiros e Equipe RASTEIRAS Idarrô MUNDO FASHION museu ARMANI / SILOS Fotos e Texos by Roberta Abdanur Um marco, 40 anos de carreira de Giorgio Armani, uma história de sucesso extraordinário e indiscutível. O Rei Giorgio, como é chamado por muitos italianos, nascido em Piacenza há 80 anos, decidiu comemorar com um presente também para a “sua” querida Milão: um espaço, um museu que descreve sua aventura na moda com exposições e eventos culturais. O Armani / Silos, aberto recentemente e instalado em um antigo armazém para cereais em frente ao teatro Armani, tem arquitetura sóbria e formas monumentais projetadas por Tadao Ando. Começando por uma exposição com 600 roupas e 200 acessórios, assim como os seus esboços desde 1980, sem seguir uma ordem cronológica, mas de acordo com a evolução da linguagem estética Armani. O Armani / Silos não é um museu tradicional, mas um recipiente de projetos. As coleções mostram seu método criativo para ilustrar a nova experiência de gerações e suas habilidades únicas para incentivar a pesquisa e estimular a criatividade. A inauguração oficial do espaço ocorreu junto com a abertura da Expo Milano 2015 (na qual Giorgio foi escolhido como Embaixador Especial da Moda) com um grande desfile de celebridades. Com a intenção de deixar à cidade o testemunho de um trabalho que não é apenas para ser contemplado, mas sim para servir de estímulo para novas ideias, além de uma coleção muito importante com peças de vestuário e objetos complementados com esboços e desenhos, oferece também um espaço dedicado ao arquivamento. O império Armani, juntamente com hotéis, restaurantes e um time de basquete, o Olimpia Milano, tem 2.500 lojas de marca única e pontos de venda em 60 países, com coleções que vão desde sportswear a haute couture. 28 | Paula Abdanur ADEGA BUENO WINES by Vinícula Bueno Wines fotos Alexandre Teixeira Galvão Bueno teve o privilégio de rodar o mundo nos últimos 40 anos trabalhando com eventos esportivos. Foram essas viagens que lhe permitiram conhecer e se relacionar com diferentes culturas, costumes e sabores. Foi em países como Portugal, Espanha, França e Itália que Galvão teve contato mais intenso com a cultura dos vinhos europeus e desenvolveu uma relação que acabou se transformando em uma nova paixão. A bagagem internacional levou Galvão a se interessar também pela indústria brasileira de vinhos. “Em 2009, fundei a Bueno Wines e encontrei na Bellavista Estate, na região do Seival, na Campanha Gaúcha, o perfeito terroir do paralelo 31, a mesma latitude dos vinhos produzidos na Argentina, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul”, conta. Sua primeira realização foi uma escolha pessoal, um vinho tinto, de corte bordalês: o Bueno Paralelo 31, lançado com o espumante Bueno Cuvée Prestige, em 2010. O sucesso foi imediato. Galvão criou, então, a Bueno Wines e lançou dois novos rótulos: o Bueno Bellavista Pinot Noir e o Bueno Bellavista Sauvignon Blanc. VINÍCOLA BELLAVISTA É na Campanha Gaúcha, em Candiota, no Rio Grande do Sul, que se encontra a concretização dos quase 20 anos da paixão que Galvão Bueno cultiva pelos vinhos. Em 2009, o sonho torna-se realidade com a Bellavista Estate, propriedade situada em uma região estratégica apelidada por Galvão como “a Califórnia Brasileira”. Já são 17 vinícolas nesse novo terroir, em uma faixa de 200 km que corre paralela à fronteira com o Uruguai. A produção da Bellavista Estate, hoje sob a supervisão do renomado winemaker italiano Roberto Cipresso, é considerada uma das melhores do Brasil. TOSCANA, ROBERTO CIPRESSO E A TENUTA LA VALLETTA DI SANT’ANTIMO Na região da Toscana, a província de Siena e mais especificamente a comuna de Montalcino, é referência mundial na produção do maravilhoso Brunello di Montalcino. Nesse cenário, em 2012, da união entre Galvão Bueno e Roberto Cipresso, nasce o Bueno La Valletta. O sucesso dessa parceria culminou na elaboração de mais um vinho, produzido na Tenuta La Valletta di Sant’Antimo, com o perfeito terroir da terra do sol e do romance. Cipresso foi eleito o “Melhor Enólogo Italiano”, durante o “Wine Oscar 2006”, o “Homem do Ano”, pela revista Men’s Health, em 2008 e produziu o Cuvée feito especialmente para o Papa João Paulo II, em 2000. A parceria deu tão certo que os dois lançaram o Bueno-Cipresso Brunello di Montalcino, um vinho elegante e complexo, produzido apenas em anos em que a colheita é considerada uma safra excepcional. Uma obraprima harmônica, vinificada e assinada com maestria. A Bueno Wines hoje produz sete rótulos: tinto Bueno Paralelo 31, espumante Bueno Cuvée Prestige Brut, Bellavista Estate Pinot Noir (premiado com Medalha de Ouro no Concurso Mundial Bruxelas-Brasil 2014), Bellavista Estate Sauvignon Blanc e o novo Bueno Bellavista Desirée Brut Rosé. E os italianos, frutos da parceria com o winemaker italiano Roberto Cipresso, Bueno La Valletta, Sangiovese e Bueno-Cipresso Brunello di Montalcino (o Riserva 2004 foi eleito como Melhor Tinto de 2014 na lista dos TOP 100 da revista Adega). Galvão idealizou e participou ativamente da criação dos vinhos. buenowines.com.br • facebook.com/BuenoWines 32 | Paula Abdanur ENQUANTO O VERÃO NÃO VEM A leveza e a delicadeza em texturas, cores e acessórios estilosos têm tudo a ver com a primavera. Para dar um toque atual em saias e vestidos, vale apostar na combinação de tons, misturando o marinho e o verde, em contraponto ao laranja vibrante. Tudo isto em meio a estampas florais full print. Divirta-se esperando o verão chegar. FOTOS Carla Mesquita MODELO Renata CABELO E MAKE John Romualdo Cabeleireiros e Equipe SAPATOS Carmen Steffens INSPIRAÇÃO A Linda de Morrer é reconhecida nacionalmente por suas coleções mensais, que se destacam pela estamparia exclusiva e seu estilo feminino e contemporâneo, que atinge os mais diversos perfis de mulheres. Em sua nova campanha Linda em Jericoacoara, a marca traz uma coleção inspirada no melhor que o Brasil – e particularmente o Nordeste - tem. As estampas da temporada transitam entre o floral e tropical, com folhagens e hibiscos, além de prints mais sofisticados, como gravatarias modernas, azulejos e geométricos com influências retrô. Dentre as peças que prometem ser must-have da coleção, destacam-se os maxi vestidos e conjuntos estampados, além dos croppeds e t-shirts com estampas vintage, que dão modernidade a qualquer produção. O jeans inspirado nos anos 70 continua fortemente em peças com cintura alta e marcada, como flare e pantalona. Na cartela de cores, o azul e verde contrastam com tons vibrantes, como amarelos e violáceos. Pode-se observar também o retorno dos tecidos naturais, com peças em linho, algodão, viscoses lisas e creponadas. Outra forte tendência é a handmade, que traz bordados manuais, crochês e tricots aplicados em vestidos e batas, que adicionam um toque feminino e colorido às combinações. Do casual à alfaiataria, a coleção aposta em peças confortáveis e contemporâneas, que dão versatilidade aos looks e compõem o closet da mulher moderna. 40 | Paula Abdanur ESPAÇO HOME a cor natural O neutro da temporada é aquele tipo de cor que cai bem com tudo, uma combinação clássica e que fica um charme, tanto nas roupas quanto na decoração. Pode ser usado em tom sobre tom, com pequenas variações de gradação, do bege ao areia. ESPAÇO HOME O bege é uma cor suave, neutra, atemporal e com várias nuances e possibilidades de produção, tanto na moda quanto na decoração. Destaque para a madrepérola em detalhes ou peças inteiras. Inspire-se! 56 | Paula Abdanur CULINÁRIA Panzanella & alici by Vittorio Serritelli Tornei-me primeiro cozinheiro e, em seguida, chef. Muitas vezes penso na facilidade com que se dá um título de chef, depois de pouco feito em mais de um mês, ou até mesmo em um estágio com algum chef importante, mas eu garanto que ele passa a se tornar chef bem depois, por trás de cada prato, de cada ingrediente que trabalha nas cozinhas. Há muito sacrifício e, sobretudo, uma grande quantidade de suor. E é esse suor que cai do rosto que dá força para continuar mais ainda. Há três coisas que o homem não pode viver sem: água, comida e amor. Nunca conheci pessoas que pudessem viver sem essas coisas. Todas as vezes em que vou preparar um prato, penso nos homens que ajudaram nos produtos que transformamos. Ser chef é a extensão dos braços, do esforço e da esperança colocada em, quem sabe, um ano de espera. A receita que eu gostaria de apresentar é parte da tradição da gastronomia italiana. Felizmente, para nós, onde os alimentos com seus próprios sabores e aromas são muito especiais. Vittorio Serritelli, renomado chef de cozinha de Senigallia, na Itália, já promoveu festins e ministrou cursos no Festival Internacional de Cultura e Gastronomia de Araxá 46 | Paula Abdanur Vittorio Serriteli, Senigallia Itália Panzanella & alici (4 pessoas) 200g de torradas 200g de tomate vermelho 80g de azeite extra virgem 30g de vinagre de maçã 20g de salsão cortado à brunoise 20g de pepino à brunoise 5g de peperoncino à brunoise 8 alhos marinados Alici Folhas de manjericão Sal Flores comestíveis para decorar Islândia Um lugar onde o fogo e o gelo se encontram. A Islândia é um país de contrastes, onde os escuros e rigorosos invernos são compensados pelo sol da meia-noite no verão. Um país de riquezas naturais espetaculares e onde cada cenário é uma contemplação. 48 | Paula Abdanur LIFESTYLE Texto e Dicas by Roberta Abdanur Conhecida como a “terra do gelo” por possuir maior glaciar da Europa e os mais majestosos icebergs e geleiras, a Islândia tem 15% do seu território coberto de neve. Também chamada de “terra do fogo” possui 20 vulcões ativos, lava petrificada, areia preta vulcânica das praias, piscinas naturais e cachoeiras de água quente, os poderosos geisers. Dá para entrar na câmara de um vulcão adormecido, escalar vulcões ativos, sobrevoar uma cratera cuspindo fogo e presenciar a inesquecível Aurora Boreal. A capital, Reykjavík, é charmosa, elegante e tem um cenário de arte, música e vida noturna fervilhante tanto no inverno, refrescado pelas auroras boreais, quanto no verão, aquecido pelo sol da meia-noite. Paula Abdanur | 49 LIFESTYLE O país mais pacífico do mundo é também um dos mais fascinantes para se visitar Reykjavík é o ponto de partida para começar a explorar e uma boa base para visitar os famosos e potentes geisers, as cachoeiras espetaculares em Gullfoss, mergulhar entre dois continentes (Europa e América do Norte) na água glaciar pura de Silfra e a Blue Lagoon (Lagoa Azul), um spa com piscina ao ar livre com águas aquecidas pela central geotérmica. Toda esta zona fica rodeada de terras repletas de lava negra, inclusive os “milagrosos” cosméticos da Islândia são da Blue Lagoon. Uma paisagem e uma experiência de outro mundo. Mais próximo ao sul, começando por Höfn onde se encontra a maior geleira da Europa, a poderosa Vatnajökull, pelo Parque Nacional Skaftafel, com inúmeros vulcões e cavernas vulcânicas, enquanto a lagoa glacial Jökulsárlón oferece uma oportunidade surreal de cruzeiro ao lado de icebergs flutuantes. Pela Ring Road, começa o lado mais selvagem da Islândia, com espaços abertos cercados por linhas costeiras intocadas de areia vermelha e preta em um cenário de montanhas e vulcões. A costa oeste é dominada pelas cidades de Borgarnes e Reykholt, enquanto a Península Snæfellsnes é repleta de geleiras, um dos destinos mais acessíveis do país para caminhadas e escaladas. As paisagens mais surpreendentes da Islândia estão no extremo noroeste do país, os Fjords Oeste, com pequenas vilas de pescadores na base das montanhas e Ísafjördur. Na costa norte, Akureyri é conhecida como a capital do norte e funciona como a segunda cidade da Islândia. A partir dali é possível chegar à ilha de Grímsey, na verdade, a única parte do território islandês dentro do Círculo Polar Ártico. A maior atração turística do país mais afastada da capital é o Lago Mývatn, rodeado por uma proliferação eletrizante de atividade vulcânica e local de nidificação favorito para muitas espécies exóticas e outras aves aquáticas. Húsavík é o lugar certo para organizar cruzeiros de observação de baleias e as selvas do Parque Nacional Jökulsárgljúfur oferecem caminhadas para todos os tipos de viajantes ao longo dos desfiladeiros profundos do rio e para a espetacular Dettifoss, cachoeira mais poderosa da Europa. Também uma boa opção é pegar um voo ou um cruzeiro até a Groenlândia (Greenland). Ou até mesmo estender a viagem para conhecer os Fjordes da Noruega, Finlândia e Suécia. 50 | Paula Abdanur Para atender os mais exigentes viajantes em uma viagem inesquecível e exclusiva: Chris Biagioni Viagens Especiais, Nordic Luxury e Arctic Adventures. FESTA luxo V e r da dei ro Versáteis, bonitos e super femininos, os vestidos bordados são perfeitos para quem quer brilhar em ocasiãoes especiais. Pedrarias e canutilhos deixam o look mais moderno, romântico e delicado. Pura sofisticação. FOTOS Ricardo Dias • Studio S MODELO Mariana Porfírio VESTIDOS First Tag CABELO E MAKE John Romualdo Cabeleireiros e Equipe 40 | Paula Abdanur glamour Os vestidos mais curtos tem um estilo mais moderno e jovial. São ótimos aliados e deixam o visual arrojado para ocasiões especiais. ESTILO A JAPONA VERMELHA (Texto publicado na revista “Encontro”) by Leila Ferreira Quando eu era adolescente, meu sonho era ter uma japona vermelha. Os invernos gelados de Araxá pediam agasalhos encorpados e não havia nada que aquecesse tanto – e fosse tão charmoso – quanto a japona. Casaco curto com a frente trespassada e feito de lã grossa, ela estava no auge da moda, e eu sonhava em ter uma. Sonho distante. Minha mãe, professora de português, criava seis filhos sozinha, e comprar agasalhos para tanta gente custava caro. Mas eu não perdia as esperanças. Um dia vestiria um casaco como aquele. E esse dia chegou. Minha mãe anunciou numa manhã de sábado que eu ganharia a japona de presente de aniversário. E fomos as duas, eu ainda sem acreditar, até a loja “Ao Primeiro Barateiro” para comprar o tecido. A vendedora, Ivonêta, pegou a peça na prateleira e estendeu o tecido vermelho no balcão. Eu me vi à margem de um rio infinito – um rio vermelho-cereja. Meu dia mudou de cor. Meu coração bateu de um jeito novo. E eu alisava a lã com carinho imenso, numa conversa silenciosa com aquela que seria a mais nova moradora do meu guardaroupa modesto. Ivonêta mediu o tecido cuidadosamente, cortou, dobrou, embrulhou de forma quase solene e anotou o valor da compra num caderno. Dali fomos, mãe e filha, para o “Recanto dos Retalhos”, comprar os aviamentos: quatro botões dourados e um retrós de linha Corrente. E, finalmente, chegamos à casa da costureira, dona Amália – doce, delicada, com um meio-sorriso no rosto enquanto tomava as medidas daquele corpo de menina que ainda ensaiava crescer. Era preciso deixar uma folga, sem comprometer o corte – a japona teria que durar muitos invernos... Poucos dias depois, dona Amália chamou para a prova. Alheia aos alfinetes, rodopiei, encantada, em frente ao espelho. E no final de semana seguinte estreei minha japona – mãos nos bolsos, feito gente grande, e a sensação indescritível de usar minha primeira roupa “chique”. 56 | Paula Abdanur Hoje, algumas décadas mais tarde, me lembro daquele casaco “exclusivo” e chego à conclusão que foi a peça mais luxuosa que já tive. Depois dela tantas roupas vieram. Mas nenhuma foi tão esperada. Nenhuma passou por mãos tão delicadas e pacientes quanto as de Ivonêta, dona Amália e o dono da loja de aviamentos, Movir, que ajudou a escolher os botões com o cuidado de um joalheiro. Nenhuma outra roupa me agasalhou tão completamente – corpo e alma igualmente cobertos. Talvez o verdadeiro luxo nasça sempre de uma mistura de sentimentos. Já tive um casaco Armani que acabou meio esquecido no armário, e tenho um da Burberry que eu amo – morre aí meu acervo de grifes internacionais. Mas nenhum dos dois chega aos pés da japona da minha adolescência, costurada com o amor de uma mãe que realizava o impossível e o coração acelerado e sem limites que só pulsa assim na adolescência. Acho que o verdadeiro luxo nos afaga, nos acaricia. De alguma forma, ele se faz acompanhar de delicadeza. Pode ser uma seda que cola suavemente no corpo, a refeição que deixa os sentidos em festa, a viagem com que a gente tanto sonhou e um dia acontece, o carro que vai dar mais conforto à família, a massagem que desfaz tensões e suaviza a existência. Às vezes, chega em forma de paisagem. Você contempla uma serra, um pedaço de mar, uma plantação de lavanda, e sabe que está diante de algo único. Outras vezes é um espaço que acolhe: a cozinha da casa da avó, sempre com quitandas na mesa, ou aquele café onde você sempre vai com as amigas e passam horas trocando confidências. Luxo é algo que se compra, sim, com frequência. A casa especial, a refeição perfeita, a japona vermelha – tudo isso custa dinheiro. Mas existem milhares de coisas à venda que, apesar de toda a exclusividade e o refinamento, não nos afagam ou alimentam. É por isso que o luxo, para ser luxo de fato, tem que ser seu. Porque ele vem acompanhado de sentimentos – seus sentimentos - e sentimento não se compra nem se inventa. Ainda bem. Leila Ferreia é formada em Letras e Jornalismo, com mestrado em Comunicação pela Universidade de Londres. Foi repórter da Rede Globo Minas e é autora dos livros “Viver não dói”, “A arte de ser leve”, “Mulheres: por que será que elas?…” e “Leila Entrevista: bastidores”. DE BEM COM A VIDA O Verão 2016 virá repleto de contrastes e combinações inspiradas nos anos 1970, assim como nos marcantes estilos Boho e Gipsy. Prints tribalistas criam efeitos especiais sobre fundos e texturas. Neste mix de tendências, tecidos leves aparecem combinados a cores exuberantes e sofisticadas. FOTOS Carla Mesquita MODELO Edinah e Luisa CABELO E MAKE John Romualdo Cabeleireiros e Equipe AGRADECIMENTOS Iara Borges 42 | Paula Abdanur Paula Abdanur | 43 CULTURA Há uma história além dos livros by Glaura Teixeira Nogueira Lima ... “Insistir na importância que manteve o manuscrito após a invenção de Gutenberg é uma forma de lembrar que as novas técnicas não apagam nem brutal nem totalmente os antigos usos, e que a era do texto eletrônico será ainda, e certamente por muito tempo, uma era do manuscrito e do impresso.” Roger Chartier Uma estante de livros encanta quem gosta de ler. Um ambiente inteiro recheado delas, então, provoca imenso fetiche nos leitores. Há designers que se realizam ao projetar peças de mobiliário para quem valoriza, alimenta-se dos livros e faz deles seu maior tesouro. O outro lado dessa história: há estantes amplas, consideradas belas sob o ponto de vista estético, porém sem seu principal elemento: o livro. Qual a relação que mantemos com esse objeto? Sim, o livro é um objeto, um suporte material que expõe textos escritos e imagens. Os franceses são mestres em analisar a historicidade dos itens da cultura material que nos cerca. Agimos tão naturalmente diante deles que não pensamos sobre sua invenção. Usamos os objetos como se eles existissem desde sempre. A história do livro em si é tão importante quanto os conteúdos e pensamentos por ele disseminados. Na história do livro estão a história da leitura, a da edição e a da produção dos textos. Nela há os que escrevem, revisam, formatam, publicam e, claro, os que leem. Prolifera-se a construção de sentidos por parte dos personagens engajados nesse processo. Um artigo ou livro é pensado, escrito, editado, lido e interpretado. Ao ser manuseado, submetido às subjetividades dos leitores, ganha novas visões, por vezes diferentes do que imaginaram os seus gestores. Os livros nasceram na Europa do século XV com o invento de Gutenberg. Há outras referências à autoria, mas ao alemão credita-se o mérito. Com os caracteres móveis, ele gerou moldes de letras prensadas_ daí o nome: imprensa_, garantindo a impressão e a reprodução de artigos e livros. Antes disso, os textos eram escritos à mão, em forma de pergaminhos e com acesso restrito. Da era dos manuscritos, passando pelos impressos, chegamos às publicações eletrônicas. Seria uma “nova revolução”, à semelhança da revolução provocada pela “descoberta” da imprensa? No compasso desse tema instigante brotam outras perguntas suscitadas na atualidade. De onde vieram as academias literárias, lembrando que a Academia Araxaense de Letras está completando 50 anos de fundação? Como 64 | Paula Abdanur Araxá recebe e vive o Festival Literário de Araxá, Fliaraxá, há quatro edições? Nas cidades europeias, à mesma época de Gutenberg, originaram-se as confrarias. Eram associações de cidadãos que promoviam a fraternidade. Mais tarde, no século XVII, passaram a atuar como clubes exclusivos de pessoas com afinidades e interesses específicos. Na especificidade desses clubes, criaram-se as academias como instituições de caráter literário-linguístico-cultural, formadas por membros efetivos. A França saiu à frente nessa experiência, a ponto de transformá-la em tradição, motivada pela Academia de Platão que, nos longínquos anos de 380 a. C., buscava o saber por meio do debate. No Brasil, outro contexto reuniu escritores e intelectuais em torno da Academia Brasileira de Letras. O Rio de Janeiro serviu-lhe de sede, em 1897. A ABL nasceu republicana, inspirada na cultura francesa e na liderança de Machado de Assis. Uniu pessoas diferentes, mas iguais no gosto pelos livros. Em 1965, a Academia Araxaense de Letras chegou como um presente para ficar na história, recebido por Araxá na celebração dos cem anos como cidade. Desde então ocupa um “lugar social”, em defesa da língua portuguesa, da literatura brasileira e da identidade local. O Fliaraxá, por seu turno, durante cinco dias faz da cidade do sol a cidade das letras. O mundo da literatura se abre para todos, aproxima o público leitor dos astros de intensidades e matizes variados. Araxá insere-se na era da leitura, no ritmo dos festivais que difundem o hábito de praticá-la. Ainda que em alguns “países desenvolvidos” se fale no fim da letra cursiva para ceder lugar à escrita em letras maiúsculas, semelhantes às do teclado do computador, o livro continua. Ele permanece na materialidade e na função. Continua sendo um suporte para o texto, escrito ou imagético. Diferente dos outros suportes digitais como as telas do monitor, do tablet ou do celular, o livro está lá, na estante. É bom que esteja sempre, cumprindo seu papel ilimitado de construir o conhecimento, fazer circular o pensamento, causar sensações a quem o vê, lê e sente. Glaura Teixeira Nogueira Lima é Historiadora e Professora do Departamento de História da Universidade Federal do Triângulo Mineiro/UFTM (Uberaba-MG) e membro da Academia Araxaense de Letras. COMEMORAÇÃO ARRAIAL FASHION Cliente Paula Abdanur tem tratamento VIP. No dia 26 de junho aconteceu nosso Arraial Fashion com muita pipoca, paçoca, quentão e todas as delícias que fazem as festas juninas tão especiais. Em meio à muita alegria e descontração, nossas clientes aproveitaram para conferir o que há de melhor em roupas, sapatos, acessórios e home. 68 | Paula Abdanur PROMOÇÕES Nossas promoções não param. Confira algumas das clientes contempladas com vales compra na Paula Abdanur Moda e Acessórios & Home. 70 | Paula Abdanur