revista
PAULA ABDANUR
coordenação
PAULA OLIVEIRA
fotografia
CARLA MESQUITA
RICARDO DIAS • STUDIO S
colaboradores
BUENO WINES
CARMEN STEFFENS
FIRST TAG
GLAURA TEIXEIRA
IDARRÔ
KARINA BRAUER
LEILA FERREIRA
LINDA DE MORRER
ROBERTA ABDANUR
VITTORIO SERRITELLI
WAGNER OLIVEIRA
agradecimentos
IARA BORGES
cabelo e make
JOHN ROMUALDO
CABELEIREIROS E EQUIPE
GU RIBEIRO
Natália Martins
capa
modelo
MARIANA PORFÍRIO
foto
RICARDO DIAS • STUDIO S
cabelo e make
JOHN ROMUALDO
CABELEIREIROS E EQUIPE
projeto gráfico
NEO COMUNICAÇÃO
34 3661 3034
impressão
GRÁFICA 3 PINTI
loja
Av. Imbiara, 1.095
Centro • Araxá • MG
(34) 3662.3640 e 3661.1916
contato
[email protected]
www.paulaabdanur.com.br
instagram.com/paulaabdanur
facebook/Paula Abdanur Moda
e Acessórios & Home
6. EDITORIAL
Paula Oliveira
8. PERFIL
Maria Celeste de Moura Andrade
12. ESTAMPAS FLORAIS
Muito Além do Horizonte
18. TENDÊNCIAS
Karina Brauer
22. TONS DO VERÃO
Graça e Feminilidade
28. MUNDO FASHION
Museu Armani / Silos
30. PALADAR
Vinhos
32. ADEGA
Bueno Wines
34. PRIMAVERA
Enquanto o Verão não Vem
40. INSPIRAÇÃO
Linda de Morrer
42. ESPAÇO HOME
A Cor Natural
46. CULINÁRIA
Vittorio Serritelli
48. LIFESTYLE
Islândia
52. FESTA
Verdadeiro Luxo
54. ESTILO
A Japona Vermelha
58. MODA
De Bem com a Vida
64. CULTURA
Há uma História Além dos Livros
68. COMEMORAÇÃO
Arraial Fashion
70. PROMOÇÕES
Muito mais vantagens para você
EDITORIAL
Já estamos na terceira edição da revista Paula Abdanur,
prova incontestável do sucesso deste projeto que nasceu
da dedicação, do carinho e da grande vontade de levar até
você o que há de mais especial em nossa loja.
A Primavera anuncia as tendências do Verão 2016 com
cores vibrantes e fortes, além de tecidos em tons marcantes, que estarão em evidência durante toda a temporada. O estilo boho dos anos 1970 está presente nas
mangas evasê, tops cropped, macaquinhos e quimonos
longos. Detalhes em franjas e bordados dão um toque
atual a saias e vestidos em tons neutros e estampas total
print, conferindo um charme a mais às peças.
Nesta edição, além de um passeio pela moda, descubra a Islândia, terra do fogo e do gelo, revelada por Roberta Abdanur que também nos abre as portas do Museu Armani / Silos, em Milão; sinta o sabor e a paixão que o vinho desperta
nas dicas de Wagner Oliveira e da Bueno Wines; prove
uma receita exclusiva de Vittorio Serritelli, renomado chef
italiano e delicie-se com os textos das talentosas Leila Ferreira e Glaura Teixeira. Divirta-se!
Confira as promoções e comemorações que a Paula Abdanur Moda e Acessórios & Home faz questão de trazer até
você, como o nosso primeiro Arraial Fashion, que deixou
um gostinho de quero mais, dando uma amostra do que
vem por aí.
Mais uma vez fomos agraciados com a presença marcante
de nossas amigas e clientes. Às queridas Maria Celeste de
Moura Andrade, Jéssica e Priscila Coutinho, Rose Akel
Porfírio Oliveira e a filha Victória, Renata Menezes Diniz,
Mariana Porfírio, Mariana Coelho e à Edinah Moreira de
Faria Sousa e a filha Luisa, o nosso muito obrigado pela
beleza, charme e simpatia em nossas páginas.
Saboreie cada pedacinho desta edição, sem moderação.
Boa leitura!
Paula Oliveira
6 | Paula Abdanur
PERFIL
FILMES
“Em meio a uma infinidade
de títulos: “As Garotas do
Calendário” que nos faz bem
ao corpo e à alma!”
lady
chique
LUGARES
Maria Celeste de Moura Andrade,
mãe de Flávio e Júlia e avó de Maria
Antonieta é araxaense de coração. Licenciada em História é Mestre e Doutora em Educação, Professional & Self
Coaching e Professora e Suporte
Pedagógico no UNIARAXÁ. Conheça
um pouquino mais de sua alegria,
simpatia e descontração.
“Entre inúmeros visitados por
prazer ou a trabalho, escolho
o Brasil inteiro e fora do nosso
país: Grécia, Roma e Egito.
Uma professora de História
chora frente à Acrópole, à
Pietá e às Pirâmides.”
CORES
“A mescla de cores do pôr do
sol na minha casa.”
ESTILO
“Acredito na importância de ser livre e
deixar correr solto o
meu jeito muito próprio
de ser. Gosto das palavras de Rachel Zoe:
estilo é uma maneira
de dizer quem você é
sem precisar falar.”
MODA
“Para mim a moda
deve ser natural,
divertida, confortável.
Gosto de estar bem
comigo mesma e não
obrigar meus alunos a
aturarem muita desarmonia à sua frente.”
ELEGÂNCIA
“Acredito em elegância
que venha de dentro: da
beleza interna, da alegria
de viver, da bondade, do
respeito aos outros. Ela
não está na aparência,
mas na essência; não
está no dinheiro, mas na
educação; não está na
roupa, mas na classe.”
LIVROS
“Em tempos de Fli Araxá,
a alegria de reler “Perdas
e Ganhos” – de Lya Luft,
homenageada do festival,
e rir de novo com “Doidas
e Santas” - de Martha
Medeiros.”
8 | Paula Abdanur
O BOM DA VIDA
“As coisas podem ser belas,
elegantes, imponentes, mas se não
falam ao coração de nada servem!”
FOTOS Carla Mesquita CABELO E MAKE John Romualdo Cabeleireiro e Equipe
MUITO ALÉM DO
HORIZONTE
A moda Primavera Verão
se renova trazendo peças modernas
e originais. As estampas florais ganham
espaço com tons alegres, intensos
e vibrantes, colorindo saias, blusas,
calças, macaquinhos e macacões.
Aposta certa para as irmãs
Jéssica e Priscila.
FOTOS Carla Mesquita
MODELOS Jéssica e Priscila
CABELO E MAKE John Romualdo Cabeleireiros e Equipe
SAPATOS Carmen Steffens
Tendências
BY
Karina Brauer
Entrepeneur responsável por 12 estilistas no show room Firs Tag SP
Com grande prazer, venho novamente contar um pouquinho sobre as
tendências da moda aqui, na revista Paula Abdanur.
Todos os anos temos as definições das cores para as
estações. Geralmente, elas são definidas com pelo
menos um ano e meio de antecedência e são seguidas por todos os estilistas e pela indústria têxtil.
Este verão tem uma diferença para os demais: teremos uma presença muito forte dos “tons terrosos”
cáquis. Algumas variações entre as cores marrom
e coral marcarão presença. Também iremos usar os
famosos candy colors. Sim, eles estão de volta. Azul
hortênsia e tons de rosa estão com toda a força no
verão que se inicia.
invista em JEANS Teremos saias longas, curtas, vestidos e t-shirts com lavagens claras e
escuras, mas todas bem fluidas. Sim, inclusive
malhas e moletons que “imitam jeans” farão
toda a diferença na hora de montar aquele look!
A cintura se mantém no lugar, todas mais altas
nas calças, shorts e saias. Tudo para valorizar e
alongar a silhueta feminina!
O jeans vem com lavagens
claras e escuras
Para os pés, continuamos com as famosas
gladiadoras, altas ou baixas. Pode apostar: do
casual ao mais glamouroso, a gladiadora tem
seu lugar garantido.
Quanto ao acessório da vez, não posso deixar de
indicar os chokers ou gargantilhas. Sim, colares
bem justos, geralmente usados com outros,
ganham versões mais importantes, para festas.
Tem de todos os tipos, para agradar a todas:
metais, acrílicos, com pedras e outros mais básicos, em couro.
Escolha o que lhe agrada e saia por
aí com sua “coleira”.
Para fechar, use e abuse dos ombros de fora. A famosa “ciganinha” veio para ficar. Está presente em
blusas e vestidos, em todos os tipos de tecidos. Use
sem medo e combine com uma choker. Você vai arrasar neste verão!
18 | Paula Abdanur
Paula Abdanur | 21
feminilidade
GRAÇA E
Leves, fluidos, com modelagens
acinturadas e que valorizam a silhueta, os looks
românticos são uma ótima opção em diversas
ocasiões e para qualquer hora do dia.
FOTOS Ricardo Dias • Studio S MODELOS Rose e Victória CABELO E MAKE John Romualdo Cabeleireiros e Equipe RASTEIRAS Idarrô
MUNDO FASHION
museu ARMANI / SILOS
Fotos e Texos by Roberta Abdanur
Um marco, 40 anos de carreira de Giorgio Armani, uma história de sucesso extraordinário e indiscutível. O Rei Giorgio,
como é chamado por muitos italianos,
nascido em Piacenza há 80 anos, decidiu
comemorar com um presente também para
a “sua” querida Milão: um espaço, um museu
que descreve sua aventura na moda com exposições e eventos culturais. O Armani / Silos,
aberto recentemente e instalado em um antigo armazém para cereais em frente ao teatro Armani, tem arquitetura sóbria e formas
monumentais projetadas por Tadao Ando.
Começando por uma exposição com 600
roupas e 200 acessórios, assim como os seus
esboços desde 1980, sem seguir uma ordem
cronológica, mas de acordo com a evolução
da linguagem estética Armani. O Armani /
Silos não é um museu tradicional, mas um
recipiente de projetos. As coleções mostram
seu método criativo para ilustrar a nova experiência de gerações e suas habilidades únicas para incentivar a pesquisa e estimular a
criatividade.
A inauguração oficial do espaço ocorreu junto com a abertura da Expo Milano 2015 (na
qual Giorgio foi escolhido como Embaixador
Especial da Moda) com um grande desfile de
celebridades.
Com a intenção de deixar à cidade o testemunho de um trabalho que não é apenas
para ser contemplado, mas sim para servir
de estímulo para novas ideias, além de uma
coleção muito importante com peças de
vestuário e objetos complementados com
esboços e desenhos, oferece também um espaço dedicado ao arquivamento.
O império Armani, juntamente com hotéis, restaurantes e um time de basquete, o Olimpia
Milano, tem 2.500 lojas de marca única e pontos
de venda em 60 países, com coleções que vão
desde sportswear a haute couture.
28 | Paula Abdanur
ADEGA
BUENO WINES
by Vinícula Bueno Wines fotos Alexandre Teixeira
Galvão Bueno teve o privilégio de rodar o mundo
nos últimos 40 anos trabalhando com eventos esportivos. Foram essas viagens que lhe permitiram
conhecer e se relacionar com diferentes culturas,
costumes e sabores. Foi em países como Portugal,
Espanha, França e Itália que Galvão teve contato
mais intenso com a cultura dos vinhos europeus e
desenvolveu uma relação que acabou se transformando em uma nova paixão.
A bagagem internacional levou Galvão a se interessar também pela indústria brasileira de vinhos. “Em
2009, fundei a Bueno Wines e encontrei na Bellavista
Estate, na região do Seival, na Campanha Gaúcha,
o perfeito terroir do paralelo 31, a mesma latitude
dos vinhos produzidos na Argentina, Austrália, Nova
Zelândia e África do Sul”, conta.
Sua primeira realização foi uma escolha pessoal, um
vinho tinto, de corte bordalês: o Bueno Paralelo 31,
lançado com o espumante Bueno Cuvée Prestige, em
2010. O sucesso foi imediato. Galvão criou, então, a
Bueno Wines e lançou dois novos rótulos: o Bueno
Bellavista Pinot Noir e o Bueno Bellavista Sauvignon
Blanc.
VINÍCOLA BELLAVISTA
É na Campanha Gaúcha, em Candiota, no Rio
Grande do Sul, que se encontra a concretização dos
quase 20 anos da paixão que Galvão Bueno cultiva
pelos vinhos. Em 2009, o sonho torna-se realidade
com a Bellavista Estate, propriedade situada em
uma região estratégica apelidada por Galvão como
“a Califórnia Brasileira”.
Já são 17 vinícolas nesse novo terroir, em uma faixa de
200 km que corre paralela à fronteira com o Uruguai.
A produção da Bellavista Estate, hoje sob a supervisão
do renomado winemaker italiano Roberto Cipresso, é
considerada uma das melhores do Brasil.
TOSCANA, ROBERTO CIPRESSO E
A TENUTA LA VALLETTA DI SANT’ANTIMO
Na região da Toscana, a província de Siena e mais especificamente a comuna de Montalcino, é referência
mundial na produção do maravilhoso Brunello di Montalcino. Nesse cenário, em 2012, da união entre Galvão
Bueno e Roberto Cipresso, nasce o Bueno La Valletta.
O sucesso dessa parceria culminou na elaboração de
mais um vinho, produzido na Tenuta La Valletta di
Sant’Antimo, com o perfeito terroir da terra do sol e do
romance. Cipresso foi eleito o “Melhor Enólogo Italiano”,
durante o “Wine Oscar 2006”, o “Homem do Ano”, pela
revista Men’s Health, em 2008 e produziu o Cuvée feito
especialmente para o Papa João Paulo II, em 2000.
A parceria deu tão certo que os dois lançaram o Bueno-Cipresso Brunello di Montalcino, um vinho elegante
e complexo, produzido apenas em anos em que a colheita é considerada uma safra excepcional. Uma obraprima harmônica, vinificada e assinada com maestria.
A Bueno Wines hoje produz sete rótulos: tinto Bueno
Paralelo 31, espumante Bueno Cuvée Prestige Brut, Bellavista Estate Pinot Noir (premiado com Medalha de Ouro
no Concurso Mundial Bruxelas-Brasil 2014), Bellavista
Estate Sauvignon Blanc e o novo Bueno Bellavista Desirée Brut Rosé. E os italianos, frutos da parceria com o
winemaker italiano Roberto Cipresso, Bueno La Valletta,
Sangiovese e Bueno-Cipresso Brunello di Montalcino (o
Riserva 2004 foi eleito como Melhor Tinto de 2014 na
lista dos TOP 100 da revista Adega). Galvão idealizou e
participou ativamente da criação dos vinhos.
buenowines.com.br • facebook.com/BuenoWines
32 | Paula Abdanur
ENQUANTO O
VERÃO
NÃO VEM
A leveza e a delicadeza em texturas,
cores e acessórios estilosos têm tudo a ver
com a primavera. Para dar um toque atual
em saias e vestidos, vale apostar na combinação
de tons, misturando o marinho e o verde,
em contraponto ao laranja vibrante. Tudo isto
em meio a estampas florais full print.
Divirta-se esperando o verão chegar.
FOTOS Carla Mesquita
MODELO Renata
CABELO E MAKE John Romualdo Cabeleireiros e Equipe
SAPATOS Carmen Steffens
INSPIRAÇÃO
A Linda de Morrer é reconhecida nacionalmente
por suas coleções mensais, que se destacam pela
estamparia exclusiva e seu estilo feminino e contemporâneo, que atinge os mais diversos perfis
de mulheres.
Em sua nova campanha Linda em Jericoacoara, a
marca traz uma coleção inspirada no melhor que
o Brasil – e particularmente o Nordeste - tem. As
estampas da temporada transitam entre o floral e
tropical, com folhagens e hibiscos, além de prints
mais sofisticados, como gravatarias modernas,
azulejos e geométricos com influências retrô.
Dentre as peças que prometem ser must-have
da coleção, destacam-se os maxi vestidos e conjuntos estampados, além dos croppeds e t-shirts
com estampas vintage, que dão modernidade a
qualquer produção.
O jeans inspirado nos anos 70 continua fortemente em peças com cintura alta e marcada,
como flare e pantalona. Na cartela de cores, o
azul e verde contrastam com tons vibrantes,
como amarelos e violáceos.
Pode-se observar também o retorno dos tecidos
naturais, com peças em linho, algodão, viscoses
lisas e creponadas. Outra forte tendência é a
handmade, que traz bordados manuais, crochês
e tricots aplicados em vestidos e batas, que adicionam um toque feminino e colorido às combinações.
Do casual à alfaiataria, a coleção aposta em peças
confortáveis e contemporâneas, que dão versatilidade aos looks e compõem o closet da mulher
moderna.
40 | Paula Abdanur
ESPAÇO HOME
a cor
natural
O neutro da temporada é aquele tipo de cor que
cai bem com tudo, uma combinação clássica e
que fica um charme, tanto nas roupas quanto na
decoração. Pode ser usado em tom sobre tom,
com pequenas variações de gradação, do bege
ao areia.
ESPAÇO HOME
O bege é uma cor suave, neutra, atemporal e
com várias nuances e possibilidades de produção,
tanto na moda quanto na decoração. Destaque
para a madrepérola em detalhes ou peças
inteiras. Inspire-se!
56 | Paula Abdanur
CULINÁRIA
Panzanella
& alici
by Vittorio Serritelli
Tornei-me primeiro cozinheiro e, em seguida, chef.
Muitas vezes penso na facilidade com que se dá um
título de chef, depois de pouco feito em mais de um
mês, ou até mesmo em um estágio com algum chef
importante, mas eu garanto que ele passa a se tornar chef bem depois, por trás de cada prato, de cada
ingrediente que trabalha nas cozinhas. Há muito
sacrifício e, sobretudo, uma grande quantidade de
suor. E é esse suor que cai do rosto que dá força para
continuar mais ainda.
Há três coisas que o homem não pode viver sem:
água, comida e amor. Nunca conheci pessoas que
pudessem viver sem essas coisas.
Todas as vezes em que vou preparar um prato, penso
nos homens que ajudaram nos produtos que transformamos. Ser chef é a extensão dos braços, do esforço e da esperança colocada em, quem sabe, um
ano de espera.
A receita que eu gostaria de apresentar é parte da
tradição da gastronomia italiana. Felizmente, para
nós, onde os alimentos com seus próprios sabores e
aromas são muito especiais.
Vittorio Serritelli,
renomado chef de cozinha de
Senigallia, na Itália, já promoveu
festins e ministrou cursos no
Festival Internacional de Cultura
e Gastronomia de Araxá
46 | Paula Abdanur
Vittorio Serriteli, Senigallia Itália
Panzanella & alici
(4 pessoas)
200g de torradas
200g de tomate vermelho
80g de azeite extra virgem
30g de vinagre de maçã
20g de salsão cortado à brunoise
20g de pepino à brunoise
5g de peperoncino à brunoise
8 alhos marinados
Alici
Folhas de manjericão
Sal
Flores comestíveis para decorar
Islândia
Um lugar onde o fogo e o gelo se encontram.
A Islândia é um país de
contrastes, onde os escuros e
rigorosos invernos são
compensados pelo sol da
meia-noite no verão.
Um país de riquezas naturais
espetaculares e onde cada
cenário é uma contemplação.
48 | Paula Abdanur
LIFESTYLE
Texto e Dicas by Roberta Abdanur
Conhecida como a “terra do gelo” por possuir maior
glaciar da Europa e os mais majestosos icebergs e
geleiras, a Islândia tem 15% do seu território coberto de neve. Também chamada de “terra do fogo”
possui 20 vulcões ativos, lava petrificada, areia preta vulcânica das praias, piscinas naturais e cachoeiras de água quente, os poderosos geisers. Dá para
entrar na câmara de um vulcão adormecido, escalar vulcões ativos, sobrevoar uma cratera cuspindo
fogo e presenciar a inesquecível Aurora Boreal.
A capital, Reykjavík, é charmosa, elegante e tem um
cenário de arte, música e vida noturna fervilhante
tanto no inverno, refrescado pelas auroras boreais,
quanto no verão, aquecido pelo sol da meia-noite.
Paula Abdanur | 49
LIFESTYLE
O país mais pacífico do mundo é
também um dos mais fascinantes para se visitar
Reykjavík é o ponto de partida para começar a explorar e
uma boa base para visitar os famosos e potentes geisers, as
cachoeiras espetaculares em Gullfoss, mergulhar entre dois
continentes (Europa e América do Norte) na água glaciar
pura de Silfra e a Blue Lagoon (Lagoa Azul), um spa com piscina ao ar livre com águas aquecidas pela central geotérmica.
Toda esta zona fica rodeada de terras repletas de lava negra,
inclusive os “milagrosos” cosméticos da Islândia são da Blue
Lagoon. Uma paisagem e uma experiência de outro mundo.
Mais próximo ao sul, começando por Höfn onde se encontra a
maior geleira da Europa, a poderosa Vatnajökull, pelo Parque
Nacional Skaftafel, com inúmeros vulcões e cavernas vulcânicas, enquanto a lagoa glacial Jökulsárlón oferece uma oportunidade surreal de cruzeiro ao lado de icebergs flutuantes.
Pela Ring Road, começa o lado mais selvagem da Islândia, com
espaços abertos cercados por linhas costeiras intocadas de
areia vermelha e preta em um cenário de montanhas e vulcões. A costa oeste é dominada pelas cidades de Borgarnes e
Reykholt, enquanto a Península Snæfellsnes é repleta de geleiras, um dos destinos mais acessíveis do país para caminhadas
e escaladas.
As paisagens mais surpreendentes da Islândia estão no extremo noroeste do país, os Fjords Oeste, com pequenas vilas
de pescadores na base das montanhas e Ísafjördur. Na costa
norte, Akureyri é conhecida como a capital do norte e funciona como a segunda cidade da Islândia. A partir dali é possível chegar à ilha de Grímsey, na verdade, a única parte do
território islandês dentro do Círculo Polar Ártico.
A maior atração turística do país mais afastada da capital é
o Lago Mývatn, rodeado por uma proliferação eletrizante
de atividade vulcânica e local de nidificação favorito para
muitas espécies exóticas e outras aves aquáticas. Húsavík é
o lugar certo para organizar cruzeiros de observação de baleias e as selvas do Parque Nacional Jökulsárgljúfur oferecem
caminhadas para todos os tipos de viajantes ao longo dos
desfiladeiros profundos do rio e para a espetacular Dettifoss,
cachoeira mais poderosa da Europa.
Também uma boa opção é pegar um voo ou um cruzeiro até
a Groenlândia (Greenland). Ou até mesmo estender a viagem
para conhecer os Fjordes da Noruega, Finlândia e Suécia.
50 | Paula Abdanur
Para atender os mais exigentes viajantes
em uma viagem inesquecível e exclusiva:
Chris Biagioni Viagens Especiais, Nordic
Luxury e Arctic Adventures.
FESTA
luxo
V e r da dei ro
Versáteis, bonitos e super
femininos, os vestidos bordados são
perfeitos para quem quer brilhar
em ocasiãoes especiais.
Pedrarias e canutilhos deixam
o look mais moderno, romântico
e delicado. Pura sofisticação.
FOTOS Ricardo Dias • Studio S
MODELO Mariana Porfírio
VESTIDOS First Tag
CABELO E MAKE John Romualdo Cabeleireiros e Equipe
40 | Paula Abdanur
glamour
Os vestidos mais curtos
tem um estilo mais moderno
e jovial. São ótimos aliados
e deixam o visual arrojado
para ocasiões especiais.
ESTILO
A JAPONA VERMELHA
(Texto publicado na revista “Encontro”)
by Leila Ferreira
Quando eu era adolescente, meu sonho era ter uma japona
vermelha. Os invernos gelados de Araxá pediam agasalhos
encorpados e não havia nada que aquecesse tanto – e fosse
tão charmoso – quanto a japona. Casaco curto com a frente
trespassada e feito de lã grossa, ela estava no auge da moda,
e eu sonhava em ter uma. Sonho distante. Minha mãe, professora de português, criava seis filhos sozinha, e comprar
agasalhos para tanta gente custava caro. Mas eu não perdia
as esperanças. Um dia vestiria um casaco como aquele. E
esse dia chegou.
Minha mãe anunciou numa manhã de sábado que eu ganharia a japona de presente de aniversário. E fomos as duas, eu
ainda sem acreditar, até a loja “Ao Primeiro Barateiro” para
comprar o tecido. A vendedora, Ivonêta, pegou a peça na
prateleira e estendeu o tecido vermelho no balcão. Eu me vi
à margem de um rio infinito – um rio vermelho-cereja. Meu
dia mudou de cor. Meu coração bateu de um jeito novo. E eu
alisava a lã com carinho imenso, numa conversa silenciosa
com aquela que seria a mais nova moradora do meu guardaroupa modesto. Ivonêta mediu o tecido cuidadosamente,
cortou, dobrou, embrulhou de forma quase solene e anotou
o valor da compra num caderno.
Dali fomos, mãe e filha, para o “Recanto dos Retalhos”, comprar os aviamentos: quatro botões dourados e um retrós de
linha Corrente. E, finalmente, chegamos à casa da costureira,
dona Amália – doce, delicada, com um meio-sorriso no rosto
enquanto tomava as medidas daquele corpo de menina que
ainda ensaiava crescer. Era preciso deixar uma folga, sem
comprometer o corte – a japona teria que durar muitos invernos... Poucos dias depois, dona Amália chamou para a
prova. Alheia aos alfinetes, rodopiei, encantada, em frente
ao espelho. E no final de semana seguinte estreei minha
japona – mãos nos bolsos, feito gente grande, e a sensação
indescritível de usar minha primeira roupa “chique”.
56 | Paula Abdanur
Hoje, algumas décadas mais tarde, me lembro daquele casaco
“exclusivo” e chego à conclusão que foi a peça mais luxuosa que
já tive. Depois dela tantas roupas vieram. Mas nenhuma foi tão
esperada. Nenhuma passou por mãos tão delicadas e pacientes
quanto as de Ivonêta, dona Amália e o dono da loja de aviamentos, Movir, que ajudou a escolher os botões com o cuidado
de um joalheiro. Nenhuma outra roupa me agasalhou tão completamente – corpo e alma igualmente cobertos.
Talvez o verdadeiro luxo nasça sempre de uma mistura de
sentimentos. Já tive um casaco Armani que acabou meio esquecido no armário, e tenho um da Burberry que eu amo –
morre aí meu acervo de grifes internacionais. Mas nenhum
dos dois chega aos pés da japona da minha adolescência, costurada com o amor de uma mãe que realizava o impossível e o
coração acelerado e sem limites que só pulsa assim na adolescência. Acho que o verdadeiro luxo nos afaga, nos acaricia. De alguma forma, ele se faz acompanhar de delicadeza.
Pode ser uma seda que cola suavemente no corpo, a refeição
que deixa os sentidos em festa, a viagem com que a gente
tanto sonhou e um dia acontece, o carro que vai dar mais
conforto à família, a massagem que desfaz tensões e suaviza
a existência. Às vezes, chega em forma de paisagem. Você
contempla uma serra, um pedaço de mar, uma plantação de
lavanda, e sabe que está diante de algo único. Outras vezes
é um espaço que acolhe: a cozinha da casa da avó, sempre
com quitandas na mesa, ou aquele café onde você sempre
vai com as amigas e passam horas trocando confidências.
Luxo é algo que se compra, sim, com frequência. A casa especial,
a refeição perfeita, a japona vermelha – tudo isso custa dinheiro.
Mas existem milhares de coisas à venda que, apesar de toda a
exclusividade e o refinamento, não nos afagam ou alimentam. É
por isso que o luxo, para ser luxo de fato, tem que ser seu. Porque
ele vem acompanhado de sentimentos – seus sentimentos - e
sentimento não se compra nem se inventa. Ainda bem.
Leila Ferreia é formada
em Letras e Jornalismo,
com mestrado em
Comunicação pela
Universidade de Londres.
Foi repórter da Rede
Globo Minas e é autora
dos livros “Viver não dói”,
“A arte de ser leve”,
“Mulheres: por que será
que elas?…” e “Leila
Entrevista: bastidores”.
DE BEM COM A
VIDA
O Verão 2016 virá repleto de
contrastes e combinações inspiradas nos
anos 1970, assim como nos marcantes
estilos Boho e Gipsy. Prints tribalistas criam
efeitos especiais sobre fundos e texturas.
Neste mix de tendências, tecidos leves
aparecem combinados a cores
exuberantes e sofisticadas.
FOTOS Carla Mesquita
MODELO Edinah e Luisa
CABELO E MAKE John Romualdo Cabeleireiros e Equipe
AGRADECIMENTOS Iara Borges
42 | Paula Abdanur
Paula Abdanur | 43
CULTURA
Há uma história além dos livros
by Glaura Teixeira Nogueira Lima
... “Insistir na importância que manteve o manuscrito após a invenção de
Gutenberg é uma forma de lembrar que as novas técnicas não apagam
nem brutal nem totalmente os antigos usos, e que a era do texto eletrônico será ainda, e certamente por muito tempo, uma era do manuscrito e
do impresso.” Roger Chartier
Uma estante de livros encanta quem gosta de ler. Um ambiente inteiro recheado delas, então, provoca imenso fetiche
nos leitores. Há designers que se realizam ao projetar peças
de mobiliário para quem valoriza, alimenta-se dos livros e
faz deles seu maior tesouro. O outro lado dessa história: há
estantes amplas, consideradas belas sob o ponto de vista
estético, porém sem seu principal elemento: o livro.
Qual a relação que mantemos com esse objeto? Sim, o
livro é um objeto, um suporte material que expõe textos
escritos e imagens. Os franceses são mestres em analisar a
historicidade dos itens da cultura material que nos cerca.
Agimos tão naturalmente diante deles que não pensamos
sobre sua invenção. Usamos os objetos como se eles existissem desde sempre.
A história do livro em si é tão importante quanto os conteúdos e pensamentos por ele disseminados. Na história do
livro estão a história da leitura, a da edição e a da produção
dos textos. Nela há os que escrevem, revisam, formatam,
publicam e, claro, os que leem.
Prolifera-se a construção de sentidos por parte dos personagens engajados nesse processo. Um artigo ou livro é pensado, escrito, editado, lido e interpretado. Ao ser manuseado,
submetido às subjetividades dos leitores, ganha novas visões,
por vezes diferentes do que imaginaram os seus gestores.
Os livros nasceram na Europa do século XV com o invento de Gutenberg. Há outras referências à autoria, mas ao
alemão credita-se o mérito. Com os caracteres móveis, ele
gerou moldes de letras prensadas_ daí o nome: imprensa_,
garantindo a impressão e a reprodução de artigos e livros.
Antes disso, os textos eram escritos à mão, em forma de
pergaminhos e com acesso restrito. Da era dos manuscritos, passando pelos impressos, chegamos às publicações
eletrônicas. Seria uma “nova revolução”, à semelhança da
revolução provocada pela “descoberta” da imprensa?
No compasso desse tema instigante brotam outras perguntas suscitadas na atualidade. De onde vieram as academias literárias, lembrando que a Academia Araxaense
de Letras está completando 50 anos de fundação? Como
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Araxá recebe e vive o Festival Literário de Araxá, Fliaraxá,
há quatro edições?
Nas cidades europeias, à mesma época de Gutenberg,
originaram-se as confrarias. Eram associações de cidadãos
que promoviam a fraternidade. Mais tarde, no século XVII,
passaram a atuar como clubes exclusivos de pessoas com
afinidades e interesses específicos.
Na especificidade desses clubes, criaram-se as academias
como instituições de caráter literário-linguístico-cultural,
formadas por membros efetivos. A França saiu à frente
nessa experiência, a ponto de transformá-la em tradição,
motivada pela Academia de Platão que, nos longínquos
anos de 380 a. C., buscava o saber por meio do debate.
No Brasil, outro contexto reuniu escritores e intelectuais
em torno da Academia Brasileira de Letras. O Rio de Janeiro
serviu-lhe de sede, em 1897. A ABL nasceu republicana, inspirada na cultura francesa e na liderança de Machado de Assis. Uniu pessoas diferentes, mas iguais no gosto pelos livros.
Em 1965, a Academia Araxaense de Letras chegou como
um presente para ficar na história, recebido por Araxá na
celebração dos cem anos como cidade. Desde então ocupa um “lugar social”, em defesa da língua portuguesa, da
literatura brasileira e da identidade local.
O Fliaraxá, por seu turno, durante cinco dias faz da cidade
do sol a cidade das letras. O mundo da literatura se abre
para todos, aproxima o público leitor dos astros de intensidades e matizes variados. Araxá insere-se na era da leitura,
no ritmo dos festivais que difundem o hábito de praticá-la.
Ainda que em alguns “países desenvolvidos” se fale no fim
da letra cursiva para ceder lugar à escrita em letras maiúsculas, semelhantes às do teclado do computador, o livro
continua. Ele permanece na materialidade e na função. Continua sendo um suporte para o texto, escrito ou imagético.
Diferente dos outros suportes digitais como as telas do
monitor, do tablet ou do celular, o livro está lá, na estante.
É bom que esteja sempre, cumprindo seu papel ilimitado
de construir o conhecimento, fazer circular o pensamento,
causar sensações a quem o vê, lê e sente.
Glaura Teixeira Nogueira Lima é Historiadora e Professora do Departamento de História da Universidade
Federal do Triângulo Mineiro/UFTM (Uberaba-MG) e membro da Academia Araxaense de Letras.
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Revista 03 - Paula Abdanur