UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS CAMPUS DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS-HENRIQUE SANTILHO CURSO DE BACHARELADO EM QUÍMICA INDUSTRIAL FLÁVIO OLIMPIO SANCHES NETO DESENVOLVIMENTO DE BANCO DE DADOS DE ESTADOS DE TRANSIÇÃO PARA REAÇÕES ORGÂNICAS Anápolis – GO Janeiro 2015 FLÁVIO OLIMPIO SANCHES NETO DESENVOLVIMENTO DE BANCO DE DADOS DE ESTADOS DE TRANSIÇÃO PARA REAÇÕES ORGÂNICAS Trabalho de Curso II submetido ao corpo docente da Coordenação do Curso de Química Industrial da Universidade Estadual de Goiás, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Bacharel em Química Industrial. Orientador: Prof. Dr Valter Henrique Carvalho Silva Anápolis – GO Janeiro 2015 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Diagrama da Energia Potencial versus Coordenada da Reação. ....... 4 Figura 2: Parâmetros Geométricos para a Reação de Transferências de Hidrogênios. ..................................................................................................... 12 Figura 3: Parâmetros Geométricos da Reação de Adição de Haletos de Hidrogênio aos Alcenos via Regra de Markovnikov. ........................................ 13 Figura 4: Parâmetros Geométricos da Reação de Nitração Aromática. ........... 14 Figura 5: Parâmetros Geométricos da Reação de Morita-Baylis-Hilman descritos no canto inferior à esquerda. ............................................................ 15 Figura 6: Parâmetros Geométricos da Reação do Óxido Nítrico e Ozônio. ..... 16 Figura 7: Parâmetros geométricos da reação para a formação de um ciclo inorgânico ......................................................................................................... 17 Figure 8: Inpunt de uma reação de transferência de hidrogênio obtido a partir de um editor de bloco de notas. ....................................................................... 19 Figure 9: Estrutura do Web Site ....................................................................... 20 i LISTA DE TABELAS Tabela 1: Referente aos bancos de dados utilizados como referência neste trabalho e seus respectivos endereço eletrônico. .............................................. 5 Tabela 2: Parâmetros obtidos para as reações que envolvem transferência de hidrogênios. ...................................................................................................... 12 ii LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AM1 Austin Model 1 CCDC Cambridge Cristallographic Data Centre DFT Density Functional Theory IS-DB International Spectroscopic Database IUPAC International Union of Pure and Applied Chemistry PDB Protein Data Bank PM3 Parameterized Model number 3 PM6 Parameterized Model number 6 QTEA Química Teórica e Estrutural de Anápolis NIST National Institute of Standards and technology VAMDC Virtual Atomic and Molecular Data Center iii RESUMO Para a difusão de estudo de mecanismos orgânicos teoricamente entre os químicos, torna-se interessante disponibilizar um banco de dados de estados de transição na literatura, uma vez, que este sistema molecular apresenta bastante dificuldade computacional para ser localizado, pois requer diversas tentativas e um senso químico robusto, seguindo o modelo de banco de dados que já possui certo renome do campo cientifico, como o de cristalografia da universidade de Cambridge, o CCDC (Cambridge Cristallographic Data Centre), outro envolvendo proteínas PDB (Protein Data Bank), o National Institute os Standards and Technology (NIST), um de espectroscopia International Spectroscopic Database (IS-DB), e um de física atômica o Virtual Atomic and Molecular Data Center (VAMDC). Neste sentido, este trabalho irá disponibilizar os seus inputs e a descrição de mecanismos e futuramente irá construir um website de uma série de estruturas de transição de diferentes reações químicas, como reações de transferências de hidrogênio, reações de alcenos obedecendo à regra de Markovnikov, reações de nitração, reações atmosféricas, ciclos inorgânicos, utilizando método de química computacional como o semi empírico(pm6) e um mais robusto denominado de teoria do funcional da densidade (DFT). iv ABSTRACT For the diffusion study of organic mechanisms theoretically among chemists, it is interesting to provide a transition state database in the literature, once again, that this molecular system has enough computational difficulty to be located as it requires several attempts and robust chemical sense, following the database model that already has some of the renowned scientific field, such as crystallography at Cambridge University, CCDC (Cambridge Cristallographic Data Centre), another protein involved PDB (Protein Data Bank), the National the Institute Standards and Technology (NIST), a spectroscopy International Spectroscopic Database (IS-DB), and atomic physics Virtual Atomic and Molecular Data Center (VAMDC). Thus, this work will provide their inputs and description of mechanisms and in the future will build a website in a number of different chemical reactions transitional structures, as reactions of hydrogen transfer, alkenes reactions obey the Markovnikov rule, reactions nitration, atmospheric reactions, inorganic cycles using computational chemistry method as semi-empirical (PM6) and a more robust called Density Functional Theory (DFT). v SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 1 2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................................. 3 2.1 REAÇÕES QUÍMICAS .................................................................................................... 3 2.2 BANCO DE DADOS ........................................................................................................ 5 2.2.1 Cambridge Cristallographic Data Centre (CCDC) ............................................... 5 2.2.2 Protein Data Bank (PDB) ........................................................................................ 6 2.2.3 National Institute of Standards and technology (NIST) ................................ 6 2.2.4 International Spectroscopic Database (IS-DB) .................................................... 6 2.2.5 Virtual Atomic and Molecular Data Center (VAMDC) ......................................... 7 2.3 MÉTODOS COMPUTACIONAIS .................................................................................. 8 2.3.1 Métodos semi-empírico ........................................................................................... 8 2.3.2 Teoria do Funcional da Densidade ........................................................................ 8 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES ................................................................................... 11 3.1 Transferências de Hidrogênio ................................................................................ 11 3.1.1 Adição de Haletos de Hidrogenios aos Alcenos: Segundo Regra de Markovnikov ...................................................................................................................... 12 3.2 Reações de Nitração................................................................................................ 13 3.3 Condensação Aldólica ..................................................Erro! Indicador não definido. 3.4 Reação Atmosférica ................................................................................................. 15 3.5 Ciclos Inorgânicos .................................................................................................... 16 3.6 Inputs ...............................................................................Erro! Indicador não definido. 3.7 Estrutura do Site ....................................................................................................... 19 4. RECURSOS NECESSÁRIOS ............................................................................................ 10 4.1 Métodos ........................................................................................................................... 10 4.2 Infraestrutura .................................................................................................................. 10 5. CONCLUSÕES ................................................................................................................. 21 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................. 22 APÊNDICE A............................................................................................................................. 24 vi vii Agradecimentos Primeiramente quero agradecer a minha família na pessoa da minha mãe, que durante esses anos, foi uma mulher guerreira que sempre lutou e dedicou para que eu chegasse nessa etapa na minha vida, aos meus irmãos Marco Tulio e Letícia Sanches, também quero agradecer a meus tios Adeir Sanches e Maria de Jesus pessoas que me ajudaram na minha carreira acadêmica me ajudando financeiramente tanto como incentivos, quanto me ensinando a lidar com a vida, quero agradecer aos amigos da universidade e fora dela também, por fim de antemão quero agradecer a banca e o meu orientador Valter Henrique Carvalho Silva por ter tido paciência para me ensinar os conceitos básicos da química computacional. viii DEDICATÓRIA Dedico esse trabalho ao meu pai, Adverso Olimpio Sanches, e a minha vó, Nerica Fernandes de Paula, duas pessoas maravilhosas que sempre me ensinaram tudo que sei hoje na vida, se hoje eu posso ser e ter tido força para continuar a lutar pelos meus sonhos é por causa de vocês, que seja onde quer que esteja me incentiva a lutar todos os dias, isso é apenas uma das conquistas que dedicarei na minha vida para vocês. ix EPÍGRAFE “As nuvens mudam sempre de posição, mas são sempre nuvens no céu. Assim devemos ser todo dia, mutantes, porém leais com o que pensamos e sonhamos; lembre-se, tudo se desmancham no ar, menos os pensamentos”. (Paulo Beleki) x 1. INTRODUÇÃO Os estudos sobre química computacional nas últimas décadas vêm crescendo de forma exponencial, uma simples busca no Google com a seguinte frase ‘Computational Chemestry’ nos gera aproximadamente 11.500.000 resultados e tende a aumentar cada vez mais. Química computacional é definida como a aplicação dos conhecimentos químicos, matemáticos, e da computação à solução dos problemas de interesse químico (CAMARGO, 2001). A IUPAC (International Union of Pure and Applied Chemistry define química computacional como: “Aspectos da pesquisa molecular que são tornados práticos pelo uso de computadores”. Com os novos recursos cada vez mais sofisticados essa área da química teórica visa o estudo de cálculos computacionais baseado nas aproximações da equação de Schrödinger conhecida como aproximação de Born-Oppenheiner os métodos de cálculos existentes são os métodos quânticos: métodos ab initio, métodos semi-empírico e funcional de densidade. A utilização desta ferramenta (química computacional) nas áreas que envolvem tanto a química, quanto físicas e também biologia é imensa, por exemplo, podemos citar: o estudo das propriedades termodinâmicas e mecânicas em ligas metálicas (STUDART; RINO, 2001), a determinação de novas estruturas biomoleculares, desenvolvimentos de novos medicamentos (ARROIO et al., 2010), proposição de novos catalisadores sintéticos (BRANDÃO, 2007), modelagem de processos biológicos– enovelamento de proteínas e interação proteína membrana (ALENCAR, 2010), química dos materiais (ZARBIN, 2007), entre outros. Atualmente, existem métodos teóricos baseado em química computacional, que se tornaram uma ótima opção para a predição de algumas propriedades como: frequências vibracionais, superfície de energia potencial, parâmetros eletrônicos e energias, propriedades moleculares e talvez o mais difícil deles, estruturas de transição. Parâmetros como a energia de um sistema em uma dada geometria e frequências vibracionais podem auxiliar na determinação da estrutura e das propriedades químicas de intermediários e de possíveis estados de transição para um dado caminho reacional (SCHLEGEL; BERTRÁN, 1989). A estrutura de transição é caracterizada por ter uma e 1 somente uma frequência negativa que representa a configuração de máximo da curva e que liga os reagentes aos produtos (VILELA, 2005), a localização de uma estrutura de transição é muito difícil, se baseia muito em tentativas e requer da pessoa que está trabalhado um ‘senso químico robusto’. Esta estrutura de transição encontrada é um máximo em uma única direção da energia potencial conhecido como ponto de sela de ordem 1 (MARTIN; FRANÇOIS; GIJBELS, 1990). Devido a grande dificuldade de se calcular estados de transição, o presente trabalho objetiva estudar teoricamente a termodinâmica e a cinética de reações orgânicas usando métodos de mecânica quântica (semi-empirico e funcional da densidade) e montar um banco de dados, baseados em bancos de dados de moléculas do mundo inteiro, desses estados de transições e disponibiliza-los é um banco de dados virtual, com o seguinte endereço eletrônico: http://www.fatioleg.wix.com/vhcs. 2 2.REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 2.1 REAÇÕES QUÍMICAS Reação química é uma transformação da matéria nas quais envolvem mudanças qualitativas na composição de uma ou mais substância, podendo ser ela, reagente, produto ou estado de transição (MALDANER; PIEDADE, 1995). Na ciência contemporânea a reação química já não é mais vista apenas como um fenômeno químico que ocorre naturalmente, produzindo novas substâncias (RIBEIRO; LOPES, 1995). As reações químicas mais simples podem ser descritas pelo equilíbrio entre duas espécies distintas. Esses processos são governados por duas considerações fundamentais: (i) termodinâmica química que está relacionado diretamente com a variação da energia livre de Gibbs (ΔG), variação da entalpia (ΔH) e variação da entropia (ΔS) como demostrado na equação abaixo: ΔG= ΔH - T ΔS (eq.1) Através desta equação pode se predizer se a reação será espontânea ou não, se o valor da variação da entropia aumentar e da variação da entalpia diminuir, logo conclui que o valor da variação da energia livre é negativo, o que significa uma reação termodinamicamente favorável e espontânea (CASTELLAN; BASÍN, 1987) e (ii) cinética química que é a área responsável pelo estudo da velocidade das reações químicas e dos fatores que as afetam (ALLEN; TILDESLEY, 1987)(CÂNDIDO, 2012)(MARIANO et al., 2008)(VOLLHARDT; SCHORE, 2013). A compreensão de fenômenos físico-químicos (de natureza termodinâmica e cinética) envolvidos no consumo de compostos, reagentes, que levam a formação de substâncias diferentes das iniciais, produtos, auxilia na interpretação dos eventos que favorecem tais processos (SALAUN, 1989). Há também uma grande necessidade de se conhecer os intermediários de reação e das respectivas etapas elementares de formação e consumo dessas espécies (SOUZA, 2013) neste contexto entra o conceito de estado de transição. A teoria do estado de transição ou teoria do complexo ativado está alicerçada no conceito de reações bimoleculares elementares que ligam 3 reagentes a produtos por intermédio do estado de transição (SILVA, 2013) e é definida como uma disposição efêmera dos átomos, na qual o nucleófilo e o grupo retirante são parcialmente ligados ao átomo central que sofre o ataque (SOLOMONS; FRYHLE, 2000). A Figura 1 abaixo ilustra um diagrama da energia livre versus coordenada da reação, onde o topo da barreira energética corresponde ao estado de transição, e a diferença na energia livre entre os reagentes e o estado de transição é a energia livre de ativação. Figura 1: Diagrama da Energia Potencial versus Coordenada da Reação. 4 2.2 BANCO DE DADOS De acordo com Date (1991) um banco de dados é uma coleção de dados operacionais armazenados usados pelos sistemas de uma determinada aplicação, que no caso deste trabalho visa montar um banco de dados virtual e disponibiliza estados de transição de reações orgânicas. Este trabalho teve como base alguns dos bancos de dados como na área de: Cristalografia, física atómica, espectroscopia e cinética química, os quais serão descritos a seguir de acordo com a Tabela 1. Tabela 1: Referente aos bancos de dados utilizados como referência neste trabalho e seus respectivos endereço eletrônico. Banco de dados Endereço eletrônico Cambridge Cristallographic Data Centre (CCDC) http://www.ccdc.cam.ac.uk. Protein Data Bank (PDB) http://www.rcsb.org. National Institute of Standards and technology (NIST) http://www.nist.gov International Spectroscopic Database (IS-DB) http://www.is-db.org. Virtual Atomic and Molecular Data Center (VAMDC) http://www.vamdc.eu. 2.2.1 Cambridge Cristallographic Data Centre (CCDC) O banco de dados de cristalografia de Cambridge (CCDC) é um fornecedor líder de bancos de dados estruturais e de software para a descoberta farmacêutica, desenvolvimento de materiais, pesquisas e educação. O CCDC compila e distribui a Cambridge Structural Database (CSD), repositório mundial de estruturas orgânica e de metais de estruturas cristalinas determinada experimentalmente -agentes orgânicos e aplicativos relacionados software incluindo ouro e Relibase +. Originário do Departamento de Química da Universidade de Cambridge, o CCDC agora é uma instituição totalmente independente, constituída como uma empresa sem fins lucrativos e uma instituição de caridade registrada desde 1987, seu endereço eletrônico é: http://www.ccdc.cam.ac.uk. 5 2.2.2 Protein Data Bank (PDB) O Protein Data Bank (PDB) arquivo mundial é o repositório único de informações sobre estruturas com 3 dimensões de grandes moléculas biológicas, incluindo proteínas e ácidos nucleicos, e conjuntos complexos que ajuda os estudantes e pesquisadores a entender todos os aspectos da biomedicina e da agricultura, da síntese de proteína para a saúde e na doença. O RCSB APO baseia-se nos dados criando ferramentas e recursos para pesquisa e educação em biologia molecular, biologia estrutural, biologia computacional, e além, seu endereço eletrônico é: http://www.rcsb.org. 2.2.3 National Institute of Standards and technology (NIST) O Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia (NIST) é uma agência federal não regulatória dentro do Departamento de Comércio dos Estados Unidos da América-EUA que se baseia em promover a inovação e competitividade industrial. Seus principais ramos de pesquisas laboratoriais são os seguintes: Centro de nanociência e nanotecnologia, tecnologia da comunicação, engenharia, tecnologia da informação, medição de materiais, NIST Center for Research Neutron, medição física, seus principais programas são: Baldrige Programa de Excelência de Desepemnho, Hollings Parceria Extensão Manufatura, Aplicação da Lei de Normas de Escritório (OLES), Estratégia Nacional para Identidades Confiáveis no Ciberespaço (NSTIC) e Smart Grid, de forma a aumentar a segurança econômica e melhorar a qualidade de vida das pessoas, seu endereço eletrônico é: http://www.nist.gov. 2.2.4 International Spectroscopic Database (IS-DB) O Banco de Dados Internacional de Espectrocópia (IS-DB) é uma sociedade beneficiente, que tem disponível um banco de dados eletrônicos e arquivos sobre espectroscopia e dados associados. 6 O IS-DB oferece à comunidade científica a oportunidade de compartilhar seus espectros e desenvolver um recurso vital para as gerações futuras. Essa coleção de espectros ajuda a fornecer melhorias significativas na saúde humana, novos materiais, a protecção do ambiente, desenvolvimento sustentável e progresso educacional, seu endereço eletrônico é: http://www.isdb.org. 2.2.5 Virtual Atomic and Molecular Data Center (VAMDC) O Virtual Atomic and Molecular Data Center (VAMDC) é um consórcio de institutos de pesquisa e instituições que compartilham uma estrutura técnica e política comum para a distribuição e curadoria de dados atômicos e moleculares. O quadro técnico VAMDC Consortium depende da utilização da infraestrutura VAMDC e- ciência que proporciona à comunidade internacional de pesquisa com acesso a uma ampla gama de dados atômicos e moleculares (A & M ) compilados dentro de um conjunto de bases de dados A & M acessível através da prestação de um único portal . Além disso VAMDC visa proporcionar fornecedores e compiladores de dados A & M , com uma grande plataforma de divulgação para o seu trabalho, seu endereço eletrônico é: http://www.vamdc.eu. 7 2.3 MÉTODOS COMPUTACIONAIS Os métodos teóricos em química molecular podem ser divididos em métodos clássicos ou métodos quânticos. A opção de utilizar uma abordagem clássica ou quântica depende muito do tipo de problema que se pretende estudar(TRZESNIAK, 2002). Este trabalho a abordagem é totalmente quântica, utilizando os métodos semi-empírico e teoria do funcional da densidade que será discutido de uma forma mais robusta logo a seguir. 2.3.1 Métodos semi-empírico Os métodos semi-empirico surgiu como uma alternativa para substituir em alguns casos os métodos já criados, pois os métodos teóricos já existentes possuíam um valor bem elevado(KURT, 2010), para se ter uma ideia o custo computacional para se realizar um cálculo do tipo Hartree-Fock é da ordem de K4, sendo K o número de funções-base. A essência dos métodos semiempírico é diminuir os custos computacionais reduzindo o número de integrais(GEORG, 2006). Os métodos dito semi-empíricos tem como objetivo encontrar soluções aproximadas para a equação de Schrödinger empregando parâmetros empíricos e restrições matemáticas mais drásticas do que aquelas utilizadas nos métodos ab initio(LASCHUK, 2005). Alguma das negligências adotadas pelos métodos semi-empírico é que eles consideram para o calculo apenas os elétrons de valência, os outros elétrons são considerados apenas através do efeito de redução nuclear efetiva (blindagem) que provocam(GEORG, 2006) As deficiências encontradas nos métodos semi-empirico se dão pelas aproximações adotadas em seu formalismo, assim como nas limitações inerentes ao problema de otimização de parâmetros, os métodos semi-empirico mais utilizados atualmente são: AM1, PM3, PM6(LASCHUK, 2005). 2.3.2 Teoria do Funcional da Densidade A teoria do funcional da densidade (DFT) tornou-se, nas últimas décadas, um importante método para o estudo de estrutura eletrônicas de sólidos e moléculas(JÚNIOR, 2011). A teoria do funcional da densidade se baseia em dois teoremas propostos por Hohenberg e Kohn [H-K] (HOHENBERG; KOHN, 1964) que podem ser definidos como: 8 1. Para um sistema isolado composto por um número arbitrário de elétrons sujeitos a um potencial externo v (ṝ), este potencial é determinado univocamente, exceto por uma constante, pela densidade do estado fundamental, ou seja, v (ṝ) é um funcional único de n(ṝ ) do estado fundamental. 2. A energia total exata do estado fundamental de um sistema de muitos elétrons sujeito a um potencial v (ṝ ) é um funcional da densidade de carga n0 (ṝ ) associada a este potencial. O sucesso dessa metodologia está na sua capacidade de incluir correlação eletrônica a um custo computacional da ordem daquele do método de Hartree-Fock(GEORG, 2006). Uma das maneiras de reduzir o custo computacional é diminuir o número de coordenadas de integração, ou seja, invés de se utilizar a função de onda de N elétrons que depende de 3N coordenadas (x, y, z de cada elétron) utilizar a densidade eletrônica ρ, que independe na quantidade de elétrons envolvidos, depende simplesmente das três coordenadas x, y, z(TRZESNIAK, 2002). Esse é o principio da teoria do funcional da densidade. Infelizmente, este teorema, não demonstra ainda como obter o funcional exato, é necessários algumas aplicações práticas densolvidas pelo método formulado de Kohn e Sham que assumem um funcional composto por um termo de energia cinética e um termo de exchange-correlação Exc (HUSSEIN; SALINAS, 2002). Na prática, os cálculos de Kohn-Sham são auto-consistentes e resolvidos iterativamente de forma similiar às equações de Hartree-Fockm, os termos de exchange e de correlação podem ser de natureza local ou não-local (FÁVERO, 2009). Alguns funcionais foram desenvolvidos a partir da mecânica quântica fundamental e outros a partir da parametrização de funções que melhor reproduzem resultados experimentais(ANNA; CARLOS, 2009). Atualmente, um dos modelos mais utilizados é o método do funcional de troca híbrido de 3 parâmetros de Becke e do funcional de Lee-Yang-Parr (B3LYP), devido à qualidade dos seus resultados, particularmente para moléculas orgânicas(JÚNIOR, 2011)(ANNA; CARLOS, 2009), por isso este trabalho usará este funcional. 9 3. RECURSOS NECESSÁRIOS 3.1 Métodos Empregaremos na realização deste projeto quatro metodologias de cálculo: a Teoria do Funcional da Densidade (DFT)(CALAIS, 1993), métodos semi-empírico (PM6) e Teoria do Estado de Transição (EYRING, 1935; THUHLAR.; ISAACSON.; GARRETT, 1985). Inicialmente, iremos caracterizar as estruturas de transições das reações usando a DFT com o funcional híbrido de troca e correlação B3LYP e com os conjuntos de bases 6-31G* e 6311++G**. Em seguida, usaremos a teoria do Coupled Cluster que tem uma alta precisão no cálculo das energias das estruturas de transições. A caracterização dos estados estacionários será realizada pela análise das freqüências vibracionais escalonadas. O ZPE (Zero Point Energy) será usado na correção das energias. As etapas a serem seguidas no projeto são calcular os parâmetros geométricos e as energias dos reagentes e produtos usando os níveis de teoria PM6 e DFT/B3LYP/(6-31G*) e interpretar e publicar os resultados. 3.2 Infraestrutura Para a execução do presente projeto o grupo de Química Teórica e Estrutural de Anápolis (QTEA) tem a sua disposição um cluster de 20 nós, onde cada nó é constituído por um microcomputador i7 com 4 GB de memória RAM e 400 GB de disco. O cluster utiliza o sistema operacional Fedora Core 13.0. Temos ainda, a nossa disposição dez microcomputadores que utilizam o sistema operacional Windows XP que são usados para análise dos resultados dos cálculos e processamento de textos. Caso ainda haja necessidade, poderemos utilizar os computadores do CENAPAD (Centro Nacional de Processamento de Alto Desempenho) de São Paulo. O CENAPAD-SP disponibiliza um ambiente computacional, baseado em máquinas RISC (IBM) e Intel/Itanium2 (SGI), com sistema operacinal Unix. São 64 máquinas, totalizando uma capacidade de processamento em torno de 525.38 GFLOPs e 8.1 TB de disco externo. O acesso ao CENAPAD se dá através da abertura de uma conta para a execução do projeto. Temos ainda, a nossa disposição, os seguintes softwares: NWChem 5.0(VALIEV et al, 2010), Gaussian09(FRISCH 10 et al, 2009) e um código em linguagem Fortran com a implementação da TST. Caso seja necessário, poderemos adquirir funções de bases extras no site EMSL(SCHUCHARDT et al, 2007). 4. RESULTADOS E DISCUSSÕES Será catalogado posteriormente diversos estados de transições que estão disponíveis na literatura e armazená-los em um site que será construído para possíveis downloads. Haverá também um espaço reservado para que pesquisadores com a mesma linha de pesquisa depositem seus arquivos (inputs). Logo abaixo se apresentam diversas reações químicas especificas obtidas durante este projeto, apresentando seus respectivos parâmetros geométricos tais como: distância de ligação, ângulo de ligação e ângulo de torção envolvendo a região onde acontece a reação de interesse, também é disponibilizado os arquivos dos estados de transição (inputs) e seus mecanismos, deve-se salientar que este projeto terá continuidade no programa de mestrado de Ciências Moleculares da Universidade Estadual de Goiás – UEG, que terá inicio já em agosto deste ano. 4.1 Transferências de Hidrogênio As reações que envolvem transferência de hidrogênio são bem conhecidas e comuns, onde o hidrogênio é um átomo parcialmente positivo, ou seja, ele é um átomo eletrófilo, um ácido de Lewis, no qual um nucleófilo, um átomo com grande capacidade de doar elétrons para formar ligações abstrai o hidrogênio. Nas reações que são descritas neste trabalho, o nucleófilo é a molécula de hidroxila (OH-) que é uma base com alta capacidade de doar seus pares de elétrons para formar uma ligação com átomo parcialmente positivo que é o átomo de hidrogênio, para a formação de um carbocátion e uma molécula de água, sendo, portanto uma reação de condensação. 11 Figura 2: Parâmetros Geométricos para a Reação de Transferências de Hidrogênios. Foram obtidos estados de transições para este tipo de reação genérica acima, de um carbono tetraédrico ligado com três átomos de hidrogênio, variando apenas um ligante, que esta representada na figura acima por um ligante verde, no qual esse ligante pode ser um átomo de: hidrogênio (H), bromo (Br), cloro (Cl), flúor (F), cianeto (CN), na qual serão descritas na Tabela a seguir os seus parâmetros geométricos. Tabela 2: Parâmetros obtidos para as reações que envolvem transferência de hidrogênios. Tipo de reação CH3Cl + OH CH3Br + OH CH3F + OH CH3CN + OH CH4 + OH d1 1.25572 1.31348 1.19376 1.22165 1.19610 d2 1.24172 1.18510 1.30317 1.24337 1.29849 A1 108.41634 107.82842 107.87516 106.72175 107.33575 A2 103.34200 99.44845 95.62029 99.71258 96.98405 T1 0.00296 -0.00739 -0.03823 0.10803 59.21400 d1= distância de ligação rompida; d2= distância de ligação formada; A1= Ângulo da ligação que está sendo rompida; A2= Ângulo da ligação que está sendo formada; T1= Ângulo de torção entre os planos. 4.1.1 Adição de Haletos de Hidrogenios aos Alcenos: Segundo Regra de Markovnikov A adição de um haleto de hidrogênio (HX) onde X é um halogênio, segue o mecanismo de Markovnikov, no qual diz que o átomo de hidrogênio irá ser adicionado no carbono do alceno onde estiver mais hidrogenado, e o íon haleto posteriormente será adicionado no átomo de carbono que estiver menos hidrogênio, neste trabalho, conseguiu-se calcular o estado de transição da primeira etapa dessa reação, onde o alceno ataca o haleto de hidrogênio, seguindo o mecanismo de Markovnikov, o interessante da ilustração da Figura X abaixo, é de que como o alceno é assimentrico, e está em ressonância, portanto o hidrogênio pode ir tanto para a extremidade direita quanto da esquerda, de acordo com a regra de Markovnikov liberando um íon haleto que fará parte da segunda etapa dessa reação. 12 Na Figura 3 abaixo se ilustra o estado de transição para a formação de um haleto de alquila, no qual estão descritos os mesmos parâmetros geométricos descritos anteriormente. Figura 3: Parâmetros Geométricos da Reação de Adição de Haletos de Hidrogênio aos Alcenos via Regra de Markovnikov. 4.2 Reações de Nitração As reações de nitração são caracterizadas pela introdução irreversível de um ou mais grupo nitro (NO2) em uma molécula orgânica. O grupo nitro pode atacar um carbono para formar um nitrocomposto (alifático ou aromático), um oxigênio para formar um éster ou um nitrogênio para obter N-nitro compostos. A reação que estudamos e obtivemos estados de transições é a que forma nitrocompostos, ou nitração aromática, que consiste na substituição de um átomo de hidrogênio do anel aromático por uma molécula de NO 2, 13 oriundo da dissociação do ácido nítrico, liberando uma molécula de água no final da reação. Na Figura 4 abaixo está descrito os parâmetros geométricos tais como: distância de ligação que está sendo rompida e da ligação que esta sendo formada (d1 e d2, respectivamente), ângulo da ligação que está sendo formado e rompida (A1 e A2, respectivamente) e o ângulo de torção entre os dois planos da reação (T1). Figura 4: Parâmetros Geométricos da Reação de Nitração Aromática. 4.3 Reação de Morita-Baylis-Hillman O conhecimento e a elucidação desta reação ainda é pouco conhecida, porém nos últimos anos existem diversos pesquisadores que vem estudando essa reação e dando a sua contribuição para o seu melhor entendimento (RODRIGUES et al., 2014) (FERNANDO COELHO, 2000). O seu mecanismo resulta numa ligação carbono-carbono entre carbonos eletrofílicos sp2 (geralmente um aldeído) e a posição α de uma olefina contendo um grupo retirador de elétrons, normalmente a reação acontece por ativação de um catalizador. Na Figura 5 abaixo é mostrado o estado de transição obtido entre 14 esses dois reagentes e também seus parâmetros geométricos para o seu melhor entendimento. Figura 5: Parâmetros Geométricos da Reação de Morita-Baylis-Hilman descritos no canto inferior à esquerda. 4.4 Reação Atmosférica As reações atmosféricas acontecem geralmente na presença de radiação ultravioleta, pois na maioria das vezes forma se radicais, para que posteriormente esse radical reaja com outra molécula, obtivemos nesse trabalho um estado de transição de uma reação que acontece na atmosfera, no qual o nitrogênio, do oxido nítrico doa seus pares de elétrons para forma uma ligação com um dos oxigênios da extremidade da molécula de ozônio, formando dióxido de nitrogênio e oxigênio molecular. Na Figura 6 abaixo ilustramos os parâmetros geométricos da região onde ocorre a reação. 15 Figura 6: Parâmetros Geométricos da Reação do Óxido Nítrico e Ozônio. 4.5 Ciclos Inorgânicos Sabe-se que anéis de 5 ou 6 membros possuir uma estabilidade maior por não possuir uma tensão entre os seus átomos, essa reação que atualmente está sendo estudado por cientista e foi publicada em uma revista renomada, Angewandte Chemie International Edition, pelos seguintes cientistas: Xiaoqing Zeng ,Hongmin Li,Hailong Sun, Helmut Beckers ,Helge Willner 3 e Henry F. Schaefer III. O mecanismo para a obtenção do anel aromático 2,4-diphospha-3,5diaza-tiol (ciclo-SNPNP), inicia-se primeiramente com a formação de um anel de 6 membros, a partir de dois reagentes formados pela ligação S-N-P, sendo formado então o anel de seis membros, no qual não possui estabilidade termodinamicamente favorável, sendo assim sofre um rearranjo intramolecular, liberando um átomo de enxofre, e fechando o ciclo de 5 membros com uma ligação entre nitrogênio e fosforo, essa reação acontece por meio de pirolise e 16 com atmosfera inerte, o gás inerte utilizado é o argônio, este é o mecanismo para o estado de transição obtido da Figura 7 abaixo. Figura 7: Parâmetros geométricos da reação para a formação de um ciclo inorgânico 4.6 Arquivos Está parte do trabalho é disponibilizado para os inputs das reações obtidas de todos os estados de transições, nesse tópico será mostrado um input como exemplo na Figura 8 , e no Apêndice A serão demonstrado os demais, no input mostrado abaixo, é mostrado o “chk” do arquivo que é onde é guardado as integrais, a densidade eletrônica e também a geometria da reação. Na segunda linha é mostrada a capacidade da memória utilizada no Cluster, no uso de cálculo leves não há a necessidade do mesmo. 17 Na terceira linha é mostrada a quantidade de processadores, só é necessária a utilização na plataforma Windows, se for à plataforma Linux o mesmo não é necessário. Na quarta linha são designadas as palavras chaves, que são necessárias para que o programa Gaussian 09 leia e rode os cálculos para a obtenção dos estados de transição, a utilização da palavra “freq” é feita para que gere o espectro no infravermelho, para que se confirme uma frequência negativa característica de um estado de transição, a palavra “pm6” é o tipo de método computacional adotado para o cálculo ser rodado, a palavra “geom=connectivity” é para que os átomos possuam as suas conectividades ligadas uns aos outros, e palavra “opt=ts” caracteriza que será otimizado um cálculo de estado de transição. Na linha seguinte é descrito o tipo de reação, posteriormente são demonstrados a carga da molécula e a sua multiplicidade, caracterizada neste exemplo pelos números 0 e 2, respectivamente, logo depois é representado os átomos com suas respectivas posições no eixo (x,y e z ) no plano cartesiano e por fim as conectividade dos átomos. 18 Figure 8: Inpunt de uma reação de transferência de hidrogênio obtido a partir de um editor de bloco de notas. 4.7 Estrutura do Site A estrutura do site no qual conterá o banco de dados dos estados de transições de diferentes reações químicas é mostrada na Figura 8 logo abaixo. 19 Figure 9: Estrutura do Web Site Como pode ser visto acima, a estrutura do site disponibilizará diversos tipos de reações, no exemplo acima do website foram demostrado apenas três tipos de reações, isso não quer dizer que será necessariamente isso, a ideia do trabalho é que venha disponibilizar mais tipos de reações, sendo que neste próprio trabalho existe uma gama de reações já com seus mecanismos e input disponibilizado também é demonstrado uma breve descrição da reação de interesse, o status, que significa se a reação já possui todos os cálculos disponíveis para o seu download e por fim é disponibilizado o input em forma de download, deve-se salientar que o trabalho terá continuidade no programa de Pós-Graduação e que o site será construído neste intervalo de tempo. 20 5. CONCLUSÕES A teoria do estado de transição é uma ótima alternativa para ter resultados teóricos, como propriedades eletrônicas e termodinâmicas com uma acurácia tão perfeita como aquelas que utilizam resultados experimentais. Pode-se observar que para o cálculo de estado de transição requer muito tempo, pois a sua dificuldade requer do pesquisador um senso químico robusto, mas deve-se salientar que mesmo com a dificuldade apresentada, obtivemos bons resultados e parâmetros geométricos de reações fundamentais na química orgânica clássica, tais como: transferências de hidrogênio, adição de haletos de hidrogênio em alcenos, entre outras e de reações que estão sendo discutidas no campo cientifico atual, como a obtenção de ciclos inorgânicos com ligações entre átomos de enxofre, fosforo e nitrogênio e reação conhecida como de Bayllis-Hillman. A construção do site não foi executada, porém será construída durante o programa de mestrado de Ciências Moleculares, dando continuidade no projeto que foi feito durante a graduação, mesmo sem a construção do site, este trabalho apresenta os inputs que estão disponibilizados no Apêndice A para o uso de pessoas afins das reações que foram discutidas neste trabalho. 21 6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALENCAR, S. A. Utilização de ferramentas computacionais para o estudo do impacto funcional e estrutural de nsSNPs em genes codificadores de proteínas. Tese. ALLEN, M. P.; TILDESLEY, D. J. Computer simulation of liquids. New York: Oxford, v. 385, 1987. ANNA, S.; CARLOS, M. R. Métodos de modelagem molecular para estudo e planejamento de compostos bioativos : Uma introdução. Revista Virtual de Química, v. 1, n. 1, p. 51–55, 2009. ARROIO, A. et al. Quim. Nova,. v. 33, n. 3, p. 694–699, 2010. BRANDÃO, T. A. DA S. 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Química Nova, v. 30, n. 6, p. 1469–1479, 2007. 23 APÊNDICE A %chk=OPT_TS.chk %nprocshared=2 # freq pm6 geom=(connectivity) opt=ts Transferência de hidrogênio, reação: CH4 + OH 02 C 1.19474900 -0.00811500 0.00000100 H 0.00975600 0.15451900 0.00013500 H 1.60479500 0.99332700 -0.00287500 H 1.44561100 -0.55070000 O -1.28789000 H -1.37058400 -0.85400000 -0.00001300 H 1.44504700 -0.55555600 -0.89830300 0.90108900 0.10763700 -0.00000500 1 3 1.0 4 1.0 7 1.0 2 3 4 5 6 1.0 6 7 24 %chk=OPT_TS_Br.chk %mem=3GB %nprocshared=2 # freq pm6 geom=(connectivity) opt=ts Transferência de hidrogênio, reação: CH3Br + OH 02 C 0.62707800 1.04127200 0.00000800 H 1.72172100 0.31534000 -0.00002100 H 0.66451200 1.61363100 H 0.66449400 1.61365300 -0.90868700 Br -0.86817000 -0.15324600 -0.00000100 O 2.66827600 -0.39774600 -0.00001400 H 2.22655500 -1.24469400 0.90871700 0.00010000 1 3 1.0 4 1.0 5 1.0 2 3 4 5 6 7 1.0 7 25 %chk=OPT_TS_Cl.chk %mem=50MW # freq pm6 geom=(connectivity) opt=ts Transferência de hidrogênio, reação: CH3Cl + OH 02 C -0.05373700 0.97573500 0.00000400 H -1.18451400 0.42967200 -0.00003800 H 0.00602300 1.55262100 -0.91764600 H 0.00598300 1.55257300 O -2.17764600 -0.31568000 -0.00000100 H -1.78330700 -1.22059000 Cl 1.21761200 -0.33195600 -0.00000300 0.91768600 0.00004500 1 3 1.0 4 1.0 7 1.0 2 3 4 5 6 1.0 6 7 26 %chk=OPT_TS_CN.chk %mem=3GB %nprocshared=2 # freq pm6 geom=(connectivity) opt=ts Transferência de hidrogênio, reação: CH3CN + OH 02 C -0.08499600 1.03587400 0.00009200 H -1.11916300 0.38555500 -0.00056500 H -0.11586400 1.63313300 -0.90205600 H -0.11639300 1.63224400 O -1.97366400 -0.51765700 -0.00020200 H -1.39345400 -1.29113100 C 1.00964700 N 1.85518400 -0.70235100 -0.00007500 0.90280000 0.00152000 0.08044500 -0.00001900 1 3 1.0 4 1.0 7 1.0 2 3 4 5 6 1.0 6 27 7 8 3.0 8 28 %chk=OPT_TS_F.chk %mem=3GB %nprocshared=2 # freq pm6 geom=(connectivity) opt=ts Transferência de hidrogênio, reação: CH3F + OH 02 C 0.60564900 0.64823300 0.00000100 H -0.57770700 0.49093500 -0.00072600 H 0.85052600 1.18721000 -0.90723000 H 0.85020100 1.18706600 0.90739800 O -1.75862900 -0.06012700 0.00009700 H -1.43787100 -0.97121300 -0.00052000 F 1.19444300 -0.58915300 0.00003300 1 3 1.0 4 1.0 7 1.0 2 3 4 5 6 1.0 6 7 29 %chk=01-Reações de compostos Aro.chk # freq pm6 geom=(connectivity) opt=ts Nitração Aromática 11 C 2.20155100 0.00144700 0.48038300 C 1.61397200 1.22647300 0.10718800 C 0.45072600 1.23649600 -0.64083600 C -0.21608900 0.00586300 -0.95845800 C 0.45896200 -1.22564800 -0.66226400 C 1.62218300 -1.22086000 0.08574300 H 3.13318100 -0.00056400 1.06441300 H 2.10850800 2.16728500 0.38267600 H 0.01515400 2.18109500 -0.98803500 H 0.02952500 -2.16692200 -1.02571500 H 2.12311000 -2.16296800 0.34478300 N -1.72663900 -0.00632300 0.37620000 O -2.65693900 O -1.24941500 -0.02882700 H -0.85999400 0.01290600 -0.30468900 1.42658400 0.01107900 -1.85721100 1 2 1.5 6 1.5 7 1.0 30 2 3 2.0 8 1.0 3 4 1.5 9 1.0 4 5 1.5 15 1.0 5 6 2.0 10 1.0 6 11 1.0 7 8 9 10 11 12 13 2.0 14 2.0 13 14 15 31 %chk=CTS_etapa1.chk # freq pm6 geom=(connectivity) opt=ts Adição de haletos de hidrogênio à alcenos 01 C 1.61618400 1.22393100 0.18668600 H 0.32948500 1.08373400 0.02678700 H 1.92023700 2.15632200 -0.28369600 H 1.53571900 1.35467200 C 2.08324400 0.00020700 -0.33789900 C 1.61659500 -1.22388700 H 1.92177900 -2.15610100 -0.28327200 H 1.53664500 -1.35479800 H 2.64693200 H 0.33067300 -1.08193500 Br -1.20336000 -0.00010400 -0.02744800 1.27108600 0.18666000 1.27102900 0.00024800 -1.27943000 0.02548600 1 3 1.0 4 1.0 5 1.5 2 3 4 5 6 1.5 9 1.0 32 6 7 1.0 8 1.0 7 8 9 10 11 33 %chk=C:\Users\Flávio\Desktop\Flavio_TS\REACTANTS.chk %mem=20MW # freq pm6 geom=(connectivity) opt=ts Reação atmosférica 02 O 1.06082600 0.15400400 0.41724100 O 1.52477900 -0.66468900 -0.29304100 O 0.24070200 0.92354700 -0.10368600 N -1.50143300 0.34484100 -0.19194800 O -1.51255400 -0.71459800 0.14744100 1 2 2.0 3 1.5 2 3 4 5 2.0 5 34 %chk=Scheafer_TS2_2.chk # freq pm6 geom=(connectivity) opt=ts Reação para formação de ciclo inorgânico 01 S -1.85657200 -0.73110000 -0.00015100 S 2.43933400 P 0.18147800 -1.33332700 P -0.49736100 1.68381700 -0.00001000 N -1.59346100 0.74245100 0.00015200 N 0.93832500 0.02634200 0.00026300 0.06616900 -0.00012600 0.00011200 1 3 1.0 5 2.0 2 6 2.0 3 6 2.0 4 5 2.0 5 6 35 %chk=Search_TS_SR.chk # freq pm6 geom=(connectivity) opt=ts Reação de Morita-Baylis-Hilman 11 N 2.06212900 2.69272700 1.50450400 C 1.51389700 2.09415500 0.38449600 O 1.97598200 2.09654700 -0.73644200 N 0.17340700 1.50914200 C -0.35620800 0.67615700 -0.38706400 C -1.82620400 0.52751900 -0.50119600 C -2.70968200 0.85465600 0.54421400 C -4.08781200 0.75696500 0.35221300 C -4.59933200 0.33001000 -0.88012600 C -3.72646500 -0.00234400 -1.92058700 C -2.34528900 0.09672900 -1.73641600 H 1.81765300 2.40424400 2.44242500 H 3.01251100 3.05467000 1.41171300 H -0.33496500 1.68407100 1.45115000 H -2.33263600 1.20726400 1.50395600 H -4.77342400 1.03031600 1.15863200 H -5.68139100 0.26710300 -1.03094200 H -4.12536500 -0.32535600 -2.88686000 H -1.67527900 -0.14592400 -2.56563200 H 0.21874400 C 0.19600100 -1.15740100 0.58236500 0.66148800 -1.35301200 0.05867700 36 C -0.58221900 -1.61929600 1.13375300 C -1.82477600 -2.39106000 0.98302300 C 1.67120600 -1.00070900 0.22608200 O 2.25892600 -0.44563500 1.12883400 O 2.27459400 -1.58310100 -0.83828000 C 3.74250400 -1.43433500 -0.98090800 C 4.00958200 -0.21481400 -1.82569300 H -0.05679300 -1.60673700 -0.92733500 H -2.53861600 -1.91723700 0.27084300 H -1.63803700 -3.39767000 0.54544800 H -2.39329400 -2.56832500 1.91066000 H 4.19648500 -1.38468000 0.02473200 H 3.99204500 -2.38831500 -1.48311100 H 5.08847100 -0.06843400 -1.98385600 H 3.54686200 -0.28795000 -2.81971900 H 3.62491100 O -0.17428800 -1.28908300 2.35509100 H -0.72955300 -1.66900300 3.11205200 0.71019400 -1.36565600 1 2 1.0 12 1.0 13 1.0 2 3 2.0 4 1.0 3 4 5 1.0 14 1.0 5 6 1.0 20 1.0 6 7 1.5 11 1.5 7 8 1.5 15 1.0 8 9 1.5 16 1.0 37 9 10 1.5 17 1.0 10 11 1.5 18 1.0 11 19 1.0 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 1.5 24 1.0 29 1.0 22 23 1.0 38 1.5 23 30 1.0 31 1.0 32 1.0 24 25 2.0 26 1.0 25 26 27 1.0 27 28 1.0 33 1.0 34 1.0 28 35 1.0 36 1.0 37 1.0 29 30 31 32 33 34 35 38 36 37 38 39 1.0 39 39