FUNDAMENTOS DE ROBÓTICA Modelo Cinemático de Robôs Manipuladores Modelo Cinemático de Robôs Manipuladores • Introdução • Modelo Cinemático Direto • Modelo Cinemático de um Robô de 2 GDL • Representação de Denavit-Hartenberg • Exemplos de Aplicação • Modelo Cinemático Inverso • Método Geométrico • Método Baseado nas Matrizes Homogêneas • Modelo Cinemático Diferencial Prof. Silas do Amaral - UDESC 2 Cinemáticas Direta e Inversa Coordenadas das Juntas (q1, q2, ..., qn) Cinemática Inversa Cinemática Direta Posição e Orientação do E. Final (x, y, z, α, β, γ) Prof. Silas do Amaral - UDESC 3 Cinemáticas Direta e Inversa Espaço das Juntas Espaço Operacional Prof. Silas do Amaral - UDESC 4 Modelo Cinemático Direto Conhecidas as coordenadas das juntas e os parâmetros geométricos de um robô de 6 GDL, a posição e a orientação do EF são descritas em um sistema de coordenadas de referência pelas seguintes relações: x = fx (q1, q2 , q3 , q 4 , q5 , q6 ) y = fy (q1, q2 , q3 , q 4 , q5 , q6 ) z = fz (q1, q2 , q3 , q 4 , q5 , q6 ) α = fα (q1, q2 , q3 , q 4 , q5 , q6 ) β = fβ (q1, q2 , q3 , q 4 , q5 , q6 ) γ = fγ (q1, q2 , q3 , q 4 , q5 , q6 ) Prof. Silas do Amaral - UDESC 5 Manipulador de 2 GDL Para um manipulador de 2 GDL, a descrição da sua cinemática direta é obtida facilmente. x = l1 cos q1 + l2 cos(q1 + q2 ) y = l1 sen q1 + l2 sen(q1 + q2 ) Para obter a cinemática direta de manipuladores com maior número de graus de liberdade, é necessário um procedimento sistemático. Prof. Silas do Amaral - UDESC 6 Método Baseado nas MTH’s A cada elo do robô, associa-se um sistema de coordenadas. MTH’s são usadas para representar rotações e/ou translações relativas entre elos. Denota-se por i-1Ai a MTH que descreve o sistema de referência {Si}, solidário ao elo i, em relação a {Si-1}, solidário ao elo i-1. Desta forma, 0A 1 1A 2 0A k descreve {S1} com relação à base (elo 0); descreve {S2} com relação {S1}; descreve {Sk} com relação à base. Além disso, são válidas as relações ao lado: Para um robô de 6 GDL, a MTH do EF em relação à base é dada por: 0 A 2 = 0 A 11 A 2 0 A 3 = 0 A 11 A 2 2 A 3 0 A k =0 A 11 A 2 ... k −1 Ak T = 0 A 6 = 0 A 11 A 2 2 A 3 3 A 4 4 A 5 5 A 6 Prof. Silas do Amaral - UDESC 7 Parâmetros de Denavit Denavit--Hartenberg Prof. Silas do Amaral - UDESC 8 Transformações Básicas Para estabelecer um método sistemático, é necessário definir 4 transformações básicas relacionadas a cada junta. A cada uma destas transformações está associado um parâmetro cinemático. As transformações básicas e seus respectivos parâmetros são: 4 Rotação de um ângulo θi em torno do eixo zi-1 4 Translação de uma distância di ao longo do eixo zi-1, ou do vetor di = (0, 0, di) 4 Translação de uma distância ai ao longo do eixo xi, ou do vetor ai = (ai, 0, 0) 4 Rotação de um ângulo αi em torno do eixo xi Prof. Silas do Amaral - UDESC 9 Transformações Básicas Z0 Z1 Rotação do ângulo θi em torno de zi-1 θ θi - Ângulo entre os ei- Y1 Y0 θ xos xi-1 e xi, medido em um plano perpendicular ao eixo zi-1, usando a regra da mão direita. Parâmetro variável em juntas rotacionais. X0 X1 Prof. Silas do Amaral - UDESC 10 Transformações Básicas Z0 Z1 d Y1 θ di - Distância ao longo θ Y0 X1 X0 Translação da distância di ao longo do eixo zi-1 do eixo zi-1, desde a origem do sistema de coordenadas i-1 até a intersecção entre os eixos zi-1 e xi. Parâmetro variável em juntas prismáticas. Prof. Silas do Amaral - UDESC 11 Transformações Básicas Z0 Z1 Translação da distância ai ao longo do eixo xi θ Z1 d Y1 a Y0 θ X0 X1 ai - Distância ao longo do eixo xi, desde a intersecção entre os eixos zi-1 e xi até a origem do sistema i para junta rotacional. Para junta prismática, é a distância mais curta entre os eixos zi-1 e zi. Prof. Silas do Amaral - UDESC 12 Transformações Básicas Z0 d Rotação do ângulo αi em torno de xi θ Z1 Y1 αi - Ângulo entre os ei- α a Y0 θ X0 xos zi-1 e zi, medido em um plano perpendicular ao eixo xi, usando a regra da mão direita. α X1 Prof. Silas do Amaral - UDESC 13 Composição das Transformações Básicas As transformações básicas devem ser realizadas na ordem indicada abaixo, produzindo a seguinte matriz de transformação do sistema {Si} com relação ao sistema {Si-1}: i-1 A i = T( z, θ i ) T(0,0, di ) T(a i ,0,0) T( x, α i ) Cθ i Sθ = i 0 0 Cθ i Sθ = i 0 0 0 0 1 0 Cθ i 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 1 0 0 - Cα i Sθ i Sα i Sθ i Cα i Cθ i - Sα i Cθ i - Sθ i Sα i 0 Cα i 0 0 1 0 0 0 1 di 0 0 1 0 a i Cθ i a i Sθ i di 1 0 0 0 a i 1 0 1 0 0 0 Cα i 0 1 0 0 Sα i 0 0 1 0 0 Prof. Silas do Amaral - UDESC 0 − Sα i Cα i 0 0 0 0 1 14 Parâmetros de DenavitDenavit-Hartenberg Comprimento do Elo ai = (zi −1 I x i ) , Oi xi Distância medida ao longo da normal comum entre os eixos das juntas. Traduz o conceito de afastamento linear entre eixos. Distância entre Elos d i = Oi −1 , (zi −1 I x i ) zi −1 Também designado por deslocamento de juntas, isto é, a distância entre elos medida ao longo do eixo da junta anterior. Ângulo de Junta θi = ∠(x i −1 , x i ) zi −1 Ângulo definido normalmente entre o eixo de um elo e o eixo do elo seguinte. Ângulo de Torção do Elo α i = ∠(zi −1 , zi ) xi Ângulo de torção do elo, desde o eixo de uma junta até o eixo da junta seguinte. Prof. Silas do Amaral - UDESC 15 Algoritmo de Denavit-Hartenberg 1 a) Numerar os elos, iniciando em 1 (primeiro elo móvel) e terminando em n (último elo móvel). A base do robô é numerada como o elo 0. b) Numerar as juntas, iniciando em 1 (ref. 1º GDL) e terminando em n. c) Localizar o eixo de cada junta. Se rotacional, é o eixo de rotação; se prismática, é o eixo ao longo do qual ocorre o deslocamento. 2 Para i variando de 0 a n-1, situar o eixo zi sobre o eixo da junta i+1. 3 Situar a origem do sistema da base {S0} em qualquer ponto do eixo z0. Os eixos x0 e y0 devem formar um sistema dextrógiro com z0. 4 Para i variando de 1 até n-1, a) Situar o sistema {Si}, solidário ao elo i, na intersecção do eixo zi com a linha normal comum a zi-1 e zi. Se os eixos se interceptarem, localizar Oi na intersecção. Se os eixos forem paralelos, localizar Oi na junta i+1. Prof. Silas do Amaral - UDESC 16 Algoritmo de Denavit-Hartenberg 4 b) Definir xi = ±(zi-1 ⊗ zi). Se xi for orientado de zi-1 para zi, ai ≥ 0. Se zi-1 e zi forem paralelos, situar xi na normal comum a zi-1 e zi. c) Definir yi = zi ⊗ xi, formando um sistema dextrógiro. 5 Situar o sistema {Sn} no extremo do robô de modo que zn coincida com a direção de zn-1 e xn seja normal a zn e zn-1. Para i variando de 1 até n, 6 a) Obter os parâmetros de D-H: θi , di , ai e αi. b) Obter as MTH’s dos elos: 7 i-1A . i Obter a MTH que relaciona {Sn} a {S0}, isto é, T = 0A1 1A2 ... n-1An. Com isso, obtêm-se a posição e a orientação do extremo do robô referidas a sua base, em função das coordenadas das juntas. Prof. Silas do Amaral - UDESC 17 Exemplo 1 Obter os parâmetros D-H para o manipulador abaixo. Junta θ θ1 1 θ2 2 Prof. Silas do Amaral - UDESC d a α 0 l1 0 0 l2 0 18 Exemplo 2 Obter os parâmetros D-H para o manipulador abaixo. Junta 1 2 Prof. Silas do Amaral - UDESC θ d a α θ1 L1 0 90 θ2 0 L2 0 19 Estabeleça os sistemas de coordenadas para o manipulador Robô SCARA ao lado e obtenha os parâmetros de Denavit-Hartenberg. Prof. Silas do Amaral - UDESC 20 Robô SCARA Sistemas de Coordenadas Junta 1 2 3 4 θ d a α θ1 LA LB π θ2 0 LC 0 0 d3 0 0 θ4 LD 0 0 Parâmetros de Denavit - Hartenberg Prof. Silas do Amaral - UDESC 21 Robô IRB6400C de 6 GDL Prof. Silas do Amaral - UDESC 22