Sumário e Objectivos Sumário: Torção de Veios de Secção Circular Objectivos da Aula: Apreensão dos conceitos Fundamentais associados à torção de veios de Secção Circular. Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 1 Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 2 Torção Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 3 Vigas Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 4 Torção de Um Veio de Secção Circular Um veio cilíndrico de material homogéneo e isotrópico está sujeito a momentos torsores, Mt, sendo z o eixo coincidente com o eixo ∑doM x = 0 cilindro, está em equilíbrio se os momentos torsores aplicados forem iguais e de sinais opostos. Os binários Mt aplicados produzem uma rotação relativa f entre as duas secções extremas, de tal modo que a geratriz AB, inicialmente rectilínea, se deforma segundo a configuração de uma hélice cilíndrica A´B´. Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 5 Torção de Um Veio de Secção Circular Pressupostos Fundamentais: 1- Secções Rectas do Cilindro permanecem Circulares e planas, após deformação, rodando em torno do respectivo centro. 2- Um raio traçado sobre uma secção recta permanece rectilíneo durante a deformação do veio. 3- O ângulo entre dois quaisquer raios no plano duma secção recta permanece constante durante a deformação da barra. 4- Se se considerar um ângulo de torção total pequeno não há variação do raio nem do comprimento do veio. Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 6 Torção de Um Veio de Secção Circular Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 7 Secção Arbitrária Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 8 Torção de Um Veio de Secção Circular S´S * dφ =r Δ x → 0 R * S´ dz γ = lim A relação deformação – deslocamento para 1 1 dφ um veio de secção circular é εθx = γ = r 2 2 dz As outras componentes do tensor das deformações em coordenadas cilíndricas são: ε θ r = ε rz = ε rr = ε θθ = ε zz = 0 Vector Deslocamentos Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 2ε θ z = γ = r dφ = rθ dz ⎧u ⎫ ⎧ 0 ⎫ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎨ v ⎬ = ⎨rθz ⎬ ⎪w ⎪ ⎪ 0 ⎪ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭ Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 9 Torção de Um Veio de Secção Circular O tensor das deformações tem a forma ⎡ ε zz ⎢ ⎢ ε θz ⎢⎣ ε rz ε zθ ε θθ ε rθ sendo ε zr ⎤ ⎡ 0 ⎥ ⎢ ε θr ⎥ = ⎢ rθ / 2 ε rr ⎥⎦ ⎢⎣ 0 rθ / 2 0 0 γ = 2ε θ z = 0⎤ 0 ⎥⎥ ou ε zθ = rθ / 2 0 ⎥⎦ 1 ∂w dv + = rθ r ∂θ dz O tensor das tensões toma a forma ⎡ σ zz ⎢ ⎢ τ θz ⎢⎣ τ rz τ zθ σ θθ τ rθ Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 τ zr ⎤ ⎡ 0 ⎥ ⎢ τ θr ⎥ = ⎢ Grθ σ rr ⎥⎦ ⎢⎣ 0 Grθ 0 0 0⎤ 0 ⎥⎥ ou τ zθ = Grθ (4.4) 0 ⎥⎦ Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 10 Torção de Um Veio de Secção Circular (4.5) Figura 4.3 Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 11 Momento Torsor As tensões distribuídas na secção correspondem a uma força num elemento de área dA que é dF = τdA O momento resultante da distribuição de tensões na secção é M t = ∫ rdF = ∫ rτdA A A = ∫ r(Grθ)dA = Gθ∫ r 2dA A Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula A 12 Momento Torsor e Tensão O momento de Inércia Polar πr4 Iz = J = ∫ r dA = 2 A 2 M t = G I zθ consequentemente o momento torsor é Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 θ = Mt GIz τ = Gr θ A tensão é dφ M t θ= = dz G I z ou z (z)dz φ(z) = φ(0) + ∫ M t G(z)I z (z) 0 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula r τ = Mt Iz 13 Torção de Um Veio de Secção Oca No caso do veio ter a secção oca, a distribuição de tensões é linear como se representou, sendo o momento obtido pela fórmula Mt = ∫ rdF = ∫ rτ dA A = A 2 θ = θ r(Gr )dA G r ∫ ∫ dA A A sendo dA = r dϕ dr 2π R2 dφ π 4 3 4 d dr G ϕ = θ − ( ) Mt = G r R R 2 1 ∫ ∫ dz 0 2 R1 Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 14 Momento de Inércia Polar Momento de Inércia Polar Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 15 Tubos de Parede Delgada Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 16 Tensão e ângulo de Torção Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 17 Torção de Um Veio de Secção Composta No caso de se considerar um veio constituído por dois materiais, o material A e o material B, como se representa na figura com módulos de elasticidade transversal respectivamente, as tensões são , sendo a 1ª a tensão no material A e a 2ª a tensão no material B. Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 18 Torção de Um Veio de Secção Composta O momento torsor é composto pelo momento torsor no material A e pelo momento torsor no material B, ou seja M t = M tA + M tB = G A J Aθ + G B J Bθ se n d o J A e J B o s m o m e n to s d e in é rc ia p o la re s d a s re g iõ e s A e B . Os momentos de inércia polares são obtidos a partir das dimensões e são π(r B − r 4A ) πr 4A e JB = JA = 2 2 4 O ângulo de torção por unidade de comprimento θ= Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mt G A J A + G BJ B MtGArA e = MtGBrB = τA τB GAJA + GBJB GAJA + GBJB Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 19 Exemplo 17.1 Considere um veio de Secção Circular com 5cm de diâmetro e admita que o pretende substituir por um veio de secção circular oca. No caso do diâmetro exterior da secção oca ser de 7.5 cm, qual deve ser o diâmetro interior de modo que a tensão máxima no tubo não se alterar. Determine o peso dos dois tubos e compare-os e diga o que conclui dessa comparação. Considere o mesmo material para os dois tubos. Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 20 Exemplo 17.2 Considere um veio de secção circular composta, como se representa na figura, cujo diâmetro exterior é 140mm e cujo diâmetro interior é desconhecido. A tensão máxima instalada é de 150MPa.O material A tem um módulo de rigidez transversal GTA=110GPa e o material B tem um módulo de rigidez transversal GTB=80GPa. O momento torsor a que a peça está sujeita é 78.5KN.m. Determine o raio interior do veio. . A Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 21 Veio de Secção Arbitrária Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 22 Teoria de Saint Vennant O deslocamento PP* é rφ = r θ z cujas componentes segundo x e y são u,v. O vector deslocamento referido aos eixos dos xx e dos yy é de acordo com a figura ⎧ u ⎫ ⎧−rθzsenα ⎫ ⎧ −θzy ⎫ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎪ ⎨ v ⎬ = ⎨ rθz cos α ⎬ = ⎨ θzx ⎬ ⎪ w ⎪ ⎪ w(x, y) ⎪ ⎪ w(x, y) ⎪ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭ ⎩ ⎭ y P* v α u α Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula P x 23 Teoria de Saint Vennant As deformações são obtidas a partir dos deslocamentos, tendo em conta as relações deformações deslocamentos, sendo o tensor das deformações ⎡ ∂u ⎢ ∂x ⎢ ⎢ ⎛ ∂u ∂v ⎞ ε = ⎢ 12 ⎜ + ⎟ ⎢ ⎝ ∂y ∂x ⎠ ⎢ ⎢ 1 ⎛ ∂u + ∂w ⎞ ⎢⎣ 2 ⎜⎝ ∂z ∂x ⎟⎠ Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 ⎛ ∂u ∂w ⎞⎤ ⎡ 0 ⎜ + ⎟⎥ ⎢ ∂ ∂ z x ⎝ ⎠⎥ ⎢ ⎛ ⎞⎥ ⎢ ∂v 1 ∂v ∂w ⎥ ⎢ + ⎟ = 0 2⎜ ∂y ⎝ ∂z ∂y ⎠⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎛ ⎞ ∂ ∂ ∂ v w w 1 ⎥ ⎢ 1 ⎛ ∂w − yθ⎞ + ⎟ ⎟ 2⎜ 2⎜ ⎢ ⎥ ∂ ∂ ∂ ∂ z y z x ⎝ ⎠ ⎝ ⎠ ⎦ ⎣ 1 2 ⎛ ∂u ∂v ⎞ ⎜ + ⎟ ⎝ ∂y ∂x ⎠ 1 2 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula ⎛ ∂w ⎞⎤ − θ y ⎜ ⎟⎥ ⎝ ∂x ⎠⎥ ⎛ ⎞⎥ 1 ∂w + xθ⎟⎥ 0 2⎜ ⎝ ∂y ⎠⎥ ⎥ ⎛ ⎞ ∂ w 1 ⎥ 0 + xθ⎟ 2⎜ ⎥⎦ ⎝ ∂y ⎠ 0 1 2 24 Teoria de Saint Vennant As tensões são obtidas por aplicação da lei de Hooke, sendo o tensor das ⎡ tensões ⎛ ∂w ⎞⎤ − yθ 0 0 G ⎢ ⎢ ⎢ σ=⎢ 0 0 ⎢ ⎢ ⎢ G ⎛ ∂w − yθ ⎞ G ⎛ ∂w + xθ ⎞ ⎜ ⎟ ⎟ ⎢⎣ ⎝⎜ ∂x ⎠ ⎝ ∂y ⎠ ⎜ ⎟⎥ ⎝ ∂x ⎠⎥ ⎛ ∂w ⎞⎥ + xθ ⎟ ⎥ G⎜ ∂ y ⎝ ⎠⎥ ⎥ ⎥ 0 ⎥⎦ As equações de equilíbrio tomam neste caso a forma seguinte ⎛ ∂w ⎞ − yθ ⎟ e τ xz = G ⎜ ⎝ ∂x ⎠ Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula ⎛ ∂w ⎞ + xθ ⎟ τ yz = G ⎜ ⎝ ∂y ⎠ 25 Teoria de Saint-Vennant As derivadas dos deslocamentos w são tais que G ∂w ∂w = τ xz − Gyθ e G = τ yz + Gxθ ∂x ∂y Para assegurar a compatibilidade dos deslocamentos, pode derivar-se em ordem a y a 1ª equação e em ordem a x a 2ª equação, os resultados obtidos têm de ser iguais, donde se infere a equação de compatibilidade seguinte ∂ τ zx ∂ τ zy − = −2Gθ ∂y ∂x Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 26 Teoria de Saint Vennant A solução do problema passa pela solução do sistema de equações ∂ τ zx ∂ τ zy + =0 ∂x ∂y ∂ τ zx ∂ τ zy − = −2Gθ ∂y ∂x considerando as condições de fronteira seguintes na superfície Lateral τ zx ν x + τ zyν y = 0 ∫∫ A Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 (x τ yz − yτ xz )dxdy para z=0 e z=L. Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 27 Problema 1 Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 28 Resolução do Problema 1 Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 29 Resolução do Problema 1 Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 30 Resolução do Problema 1 a b Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 31 Resolução Problema 1 Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 32 Resolução do Problema 1 Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 33 Problema 2 Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 34 Resolução Problema 2 Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 35 Resolução Problema 2 Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 36 Resolução Problema 2 Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 37 Resolução Problema 2 Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 38 Problema 3 Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 39 Resolução Problema 3a) Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 40 Resolução Problema 3a) Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 41 Resolução Problema 3b) Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 42 Resolução Problema 3b) Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 43 Resolução Problema 3c) Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 44 Resolução Problema 3c) Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 45 Problema 4 Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 46 Resolução Problema 4a) Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 47 Resolução Problema 4a) Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 48 Resolução Problema 4a) Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 49 Resolução 4b) Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 50 Resolução 4b) Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 51 Resolução 4b) Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 52 Problemas Propostos 2. Considere um veio composto de alumínio e aço com as dimensões representadas na figura e sujeito a um momento torsor de 2kN.m. Determine as tensões de corte máximas instaladas e determine o ângulo de corte. O módulo de rigidez transversal do Alumínio é 27 GPa e o módulo de rigidez transversal do Aço é 80GPa. A A 50m m 100m m 1250mm Lúcia M.J.S. Dinis 2007/2008 Mecânica dos Sólidos 7ª Aula 53