SÉRIE: FÉ EM TEMPOS DE IMPIEDADE Título: A adoração que agrada a Deus Texto: 1 Re 18.20-40 Introdução Estamos vivendo uma época de crise na área de adoração na igreja. De certa forma, isso é um reflexo daquilo que tem acontecido no mundo todo, no qual as pessoas cada vez ficam empobrecidas em seu conteúdo, tornando-se incapazes de oferecer trabalhos e serviços que possam durar e auxiliar várias gerações que se seguirão à sua. Um dos motivos é que somos compelidos a associar adoração e louvor somente com música e com a profundidade emocional relacionada com este momento. Porém, adoração – ao menos no sentido bíblico e cristão – vai muito além disso. Nossos cânticos, nossas orações, todos os momentos do culto não passarão de mera superficialidade se não soubermos o seu verdadeiro significado. No texto dessa noite vemos Elias desafiar os falsos sacerdotes de Baal. O contexto é de sacrifício, assim sendo, o desafio é levado para o campo da adoração. Lembre-se que estamos em uma sociedade e época de profunda corrupção e impiedade. O que já nos ajuda a mostrar que adoração não é um assunto de segunda importância. Aliás, a nossa vida é uma demonstração da nossa adoração, seja ela feita de maneira correta ao Deus verdadeiro, seja ela feita de maneira incorreta ao Deus verdadeiro ou seja ela feita de qualquer uma das maneiras a um deus que não existe. Por isso a importância desse tema. Por isso veremos o que o desafio de Elias pode nos ensinar sobre esse assunto. Características da Verdadeira Adoração 1. Exige Decisão Elias está diante de um povo que está distante do Senhor e dividido em seu coração e em seus pensamentos. Ao dizer até quando coxeareis entre dois pensamentos Elias usa, na verdade, a expressão até quando pulareis entre dois ramos usando o exemplo dos pássaros que não são capazes de descansar e para em apenas um lugar. Ele mostra que Israel não consegue tomar uma decisão correta pela verdade ou pela mentira. E não decidir pela verdade é sempre decidir pela mentira. Não pode haver espaço para Deus e para os falsos deuses no mesmo coração. Assim, se pula de um ramo para outro sem, contudo, jamais conseguir encontrar o descanso e a paz tão necessários para a vida. Note que tudo começa no pensamento. Somos seres criados para pensar, refletindo os pensamentos de Deus. Os pensamentos de Deus são a base de todo pensamento humano. Ou pensamos os pensamentos de Deus ou pensamos contra ele ou eles estão baseados na verdade ou estão em falsificações dela. Nossos pensamentos devem ser pactuais e nos levar a amá-lo ou amar as coisas do mundo e pensar como o mundo. Finalmente, nossos pensamentos são dialogais, nos quais deus fala conosco pela sua Palavra e nós falamos com ele pela oração ou passamos a adorar as coisas que este mundo oferece. Não foi a toa que Elias chamou a atenção do povo a que definisse sua linha de pensamento, pois coxear é perder Deus como referência, adorar o mundo e ser guiado pelo pecado. O texto nos diz a reação do povo: porém o povo nada lhe respondeu. Por quê? Ora, quando os pensamentos não são teocêntricos, resta o temor dos homens no coração. Primeiro, o temor de que ao, publicamente, tomarem partido de Deus, pudessem ter o mesmo fim dos profetas do Senhor que haviam sido mortos. Quem quer arriscar sua vida por algo que não tem certeza? É só lembrar-se daquilo que Cristo disse: Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste mundo preservá-la-á para a vida eterna (Jo 12.25). Segundo, o temor de perder sua posição e conforto. Quem estava ao lado de Jezabel estava bem, quem estivesse contra ela ficaria mal. Adorar e Baal e, ao mesmo tempo, seguir a Deus poderia dar certo, porém, seguir a um só deles poderia dar errado. Quem quer trocar o certo pelo duvidoso? Assim, o silêncio foi uma maneira de se adiar qualquer tipo de posição que deveria ser tomada. Decidir para que? Mas, não decidir é uma decisão e não decidir é privilegiar aquele que prevalece naquele momento. Mas, a verdadeira adoração na qual Deus se torna o centro de tudo, até mesmo de nossos pensamentos e ações, só pode ser prestada por aqueles que estão dispostos a tomar decisão por Deus tendo sua mente e coração guardados em Cristo Jesus, todos seus pensamentos levados cativos a Cristo. Enfim, a verdadeira adoração exige que nós tomemos as decisões necessárias e entendamos o preço a ser pago para ser um verdadeiro cristão. Muitos hoje acham que podem ter uma vida alheia a Deus, dividida entre ele e os valores do mundo, entre obediência amorosa e pecado obstinado, entre suas prioridades e as prioridades de Deus. Você não pode adorar ao Senhor e continuar a ter uma vida de sexo prénupcial. Dizer que é de Deus e negar-se a investir financeiramente em sua obra. Falar que ama a Cristo, mas dar um péssimo testemunho dele. Dizer que Ele é sua grande prioridade mas continuar a dar-lhe o resto de seu tempo e de sua vida. Pare de coxear entre dois pensamentos. Tome a decisão, a grande decisão de sua vida e passe a adorar a Deus não só da boca para fora, mas em espírito e em verdade. 2. Exige Purificação Assim como naqueles dias, o fogo tem ainda hoje um claro significado de purificação. A depuração é o método usado para que as impurezas de um metal sejam dele retiradas e ele possa, a partir de então, se tornar ainda mais valioso. Israel precisava ser depurado. Elias alertara a Acabe que ele havia perturbado a Israel pois tinha implementado um falso culto sensual e cheio de prostituição em seu reino, além de feito o mesmo povo abandonar os mandamentos do Senhor. Quando o pecado reina a adoração fica completamente comprometida . O fogo era sinal de juízo e de purificação. Nenhuma adoração poderá ser prestada de maneira correta a não ser que nossos pecados sejam purificados. Infelizmente, estamos vivendo uma clara crise nessa área. Estamos vindo à presença de Deus esquecendo-nos de quem estamos adorando: nosso Deus é fogo consumidor (Hb 13.29). Isaías ao ver o clamor dos anjos diante da santidade de Deus exclamou: ai de mim! Estou perdido! Porque sou homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos! (Is 6.5). Vamos à presença de Deus pela graça, mas nos esquecendo daquilo que Cristo fez para conquistar isso para nós e, principalmente de que Deus não pode suportar iniquidade associada ao ajuntamento solene. Deixe-me ser mais claro: adoração verdadeira vai muito além de belos cânticos e hinos cantados e tocados na igreja. Começa muito antes disso. Ela se inicia na vida pessoal do adorador. Podemos ter uma equipe profissional de cantores e instrumentistas na igreja, no entanto, se não tivermos uma equipe de homens e mulheres que abominam o pecado esse louvor para nada servirá. Irmãos, o cristianismo evangélico no Brasil está em crise. Em virtude disso vemos pessoas quererem mudanças estruturais, de planejamento, no culto, todavia pouquíssimas vezes ouvimos pessoas falando da necessidade de transformação na vida dos crentes que cada vez mais se parecem com o mundo. A adoração congregacional reflete a adoração pessoal. Se essa é deformada e pecaminosa, seremos uma congregação dividida e distante de Deus. Note algo também importante no texto. O fogo não é humano. Ele desce dos céus. É de lá que começa a purificação dos pecados em nós. Precisamos clamar a Deus a fim de que essa transformação e purificação aconteçam. Clame ao Senhor. Peça para que isso aconteça em você primeiro. Peça para que aconteça na igreja, na vida de seus líderes, bem como entre todos os crentes do mundo, para que então as portas do inferno não prevaleçam sobre a igreja. Afinal, ao desafiar o falso deus Baal e seus profetas e darlhes a oportunidade da prova de fogo, Elias entrou, aparentemente, no território do inimigo, pois Baal também era o deus do sol. Nós, em muitas ocasiões, não entendemos que não importa qual seja, onde seja e quando seja, só existe um Deus verdadeiro que controla tudo, é soberano sobre tudo e nada pode se colocar como obstáculo contra ele. Não há, pensando em nossos dias, terreiro de macumba, feitiço, mal olhado, simpatia, olho gordo, que possa impedir a ação de Deus e da sua igreja. Clamemos pois ao único que é soberano e poderoso, para, em Cristo Jesus, purificar-nos de nossos pecados: se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. (1 Jo 1.9) 3. Exige Restauração Há outro aspecto importante na adoração verdadeira. Não basta apenas a purificação, mas também é preciso uma verdadeira restauração do adorador e da igreja. Israel está doente. Aliás, a nação de Israel , desde que houve se separado de Judá, já nascera doente. Jeroboão instituíra o culto idólatra e perverteu o povo. Desde então, a situação apenas se agravou. A restauração era urgente No texto original o termo restaurar tem a mesma raiz para cura. Quando o povo se corrompe a alma adoece. Portanto, precisa de cura, de restauração. Restaurar é trazer de volta as propriedades originais de algo. E aqui era o altar que se encontrava em tal situação. O altar é o símbolo da adoração a Deus. O lugar no qual a oferta e o sacrifício eram levados para serem queimados. Quando o coração do povo está corrompido, o altar fica destruído. Deus se torna em um mero apetrecho. Ele é lembrado apenas quando se sobra tempo e quando nosso coração egoísta deseja algo dele. Quando a adoração é destruída, a vida é igualmente destruída. Entretanto, Elias vê que o povo está doente e corrompido. Ele restaura o lugar de adoração. Ele toma as mesmas pedras e refaz o que estava desfeito. Isso nos ensina duas lições importantíssimas. Primeiro, em Cristo Jesus não há mais necessidade de um altar de pedras a ser edificado. Nossa vida se torna o altar de adoração. Oferecemos nossa vida como oferta de amor e sacrifício. Lembre-se que Elias está falando para um povo que conhece a Deus, mas cuja vida está completamente distante dele. Eles precisam ser restaurados. Igualmente, me dirijo a um povo que se apresenta como povo de Deus. Nenhuma adoração será verdadeira, ao menos que restauremos o altar de Deus, que é a nossa vida, a nossa família, os nossos negócios e tornemos aquele lugar como um lugar para adorar ao Senhor. Segundo, naquele tempo Israel era uma nação independente, formada por dez tribos que haviam se separado das duas tribos do sul – Judá e Benjamim. As doze pedras que Elias usou representavam a unidade do povo de Deus e que Ele está sempre disposto a com, sua graça, vir até nós, reconstruir a aliança que pode ter sido destruída e, em Cristo Jesus, aceitar a nossa vida como oferta de amor e sacrifício. Restauração só acontecerá quando também entendermos a importância da comunhão. Como é triste saber que, até mesmo dentro da igreja pessoas da mesma família não se falam há anos. Um irmão não frequenta a mesma programação se outro irmão estiver ali. Irmãos em Cristo nem sequer se olham, pois nutrem profundo ódio em seus corações. É preciso restaurar para que nossa adoração pessoal e comunitária agrade a Deus. Reconstrua. Do monturo de pedras um altar agradável de adoração pode ser reerguido. Sempre há cura e renovação para os que quebrantados vêm a Deus e se reaproximam dos que lhe fizeram mal ou a quem fizeram mal. Lembre-se das palavras de Jesus: Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta, ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, então, voltando, faze a tua oferta (Mt 5.23-24). 4. Exige Fidelidade A verdadeira adoração exige também fidelidade. Elias declarou, logo no início que estava sozinho diante de profetas falsos, de um rei desviado, de um povo indeciso e de um culto sensual. Que situação a daquele homem. Não sei se eu suportaria a pressão da maioria e do medo de querer agradar a todos. Mas, Elias se mantém em completa fidelidade a Deus e seus desígnios. A falta de resposta do povo não o desanima. Tampouco o número dos profetas e o aparente poder que possuíam. Ele não imita os trejeitos, as danças, a dilaceração, enfim, a maneira pela qual os falsos profetas adoram ao falso Deus. Eles estavam em maioria. Eles agradavam a si mesmo e ao povo. O culto a Baal era muito mais interessante e atraente. Mas, Elias simplesmente segue as orientações de Deus. O culto que agrada a Deus é um culto fiel ao próprio Deus. Ele estipulou como deseja ser adorado. Infelizmente a falta de argumentação e pensamento é muito grande nas igrejas hoje. As inovações sem base bíblica proliferam. A frase que mais ouvimos é o que vale é a intenção. Nada mais enganoso! Há poucos dias vi a imagem de um pastor que durante o culto mandava que o espírito maligno saísse à sua ordem da pessoa supostamente endemoninhada e entrasse em uma garrafa pet. John MacArthur em sua obra Com Vergonha do Evangelho narra o ministério de pastores que aprendem levitação em arames ou truques mágicos apenas para deixar o culto mais atraente ao público. Na Inglaterra um pastor se veste de palhaço e se apresenta durante o culto para que as pessoas achem a igreja mais convidativa. No Brasil, durante o culto em uma igreja existe uma apresentação de Vale-tudo para atrair os jovens. Conheci um pastor que afirma que a figura de pregadores no culto hoje é desnecessária: basta colocar o vídeo com um pastor de renome e discuti-lo com a igreja depois. E assim caminha a pregação do evangelho e a música na igreja. Muita moda. Muita criatividade e quase nenhuma fidelidade. Sim, temos que analisar aquilo que é mero tradicionalismo para que ele possa ser deixado de lado em nossa vida de adoração e em nossa adoração comunitária. Porém, nossa fidelidade a Deus no culto baseia-se em sua Palavra. Ainda que tenhamos que ficar sozinhos. Mesmo que o culto falso pareça mais interessante e convidativo. Somos chamados para uma adoração racional que agrada ao Senhor E o mais importante a ser notado é que, enquanto os profetas de Baal ficam durante horas dançando, clamando, se dilacerando, Elias faz apenas uma coisa: ora! Seu desejo é estar na presença daquele a quem ele serve, fazendo aquilo que existe de mais especial para um adorador, ou seja, falar e ser ouvido, adorar e ser aceito, pedir e ser atendido. 5. Exige Fé A adoração verdadeira tem uma característica extremamente importante: ela é fruto da fé que vem do próprio Deus. Não se trata de fé no sentido comum. Não estamos falando em confiar em algo que se imagina possível de ser alcançado ou algo que possa ser atendido. Estamos falando da fé salvadora, que em Cristo, nos faz crer em Deus e nos relacionarmos plenamente com ele. A própria Escritura diz: De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam (Hb 11.6). Os sacerdotes de Baal possuíam fé, mas o objeto da fé deles era nulo e inexistente. Já Elias, estava perante a face de Deus e sabia em quem cria, sabia que não estava falando em vão Esta fé fica evidenciada por alguns aspectos importantes no texto. Elias provavelmente derramou cerca de 50 litros de água sobre o novilho e o altar. Isso para provar que nenhuma fraude haveria de acontecer e sim algo vindo dos céus. O resultado final provou isso. (é tempo de sede e fome e a água é essencial). Mas lembre-se que ele está diante de um rei que o odeia, dos falsos profetas e de todo o povo. Lembre-se, também que é tempo de seca (para quem está no Estado de S.Paulo no início do ano de 2015 entende o que isso significa) e água vale mais do que ouro. Em segundo lugar, Elias trata com sarcasmo a mentira dos falsos profetas, bem como a divindade deles. Como ele poderia ter tanta certeza que não passaria pelo mesmo constrangimento? Em terceiro lugar, Elias edifica o altar em nome do Senhor, pois é para Deus que ele fazia todas as coisas. Em quarto lugar, Elias ora. A oração é a maior expressão da confiança de um crente para com Deus, pois ela revela que aquele que o busca, crê que ele está ouvindo e sabe que sozinho nada pode fazer. Em quinto lugar, Elias rogava pela transformação daqueles que tinham desviados seus pés dos caminhos do Senhor. Nós adoramos a Deus quando clamamos para que Ele visite o coração dos ímpios e transforme um mundo e, até mesmo, uma igreja corrompida em um povo que o busca e ama. Em sexto e último lugar, a fé de Elias é baseada no desejo de fazer o nome de Deus glorioso. Quando nosso grande objetivo de vida é fazer o nome de Deus notório em um mundo cheio de impiedade, o prazer do próprio Deus é ouvir e atender. Elias estava sob um risco real. Entretanto ele não se importou com o risco, pelo contrário, ele se importou com a própria glória de Deus. Porque uma fé é verdadeiramente observada quando ela é colocada em profundo risco, principalmente o risco da própria vida. C.S Lewis, em sua obra Um sofrimento observado deixa isso claro quando escreve Você não sabe o quanto você confia em algo até que sua verdade ou falsidade se torne uma questão de vida ou morte. É fácil dizer que acreditamos que uma corda seja forte enquanto você a usa meramente para amarrar uma caixa. Mas suponhamos que você tenha que se pendurar sobre um precipício com aquela corda. Não seria então que você descobriria a realidade da sua crença na corda?… Somente um risco real testa a realidade de uma crença. [Lewis,p. 25] Como resultado, a glória do Senhor foi conhecida naquele dia. Se queremos adorar a Deus como convém, precisamos nos dirigir com a fé a Ele e lutar com fé para que sua glória seja reconhecida e conhecida. O grande objetivo da adoração é reconhecer diante de que Deus estamos e fazer com que todos também a reconheçam 6. Exige Sacrifício No grande desafio do monte Carmelo Elias coloca o sacrifício do novilho como o ponto central. Tanto ele, quanto os profetas de Baal deveriam partir o novilho, coloca-lo no altar e clamar para que Deus ou Baal mandasse fogo dos céus para consumir a oferta. O sacrifício era crucial para o andamento da adoração ali. Ele demonstraria quem era o verdadeiro Deus. Na adoração o sacrifício é o ponto central. Logicamente nos referimos ao sacrifício de Cristo que restaura e reaproxima o povo que esse encontra em pecado e os leva a tomar decisão e seguir a Deus. Sem Cristo como o mediador entre nós e Deus, como aquele que rasgou o véu que separava e derrubou o muro da separação não podemos nos achegar confiadamente ao trono de graça a fim de recebermos misericórdia e graça para socorro em ocasião oportuna (Hb 4.16). O que quero dizer é simples: o culto na igreja deve ser sempre Cristocêntrico. Quando o culto não aponta para Cristo, não houve verdadeiro culto. Igualmente, em nossa vida particular, não podemos ter um coração transformado e uma vida de adoração a Deus sem que Cristo habite ricamente em nós. Sem Cristo nada somos, nada podemos fazer e continuamos distantes de Deus. Também é preciso refletir se você já está em Cristo. Se ele ainda não é seu único e suficiente Salvador, se você não olha para seu sacrifício na cruz do Calvário, não é possível se aproximar do Criador com o intuito de adorá-Lo. Venha, portanto, a Cristo, agora mesmo. Submeta-se completamente a ele. Diga em seu coração e mente: Jesus, tu és o meu único Salvador, meu bem, meu tesouro. Por ti eu ouso entrar na presença de Deus, o Pai para adorá-Lo. Por ti eu me preparo para a vida eterna na qual o adorarei eternamente com tudo que tenho e sou. Por favor, note o contraste entre os profetas de Baal de Elias. Aqueles dançavam, gritavam, se dilaceravam tentando ser aceitos pela falsa divindade, incapazes de ver – ali mesmo, diante de seus olhos – que a punica maneira de ser ouvidos pelo Senhor verdadeiro era confiarem no sacrifício ofertado. Se tudo isso já não fosse suficientemente inútil, eles começaram a se autodilacerar, derramando o seu sangue tentando se fazerem ouvidos e aceitos por Baal. Tudo inútil. Sem o sacrifício do novilho inocente a adoração é nula e vã. Conclusão Bem, a narrativa termina de uma maneira terrível. Os 450 profetas são mortos pelo profeta de Deus. Lembre-se que estamos em uma teocracia, na qual a lei de Deus deveria ser obedecida e havia previsões de morte para o que fossem idólatras. Obviamente tal coisa não estava sendo respeitada por causa da fraqueza de Acabe que se submetia aos mandos e desmandos de uma mulher corrupta e sanguinária. Contudo, o que isso quer dizer a nós. Simples: a falsa adoração conduz à morte. Se você continuar com o mesmo estilo de vida, sem purificação, sem restauração de sua vida, sem fidelidade aos princípios de Deus, sem possuir a fé que agrada ao Senhor, mas, principalmente, sem crer no sacrifício de Cristo por você, ainda que você siga o que a grande maioria deseja, ainda que você dilacere todo seu corpo, você jamais agradará a Deus e seu destino é a morte. Tome posição. Adore àquele que o criou para isso. Adore-o como Ele quer e pelos méritos de Cristo, com ousadia, acesso e confiança nele!