boletim vicarial Boletim Formativo e Informativo da Vigararia dezembro 2015 | TROFA-VILA DO CONDE “ Se abrirmos as portas a Cristo nesta Quaresma, ela será uma nova primavera que Deus oferece à Igreja e todos acordaremos da paralisia dos nossos invernos interiores e Kyrie desataremos a florir. „ O tempo da Quaresma é um período oportuno para reflectirmos e vivermos o essencial da fé em Cristo, Porta da nossa alegria. É uma espécie de primavera. Quaresma sugere palavras vivas: conversão, reconciliação, renascimento. Um dos aspectos mais lamentáveis do estilo moderno de vida é a degradação da vida interior. Para crescer, o homem precisa de penetrar no mistério do seu próprio ser, de descobrir os seus limites e fragilidades e a necessidade de salvação. Por isso, a Quaresma não perdeu a sua actualidade: é necessária, para de novo recebermos Cristo e o seu Espírito que dá vida, como caminho que leva à Páscoa e a Deus Pai. À semelhança do Filho Pródigo, a nossa conversão maior será esta: perceber pela fé que Deus é o Pai, que nos ama apesar dos nossos pecados e que o tempo quaresmal é mais uma aposta divina nas nossas histórias humanas. E por ser tão importante, e apesar de se formular nas práticas tradicionais do jejum, abstinência, esmola e oração, não é uma receita, mas sim uma proposta de caminho. Este tempo tem também uma dimensão comunitária. É todo o Povo de Deus que é convocado para este itinerário. A maioria dos cristãos faz a sua aproximação a Deus através da paróquia e da vigararia. Talvez seja por aqui que passe muito do nosso testemunho. Também a família, como Igreja doméstica, primeira comunidade e principal escola da alegria do Evangelho, desempenha um papel imprescindível na compreensão e vivência quaresmal. Procuremos, por isso, ajudarnos mutuamente a perceber o significado deste tempo e aprender as suas práticas. A Quaresma lembra-nos e convida-nos também a viver a nossa vocação transcendente de participar no Mistério Pascal de Jesus Cristo, vencendo o pecado e vivendo à imagem do Ressuscitado. Pelo Baptismo, na verdade, morremos com Cristo para o pecado e assumimos a vida nova do Espírito. E isto só é possível, através de uma vida santa e através da penitência. Por isso, ouvimos frequentemente neste tempo litúrgico: “arrependei-vos„. Oxalá, portanto que o nosso jejum e abstinência não sejam apenas de carne, às sextas-feiras, mas sim a expressão do domínio de nós mesmos e também sinal de abertura aos outros, através da esmola e da caridade. Se abrirmos as portas a Cristo nesta Quaresma, ela será uma nova primavera que Deus oferece à Igreja e todos acordaremos da paralisia dos nossos invernos interiores e desataremos a florir. Tem piedade de nós, Senhor, que imitamos no velho Adão a parte inumana em que nos tornámos Tem piedade de nós, ó Cristo, que falamos a palavra do demónio e da serpente que promete o fim da morte Tem piedade de nós, Senhor, que apagamos o relevo do outro, carne da nossa carne em nome do fantasma de um Povo-um Tem piedade de nós, ó Cristo, que tão bem conhecemos a lógica da exclusão e o mal veio da misericórdia e do perdão Tem piedade de nós, Senhor, da guerra fria de tanto dia sem rosto e do sorriso angélico que traz a paz e traz a guerra Tem piedade de nós, ó Cristo, pós-humanos já, sem carne e sem memória, que perdemos o sentido da justiça Tem piedade de nós, Senhor, relógios de horas bentas, regulares sem razão ardente e sem piedade José Augusto Mourão In O Nome e a Forma, ed. Pedra Angular Padre António Pinto Pároco de Canidelo , Fajozes, Fornelo e Vairão 1 Quaresma: uma porta aberta ao próximo e a Deus “O mundo(…) tende a fechar-se em si mesmo e a fechar a (…) porta através da qual Deus entra no mundo e o mundo n’Ele.” Quarenta dias esteve Jesus retirado no início da sua vida pública. Foi um tempo de deserto como nos relatam os evangelistas, mas também de uma busca mais intensa da presença do Pai e do seu projecto. Lá não faltaram dificuldades… E mais do que fome e sede foi sobretudo a busca dos verdadeiros caminhos do Pai aquilo que mais custou a Jesus. Os evangelhos relatam com uma clareza cristalina todo o percurso interior de despojamento que o Senhor assumiu em si mesmo para que a vontade de Deus e não a sua fosse realizada. É também algo de semelhante que cada um de nós é chamado a fazer em cada quaresma. As máscaras de um carnaval mais ou menos assumido da nossa vida quotidiana podem até resultar num dado tempo ou em algumas épocas mas, como em qualquer cortejo, tudo passa e muito depressa ficam só destroços. Sobretudo, no dizer do Papa Francisco na sua mensagem para esta quaresma: “O mundo(…) tende a fechar-se em si mesmo e a fechar a (…) porta através da qual Deus entra no mundo e o mundo n’Ele.” Ficamos como que cegos e indiferentes a tudo o que não sejam os nossos interesses, comodismos, egoísmos… Valerá a pena, por isso, escutar o que o Papa sugere na sua mensagem quaresmal para ultrapassar esta “globalização da indiferença” como lhe chama o Papa. Em primeiro lugar, ao nível da Igreja universal, torna-se necessário uma atitude de abertura a Cristo: “A Quaresma é um tempo propício para nos deixarmos servir por Cristo e, deste modo, tornarmo-nos como Ele” (não esqueçamos o lava2 pés). Ao mesmo tempo importa ainda perceber que fazemos parte de um único corpo “porque, quem é de Cristo, pertence a um único corpo e, n’Ele, um não olha com indiferença o outro.” E ainda que não pudéssemos fazer mais, o Papa aconselha a não esquecer a oração como expressão dessa comunhão. Ao nível das paróquias e comunidades o Papa pergunta-se se não estaremos comodamente instalados e refugiados num amor universal esquecendo-nos de Lazaro que está à nossa porta e para ultrapassar isto será necessário criar uma maior comunhão com todos os membros da comunidade quer pela oração quer pela acção concreta: “Amados irmãos e irmãs, como desejo que os lugares onde a Igreja se manifesta, particularmente as nossas paróquias e as nossas comunidades, se tornem ilhas de misericórdia no meio do mar da indiferença!” Finalmente, diz o Papa, também a nível individual a oração e a nossa acção pelos mais desfavorecidos pode ser importante; mas além disso, “o sofrimento do próximo constitui um apelo à conversão, porque a necessidade do irmão recorda-me a fragilidade da minha vida, a minha dependência de Deus e dos irmãos.” Acolhendo esta palavra do Papa e a própria dinâmica diocesana para esta quaresma, abramos as portas do nosso coração ao próximo e a Deus e não nos deixemos fechar em nós mesmos nem cair na vertigem da indiferença. Padre Luciano Lagoa - Vigário da Vara Oração de Taizé Os vários grupos de jovens das paróquias da nossa vigararia têm mantido e preparado as orações ao estilo de Taizé que visa passar por todas as paróquias. Neste último ano de 2014-2015 estas orações realizaram-se maioritariamente em paróquias onde não há grupos de jovens, sendo estas combinadas e organizadas pelos responsáveis dos grupos de jovens das outras paróquias. As orações mantêm-se no segundo sábado de cada mês sempre às 21:30h. Trata-se de uma oração jovem preparada para jovens mas onde podem participar todos os cristãos que quiserem. Não deixe de participar! Venha rezar de forma diferente e apoie os nossos jovens! Encontro de Natal de coros paroquiais Neste ano pastoral de 2014/2015 a nossa Vigararia da Trofa/Vila do Conde promoveu no passado dia 28 de Dezembro (Festa da Sagrada Família), na paróquia de Gião, o seu tradicional encontro de Natal de coros paroquiais. Estiveram presentes vários grupos de coros paroquiais, e contamos com a presença particular de D. Pio Alves, bispo auxiliar do Porto, e de alguns sacerdotes da nossa Vigararia. Foi, sem dúvida, mais um momento de encontro e de partilha que na comunhão eclesial das comunidades presentes e nas várias apresentações da arte do canto e da música litúrgica quisemos demonstrar o desejo de tudo para a maior glória de Deus e para a santificação da Família Cristã presente nas nossas comunidades paroquiais. Encontro de formação de catequistas Na última semana de janeiro e nas duas primeiras de fevereiro decorreu uma formação Bíblica para as catequistas da nossa vigararia. Estes encontros decorreram em dois centros, no Muro e em Árvore. No primeiro encontro o tema foi o Antigo Testamento com especial atenção aos alicerces do mesmo: Criação – Criação – Transgressão e Eleição. O segundo encontro centrou-se no Novo Testamento, em especial na figura de S. Paulo e no seu percurso desde perseguidor dos cristãos até à sua conversão. Estas sessões foram orientadas pelo Prof. Cesar. No último encontro, orientado pelos padres Ricardo Silva e Rui Mota focou-se o papel do catequista na comunidade, bem como os desafios com que se deparam. Esta formação, proposta pelos párocos da nossa vigararia, contaram com uma boa adesão dos nossos catequistas que ansiavam por estes encontros. Aguardamos a próxima formação! 3 Confissões Paróquia dia e hora Alvarelhos 27 de março: 17h00 às 20h00 Árvore 20 de março: 21h00 às 22h00 Aveleda 12 de março: 9h00 e 21h00 Azurara 11 de março: 21h00 às 22h00 Bougado (S. Martinho) 18 e 25 de março: 17h00 às 20h00 Bougado (S. Tiago) 16 e 23 de março: 09h30 às 12h00 e 17h00 às 20h00 Canidelo 13 de março: 21h00 às 22h00 Coronado (S. Mamede) 20 de março: 17h00 às 20h00 Coronado (S. Romão) 13 de março: 17h00 às 20h00 Covelas 24 de março: 17h00 às 20h00 Fajozes 17 de março: 21h00 às 22h00 Fornelo 12 de março: 21h00 às 22h00 Gião 23 de março: 21h00 às 22h00 Guidões 26 de março: 17h00 às 20h00 Guilhabreu 20 de março: 09h00 e 21 de março: 20h30 Labruge 13 de Março: 09h00 e 21h00 Macieira da Maia 27 de março: 21h00 às 22h00 Malta 24 de março: 21h00 às 22h00 Mindelo 20 de março: às 20h30 e 21 de março: às 9h30 Modivas 25 de março: 21h00 às 22h00 Mosteiró 17 de março: 9h00 e às 21h00 Muro 17 de março: 17h00 às 20h00 Retorta 16 de março: 21h00 às 22h00 Tougues 18 de março: 21h00 às 22h00 Vairão 03 de março: 21h00 às 22h00 Vila Chã 18 de março: 9h30 e às 20h30 Vilar 26 de março: 21h00 às 22h00 Vilar do Pinheiro 01 de abril: 09h00 e 21h00 4