Aqueduto do Convento (Vila do Conde) Construído com o propósito de abastecer o Convento de Santa Clara, entre os anos de 1628 e 1714, estende-se, desde a nascente da água que transporta (num lugar chamado Terroso) até ao Convento, por 5 Km e conta 999 arcos. Foi fundada, no início do século XIV, a comunidade monacal de Santa Clara de Vila do Conde debatendo-se desde o início da edificação do mosteiro, com problemas relacionados com o abastecimento de água. Na época, foi construído um tanque, uma "arca de água", dentro da cerca do mosteiro, uma solução que se tornou insuficiente nas centúrias seguintes. Actualmente já quase só restam as suas ruínas. Em 1626, a abadessa do mosteiro, D. Maria de Meneses, deu início à construção de um aqueduto que transportaria as águas de uma nascente em Terroso, até ao mosteiro. Os terrenos necessários à edificação foram adquiridos pela abadessa, e contrataram-se mestres pedreiros para darem início à fábrica de obras. No ano de 1636 estas seriam interrompidas, devido a um problema de desnivelamento, que inviabilizou todo o trabalho feito até então. Em Dezembro de 1705 D. Bárbara de Ataíde, a nova abadessa, contratou o engenheiro militar Manuel Pinto de Villa Lobos e o capitão Domingos Lopes, para delinearem um novo projecto para o aqueduto. A direcção das obras foi adjudicada a João Rodrigues, mestre pedreiro de Ponte de Lima. Algum tempo depois, o mestre abandonou as obras, por falência, pelo que as Clarissas entregaram a obra a Domingos Moreira, mestre de Moreira da Maia. Em Outubro de 1714, a água chegava pela primeira vez ao claustro do mosteiro. O aqueduto era formado inicialmente por um conjunto de 999 arcos de volta perfeita, abrangendo uma extensão que ultrapassa o actual limite do concelho de Vila do Conde. No entanto, em 1794, um furacão destruiu parte da estrutura. Já no século XX, entre 1929 e 1932, quando a igreja de Santa Clara foi restaurada, alguns dos arcos foram intencionalmente deitados abaixo, para realçar a visualização da abside do templo. A estrutura que subsiste, apresenta uma arcada cuja altura e envergadura decrescem, apresentando nalguns troços, remates superiores. A obra foi dedicada pelas freiras clarissas a Santo António, tendo sido colocada uma imagem do padroeiro no depósito do aqueduto. Aqueduto do Convento (Vila do Conde).