Utilização de Fitoterápicos no controle de patógenos para
Jundiá (Rhamdia quellen)
Maria Luiza Ruiz
Iniciação Científica (PIBIC/Fundação Araucária)
Leandro Portz/ Welliton Gonçalves de França
Introdução/ Objetivo
O Jundiá (Rhamdia quellen) é uma espécie importante
para a piscicultura nacional. Porém, muitas vezes, a forma
como é criado propicia o surgimento de doenças. Dentre
as doenças parasitárias o Ichthyophthirius multifiliis tem
se tornado um grave problema na piscicultura nacional,
uma vez que, esse protozoário parasita brânquias e
mucosa e em grande quantidade pode levar a altas taxas
de mortalidade. O trabalho tem como objetivo o uso de
fitoterápico como alternativa sanitizante no controle desse
ectoparasita diminuindo o uso de produtos químicos e
reduzindo possíveis danos ambientais.
Material e Métodos
Em uma primeira etapa foi determinada a CL96h usando
diferentes concentrações do extrato da folha de Terminalia
catappa. Foram utilizados 6 tratamentos e 4 réplicas, nas
concentrações de (2,5; 5,0; 7,5; 10,0; 12,5 g/L). Na
segunda etapa, foi avaliado a eficiência do extrato aquoso
do vegetal com base no resultado da CL96h em diferentes
concentrações (T0-controle; T1-2,5; T2-3,75; T3-5,0 g/L)
em três repetições na tentativa do controle do ectoparasita.
Após o período de 6 dias, foi feita uma avaliação individual
de cada peixe através de raspado cutâneo e observação
em microscópio para contagem do protozoário.
Referências
CLAUDIANO, G. S. et al. Eficácia do extrato aquoso de" Terminalia catappa" em juvenis de tambaqui parasitados
por monogenéticos e protozoários. Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, v. 10, n. 3, ISSN 1519-9940.
2009.
CLAUDIANO, G. S. et al.,. Concentração Letal CL50 do Extrato Aquoso de Folhas de Terminalia Catappa em Guaru,
Phalloceros Caudimaculatus. Archives of Veterinary Science, v. 17, p. 15-19, 2012.
PAVANELLI, G. C. ; EIRAS, J. C. ; TAKEMOTO, R. M. . Doenças de Peixes: Profilaxia, Diagnóstico e Tratamento.
3. ed. Maringá: Editora da Universidade Estadual de Maringá, v. 1. 305 p, 2008.
Resultados/ Discussão
Na primeira etapa, quando adicionado o extrato aquoso pode-se
observar alterações comportamentais nos peixes dos tratamentos com
concentrações mais altas. Após 96 horas foram notadas diferenças na
taxa de mortalidade correlacionada com o aumento das diferentes
concentrações em que os animais foram expostos.
Na segunda etapa, após a triagem parasitológica, pode-se concluir que
a prevalência foi de 100%, ou seja, todos os peixes examinados
estavam parasitados, outros parâmetros como abundância média e
intensidade média também foram levados em consideração.
Tabela 1. (Tratamentos, PC = n° peixes coletados, PP = n° peixes parasitados, P% =
Prevalência, IM = Intensidade média, AM = Abundância Média).
Tratamentos
PC
PP
P%
IM
AM
0
0
0
0
0
T0
6
6
100
124,67
124,67
T1
15
15
100
71,67
71,67
T2
12
12
100
87,67
87,67
T3
Conclusões
A concentração letal calculada foi de aproximadamente 7,5 g/L sendo
correspondente ao T3, porém a concentração abaixo de 5 g/L (T2) a
taxa de mortalidade foi bastante reduzida indicando uma menor
toxicidade. Na segunda etapa observou-se que no tratamento T2 na
concentração de 3,75g/L foi mais eficiente no controle do parasita com
maior sobrevivência (50%) quando comparado os tratamentos.
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Maria Luiza Ruiz Iniciação Científica (PIBIC/Fundação