-1Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro Secretaria Municipal de Saúde e Defesa Civil Subsecretaria de Promoção, Atenção Primária e Vigilância em Saúde. Superintendência de Vigilância em Saúde Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde – CIEVS RELATÓRIO TÉCNICO Influenza H1N1 no Município do Rio de Janeiro Elaborado com dados atualizados até o dia 25.06.2009 I. Introdução Em 24 de abril de 2009, a Organização Mundial da Saúde (OMS) notificou aos países membros a ocorrência de casos humanos. No dia 11 de junho, tomando como base a velocidade com que o vírus se difundiu, a situação foi declarada como Pandemia. No Brasil, sob o comando do Ministério da Saúde, as três esferas de governo têm concentrado esforços no sentido de detectar e tratar os casos precocemente, identificando grupos expostos aos doentes e recomendando a contingência voluntária. II. Situação Epidemiológica no Município do Rio de Janeiro Rio de Janeiro e São Paulo são os mais importantes pontos de entrada no país, tanto para estrangeiros como para brasileiros em viagem para o exterior. Na cidade do Rio de Janeiro os primeiros casos suspeitos foram detectados a partir do dia 27/04/2009, semana epidemiológica 17 (SE 17) e até o dia 25/06 (SE 25) 121 casos suspeitos foram notificados, com confirmação de 36 casos. (Gráfico 1) nº casos Gráfico 1:Influenza H1N1 Nº de Casos Suspeitos por Semana Epidemiológica Notificação e Início dos Sintomas MRJ-2009* 50 40 30 20 10 0 17 18 19 20 21 22 23 24 25 SE Notificação Sintomas Fonte: S/SUBPAV/Superintendência de Vigilância em Saúde *atualizado em25/06/2009 A detecção de casos depende da rapidez da notificação, o ideal é que seja feita dentro das 24 Horas a partir da suspeita. -2Considerando a disponibilidade da informação, uma avaliação aproximada deste tempo pode ser calculada pela diferença de tempo decorrido entre a data do início dos sintomas e a notificação. (Tabela 1e 2) Menos de 50% dos casos suspeitos foram notificados até 24 horas do aparecimento dos sintomas. Para os casos confirmados este percentual foi um pouco maior, mas não atingiu 60%. Entre os suspeitos o percentual de notificação feito em até 48 horas após o início dos sintomas não atingiu 80%, já entre os confirmados foi 86%. TABELA 1: Influenza H1N1-Tempo Decorrido entre a Notificação e o Início dos Sintomas dos Casos Suspeitos, MRJ-2009 Nº dias 0 1 2 3 4 5 6 7 8 Total Nº casos Percent 19 15,70% 39 32,20% 32 26,40% 13 10,70% 7 5,80% 4 3,30% 4 3,30% 2 1,70% 1 0,80% 121 100,00% Cum Percent 15,70% 47,90% 74,40% 85,10% 90,90% 94,20% 97,50% 99,20% 100,00% 100,00% fonte: S/SUBPAV/Superintendência de Vigilância em Saúde *atualizado até 25/06/2009 TABELA 2: Influenza H1N1-Tempo Decorrido entre a Notificação e o Início dos Sintomas dos Casos Confirmados, MRJ-2009 Nº dias 0 1 2 3 4 Total Cum Nº casos Percent Percent 8 22,20% 22,20% 13 36,10% 58,30% 10 27,80% 86,10% 4 11,10% 97,20% 1 2,80% 100,00% 36 100,00% 100,00% fonte: S/SUBPAV/Superintendência de Vigilância em Saúde *atualizado até 25/06/2009 A notificação de um caso suspeito permite o acionamento das equipes responsáveis pela investigação epidemiológica, a oportunidade desta pode ser avaliada pelo tempo decorrido entre a data da notificação e da investigação. (Tabelas 1 e 2) Quanto à oportunidade da investigação temos que, para ambos os casos suspeitos ou confirmados, a investigação epidemiológica foi iniciada no mesmo dia em mais de 85% dos casos. Importante lembrar que a informação não estava disponível para 11 (9,1%) dos casos suspeitos. (Tabelas 3 e 4). -3A rapidez na execução de medidas que reduzam a propagação do vírus contribui para minimizar o impacto da doença na população geral. Este indicador deve ser constantemente monitorado, pois o que está sendo medido é a capacidade técnica dos profissionais de saúde, infraestrutura de transporte e comunicação e recursos humanos. TABELA 3: Influenza H1N1-Tempo Decorrido entre a Notificação e o Início da Investigação Epidemiológica, MRJ-2009* Nº dias Total Nº casos Percent 98 89,10% 0 9 8,20% 1 1 0,90% 2 2 1,80% 3 110 100,00% Cum Percent 89,10% 97,30% 98,20% 100,00% 100,00% fonte: S/SUBPAV/Superintendência de Vigilância em Saúde *atualizado até 25/06/2009 TABELA 4: Influenza H1N1-Tempo Decorrido entre a Notificação e o Início da Investigação Epidemiológica dos Casos Confirmados, MRJ-2009 Nº dias Total Nº casos 35 0 1 3 36 Cum Percent Percent 97,20% 97,20% 2,80% 100,00% 100,00% 100,00% fonte: S/SUBPAV/Superintendência de Vigilância em Saúde *atualizado até 25/06/2009 -4Quanto ao sexo, entre os suspeitos temos um discreto predomínio do feminino sobre o masculino, entre os confirmados não houve diferença.. (Gráficos 2 e 3) Gráfico 3: Influenza H1N1 Casos Suspeitos por Sexo MRJ-2009 47% M F 53% Gráfico 4: Influenza H1N1 Casos Confirmados por Sexo MRJ-2009 M 50% 50% F fonte: S/SUBPAV/Superintendência de Vigilância em Saúde *atualizado até 25/06/2009 Quanto a faixa etária a maioria dos casos ocorreu em adultos entre 20 e 59 anos, embora com predomínio menos acentuado entre os casos confirmados. Entre os casos suspeitos, a média de idade foi 31 anos e a mediana 29 anos, numa faixa de 1ano à 69 anos. Entre os confirmados, a média e mediana foram de 25 anos, numa faixa que variou entre 4 e 63 anos. (Gráficos 5 e 6) Gráfico 5:Influenza H1N1 - Casos Suspeitos Por Faixa Etária MRJ-2009* 4% 0%4% 3% <1a 10% 1-4 3% 5-9 10-14 15-19 20-59 76% 60 ou + -5Gráfico 6: Influenza H1N1 - Casos Confirmados Por Faixa Etária MRJ-2009* 3% 0%3% 6% <1a 16% 1-4 5-9 10-14 15-19 6% 20-59 66% 60 ou + fonte: S/SUBPAV/Superintendência de Vigilância em Saúde *atualizado até 25/06/2009 Quanto a distribuição geográfica, foram detectados casos suspeitos em oito das dez Áreas Programáticas de Saúde (AP), com maior concentração nas APs 21,31 e 4. As áreas com casos positivos foram as APs 21,22,31,32 e 4, sendo detectada transmissão autóctone não sustentada nas APs 21, 22 e 31. (Gráfico 7) Gráfico 7: Influeza H1N1-Nº Casos Suspeitos e Confirmados por Área Programática de Residência MRJ-2009* nº casos 55 45 35 25 15 5 -5 1 21 22 31 32 33 4 51 AP suspeitos confirmados fonte: S/SUBPAV/Superintendência de Vigilância em Saúde *atualizado até 25/06/2009 52 53 -6Abaixo os bairros com ocorrência de casos confirmados importados e autóctones. (Mapas 1 e 2} Mapa 1: Influenza H1N1 – Nº de Casos Importados por Bairro de Residência, MRJ-2009* fonte: S/SUBPAV/Superintendência de Vigilância em Saúde *atualizado até 25/06/2009 -7- Mapa 2: Influenza H1N1 – Nº de Casos Autóctones por Bairro de Residência, MRJ-2009* fonte: S/SUBPAV/Superintendência de Vigilância em Saúde *atualizado até 25/06/2009