REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS AA ANO LXV - Nº 104 - QUARTA-FEIRA, 7 DE JULHO DE 2010 - BRASÍLIA-DF MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2009/2010) PRESIDENTE MICHEL TEMER – PMDB-SP 1º VICE-PRESIDENTE MARCO MAIA – PT-RS 2º VICE-PRESIDENTE ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO – DEM-BA 1º SECRETÁRIO RAFAEL GUERRA – PSDB-MG 2º SECRETÁRIO INOCÊNCIO OLIVEIRA – PR-PE 3º SECRETÁRIO ODAIR CUNHA – PT-MG 4º SECRETÁRIO NELSON MARQUEZELLI – PTB-SP 1º SUPLENTE MARCELO ORTIZ – PV-SP 2º SUPLENTE GIOVANNI QUEIROZ – PDT-PA 3º SUPLENTE LEANDRO SAMPAIO – PPS-RJ 4º SUPLENTE MANOEL JUNIOR – PMDB-PB CONGRESSO NACIONAL 31606 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31607 31608 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31609 31610 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31611 31612 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31613 31614 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31615 31616 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31617 31618 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31619 31620 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31621 31622 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31623 31624 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31625 31626 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31627 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31628 CÂMARA DOS DEPUTADOS SUMÁRIO SEÇÃO I 1 – ATA DA 156ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, SOLENE, MATUTINA, DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 53ª LEGISLATURA, EM 06 DE JULHO DE 2010 I – Abertura da sessão II – Leitura e assinatura da ata da sessão anterior III – Leitura do expediente AVISO Nº 48/2010 – Do Banco Central do Brasil – Encaminha ao Congresso Nacional o demonstrativo das emissões referentes ao mês de maio de 2010, as razões delas determinantes e a posição das reservas internacionais a elas vinculadas.... 31653 MENSAGEM Nº 367/2010 – Do Poder Executivo – Comunica o Excelentíssimo Senhor Presidente da República que se ausentará do País no período de 2 a 12 de julho de 2010, em viagens oficiais a Cabo Verde, dias 2 e 3, Guiné Equatorial, dias 4 e 5, Quênia, dia 6, Tanzânia, dia 7, Zâmbia, dia 8, e África do Sul, dias 9, 10, 11 e 12...................................... 31664 OFÍCIOS Nº 1.074/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 323/10............ 31664 Nº 1.075/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 324/10............ 31665 Nº 1.076/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 325/10............ Nº 1.077/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 326/10............ 31666 31667 Nº 1.078/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 327/10......... 31668 Nº 1.079/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 328/10............................................................. 31669 Nº 1.080/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 329/10............................................................. 31670 Nº 1.081/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 330/10............................................................. 31671 Nº 1.082/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 331/10............................................................. 31672 Nº 1.083/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 332/10............................................................. 31673 Nº 1.084/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 333/10............................................................. 31674 Nº 1.085/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 334/10............................................................. 31675 Nº 1.086/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encami- Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS nhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 335/10............................................................. Nº 1.087/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 336/10.... Nº 1.088/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 337/10....... Nº 1.089/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 338/10....... Nº 1.090/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 339/10....... Quarta-feira 7 31629 31676 Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 348/10....... 31692 31677 Nº 1.100/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 349/10....... 31693 N.º 1.031/10 – Do Senhor Deputado Michel Temer, Presidente da Câmara dos Deputados, devolvendo ao Deputado Lincoln Portela o PL nº 7.462/10, de autoria deste, pelas razões que aduz................................................................. 31694 N.º 1.032/10 – Do Senhor Deputado Michel Temer, Presidente da Câmara dos Deputados, devolvendo ao Deputado Vital do Rêgo Filho o PL nº 7.494/10, de autoria deste, pelas razões que aduz.......................................................... 31694 N.º 1.033/10 – Do Senhor Deputado Michel Temer, Presidente da Câmara dos Deputados, devolvendo ao Deputado Otávio Leite o PL nº 7.533/10, de autoria deste, pelas razões que aduz................................................................. 31696 Nº 731/10 – Do Senhor Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco PMDB/PTC, indicando os nomes dos Deputados do referido Bloco que integrarão a Comissão Representativa do Congresso Nacional..................................... 31697 Nº 082/10 – Do Senhor Deputado Fernando Ferro, Líder do PT, indicando o Deputado Paulo Teixeira para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao PL nº 1.876/99....... 31697 31678 31679 31680 Nº 1.091/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 340/10....... 31681 Nº 1.092/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 341/10....... 31683 Nº 1.093/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 342/10....... 31685 Nº 1.094/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 343/10....... Nº 632/10 – Do Senhor Deputado João Almeida, Líder do PSDB, indicando o Deputado Ricardo Tripoli para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao PL nº 1.876/99.. 31687 31698 Nº 634/10 – Do Senhor Deputado João Almeida, Líder do PSDB, indicando o Deputado Duarte Nogueira para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer ao PL nº 1.876/99.. 31698 Nº 635/10 – Do Senhor Deputado João Almeida, Líder do PSDB, indicando os Deputados do referido Partido que integrarão a Comissão de Representativa do Congresso Nacional........ 31699 Nº 323/10 – Do Senhor Deputado Paulo Bornhausen, Líder do Democratas, indicando o Deputado Jorginho Maluly para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC nº 381/09.......................................................... 31700 Nº 324/10 – Do Senhor Deputado Paulo Bornhausen, Líder do Democratas, indicando os Deputados do referido Partido que integrarão a Comissão Representativa do Congresso Nacional.................................................................... 31701 Nº 1.095/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 344/10............................................................. 31688 Nº 1.096/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 345/10....... 31689 Nº 1.097/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 346/10....... 31690 Nº 1.098/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Secretaria do Senado Federal, encaminhando o autógrafo do Decreto Legislativo nº 347/10....... 31691 Nº 1.099/10 – Do Senhor Senador Mão Santa, Terceiro-Secretário, no exercício da Primeira Nº 325/10 – Do Senhor Deputado Guilherme Campos, pela Liderança dos Democratas, 31630 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS indicando o Deputado Luiz Carlos Busato para integrar a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público............................................. Nº 087/10 – Do Senhor Deputado Rodrigo Rollemberg, Líder do Bloco PSB/PCdoB/PMN/PRB, indicando o Deputado Rodrigo Rollemberg para integrar a Comissão Representativa do Congresso Nacional.................................................................. Nº 414/10 – Do Senhor Deputado João Pizzolatti, Líder do PP, indicando os Deputados Rodovalho e Nelson Meurer para integrar a Comissão Representativa do Congresso Nacional................. Nº 296/10 – Do Senhor Deputado Jovair Arantes, Líder do PTB, indicando os Deputados Paes Landim e Jovair Arantes para integrarem a Comissão Representativa do Congresso Nacional........................................................................ Nº 310/10 – Do Senhor Deputado Jovair Arantes, Líder do PTB, indicando o Deputado Luiz Carlos Busato para integrar a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle................... Nº 311/10 – Do Senhor Deputado Jovair Arantes, Líder do PTB, indicando o Deputado Arnaldo Faria de Sá para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC nº 381/09.............................................................. Nº 140/10 – Do Senhor Deputado Fernando Coruja, Líder do PPS, indicando os Deputados Alexandre Silveira e William Woo para integrarem a Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC nº 381/09............................................... Nº 150/10 – Do Senhor Deputado Fernando Coruja, Líder do PPS, indicando os Deputados Raul Jungmann e Ilderlei Cordeiro para integrarem a Comissão Representativa do Congresso Nacional........................................................... Nº 150/10 – Do Senhor Deputado Edson Duarte, Líder do PV, indicando o Deputado Marcelo Ortiz para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC nº 381/09.. Nº 286/10 – Do Senhor Deputado Eunício Oliveira, Presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, solicitando a publicação, no Diário Oficial da União, da relação de emissora de rádio e televisão que não apresentaram toda a documentação necessária à apreciação dos respectivos atos de outorga.. Nº 305/10 – Do Senhor Deputado Eliseu Padilha, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, encaminhando o PL nº 6.126/09, apreciado pela referida Comissão....... Nº 306/10 – Do Senhor Deputado Eliseu Padilha, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, encaminhando a PEC nº 405/09, apreciada pela referida Comissão.... 31702 31703 31704 31705 31706 31707 31708 31709 31710 31713 31713 31713 Julho de 2010 Nº 307/10 – Do Senhor Deputado Eliseu Padilha, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, encaminhando o PL nº 74/07, apreciado pela referida Comissão.. 31713 Nº 308/10 – Do Senhor Deputado Eliseu Padilha, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, encaminhando os PDCs que especifica, apreciados pela referida Comissão.......................................................... 31713 Nº 311/10 – Do Senhor Deputado Eliseu Padilha, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, comunicando apreciação do PL nº 5.914-C/09................................... 31714 Nº 312/10 – Do Senhor Deputado Eliseu Padilha, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, comunicando apreciação do PL nº 6.175-B/09................................... Nº 314/10 – Do Senhor Deputado Eliseu Padilha, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, comunicando apreciação do PL nº 4.667-B/04....................................... Nº 315/10 – Do Senhor Deputado Eliseu Padilha, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, comunicando apreciação do PL nº 7.448/06............................................. Nº 317/10 – Do Senhor Deputado Eliseu Padilha, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, comunicando apreciação do PL nº 928-B/07...................................... Nº 318/10 – Do Senhor Deputado Eliseu Padilha, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, comunicando apreciação do PL nº 932-B/07...................................... Nº 319/10 – Do Senhor Deputado Eliseu Padilha, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, comunicando apreciação do PL nº 2.266/07...................................... Nº 320/10 – Do Senhor Deputado Eliseu Padilha, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, comunicando apreciação do PL nº 3.719-A/08................................... Nº 321/10 – Do Senhor Deputado Eliseu Padilha, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, comunicando apreciação do PL nº 5.048-B/09................................... Nº 322/10 – Do Senhor Deputado Eliseu Padilha, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, comunicando apreciação do PL nº 5.358-A/09................................... Nº 323/10 – Do Senhor Deputado Eliseu Padilha, Presidente da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, comunicando apreciação do PL nº 5.755-A/09................................... Nº 324/10 – Do Senhor Deputado Eliseu Padilha, Presidente da Comissão de Constituição 31714 31714 31714 31714 31714 31715 31715 31715 31715 31715 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS e Justiça e de Cidadania, comunicando apreciação do PL nº 5.841-A/09................................... Nº 269/10 – Do Senhor Deputado Cláudio Cajado, Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, comunicando a apreciação do PL nº 6.301/05....................................................... Nº 286/10 – Do Senhor Deputado Cláudio Cajado, Presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, comunicando a apreciação do PL nº 5.349/09....................................................... Nº 172/10 – Do Senhor Deputado Angelo Vanhoni, Presidente da Comissão de Educação e Cultura, comunicando que o PL nº 6.939-A-/06 recebeu pareceres divergentes das Comissões de mérito, passando a tramitar sob a apreciação do Plenário................................................................... 31716 31716 31716 Nº 7535/2010 – Do Sr. Paulo Pimenta – Altera a Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, concedendo ao órgão fundiário federal preferência na aquisição de imóvel rural penhorado. .................... Nº 7547/2010 – Do Sr. Nelson Marquezelli – Institui a redução em 50% (cinqüenta pontos percentuais) no pagamento de tarifa de pedágio em rodovias federais para os veículos que especifica.. Nº 7549/2010 – Do Sr. Roberto Santiago – Institui o Dia Nacional dos Auxiliares da Administração Escolar......................................................... Nº 7550/2010 – Do Sr. Capitão Assumção – Torna obrigatória a apresentação do endereço completo do emitente de cheques em caso de não pagamento e dá outras providências...................... Nº 7552/2010 – Do Sr. Capitão Assumção – Dispõe sobre a qualidade de doador de sangue e dá outras providências. . ........................................ Nº 7554/2010 – Do Sr. Carlos Bezerra – Dá nova redação ao caput do art. 3º da Lei nº 9.702, de 17 de novembro de 1998, para estender a data limite adotada no critério de preferência para alienação de imóveis do Instituto Nacional do Seguro Social a seus legítimos ocupantes......................... 31716 31717 31717 Nº 7577/2010 – Do TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO – Dispõe sobre a criação de cargos de provimento efetivo no Quadro de Pessoal da Secretaria do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região e dá outras providências........................ 31732 31742 31752 Nº 2824/2010 – Do Sr. Nelson Marquezelli – Susta a aplicação da expressão “considerando a totalidade do objeto da fiscalização”, parte final do § 6º do art. 24 do Decreto nº 6.514 de 22 de julho de 2008. . ............................................................... 31759 PROJETO DE RESOLUÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL Nº 2/2010 – Do Sr. Fernando Gabeira e outros – Cria, no âmbito do Congresso Nacional, Comissão Mista Permanente sobre o Oceano............ 31761 PROJETO DE RESOLUÇÃO 31719 31719 31720 31721 31722 Nº 7565/2010 – Do Sr. Nelson Proença – Dá a denominação de Bernardo de Souza ao Aeroporto Internacional de Pelotas, em Pelotas, Estado do Rio Grande do Sul.................................................. 31723 Nº 7573/2010 – Do TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO – Dispõe sobre a criação de Varas do Trabalho na jurisdição do Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região e dá outras providências.. 31724 Nº 7574/2010 – Do TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO – Altera a composição do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região, cria Varas do Trabalho em sua jurisdição e dá outras providências......................................................................... Nº 7576/2010 – Do TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO – Dispõe sobre a criação de Varas do Trabalho na jurisdição do Tribunal Regional do Trabalho da 20ª Região e dá outras providências. Dispõe.................................................................... PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO PROJETOS DE LEI Nº 7530/2010 – Do Sr. Paes de Lira – Altera os art. 4º e 10 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003................................................................... Quarta-feira 7 31631 Nº 231/2010 – Do Sr. Inocêncio Oliveira – Denomina “Deputado Vital do Rêgo” o espaço onde se encontra instalada a Procuradoria Parlamentar da Câmara dos Deputados. . ................................. 31772 INDICAÇÕES Nº 6483/2010 – Da Comissão de Educação e Cultura – Apoia a criação de um campus do Instituto Federal da Bahia no Município de Ilhéus, Estado da Bahia.................................................................. Nº 6484/2010 – Da Srª. Tonha Magalhães – Sugere a criação de Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet), no Município de Candeias, Estado da Bahia..................................................... Nº 6485/2010 – Do Sr. Roberto Britto – Solicita que seja enviado ao Ministro de Estado da Educação – ME, indicação de instalação do Curso de Medicina na Universidade do Recôncavo Bahiano no município de Santo Antônio de Jesus no Estado da Bahia. ............................................................... Nº 6486/2010 – Da Comissão de Minas e Energia – Propõe que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, por meio do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, promova alterações na Portaria Inmetro nº 225, de 29 de julho de 2009, para proteger os consumidores de gás liquefeito de petróleo....................................................................... 31772 31772 31773 31773 31632 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 6487/2010 – Da Comissão de Minas e Energia – Propõe que o Ministério de Minas e Energia, por meio da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, determine o máximo de massa residual que pode estar contida no botijão de gás liquefeito de petróleo, quando da sua devolução pelo consumidor............................................ 31774 REQUERIMENTOS Nº 4333/2009 – Da Sra. Luiza Erundina – Requer a realização de sessão solene em homenagem ao I Centenário do Sport Club Corinthians Paulista................................................................... 31775 Nº 5450/2009 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Requer a realização de sessão solene para comemoração do centenário do Sport Clube Corinthians Paulista. ................................................................. 31777 Nº 5467/2009 – Do Sr. Vicentinho – Requer sessão solene para homenagear o centenário do Sport Club Corinthians........................................... 31777 Nº 5495/2009 – Do Sr. William Woo – Requer a convocação de sessão solene da Câmara dos Deputados para o dia 1º de setembro de 2010 às 10 horas....................................................... 31777 Nº 5496/2009 – Do Sr. João Dado – Requer a realização de sessão solene para comemoração do centenário do Sport Clube Corinthians Paulista. .......................................................... 31777 Nº 6133/2010 – Do Sr. Luiz Couto – Requer a convocação de sessão solene da Câmara dos Deputados para o dia 16 de agosto de 2010, às 10:00 horas...................................................... 31777 Nº 7136/2010 – Da Sra. Vanessa Grazziotin – Requer a retirada da INC nº 6.461/2010..... 31778 Nº 7138/2010 – Da Sra. Vanessa Grazziotin – Requer Voto de Louvor ao Senhor Desembargador João de Jesus Abdala Simões, eleito Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas......................................................... 31778 Nº 7144/2010 – Do Sr. Paulo Bornhausen – Requer a retirada de tramitação doProjeto de Lei nº 7.379 de 2010......................................... 31778 IV – Homenagem Transcurso do 49º aniversário de criação da empresa WEG – Equipamentos Elétricos S/A... 31778 PRESIDENTE (Paulo Bauer) – Composição da Mesa Diretora dos trabalhos. Transcurso do 49º aniversário de criação da empresa WEG Equipamentos Elétricos S/A. . .......................... 31778 Oradores: JOÃO PIZZOLATTI (PP, SC), PAULO BAUER (PSDB, SC), VIGNATTI (PT, SC), ANGELA AMIN (PP, SC – Pela ordem), PAULO BORNHAUSEN (DEM, SC), CELSO MALDANER (Bloco/PMDB, SC – Pela ordem), MAURO BENE- Julho de 2010 VIDES (Bloco/PMDB, CE), ROBERTO BRITTO (PP, BA), PAES LANDIM (PTB, PI), SANDRO MABEL (PR, GO).............................................. 31780 PRESIDENTE (João Pizzolatti) – Regozijo da Presidência com a realização, pela Casa, da sessão solene em homenagem à empresa WEG Equipamentos Elétricos S/A. . .......................... 31791 V – Encerramento 2 – ATA DA 157ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, ORDINÁRIA, DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 53ª LEGISLATURA, EM 06 DE JULHO DE 2010 I – Abertura da sessão II – Leitura e assinatura da ata da sessão anterior III – Leitura do expediente IV – Pequeno Expediente SIMÃO SESSIM (PP, RJ) – Transcurso do 192º aniversário da emancipação político-administrativa do Município de Itaguaí, Estado do Rio de Janeiro. . ..................................................... 31794 DR. TALMIR (PV, SP – Pela ordem) – Transcurso do Dia Internacional do Cooperativismo. Realização do 22º Simpósio das UNIMEDs do Estado de São Paulo. Comemoração do 40º aniversário da Organização das Cooperativas Brasileiras — OCB................................................. 31795 VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PCdoB, AM – Pela ordem) – Falecimento da sindicalista Lorena Baptista. .............................................. 31795 MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB, CE) – Realização, pela Comissão de Educação da Assembleia Legislativa do Estado do Ceará, de audiência pública para debate da recriação de colégios agrícolas. Encaminhamento do pleito ao Ministro da Educação, Fernando Haddad. .......... 31795 CAPITÃO ASSUMÇÃO (Bloco/PSB, ES – Pela ordem) – Imediata votação pela Casa das Propostas de Emendas à Constituição de nºs 300, de 2008, acerca da instituição do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares, e 308, de 2004, a respeito da criação das polícias penitenciárias federal e estaduais, bem como do projeto de lei sobre fixação da jornada de trabalho dos profissionais da enfermagem em 30 horas semanais. Solicitação à Presidência de liberação do acesso às dependências da Casa a policiais e bombeiros militares. Conveniência de inversão da Ordem do Dia, com vistas à apreciação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, em primeiro lugar................................................. 31796 JANETE CAPIBERIBE (Bloco/PSB, AP – Pela ordem) – Visita de candidatos da Frente Popular ao Arquipélago do Bailique, na costa do Estado do Amapá.................................................................... 31797 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS NELSON BORNIER (Bloco/PMDB, RJ) – Exigência de liberação de forma igualitária, pelo Governo Federal, de recursos de emendas parlamentares ao Orçamento Geral da União. .............................. PAES DE LIRA (Bloco/PTC, SP – Pela ordem) – Convocação dos Parlamentares, pelo Presidente da Casa, para apreciação de matérias em esforço concentrado no plenário. Expectativa de votação de destaques à Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre estabelecimento de piso salarial nacional para as categorias de policiais e bombeiros militares................................................. LUIZ COUTO (PT, PB) – Clima de insegurança e violência reinante no Bairro dos Novais, em João Pessoa, Estado da Paraíba. Registro da matéria De braços dados com o medo, publicada pelo jornal paraibano O Norte. ................................................ SÉRGIO BARRADAS CARNEIRO (PT, BA) – Importância da Medida Provisória nº 492, de 2010, sobre abertura de prazo às municipalidades para regularização do parcelamento de seus débitos com a Previdência Social e instituição de plano especial para recuperação de prédios escolares da rede pública........................................................................ MARCIO JUNQUEIRA (DEM, RR – Pela ordem) – Falecimento do ex‑Comandante da Polícia Militar do Estado de Roraima, Cel. Márcio Santiago de Morais................................................................ PEDRO WILSON (PT, GO) – Realização do 1º Fórum de Biodiversidade das Américas e do I Seminário de Biodiversidade do Mercado Comum do Sul — MERCOSUL, no Auditório do INTERLEGIS, nas dependências do Congresso Nacional. Defesa da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição nº 115, de 1995, sobre a inclusão do Cerrado na relação dos biomas considerados Patrimônio Nacional. Matéria Qualidade do ensino avança, de Camila de Magalhães, sobre o desempenho do Distrito Federal no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica — IDEB, publicada pelo jornal Correio Braziliense. Elogio ao Ministro da Educação, Fernando Haddad, pela divulgação do IDEB antes das eleições de 2010. ................... MANATO (PDT, ES) – Parecer do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo a respeito das contas do Governador Paulo Hartung relativas ao exercício de 2009. Imperiosidade do cumprimento, pelos Estados e Municípios, da Emenda à Constituição nº 29, de 2000, sobre aplicação de recursos públicos em serviços de saúde. Elogio ao Governador espírito-santense pelas ações em prol das áreas de saúde e educação, bem como pela política de atenção e cuidados aos dependentes químicos. . ........................................................... JANETE CAPIBERIBE (Bloco/PSB, AP) – Apelo ao Ministério da Defesa e à Empresa Brasileira 31797 31797 31798 31800 31800 31800 31805 Quarta-feira 7 31633 de Infraestrutura Aeroportuária — INFRAERO em favor da manutenção de pequeno sítio habitacional nas proximidades do Aeroporto Internacional de Macapá, Estado do Amapá.................................... 31805 SILAS CÂMARA (PSC, AM) – Adoção de medidas de proteção ao emprego pelo Governo Federal e pelo empresariado brasileiro. Apresentação à Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática de requerimento para realização de audiência pública destinada ao debate da situação do sistema de telefonia e dos serviços de Internet na região amazônica, especialmente no Estado do Amazonas. . ........................................................... 31805 MARCIO JUNQUEIRA (DEM, RR) – Solidariedade ao Senador Augusto Botelho diante da decisão do Diretório Regional do Partido dos Trabalhadores no Estado de Roraima, contrária à candidatura do Parlamentar à reeleição.......................................... 31805 PEDRO WILSON (PT, GO – Pela ordem) – Mensagem encaminhada pelo ex‑Deputado Federal Agassiz Almeida ao militante político Micheas Gomes de Almeida, o Zezinho do Araguaia, ao ensejo da solenidade de inauguração do Memorial do Araguaia, em Xambioá, Estado do Tocantins..................................................... JOSÉ ROCHA (PR, BA – Pela ordem) – Participação nos festejos de São Pedro realizados nos Municípios de Oliveira dos Brejinhos e Aracatu, Estado da Bahia. ....................................................... DOMINGOS DUTRA (PT, MA) – Agradecimento aos Parlamentares e entidades civis pelas manifestações de solidariedade prestadas ao orador e ao militante petista Manoel da Conceição, diante da luta empreendida contra a decisão da cúpula do PT de apoiamento à reeleição da Governadora do Estado do Maranhão, Roseana Sarney. Repúdio à atuação política do Senador José Sarney. Confiança na eleição do Deputado Flávio Dino para o Governo maranhense............................................................ WALTER PINHEIRO (PT, BA) – Registro das candidaturas do Governador e do Vice‑Governador do Estado da Bahia, respectivamente, Jaques Wagner e Otto Alencar, à reeleição, e do orador e da Deputada Lídice da Mata a cadeiras no Senado Federal. Alcance dos investimentos realizados pelos Governos Federal e Estadual para o desenvolvimento econômico e social na Bahia. Expectativa de apreciação pela Casa de matérias de relevante interesse nacional, antes do recesso parlamentar de julho de 2010..................................................... CLAUDIO CAJADO (DEM, BA) – Indignação do orador com a classificação dos Municípios de Apuarema e Dário Meira no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica — IDEB, no Estado da Bahia. Participação nos festejos de São João e São Pedro realizados nos Municípios de Dias d’Ávila, 31805 31810 31810 31811 31634 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Souto Soares, Ipupiara e Maiquinique. Visita do orador a outras municipalidades no Estado............ RICARDO TRIPOLI (PSDB, SP) – Críticas ao parecer apresentado pelo Deputado Aldo Rabelo ao projeto de alteração do Código Florestal Brasileiro. Conveniência de adiamento da apreciação da matéria pela Casa.................................................. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP – Pela ordem) – Expectativa de votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares, e do Projeto de Lei nº 4.434, de 2008, sobre a recomposição de perdas salariais de aposentados e pensionistas. Saudação ao Vereador Jorge Schneider, do Município de Campinas, Estado de São Paulo. Posse de novos Desembargadores do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Participação em encontro no bairro Itaim Paulista, no Município de São Paulo..................................... VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PCdoB, AM) – Importância da Lei Complementar nº 131, de 2009, sobre a disponibilização pela Internet, em tempo real, de informações sobre a execução orçamentária e financeira da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. Regozijo com a elevação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica — IDEB nos Municípios do Estado do Amazonas, especialmente em Japurá....................................... RITA CAMATA (PSDB, ES) – Apresentação da Proposta de Emenda à Constituição nº 347, de 2009, sobre a garantia do direito à educação especializada e continuada aos portadores de deficiência. Celeridade na apresentação, pelo Relator, de parecer à matéria................................................... CAPITÃO ASSUMÇÃO (Bloco/PSB, ES) – Repúdio à interferência do Governo Federal nas votações da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares............ MANATO (PDT, ES – Pela ordem) – Expectativa quanto à homologação do registro de candidaturas a cargos eletivos. Apoio às candidaturas do Senador Renato Casagrande e do Deputado Estadual Givaldo Vieira, respectivamente, para Governador e Vice-Governador do Estado do Espírito Santo. Retrospecto da atuação parlamentar do orador........................................................................... Julho de 2010 31812 CARLOS BEZERRA (Bloco/PMDB, MT) – Desafio do País na utilização da biodiversidade brasileira para produção de fármacos. Combate à biopirataria no Brasil............................................... 31818 31812 VITAL DO RÊGO FILHO (Bloco/PMDB, PB) – Eleição do médico Oswaldo Travassos para a VicePresidência da Sociedade Brasileira de Oftalmologia. Transcurso do 75º aniversário do programa A Voz do Brasil. . .............................................................. 31819 FÁBIO FARIA (Bloco/PMN, RN) – Apresentação do Projeto de Lei nº 7.339, de 2010, sobre a inclusão da capacitação de profissionais do turismo entre as atividades passíveis de financiamento pelo Fundo Geral do Turismo — FUNGETUR................ 31820 VIGNATTI (PT, SC) – Liderança do Brasil na produção agrícola mundial até 2019, segundo pesquisa realizada pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação — FAO e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico — OCDE. Realização de elevados investimentos na agricultura brasileira. Acerto da criação do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural — PRONAMP. Apoio ao Projeto de Lei nº 5.798, de 2009, sobre a instituição do Programa de Cultura do Trabalhador e do ValeCultura. .................................................................. 31821 ANTONIO BULHÕES (Bloco/PRB, SP) – Transcurso do Dia do Bombeiro. Relevância dos trabalhos realizados pela corporação..................... 31823 V – Grande Expediente JOSÉ GENOÍNO (PT, SP) – Candidatura do Senador Aloizio Mercadante para Governador do Estado de São Paulo. Acerto das políticas socioeconômica e externa do Governo Luiz Inácio Lula da Silva. Competência da ex-Ministra Dilma Rousseff para o exercício da Presidência da República........ 31824 MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB, CE – Pela ordem) – Posse do Desembargador João Egmont Leôncio Lopes no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios. ................................ 31828 ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP – Pela ordem) – Presença, na Casa, de membros da Associação dos Policiais Militares Deficientes Físicos, para acompanhamento da votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares. Informação sobre a inclusão da matéria na Ordem do Dia.................................. 31829 31813 31814 31814 31816 31816 JOSÉ ROCHA (PR, BA – Pela ordem) – Comemoração do Dia da Independência da Bahia nos Municípios de Salvador, Cachoeira e Caetité......... 31817 EUGÊNIO RABELO (PP, CE) – Desempenho de estudantes do Estado do Ceará no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica — IDEB. Transcurso do centenário da Banda de Música Expedito Raulino......................................................... 31817 RÔMULO GOUVEIA (PSDB, PB) – Razões da candidatura do orador ao cargo de Vice-Governador do Estado da Paraíba na chapa do ex-Prefeito Municipal de João Pessoa, Ricardo Vieira Coutinho. Atuação parlamentar do orador em prol dos interesses do Estado. Quadro de insegurança pública reinante na Paraíba. Descaso do Governo Estadual com as áreas de saúde e segurança pública. Necessidade Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de criação de plano de segurança pública no Estado da Paraíba...................................................... 31829 PRESIDENTE (Efraim Filho) – Congratulação ao Deputado Rômulo Gouveia pela candidatura ao cargo de Vice-Governador do Estado da Paraíba.. 31833 EDSON DUARTE (PV, BA – Como Líder) – Protesto contra a aprovação, pela respectiva Comissão Especial, do parecer apresentado pelo Deputado Aldo Rabelo à proposta de reforma do Código Florestal Brasileiro. Necessidade de manifestação dos candidatos à Presidência da República a respeito da matéria...................................................... 31833 DR. TALMIR (PV, SP – Pela ordem) – Associação ao pronunciamento do Deputado Edson Duarte a respeito do Código Florestal Brasileiro........................................................................ 31834 VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PCdoB, AM – Pela ordem) – Encerramento do prazo estabelecido para registro de candidaturas junto ao Tribunal Superior Eleitoral. Adoção de medidas prejudiciais à Zona Franca de Manaus pelo então Ministro de Estado José Serra.................................................. PAES DE LIRA (Bloco/PTC, SP – Pela ordem) – Baixo desempenho educacional de alunos do ensino básico no País, não obstante a ampliação dos investimentos no setor. Crise no gerenciamento do Exame Nacional do Ensino Médio — ENEM. Regozijo com o desempenho dos Municípios de Cajuru e Jeriquara, Estado de São Paulo, em exame avaliatório do ensino básico......................................... PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – Associação da Presidência ao pronunciamento do Deputado Paes de Lira............................................................ COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB, BA – Pela ordem) – Defesa de aprovação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares................................................. REGIS DE OLIVEIRA (PSC, SP – Pela ordem) – Criação do Grupo de Apoio ao Judiciário por Desembargadores do Estado de São Paulo. .. PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – Associação da Presidência ao discurso do Deputado Regis de Oliveira.................................................................... ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB, SP – Pela ordem) – Dificuldades de pequenos empresários para acesso a financiamentos do BNDES. Contrariedade às alterações do Tratado de Itaipu em benefício do Paraguai. ..................................... CIDA DIOGO (PT, RJ – Pela ordem) – Prospecto da organização não governamental Criola, a respeito do 2º Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, destinado ao enfrentamento do racismo, do sexismo e da lesbofobia. Realização da 6ª Parada do Orgulho GLBT — Gays, Lésbicas, Bissexuais e Transgêneros, no Município de Niterói, Estado do 31834 31834 31835 31835 31836 31836 31836 Quarta-feira 7 31635 Rio de Janeiro. Realização, na sede do Sindicato dos Administradores do Estado do Rio de Janeiro, de audiência pública destinada ao debate da situação da saúde da mulher negra............................. CHICO ALENCAR (PSOL, RJ – Pela ordem) – Falecimento do geógrafo conservacionista, ex-diretor do Instituto de Geociências da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Prof. Elmo da Silva Amador. Transcrição do poema Baía de Guanabara, de autoria de Jorge Luiz Ferreira de Almeida, em homenagem à memória do conservacionista........................................................... CAPITÃO ASSUMÇÃO (Bloco/PSB, ES – Pela ordem) – Expectativa de votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares........................................................ JÔ MORAES (Bloco/PCdoB, MG – Pela ordem) – Correspondência encaminhada pelo exDeputado Constituinte Agassiz Almeida a respeito da inauguração do Memorial do Araguaia. . .......... PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – Determinação à Secretaria-Geral da Mesa de solicitação à Agência Nacional de Telecomunicações — ANATEL de informações a respeito dos serviços prestados aos consumidores pela empresa Telefônica S/A. ................................................................... DOMINGOS DUTRA (PT, MA – Pela ordem) – Greve dos servidores da Justiça Federal. Expectativa de atendimento às reivindicações da categoria............................................................ JÚLIO CESAR (DEM, PI – Pela ordem) – Regozijo com a avaliação alcançada pela Casa Meio Norte, de Teresina, Piauí, no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica — IDEB. ................. PRESIDENTE (Lobbe Neto) – Presença, na Casa, do Vice-Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Deputado Vinícius de Almeida Camarinha................................................ MAJOR FÁBIO (DEM, PB – Pela ordem) – Imediata votação pela Casa da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares. Solicitação aos Deputados de comparecimento ao plenário para votação da matéria......................................... PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – Apoio da Presidência ao discurso do Deputado Major Fábio...................................................................... ABELARDO CAMARINHA (Bloco/PSB, SP – Pela ordem) – Presença no plenário do VicePresidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, filho do orador. Expectativa de entidade representativa de praças do Município de Marília, Estado de São Paulo, quanto à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre estabelecimento de piso salarial nacional para as categorias de policiais e bombeiros militares................................................................ 31837 31842 31842 31843 31843 31845 31846 31846 31846 31847 31847 31636 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS EDUARDO VALVERDE (PT, RO – Pela ordem) – Manifestação de boas-vindas aos indígenas presentes nas galerias do plenário. Candidatura do orador ao Governo do Estado de Rondônia........... LOBBE NETO (PSDB, SP – Pela ordem) – Regozijo com o desempenho de municípios dos Estados de São Paulo e Minas Gerais na aferição do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica — IDEB. Imediata apreciação, pela Casa, de proposta de regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, sobre alocação de recursos para a área de saúde pública............................................ PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – Associação da Presidência ao pronunciamento do Deputado Lobbe Neto............................................................. DEVANIR RIBEIRO (PT, SP – Pela ordem) – Defesa de aprovação da proposta de regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, sobre a alocação de recursos para a saúde. Outorga ao orador dos títulos de Cidadão Honorário de Fernandópolis e de Paraguaçu Paulista, municipalidades do Estado de São Paulo. Contentamento com a instituição de Zona de Processamento de Exportação (ZPE) em Fernandópolis. . ..................................... PEDRO WILSON (PT, GO – Pela ordem) – Congratulações ao Ministro da Educação, Fernando Haddad, pela realização do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB no presente exercício. Inauguração de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia – IFETs em Municípios do Estado de Goiás. Congratulações à exMinistra Dilma Rousseff pelos trabalhos realizados à frente do Programa de Aceleração do Crescimento — PAC.................................................................... PRESIDENTE (Michel Temer) – Convocação dos Deputados ao plenário. Anúncio de inclusão na pauta de medidas provisórias e da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares. ..................................................... VITAL DO RÊGO FILHO (Bloco/PMDB, PB – Pela ordem) – Expectativa de votação da Medida Provisória nº 483, de 2010, constante na Ordem da Dia.......................................................................... PRESIDENTE (Michel Temer) – Apelo ao Plenário de votação da Medida Provisória nº 483, de 2010, e de outras matérias constantes na pauta.......................................................... JORGINHO MALULY (DEM, SP – Pela ordem) – Congratulações ao Presidente Michel Temer pela candidatura ao cargo de Vice-Presidente da República na chapa da ex-Ministra Dilma Rousseff. Concessão ao orador do título de Cidadão Andradinense pela Câmara Municipal de Andradina, Estado de São Paulo. Construção de centro de tratamento de câncer no Município de Araçatuba. Inauguração 31847 31848 31848 31848 31849 31849 31850 31850 Julho de 2010 de Ambulatório Médico de Especialidades — AME em Araçatuba......................................................... 31850 ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP – Pela ordem) – Participação do orador na festa junina realizada no Município de Itapecerica da Serra, Estado de São Paulo. Aplausos ao Presidente Michel Temer pela decisão de inclusão na pauta da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, a respeito da criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares. .............................................. 31851 JOÃO ALMEIDA (PSDB, BA – Pela ordem) – Solicitação à Presidência de inclusão na pauta do Requerimento nº 7.112, de 2010, a respeito da convocação do Ministro da Fazenda, Guido Mantega......................................................................... 31851 PRESIDENTE (Michel Temer) – Resposta ao Deputado João Almeida. Reiteração da convocação dos Deputados ao plenário para a apreciação das matérias constantes na pauta................................ 31851 COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB, BA – Pela ordem) – Solicitação ao Deputado João Almeida, presente no plenário, de registro de presença. ..... 31851 JOÃO ALMEIDA (PSDB, BA – Pela ordem) – Presença do orador no plenário. ........................... Apresentação de proposições: Vanessa Grazziotin, Carlos Bezerra, Décio Lima, Renato Amary, Carlos Bezerra, Vital do Rêgo Filho, Damião Feliciano, João Dado, Ricardo Tripoli, Brizola Neto, Eduardo Cunha, Marcelo Castro, Carlos Bezerra, Paulo Pimenta, Chico Alencar, Fábio Faria, Marinha Raupp, Antonio Carlos Mendes Thame, Marinha Raupp, Vinicius Carvalho, Eduardo Barbosa, Mário Heringer, Alex Canziani, Vinicius Carvalho, Marcelo Serafim, Hugo Leal, Armando Monteiro, João Dado, Marinha Raupp, Carlos Zarattini, Sueli Vidigal, Roberto Alves, Fernando Chucre e Jorge Tadeu Mudalen.............................................................. 31851 31851 VI – Ordem do Dia PRESIDENTE (Michel Temer) – Eleição dos membros da Comissão Representativa do Congresso Nacional durante o recesso parlamentar........... 31859 Leitura dos nomes dos candidatos indicados pelos respectivos partidos...................................... 31859 PRESIDENTE (Michel Temer) – Eleição dos membros da Comissão Representativa do Congresso Nacional por aclamação. .................................. PRESIDENTE (Michel Temer) – Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 483, de 2010, que altera as Leis nºs 10.683, de 28 de maio de 2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, e 8.745, de 9 de dezembro de 1993, que dispõe sobre a 31859 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, e dá outras providências........................... 31859 PRESIDENTE (Michel Temer) – Votação de requerimento de retirada da medida provisória da pauta....................................................................... 31859 Usaram da palavra para encaminhamento da votação os Srs. Deputados EDUARDO SCIARRA (DEM, PR), EDUARDO VALVERDE (PT, RO)........ Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados EDUARDO CUNHA (Bloco/PMDB, RJ), EDUARDO VALVERDE (PT, RO), ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP), JOÃO ALMEIDA (PSDB, BA), EDUARDO SCIARRA (DEM, PR).............................................................. PRESIDENTE (Michel Temer) – Aviso sobre a proibição de manifestações nas galerias do plenário........................................................................ 31859 31860 31861 Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados ZONTA (PP, SC), CEZAR SILVESTRI (PPS, PR), LÍDICE DA MATA (Bloco/PSB, BA), WILSON PICLER (PDT, PR), GORETE PEREIRA (PR, CE), ANTÔNIO ROBERTO (PV, MG), REGIS DE OLIVEIRA (PSC, SP)..... 31861 PRESIDENTE (Michel Temer) – Rejeição do requerimento........................................................... 31861 JOÃO ALMEIDA (PSDB, BA) – Pedido de verificação da votação............................................ 31861 COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB, BA) – Pedido de verificação conjunta............................... EDUARDO VALVERDE (PT, RO) – Pedido de verificação conjunta................................................ PRESIDENTE (Michel Temer) – Deferimento dos pedidos de verificação..................................... Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados JOÃO ALMEIDA (PSDB, BA), EDUARDO SCIARRA (DEM, PR).......................................................................... MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ) – Pela ordem) – Pedido ao Presidente Michel Temer de reafirmação do aviso de votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares. .................................................................... PRESIDENTE (Michel Temer) – Resposta ao Deputado Miro Teixeira........................................... EDUARDO SCIARRA (DEM, PR – Pela ordem) – Proposta à Presidência de convocação de sessão extraordinária para votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares................................................. PRESIDENTE (Michel Temer) – Resposta ao Deputado Eduardo Sciarra..................................... 31861 31861 31861 31862 31862 31862 31862 31862 Quarta-feira 7 31637 ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP – Pela ordem) – Apoio à proposta do DEM de convocação de sessão extraordinária para votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares................................................. PRESIDENTE (Michel Temer) – Resposta ao Deputado Arnaldo Faria de Sá............................... COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB, BA – Pela ordem) – Solicitação aos Deputados do PMDB de comparecimento ao plenário. Orientação da respectiva bancada...................................................... CÂNDIDO VACCAREZZA (PT, SP – Pela ordem) – Implementação de acordo para votação de medidas provisórias e da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares. .................................................................... FERNANDO CORUJA (PPS, SC – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Discordância com a vinculação da votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, às votações de medidas provisórias............................... PAES DE LIRA (Bloco/PTC, SP – Pela ordem) – Defesa de convocação de sessão extraordinária para a votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008............................................ PRESIDENTE (Michel Temer) – Informação ao Plenário sobre os termos de acordo para a votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008........................................................... CHICO ALENCAR (PSOL, RJ – Pela ordem) – Defesa de votação de medidas provisórias constantes da pauta, bem como da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares, e da proposta de regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, sobre a alocação de recursos para a saúde. Orientação da respectiva bancada............................................................... REGIS DE OLIVEIRA (PSC, SP – Pela ordem) – Apelo às Lideranças partidárias para elaboração de pauta consensual............................................... PERPÉTUA ALMEIDA (Bloco/PCdoB, AC – Pela ordem) – Saudações às lideranças indígenas presentes nas galerias do plenário. Regozijo com o desempenho de estudantes do Estado do Acre no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica — IDEB. Avanços do Estado na área de educação.... JÔ MORAES (Bloco/PCdoB, MG – Pela ordem) – Escalada da violência contra mulheres no Estado de Minas Gerais. Conveniência de elevação do número de equipes de assistência à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher. Agilidade no processo de reformulação do Código de Processo Penal e na tramitação de proposta que assegura 31862 31862 31862 31862 31863 31863 31863 31863 31864 31864 31638 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS garantias mínimas do Estado aos menores de 18 anos........................................................................ 31865 CELSO MALDANER (Bloco/PMDB, SC – Pela ordem) – Reunião da Frente Parlamentar em Defesa do Estaleiro de Biguaçu, no Estado de Santa Catarina. Expectativa de rápida implementação das mudanças introduzidas no novo Código Florestal Brasileiro................................................................. 31865 JAIR BOLSONARO (PP, RJ – Pela ordem) – Repúdio à candidata à sucessão presidencial Dilma Rousseff por suas ações, no passado, como militante de esquerda............................................. 31866 PRESIDENTE (Marco Maia) – Encerramento da votação e da Ordem do Dia por falta de quorum no plenário. Manutenção do painel para a sessão extraordinária.......................................................... 31866 VII – Encerramento DISCURSO PROFERIDO PELO SR. DEPUTADO PAES LANDIM (PTB-PI e como Líder) NO PERÍODO DESTINADO A COMUNICAÇÕES PARLAMENTARES DA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 011, REALIZADA EM 11 DE FEVEREIRO DE 2010 — RETIRADO PELO ORADOR PARA REVISÃO: Posse de Ophir Cavalcante Júnior na Presidência da Ordem dos Advogados do Brasil — OAB. Eleição de Sigifroi Moreno Filho e Francisco Queiroz Caputo Neto, respectivamente, para a Presidência das Seccionais da OAB no Estado do Piauí e no Distrito Federal. Registro do discurso de posse de Sigifroi Moreno Filho na Presidência da OAB/PI............................. DISCURSO PROFERIDO PELO SR. DEPUTADO LUIZ BASSUMA (PV-BA. Pela ordem) NO PERÍODO DESTINADO AO PEQUENO EXPEDIENTE DA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 024, REALIZADA EM 3 DE MARÇO DE 2010 — RETIRADO PELO ORADOR PARA REVISÃO: Decretação da prisão preventiva do acusado pelo assassinato de sindicalistas no Município de Porto Seguro, Estado da Bahia.......................................................... DISCURSO PROFERIDO PELO SR. DEPUTADO MARCELO ITAGIBA (PSDB-RJ) NO PERÍODO DESTINADO À ORDEM DO DIA DA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 031, REALIZADA EM 9 DE MARÇO DE 2010 — RETIRADO PELO ORADOR PARA REVISÃO: Usou da palavra para encaminhamento da votação.......................................................... DISCURSO PROFERIDO PELO SR. DEPUTADO LUIZ BASSUMA (PV-BA.) NO PERÍODO DESTINADO A BREVES COMUNICAÇÕES DA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 032, REALIZADA EM 10 DE MARÇO DE 2010 — RETIRADO PELO ORADOR PARA REVISÃO: Encaminhamento do Projeto de Lei nº Julho de 2010 6.928, de 2010, oriundo do Parlamento Jovem de 2009, sobre a inserção da cultura da paz entre as diretrizes curriculares da educação básica. Saudação à autora do projeto, Parlamentar Jovem Nadian Santos dos Anjos, ao ensejo do transcurso do Dia Internacional da Mulher.......................................... 31886 DISCURSO PROFERIDO PELO SR. DEPUTADO MARCELO ITAGIBA (PSDB-RJ – Pela ordem) NO PERÍODO DESTINADO A BREVES COMUNICAÇÕES DA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 032, REALIZADA EM 10 DE MARÇO DE 2010 — RETIRADO PELO ORADOR PARA REVISÃO: Artigo Rio imita Medellin e busca mudança, de Bruno Paes Manso, publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo. Conveniência de rejeição, pela Casa, da emenda apresentada pelos Deputados Ibsen Pinheiro e Humberto Souto ao projeto de lei sobre a distribuição de royalties de petróleo aos Estados e Municípios. Imediata votação das Propostas de Emendas à Constituição de nºs 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares; 308, de 2004, relativa à criação das polícias penitenciárias federal e estaduais, e 549, de 2006, referente às carreiras policiais.................................................... 31886 3 – ATA DA 158ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA, NOTURNA, DA 4ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 53ª LEGISLATURA, EM 06 DE JULHO DE 2010 31879 31885 31885 I – Abertura da sessão II – Leitura e assinatura da ata da sessão anterior III – Leitura do expediente IV – Breves Comunicações EDUARDO SCIARRA (DEM, PR – Pela ordem) – Sugestão à Presidência para imediata votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre o estabelecimento do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares............ 31893 PRESIDENTE (Marco Maia) – Resposta ao Deputado Eduardo Sciarra. ................................... 31893 SANDES JÚNIOR (PP – GO) – Congratulação ao Governador do Estado de Goiás, Alcides Rodrigues, pela realização de investimentos no setor de infraestrutura, com vistas ao fomento do turismo durante a Copa do Mundo de Futebol de 2014...... 31893 JORGE KHOURY (DEM, BA) – Resultados positivos da atuação da Frente Parlamentar Mista do Comércio Varejista em prol da regulamentação das operações com cartões de crédito. Defesa de elaboração de projeto de lei sobre o tema............. 31894 VINICIUS CARVALHO (PTdoB, RJ) – Urgente necessidade de regulamentação das operações com cartões de crédito no País. Realização da reforma tributária.................................................................. 31895 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ANGELA PORTELA (PT, RR) – Homologação da candidatura da oradora ao Senado Federal. Apoio ao Governo Luiz Inácio Lula da Silva. Expectativa de desenvolvimento socioeconômico do Estado de Roraima com a eleição de Dilma Rousseff à Presidência da República............................................... PAULO BORNHAUSEN (DEM, SC – Como Líder) – Obstrução das votações pela Oposição em protesto contra a não inclusão na pauta da proposta de regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, sobre a alocação de recursos para a saúde pública. ....................................................... 31906 Usaram da palavra pela ordem, para registro de voto, os Srs. Deputados WALTER PINHEIRO (PT, BA), ABELARDO CAMARINHA (Bloco/PSB, SP), ÁTILA LIRA (Bloco/PSB, PI)................................... 31907 DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB, BA – Como Líder. Discurso retirado pelo orador para revisão.) – Inexistência de justificativas para a obstrução das votações pelos partidos oposicionistas. Defesa da imediata votação das medidas provisórias constantes na pauta, bem como da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares. .................................................................... 31907 Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados EDUARDO SCIARRA (DEM, PR), DARCÍSIO PERONDI (Bloco/ PMDB, RS), DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB, BA), GORETE PEREIRA (PR, CE), MENDES RIBEIRO FILHO (Bloco/PMDB, RS)...................................... 31907 JOÃO ALMEIDA (PSDB, BA – Como Líder) – Manutenção pelo PSDB da obstrução das votações em protesto contra a não inclusão na pauta da proposta de regulamentação da Emenda Constitucional nº 29. ...................................................... 31908 Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado VILSON COVATTI (PP, RS). ....................................................................... 31909 PRESIDENTE (Michel Temer) – Aviso ao Plenário sobre compromisso assumido pela Presidência de submissão ao Colégio de Líderes da proposta de votação da regulamentação da Emenda Constitucional nº 29. ...................................................... 31909 Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado CIRO NOGUEIRA (PP, PI). Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ), ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP), REGIS DE OLIVEIRA (PSC, SP)................... 31909 CHICO ALENCAR (PSOL, RJ – Pela ordem) – Consulta à Presidência sobre a possibilidade de apresentação, em sessão extraordinária, de requerimento de inversão da pauta ou de preferência com matérias em regime de urgência incluídas na respectiva pauta..................................................... 31910 31906 PRESIDENTE (Michel Temer) – Resposta ao Deputado Chico Alencar......................................... 31910 31906 Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados FERNANDO 31896 GERALDO PUDIM (PR, RJ) – Realização de manifestações populares, em especial de entidades de classe, contra a cassação do mandato da Prefeita Rosinha Matheus, do Município de Campos dos Goytacazes, Estado do Rio de Janeiro............ 31896 CARLOS BRANDÃO (PSDB, MA) – Denúncia de nova tentativa de assassinato do ex-Prefeito Marcos Miranda, do Município de Bom Lugar, Estado do Maranhão................................................... 31897 PERPÉTUA ALMEIDA (Bloco/PCdoB, AC) – Criação da Zona de Processamento de Exportação — ZPE do Estado do Acre...................................... V – Ordem do Dia PRESIDENTE (Marco Maia) – Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 483, de 2010, que altera as Leis nºs 10.683, de 28 de maio de 2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, e 8.745, de 9 de dezembro de 1993, que dispõe sobre a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, e dá outras providências........................... PRESIDENTE (Marco Maia) – Votação de requerimento de retirada da medida provisória da pauta....................................................................... Usaram da palavra para encaminhamento da votação os Srs. Deputados ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP), EDUARDO SCIARRA (DEM, PR)... 31897 31904 31904 31904 MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ) – Questão de ordem sobre a conveniência de retirada, pelo Deputado Eduardo Sciarra, do requerimento de retirada da medida provisória da pauta e de apresentação de requerimento de preferência para a votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008........................................................................ 31905 Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado EDUARDO VALVERDE (PT, RO).................................................................. 31905 PRESIDENTE (Marco Maia) – Informação ao Plenário sobre a manutenção na pauta de medidas provisórias e da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, até o final do período legislativo.. 31906 Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado JOÃO ALMEIDA (PSDB, BA).......................................................................... Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado SILAS CÂMARA (PSC, AM).. Quarta-feira 7 31639 31640 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS CORUJA (PPS, SC), CHICO ALENCAR (PSOL, RJ). ........................................................................ 31910 Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado ZÉ GERARDO (Bloco/PMDB, CE).......................................................................... 31911 Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado ROBERTO SANTIAGO (PV, SP). ................................................................ 31911 PRESIDENTE (Michel Temer) – Rejeição do requerimento de retirada da medida provisória da pauta....................................................................... 31911 EDUARDO SCIARRA (DEM, PR) – Pedido de verificação de votação;...................................... 31911 JOSÉ GENOÍNO (PT, SP) – Pedido de verificação conjunta...................................................... EDUARDO CUNHA (Bloco/PMDB, RJ) – Pedido de verificação conjunta................................... PRESIDENTE (Michel Temer) – Deferimento dos pedidos de verificação de votação................... Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado EDUARDO SCIARRA (DEM, PR).............................................................. JOSÉ GENOÍNO (PT, SP – Pela ordem) – Convocação dos Deputados do PT ao plenário para votação das matérias constantes na pauta............ Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado JOÃO ALMEIDA (PSDB, BA).......................................................................... JOSÉ GENOÍNO (PT, SP – Pela ordem) – Cumprimento de acordo para a votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008........... Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado FERNANDO CORUJA (PPS, SC. .............................................................. FERNANDO FERRO (PT, PE – Pela ordem) – Resultado de reunião de Líderes partidários com o Ministro Ricardo Lewandowski, do Tribunal Superior Eleitoral, para discussão de coligações estaduais.. PRESIDENTE (Michel Temer) – Convocação dos Deputados ao plenário..................................... MARCELO ITAGIBA (PSDB, RJ – Pela ordem) – Conveniência de encerramento da sessão e de convocação de sessão extraordinária para a votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares................ Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado SARNEY FILHO (PV, MA). . . GILMAR MACHADO (PT, MG – Pela ordem) – Aviso aos membros da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização sobre a retomada dos trabalhos do órgão após o término da sessão............................................................... 31911 31911 31911 31911 31911 31911 31911 31912 31912 31912 31912 31913 31913 Julho de 2010 MARÇAL FILHO (Bloco/PMDB, MS – Pela ordem) – Elogio ao Presidente Michel Temer pela manutenção na pauta da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Defesa de inclusão na pauta da Proposta de Emenda à Constituição nº 308, de 2004, sobre a criação das polícias penitenciárias federais e estaduais............................... 31913 VALDIR COLATTO (Bloco/PMDB, SC – Pela ordem) – Agradecimento à Presidência pela criação da Comissão Especial destinada ao exame da proposta de reformulação do Código Florestal Brasileiro. Aprovação pelo órgão do parecer apresentado à matéria pelo Deputado Aldo Rebelo. Defesa de aprovação pela Casa do novo Código Florestal Brasileiro................................................................. 31913 RITA CAMATA (PSDB, ES – Pela ordem) – Defesa de votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, e da proposta de regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, sobre a destinação de recursos para a saúde. Ajuizamento de mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal para suspensão da nova sistemática de distribuição de royalties de petróleo............ 31914 MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ) – Questão de ordem sobre a possibilidade de alcance de quorum no plenário para a votação de medidas provisórias e da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008................................................................... 31914 Usaram da palavra pela ordem, para registro de voto, os Srs. Deputados DOMINGOS DUTRA (PT, MA), CLÓVIS FECURY (DEM, MA)................ 31914 PRESIDENTE (Michel Temer) – Encerramento da votação.............................................................. 31914 Rejeição do requerimento de retirada da medida provisória da pauta......................................... 31914 Usaram da palavra pela ordem, para registro de voto, os Srs. Deputados JOSÉ MENTOR (PT, SP), DÉCIO LIMA (PT, SC), LUIS CARLOS HEINZE (PP, RS), RICARTE DE FREITAS (PTB, MT).... 31922 PRESIDENTE (Michel Temer) – Solicitação aos Deputados de permanência no plenário, tendo em vista à realização de votações nominais.......... 31922 Usou da palavra para proferir parecer à medida provisória e às emendas apresentadas pela Comissão Mista o Sr. Deputado VITAL DO RÊGO FILHO (Bloco/PMDB, PB), concluindo por projeto de lei de conversão................................................. 31922 Usaram da palavra pela ordem, para registro de voto, os Srs. Deputados SILAS CÂMARA (PSC, AM), ANTONIO JOSÉ MEDEIROS (PT, PI), LINCOLN PORTELA (PR, MG).................................... 31926 JOÃO ALMEIDA (PSDB, BA – Pela ordem) – Alerta sobre a necessidade de leitura integral do parecer pelo Relator da medida provisória............. 31927 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PRESIDENTE (Michel Temer) – Determinação ao Relator de leitura integral do parecer.......... 31928 PRESIDENTE (Michel Temer) – Votação de requerimento de adiamento da discussão da matéria por 2 sessões................................................. 31960 Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado GIACOBO (PR, PR).............. 31960 PRESIDENTE (Michel Temer) – Aviso ao Plenário sobre o cumprimento pela Presidência do tempo regimental concedido aos oradores para uso da palavra............................................................... Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado LIRA MAIA (DEM, PA)...... Usaram da palavra pela ordem, para registro de voto, os Srs. Deputados FÁBIO FARIA (Bloco/ PMN, RN), SERGIO PETECÃO (Bloco/PMN, AC), MOACIR MICHELETTO (Bloco/PMDB, PR), BETO ALBUQUERQUE (Bloco/PSB, RS). . ..................... 31960 31960 31960 PAULO BORNHAUSEN (DEM, SC – Como Líder) – Obstrução das votações pelos partidos oposicionistas até a inclusão na pauta de emenda sobre a alocação de recursos para a saúde pública. Desinteresse do Governo Federal na votação de propostas de emendas à Constituição. Contestação das declarações do Líder do Governo na Casa, Deputado Cândido Vaccarezza, sobre um suposto posicionamento da Oposição contra a distribuição de royalties de petróleo a Estado e Municípios...... 31961 Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado EDUARDO VALVERDE (PT, RO). . .............................................................. 31962 MARCELO ITAGIBA (PSDB, RJ – Pela ordem) – Pedido à Presidência de convocação de sessão extraordinária para votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008............................... 31962 PRESIDENTE (Michel Temer) – Resposta ao Deputado Marcelo Itagiba....................................... Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, a Sra. Deputada MARIA DO ROSÁRIO (PT, RS).......................................................................... FERNANDO CORUJA (PPS, SC. Pela ordem e como Líder) – Conveniência de destinação de recursos à saúde pública. Defesa de votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, antes da medida provisória sobre a criação de cargos no âmbito do Governo Federal. Orientação da respectiva bancada..................................... Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB, BA), EDUARDO VALVERDE (PT, RO)............................................................ MARCELO ITAGIBA (PSDB, RJ – Pela ordem) – Empenho do PSDB na votação da Proposta de 31962 31962 31962 31962 Quarta-feira 7 31641 Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Orientação da respectiva bancada............................................ 31963 PAULO BORNHAUSEN (DEM, SC – Pela ordem) – Proposta ao Líder do Governo na Casa, Deputado Cândido Vaccarezza, de retirada de medidas provisórias da pauta e imediata votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Orientação da respectiva bancada............... 31963 Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados ROBERTO BRITTO (PP, BA), HOMERO PEREIRA (PR, MT), MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ)..................................... 31964 SILVIO COSTA (PTB, PE – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Defesa de votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008........................................................... 31964 MARCELO ORTIZ (PV, SP – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Defesa de votação das Propostas de Emendas à Constituição de nºs 300, de 2008, e 340, de 2009, referentes a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares........................................................ 31964 MARCONDES GADELHA (PSC, PB – Pela ordem) – Defesa de votação da medida provisória sobre a concessão a Secretarias do status de Ministério. Orientação da respectiva bancada............ 31964 JOÃO ALMEIDA (PSDB, BA – Pela ordem) – Conveniência de retirada da medida provisória da pauta para a imediata votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008................ PRESIDENTE (Michel Temer) – Aviso ao Plenário sobre a votação de requerimentos. Anúncio de convocação de reunião de Líderes para debate sobre a votação de medida provisória constante na pauta....................................................................... 31965 31965 MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ – Pela ordem) – Defesa de convocação de sessão extraordinária matutina para o dia 7 de julho de 2010.................. 31965 PRESIDENTE (Michel Temer) – Manutenção da convocação de reunião de Líderes para o dia 7 de julho de 2010, às 15h. Submissão do requerimento à apreciação do Plenário............................. 31965 PRESIDENTE (Michel Temer) – Rejeição do requerimento........................................................... 31966 PAULO BORNHAUSEN (DEM, SC) – Pedido de verificação.......................................................... 31966 COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB, BA) – Pedido de verificação conjunta............................... 31966 EDUARDO VALVERDE (PT, RO) – Pedido de verificação conjunta................................................ 31966 PRESIDENTE (Michel Temer) – Deferimento dos pedidos de verificação..................................... 31966 31642 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS JOÃO ALMEIDA (PSDB, BA) – Questão de ordem sobre a retirada da medida provisória da pauta e imediata votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008............................... Julho de 2010 de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares................................................. 31968 31966 PRESIDENTE (Michel Temer) – Resposta ao Deputado João Almeida......................................... PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Resposta ao Deputado Paulo Bornhausen................... 31968 31966 MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ – Pela ordem) – Contestação ao pronunciamento do Deputado João Almeida................................................................... 31966 EDUARDO VALVERDE (PT, RO) – Questão de ordem sobre o início imediato da votação......... 31966 PAULO BORNHAUSEN (DEM, SC) – Apresentação de requerimento de convocação de sessão extraordinária para votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares.................................................................. 31969 OSMAR TERRA (Bloco/PMDB, RS – Pela ordem) – Protesto contra a não votação da proposta de regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, sobre a alocação de recursos para a saúde pública. Imediata votação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, sobre a destinação de recursos para a saúde............................................ 31969 Usaram da palavra pela ordem os Srs. Deputados MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ), COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB, BA)................................. 31969 Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado ALEXANDRE SANTOS (Bloco/ PMDB, RJ).............................................................. 31969 LUIZ COUTO (PT, PB – Pela ordem) – Possibilidade de votação, antes do recesso parlamentar, de medidas provisórias e da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares. Necessidade de ampliação do debate sobre a proposta de criação do novo Código Ambiental Brasileiro................................................................. 31969 PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Encerramento da votação................................................ 31969 Rejeição do requerimento............................. 31969 Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado PAULO BORNHAUSEN (DEM, SC).............................................................. PRESIDENTE (Michel Temer) – Aviso ao Plenário sobre a concessão da palavra aos oradores tão somente para manifestações sobre a matéria em votação............................................................. 31966 31966 ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP – Pela ordem) – Sugestão à Presidência de antecipação do horário da reunião de Líderes............................ 31966 PRESIDENTE (Michel Temer) – Resposta ao Deputado Arnaldo Faria de Sá............................... 31966 CÂNDIDO VACCAREZZA (PT, SP – Como 319Líder) – Obstrução das votações pela Oposição. Celebração de acordo para votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Ações do Governo Federal em benefício da área de saúde. Anúncio de votação, após as eleições, da proposta de regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, a respeito da alocação de recursos para a saúde. Apelo aos Deputados da base governista de participação em esforço concentrado para votação de medidas provisórias e da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Orientação da respectiva bancada. . .................................................. 31966 JOSÉ GENOÍNO (PT, SP – Pela ordem) – Justificativa da ausência do Deputado Fernando Ferro na Casa......................................................... Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado CHICO DA PRINCESA (PR, PR).......................................................................... 31968 31977 Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado FERNANDO CORUJA (PPS, SC)............................................................... 31968 PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Anúncio ao Plenário sobre a existência de requerimento de adiamento da discussão da matéria por uma sessão. ........................................................................ 31977 Votação de requerimento de quebra de interstício para a votação do requerimento de adiamento da discussão da matéria por uma sessão.............. 31977 Usaram da palavra para encaminhamento da votação os Srs. Deputados EDUARDO VALVERDE (PT, RO), PAULO BORNHAUSEN (DEM, SC). . .... 31977 Usaram da palavra pela ordem, para registro de voto, os Srs. Deputados MARCOS LIMA (Bloco/ PMDB, MG), DAMIÃO FELICIANO (PDT, PB)........ 31978 FÁTIMA BEZERRA (PT, RN – Pela ordem) – Anúncio de encaminhamento à Casa, pelo Poder Executivo, de projeto de lei sobre a regulamentação do piso salarial nacional dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate às endemias. Importância de aprovação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares. ................................................................ PAULO BORNHAUSEN (DEM, SC) – Questão de ordem sobre a possibilidade de convocação de sessão extraordinária para votação da Proposta 31968 Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados MIRO TEIXEI- Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS RA (PDT, RJ), COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB, BA), ALEXANDRE CARDOSO (Bloco/PSB, RJ),... 31978 CARLOS ZARATTINI (PT, SP – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Defesa da votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008........................................................... 31978 JOÃO ALMEIDA (PSDB, BA – Pela ordem) – Manobra do Governo Federal para votação de medidas provisórias antes da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Orientação da respectiva bancada................................................. Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado PAULO BORNHAUSEN (DEM, SC). ............................................................ EDSON DUARTE (PV, BA – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Defesa da votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008................................................................... Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados CARLOS SANTANA (PT, RJ), ANTONIO CRUZ (PP, MS)..... JOSÉ ROCHA (PR, BA – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Defesa da votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008........................................................................ ANTÔNIO CARLOS CHAMARIZ (PTB, AL – Pela ordem) – Defesa da votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Orientação da respectiva bancada............................................ MARCONDES GADELHA (PSC, PB – Pela ordem) – Defesa de votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Orientação da respectiva bancada................................................. WILLIAM WOO (PPS, SP – Pela ordem) – Defesa da votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Orientação da respectiva bancada. ................................................................ CHICO ALENCAR (PSOL, RJ – Pela ordem) – Posicionamento do PSOL contrário à obstrução das votações. Defesa da votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares. Orientação da respectiva bancada.......... Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado RODRIGO ROLLEMBERG (Bloco/PSB, DF). ................................................... PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Rejeição do requerimento de quebra de interstício........ Votação de requerimento de adiamento da discussão da matéria por uma sessão................... Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado PAULO PIMENTA (PT, RS).... JOSÉ ROCHA (PR, BA – Pela ordem) – Pedido à Presidência de manutenção do painel da votação anterior...................................................... 31978 31978 31978 31978 31979 31979 31979 31979 31979 31980 31980 31980 31980 31980 Quarta-feira 7 31643 PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Resposta ao Deputado José Rocha............................. DUARTE NOGUEIRA (PSDB, SP) – Questão de ordem sobre a concessão do prazo de 5 minutos para encaminhamento da votação do requerimento............................................................................. Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado DUARTE NOGUEIRA (PSDB, SP).......................................................................... LINDOMAR GARÇON (PV, RO – Pela ordem) – Registro de voto. Imediata inclusão na pauta das Propostas de Emenda à Constituição nºs 300, de 2008, e 308, de 2004.............................................. 31980 31980 31980 31981 Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado JOSÉ GENOÍNO (PT, SP)...................................... 31981 DUARTE NOGUEIRA (PSDB, SP) – Conclusão do encaminhamento da votação do requerimento............................................................................. 31981 Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB, BA), JOSÉ GENOÍNO (PT, SP).................................................................. 31981 JOÃO ALMEIDA (PSDB, BA – Pela ordem,) – Imediata inclusão na pauta da proposta de regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, e da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Orientação da respectiva bancada.. 31981 MAJOR FÁBIO (DEM, PB – Pela ordem) – Imediata votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Orientação da respectiva bancada.................................................................. 31981 FRANCISCO TENÓRIO (Bloco/PMN, AL – Pela ordem) – Imediata votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Orientação da respectiva bancada. . ........................................ 31981 GORETE PEREIRA (PR, CE – Pela ordem) – Posicionamento do PR favorável à imediata votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. . .................................................................... 31982 Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado ROBERTO BRITTO (PP, BA).................................................................. 31982 MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ – Pela ordem) – Desinteresse do Governo do Estado de São Paulo na votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Orientação da respectiva bancada............................................................................ 31982 SILVIO COSTA (PTB, PE – Pela ordem) – Empenho da base governista na votação de medidas provisórias e da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Obstrução das votações pelo PSDB e pelo DEM.................................................. 31982 MARCONDES GADELHA (PSC, PB – Pela ordem) – Pedido à Oposição de retirada de reque- 31644 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS rimentos, com vistas à votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008................ LINDOMAR GARÇON (PV, RO – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Empenho na votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008........................................................... PRESIDENTE (Michel Temer) – Rejeição do requerimento de adiamento da discussão da matéria por 1 sessão................................................... Votação de requerimento de discussão da matéria por grupo de artigos.................................. MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ – Pela ordem) – Pedido à Presidência de informação sobre a autoria do requerimento...................................................... PRESIDENTE (Michel Temer) – Resposta ao Deputado Miro Teixeira........................................... Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado JOSÉ GENOÍNO (PT, SP)... Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado ABELARDO CAMARINHA (Bloco/PSB, SP)..................................................... Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado JOSÉ MAIA FILHO (DEM, PI)........................................................................... Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado JOSÉ GENOÍNO (PT, SP).......................................................................... ALEXANDRE CARDOSO (Bloco/PSB, RJ – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Imediata votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008.......................................... Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados ZONTA (PP, SC), MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ), GORETE PEREIRA (PR, CE)........................................................... MARCONDES GADELHA (PSC, PB – Pela ordem) – Imediata votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Orientação da respectiva bancada................................................. CHICO ALENCAR (PSOL, RJ – Pela ordem) – Posicionamento do PSOL contrário à obstrução das votações. Defesa de convocação de sessão extraordinária para votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Orientação da respectiva bancada................................................. Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB, BA), LINDOMAR GARÇON (PV, RO)......................................................... MARCELO ITAGIBA (PSDB, RJ – Pela ordem) – Conveniência de convocação de sessão extraordinária para votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2000. Orientação da respectiva bancada................................................. MAJOR FÁBIO (DEM, PB – Pela ordem) – Solicitação à Presidência de votação da Proposta 31982 31982 31983 31983 31983 31983 31983 31983 31983 31983 31984 31984 31984 31984 31984 31984 Julho de 2010 de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Orientação da respectiva bancada.................................. FERNANDO CORUJA (PPS, SC – Pela ordem) – Imediata votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Orientação da respectiva bancada...................................................... 31984 31985 PAULO BORNHAUSEN (DEM, SC – Pela ordem) – Pedido à Presidência de decisão sobre a questão de ordem do orador acerca da possibilidade de convocação de nova sessão extraordinária para votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008........................................................... 31985 PRESIDENTE (Michel Temer) – Resposta ao Deputado Paulo Bornhausen.................................. 31985 CÂNDIDO VACCAREZZA (PT, SP – Pela ordem) – Insistência na votação das medidas provisórias constantes da pauta, antes da votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008........................................................................ 31985 PAULO BORNHAUSEN (DEM, SC – Pela ordem) – Proposta à Presidência de votação da medida provisória e convocação de sessão extraordinária para votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008.................................. 31986 PRESIDENTE (Michel Temer) – Informação ao Plenário sobre a proposta apresentada pelo Deputado Paulo Bornhausen. .................................... 31986 CÂNDIDO VACCAREZZA (PT, SP – Pela ordem) – Discordância com a proposta do Deputado Paulo Bornhausen.................................................. PRESIDENTE (Michel Temer) – Rejeição do requerimento de discussão da matéria por grupo de artigos................................................................ GORETE PEREIRA (PR, CE – Pela ordem) – Indisposição da base governista para votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008........................................................................ PAULO BORNHAUSEN (DEM, SC – Pela ordem) – Indisposição do Líder do Governo para votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008........................................................... Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ)..................................... Usou da palavra para discussão da matéria o Sr. Deputado FERNANDO CORUJA (PPS, SC).. PRESIDENTE (Michel Temer) – Proposta ao Plenário de votação de 2 medidas provisórias antes da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008........................................................................ MAURÍCIO RANDS (PT, PE – Pela ordem) – Apoio à proposta da Presidência............................ ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB, SP – Pela ordem) – Discordância com a proposta apresentada pela Presidência................................ 31986 31986 31986 31986 31986 31986 31986 31987 31987 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado MAURÍCIO RANDS (PT, PE).................................. JOSÉ GENOÍNO (PT, SP – Pela ordem) – Apoio do PT à proposta da Presidência................. Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado MAURÍCIO RANDS (PT, PE).................................. 31987 Consulta ao Plenário sobre a possibilidade de retirada do requerimento................................... 31989 31987 JOSÉ MAIA FILHO (DEM, PI – Pela ordem) – Apoio à retirada do requerimento........................ 31989 31987 ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB, SP – Pela ordem) – Manutenção do requerimento...... 31989 Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado JILMAR TATTO (PT, SP)......................................... 31989 Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado MARCELO ITAGIBA (PSDB, RJ).......................................................................... 31989 Usaram da palavra pela ordem os Srs. Deputados MAURÍCIO RANDS (PT, PE), ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB, SP)....................... 31990 Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB, SP), EDUARDO CUNHA (Bloco/PMDB, RJ), MAURÍCIO RANDS (PT, PE).................................................................. 31990 CHICO ALENCAR (PSOL, RJ – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Posicionamento do PSOL favorável à votação do mérito da medida provisória. Defesa de convocação de sessão extraordinária para votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008.................................. 31990 Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado FERNANDO CORUJA (PPS, SC)............................................................... 31990 ROBERTO BRITTO (PP, BA – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Imediata votação da votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008...................................................... 31990 EDUARDO SCIARRA (DEM, PR – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Defesa da votação da votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008.................................. 31990 Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ).......................................................................... 31990 GORETE PEREIRA (PR, CE – Pela ordem) – Descumprimento por partido político de acordo para retirada de requerimentos da pauta. Orientação da respectiva bancada..................................... 31990 31988 Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados ANTÔNIO CARLOS CHAMARIZ (PTB, AL), MARCONDES GADELHA (PSC, PB)............................................. 31990 31988 DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB, BA – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Congratulação à Presidência pela decisão de votação de medidas provisórias, antes da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008............................... 31991 COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB, BA – Pela ordem) – Apoio à proposta apresentada pela Presidência............................................................. 31987 REGIS DE OLIVEIRA (PSC, SP – Pela ordem) – Apoio do PSC à proposta da Presidência.. 31987 Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado JOSÉ MAIA FILHO (DEM, PI)................................ 31987 JOSÉ ROCHA (PR, BA – Pela ordem) – Apoio do PR à proposta da Presidência........................... 31987 FERNANDO CORUJA (PPS, SC – Pela ordem) – Apoio do PPS à proposta da Presidência.. 31987 COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB, BA – Pela ordem) – Apoio do PMDB à proposta da Presidência........................................................................... 31987 PAULO BORNHAUSEN (DEM, SC – Pela ordem) – Sugestão à Presidência para votação imediata da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, e para votação de medidas provisórias em seguida.................................................. 31987 FÁTIMA BEZERRA (PT, RN – Pela ordem) – Conveniência de suspensão da obstrução pelos partidos oposicionistas........................................... 31987 MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ – Pela ordem) – Apoio do PDT à proposta da Presidência............... 31987 Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB, BA)............... 31988 Usou da palavra para discussão da matéria o Sr. Deputado PAES DE LIRA (Bloco/PTC, SP)... PRESIDENTE (Michel Temer) – Consulta a Deputados sobre desistência do uso da palavra para discussão da matéria...................................... PAULO BORNHAUSEN (DEM, SC – Pela ordem) – Retirada de requerimentos do DEM. Anúncio de retomada da obstrução das votações até a votação da proposta de regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000................................. Usou da palavra para discussão o Sr. Deputado ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB, SP).. JILMAR TATTO (PT, SP – Pela ordem) – Desinteresse dos partidos oposicionistas na votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008........................................................................ PRESIDENTE (Michel Temer) – Encerramento da discussão........................................................... Votação de requerimento de adiamento da votação da matéria................................................. Quarta-feira 7 31645 31988 31988 31988 31988 31989 31646 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS LINDOMAR GARÇON (PV, RO – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Convocação dos Deputados ao plenário para votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008.. 31991 PRESIDENTE (Michel Temer) – Rejeição do requerimento de adiamento da votação da matéria............................................................................ 31991 Votação do parecer do Relator quanto ao atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e de sua adequação financeira e orçamentária. ............................................. Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB, SP), EDUARDO SCIARRA (DEM, PR), GORETE PEREIRA (PR, CE).......................................................................... DAGOBERTO (PDT, MS – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Interesse do PDT na votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008.......................................... Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados MARCONDES GADELHA (PSC, PB), HENRIQUE EDUARDO ALVES (Bloco/PMDB, RN)...................................... JILMAR TATTO (PT, SP – Pela ordem) – Desinteresse do PSDB na votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Orientação da respectiva bancada............................................ Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado CHICO ALENCAR (PSOL, RJ).......................................................................... FERNANDO CORUJA (PPS, SC – Pela ordem) – Interesse do PPS na votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Orientação da respectiva da bancada............................. Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados ANTÔNIO CARLOS CHAMARIZ (PTB, AL), ROBERTO BRITTO (PP, BA)............................................................. 31991 31991 31991 31993 Usaram da palavra pela ordem os Srs. Deputados ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB, SP), MAURÍCIO RANDS (PT, PE), MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ)................................................................ 31993 Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados MAURÍCIO RANDS (PT, PE), ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB, SP), CHICO ALENCAR (PSOL, RJ), EDUARDO SCIARRA (DEM, PR)........................... 31993 PRESIDENTE (Michel Temer) – Aprovação do parecer............................................................... Votação do projeto de lei de conversão oferecido pelo Relator da Comissão Mista, ressalvados os destaques.......................................................... 31994 31994 31998 PAULO BORNHAUSEN (DEM, SC – Pela ordem) – Apelo à Presidência de encerramento da sessão e convocação de sessão extraordinária para a votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008...................................................... 31998 Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ)..................................... 31999 31992 COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB, BA – Pela ordem) – Expectativa de aprovação de Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Orientação da respectiva bancada............................................ 31999 31992 DALVA FIGUEIREDO (PT, AP – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Posicionamento da Oposição contrário à votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. .............. 31999 Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado DANIEL ALMEIDA (Bloco/ PCdoB, BA)............................................................ 31999 ANTÔNIO CARLOS CHAMARIZ (PTB, AL – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Defesa de votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008.................................. 31999 FERNANDO CORUJA (PPS, SC – Pela ordem) – Solicitação à Presidência de informações sobre a votação de medidas provisórias e da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008.. 31999 PRESIDENTE (Michel Temer) – Resposta ao Deputado Fernando Coruja.................................... 31999 31992 31992 31992 Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado DANIEL ALMEIDA (Bloco/ PCdoB, BA)............................................................ 31993 Votação do parecer do Relator quanto ao não atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e de sua adequação financeira e orçamentária............................................... Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados HENRIQUE EDUARDO ALVES (Bloco/PMDB, RN), DALVA FIGUEIREDO (PT, AP), DANIEL ALMEIDA (Bloco/ PCdoB, BA), FERNANDO CORUJA (PPS, SC), ANTÔNIO CARLOS CHAMARIZ (PTB, AL), WILSON PICLER (PDT, PR), LINDOMAR GARÇON (PV, RO), ROBERTO BRITTO (PP, BA), GORETE PEREIRA (PR, CE)................................................. Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB, SP)....................................... 31992 LINDOMAR GARÇON (PV, RO – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Imediata votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008................................................................... PRESIDENTE (Michel Temer) – Aprovação do parecer............................................................... Julho de 2010 31993 31993 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado JOSÉ GENOÍNO (PT, SP)...................................... 31999 PRESIDENTE (Michel Temer) – Informação aos policiais presentes nas galerias do plenário sobre a votação, hoje, da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008.................................. 31999 MANATO (PDT, ES – Pela ordem) – Empenho do PDT na votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008.................................. 31999 Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado CHICO ALENCAR (PSOL, RJ).......................................................................... 31999 ROBERTO BRITTO (PP, BA – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Imediata votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008........................................................................ Usou da palavra para orientação da respectiva bancada a Sra. Deputada GORETE PEREIRA (PR, CE)................................................................. LINDOMAR GARÇON (PV, RO – Pela ordem) – Congratulação ao Líder do Governo na Casa, Deputado Cândido Vaccarezza, pelo posicionamento favorável à votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Orientação da respectiva bancada.................................................................. MARCONDES GADELHA (PSC, PB – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Empenho do PSC na votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008............................... DAGOBERTO (PDT, MS – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Empenho do PDT na votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008.......................................... Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado FERNANDO CORUJA (PPS, SC)............................................................... PRESIDENTE (Michel Temer) – Aprovação do projeto de lei de conversão................................ PRESIDENTE (Michel Temer) – Requerimento de destaque para votação em separado do inciso II do art. 2º da Lei nº 8.745, de 1993, proposto pelo art. 2º do projeto de lei de conversão à Medida Provisória nº 483, de 2010........................................... Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado EDUARDO SCIARRA (DEM, PR)......................................................................... Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados HENRIQUE EDUARDO ALVES (Bloco/PMDB, RN), JOSÉ GENOÍNO (PT, SP), DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB, BA).......................................................................... ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP – Pela ordem) – Imediata votação da Proposta de Emen- 31999 Quarta-feira 7 31647 da à Constituição nº 300, de 2008. Orientação da respectiva bancada................................................. WILSON PICLER (PDT, PR – Pela ordem) – Convocação dos Deputados do PDT ao plenário para a votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Orientação da respectiva bancada.................................................................. Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados GORETE PEREIRA (PR, CE), ROBERTO BRITTO (PP, BA), EDUARDO SCIARRA (DEM, PR), ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB, SP), MARCONDES GADELHA (PSC, PB), LINDOMAR GARÇON (PV, RO), LUCIANA GENRO (PSOL, RS), ULDURICO PINTO (PHS, BA)............................................................... PRESIDENTE (Michel Temer) – Manutenção do dispositivo.......................................................... 32000 32000 32000 32001 PRESIDENTE (Michel Temer) – Requerimento de destaque para votação em separado do § 1º do art. 3º da Lei nº 8.745, de 1993, proposto pelo art. 2º do projeto de lei de conversão à Medida Provisória nº 483, de 2010.............................................. 32001 Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados HENRIQUE EDUARDO ALVES (Bloco/PMDB, RN), JOSÉ GENOÍNO (PT, SP)...................................................... 32001 ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Imediata votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008........................................................... 32001 Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados DAGOBERTO (PDT, MS), GORETE PEREIRA (PR, CE), LINDOMAR GARÇON (PV, RO), ROBERTO BRITTO (PP, BA), EDUARDO SCIARRA (DEM, PR), MARCONDES GADELHA (PSC, PB), ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB, SP), DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB, BA), ULDURICO PINTO (PHS, BA), LUCIANA GENRO (PSOL, RS).............................. 32001 PRESIDENTE (Michel Temer) – Manutenção do dispositivo.......................................................... 32002 32000 PRESIDENTE (Michel Temer) – Requerimento de destaque para votação em separado do art. 4º do projeto de lei de conversão à Medida Provisória nº 483, de 2010...................................................... 32002 32000 Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado EDUARDO SCIARRA (DEM, PR).......................................................................... 32002 32000 32000 32000 32000 32000 32000 32000 Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB, SP), HENRIQUE EDUARDO ALVES (Bloco/PMDB, RN), JOSÉ GENOÍNO (PT, SP), EDUARDO SCIARRA (DEM, PR), ROBERTO BRITTO (PP, BA), DAGOBERTO (PDT, MS), GORETE PEREIRA (PR, CE), LINDO- 31648 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS MAR GARÇON (PV, RO), MARCONDES GADELHA (PSC, PB), ANTÔNIO CARLOS CHAMARIZ (PTB, AL), LUCIANA GENRO (PSOL, RS), CEZAR SILVESTRI (PPS, PR), MAURO NAZIF (Bloco/PSB, RO)......................................................................... PRESIDENTE (Michel Temer) – Manutenção do dispositivo.......................................................... Requerimento de destaque para votação em separado do art. 5º do projeto de lei de conversão apresentado à Medida Provisória nº 483, de 2010........................................................................ Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB, SP).............................................. Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados EDUARDO SCIARRA (DEM, PR), HENRIQUE EDUARDO ALVES (Bloco/PMDB, RN), JOSÉ GENOÍNO (PT, SP), ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP), MAURO NAZIF (Bloco/PSB, RO), LUCIANA GENRO (PSOL, RS), CEZAR SILVESTRI (PPS, PR), MARCONDES GADELHA (PSC, PB), LINDOMAR GARÇON (PV, RO), DAGOBERTO (PDT, MS), CELSO RUSSOMANNO (PP, SP), GORETE PEREIRA (PR, CE)................. PRESIDENTE (Michel Temer) – Prorrogação da sessão por uma hora......................................... PRESIDENTE (Michel Temer) – Manutenção do dispositivo.......................................................... Requerimento de destaque para votação em separado do art. 6º do projeto de lei de conversão oferecido à Medida Provisória nº 483, de 2010...... Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB, SP).............................................. Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados EDUARDO SCIARRA (DEM, PR), HENRIQUE EDUARDO ALVES (Bloco/PMDB, RN), JOSÉ GENOÍNO (PT, SP), CELSO RUSSOMANNO (PP, SP), GORETE PEREIRA (PR, CE), DAGOBERTO (PDT, MS), MARCONDES GADELHA (PSC, PB), LINDOMAR GARÇON (PV, RO), ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP), MARCELO SERAFIM (Bloco/PSB, AM), LUCIANA GENRO (PSOL, RS), FERNANDO CORUJA (PPS, SC), DAGOBERTO (PDT, MS)..................... PRESIDENTE (Michel Temer) – Manutenção do dispositivo.......................................................... ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB, SP) – Pedido de verificação.................................... Usaram da palavra pela ordem os Srs. Deputados COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB, BA), ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP), MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ), PAULO BORNHAUSEN (DEM, SC), ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB, SP)...... 32002 32003 32003 32003 32003 32004 32004 32004 32004 32005 32006 32006 32006 Julho de 2010 COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB, BA) – Pedido de verificação conjunta............................... 32006 JOSÉ GENOÍNO (PT, SP – Pela ordem) – Solicitação aos Deputados do PT de comparecimento ao plenário. Orientação da respectiva bancada. Defesa de votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares............ 32006 PAULO BORNHAUSEN (DEM, SC – Pela ordem) – Convocação dos Deputados do DEM ao plenário. Orientação da respectiva bancada.......... 32006 MAURÍCIO RANDS (PT, PE – Pela ordem) – Solicitação aos Deputados do PT de comparecimento ao plenário para a votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares........................................................ 32006 MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ – Pela ordem) – Presença dos Deputados do PDT no plenário....... ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB, SP – Pela ordem) – Alerta aos Deputados oposicionistas sobre a votação de medida provisória. Informação sobre a votação nominal da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008............................... 32006 32006 CELSO MALDANER (Bloco/PMDB, SC – Pela ordem) – Convocação dos Deputados do PMDB ao plenário................................................................... 32007 SIMÃO SESSIM (PP, RJ – Pela ordem) – Pedido aos Deputados do PP de comparecimento ao plenário para votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008.................................. 32007 RITA CAMATA (PSDB, ES – Pela ordem) – Críticas à atuação de partido político..................... 32007 MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ – Pela ordem) – História de lutas do PDT a favor dos servidores públicos................................................................... 32007 PRESIDENTE (Michel Temer) – Decisão da Presidência de votação de medidas provisórias antes da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Pedido aos Deputados de permanência no plenário.............................................................. 32007 RITA CAMATA (PSDB, ES – Pela ordem) – Defesa de votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008.......................................... 32007 LINDOMAR GARÇON (PV, RO – Pela ordem) – Solicitação aos Deputados do PV de comparecimento ao plenário................................................... 32008 Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado SARAIVA FELIPE (Bloco/ PMDB, MG)............................................................ 32008 ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP – Pela ordem) – Convocação dos Deputados do PTB ao plenário. Imediata votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares.................................................................. 32008 Quarta-feira 7 31649 Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado JOSÉ GENOÍNO (PT, SP)...................................... 32016 Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados MAURÍCIO RANDS (PT, PE), ANTÔNIO CARLOS CHAMARIZ (PTB, AL), ANA ARRAES (Bloco/PSB, PE), MARCONDES GADELHA (PSC, PB), GORETE PEREIRA (PR, CE)........................................................... 32016 32017 32017 JOSÉ GENOÍNO (PT, SP – Pela ordem) – Convocação da bancada do PT ao plenário. Orientação da respectiva bancada. Pedido à bancada petista de permanência no plenário para a votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares. . ............................ 32008 Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP)...................... 32008 DAGOBERTO (PDT, MS – Pela ordem) – Solicitação aos Deputados do PDT de comparecimento ao plenário. Orientação da respectiva bancada..... 32008 Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados ZONTA (PP, SC), LINDOMAR GARÇON (PV, RO), HENRIQUE EDUARDO ALVES (Bloco/PMDB, RN), PAULO BORNHAUSEN (DEM, SC), HENRIQUE EDUARDO ALVES (Bloco/PMDB, RN), ULDURICO PINTO (PHS, BA), ANA ARRAES (Bloco/PSB, PE), CHICO ALENCAR (PSOL, RJ)........................................... 32008 PRESIDENTE (Michel Temer) – Manutenção do dispositivo.......................................................... 32008 32008 Votação e aprovação da redação final.......... Encaminhamento da matéria ao Senado Federal........................................................................ LUIZ CARLOS HAULY (PSDB, PR – Pela ordem) – Registro de voto. Ausência dos Deputados da base governista no plenário. Apoio à criação da Secretária de Saúde da Fundação Nacional do Índio — FUNAI e à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a instituição do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares.................................................................. Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado ENIO BACCI (PDT, RS)......... PRESIDENTE (Michel Temer) – Encerramento da votação.............................................................. Manutenção do dispositivo............................ Requerimento de destaque para votação em separado do art. 9º do projeto de lei de conversão apresentado à Medida Provisória nº 483, de 2010........................................................................ Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado MAURÍCIO RANDS (PT, PE).......................................................................... ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB, SP – Pela ordem) – Informação à Presidência sobre a prejudicialidade do requerimento de destaque....... Usaram da palavra pela ordem, para registro de voto, os Srs. Deputados JULIÃO AMIN (PDT, MA), JÚLIO CESAR (DEM, PI), RAIMUNDO GOMES DE MATOS (PSDB, CE), CIRO NOGUEIRA (PP, PI)... ANTÔNIO CARLOS CHAMARIZ (PTB, AL – Pela ordem) – Convocação dos Deputados do PTB ao plenário para votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares...................................................................... PRESIDENTE (Michel Temer) – Informação ao Deputado Antonio Carlos Pannunzio sobre a não prejudicialidade do requerimento de destaque....... Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB, SP)....................................... PAULO BORNHAUSEN (DEM, SC – Pela ordem) – Solicitação à Presidência de votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, após a votação da medida provisória........... 32016 32016 32016 32016 32016 32016 32016 32016 32017 32022 32022 PRESIDENTE (Michel Temer) – Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 484, de 2010, que dispõe sobre a prestação de apoio financeiro pela União aos Estados e ao Distrito Federal, institui o Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio, para o exercício de 2010, e dá outras providências............................................................ 32022 PRESIDENTE (Michel Temer) – Indagação ao Plenário sobre a retirada de requerimentos...... 32022 ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB, SP – Pela ordem) – Retirada de requerimentos do PSDB...................................................................... MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ – Pela ordem) – Solicitação ao Relator da medida provisória de leitura tão somente da conclusão do parecer............. 32022 32023 PRESIDENTE (Michel Temer) – Pedido ao Deputado Pedro Wilson, Relator da matéria, de acatamento do pleito do Deputado Miro Teixeira.... 32023 Usou da palavra para proferir parecer à medida provisória e às emendas apresentadas, pela Comissão Mista, o Sr. Deputado PEDRO WILSON (PT, GO).................................................................. 32023 JOÃO ALMEIDA (PSDB, BA) – Questão de ordem sobre a necessidade de leitura integral do parecer pelo Relator............................................... 32023 PRESIDENTE (Michel Temer) – Existência de acordo para leitura tão somente do voto do Relator... 32023 Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado BETO ALBUQUERQUE (Bloco/PSB, RS).............. 32023 31650 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Usou da palavra o Sr. Deputado PEDRO WILSON (PT, GO), Relator da matéria, para conclusão da leitura do parecer............................................... Usaram da palavra pela ordem os Srs. Deputados MANATO (PDT, ES), JOSÉ GENOÍNO (PT, SP), MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ), ANTÔNIO CARLOS CHAMARIZ (PTB, AL), JOSÉ GENOÍNO (PT, SP), ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP), GORETE PEREIRA (PR, CE), JOSÉ GENOÍNO (PT, SP)..... PRESIDENTE (Michel Temer) – Não concessão da palavra ao Deputado João Almeida pela Liderança do partido............................................... Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado JOÃO ALMEIDA (PSDB, BA).................................. PRESIDENTE (Michel Temer) – Leitura das conclusões do parecer do Relator.......................... PRESIDENTE (Michel Temer) – Votação do parecer do Relator quanto ao atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e sua adequação financeira e orçamentária........... Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado HENRIQUE EDUARDO ALVES (Bloco/PMDB, RN)...................................... JOSÉ GENOÍNO (PT, SP – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Imediata votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares................................ Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP), DAGOBERTO (PDT, MS), LINDOMAR GARÇON (PV, RO), ANA ARRAES (Bloco/PSB, PE), ROBERTO BRITTO (PP, BA), LINDOMAR GARÇON (PV, RO), GORETE PEREIRA (PR, CE), MARCONDES GADELHA (PSC, PB), EDUARDO SCIARRA (DEM, PR)........................... ZENALDO COUTINHO (PSDB, PA – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Presença dos Deputados do PSDB no plenário para a votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares............ Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados CHICO ALENCAR (PSOL, RJ), MÁRIO HERINGER (PDT, MG), CÂNDIDO VACCAREZZA (PT, SP), WILLIAM WOO (PPS, SP), ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP).... PRESIDENTE (Michel Temer) – Aprovação do parecer. Votação das Emendas de nºs 1 a 6, com parecer contrário......................................................... Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP), JOSÉ GENOÍNO (PT, SP), HENRIQUE EDUARDO ALVES (Bloco/PMDB, RN)......................................................................... 32023 32031 32031 32031 32031 32031 32031 32032 32032 32032 32032 32032 32032 Julho de 2010 ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Imediata votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares................ Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados JÔ MORAES (Bloco/PCdoB, MG), CHICO ALENCAR (PSOL, RJ), WILLIAM WOO (PPS, SP), MARCONDES GADELHA (PSC, PB)....................................................... DR. TALMIR (PV, SP – Pela ordem) – Orientação da respectiva bancada. Defesa de votação imediata da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares............ Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ), GORETE PEREIRA (PR, CE), ROBERTO BRITTO (PP, BA), EDUARDO SCIARRA (DEM, PR), JOÃO ALMEIDA (PSDB, BA).............. PRESIDENTE (Michel Temer) – Rejeição das emendas................................................................. Votação e aprovação da Medida Provisória nº 484, de 2010...................................................... Votação e aprovação da redação final.......... Encaminhamento da matéria ao Senado Federal........................................................................ 32033 32033 32033 32033 32033 32035 32036 32036 PRESIDENTE (Michel Temer) – Continuação da votação, em primeiro turno, da Proposta de Emenda à Constituição nº 446, de 2009, que institui o piso salarial para os servidores policiais............. 32036 ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP – Pela ordem) – Sugestão à Presidência de votação da emenda aglutinativa oferecida à matéria................ 32036 Usaram da palavra pela ordem o Sr. Deputado JOSÉ GENOÍNO (PT, SP)...................................... PRESIDENTE (Michel Temer) – Leitura do texto da Emenda Aglutinativa nº 2.......................... PAES DE LIRA (Bloco/PTC, SP) – Questão de ordem sobre a impossibilidade de votação de nova emenda aglutinativa....................................... ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP – Pela ordem) – Contradita à questão de ordem formulada pelo Deputado Paes de Lira................................... PRESIDENTE (Michel Temer) – Indeferimento da questão de ordem do Deputado Paes de Lira. . PAES DE LIRA (Bloco/PTC, SP – Pela ordem) – Apresentação de recurso contra a decisão da Presidência........................................................ Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado VICENTINHO (PT, SP).......... Usaram da palavra para orientação das respectivas bancadas os Srs. Deputados MIRO TEIXEIRA (PDT, RJ), LINDOMAR GARÇON (PV, RO)..... 32036 32036 32037 32037 32037 32037 32038 32038 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS WILLIAM WOO (PPS, SP) – Questão de ordem sobre a necessidade de início da votação da matéria, tendo em vista a iminência de expiração do prazo regimental da sessão............................... PRESIDENTE (Michel Temer) – Votação da Emenda Aglutinativa nº 2, apresentada à Proposta de Emenda à Constituição nº 446, de 2009........... Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP)...................... 32039 32039 32039 PRESIDENTE (Michel Temer) – Indagação ao Plenário sobre a existência de acordo para a votação da matéria................................................. 32039 Determinação de registro da orientação favorável de todos os partidos no painel................... 32039 Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado MAJOR FÁBIO (DEM, PB)..................................... 32039 JOSÉ GENOÍNO (PT, SP – Pela ordem) – Apoio do PT à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Empenho do Líder do Governo na Casa, Deputado Cândido Vaccarezza, na aprovação da matéria. .............................. PRESIDENTE (Michel Temer) – Congratulações ao Líder do Governo na Casa, Deputado Cândido Vaccarezza, e às Lideranças partidárias pelo empenho na aprovação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008.................................. EDUARDO SCIARRA (DEM, PR – Pela ordem) – Solicitação à Presidência de prorrogação da votação, com vistas à chegada de Deputados ao plenário.............................................................. Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado PEDRO CHAVES (Bloco/ PMDB, GO)............................................................. Usou da palavra para orientação da respectiva bancada o Sr. Deputado MARCELO ITAGIBA (PSDB, RJ)............................................................. HENRIQUE EDUARDO ALVES (Bloco/PMDB, RN – Pela ordem) – Empenho da Presidência e do Deputado Cândido Vaccarezza nas negociações para a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008.......................................... CÂNDIDO VACCAREZZA (PT, SP – Pela ordem) – Elogio a lideranças policiais e aos Líderes partidários pelo empenho na aprovação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008. Anúncio de apresentação ao Colégio de Líderes de proposta para votação da matéria, em segundo turno, antes das eleições de 2010.............................................. AFONSO HAMM (PP, RS – Pela ordem) – Empenho do Partido Progressista na aprovação da matéria............................................................... DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB, BA – Pela ordem. Discurso retirado pelo orador para revisão.) – Congratulações à Presidência e aos Líderes partidários pela aprovação da proposta de interesse 32040 32040 32040 32040 32040 Quarta-feira 7 31651 dos policiais e bombeiros militares. Sugestão para a votação da matéria, em segundo turno, na próxima semana................................................................... ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB, SP – Pela ordem) – Congratulações ao Presidente Michel Temer pelo empenho na votação da Proposta de Emenda à Constituição nº 300, de 2008............................... PRESIDENTE (Michel Temer) – Anúncio de encerramento da votação....................................... LINCOLN PORTELA (PR, MG – Pela ordem) – Regozijo com a aprovação da proposta de interesse de policiais e bombeiros militares................. MÁRIO HERINGER (PDT, MG – Pela ordem) – Empenho do PDT na aprovação da proposta de criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares........................................................ PRESIDENTE (Michel Temer) – Saudação ao Deputado Indio da Costa................................... Usou da palavra pela ordem, para registro de voto, o Sr. Deputado AUGUSTO CARVALHO (PPS, DF).......................................................................... PRESIDENTE (Michel Temer) – Encerramento da votação.............................................................. Aprovação da Emenda Aglutinativa nº 2, apresentada à Proposta de Emenda à Constituição nº 446, de 2009........................................................... Retorno da matéria à Comissão Especial para elaboração da redação do segundo turno.............. VI – Encerramento 4 – PARECERES – Proposta de Emenda à Constituição nº 405-A/09; Projetos de Lei nºs 4.667-C/04, 6.301-A/05, 7.448-A/06, 74-A/07, 928B/07, 932-C/07, 2.266-A/07, 3.719-B/08, 5.048-C/09, 5.349-B/09, 5.358-B/09, 5.755-B/09, 5.841-B/09, 5.914-D/09, 6.126-A/09 e 6.175-C/09; Projetos de Decreto Legislativo nºs 2.573-A/10, 2.673-A/10, 2.681-A/10, 2.707-A/10, 2.731-A/10, 2.744-A/10, 2.750-A/10 e 2.762-A/10......................................... 32041 32041 32042 32042 32042 32042 32042 32042 32042 32042 32114 COMISSÕES 32041 32041 32041 5 – ATAS a) Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, 35ª Reunião (Ordinária), em 30.6.10.... b) Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, 24ª Reunião (Ordinária), em 23.6.10.................................................................... c) Comissão de Seguridade Social e Família, 2ª Reunião (Extraordinária), em 6.7.10.................. d) Comissão de Viação e Transportes, 7ª Reunião (Ordinária), em 28.4.10, 9ª Reunião (Ordinária), em 19.5.10, 10ª Reunião (Audiência Pública), em 26.5.10 e 11ª Reunião (Ordinária), em 8.6.10........ 6 – DESIGNAÇÕES a) Comissão de Fiscalização Financeira e Controle, em 05.07.10............................................ b) Comissão de Viação e Transportes, em 10.6.10................................................................... 32158 32164 32165 32166 32170 32171 31652 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS GRUPO DE TRABALHO DE CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS 7 – ATA – 1ª Reunião (Ordinária), em 12.05.10.................................................................. 32171 SEÇÃO II 8 – ATOS DO PRESIDENTE a) Dispensar: Abrahão André de Araújo, Gilberto Fernandes Taboada....................................... b) Designar: Luciana Regina Carvalho Leite, Sángelly Maria Assunção e Silva Aires.................. c) Designar (substitutos): Alencar Garcia dos Santos, Antônia Geraldo Cosme Garcia, Car- 32172 32172 Julho de 2010 los Antonio Sousa Barbosa, Corina Castro e Silva Braga de Oliveira, Daniel de Castro Borba, Dryade Carvalho Fontenelle, Jandimar Maria da Silva Guimarães, João Portela de Medeiros, José Heron Gomes da Silva, Maria Madalena Ferreira, Maria Marcelino Amado, Rosilene Celestino de Souza, Sérgio de Moura Amorim........................................ 9 – MESA 10 – LÍDERES E VICE-LÍDERES 11 – DEPUTADOS EM EXERCÍCIO 12 – COMISSÕES 32172 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31653 SEÇÃO I Ata da 156ª Sessão, Solene, Matutina, em 6 de julho de 2010 Presidência dos Srs. Paulo Bauer, João Pizzolatti, § 2º do artigo 18 do Regimento Interno I – ABERTURA DA SESSÃO (Às 10 horas e 18 minutos) O SR. PRESIDENTE (Paulo Bauer) – Declaro aberta a sessão. Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos. II – LEITURA DA ATA O SR. PRESIDENTE (Paulo Bauer) – Fica dispensada a leitura da ata da sessão anterior. O SR. PRESIDENTE (Paulo Bauer) – Passa-se à leitura do expediente. O SR. JOÃO PIZZOLATTI, servindo como 1º Secretário, procede à leitura do seguinte III – EXPEDIENTE 31654 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31655 31656 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31657 31658 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31659 31660 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31661 31662 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31663 31664 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS MENSAGEM Nº 367, DE 2010 (Do Poder Executivo) Comunica o Excelentíssimo Senhor Presidente da República que se ausentará do País no período de 2 a 12 de julho de 2010, em viagens oficiais a Cabo Verde, dias 2 e 3, Guiné Equatorial, dias 4 e 5, Quênia, dia 6, Tanzânia, dia 7, Zâmbia, dia 8, e África do Sul, dias 9, 10, 11 e 12. Julho de 2010 Despacho: Publique-se e, após, aquive-se. Senhores Membros da Câmara dos Deputados, Informo a Vossas Excelências que meu ausentarei do País no período de 2 a 12 de julho de 2010, em viagens oficiais a Cabo Verde, dias 2 e 3, Guiné Equatorial, dias 4 e 5, Quênia, dia 6, Tanzânia, dia 7, Zâmbia, dia 8, e África do Sul, dias 9, 10, 11 e 12. Brasília, 30 de junho de 2010. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31665 31666 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31667 31668 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31669 31670 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31671 31672 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31673 31674 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31675 31676 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31677 31678 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31679 31680 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31681 31682 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31683 31684 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31685 31686 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31687 31688 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31689 31690 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31691 31692 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31693 31694 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Of. nº 1.031 / 2010 /SGM/P Brasília, 6 de julho de 2010 A Sua Excelência o Senhor Deputado Lincoln Portela Anexo IV – Gabinete nº 615 NESTA Assunto: Devolução de Proposição Senhor Deputado, Reporto-me ao Projeto de Lei nº 7.462, de 2010, que “Institui o Fundo Nacional para Órgãos de Segurança Pública – FNOSP, e dá outras providências.”. 2. Informo a Vossa Excelência que não será possível dar seguimento à proposição em apreço, em virtude de ela conter matéria alheia à competência da Câmara dos Deputados. 3. Nesse sentido, encaminho-lhe em devolução o referido projeto, nos termos do artigo 137, § 1º, inciso II, alínea a, do Regimento Interno. Atenciosamente, – Michel Temer, Presidente. PROJETO DE LEI Nº 7.462 , DE 2010 (Do Sr. Lincoln Portela) Institui o Fundo Nacional para Órgãos de Segurança Pública – FNOSP, e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta: Fica instituído, no âmbito do Ministério da Justiça, o Fundo Nacional para Órgãos de Segurança Pública – FNOSP, com o objetivo de custear, nos Estados, a diferença das despesas com a remuneração do pessoal dos órgãos de segurança pública, de modo a, no prazo de cinco anos, ser obtida a equiparação salarial com os órgãos de segurança pública do Distrito Federal. Constituem recursos do FNOSP os arrecadados pela aplicação da alíquota de 0,13% sobre a movimentação ou transmissão de valores e de créditos e direitos de natureza financeira. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação É flagrante o descompasso salarial entre os policiais e bombeiros dos diversos Estados brasileiros frente à remuneração que seus colegas do Distrito Federal, que exercem igual tarefa, percebem dos cofres da União. Os servidores dos órgãos de segurança pública, na maioria dos Estados brasileiros, se perfilam entre os mais sacrificados, tanto pelos riscos e estresse a que estão sujeitos, como também porque a remune- Julho de 2010 ração por eles percebida não corresponde à grandeza do serviço que prestam. O aviltamento salarial do policial estadual é algo extremamente grave, levando a desvirtuamentos que comprometem a sua atuação e a segurança da população brasileira, estando a exigir imediata ação das competentes autoridades, em todas as instâncias governamentais, de modo a reverter, o mais rapidamente, o quadro encontrado. Essas razões, ao lado de outras que poderiam ser listadas, são suficientes para justificar a proposição agora trazida à apreciação dos ilustres Parlamentares, dos quais contamos com o necessário apoio para a sua aprovação. Sala das Sessões, de de 2010. – Deputado Lincoln Portela. Devolva-se a Proposição, nos termos do art. 137, § 1º, inciso II, alínea a do RICD, por contrariar o art. 42, § 1º, c/c art. 144, § 6º, da CF. Oficie-se e , após, publique-se. Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. Of. 1.032 / 2010 /SGM/P Brasília, 06 de julho de 2010 A Sua Excelência o Senhor Deputado Vital do Rêgo Filho Anexo IV – Gabinete nº 833 NESTA Assunto: Devolução de Proposição Senhor Deputado, Reporto-me ao Projeto de Lei nº 7.494, de 2010, de sua autoria, que “Acrescenta parágrafo único ao art. 134 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990”. 2. Informo a Vossa Excelência que não será possível dar seguimento à proposição em apreço, em virtude de ela conter matéria cuja iniciativa é privativa do Presidente da República, consoante o disposto no art. 61, § 1º, inciso II, alínea c, da Constituição Federal. 3. Nesse sentido, encaminho-lhe em devolução o Projeto de Lei nº 7.494, de 2010, nos termos do artigo 137, § 1º, inciso II, alínea b, do Regimento Interno. Atenciosamente, – Michel Temer, Presidente. PROJETO DE LEI Nº 7.494 , DE 2010 (Do Sr. Vital do Rêgo Filho) Acrescenta parágrafo único ao art. 134 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O art. 134 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, que “Dispõe sobre o regime jurídico Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS dos servidores públicos civis da União, das autarquias e das fundações públicas federais”, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo único: “Art. 134. ............................................... Parágrafo único. A sanção prevista neste artigo se aplica, no que couber, ao inativo que exercer função pública e nessa condição pratique ato de improbidade.”(NR) Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação Sabe-se que a Administração Pública pode aplicar reprimenda de cassação de aposentadoria, ao servidor público regido pelo Regime Jurídico Único (RJU) nos termos do inciso IV do art. 132, combinado com o art. 134 da Lei nº 8.112/1990. No entanto o RJU não é cristalino no que diz respeito à previsão de cassação da aposentadoria dos agentes aposentados ocupantes de função pública e que nessa condição venham a praticar ato de improbidade. Isso porque o art. 134 da Lei nº 8.112/1990, assim reza: “Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão. (o grifo é nosso) No ordenamento jurídico há legislação específica que cuida das questões de improbidade, isto é, a Lei nº 8.429/1992 que disciplina as sanções aplicáveis aos agentes públicos que cometem atos de improbidade e estatui em seu Capítulo III – Das Penas, no art. 12, parágrafo único, a fixação das penas. No entanto, no corpo do artigo há uma lacuna relativa ao ato de improbidade praticado pelo agente público que posteriormente venha a se aposentar e do inativo ocupante de função pública que nessa condição comete improbidade. Citamos ainda a Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que “Dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências”, que também não traz a previsão de cassação da aposentadoria dos agentes públicos que tenham se inativado após a prática de ato de improbidade administrativa e, de igual modo, não regula os casos dos agentes públicos aposentados ocupantes de função pública e que nessa condição venham a praticar ato de improbidade. Deste modo, percebemos que nem todos os ímprobos são alcançados com a cassação da aposentadoria, daí a nossa preocupação. Afinal, quem ainda não ouviu ou leu assuntos cujas abordagens indicam Quarta-feira 7 31695 a improbidade administrativa como tema central? A título de ilustração, nos reportamos ao caso do juiz Nicolau dos Santos Neto que se aposentou em 1998, compulsoriamente, tendo sido acusado formalmente pela prática de seis crimes: peculato, formação de quadrilha, corrupção passiva, estelionato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, como constou nos noticiários da época. Apontado também pelo Ministério Público por improbidade administrativa e enriquecimento ilícito. Depois deste fato outros semelhantes surgiram tendo em vista a ação competente dos que trabalham com afinco e desvendam as falcatruas de agentes públicos que maculam a imagem de muitos setores da administração pública. Por isso mesmo diversos ímprobos perderam os seus cargos e dependendo de seus regimes de trabalho, se aposentados, tiveram ainda as suas aposentadorias cassadas. Frise-se que nem todos são abrangidos com a cassação da aposentadoria em virtude de atos de improbidade, independentemente se estes aconteceram antes da passagem para a inatividade ou no seu curso. Porque muitos dos agentes públicos empossados ou contratados, ocupantes de cargos ou funções públicas não estão amparados ou sob a égide do mesmo estatuto, regime ou contrato de trabalho que tenha tal previsão legal, isto é, a de cassação de aposentadoria por ato de improbidade administrativa. Saliente-se que nos artigos 1º e 2º da Lei nº 8.429/92 é considerado agente público, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função na administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios, de Território, de empresa incorporada ao patrimônio público ou de entidade para cuja criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra com mais de cinqüenta por cento do patrimônio ou da receita anual. Levando-se em conta mais uma vez o teor do art. 134 da Lei nº 8.112, de 1990, as ponderações apresentadas e considerando a falta de dispositivo explícito no RJU, disciplinando a conduta do inativo que nessa condição ocupe função pública e cometa ato de improbidade, por deixar de cumprir com as suas atribuições e responsabilidades perante as estruturas organizacionais da Administração Pública, não vislumbramos outra sanção a ser aplicada ao mesmo senão a da cassação da aposentadoria. 31696 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Diante do exposto, considerando se tratar de tema de grande relevância para o país, espero poder contar com o apoio dos membros desta Casa, no sentido da aprovação do presente projeto de lei. Sala das Sessões, 14 de junho de 2010. – Deputado Vital do Rêgo Filho. Devolva-se a proposição, por contrariar o disposto no artigo 61, § 1º, inciso II, alínea c, da Constituição Federal, c/c art. 137, § 1º, inciso II, alínea b, do RICD. Oficie-se. Publique-se. Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. Of. 1.033 / 2010 /SGM/P Brasília, 06 de julho de 2010 A Sua Excelência o Senhor Deputado Otávio Leite Anexo IV – Gabinete nº 437 NESTA Assunto: Devolução de Proposição Senhor Deputado, Reporto-me ao Projeto de Lei nº 7533, de 2010, de sua autoria, que “altera no art. 13, as regras da substituição tributária a que se refere “. 2. Informo a Vossa Excelência que não será possível dar seguimento à proposição em apreço, uma vez que a referida matéria deve ser regulada em lei complementar. 3. Nesse sentido, encaminho-lhe em devolução o referido projeto, nos termos do artigo 137, § 1º, incisos I do Regimento Interno, sugerindo-lhe, outrossim, a reapresentação da matéria na forma de projeto de lei complementar. Atenciosamente, – Michel Temer, Presidente. PROJETO DE LEI Nº 7.533 , DE 2010 (Do Sr. Otavio Leite) Altera no art. 13, as regras da substituição tributária a que se refere. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Alterar o art. 13, inciso XIV alínea a) e §5º da Lei nº 123 de 14 de dezembro de 2006, que passam a vigorar com as redações abaixo: Art. 13. .................................................. XIV– ISS devido: Em relação aos serviços e condições listados no art. 3º da LC 116/03; § 5 – A diferença entre a alíquota interna e a interestadual e no regime estadual de substituição tributária ou de que o contribuin- Julho de 2010 te se ache obrigado por força de antecipação de compras dentro ou fora do estado, de que tratam as alíneas a, b, g e h do inciso XIII do § 1o deste artigo, será calculada tomando-se por base as alíquotas do ICMS correspondentes das tabelas aplicáveis a faixa em que se encontram as pessoas jurídicas optantes pelo Simples Nacional, no mês anterior ao da aquisição. Nos casos de nova espécie entrar no regime de substituição tributária a alíquota a ser aplicada sobre os estoques existentes no último dia do mês anterior, será a mesma que a pessoa jurídica se encontrava no mês anterior ao da inclusão. Art. 2º Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação. Justificação O projeto ora apresentado visa corrigir uma prática corrente adotada pelos estados em flagrante conflito com os objetivos do tratamento especial e favorecido determinado pela CF/88, por força do disposto na EC 42. É legitimo aos estados, a fim de garantirem o recolhimento do imposto de sua competência que o faça via regime de substituição tributária, contudo, devido à prerrogativa Constitucional supra referida, não podem os estados, por meio deste ardil agravar a carga tributária das MEs e EPPs. A forma como foi concebida originariamente na LC 123 tem sido objeto pelos Estados, para incluir uma gama de produtos que acabam inviabilizando o negócio do micro ou pequeno empresário, não só pela elevação do ICMS em até 11%, quando a alíquota máxima das tabelas da LC 123, prevêem um imposto de 3,95%, mas também por sua incapacidade de concorrer com as grades lojas. No ISS ocorre o mesmo, alguns municípios introduziram a figura da antecipação e aplicam as suas respectivas alíquotas que quase sempre é a máxima de 5%. O objetivo é que o outro município, que não aquele da base do contribuinte, respeite a alíquota em que se encontra o ME ou o EPP, resguardando os casos tratados na LC 116/03. Como todos sabem o custo tributário é repassado ao produto ou serviços e consequentemente gerará uma elevação desses preços, produzindo uma receita bruta maior e que dentro do regime implica em mudança de faixa com a consequente elevação dos demais impostos (IR-CSLL-PIS-COFINS e até a Previdência Social). A medida assegura os objetivos de tratamento especial e favorecido previsto na Constituição Federal, Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS protegendo assim o micro e pequenos empresários dos descasos estaduais. Finalmente trata-se de uma proposta que é expressão dos estudos e do discernimento de importantes instituições da sociedade civil, que trabalham em prol de um direito tributário justo. A saber: Pela ACRJ – Associação Comercial do Rio de Janeiro, Sr. José Luiz Alquéres, com destaque para Dra. Marcia Arakake e Dr. Condorcet Rezende. Pelo CDL – Clube dos Dirigentes Lojistas do Rio de Janeiro, Sr. Aldo Rebello. Pelo CRC-RJ – Conselho Regional de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro, Sra. Diva Gesualdi. Quarta-feira 7 31697 Pelo SESCON-RJ – Sindicato dos Escritórios Contábeis, Sr. Lindberger Augusto da Luz. E pela UNIPEC – União dos Profissionais e Esc. de Contabilidade do Estado do Rio de Janeiro, Sra. Ana Lúcia Simas Sala das Sessões, de junho de 2010. – Deputado Otavio Leite, PSDB/RJ. Devolva-se a proposição, por contrariar o disposto no art. 137, §1º, inciso I, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. Oficie-se ao Autor e, após, publique-se. Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. 31698 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31699 31700 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31701 31702 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31703 31704 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31705 31706 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31707 31708 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31709 31710 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31711 31712 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA OF. nº 305– PP/2010 – CCJC Brasília, em 30 de junho de 2010 A Sua Excelência o Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: encaminhamento de proposição Senhor Presidente, Encaminho a Vossa Excelência, para as providências regimentais cabíveis, o Projeto de Lei nº 6.126/09, apreciado por este Órgão Técnico, nesta data. Atenciosamente, – Deputado Eliseu Padilha, Presidente. Publique-se. Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. OF. nº 306 – PP/2010 – CCJC Brasília, em 30 de junho de 2010 A Sua Excelência o Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: encaminhamento de proposição Quarta-feira 7 31713 OF. nº 307– PP/2010 – CCJC Brasília, em 30 de junho de 2010 A Sua Excelência o Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: encaminhamento de proposição Senhor Presidente, Encaminho a Vossa Excelência, para as providências regimentais cabíveis, o Projeto de Lei nº 74/07, apreciado por este Órgão Técnico, nesta data. Atenciosamente, – Deputado Eliseu Padilha, Presidente. Publique-se Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. OF. nº 308– PP/2010 – CCJC Brasília, em 30 de junho de 2010 A Sua Excelência o Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: encaminhamento de proposição Senhor Presidente, Encaminho a Vossa Excelência, para as providências regimentais cabíveis, a Proposta de Emenda à Constituição nº 405/2009, apreciada por este Órgão Técnico, nesta data. Atenciosamente, – Deputado Eliseu Padilha, Presidente. Senhor Presidente, Encaminho a Vossa Excelência, para as providências regimentais cabíveis, os Projetos de Decreto Legislativo apreciados por este Órgão Técnico, nesta data, a seguir relacionados: 2.573/10, 2.673/10, 2.681/10, 2.707/10, 2.731/10, 2.744/10, 2.750/10 e 2.762/10. Atenciosamente, – Deputado Eliseu Padilha, Presidente. Publique-se Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. Publique-se Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. 31714 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS OF. nº 311– PP/2010 – CCJC Brasília, em 30 de junho de 2010 A Sua Excelência o Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: encaminhamento de proposição Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao Art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por este Órgão Técnico, nesta data, do Projeto de Lei nº 5.914-C/2009. Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação do referido projeto e parecer a ele oferecido. Atenciosamente, – Deputado Eliseu Padilha, Presidente. Publique-se Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. OF. nº 312– PP/2010 – CCJC Brasília, em 30 de junho de 2010 A Sua Excelência o Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: encaminhamento de proposição Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao Art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por este Órgão Técnico, nesta data, do Projeto de Lei nº 6.175-B/2009. Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação do referido projeto e parecer a ele oferecido. Atenciosamente, – Deputado Eliseu Padilha, Presidente. Publique-se Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. OF. nº 314– PP/2010 – CCJC Brasília, em 30 de junho de 2010 A Sua Excelência o Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: encaminhamento de proposição Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao Art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por este Órgão Técnico, nesta data, do Projeto de Lei nº 4.667-B/2004. Julho de 2010 Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação do referido projeto e parecer a ele oferecido. Atenciosamente, – Deputado Eliseu Padilha, Presidente. Publique-se Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. OF. nº 315– PP/2010 – CCJC Brasília, em 30 de junho de 2010 A Sua Excelência o Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: encaminhamento de proposição Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao Art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por este Órgão Técnico, nesta data, do Projeto de Lei nº 7.448/2006. Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação do referido projeto e parecer a ele oferecido. Atenciosamente, – Deputado Eliseu Padilha, Presidente. Publique-se Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. OF. nº 317– PP/2010 – CCJC Brasília, em 30 de junho de 2010 A Sua Excelência o Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: encaminhamento de proposição Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao Art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por este Órgão Técnico, nesta data, do Projeto de Lei nº 928-B/2007. Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação do referido projeto e parecer a ele oferecido. Atenciosamente, – Deputado Eliseu Padilha, Presidente. Publique-se Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. OF. nº 318– PP/2010 – CCJC Brasília, em 30 de junho de 2010 A Sua Excelência o Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: encaminhamento de proposição Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao Art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS este Órgão Técnico, nesta data, do Projeto de Lei nº 932-B/2007. Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação do referido projeto e parecer a ele oferecido. Atenciosamente, Deputado Eliseu Padilha, Presidente. Publique-se Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. OF. nº 319– PP/2010 – CCJC Brasília, em 30 de junho de 2010 A Sua Excelência o Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: encaminhamento de proposição Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao Art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por este Órgão Técnico, nesta data, do Projeto de Lei nº 2.266/2007. Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação do referido projeto e parecer a ele oferecido. Atenciosamente, – Deputado Eliseu Padilha, Presidente. Publique-se Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. OF. nº 320– PP/2010 – CCJC Brasília, em 30 de junho de 2010 A Sua Excelência o Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: encaminhamento de proposição Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao Art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por este Órgão Técnico, nesta data, do Projeto de Lei nº 3.719-A/2008. Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação do referido projeto e parecer a ele oferecido. Atenciosamente, Deputado Eliseu Padilha, Presidente. Publique-se Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. Quarta-feira 7 31715 OF. nº 321– PP/2010 – CCJC Brasília, em 30 de junho de 2010 A Sua Excelência o Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: encaminhamento de proposição Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao Art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por este Órgão Técnico, nesta data, do Projeto de Lei nº 5.048-B/2009. Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação do referido projeto e parecer a ele oferecido. Atenciosamente, Deputado Eliseu Padilha, Presidente. Publique-se Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. OF. nº 322– PP/2010 – CCJC Brasília, em 30 de junho de 2010 A Sua Excelência o Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: encaminhamento de proposição Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao Art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por este Órgão Técnico, nesta data, do Projeto de Lei nº 5.358-A/2009. Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação do referido projeto e parecer a ele oferecido. Atenciosamente, Deputado Eliseu Padilha, Presidente. Publique-se Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. OF. nº 323– PP/2010 – CCJC Brasília, em 30 de junho de 2010 A Sua Excelência o Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: encaminhamento de proposição Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao Art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por este Órgão Técnico, nesta data, do Projeto de Lei nº 5.755-A/2009. 31716 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação do referido projeto e parecer a ele oferecido. Atenciosamente, Deputado Eliseu Padilha, Presidente. Publique-se Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. OF. nº 324– PP/2010 – CCJC Brasília, em 30 de junho de 2010 A Sua Excelência o Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: encaminhamento de proposição Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao Art. 58 do Regimento Interno, a apreciação por este Órgão Técnico, nesta data, do Projeto de Lei nº 5.841-A/2009. Solicito a Vossa Excelência autorizar a publicação do referido projeto e parecer a ele oferecido. Atenciosamente, Deputado Eliseu Padilha, Presidente. Publique-se Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Ofício nº 269 /2010 – P Brasília, 16 de junho de 2010 Ao Excelentíssimo Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: Publicação do PL nº 6.301/2005 Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao disposto no artigo 58 do Regimento Interno, a apreciação do Projeto de Lei nº 6.301/2005, do Sr. Celso Russomanno, que “Altera os arts. 26, 39, 51, 82, 102 e 106 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que ‘Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências’”. 2. Solicito portanto autorizar a publicação da referida proposição e do parecer a ela oferecido. Atenciosamente, – Deputado Claudio Cajado, Presidente. Publique-se Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. Julho de 2010 Ofício nº 286 /2010 – P Brasília, 30 de junho de 2010 Ao Excelentíssimo Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Assunto: Publicação do PL nº 5.349/2009 Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência, em cumprimento ao disposto no artigo 58 do Regimento Interno, a apreciação do Projeto de Lei nº 5.349/2009, do Sr. João Dado, que “Dispõe sobre a obrigatoriedade de as fábricas de produtos que contenham látex gravar em suas embalagens advertência sobre a presença dessa substância.” 2. Solicito portanto autorizar a publicação da referida proposição e do parecer a ela oferecido. Atenciosamente, – Deputado Claudio Cajado, Presidente. Publique-se Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA Of. Pres. nº 172/10-CEC Brasília, 09 de junho de 2010 A Sua Excelência o Senhor Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados Edifício Principal Assunto: Proposição com pareceres divergentes. Senhor Presidente, Comunico a Vossa Excelência que o Projeto de Lei nº 6.939-A/2006, da Sra. Alice Portugal, que “autoriza o Poder Executivo a instituir o Centro Federal de Educação Tecnológica de Ilhéus e Itabuna, no Estado da Bahia, e dá outras providências”, despachado às Comissões para apreciação conclusiva, nos termos do art. 24, II, do Regimento Interno da Casa, decaiu dessa condição, por ter recebido pareceres divergentes nas Comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público e de Educação e Cultura, que lhe apreciaram o mérito, passando doravante a tramitar sujeito à apreciação do Plenário, com base na alínea g, inciso II do referido art. 24. Atenciosamente, – Deputado Angelo Vanhoni, Presidente Transfira-se ao Plenário a competência para apreciar o PL n. 6.939/2006, pois configurou-se a hipótese do art. 24, II, “g”, do RICD. Publique-se. Oficie-se. Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI Nº 7.530, DE 2010 (Do Sr. Paes de Lira) Altera os art. 4º e 10 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003. Despacho: Às Comissões de: Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD). Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta Lei altera os artigos 4º e 10 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003. Art. 2° Os artigos 4º e 10 da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, passam a vigorar com a seguinte redação: “Art. 4º ................................................... I – comprovação de idoneidade, com a apresentação de certidões negativas de antecedentes criminais, que poderão ser fornecidas por meios eletrônicos, pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal por prática de crime doloso, ressalvadas as hipóteses das excludentes da antijuridicidade; ............................................................... Art. 10. .................................................. ............................................................... § 2° A autorização de porte de arma de fogo, prevista neste artigo, será cassada se o seu titular for: I – preso portando a arma em público em estado de embriaguez ou sob efeito de substâncias químicas ou alucinógenas proibidas; II – condenado pela prática de crime doloso. III – acometido de doença psiquiátrica.” Art. 3° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação O povo brasileiro, no uso de sua soberania popular, no referendo sobre a proibição da comercialização de armas de fogo e munições, em 23 de outubro de 2005, não permitiu que o artigo 35 do Estatuto do Desarmamento (Lei 10826 de 23 de dezembro de 2003) entrasse em vigor. Tal artigo apresentava a seguinte redação: “art. 35 – É proibida a comercialização de arma Quarta-feira 7 31717 de fogo e munição em todo o território nacional, salvo para as entidades previstas no art. 6º desta Lei”. Essa decisão foi pela manutenção do direito da legítima defesa, com as condições de habilitação para aquisição e porte de arma de fogo que não impeçam esse direito. Assim, faz-se necessário adequar o inciso I, do art. 4º, quanto aos antecedentes que permitem a aquisição, uma vez que o texto atual não especifica que tipo de antecedente criminal, e também qual a natureza do indiciamento em inquérito. Como está escrito hoje, podemos afirmar que uma pessoa que responde a um inquérito policial por um crime culposo não pode adquirir uma arma de fogo, medida desproporcional e injusta, principalmente se essa pessoa exerce uma profissão de risco ou está sendo ameaçada. Nesse sentido, entendemos melhor especificar que a restrição para a aquisição de arma de fogo se dá quando foi condenado por crime doloso ou responde a inquérito pela prática desses crimes. Outro aspecto que deve ser ressaltado, é que para o correto uso de uma arma de fogo é imprescindível que o detentor, esteja na plenitude de sua sanidade mental, bem como em relação aos seus antecedentes. Assim, a lei no § 2° do art. 10, tem uma redação que não é clara, no sentido que aquele que tenha o porte se for pego com a arma estando embriagado ou sob a influência de substância entorpecente, terá o seu porte cassado. Assim, apresentamos alteração no § 2º do art. 10, quanto às condições de cassação do porte de armas, deixando de forma clara que se incorrer em situações ilegais e portando a arma de fogo, ai sim terá o referido porte cassado. Temos a certeza que este projeto aperfeiçoa a aplicação da lei e, ao mesmo tempo, assegura o direito à legítima defesa, o que ocorrerá com a sua aprovação com os devidos aperfeiçoamentos que os nobres pares farão. Sala das Sessões, 23 de junho de 2009. – Paes de Lira, Deputado Federal, PTC-SP. PROJETO DE LEI Nº 7.535, DE 2010 (Do Sr. Paulo Pimenta) Altera a Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, concedendo ao órgão fundiário federal preferência na aquisição de imóvel rural penhorado. Despacho: Às Comissões de: Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural e Constituição e Justiça e de Cidadania (Mérito e Art. 54, RICD). 31718 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O art. 5º da Lei nº 8.629, de 25 de fevereiro de 1993, passa a vigorar acrescido dos seguintes parágrafos: “Art. 5º ................................................... ............................................................... § 7º Na hipótese de imóvel rural penhorado, nos termos do art. 659 da Lei 5.869, de 11 de janeiro de 1973, o órgão fundiário federal terá preferência na aquisição do bem. § 8º Cumpre ao leiloeiro encaminhar ao órgão federal o edital do leilão, a fim de que exerça, no prazo de trinta dias, o direito de preferência, suspensa nesse período a realização do leilão. Justificação A reforma agrária, sem dúvida, continua como tema candente no debate nacional. Seja em função da força e pujança da agricultura familiar, seja pela enorme pobreza rural que assola o meio rural. Entretanto, sua inconteste necessidade de realização não condiz com os instrumentos disponíveis para acesso ao recurso fundiário, fator que encarece sobremaneira o preço dos imóveis rurais destinados à reforma agrária. Hoje, temos disponíveis a desapropriação e a aquisição por meio do Crédito Fundiário. A proposição que ora apresentamos para apreciação desta Casa visa fornecer mais um mecanismo de acesso ao recurso fundiário, por parte do Poder Público para a realização da reforma agrária. A Constituição Federal de 1988, em seu art. 184, dá competência à União para desapropriar por interesse social, para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo a sua função social. Para tanto, no art. 186, estabelece os requisitos necessários ao cumprimento da função social do imóvel. Por sua vez, o art. 185 torna imunes de desapropriação a pequena e a média propriedades e a propriedade produtiva, garantindo a esta tratamento especial a ser definido em lei. Na lei agrária, o requisito do aproveitamento racional e adequado é tratado nos arts. 6º e 9º, § 1º, no bojo da definição de propriedade produtiva. Senão, vejamos: “Art. 6º Considera-se propriedade produtiva aquela que, explorada econômica e racionalmente, atinge, simultaneamente, graus de utilização da terra e de eficiência na ex- Julho de 2010 ploração, segundo índices fixados pelo órgão federal competente. ............................................................... Art. 9º A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo graus e critérios estabelecidos nesta lei, os seguintes requisitos: ............................................................... § 1º Considera-se racional e adequado o aproveitamento que atinja os graus de utilização da terra e de eficiência na exploração especificados nos §§ 1º a 7º do art. 6º desta lei.” Depreende-se do acima exposto que para ser considerada produtiva a propriedade deve atender aos dois critérios postos, quais sejam: o grau de utilização da terra, que expressa o percentual de área aproveitável do imóvel efetivamente utilizada, e o grau de eficiência na exploração, que retrata a produtividade do imóvel, considerando apenas a área utilizada pela atividade produtiva. Sucede que o grau de eficiência na exploração é calculado com base nos índices de produtividade que são fundamentados em dados do Censo de 1975. Assim sendo, representam na verdade a tecnologia e a produtividade de três décadas passadas. Ou seja, encontram-se bastante defasados, o que dificulta sobremaneira a ação de desapropriação. Vale lembrar que a própria Lei nº 8.629/1993 prevê a atualização periódica dos índices, em seu art. 11, abaixo transcrito: Art. 11. Os parâmetros, índices e indicadores que informam o conceito de produtividade serão ajustados, periodicamente, de modo a levar em conta o progresso científico e tecnológico da agricultura e o desenvolvimento regional, pelos Ministros de Estado do Desenvolvimento Agrário e da Agricultura e do Abastecimento, ouvido o Conselho Nacional de Política Agrícola. Afora as dificuldades enfrentadas para a implementação do instituto da desapropriação, o crédito fundiário também tem suas limitações, como o baixo valor do limite individual de crédito, que é de R$40 mil, o que dificulta a compra em regiões de grande valorização no preço da terra. Sua atuação é mais concentrada nas regiões sul e sudeste. Isso porque, nessas regiões ou as propriedades são médias e pequenas ou a desapropriação é inviável pois as grandes propriedades são produtivas segundo os atuais índices de produtividade em vigor, que necessitam ser atualizados. Diante desse cenário, em que há uma crescente dificuldade de realização da reforma agrária em função do encarecimento do recurso fundiário, o que ocasiona Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS uma grande dificuldade de acesso a ele é que apresentamos a presente proposição. Acreditamos com os dispositivos propostos ampliar a oferta de imóveis disponíveis para a reforma agrária, inclusive nas áreas onde há maior demanda e onde o nível de conflitos sociais exige atuação rápida do Governo. Não se pretende penalizar, nem retirar direitos dos envolvidos no processo de leilão, o que se busca é mais um mecanismo de compra de terra por parte do órgão responsável pela implementação da reforma agrária. Referido mecanismo consiste em instituir o direito de preferência de compra nos casos de leilão judicial de imóveis rurais destinados ao pagamento de dívidas bancárias ou de outras instituições de crédito. Ademais, a definição de um prazo para que o órgão fundiário se manifeste reflete nossa preocupação em não tornar o dispositivo proposto um empecilho para as relações comerciais em curso. Dessa feita, pretende-se possibilitar ao governo implementar a Política Nacional de Reforma Agrária e promover por meio dela a justiça social e a redução da pobreza rural. Diante da relevância do tema em questão, esperamos contar com o apoio dos nobres parlamentares para a aprovação da presente proposição. Sala das Sessões, 23 de junho de 2010. – Deputado Paulo Pimenta (PT/RS). PROJETO DE LEI Nº 7.547, DE 2010 (Do Sr. Nelson Marquezelli) Institui a redução em 50% (cinqüenta pontos percentuais) no pagamento de tarifa de pedágio em rodovias federais para os veículos que especifica. Despacho: Às Comissões de: Viação e Transportes; Finanças e Tributação (Mérito e Art. 54, RICD) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD). Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Esta lei institui a redução de pagamento de tarifa de pedágio em rodovias federais para os veículos que especifica. Art. 2º Os veículos de carga, ficam reduzidos em 50% (cinquenta pontos percentuais) do pagamento da tarifa na respectiva praça, desde que localizada em rodovia federal. Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Quarta-feira 7 31719 Justificação O Desenvolvimento do Brasil está alcançando índices acima da média mundial, fruto de uma política acertada do governo federal em buscar o progresso em consonância com a geração de empregos. Apesar disso a sustentabilidade desse crescimento pode e deve ser avançado com políticas tarifárias que colaborem com os agentes desse desenvolvimento. Um desses setores que precisa de incentivos é o de transporte de cargas rodoviárias. Pedágios são importantes para a obtenção de recursos necessários para a manutenção e conservação de rodovias, mas, a exemplo da arrecadação da CPMF, muito do que se arrecada não é repassado para a melhoria das estradas brasileiras. Essa redução na qual proponho na propositura poderá aumentar a arrecadação dos valores cobrados a t[itulo de pedágio e diminuirá os produtos que são escoados pelas rodovias brasileiras. Essa cobrança desbordante influencia negativamente economia nacional, onerando demasiadamente o processo de produção e comercialização de bens e serviços. A redução de pagamento de pedágio proposta neste projeto de lei visa, portanto, aumentar o fluxo comercial no país e estimular as operações comerciais. Sala das Sessões, 29 de junho de 2010. – Deputado Nelson Marquezelli, PTB – SP. PROJETO DE LEI Nº 7.549, DE 2010 (Do Sr. Roberto Santiago) Institui o Dia Nacional dos Auxiliares da Administração Escolar. Despacho: Às Comissões de: Educação e Cultura e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD). Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Fica instituído o Dia Nacional dos Auxiliares da Administração Escolar, a ser comemorado, anualmente, no dia 1º de março. Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação Os Auxiliares da Administração Escolar – categoria profissional regulamentada a qual pertencem secretários, gerentes, superintendentes, jardineiros, copeiros, diretores ou reitores – embora não sejam 31720 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS docentes, constituem, sem dúvida, educadores das crianças e dos jovens brasileiros. Esses profissionais atuam em instituições de educação infantil, de ensino fundamental, de ensino médio, de educação profissional, científica e tecnológica e de educação superior, além de estar presentes em outras modalidades de educação como os cursos pré-vestibulares, cursos livres e cooperativas de ensino. Por exercerem funções intimamente associadas ao processo pedagógico, os Auxiliares da Administração Escolar têm relevante participação na qualidade da educação nacional. Sua atuação influencia a eficiência da escola onde trabalham, bem como o sucesso dos alunos que por ela passam. É preciso, portanto, que o Poder Público e a sociedade reconheçam o valor desses profissionais e reservem para eles uma data comemorativa no calendário das efemérides nacionais. O dia escolhido, 1º de março de cada ano, remete à data base da categoria. Pretendemos que, nessa ocasião, se destaquem e homenageiem esses importantes profissionais, reconhecendo a sua relevância para a educação brasileira e para a formação dos nossos cidadãos. Pedimos, portanto, a aprovação para matéria, na esperança de que a importância dessa iniciativa seja também compreendida pelos nobres pares. Sala das Sessões, 29 de junho de 2010. – Deputado Roberto Santiago. PROJETO DE LEI Nº 7.550, DE 2010 (Do Sr. Capitão Assumção) Torna obrigatória a apresentação do endereço completo do emitente de cheques em caso de não pagamento e dá outras providências. Despacho: Apense-se à(ao) PL nº 5.990/2001. Apreciação: Proposição sujeita à apreciação do Plenário. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Art. 1° Fica acrescido à Lei Federal n° 7.357, de 2 de setembro de 1985 o artigo 4-A, com a seguinte redação: Art. 4-A. Ocorrendo o não pagamento de cheque emitido, fica a Instituição Financeira sacada obrigada a fornecer ao portador do título de crédito o endereço completo e atualizado do cliente emitente, mediante requerimento escrito protocolado em qualquer agência bancária Julho de 2010 da Instituição sacada com cópia autenticada do cheque devolvido. § 1° As informações obtidas pelo credor serão utilizadas somente para fins de cobrança administrativa e/ou judicial, sob pena das sanções criminais e cíveis previstas em lei. § 2° É vedado o fornecimento de informações relativas à movimentação financeira da conta-corrente do emitente. § 3° A não apresentação das informações descritas neste artigo no prazo máximo de 10 (dez) dias úteis, torna a Instituição sacada responsável solidária pelo adimplemento do cheque. § 4° Incorre na mesma penalidade prevista no § 3° a recusa no recebimento ou protocolo do pedido de informações previsto no caput deste artigo. Art. 2° Esta Lei entra em vigor após trinta dias após sua promulgação. Justificação O Presente projeto de lei busca auxiliar o ressarcimento das pessoas que não conseguem receber pagamento feito em cheque. Com efeito, independentemente da forma pela qual ocorre a frustração do recebimento de cheque, seja por cheque sem fundo, furtado ou sustado, é direito do portador do cheque saber o endereço de quem o emitiu, o que atualmente é dificultado por conta das Instituições financeiras, que somente repassam esta informação por ordem judicial. Em virtude desta dificuldade, o legítimo detentor de um cheque, que deveria ser resguardado pela legislação brasileira, tem um direito frustrado, motivo pelo qual observamos cada vez mais o desuso dos cheques. O projeto de lei determina prazo de dez dias úteis para o fornecimento desta informação, o que entendemos razoável, em especial pela facilidade com que os Bancos podem obter o endereço de seus correntistas. Assim, o Projeto de Lei facilitará a busca pelo recebimento de um título de crédito, melhorando a circulação econômica de bens e dinheiro, motivo pelo qual solicito aos nobres Pares o apoio para a sua rápida tramitação e aprovação. Sala das Sessões, 29 de junho de 2010. – Capitão Assumção, Deputado Federal – Espírito Santo. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE LEI Nº 7.552, DE 2010 (Do Sr. Capitão Assumção) Dispõe sobre a qualidade de doador de sangue e dá outras providências. Despacho: Às Comissões de: Seguridade Social e Família; Finanças e Tributação (Art. 54 RICD) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) . Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º Doador de sangue é todo o ser humano que, voluntariamente, doa o seu sangue com a finalidade de ser utilizado em outra pessoa, cuja retirada não impeça o organismo do doador de continuar vivendo sem risco para sua integridade e não represente grave comprometimento de suas aptidões vitais e sua saúde mental. § 1o Somente será considerado doador de sangue o voluntário cujo sangue for aprovado em todos os testes exigidos em normas regulamentares expedidas pela autoridade sanitária competente e considerado adequado para transfusão. § 2o Farão jus aos benefícios estabelecidos por esta Lei os doadores que hajam praticado no mínimo 2 (duas) doações de sangue no período de 12 (doze) meses. Art. 2º A capacidade para ser doador de sangue se iniciará aos 18 (dezoito) anos completos e terminará aos 65 (sessenta e cinco) anos completos. Parágrafo único. Em situações que tornem imprescindível a sua doação, poderá o menor de dezoito anos doar sangue, mediante solicitação médica e autorização por escrito dos pais ou responsáveis legais. Art. 3º Cabe à autoridade sanitária normatizar sobre todas as etapas do processo de doação de sangue, incluindo os testes a que será submetido o sangue colhido e as condições clínicas que impeçam a coleta. Art. 4º O doador em conformidade com o artigo 1º e seus parágrafos será beneficiado com: I – isenção de até um pagamento a cada 12 (doze) meses para prestar concursos públicos no âmbito Federal, Estadual, Municipal ou Distrital; II – desconto de 50% (cinquenta por cento) em exposições e teatros onde lhe seja cobrada a entrada inteira para acesso ao local; III – isenção de até dois pagamentos a cada 12 (doze) meses para prestar exame vestibular, caso lhe seja cobrado o valor da matrícula; IV – desconto de 50% (cinquenta por cento) na taxa de matrícula em curso superior reconhecido pelo MEC, caso já não lhe seja concedido o referido desconto por outro motivo; Quarta-feira 7 31721 V – desconto de 5% (cinco por cento) na compra de livros didáticos, ainda que beneficiado por outro tipo de desconto; VI – utilização da condição de doador como critério de desempate em concurso público, desde que tal benefício esteja previsto nas normas do edital do concurso. Art. 5º Será fornecida ao doador, no prazo de até 30 dias após a doação, a Carteira Nacional de Doador de Sangue, cujas especificações serão uniformes em todo o território nacional e estabelecidas pela autoridade sanitária. Art. 6º Os estabelecimentos de saúde onde seja realizada coleta de sangue deverão: I – oferecer conforto, celeridade e segurança nos procedimentos; II – manter atualizados seus bancos de dados de doadores de sangue e enviar os dados semestralmente ao Ministério da Saúde. Art. 7º Os órgãos de gestão nacional, regional e local do Sistema Único de Saúde realizarão periodicamente, através dos meios adequados de comunicação social, campanhas de esclarecimento público dos benefícios esperados a partir da vigência desta lei e de estímulo à doação de sangue. Art. 8o As despesas decorrentes da presente lei correrão por conta de dotações orçamentárias próprias. Art. 9o O Poder Executivo regulamentará este lei no prazo de 90 (noventa) dias a contar da data de sua publicação. Art. 10 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação Vivemos num mundo de violências, acidentes, enfermidades graves, entre outros riscos que acometem os indivíduos, fazendo com que necessitem de atendimentos precisos e emergenciais para preservação de suas vidas. Em algumas situações delicadas em que passam os pacientes, é necessária a realização de procedimentos específicos e vitais, como é o caso da doação de sangue. No entanto, tal procedimento, para sua realização, depende da “boa vontade” e compatibilidade sanguínea da pessoa doadora. Além disso, muitas pessoas dependem da doação de sangue para sobreviver, pois sofrem de politraumatismo ou são portadores de doenças onco-hematológicas, entre outras. Nesse sentido, a doação de sangue representa uma nova chance para a vida do receptor. Com ela é possível preservar a saúde do indivíduo. O procedimento, 31722 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS portanto, é visto como um dos principais gestos de solidariedade humana, razão pela qual merece destaque. No país, estimativas apontam que a cada dois segundos, algum paciente necessita de transfusão de sangue. Contudo, os estoques de fatores sanguíneos específicos estão diminuindo nos hemocentros, o que é um dado bem preocupante. De acordo com dados do Ministério da Saúde, em todo o Brasil, os índices de doação de sangue são baixos, onde a cada cem pessoas apenas duas contribuem com os hemocentros. No entanto, a média que a Organização Mundial de Saúde recomenda é que a cada grupo de cem pessoas tenha pelo menos cinco doadores de sangue. Isso sem falar dos pretensos doadores que, durante a realização dos procedimentos de triagem para diagnóstico de infecção e infestação exigidas em normas regulamentares do Ministério da Saúde, descobrem, ao final dos procedimentos, que não podem doar sangue. Vale ressaltar que a presente proposta visa qualificar o doador de sangue, especificar seus benefícios e deveres, bem como os deveres dos Estabelecimentos Hospitalares Públicos e Particulares, bem como a emissão da Carteira Nacional do Doador de Sangue. Além disso, a presente medida assegura ao doador de sangue e ao candidato a doação o recebimento de alimento sólido e líquido apropriado para hidratação oral do indivíduo. Ainda que a pessoa não estivesse em jejum antes da doação, faz-se necessário a sua alimentação e ingestão de líquido adequado a fim de manter sua hidratação. Por fim, ressalto que os benefícios aos doadores de sangue ora propostos incentivará a prática de doação de sangue e trarão inúmeros reflexos positivos aos demais membros da população, além de propiciar reserva adequada de sangue nos hemocentros. Por todo o exposto e pela relevância do tema, solicito aos nobres Pares o apoio para uma rápida tramitação e aprovação do presente Projeto de Lei que em muito contribuirá para a maior captação de sangue nos hemocentros. Sala das Sessões, 29 de junho de 2010. – Deputado Capitão Assumção. PROJETO DE LEI Nº 7.554, DE 2010 (Do Sr. Carlos Bezerra) Dá nova redação ao caput do art. 3º da Lei nº 9.702, de 17 de novembro de 1998, para estender a data limite adotada no critério de preferência para alienação de imóveis do Instituto Nacional do Seguro Social a seus legítimos ocupantes. Julho de 2010 Despacho: Às Comissões de: Trabalho, de Administração e Serviço Público; Finanças e Tributação (Art. 54 RICD) e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD). Apreciação: Proposição sujeita à apreciação conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º O art. 3º da Lei nº 9.702, de 17 de novembro de 1998, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 3º Nas alienações dos imóveis residenciais e rurais, será dada preferência a quem, comprovadamente, em 31 de dezembro de 2005, já ocupava o imóvel e esteja, até a data de formalização do respectivo instrumento, regularmente cadastrado e em dia com quaisquer obrigações junto ao INSS. ..................................................... ” (NR) Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Justificação O Instituto Nacional do Seguro Social – INSS permanece sendo titular de imenso patrimônio imobiliário, em sua maior parte desvinculado das atividades próprias da autarquia. A administração dos imóveis de sua propriedade é onerosa para o INSS, que não extrai deles renda que justifique tal imobilização de recursos, que poderiam ser melhor empregados, em benefício do equilíbrio financeiro da previdência social. Um importante passo inicial nesse sentido foi dado com a edição da Lei nº 9.702, de 17 de novembro de 1998, que instituiu critérios especiais para a alienação de imóveis de propriedade do INSS. Em seu art. 3º, a referida Lei concede preferência, na alienação de imóveis residenciais e rurais, a quem já ocupava o imóvel em 31 de dezembro de 1996, estando regularmente cadastrado e em dia com suas obrigações junto ao INSS. No exercício dessa preferência, o ocupante do imóvel tem a possibilidade de efetuar a sua aquisição pelo preço correspondente à avaliação. Para o INSS, por outro lado, a alienação nessas condições resulta vantajosa, por evitar os custos inerentes aos procedimentos de licitação exigíveis caso os imóveis fossem alienados a outros interessados. Apesar das medidas autorizadas pela Lei nº 9.702, de 1998, o INSS permanece na propriedade de numerosos imóveis residenciais, cuja ocupação regular, em muitos casos, veio a ocorrer após a data limite estabelecida em seu art. 3º. Nessas circunstâncias, creio ser oportuna a revisão desse critério, de modo a facilitar a alienação de imóveis que sejam desnecessários ao INSS. Para tanto, proponho que a venda direta possa Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ser feita aos que já ocupavam os imóveis em 31 de dezembro de 2005. Pelos motivos expostos, confio no indispensável apoio dos nobres Pares para que a presente proposta possa ser rapidamente convertida em norma legal. Sala das Sessões, 29 de junho de 2010. – Deputado Carlos Bezerra. PROJETO DE LEI Nº 7.565, DE 2010 (Do Sr. Nelson Proença) Dá a denominação de Bernardo de Souza ao Aeroporto Internacional de Pelotas, em Pelotas, Estado do Rio Grande do Sul. Despacho: Às Comissões de: Viação e Transportes; Educação e Cultura e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD). Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º. O Aeroporto Internacional de Pelotas, de Pelotas, Estado do Rio Grande do Sul, passa a ser denominado AEROPORTO INTERNACIONAL DE PELOTAS – BERNARDO DE SOUZA. Art. 2º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. Sala das Sessões, 30 de junho de 2010. – Deputado Nelson Proença, PPS-RS. Justificação Bernardo Olavo Gomes de Souza nasceu em 19 de dezembro de 1942, em Pedro Osório, no sul do Estado, formado em Direito pela Universidade Federal de Pelotas em Filosofia Pela Universidade Católica de Pelotas, trabalhou como profissional liberal, professor concursado na UCPel e procurador da Assembléia Legislativa. Foi em Pelotas que o filho do dentista Pedro Brisolara de Souza e da professora Arabella Gomes de Souza aprendeu a amar os livros, a cultura e a política. Cursou Direito e Filosofia, advogou, deu aulas de história e presidiu um clube de cinema. Aos poucos, encontrou sua vocação, que entrou de vez em sua vida com o surgimento do MDB. Na política, Bernardo de Souza, inicialmente no MDB – Movimento Democrático Brasileiro, de oposição à Aliança Renovadora Nacional (ARENA), de apoio ao Regime Militar, ocupou os cargos de vereador (19691972), prefeito de Pelotas(1983-1987 e 2005) e secretário municipal de Pelotas, foi deputado estadual por três mandatos (eleito em 1994, 1998 e 2002) e secretário estadual da Justiça e da Educação durante o governo Pedro Simon (1987-1990). Na sua primeira gestão como Prefeito de Pelotas, em 1983, criou um programa que dava à população Quarta-feira 7 31723 do município a chance de decidir os rumos do dinheiro público – experiência mais tarde adotada em Porto Alegre e outras cidades do País, e que ficou conhecido como “Orçamento Participativo”. Também Inovou na questão da moralidade pública, em 1995, ao sugerir uma lei contra a prática da contratação de familiares para cargos de confiança no poder público. Nos últimos cinco anos travou uma luta contra uma depressão neuroquímica, doença degenerativa que paralisou seus movimentos e o afastou da vida pública, renunciou ao mandato de prefeito de Pelotas em 2006, o ex-prefeito e ex-deputado estadual Bernardo de Souza (PPS) morreu dia 16 próximo passado, aos 67 anos. No Jornal do Comércio, de Porto alegre, na edição de 24-6-2010, o Deputado Estadual Paulo Odone homenageou Bernardo de Souza com um texto que transcrevo abaixo: “BERNARDO DE SOUZA FEZ BONITO Nunca o Rio Grande do Sul lamentará suficientemente a morte precoce do exdeputado Bernardo de Souza, vitimado por doença degenerativa responsável por sua renúncia à prefeitura de Pelotas, um ano após ter sido eleito pela segunda vez. Trata-se de uma perda pública. O Estado perde, a política brasileira perde. Perdemos um dos políticos mais capacitados já surgidos na cena pública nacional. Nesse momento em que vários homens públicos se questionam se vale a pena continuar em meio a tantas mazelas, a lembrança de quem foi Bernardo de Souza e de quanto investiu na boa política é fundamental para fortalecer a crença nas possibilidades afirmativas da política. O legado de Bernardo é precioso. Intelectual da melhor qualidade, afeito aos embates teóricos e à lógica das deduções abstratas, essa condição não o impediu de lutar com os pés no chão, fazendo de seu trabalho uma ferramenta de mudança na vida real das pessoas. Na Assembléia, convicto de que a ação do poder público é algo essencial para prevenir e corrigir desigualdades sociais, apresentou uma infinidade de projetos, emendas, proposições – alguns dos quais se tornaram verdadeiros marcos legais – para fazer da administração pública instrumento mais eficaz e transparente. Bernardo nutria fé inabalável nos efeitos emancipatórios da participação popular nas decisões públicas e por essa idéia investiu toda sua energia, que era imensa. Dizia sempre que, se o povo errasse nas escolhas, 31724 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS mesmo assim deveria continuar escolhendo, pois errando aprenderia a acertar. Prefeito de Pelotas, no primeiro mandato, já em 1983 criou o primeiro programa estadual de participação popular na discussão do orçamento municipal, o “Todo o poder emana do povo”. Bernardo de Souza fez bonito na vida. Seu trabalho é um marco institucional, referência ética e democrática que orgulha o nosso PPS, enaltece Julho de 2010 o Rio Grande e nos coloca na vanguarda do pensamento político nacional.” O presente Projeto de Lei, se aprovado, homenageará um homem que na atividade política primou pela integridade moral e pela honestidade intelectual, marca que Bernardo de Souza deixou para todos que o conheceram e com ele tiveram o privilégio de conviver. Sala das Sessões, 30 de junho de 2010. – Deputado Nelson Proença, PPS-RS. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31725 31726 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31727 31728 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31729 31730 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31731 31732 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31733 31734 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31735 31736 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31737 31738 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31739 31740 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31741 31742 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31743 31744 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31745 31746 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31747 31748 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31749 31750 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31751 31752 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31753 31754 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31755 31756 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31757 31758 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.824, DE 2010 (Do Sr. Nelson Marquezelli) Susta a aplicação da expressão “considerando a totalidade do objeto da fiscalização”, parte final do § 6º do art. 24 do Decreto nº 6.514 de 22 de julho de 2008. Despacho: Apense-se à(ao) PDC982/2008. Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário. O Congresso Nacional decreta: Art. 1° Fica sustada a aplicação da expressão “considerando a totalidade do objeto da fiscalização”, Quarta-feira 7 31759 parte final do disposto no § 6º do art. 24 do Decreto nº 6.514, de 22 de julho de 2008. Art. 2° Este decreto legislativo entra em vigor na data de sua publicação. Justificação O Decreto nº 6.514, de 22-07-2008, Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações, e dá outras providências. Logo no preâmbulo desse instrumento legal, o Presidente da República, ao indicar a base legal para a sua expedição, menciona a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, bem como as Leis nos 9.784, de 29 de janeiro de 1999; 8.005, de 22 de março de 1990; 9.873, de 23 de novembro de 1999; e 6.938, de 31 de agosto de 1981. 31760 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Embora as referidas leis sirvam de base para a expedição do aludido decreto, nenhuma delas é apta para fundamentar a seguinte disposição, nele contida, correspondente à parte final do § 6º do seu art. 24: DECRETO Nº 6.514, DE 22 DE JULHO DE 2008 Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal para apuração destas infrações, e dá outras providências. O Presidente da República, no uso das atribuições que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, alínea a, da Constituição, e tendo em vista o disposto no Capítulo VI da Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, e nas Leis nos 9.784, de 29 de janeiro de 1999, 8.005, de 22 de março de 1990, 9.873, de 23 de novembro de 1999, e 6.938, de 31 de agosto de 1981, Decreta: ............................................................... Art. 24. Matar, perseguir, caçar, apanhar, coletar, utilizar espécimes da fauna silvestre, nativos ou em rota migratória, sem a devida permissão, licença ou autorização da autoridade competente, ou em desacordo com a obtida: ............................................................... § 6o Caso a quantidade ou espécie constatada no ato fiscalizatório esteja em desacordo com o autorizado pela autoridade ambiental competente, o agente autuante promoverá a autuação considerando a totalidade do objeto da fiscalização. Esse dispositivo tem causado enormes prejuízos aos cidadãos brasileiros, principalmente àqueles criadores de pássaros, conhecidos como passarinheiros, pois o IBAMA, ao efetuar fiscalizações concernentes Julho de 2010 à criação de pássaros, tem imposto multa relativa a todas as suas aves, mesmo quando somente uma – ou algumas delas – encontra-se em situação de irregularidade. Isso com base no aludido § 6º, especificamente com base em sua expressão final, onde se lê “o agente autuante promoverá a autuação considerando a totalidade do objeto da fiscalização”. A Constituição Federal estabelece vários princípios, sobretudo no seu artigo 5º, objetivando assegurar em favor dos cidadãos garantias que impedem o Estado de realizar qualquer restrição ao direito deles, contanto que o comportamento deles se mostrem compatíveis com o Direito. É dizer, por outro lado, que o Estado não pode opor qualquer espécie de restrição ao direito de seus jurisdicionados sem que exista, por parte deles, comportamento desrespeitando o Direito. Essa noção inspira todo o ordenamento jurídico. Se uma pessoa age corretamente, ou seja, em conformidade com o Direito, ela não pode sofrer qualquer tipo de penalização. O princípio da reserva legal, nos termos do qual não haverá crime sem lei anterior que o defina nem pena sem prévia cominação legal (art. 5º, inciso XXXIX, CF), expressa essa noção, de sorte que uma conduta deve ser tida como contrária ao Direito se isso estiver claramente previsto na norma; ausente tal previsão, a conduta é tida como lícita e portanto insuscetível de qualquer restrição. Por isso, o referido decreto, na parte mencionada, é ilegal. Ele contraria o disposto na Lei nº 9.605, de 1992, que não confere respaldo a que se imponha pena sobre objetos tidos como lícitos. Além disso, o objeto de supressão é inconstitucional, na medida em que a expressão que se deseja suprimir, “o agente autuante promoverá a autuação considerando a totalidade do objeto da fiscalização”, além de refletir uma extrapolação do poder regulamentar do Poder Executivo, viola o aludido princípio da reserva legal. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nas palavras de Alexandre de Moraes, “O exercício do poder regulamentar do Executivo situa-se dentro da principiologia constitucional da Separação de Poderes (CF, arts. 2º; 60, § 4º, III), pois, salvo em situações de relevância e urgência (medidas provisórias), o Presidente da República não pode estabelecer normas gerais criadoras de direitos ou obrigações, por ser função do Poder Legislativo. Assim, o regulamento não poderá alterar disposição legal, tampouco criar obrigações diversas das previstas em disposição Quarta-feira 7 31761 legislativa” (Direito Constitucional, 25 ed., São Paulo, Atlas, 2010, p. 480). Dado que é competência exclusiva do Congresso Nacional sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa (art. 49, inciso V, CF), proponho o presente projeto de decreto legislativo, objetivandose a referida supressão. Sala das sessões, 29 de junho de 2010. – Deputado Nelson Marquezelli. 31762 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31763 31764 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31765 31766 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31767 31768 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31769 31770 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31771 31772 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS PROJETO DE RESOLUÇÃO Nº 231, DE 2010 (Do Sr. Inocêncio Oliveira) Denomina “Deputado Vital do Rêgo” o espaço onde se encontra instalada a Procuradoria Parlamentar da Câmara dos Deputados. Despacho: À Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. Apreciação: Proposição Sujeita à Apreciação do Plenário. A Câmara dos Deputados resolve: Art. 1o Fica denominado “Deputado Vital do Rêgo” o espaço onde se encontra instalada a Procuradoria Parlamentar da Câmara dos Deputados. Art. 2º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação. Justificação A iniciativa que ora levamos à consideração dos demais parlamentares tem o propósito de prestar uma homenagem ao brasileiro Vital do Rêgo, que pontuou a vida parlamentar desta Casa Legislativa, destacando-se ao longo da história política recente do nosso país. Mesmo quando o governo exercido com o uso da força, no período de exceção, tomou-lhe o mandato parlamentar, mas também no período da redemocratização, Vital do Rêgo notabilizou-se pelo exercício altivo do mandato parlamentar, demonstrando um enorme talento jurídico. A isso podemos ainda considerar virtudes pessoais que o referido parlamentar portava: lhano no trato, honrado nos compromissos firmados, digno na defesa dos interesses nacionais mesmo diante das mais difíceis e complexas questões. Nesse sentido, seja na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania desta Casa, seja nas comissões especiais e de inquérito, seja sobretudo no Plenário, Vital do Rego exerceu o mandato parlamentar com segurança e desenvoltura. Vital do Rego, além disso, teve participação decisiva na implementação efetiva da Procuradoria Parlamentar desta Casa, sendo seu primeiro Procurador. Contribuiu, dessa maneira, para elevar o padrão técnico e político na defesa e na promoção da Casa e dos parlamentares junto à sociedade brasileira. Nesse sentido, procuramos prestar uma merecida homenagem ao Deputado Vital do Rêgo, para tanto esperando receber o apoio dos demais parlamentares. Sala das Sessões, 29 de junho de 2010. – Inocêncio Oliveira, Deputado Federal. Julho de 2010 INDICAÇÃO Nº 6.483, DE 2010 (Da Comissão de Educação e Cultura) Apoia a criação de um campus do Instituto Federal da Bahia no Município de Ilhéus, Estado da Bahia. Despacho: Publique-se. Encaminhese. Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Educação: A Comissão de Educação e Cultura da Câmara dos Deputados apreciou, em sua reunião do dia 09 de junho de 2010, o projeto de lei nº 6.939, de 2006, de autoria da Deputada Alice Portugal, que pretendia autorizar o Poder Executivo a criar o Centro Federal de Educação Tecnológica de Ilhéus e Itabuna, no Estado da Bahia. Em função de sua Súmula nº 1, de 2001, de Recomendação aos Relatores, a Comissão deliberou pela rejeição do projeto, não por falta de mérito de conteúdo, mas pela inadequação formal de sua apresentação como projeto de lei. A proposição em tela, cuja tramitação se iniciou em 2006, é anterior à ampliação dos esforços e recursos deste Ministério da Educação para a expansão da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. Essa expansão ganhou fôlego a partir do lançamento do Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE, em 2007. De lá para cá, muitas demandas já foram atendidas, inclusive um campus do Instituto Federal da Bahia já está em fase de implantação no Município de Ilhéus, segundo o sítio eletrônico desse Ministério. Não obstante, entendemos ser oportuno transmitir a V.Exa. o apoio desta Comissão de Educação e Cultura aos esforços empreendidos para a expansão da Rede Federal de Educação Tecnológica, e, em particular, para a multiplicação de instituições/ unidades descentralizadas dedicadas a essa modalidade de ensino em vários Municípios do Estado da Bahia. Sala das Sessões, 29 de junho de 2010. – Deputado Angelo Vanhoni, Presidente. INDICAÇÃO Nº 6.484, DE 2010 (Da Sra. Tonha Magalhães) Sugere a criação de Centro Federal de Educação Tecnológica (CEFET), no Município de Candeias, Estado da Bahia Despacho: Publique-se. Encaminhese. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Educação: Recentemente, a lei nº 11.892, de 2008, criou a Rede de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, os IFET’s, no âmbito da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. A decisão de expandir a rede federal de educação profissional em conjunto com a criação dos IFET’s vem brindando a Bahia com uma oferta de vagas mais adequada à posição que o Estado ocupa em termos populacionais e importância econômica para o País. Atualmente, temos o Instituto Federal Baiano com nove campi em funcionamento e mais dois em implantação, bem como o Instituto Federal da Bahia, com 11 campi em funcionamento dos 16 previstos. Sabemos todos, Sr. Ministro, o quanto é oportuna a idéia de ampliar as chances de educação profissional para os jovens brasileiros. Reconhecemos a centralidade dessa iniciativa tanto do ponto de vista do desenvolvimento econômico – que já enfrenta escassez de mão-de-obra qualificada – quanto da formação desses cidadãos e sua inserção no mercado de trabalho. Assim sendo, apresentamos a V.Exa. uma demanda da comunidade de Candeias, que integra a região metropolitana de Salvador, para criar um Centro Federal de Educação Tecnológica naquela localidade. Esse Município, palco de fé e religiosidade, é também um dos maiores PIB do estado da Bahia. Conta com um parque industrial consolidado, as operações do Porto de Aratu – um dos mais importantes portos do Brasil, a Refinaria Landulfo Alves-Mataripe e uma usina de biodiesel. Esse cenário de pujança econômica obviamente gera forte necessidade de profissionais qualificados. O que desejamos é ampliar as possibilidades de formação profissional de qualidade daqueles que residem em Candeias e arredores, de tal modo a gerar melhores níveis de renda para a população e favorecer novos investimentos. Na certeza de que Vossa Excelência haverá de adotar as necessárias providências para apreciar e atender o pleito aqui apresentado, ofereço-lhe minhas congratulações pelo trabalho que vem realizando à frente do Ministério da Educação. Sala das Sessões, 30 de junho de 2010. – Deputada Tonha Magalhães. INDICAÇÃO Nº 6.485, DE 2010 (Do Sr. Roberto Britto) Solicita que seja enviado ao Ministro de Estado da Educação – ME, indicação de instalação do Curso de Medicina na Universidade do Recôncavo Bahiano no municí- Quarta-feira 7 31773 pio de Santo Antônio de Jesus no Estado da Bahia. Despacho: Publique-se. Encaminhese. Exma. Senhor Ministros de Estado da Educação; Tem a presente INDICAÇÃO o objetivo de propor a Vossa Excelência, que seja avaliada a possibilidade de instalação do Curso de Medicina na Universidade do Recôncavo Bahiano no município de Santo Antônio de Jesus no Estado da Bahia, com a justificativa de beneficiar toda a população do recôncavo Bahiano. Sala das Sessões, 30 de junho de 2010. – Deputado Roberto Britto. INDICAÇÃO Nº 6.486, DE 2010 (Da Comissão de Minas e Energia) Propõe que o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, por meio do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial, promova alterações na Portaria Inmetro nº 225, de 29 de julho de 2009, para proteger os consumidores de gás liquefeito de petróleo. Despacho: Publique-se. Encaminhese. Apreciação: Excelentíssimo Senhor Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior: Para garantir que os consumidores de gás liquefeito de petróleo (GLP) não sejam prejudicados, está em tramitação na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 5.120, de 2005, que estabelece que todos os pontos de venda, fixos ou móveis, de GLP envasado devem estar aparelhados com equipamentos de pesagem, calibrados de acordo com as normas do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Dispõe, ainda, que, quando da compra de botijões cheios de 13 kg e 45 kg de GLP, os botijões usados devolvidos, em base de troca, ficam sujeitos à pesagem dos líquidos residuais. Em razão das atuais dificuldades operacionais para implementação do previsto na proposição, é fundamental que, com urgência, seja alterada a Portaria Inmetro nº 225, de 29 de julho de 2009, para proteção dos consumidores de GLP. Essa Portaria aprova o Regulamento Técnico Metrológico que estabelece critérios para exame de determinação quantitativa do conteúdo efetivo do produto GLP quando comercializado em recipientes transportáveis. 31774 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS De acordo com esse Regulamento, a tolerância individual (T) é a diferença permitida para menos entre o conteúdo efetivo e o conteúdo nominal, conforme mostrado na Tabela 1 abaixo. Conforme mostrado na Tabela 1, a tolerância individual para menos no caso de um botijão de 13 kg é de 350 gramas. Dessa forma, o consumidor paga por 13 kg de GLP e pode receber apenas 12,65 kg. Solicitamos, então, que o Inmetro altere a definição dessa tolerância individual (T) para estabelecê-la como sendo a diferença permitida para mais entre o conteúdo efetivo e o conteúdo nominal. Pedimos, ainda, que esse conteúdo efetivo seja acrescido de uma massa residual de GLP, definida como o conteúdo máximo de GLP contido no botijão quando da sua devolução, a ser estabelecida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis. Destaque-se, ainda, que em reunião realizada na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, no dia 25 de maio de 2010, o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo reconheceu que os botijões devolvidos pelos consumidores apresentam uma massa residual média de GLP de 96 gramas. Efetivada a alteração proposta, o consumidor de botijões de 13 kg deixará de pagar por uma massa de GLP, que pode chegar a 446 gramas em média, que ele efetivamente não consumiu. Na certeza de que V. Exa. dispensará a devida atenção às medidas aqui propostas, submetemos a presente Indicação à sua elevada consideração. Sala das Sessões, 1 de julho de 2010. – Deputado Mário Negromonte, Presidente. INDICAÇÃO Nº 6.487, DE 2010 (Da Comissão de Minas e Energia) Propõe que o Ministério de Minas e Energia, por meio da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, determine o máximo de massa residual que pode estar contida no botijão de gás liquefeito de petróleo, quando da sua devolução pelo consumidor. Despacho: Publique-se. Encaminhe-se. Julho de 2010 Excelentíssimo Senhor Ministro de Minas e Energia: O gás liquefeito de petróleo (GLP) é um produto essencial para a alimentação do povo brasileiro, estando presente em quase todos os lares. Em reunião realizada na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, no dia 25 de maio de 2010, o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo reconheceu que os botijões devolvidos pelos consumidores apresentam uma massa residual média de GLP de 96 gramas. Para garantir que os consumidores não sejam prejudicados, está em tramitação na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei nº 5.120, de 2005, que estabelece que todos os pontos de venda, fixos ou móveis, de GLP envasado devem estar aparelhados com equipamentos de pesagem, calibrados de acordo com as normas do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). Dispõe, ainda, que, quando da compra de botijões cheios de 13 e 45 Kg de GLP, os botijões usados devolvidos, em base de troca, ficam sujeitos à pesagem dos líquidos residuais. O objetivo dessa proposição é apenas de defender um direito básico do consumidor: não pagar por um produto que não consumiu e que é devolvido para o vendedor. Registre-se que essa massa residual de 96 gramas acrescida da tolerância para menos de 350 gramas, estabelecida na Portaria Inmetro nº 225, de 29 de julho de 2009, gera uma situação na qual o consumidor paga um valor correspondente a 446 gramas de GLP que não consumiu. Em razão das dificuldades operacionais, uma alternativa à pesagem dos botijões, determinada pelo Projeto de Lei nº 5.120, de 2005, seria a colocação de uma massa adicional de GLP no botijão equivalente à máxima massa residual, sem que essa massa seja cobrada do consumidor. Solicitamos, então, que a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), como órgão de estado responsável pela regulação e fiscalização da atividade de revenda de GLP, determine as massas residuais máximas que podem estar contidas nos diferentes botijões comerciais de GLP, quando da sua devolução pelo consumidor. Pedimos, ainda, que a ANP regulamente, com urgência, a obrigatoriedade do enchimento dos botijões de GLP com essa massa adicional equivalente ao máximo de resíduo, sem que essa massa seja cobrada do consumidor. Dessa forma, a curto prazo, Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS o consumidor deixaria de pagar por um produto que não consumiu. Certos de que V. Exa. dispensará a necessária atenção às medidas aqui propostas, submetemos a presente Indicação à sua elevada consideração. Sala das Sessões, 1 de julho de 2010. – Deputado Mário Negromonte, Presidente. REQUERIMENTO N° 4.333 , DE 2009 (Da Sra. Luiza Erundina) Requer a realização de sessão solene em homenagem ao I Centenário do Sport Club Corinthians Paulista. Senhor Presidente: Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do inciso IV do artigo 65 combinado com o artigo 68, ambos do Regimento Interno, a realização de sessão solene em homenagem ao I Centenário do Sport Club Corinthians Paulista, cuja fundação ocorreu em 1° de setembro de 1910. Justificação Vinte horas e sete minutos do dia 1° de setembro de 1910. Bairro do Bom Retiro, em São Paulo. Treze operários (seis italianos, cinco portugueses e dois brasileiros) reunidos sob um lampião a gás. Nem remotamente suspeitavam que dariam início àquilo que seria uma verdadeira epopeia; faziam surgir ali, quase sem querer, uma espécie de “religião” chamada Sport Club Corinthians Paulista. O nome “Corinthians” foi inspirado no Corinthian Football Club (hoje Corinthian-Casuals, um dos mais importantes clubes ingleses do fim do século 19 e início do século 20), que, por sua vez, havia homenageado a cidade grega de Corinto (uma das cidades visitadas pelo Apóstolo Paulo, e que deu origem às duas epístolas que se encontram nas Sagradas Escrituras). Na época da fundação do nosso Corinthians, o time inglês fazia excursão entre o Rio de Janeiro e São Paulo, derrotando as mais famosas equipes brasileiras e causando forte impressão. O Corinthians Paulista, nascido pequeno e pobre (a primeira bola foi comprada graças a uma lista de contribuintes), logo nos primeiros anos mostra-se predestinado à glória. No início do século 20 o futebol era um esporte de elite e não se concebia que um grupo de operários desafiasse os times dos clubes ricos da cidade. A resistência foi vencida quando surgiu uma vaga na Liga Paulista de Futebol que seria disputada contra dois times da elite: o Minas Gerais e o São Paulo. O primeiro foi batido por 1 x 0 e o segundo, por 4 x 0. O então desdenhado Corinthians estava garantido no Campeonato Paulista de 1913. Quarta-feira 7 31775 Todos começavam a ficar comovidos com aquela gente abnegada. Os títulos paulistas de 1914 e 1916, sem uma derrota sequer para os seus ricos e perplexos adversários, iriam encantar de vez a cidade, fazendo crescer consideravelmente o seu número de sócios e torcedores. Passado quase um século, o Corinthians é hoje uma das mais importantes instituições da sociedade brasileira, graças especialmente aos cerca de 25 milhões de torcedores, nacionais e estrangeiros, que escolheram adotar o Corinthians como clube do coração. Seus seguidores formam uma verdadeira “nação” também chamada de “Fiel Torcida”. A melhor expressão dessa fidelidade se traduz justamente pela entrega incondicional e o seu amor crescente na adversidade: a torcida experimentou o seu maior crescimento justamente durante o jejum de títulos, quebrado com a conquista do Campeonato Paulista de 1977, 22 anos, oito meses, sete dias, quatro horas e 36 minutos após a sua última grande conquista, o título paulista de 1954 em comemoração do IV Centenário da Capital, no longínquo 6 de fevereiro de 1955. Não por outra razão, o jornalista José Roberto de Aquino cunhou a seguinte frase em referência a essa peculiar devoção e força das arquibancadas: “Todo time tem uma torcida. No Corinthians, é o contrário. É a torcida que tem um time.”. Atualmente, o Corinthians é um dos três únicos clubes brasileiros a ostentar o mais importante título que um time de futebol pode almejar: Campeão Mundial de Clubes da FIFA, em 2000. Além disso, é detentor de outras conquistas dignas de registro: 4 Campeonatos Brasileiros (1990, 1998, 1999, 2005); 2 Copas do Brasil (1995, 2002); 1 Supercopa do Brasil (1991); 5 Torneios Rio-São Paulo (1950, 1953, 1954, 1966, 2002); é o maior vitorioso do Campeonato Paulista com 25 títulos (1914, 1916, 1922, 1923, 1924, 1928, 1929, 1930, 1937, 1938, 1939, 1941, 1951, 1952, 1954, 1977, 1979, 1982, 1983, 1988, 1995, 1997, 1999, 2001, 2003). As conquistas de 1922 (Centenário da Independência) e 1954 (IV Centenário da Cidade de São Paulo) deram ao clube o título de “Campeão dos Centenários”, reforçado depois pelo título de 1988 (Centenário da Lei Áurea). Mas a importância do Corinthians para a sociedade brasileira não se resume a sua numerosa, aficionada e diversificada torcida ou às inúmeras glórias e títulos de expressão conquistados. Sua grandeza reside também na contribuição que ofereceu em páginas memoráveis da vida institucional do País, na construção do perfil da sociedade paulista e brasileira. Na contramão dos clubes até então existentes, o Corinthians foi o primeiro entre os paulistas a ter um 31776 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS jogador negro e foi um dos responsáveis pela popularização do futebol no Brasil, dada sua vocação para time de massas. Na atualidade, não é mais possível compreender a identidade cultural brasileira sem referências à influência do futebol e o Corinthians, como visto, deu significativa contribuição nesse processo de popularização e interação social. Nesse contexto, é relevante assinalar que o futebol – ao contrário do que supõem alguns – não é instrumento de alienação social. Ao contrário, é meio de agregação e de construção da cidadania por intermédio do espaço coletivo, não individualista. Em determinados momentos converte-se até mesmo em instrumento de conscientização e luta das massas populares. Nesse quesito, o Corinthians e sua história mostram-se revolucionários. No dia 11 de fevereiro de 1979, no seio da Gaviões da Fiel (maior torcida organizada do Corinthians), foi desfraldada a primeira faixa em um local com grande público pedindo “Anistia ampla, geral e irrestrita” no País. A campanha resultou na aprovação da Lei da Anistia Política em agosto do mesmo ano, possibilitando o retorno de vários cidadãos e cidadãs cassados ou exilados em razão da Ditadura Militar. Em outro episódio marcante, o clube fez história com a chamada Democracia Corintiana. Em caso raro para um meio caracterizado pelo conservadorismo, no qual os jogadores jamais opinam sobre questões políticas internas ou externas ao clube, os jogadores do elenco corintiano (Sócrates, Casagrande, Biro-biro, Vladimir, dentre outros) passaram a decidir conjuntamente com a diretoria os rumos do departamento de futebol, abolindo as concentrações e outras regras tradicionais, há tempos consagradas no meio do futebol. A onda liberalizante e progressista resultou na conquista de dois títulos paulistas seguidos sobre um de seus maiores rivais, em 1982 e 1983. Esses mesmos jogadores ainda participaram ativamente da campanha pela aprovação da Emenda Dante de Oliveira (Diretas Já), uma dos mais célebres movimentos que aceleraram a transição do período da ditadura militar para a democracia. Não menos revolucionária foi a eleição da primeira mulher a presidir um grande clube de futebol no Brasil. Marlene Matheus, esposa do lendário Presidente Vicente Matheus, foi eleita para dirigir o clube entre os anos de 1991 e 1993. Recentemente, o clube mais uma vez inovou, alterando seus estatutos para introduzir a eleição direta para presidente, pelo voto de todos os associados há mais de cinco anos, e acabar com o instituto da re-eleição. Julho de 2010 Desde o início da sua história o Corinthians naturalmente se identificou com os excluídos, os pobres, os humildes... Tornou-se a expressão da maioria, daqueles que viviam suas agruras na periferia do sistema. Corinthians é o bem dos despossuídos, é a vitória dos derrotados, é o triunfo dos mais fracos, é a lembrança dos esquecidos. Definir o que significa o Corinthians não é realmente tarefa simples; talvez por isso, seja útil contar com a ajuda de um de seus mais ilustres seguidores. Essas são as palavras cheias de simbologia que Dom Paulo Evaristo (então cardeal Arns de São Paulo) ofereceu na sua “Pastoral ao Povo Corintiano”, publicada na revista Placar, n° 390-A, em 14 de outubro de 1977, dia seguinte a uma das mais expressivas conquistas do time: “Corinthians, para nós, era o símbolo mesmo da esperança. E ainda o é. Agora, mais do que nunca (...)”. “De fato, ao ver as bandeiras agitaremse, cobrindo totalmente as arquibancadas, tínhamos a impressão de que o Corinthians jogava sozinho por todo o Brasil. Que só existia alvinegro em campo.” “O Corinthians é mesmo o símbolo do povo que não chega lá. Do povo que sofre todas as decepções, desde as mais legítimas, como também as de seus sonhos. Mas é um povo que agüenta. Que é humilde. Povo que se abate, mas que, ao mesmo tempo, sabe que precisa recomeçar. E recomeça mesmo! Está presente em todas as lutas. Recomeça. (...)” “É isto o espelho do povo? Ou a sua realidade mesma? Ou ainda, alienação desta realidade, para refugiar-se em alguma coisa que se passa no campo, mas que tem interferências incalculáveis? (...)” “Tenho certeza de que a vitória do Corinthians deve levar a vitórias essenciais na vida. E vai levar a tanto. Acreditamos, sempre de novo, nesta era que está para chegar em favor do povo, com a participação do povo e criada pelo mesmo povo.” “E o nosso Corinthians talvez seja o símbolo para tanto.” São essas, portanto, as razões que fundamentam o presente pedido de Sessão Solene. Sala das Sessões, 11 de março de 2009. – Deputada Luiza Erundina, (PSB/SP). Defiro. Publique-se. Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REQUERIMENTO Nº 5.450 , de 2009 ( Do Sr. Luiz Carlos Hauly) Requer a realização de Sessão Solene para comemoração do centenário do Sport Clube Corinthians Paulista. Excelentíssimo Senhor Presidente, Nos termos do art. 68 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a Vossa Excelência, ouvido o Plenário, a realização de sessão solene, no decorrer da primeira quinzena do mês de setembro da sessão legislativa de 2010, destinada à comemoração do centenário do Sport Clube Corinthians Paulista, fundado em 1º de setembro de 1910. Sala das Sessões, 2 de setembro de 2009. – Deputado Luiz Carlos Hauly, (PSDB– PR). Defiro. Publique-se. Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. REQUERIMENTO Nº 5.467, DE 2010 Deputado Vicentinho Requer a convocação de sessão solene da Câmara dos Deputados para o dia 1 de setembro de 2010, às 10 horas. Senhor Presidente: Representando um décimo da composição da Câmara dos Deputados, requeremos a V. Exª, com base no art. 68 do Regimento Interno, e ouvindo o Plenário, a convocação de sessão solene desta Casa para o dia 1 de setembro de 2010, às 10 horas, a fim de homenagear o Centenário do Sport Club Corinthians Paulista – São Paulo, em Plenário. O dia 1 de setembro é a data do centenário, entretanto a sessão solene poderá ser marcada em dia próximo. Sala das Sessões, 3 de setembro de 2009. – Deputado Vicentinho (PT/SP) – Deputado Cândido Vaccarezza (PT/SP). Defiro. Publique-se. Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. REQUERIMENTO Nº 5.495, DE 2009 (Do Sr. Deputado William Woo) Requer a convocação de sessão solene da Câmara dos Deputados para o dia 1º de setembro de 2010 às 10 horas. Excelentíssimo Senhor Deputado Michel Temer Presidente da Câmara dos Deputados NESTA Senhor Presidente: Quarta-feira 7 31777 Requeiro a Vossa Excelência, com base no art. 68 do Regimento Interno, a convocação de sessão solene desta Casa para o dia 1º de setembro de 2010 às 10 horas, a fim de prestar homenagem, em Plenário, ao Centenário do Sport Club Corinthians Paulista – São Paulo. Sala das Sessões, 9 de setembro de 2009. – Deputado William Woo, Vice-líder do PSDB. Defiro. Publique-se. Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. REQUERIMENTO Nº 5.496 , de 2009 (Do. Sr. João Dado) Requer a realização de Sessão Solene para comemoração do centenário do Sport Clube Corinthians Paulista. Excelentíssimo Senhor Presidente, Nos termos do art. 68 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, requeiro a Vossa Excelência, ouvido o Plenário, a realização de sessão solene, no decorrer da primeira quinzena do mês de setembro da sessão legislativa de 2010, destinada à comemoração do centenário do Sport Clube Corinthians Paulista, fundado em 1º de setembro de 1910. Sala das Sessões, de setembro de 2009. – Deputado João Dado, (PDT/SP ). Defiro. Publique-se. Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. REQUERIMENTO Nº 6.133, DE 2010 (Dos Srs. Luiz Couto e Pedro Wilson) Requerem a convocação de sessão solene da Câmara dos Deputados para o dia 16 de agosto de 2010, às 10:00 horas. Senhor Presidente, Nos termos do art. 68 do Regimento Interno desta Casa, e ouvido o Plenário, requeiro a V.Ex.ª, a convocação de sessão solene da Câmara dos Deputados para o dia 16 de agosto do corrente ano, às 10:00 horas, a fim de comemorar os “31 ANOS DA LEI DE ANISTIA “ no Brasil. Sala das Sessões, 2 de fevereiro de 2010. – Deputado Luiz Couto, PT/PB – Deputado Pedro Wilson, PT/GO – Deputado Cândido Vaccarezza, Líder do PT na Câmara dos Deputados. Defiro. Publique-se. Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. 31778 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REQUERIMENTO Nº 7.136, DE 2010 (Da Senhora Vanessa Grazziotin) Requer a retirada do INC Nº 6.461/2010, de minha autoria. Senhor Presidente: Nos termos do artigo 104, caput do Regimento da Câmara dos Deputados requer a retirada do INC Nº 6.461/2010 de minha autoria, que solicita ao Senhor Ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior providências no sentido de incluir membros para participar do Conselho de Administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus – Suframa Sala das Sessões, 29 de junho de 2010. – Deputada Vanessa Grazziotin, PCdoB/AM. Defiro a retirada da Indicação n. 6.461/2010, nos termos do art. 104 c/c o art. 114, VII, do RICD. Publique-se. Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. REQUERIMENTO Nº 7.138, DE 2010 (Da Senhora Vanessa Grazziotin) Requer Voto de Louvor ao Senhor Desembargador João de Jesus Abdala Simões, eleito Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas. Julho de 2010 Lei nº 7.379 de 2010, da minha autoria, remetendo-o ao arquivo. Sala das Sessões, 29 de junho de 2010. – Deputado Paulo Bornhausen, DEM/SC. Defiro a retirada do Projeto de Lei n. 7.379/2010, nos termos do art. 104 c/c o art. 114, VII, do RICD. Publique-se. Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Paulo Bauer) – Finda a leitura do expediente, passa-se à IV – HOMENAGEM O SR. PRESIDENTE (Paulo Bauer) – Esta sessão solene se realiza em homenagem aos 49 anos da WEG Equipamentos Elétricos S/A. Ela foi requerida pelo nobre Deputado João Pizzolatti. Convido para compor a Mesa o Sr. Werner Ricardo Voigt, um dos fundadores da WEG S/A; o Sr. Felipe Voigt, Prefeito Municipal de Shroeder, Estado de Santa Catarina; e o Sr. Fredolin Voigt, gerente de produção da WEG S/A. Convido todos os presentes a ouvirem de pé o Hino Nacional. (É executado o Hino Nacional.) O SR. PRESIDENTE (Paulo Bauer) – Neste momento, assistiremos à apresentação de um vídeo institucional. (Exibição de vídeo.) (Palmas.) Requer a retirada de tramitação doProjeto de Lei nº 7379 de 2010. O SR. PRESIDENTE (Paulo Bauer) – Sras. e Srs. Deputados, informo que o Presidente da Casa, Deputado Michel Temer, não pôde estar presente para presidir esta sessão solene. S.Exa. me pediu que transmitisse a todos os seus cumprimentos e dissesse que é uma honra para a Câmara dos Deputados, a Casa que representa o povo brasileiro, realizar sessão solene em homenagem a esta grande empresa, à sua história, aos seus colaboradores e aos seus dirigentes. Certamente, o povo brasileiro saberá, pelos meios de comunicação, um pouco mais sobre a história da WEG e sua importância para o País, a partir dos pronunciamentos feitos e das informações aqui apresentadas. Nossos cumprimentos a todos. O Presidente Michel Temer pede-nos que informemos que esta Casa sempre estará à disposição da empresa e de toda a indústria nacional que ajuda na construção do País. Diz o Presidente Michel temer em seu pronunciamento: Senhor Presidente, Nos termos do art. 104 do Regimento Interno, requeremos a retirada de tramitação do Projeto de “Senhoras e Srs. Deputados, reúne-se a Câmara dos Deputados, em sessão solene, para prestar merecida homenagem à WEG Senhor Presidente, Nos termos do artigo 117, inciso XIX e § 3º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, vimos respeitosamente, solicitar a Vossa Excelência se digne registrar nos Anais desta Casa, Voto de Louvor ao Senhor Desembargador João de Jesus Abdala Simões, eleito por unanimidade Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Amazonas. Sala das Sessões, 29 de junho de 2010. – Deputada Vanessa Grazziotin, PCdoB/AM. Defiro. Publique-se. Em 6-7-10. – Michel Temer, Presidente. REQUERIMENTO Nº 7.144, 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Equipamentos Elétricos S/A, que completa 49 anos de existência e muito trabalho, trabalho esse que tem sido fundamental para uma série de empreendimentos, com a empresa desenvolvendo soluções cada vez mais eficientes para diversos campos de atividade, proporcionando, assim, entre tantos benefícios já produzidos até o momento, contribuição das mais efetivas para o desenvolvimento do País. Hoje, ressalta-se, pois, com inteira justiça, o empenho de seus fundadores, a bem‑sucedida trajetória da empresa, o seu crescimento, a ampla variedade e a comprovada qualidade dos produtos, o alto nível de tecnologia aplicado nos processos de produção, a presença crescente da WEG em diversas partes do mundo. Primeiramente, havemos de saudar, então, os três homens que, em 1961, contando com capital reduzido, mas muita disposição, competência e organização, se uniram para fundar uma fábrica de motores elétricos no interior de Santa Catarina. Werner Ricardo Voigt, Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus, cujas iniciais formam o nome WEG, comprovaram, nos anos seguintes, a importância do trabalho, do conhecimento, da disciplina, da experiência e da união de forças, valores postos em prática e que fizeram a empresa crescer de maneira extraordinária e alcançar o estágio de desenvolvimento atual. A WEG, nascida na cidade de Jaraguá do Sul, expandiu-se ainda mais a partir do ano 2000, com a aquisição de fábricas no exterior, assumindo definitivamente a condição de multinacional brasileira, fato que representa, para todos nós, motivo de justificado orgulho. Atualmente, a empresa, que começou bem pequena, possui fábricas, filiais comerciais e redes de assistência distribuídas em todo o mundo, atendendo desde sistemas menores até grandes obras, como a Usina de Itaipu, atuando nas áreas de motores, automação, tintas, energia, transmissão e distribuição. Além dos parques fabris 1 e 2 em Jaraguá do Sul, a WEG dispõe de fábricas em Blumenau, Gravataí, Guaramirim, Hortolândia, São Bernardo do Campo, Manaus e Itajaí. No exterior, conta com fábricas em Córdoba, Buenos Aires e San Francisco, na Argentina; Huehuetoca, no México; Nantong, na China; e Maia, a dez quilômetros ao norte da cidade do Porto, em Portugal. Quarta-feira 7 31779 Entre tantos registros dignos de nota, não se pode deixar de mencionar também a presença da WEG na Copa do Mundo, na África do Sul. Desde 2005, mais de 200 transformadores WEG, com potências de até 100 MVA, foram vendidos à Eskom, empresa pública responsável pelo fornecimento de energia elétrica na África do Sul. Além dos transformadores de grande porte utilizados para iluminar o Mundial de futebol, muitos equipamentos fornecidos pela WEG estão sendo usados para atender as metas do projeto ‘Eletricidade para todos’, que vem promovendo, na África do Sul, a troca de lampiões a querosene por lâmpadas e levando energia elétrica a milhões de famílias. Em maio, a WEG anunciou a compra do controle da parceira de mais de 30 anos na África do Sul: o Zest Group, empresa líder na distribuição de motores elétricos naquele país. Com essa aquisição, a África do Sul tornou-se a 24ª subsidiária internacional da WEG. No ano que vem, em Linhares, no Estado do Espírito Santo, entrará em operação mais uma unidade produtiva da WEG, visando à produção de motores para o mercado interno e exportações. Sem dúvida, mais um motivo de celebração para a empresa e também para a região a ser beneficiada. Merece, de fato, a WEG todo esse sucesso e o reconhecimento geral diante da importância e excelência de seus produtos e serviços. Assim, celebra-se, hoje, com razão, o progresso e a grandeza da WEG, cuja história constitui, com efeito, exemplo de caráter empreendedor, eficiência e qualidade, prova sublime acerca do que é possível e preciso fazer para transformar o sonho em realidade. Tal capacidade de realização vem, ademais, coroada pela dimensão das atividades desenvolvidas pela WEG: gerando renda e empregos em larga escala; apresentando soluções adequadas às crescentes exigências da atualidade, inclusive no tocante à sustentabilidade; exercendo papel preponderante para a modernização e expansão dos diversos setores produtivos, bem como dos serviços de eletricidade em particular; favorecendo o desenvolvimento econômico e o bem-estar social; e sempre contribuindo para exaltar o nome do País no exterior. A Câmara dos Deputados reitera, portanto, a justiça da presente homenagem com que 31780 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS saudamos os 49 anos de fundação da WEG Equipamentos Elétricos S/A, desejando contínuo sucesso à empresa e congratulando, em especial, os seus fundadores, a direção e os funcionários, responsáveis, em conjunto, por essa trajetória notável, realmente digna de admiração, apoio e integral reconhecimento. Muito obrigado.” O SR. PRESIDENTE (Paulo Bauer) – Concedo a palavra ao Deputado João Pizzolatti, autor do requerimento para realização desta sessão. O SR. JOÃO PIZZOLATTI (PP – SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Paulo Bauer, catarinense; Deputado Vignatti, também de Santa Catarina; Deputado Roberto Brito; Sras. e Srs. Deputados; Sr. Werner Ricardo Voigt, nosso principal homenageado, um dos fundadores da WEG, meu querido amigo; Sr. Felipe Voigt, Prefeito Municipal de Schroeder, terra do nosso amigo Werner; Sr. Fredolin Voigt, Gerente de Produção da WEG; senhoras e senhores; telespectadores da TV Câmara, que terão a oportunidade de assistir a esta justa homenagem ao Grupo Empresarial WEG: como representante do meu querido povo catarinense na Câmara dos Deputados, tive a honra de apresentar o requerimento para realização desta sessão solene, numa justa homenagem aos 49 anos de existência de um complexo industrial da maior importância para o meu Estado e para o Brasil. Estamos homenageando hoje, Sras. e Srs. Deputados, ilustres convidados, a empresa WEG Equipamentos Elétricos S/A. Falar sobre esse magnífico complexo industrial é ressaltar os mais essenciais valores que caracterizam a atividade empresarial num mundo moderno e globalizado. A WEG tem suas metas sempre pautadas e definidas na eficiência, na inovação, no empreendedorismo, num desenvolvimento sustentável, na responsabilidade social e, principalmente, na valorização de seus quase 25 mil colaboradores, que são sempre motivados visando à integridade, à ética e ao desenvolvimento pessoal. Numa homenagem para essa grande empresa brasileira, nada mais justo do que enaltecer e ressaltar a ação dos responsáveis por esse grande empreendimento, os ilustres catarinenses Werner Ricardo Voigt, Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus. Permitamme, senhoras e senhores, discorrer um pouco sobre a vida e a trajetória exitosa de cada um deles. Werner Ricardo Voigt nasceu na cidade catarinense de Schroeder, no ano de 1930 – por isso está aqui nosso Bürgermeister (nosso Prefeito) Felipe Voigt. Sempre manifestou grande interesse por tudo que fosse inerente ao setor elétrico. Desde criança soube Julho de 2010 distinguir geradores, dínamos, fios e outros elementos. Leitor compulsivo, lia tudo que lhe chegava às mãos, inclusive livros e revistas técnicas que vinham da Alemanha, por intermédio de seu avô. Isso, além do encanto que lhe proporcionava, abriu-lhe horizontes para a sua inserção no mundo da eletricidade. Outro descendente alemão que teve grande influência na vida de Werner Voigt foi Purnhagen, eletricista e músico, seu orientador na área profissional e artística. Além de tudo, é músico! Isso fez de Werner Voigt um excelente clarinetista. Em Joinville, estudou no SENAI e trabalhou na oficina de Werner Strohmeyer. Serviu as Forças Armadas em Curitiba, no Paraná, onde, indicado pelo Exército, frequentou a Escola Técnica Federal, especializando-se em radiotelegrafia e eletrônica. Retornou a Joinville para trabalhar na EMPRESUL, concessionária de energia. Aos 23 anos criou uma pequena oficina em Jaraguá do Sul. O negócio evoluiu, com a prestação de serviços de assistência técnica, instalação e fabricação de geradores, tanto na cidade, quanto na área rural; e, ainda, com a manutenção dos veículos motorizados de Jaraguá e região. Aumentou tanto a demanda por serviços que em 1961, ano em que nasci, sua oficina já contava com quase uma dezena de colaboradores. Presidente Paulo Bauer, tive a oportunidade de andar com Werner e com Felipe pela empresa sede, em Jaraguá do Sul. São impressionantes a humildade de Werner, a sua capacidade de comunicação com colaboradores e o seu conhecimento integral de todos os setores e cantos do complexo industrial da WEG. Sr. Werner, é uma honra participar desta homenagem. Gostaria, agora, de falar um pouco do amigo, irmão, sócio de Werner, Eggon João da Silva, também nascido na cidade de Schroeder, em 1929. Começou a trabalhar muito cedo em um cartório, na cidade de Jaraguá do Sul. Foi servidor do principal banco do Estado, o Banco de Indústria e Comércio de Santa Catarina, por 14 anos. Em 1957, tornou-se sócio da João Wiest & Cia Ltda., firma especializada na produção de canos de escapes para veículos, que contava com 8 funcionários. Quatro anos depois de efetiva contribuição, Eggon deixou a empresa, que já contava com 150 funcionários, para o maior desafio de sua vida: a fundação da WEG. Além de sócio da WEG, fez parte dos Conselhos da Oxford, Tigre, Marisol e Perdigão. Desta última foi Presidente em 1994 e em 1995, com a missão de recuperar financeiramente a empresa. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS É pai de Décio Silva, um dos mais brilhantes executivos do País, responsável nas 2 últimas décadas, como Presidente da empresa, pela internacionalização e pelo aumento considerável do faturamento da WEG Equipamentos Elétricos S/A, que hoje é de aproximadamente 6 bilhões de reais. Décio Silva deixou a Presidência da empresa para assumir a WEG Participações, um negócio igualmente vultoso que detém o controle da WEG e administra o patrimônio da empresa. Geraldo Werninghaus nasceu em Rio do Sul, Santa Catarina, em 1932. Começou sua carreira profissional na Werninghaus & Filhos, oficina de seu pai em Joinville. Muito cedo já mostrava grande conhecimento do universo e dos segredos da mecânica. Trabalhou nas indústrias Vahldic, em Blumenau, onde serviu ao Exército. Voltou a trabalhar com o pai em Joinville. Em 1961 deixou a Werninghaus & Filhos para fundar a WEG em Jaraguá do Sul. Deixou as atividades executivas diretas na empresa, passando para o Conselho de Administração, em 1989. Porém, pessoa extremamente dedicada ao trabalho e à comunidade, deu início a uma promissora carreira pública, como Vereador, como Deputado Estadual e, finalmente, como Prefeito de Jaraguá do Sul. O nosso saudoso Geraldo Werninghaus faleceu em 1999. Minha singela homenagem aos seus queridos familiares. O sucesso empresarial desses 3 ilustres catarinenses teve início no ano de 1961, quando fundaram a Eletromotores Jaraguá. Anos mais tarde, a empresa mudaria de nome e seria transformada na Eletromotores WEG, que vem a ser a fusão das 3 letras iniciais dos nomes de seus fundadores, ou seja, o W de Werner, o E de Eggon e o G de Geraldo. Desde então, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ilustres convidados, o sucesso foi o grande parceiro da Eletromotores WEG, hoje denominada WEG Equipamentos Elétricos S/A. A WEG é uma das maiores fabricantes de motores elétricos do mundo. No início a empresa só produzia motores, mas logo teve ampliadas suas atividades. A partir da década de 80 a empresa ganhou maior e expressiva visibilidade, pois passou a atuar de forma efetiva nas áreas de automação de processos industriais, variação de velocidade, comando e proteção, geração, transmissão e distribuição de energia e na produção de tintas e vernizes industriais. Alargam-se os horizontes e o campo de atividade da empresa se amplia de forma significativa. No Brasil, há 8 parques fabris localizados em São Bernardo do Campo e Hortolândia, em São Paulo; Manaus, no Amazonas; Gravataí, no Rio Grande do Sul; 1 em Gua- Quarta-feira 7 31781 ramirim; 1 em Blumenau; e 2 em Jaraguá do Sul, sede da empresa; além de 3 na Argentina, 2 no México, 1 na China e 1 em Portugal. Ou seja, a empresa é hoje uma multinacional brasileira reconhecida e respeitada no mundo inteiro. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, conforme disse no início da minha fala, a WEG Equipamentos Elétricos S/A é uma empresa moderna, cuja preocupação não é apenas com o crescimento e a produção. Sua atenção também está voltada para o bem‑estar social da população da região onde tem sua sede e suas unidades industriais. Nesse sentido, a empresa tem especial atenção com cultura, educação, saúde, política ambiental e segurança. Um exemplo da responsabilidade social da empresa é o Museu WEG, que tem como destaque a interatividade entre seus visitantes, com atenção especial às crianças, que sempre questionam a origem e o motivo da existência daquilo que tocam e veem. A instituição tornou-se uma referência como grande fomentadora de cultura, realizando exposições de arte, lançamentos de livros e apresentações artísticas. O Museu WEG proporciona aos visitantes, como todo bom museu, boas sensações e descobertas, sempre no sentido de relembrar o passado para melhor entender o presente e planejar o futuro, meu querido amigo, Deputado Lázaro Botelho. Ou seja, o museu abriga a história de meio século de existência da WEG, a cultura de Jaraguá do Sul e região e bons exemplos da evolução científica e tecnológica, gerando um espaço de emoção, de cidadania e de reflexão sobre passado, presente e futuro. Quanto à preservação do meio ambiente, a WEG atende sempre à legislação ambiental. Por meio de uma ação efetiva e contínua, adota o estabelecimento de objetivos e metas ambientais, como prevenção de acidentes e proteção do meio ambiente no qual está inserida. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Diretores da WEG e convidados, falar sobre essa grande empresa é motivo de orgulho para mim, como representante do povo nesta Casa. Ficaria aqui enaltecendo o grande trabalho e relevante papel da empresa para o povo barriga-verde e para o Brasil. No entanto, o tempo regimental não nos permite fazê-lo. Temos de encerrar nossa fala. Colho a oportunidade, senhoras e senhores, para, em nome do povo catarinense, agradecer a esses grandes desbravadores, do passado e do presente, que fizeram parte da história da empresa e que hoje compõem o quadro de diretores e colaboradores da WEG Equipamentos Elétricos, pelo muito que fizeram e fazem pela sociedade catarinense e brasileira. 31782 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Deputado Paulo Bornhausen, é uma honra tê-lo conosco. São exemplos como os da WEG Equipamentos Elétricos que indicam os caminhos do sucesso, que fazem do Brasil um país grande e que viabilizam sua breve e merecida posição de destaque no cenário mundial. São exemplos como o da WEG que tornam a gente brasileira orgulhosa e esperançosa num futuro melhor e promissor, de maior justiça social, de maior desenvolvimento e de oportunidades para todos. Aos que fazem parte da WEG Equipamentos Elétricos, diretores, colaboradores, familiares e convidados presentes nesta sessão solene da Câmara dos Deputados e que estão nos acompanhando pela TV Câmara, os meus parabéns pelo aniversário de 49 anos de existência dessa grande empresa, motivo de orgulho para nós, catarinenses, e para todos os brasileiros. Muito obrigado. (Palmas.) O Sr. Paulo Bauer, § 2º do artigo 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. João Pizzolatti, § 2º do artigo 18 do Regimento Interno. O SR. PRESIDENTE (João Pizzolatti) – Concedo a palavra ao Deputado Paulo Bauer, que representa o PSDB e o povo de Santa Catarina. O SR. PAULO BAUER (PSDB – SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, cumprimento o Sr. Werner Ricardo Voigt, um dos fundadores da WEG, representante da Direção da empresa nesta sessão solene; o Sr. Felipe Voigt, Prefeito Municipal de Schroeder; e o Sr. Fredolin Voigt, Gerente de Produção da WEG S/A. Saúdo V.Exa., Deputado João Pizzolatti, pela iniciativa de propor a realização desta sessão solene em homenagem aos 49 anos da WEG Equipamentos Elétricos S/A. Saúdo também os Deputados Federais catarinenses presentes, em especial o Deputado Vignatti, a Deputada Angela Amin e o Deputado Paulo Bornhausen, Líder da bancada do Democratas. Na pessoa de S.Exas., permitam-me saudar os Deputados presentes nas demais instalações da Casa. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ��������� ainda estamos sob o duro impacto da derrota para a Holanda, que nos deixa fora das semifinais da Copa do Mundo de 2010, mas as luzes que iluminam o evento na África do Sul não se apagaram, graças, em grandíssima parte, ao Brasil. Esta sessão solene em homenagem aos 49 anos da WEG Equipamentos Elétricos S/A não poderia ocorrer em momento mais oportuno, porque a empresa está estritamente ligada à realidade da competição mundial que se encerra no próximo dia 11. Julho de 2010 Para sediar a Copa do Mundo, a África do Sul teve de vencer gigantescos desafios, entre eles as limitações de infraestrutura, principalmente no que se refere a transmissão e distribuição de energia elétrica. Com sua história ligada ao apartheid, sistema que vigorou por quase 5 décadas e que afastou os negros da vida econômica e política do país, a África do Sul, até 1996, foi palco do atraso e do sucateamento das instalações, o que de forma alguma seria compatível com a imensa demanda de energia gerada pela realização do maior evento desportivo do mundo. Entre as providências adotadas pelas autoridades para modernizar aquele país e para produzir o espetáculo que, a despeito da despedida precoce do Brasil, ainda nos encanta e encanta o mundo, seguramente uma foi determinante: os significativos investimentos da Eskom (estatal sul-africana) para modernizar o sistema e ampliar a capacidade de geração e transmissão de energia contam com as soluções da WEG Equipamentos Elétricos desde 2005. São muitos os produtos fornecidos pela empresa brasileira para tornar moderna a África que sedia o Mundial de Futebol, em especial transformadores de alta potência, absolutamente imprescindíveis para suprir as demandas geradas pelo evento, realizado em pleno inverno. Por outro lado, vale destacar que a tinta resistente à corrosão aplicada nos transformadores fornecidos à Eskom foi desenvolvida com exclusividade pela WEG Tintas. Essa camada de proteção extra permitiu a instalação dos equipamentos por toda a África do Sul, território de imensa diversidade de clima e temperatura. Daqui a pouco, nobres colegas, quando as luzes se acenderem para iluminar o gramado durante a primeira partida das semifinais, haveremos de lembrar que o Brasil está lá. Esta já seria uma razão suficiente para homenagearmos a WEG Equipamentos Elétricos S/A. Mas há muitas outras. Entre elas, a certeza de que, para além dos jogos da Copa do Mundo, a WEG está possibilitando o cumprimento das metas do projeto Eletricidade para Todos, que garante a chegada de energia às regiões mais afetadas pelo extinto apartheid, locais onde milhões de famílias estão finalmente trocando lampiões a querosene por lâmpadas elétricas. Poderia ter optado, Sr. Presidente, nobres Deputados – saúdo também o Deputado Celso Maldaner – , por citar aqui os incríveis números da WEG no Brasil e no mundo; destacar os valores que norteiam a ação exitosa da empresa; listar os mais de 100 países onde atua a multinacional; falar de seus fundadores – e eu o faço com muito prazer – , Werner Voigt, Eggon Silva Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS e Geraldo Werninghaus, de saudosa memória, cujas iniciais não só intitulam este orgulho nacional, mas marcam, há 49 anos, a modernização do Brasil. Poderia ter destacado aspectos importantes sobre a história da WEG na cidade de Jaraguá do Sul, no Estado de Santa Catarina, e no Brasil como um todo, como a responsabilidade social e as políticas ambiental, de saúde, de segurança e de qualidade que distinguem a WEG Equipamentos Elétricos S/A. Poderia, por fim, ter ressaltado os mais de 20 mil colaboradores da empresa e sua dedicação; o trabalho de seus dirigentes, muito bem liderados por Décio Silva, Presidente do Conselho de Administração, e por Harry Schmelzer, DiretorPresidente da empresa; e ainda os robustos números do faturamento da WEG, que, sem dúvida nenhuma, orgulham a todos os seus dirigentes, colaboradores e acionistas. Poderia ter citado aspectos outros, como o impacto das soluções oferecidas pela WEG Equipamentos S/A na realidade das famílias brasileiras e também de outras partes do mundo onde a empresa marca sua presença. Entretanto, neste momento em que o abalo da despedida antecipada da Copa do Mundo nos faz descrer, arriar bandeiras e recolher um pouco nosso orgulho verde-amarelo, o Partido da Social Democracia Brasileira, que me conferiu a honra e a oportunidade de representá-lo nesta sessão com este pronunciamento, faz questão de lembrar que o Brasil é um gigante que tem muito para que dele nos orgulhemos. Lembramos, sobretudo, que o gigantismo desta Nação está intimamente ligado ao empreendedorismo do nosso povo, tão bem representado pelos responsáveis por estes 49 anos de sucesso da WEG Equipamentos Elétricos S/A. Seja nas semifinais, seja na final, seja no dia a dia de milhões de famílias, a WEG já marcou o gol brasileiro no país da Copa do Mundo de 2010. Um gol emblemático da capacidade que contribui, há quase meio século, para a construção de realidades mais iluminadas, na acepção ampla do vocábulo. Parabéns a todos. Sucesso à WEG. Sucesso ao Brasil. Muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (João Pizzolatti) – Devido a preferência e a pedido de urgência – S.Exa. tem compromisso em seguida – , passo a palavra ao Deputado Vignatti, que representa o PT. O SR. VIGNATTI (PT – SC. Sem revisão do orador.) – Bom dia a todos. Sr. Presidente, nobre Deputado João Pizzolatti, cumprimento V.Exa. pela realização desta sessão solene. Saúdo o Deputado Mauro Benevides, ex-Governador, ex-Presidente do Senado Federal, que re- Quarta-feira 7 31783 presentará o PMDB na sua fala; o Deputado Celso Maldaner; o Deputado Paulo Bornhausen; a Deputada Angela Amin, da bancada catarinense. Saúdo o Sr. Felipe Voigt, Prefeito de Schroeder, meu amigo; o Sr. Fredolin Voigt, Gerente de Produção da WEG S/A; e o Sr. Werner Ricardo Voigt. Na pessoa dele saúdo toda a família, nesta justa homenagem. Depois de ouvirmos os 2 ilustres catarinenses Paulo Bauer e João Pizzolatti em suas magníficas intervenções, feitas de forma organizada, queremos nos somar, neste momento, a essa importante família catarinense, a essa importante empresa, que, de certa forma, nos tem dado um orgulho extraordinário. Tive a oportunidade de conversar com o Sr. Werner rapidamente, na antessala do Anexo IV, junto com o Prefeito de Schroeder, nosso amigo e irmão de S.Sa. Deputado Celso Maldaner, Deputado Paulo Bauer, que foi Secretário de Educação até há poucos dias, Deputado Paulo Bornhausen, Deputada Angela Amin, Deputado João Pizzolatti, eu disse a ele que, muitas vezes, no debate que fizemos sobre a implementação da segunda universidade de Santa Catarina, depois de 50 anos, projeto que articulamos em Chapecó, usamos a experiência dessa importante empresa, da sua parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina na construção da inteligência na área de engenharia. Sabemos que, na Universidade Federal de Santa Catarina, nos seus 50 anos, um dos cursos mais importantes e mais renomados é o de engenharia. A WEG tem estabelecido parceria com ela desde o começo. Inclusive, vem mantendo todo aquele equipamento inicial e aperfeiçoando-o, nesse convênio com a Universidade Federal. Cumprimento-o pela iniciativa, Sr. Werner. Depois do desenho do seu currículo, feito pelo Deputado Pizzolatti, passamos a entender um pouco mais o tamanho e a importância da empresa. V.Sa. teve a oportunidade de fazer um curso técnico muito cedo, ainda bem jovem, para, a partir daí, desenhar, de certa forma, a maior empresa e o maior orgulho para todos nós, de Santa Catarina. Os senhores construíram a oportunidade de internacionalizá-la e torná-la uma referência mundial. Em qualquer canto do mundo, podemos falar de boca cheia – se me permitem a expressão – dessa importante empresa para todos nós, em Santa Catarina. Ela é importante também pela qualidade do emprego e da renda, do salário das pessoas que os senhores empregam e pela forma simples como as tratam, como mencionou o Deputado João Pizzolatti. Quando visitei a WEG há 2 anos, junto com o Ministro Paulo Bernardo, fui tratado da mesma forma, ao ser recepcionado por essa importante empresa. 31784 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Deputado Pizzolatti, mais do nunca, precisamos reconhecer aquilo que é importante para nós, no Brasil. Essa empresa, que hoje é internacional, é importante para a economia nacional, mas também é motivo de orgulho dos catarinenses. Todos nós precisamos, de fato, venerar isso. Que esta sessão solene, que está sendo transmitida para o Brasil inteiro, sirva também de exemplo de momentos extraordinários para as Câmaras de Vereadores e para a Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Que tenha repercussão esta justa homenagem aos 49 anos dessa importante empresa, que vai fazer 50 anos no ano que vem. Cumprimento todos os senhores de forma simples e rápida. Com a compreensão do Deputado Mauro Benevides, informo que às 11h, na TV Câmara, haverá um debate com o Presidente do Sistema Brasileiro de Defesa da Concorrência. Na Comissão Especial, da qual fui Presidente, foi discutida a reformulação desse sistema. Precisei adiantar minha fala aqui de forma simples. Deixo um abraço a todos, em nome da nossa bancada de Santa Catarina, em nome da bancada do Partido dos Trabalhadores no Congresso Nacional, e, com certeza, em nome do Presidente Lula. S.Exa., que teve a oportunidade de fazer um curso técnico e hoje é um Presidente muito empreendedor, gostaria de estar aqui também, neste momento, prestando homenagem à família WEG, que é muito grande. Parabéns a todos. Continuem assim por muitos anos. Santa Catarina, o Brasil e o mundo, como enfatizou o Deputado Paulo Bauer, precisam muito dos senhores, em relação ao que agregam de conhecimento, de tecnologia e de capacidade produtiva extraordinária. Essa empresa é um orgulho para nós. Muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (João Pizzolatti) – Obrigado, Deputado Vignatti. O SR. PRESIDENTE (João Pizzolatti) – Como a Mesa prestigia as mulheres, e a WEG tem esse sentimento também, passarei a palavra à Deputada Angela Amin. Antes, registro a presença da Sra. Erica Beck Voigt, Primeira-Dama do Município de Schroeder; da Sra. Tânia Maria Zoz, Secretária Executiva da Prefeitura de Schroeder; da Sra. Cristiane Voigt, Auxiliar de Escritório, também do Município de Schroeder; do Sr. Marco Aurélio Pereira, Assessor da WEG; dos Srs. Jailson Angeli, Artur Campos e Fernando Parizotto, jornalistas da Rádio 105 FM, do nosso amigo Antídio Aleixo Lunelli, que está acompanhando este trabalho de homenagem à indústria WEG. Julho de 2010 O SR. PRESIDENTE (João Pizzolatti) – Tem a palavra, pela ordem, a Deputada Angela Amin. A SRA. ANGELA AMIN (PP – SC. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, demais assessores da Casa, imprensa, registro meu abraço afetuoso ao Sr. Werner Ricardo Voigt, que deu os primeiros passos para a fundação dessa grande empresa; ao Sr. Fredolin Voigt, Gerente de Produção da WEG; ao Sr. Felipe Voigt, Prefeito de Schroeder, sobrinho do Sr. Werner. No próximo dia 16 de setembro, a WEG completará 49 anos. Inicia-se nessa data o período alusivo aos seus primeiros 50 anos de existência, uma vez que começou suas atividades em 16 de setembro de 1961. Hoje, com muito orgulho, como catarinense, quero me congratular com todos os colaboradores da empresa, assinalando as seguintes singularidades da WEG: 1 – Nas escolas do nosso Estado, especialmente de engenharia e de administração, aprendemos que a palavra WEG – caminho, em alemão – representa as iniciais dos nomes dos 3 empreendedores que iniciaram a realização deste sonho: Werner Ricardo Voigt, Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus, que já nos deixou. Mais do que isso, representa a sinergia de talentos que se complementaram para formar um verdadeiro ícone do empreendedorismo de Santa Catarina. 2 – Verdadeira multinacional do Brasil catarinense, a WEG é líder em seus produtos, processos e métodos de gestão. 3 – A WEG forjou uma espécie diferente e solidária de capitalismo naquilo que podemos chamar de “na alegria e na tristeza” (parodiando a frase que é dita num casamento). Na crise econômica de 1982, em vez de promover demissões, estabeleceu, pelo diálogo e pelo entendimento com seus colaboradores, redução de jornada de trabalho, de forma a evitar desemprego e dispersão de seu patrimônio mais importante: as pessoas, suas famílias e seus valores, seus sonhos e projetos de vida. Fez uma grande investidura no seu capital humano. Realizou um grande programa de investimento, preparando esse capital humano para o momento da retomada do desenvolvimento. 4 – A WEG contribui para que Jaraguá do Sul seja uma cidade diferente. Acredito que não existe no mundo outra cidade com menos de 200 mil habitantes (cerca de 170 mil, para Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ser mais exata) que seja sede, no sentido pleno da palavra – compreendendo cérebro e cultura empresarial – , de tantas empresas de marca local e atuação nacional e internacional. Como lembram sempre seus filhos – menciono o nome dos empresários Dieter Janssen e Udo Wagner – , Jaraguá do Sul incorpora as lições da WEG e de empresas como Malwee, Marisol, Duas Rodas, Kholbach, Menegotti, Colcci, Lunender, Marcatto, Chocoleite e tantas outras, para oferecer ao Brasil uma constelação que brilha e serve de exemplo. Por tudo isso, parabenizo a WEG, seus colaboradores e dirigentes, que nesta solenidade são representados pelo Sr. Werner Voigt, pelo Sr. Fredolin Voigt, pelo Sr. Felipe Voigt, sobrinho do Sr. Werner, que hoje mostra sua competência na cidade vizinha de Schroeder. Desejo que tenham, com seu exemplo, com sua capacidade de trabalho e com sua inteligência, muitos anos de vida e de sucesso. Muito obrigada. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (João Pizzolatti) – Concedo a palavra ao Deputado Paulo Bornhausen, representante do Democratas. O SR. PAULO BORNHAUSEN (DEM – SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado João Pizzolatti, cumprimento V.Exa. pela iniciativa de realizar na Casa do povo brasileiro sessão de homenagem mais do que merecida à WEG Equipamentos Elétricos S/A. A história dessa empresa se confunde com a história de Santa Catarina. Cumprimento seus fundadores, Sr. Werner, Sr. Egon e nosso querido amigo Geraldo, que não está mais entre nós, mas permeia o espírito dessa grande empresa catarinense, que nos orgulha a todos. Temos oportunidade, às vezes, de viajar mundo afora e encontrar a marca tradicional da WEG na Índia, na China, em qualquer lugar. É um orgulho para todos os catarinenses. Cumprimento os Deputados que me antecederam, Vignatti, Paulo Bauer, Angela Amin (S.Exa. está sentada na cadeira da Liderança do Democratas, o que muito me honra), Celso Maldaner, membros da bancada de Santa Catarina; o Sr. Werner e todos os colaboradores da WEG. Quarenta e nove anos passam muito rápido. A história a WEG, como eu já disse, mistura-se com a história de Santa Catarina. Mas ela traz no seu bojo, com a sua pujança, a marca dos catarinenses, dos colonizadores, daqueles que vieram de fora, dos filhos de Quarta-feira 7 31785 colonizadores que resolveram empreender no Brasil. O espírito do empreendedorismo é a marca da WEG. A empresa foi instalada em Jaraguá do Sul, uma das cidades mais pujantes do Brasil. Talvez sirva de modelo, em termos de qualidade de vida, de emprego e de empreendedorismo. A WEG é o grande motor do desenvolvimento de uma região importantíssima e de um Estado que se destaca. Santa Catarina tem a marca do empreendedorismo. Portanto, quero dizer à família WEG, a todos aqueles que estão na empresa no dia a dia, a todos aqueles que a constroem – são milhares em todo o Brasil e no mundo – que temos orgulho dessa empresa, porque é um exemplo da livre iniciativa, que tantas vezes é combatida e mal entendida. Empresários são amigos de seus colaboradores, e há geração de emprego. Essa é a forma de promover o social. Quem gera emprego é a iniciativa privada. A WEG, que oferece milhares de empregos a catarinenses, brasileiros e pessoas de tantas outras nacionalidades, faz com que nos enchamos de orgulho. Da tribuna da Câmara dos Deputados, parabenizamos a empresa pelos seus 49 anos. É pouco. Queremos colocar mais um zero no número 49, porque essa é uma daquelas empresas que vieram para ficar por muito tempo. O espírito dos seus fundadores e colaboradores é que faz com que ela continue sendo o que é. Por isso, a presença de um de seus fundadores, Deputado João Pizzolatti, é uma homenagem a toda Santa Catarina. Não é apenas à WEG, mas ao espírito catarinense. Se o termo “catarinense empreendedor” tivesse um sinônimo, seria WEG. Deixo o meu abraço também aos Srs. Paulo Konder Bornhausen e Antônio Carlos Konder Reis, que foram conselheiros dessa empresa. No início de suas atividades, tiveram participação muito grande nas funções que ocuparam, acreditando que era possível construir em uma cidade pequena, na época, chamada Jaraguá do Sul, essa potência que é hoje a WEG, graças ao trabalho dos seus fundadores e colaboradores. Meus parabéns e muito sucesso! (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (João Pizzolatti) – Obrigado, Deputado Paulo Bornhausen. O SR. PRESIDENTE (João Pizzolatti) – Passo a palavra pela ordem a mais um catarinense, o Deputado Celso Maldaner. O SR. CELSO MALDANER (Bloco/PMDB – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente João Pizzolatti, cumprimento V.Exa., o Prefeito de Schroeder, Felipe Voigt, o Sr. Werner Voigt, o Sr. Fredolin Voigt e os demais presentes. 31786 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sras. e Srs. Deputados, com muita satisfação e alegria, estamos aqui comemorando os 49 anos da WEG Equipamentos Elétricos S/A. O caminho do sucesso empresarial de Werner Ricardo Voigt, Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus, in memoriam, começou em 16 de setembro de 1961, quando os 3 fundaram a Eletromotores Jaraguá. Tenho dito muitas vezes, na tribuna da Casa, caros colegas Parlamentares, nobres visitantes e homenageados, que sinto muito orgulho de ser catarinense. Poderia falar de tantos indicadores, de tantas maravilhas que temos na nossa Santa Catarina! Mas hoje estou aqui para falar do Grupo WEG. É um orgulho para os catarinenses e para os brasileiros. Anos mais tarde, a empresa criada por um eletricista, um administrador e um mecânico viria a ganhar uma nova razão social: Eletromotores WEG S/A. O nome é a feliz junção das iniciais dos 3 fundadores. A trajetória da empresa ao longo desses anos é marcada pelo êxito. Maior fabricante latino-americana de motores elétricos e uma das maiores do mundo, a WEG atua nas áreas de comando e proteção, variação de velocidade, automação de processos industriais, geração e distribuição de energia e tintas e vernizes industriais. A produção se concentra em 8 parques fabris localizados no Brasil (Guaramirim, Blumenau, São Bernardo, Manaus, Gravataí, Hortolândia e 2 em Jaraguá do Sul, sede da empresa), 3 na Argentina, 2 no México, 1 na China e 1 em Portugal. Produzindo inicialmente motores elétricos, a WEG começou a ampliar suas atividades a partir da década de 80, com a produção de componentes eletroeletrônicos, produtos para automação industrial, transformadores de força e distribuição, tintas líquidas e em pó e vernizes eletroisolantes. Cada vez mais a empresa está se consolidando não só como fabricante de motores, mas como fornecedora de sistemas elétricos industriais completos. No último mês de junho a WEG anunciou a aquisição da Instrutech, empresa de sensores eletrônicos para automação industrial, comercial e de proteção humana. Com a compra, a fabricante de motores elétricos vai ampliar o seu portfólio, adicionando produtos de elevado valor agregado e que não eram anteriormente oferecidos. A Instrutech é uma empresa de controle familiar, fundada em 1985. Possui uma unidade na Capital paulista. Em 2009, obteve faturamento bruto de aproximadamente R$10 milhões. Essa é a terceira aquisi- Julho de 2010 ção da WEG, em menos de 1 mês. No fim de maio a empresa anunciou a aquisição do controle acionário da ZEST, da África do Sul, e do controle total da mexicana Voltran. Em maio a companhia anunciou ao mercado a aquisição do controle acionário de 2 companhias. Com 51% do ZEST Group, com sede na África do Sul, a fabricante de motores elétricos marca entrada no continente africano. Já o controle de 60% da fabricante de transformadores Voltran, no México, vai permitir à empresa reforçar a atuação no mercado energético dos Estados Unidos. A WEG se considera uma empresa conservadora, de passos cautelosos, mas apesar disso tem desbravado mercados no mundo todo e deixado um rastro de competência por onde passa. A WEG é um orgulho para Santa Catarina e para o Brasil. Parabéns por essa grande história. Com justiça e muito orgulho, estamos prestigiando-a. Muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (João Pizzolatti) – Passo a palavra ao Deputado Mauro Benevides, para falar em nome do PMDB. O SR. MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nobre Deputado João Pizzolatti, cujo discurso tive o privilégio de ouvir pela Rádio Câmara, enquanto me deslocava do aeroporto para chegar a este plenário e poder defrontar-me com a extremamente brilhante bancada de Santa Catarina, que hoje dá uma demonstração exuberante da sua unidade, sobretudo no reconhecimento à WEG pela extraordinária obra que realiza em Santa Catarina. Naturalmente, a iniciativa é de largo porte, em termos de empreendedorismo, levando, portanto, a bancada de Santa Catarina, com o apoio do Plenário, a dar suporte ao requerimento de V.Exa., transformando esta sessão solene no autêntico reconhecimento do Parlamento brasileiro à obra que a WEG realiza naquele Estado sulino. Realmente é uma obra notável, que contribui para o desenvolvimento e o bem‑estar daquela região e do próprio povo brasileiro. Quero saudar os demais membros da Mesa: o Sr. Werner Ricardo Voigt, um dos fundadores da WEG; o Sr. Felipe Voigt, Prefeito Municipal de Schroeder, Santa Catarina; e o Sr. Fredolin Voigt, Gerente de Produção da WEG. Sr. Presidente, ouvi todos os que discursaram neste plenário: V.Exa., a quem já me referi, o Deputado Paulo Bauer, o Deputado Vignatti, a Deputada Angela Amin, o Líder Paulo Bornhausen e, agora, o meu Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS companheiro Celso Maldaner, a quem cumprimentei há pouco, dizendo que, se representava sobretudo o povo de Santa Catarina, poderia tê-lo feito também em relação ao nosso partido, já que ele e eu integramos a mesma sigla e a mesma legenda de um partido que tem, como os demais, uma folha de serviços inestimáveis prestados à reconstrução do Estado Democrático em nosso País. Refiro-me ao PMDB. Portanto, homenageio o colega que acaba de deixar a tribuna. S.Exa. poderia também, se assim o quisesse, ter falado em nome da Liderança, mas preferiu falar naquele momento como líder catarinense que é, cujo irmão foi Senador da República comigo, no tempo em que pertenci à outra Casa. S.Exa. pretendeu que eu mesmo fizesse a representação da nossa bancada, sobretudo do nosso Líder Henrique Eduardo Alves, que não pôde chegar a tempo de participar deste acontecimento. Sr. Presidente, é enorme a satisfação da Liderança do PMDB em participar desta sessão solene na Câmara dos Deputados, que tem como propósito primordial o reconhecimento dos esforços empenhados ao longo de 49 anos pelo Grupo WEG na busca de fomentação da indústria nacional. Não faltam, aliás, desafios aos quais o Brasil tem de dar resposta nos próximos anos – uns de natureza mais imediata, outros com características mais estruturais. Inúmeros são, portanto, tais desafios, mas o objetivo é único: combater a desigualdade social. Uma democracia que permite o enraizamento de uma sociedade cada vez mais desigual e assimétrica contribui para o seu próprio enfraquecimento, para a inevitável derrocada. Com efeito, a pobreza, o desemprego e a exclusão social podem colocar em risco a saúde do próprio regime democrático. Portanto, a colocação na agenda política do combate à desigualdade leva-nos a priorizar o desenvolvimento de negócios que criem empregos e riqueza na economia nacional, potencializando a capacidade das comunidades locais. Sr. Presidente João Pizzolatti, senhoras e senhores convidados, eminentes colegas que compõem o Plenário da Câmara dos Deputados, quando falo em desigualdade regional, remeto meu pensamento ao grande debate aqui travado em 1987 e em 1988, quando se reunia a Assembleia Nacional Constituinte, que tinha como figura verdadeiramente estelar aquele homem que, abnegadamente, de forma destemerosa, levou a cabo a grande luta em favor da normalização institucional do País. Refiro-me à inesquecível figura de um homem cujo nome pronuncio neste instante com profunda emoção, o grande brasileiro Ulysses Quarta-feira 7 31787 Guimarães, que tinha assento nessa mesma cadeira, Sr. Presidente João Pizzolatti. Parece que ainda ouço aquela voz tonitruante – os Constituintes da época poderão recordar-se disso também – de Ulysses Guimarães, concitando a todos nós, Parlamentares, a exercitarmos o direito de voto e votarmos proposições importantes, inclusive essa referente à nossa contribuição ao texto da Lei Maior brasileira e aqueles dispositivos que podiam significar o combate às desigualdades que separam as áreas geográficas do País. Portanto, o item “desigualdade” a que nos reportamos neste discurso sempre esteve presente na Casa, sobretudo no momento em que se elaborava aquele importante documento, que passou a ser o balizador das atividades políticas, econômicas, sociais e culturais do nosso País. É evidente que todos nós queremos o Brasil crescendo ainda mais e continuando a ampliar a sua produtividade. Mas também é manifesto que a nossa Pátria precisa redistribuir melhor as suas riquezas. Deve, por isso, continuar – e acelerar, se possível – o processo de transição de um modelo de desenvolvimento assentado exclusivamente em parâmetros econômicos para um modelo cuja estrutura melhore a vida das pessoas (o que chamamos de desenvolvimento humano), das pessoas em conjunto (desenvolvimento social), das que estão vivas hoje e daquelas que desfrutarão do futuro (desenvolvimento sustentável). Esse modelo, Sr. Presidente, remete-nos inevitavelmente às noções de empreendedorismo, o qual designa um conjunto de atividades dedicadas à geração de riquezas, seja na transformação de conhecimentos em produtos ou serviços, seja na geração do próprio conhecimento, seja na inovação em áreas como produção, organização, gestão, entre outras. O empreendedor é exatamente o agente do processo tão cobrado hodiernamente pela modernidade das nações; é o impulso fundamental que aciona e mantém acelerado o desenvolvimento das sociedades, gerando constantemente novas oportunidades, bem assim novos produtos, formas de comercialização e novos mercados. Sr. Presidente, vou concluir o meu discurso. Quero apenas a flexibilidade regimental que V.Exa. vai conceder talvez a este Parlamentar que, no contexto do Congresso Nacional, detém o maior número de mandatos. Não quero dizer que estou evocando outra norma legal, mas entendo a compreensão de V.Exa. Sei que, no exercício da Presidência, V.Exa. é um fiel cumpridor do Regimento. 31788 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Como eu dizia, por sempre procurar o novo, o empreendedor avança em virtude das descobertas que propicia, revolucionando a estrutura econômica e modificando-a permanentemente. São profissionais inquietos, que tangenciam as regras, correm atrás dos seus sonhos e sabem reconhecer as oportunidades, transformando-as em realidade palpitante. A história de países que atingiram o desenvolvimento está repleta de exemplos de empreendedores que, utilizando a intuição e a coragem de assumir riscos, transformaram seus sonhos em realidade. Uma realidade em forma de empreendimento, que, sem dúvida, é uma extrapolação de suas vidas. O Grupo WEG é um desses belos exemplos. É um desses paradigmas de empreendedores de êxito, de sucesso de mercado que movimenta a economia, ensejando riquezas. É um exemplo de que mudar o mundo é o sonho e a jornada de toda uma vida para muitas pessoas que simplesmente não conseguem aceitar as coisas como elas se apresentam. É um exemplo daqueles que não abrem mão de se projetarem como agentes de transformação social. Sr. Presidente, Srs. Deputados, senhores convidados, a trajetória da WEG aponta para ideias fundamentais, capazes de melhorar a vida das pessoas, gerando riqueza e, consequentemente, níveis de bem-estar compatíveis com uma sociedade próspera e fraterna. Por tudo isso – falo em nome da Liderança do PMDB – , a WEG merece a homenagem desta Casa, integrada por 513 Parlamentares, todos convictos de que a empresa é um instrumento que propicia o desenvolvimento econômico e o bem-estar do povo brasileiro. Muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (João Pizzolatti) – Obrigado, Deputado Mauro Benevides. Registro a presença do ex-Deputado Artenir Werner, do Vale do Itajaí, que muito nos honra. O SR. PRESIDENTE (João Pizzoalatti) – Passo a palavra ao Deputado Roberto Britto, que falará pelo Partido Progressista. O SR. ROBERTO BRITTO (PP – BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, senhoras e senhores convidados, senhores diretores da empresa WEG, senhoras e senhores presentes, é com muita alegria que trazemos hoje a palavra do Partido Progressista à homenagem aos 49 anos de fundação da WEG Equipamentos Elétricos S/A, uma das mais importantes empresas do ramo no Brasil e no mundo. Julho de 2010 Fundada em 16 de setembro de 1961, fruto do idealismo e da persistência de Werner Ricardo Voigt, Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus, a empresa é o melhor exemplo daquilo que se convencionou chamar de “o Brasil que dá certo”. Ou seja, é o resultado de determinação pessoal, competência profissional e visão empresarial. Nascida como a pequena Eletromotores Jaraguá, no Estado de Santa Catarina, nossa homenageada percorreu quase 5 décadas até atingir a posição atual: maior fabricante latino-americana de motores elétricos, uma das maiores do mundo, atuando nas áreas de comando e proteção, variação de velocidade, automação de processos industriais, geração e distribuição de energia, tintas e vernizes industriais. Não podemos esquecer, Sr. Presidente, Deputado João Pizzolatti, grande Líder do Partido Progressista, que, nascida do entusiasmo de um mecânico, um eletricista e um administrador, a WEG foi, desde sempre, um desafio para os seus próprios criadores. Hoje, quando a sede de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, administra 8 parques fabris no Brasil, 3 na Argentina, 2 no México, 1 em Portugal e 1 na China, constata-se a perfeita combinação entre capacidade de trabalho e descortino empresarial, responsáveis por um crescimento inédito na cena brasileira. Tudo começou com a produção de motores elétricos, até que, na década de 80, teve início um vigoroso processo de ampliação. As linhas de produção passaram a incluir componentes eletroeletrônicos, produtos para automação industrial, transformadores de força e distribuição, tintas líquidas e em pó e vernizes eletroisolantes. Nessa medida, a empresa consolidou-se não só como fabricante de motores, mas também como fornecedora de sistemas elétricos industriais completos. É um feito notável, Sr. Presidente, que merece respeito e divulgação. Trata-se de uma trajetória meritória e exemplar, que deve incentivar tantos jovens empreendedores que se lançam no mercado do Brasil. Não se trata apenas de números a balizar todo esse sucesso, mas, sobretudo, de valores que garantem o crescimento constante, o aperfeiçoamento e a credibilidade nacional e internacional. Não temos dúvidas de que o percurso da WEG se deve à preconização de valores maiores, como o incentivo permanente aos recursos humanos, não apenas no sentido da reciclagem e do aperfeiçoamento, mas também do respeito à contribuição individual e ao trabalho em equipe, essenciais à integração de Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS todos e à dedicação dos funcionários e da direção da empresa. Prioriza-se, por outro lado, a meta da eficiência, com a devida mediação da flexibilidade, que torna a empresa capaz de se ajustar rapidamente às conjunturas sem perder a capacidade e a qualidade da produção. Trata-se, finalmente, de buscar a liderança no mercado, mediante a credibilidade e a prontidão no atendimento, e também o espírito de inovação, que garante a fidelidade dos compradores em 5 décadas de atuação. Uma empresa que mais que dobra seu faturamento em apenas 5 anos e que amplia, no mesmo período, em 35% seu quadro de funcionários, além de apresentar uma consistente política de caráter ambiental, é, sem dúvida alguma, motivo de orgulho não só para Santa Catarina, mas para todo o País. Por outro lado, Sr. Presidente, não temos dúvida em afirmar que não há êxito real em termos de produtividade sem que se invista em capital humano, seja por meio da implantação de política de saúde e prevenção de acidentes de trabalho, seja por meio da capacitação profissional constante, seja por meio de uma política de integração verdadeira, em que todos vistam a camisa da empresa e se sintam incluídos no seu processo. Cito as palavras de um dos fundadores, Eggon João da Silva: “Se faltam máquinas, você pode comprálas; se não há dinheiro, você toma emprestado; mas homens você não pode comprar nem pedir emprestado; e homens motivados por uma ideia são a base do êxito.” Nossos mais sinceros cumprimentos à WEG Equipamentos Elétricos, na pessoa de seu ilustres fundador, que aqui se encontra, dos diretores e funcionários presentes. Desejamos que mais 49 anos de progresso se anunciem, para benefício da indústria brasileira e do Brasil. Nesta oportunidade, parabenizo o Deputado João Pizzolatti pela iniciativa de realizar esta brilhante sessão solene em homenagem a uma das mais importantes empresas brasileiras do setor. Sr. Werner, baiano que sou, só tenho de agradecer-lhe e fazer-lhe um convite para que a WEG seja implantada na Bahia. Tenhamos também a WEG baiana. Muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (João Pizzolatti ) – Obrigado, Deputado Roberto Britto. Quarta-feira 7 31789 Como é prazeroso ouvir um baiano falando os nomes alemães! A condição para a WEG ir para a Bahia é fazer curso de alemão, para que haja uma relação mais próxima. (Risos.) O SR. PRESIDENTE (João Pizzolatti) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Paes Landim, que falará pelo PTB. O SR. PAES LANDIM (PTB – PI.) – Sr. Presidente desta sessão e também autor do requerimento para realização desta justa homenagem, Deputado João Pizzolatti; Sr. Werner Voigt; Sr. Felipe Voigt, Prefeito Municipal de Schroeder, Santa Catarina; Sr. Fredolin Voigt, Gerente de Produção da WEG Equipamentos Elétricos S/A; Sras. e Srs. Deputados; minhas senhores, meus senhores: é uma pena que o Partido Trabalhista Brasileiro não tenha nenhum representante em Santa Catarina, que poderia aqui representar muito melhor o partido para expor o orgulho dos catarinenses com uma empresa multinacional desse porte. A WEG Equipamentos Elétricos, cuja sigla inicial reproduz exatamente o nome de seus fundadores – Werner Voigt, Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus – , é o grande orgulho de Santa Catarina, mostrando a importância que foi a presença alemã no Sul do Brasil, enriquecendo culturalmente a região, sobretudo pela capacidade de trabalho e o know-how que essas tradicionais famílias alemãs trouxeram. De certa maneira, mostra o espírito de associação com os brasileiros a constituição de uma empresa desse porte. Fui professor de Direito Comercial na Universidade de Brasília por muitos anos. Recordo que gostava de citar como o setor elétrico privado foi pioneiro na implantação do setor elétrico no Brasil. A Light and Power Company, que chegou ao Rio de Janeiro no final do século XIX, lançou aqui obrigações para captar recursos – as chamadas debêntures e obrigações; os bonds ingleses. De certa maneira, nós, estudantes do Rio de Janeiro, andávamos de bonde. O bond era exatamente aquela obrigação, aquela debênture emitida pela Light. Mas aquele transporte elétrico realmente foi o transporte mais democrático e de melhor qualidade que já se viu no Rio de Janeiro. Até porque era energia limpa que os bondes traziam consigo na sua movimentação, na sua mobilidade. Na cidade do Rio de Janeiro, pelos ideais do Presidente Vargas, fundador do Partido Trabalhista Brasileiro, foi criada a ELETROBRAS. A empresa foi criada como instrumento de coordenação das políticas públicas do Governo brasileiro e não como monopólio 31790 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS estatal da eletricidade neste País. Mas muitos assim pensaram. Não sei até que ponto as nacionalizações e estatizações de empresas no Brasil retardaram ou não o impulso energético do País. Recordo-me de 2 empresas do setor elétrico nacional: a CEPISA, no meu Estado, o Piauí; e a CEMAR, no Maranhão. Uma foi privatizada e a outra continua estatal. Só que, quanto ao grande Programa Luz para Todos, lançado pelo Presidente Lula, enquanto o Maranhão cumpriu todas as metas do setor com a empresa privada, nós ainda não cumprimos a nossa meta. E mais: o custo das licitações da empresa privada, no Maranhão, é muito menor do que o custo das licitações da empresa do setor público, no Piauí, onde a empresa tem gargalos terríveis e deficiências imensas no seu funcionamento, deixando às vezes sem energia cidades-chaves, como Parnaíba, Corrente e outras do sistema do Estado. Talvez isso não acontecesse se estivesse lá uma WEG. Portanto, sinto-me muito orgulhoso. Sou defensor da livre iniciativa. Estou no Congresso Nacional desde a Constituinte, sempre batendo pela importância da livre iniciativa, até como garantia das instituições democráticas. Não podemos esquecer que foi no regime autoritário que mais se pensou em estatização no Brasil, o que mostra que livre iniciativa e democracia são 2 figuras que se associam sempre na manutenção das liberdades individuais, políticas, públicas, sociais e, sobretudo, da liberdade de trabalho e de empreendimento em nosso País. A WEG, portanto, é resultado da saga desses empreendedores, que construíram uma empresa sozinhos, com um projeto predestinado a ter sucesso, uma vez que, na composição da empresa, se, por um lado, o Sr. Werner tinha uma grande experiência, até por sua competência, no setor elétrico, por outro, havia também mecânicos. Foi uma empresa que construiu seu próprio mundo, com sacrifício próprio, e hoje invade a América do Sul, a própria Ásia, a China, a Europa. Isso, realmente, é um orgulho para Santa Catarina e para o Brasil. Como defensor da livre iniciativa e um apaixonado pelo tema, quando fui professor de Direito Comercial da Universidade de Brasília, sempre defendi a presença da livre iniciativa como instrumento necessário até para que o País, realmente, adentrasse na plenitude democrática. Não posso deixar de me orgulhar com essa grande empresa e de parabenizá-la pelo seu sucesso, sobretudo porque esse sucesso é a demonstração da pujança do setor privado, do setor elétrico do nosso Julho de 2010 País. Até porque, Sr. Presidente, a WEG é a maior fabricante de motor elétrico do mundo! Muito obrigado. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (João Pizzolatti) – Obrigado, Deputado Paes Landim. O SR. PRESIDENTE (João Pizzolatti) – Concedo a palavra ao Deputado Sandro Mabel, que falará pelo PR. O SR. SANDRO MABEL (PR – GO. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nossa homenageada, a WEG Equipamentos Elétricos, é uma das maiores empresas do setor no Brasil. Seus produtos são sinônimo de qualidade e durabilidade. WEG é marca de referência em todo o território nacional e também no estrangeiro. É evidente que por trás desse sucesso todo está o desenvolvimento de um trabalho sério, honesto, continuado e competente. Os executivos e os funcionários da WEG são trabalhadores do mais alto gabarito. Prova disso é a longa trajetória de existência da empresa. No mundo da competitividade global, permanecer no mercado é sinal de qualidade; permanecer por tanto tempo demonstra o nível de excelência que atingiram os produtos com a marca WEG. Esse patamar invejável está lastreado na obsessiva busca de um padrão de alto nível de confecção dos produtos finais da empresa. Isso só é possível, porém, em virtude da cultura organizacional que norteia a filosofia de trabalho da WEG. Esses valores, que vêm sendo cristalizados ao longo dos anos, podem ser resumidos nas qualidades que relatarei a seguir, conforme amplamente divulgado pela própria empresa. E o mais importante: tais valores são corroborados pelos milhares de clientes que são atendidos, e muito bem atendidos, pelos servidores da WEG Equipamentos Elétricos. Que valores são esses? Vamos lá: Companhia humana. A WEG valoriza cada contribuição individual para o seu sucesso, motivando as pessoas por meio da integridade, ética e apoio constante para o desenvolvimento pessoal. Trabalho em equipe. Trabalhando em equipe, a WEG reúne o melhor do conhecimento, inteligência e habilidade para aprimorar constantemente o trabalho e beneficiar seus clientes. Eficiência. Todo dia a WEG trabalha para tornar as coisas melhores. Todos os produtos, processos e desenvolvimentos são guiados pelo aumento na eficiência. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Flexibilidade. A WEG sempre irá desenvolver novas maneiras eficientes de responder a situações de mudança e atender às necessidades de seus clientes. Inovação. Novas ideias e tecnologias garantem a existência da companhia. É por isso que a empresa encoraja as pessoas a pensarem além do hoje, criando um clima para isso. Liderança. A WEG quer ser referência no relacionamento com clientes. Sr. Presidente, esses valores, compartilhados entre a alta direção da empresa e seus funcionários, são a coluna mestra que sustenta o edifício da empresa WEG Equipamentos Elétricos. Esse credo pode ser sintetizado numa única palavra: comprometimento. O que explica a longevidade da WEG, a não ser o compromisso de oferecer ética e responsavelmente produtos que fidelizem seus usuários e clientes? O que poderia tornar a WEG uma das maiores empresas nacionais de reconhecida eficiência não apenas econômica, mas de extrema responsabilidade socioambiental, a não ser o comprometimento com o País? Que outra coisa, a não ser o compromisso com os valores humanitários, que são perenes, daria conta de revelar que, no palco da acirrada concorrência, a WEG recebe calorosos aplausos, porque constrói sabiamente nos bastidores sólidos laços de respeito e estímulo ao fim último do homem: o crescimento pessoal e coletivo. Senhoras e senhores, o caminho do sucesso de Werner Ricardo Voigt, Eggon João da Silva e Geraldo Werninghaus, os heroicos empreendedores que originaram a WEG Equipamentos Elétricos, começou em 16 de setembro de 1961, quando os 3 fundaram a Eletromotores Jaraguá. A formação profissional dos 3 fundadores – um mecânico, um administrador e um eletricista – revela o espírito de equipe, de complementação individual em favor da coletividade, de procura constante de novas vertentes de desenvolvimento empresarial que caracterizam a WEG. Essas qualidades certamente irão levar a empresa a novas e constantes conquistas. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (João Pizzolatti) – Manifesto a minha honra, o meu prazer especial em promover, juntamente com os demais Parlamentares, esta homenagem ao Grupo WEG, estando presente um dos seus fundadores. Quarta-feira 7 31791 A WEG representa, de fato, os catarinenses. Ela tem o perfil daquela gente. A empresa origina-se de descendentes de alemães que vieram para o Brasil. Os alemães, os italianos que vieram para cá após a Revolução Industrial conseguiram transformar Santa Catarina em um Estado altamente produtivo, buscando, acima de tudo, qualidade social, qualidade de vida para o povo catarinense, gerando emprego, renda e conforto para nossa gente. Em nome do meu partido, acompanhado pela Deputada Angela Amin e pelo Deputado Roberto Britto, parabenizo a WEG pelos 49 anos, desejando-lhe mais centenas de anos de sucesso, trabalho e, acima de tudo, responsabilidade social. A responsabilidade social da WEG é demonstrada, por exemplo, na construção de uma escola de capacitação técnica no Município de Schroeder. Por iniciativa dela talvez se promova a obra mais importante da administração do Prefeito Municipal Felipe Voigt, que é a capacitação do nosso jovem, do nosso trabalhador, dando-lhe, de fato, condições de ter emprego e, em consequência, oferecer conforto à família. A WEG, hoje, oferece em torno de 200 vagas por dia. Se há gente capacitada, há emprego. Isso significa que a empresa está crescendo, está aumentando seu faturamento, está conseguindo entrar no mercado mundial, mostrando sua condição de alta competitividade. Querido amigo Werner, em nome do Congresso Nacional, especialmente da Câmara dos Deputados e do Presidente Michel Temer, deixo nosso abraço a toda a família WEG, a todos os colaboradores, a todos os funcionários, às pessoas que, de fato, ajudam a construir essa obra tão importante para o povo brasileiro. Informo a todos que esta sessão solene será transmitida hoje, às 23h, pela TV Câmara. Antes de encerrar os trabalhos, convido os presentes a ouvirem, por sugestão da Secretaria-Geral da Mesa, a Canção La Paloma, na voz de João Paulo e Daniel. (É reproduzida a Canção La Paloma.) V – ENCERRAMENTO O SR. PRESIDENTE (João Pizzolatti) – Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão. O SR. PRESIDENTE (João Pizzolatti) – Está encerrada a sessão. (Encerra-se a sessão às 11 horas e 45 minutos.) Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31792 Ata da 157ª Sessão, em 6 de julho de 2010 Presidência dos Srs. Michel Temer, Presidente; Marco Maia, 1º Vice-Presidente; Marcelo Ortiz, 1º Suplente de Secretário; Manato, Paes de Lira, Rômulo Gouveia, Efraim Filho, Lobbe Neto, § 2º do artigo 18 do Regimento Interno ÀS 14 HORAS COMPARECEM À CASA OS SRS.: Marco Maia Rafael Guerra Marcelo Ortiz Partido Bloco RORAIMA Edio Lopes PMDB PmdbPtc Marcio Junqueira DEM Urzeni Rocha PSDB Presentes Roraima: 3 AMAPÁ Janete Capiberibe PSB PsbPCdoBPmnPrb Presentes Amapá: 1 PARÁ Gerson Peres PP Zé Geraldo PT Zenaldo Coutinho PSDB Presentes Pará: 3 AMAZONAS Lupércio Ramos PMDB PmdbPtc Rebecca Garcia PP Silas Câmara PSC Vanessa Grazziotin PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Presentes Amazonas: 4 RONDONIA Anselmo de Jesus PT Moreira Mendes PPS Presentes Rondonia: 2 ACRE Nilson Mourão PT Presentes Acre: 1 TOCANTINS Junior Marzola DEM Lázaro Botelho PP Osvaldo Reis PMDB PmdbPtc Presentes Tocantins: 3 MARANHÃO Carlos Brandão PSDB Davi Alves Silva Júnior PR Domingos Dutra PT Pedro Fernandes PTB Sarney Filho PV Presentes Maranhão: 5 CEARÁ Ariosto Holanda PSB PsbPCdoBPmnPrb Mauro Benevides PMDB PmdbPtc Presentes Ceará: 2 PIAUÍ Júlio Cesar DEM Marcelo Castro PMDB PmdbPtc Paes Landim PTB Themístocles Sampaio PMDB PmdbPtc Presentes Piauí: 4 RIO GRANDE DO NORTE Felipe Maia DEM Rogério Marinho PSDB Presentes Rio Grande do Norte: 2 PARAÍBA Armando Abílio PTB Damião Feliciano PDT Efraim Filho DEM Luiz Couto PT Presentes Paraíba: 4 PERNAMBUCO Fernando Ferro PT Roberto Magalhães DEM Silvio Costa PTB Presentes Pernambuco: 3 ALAGOAS Antonio Carlos Chamariz PTB Presentes Alagoas: 1 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS SERGIPE Jackson Barreto PMDB PmdbPtc Jerônimo Reis DEM Presentes Sergipe: 2 BAHIA Claudio Cajado DEM Daniel Almeida PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Edson Duarte PV Fábio Souto DEM João Almeida PSDB João Carlos Bacelar PR João Leão PP Jorge Khoury DEM José Rocha PR Luiz Carreira DEM Márcio Marinho PRB PsbPCdoBPmnPrb Paulo Magalhães DEM Roberto Britto PP Severiano Alves PMDB PmdbPtc Walter Pinheiro PT Zezéu Ribeiro PT Presentes Bahia: 16 MINAS GERAIS Ademir Camilo PDT Eduardo Barbosa PSDB Geraldo Thadeu PPS Gilmar Machado PT Humberto Souto PPS Luiz Fernando Faria PP Márcio Reinaldo Moreira PP Marcos Montes DEM Mário Heringer PDT Paulo Piau PMDB PmdbPtc Saraiva Felipe PMDB PmdbPtc Silas Brasileiro PMDB PmdbPtc Virgílio Guimarães PT Presentes Minas Gerais: 13 ESPÍRITO SANTO Camilo Cola PMDB PmdbPtc Capitão Assumção PSB PsbPCdoBPmnPrb Iriny Lopes PT Jurandy Loureiro PSC Manato PDT Rita Camata PSDB Presentes Espírito Santo: 6 RIO DE JANEIRO Dr. Paulo César PR Geraldo Pudim PR Quarta-feira 7 31793 Nelson Bornier PMDB PmdbPtc Simão Sessim PP Presentes Rio de Janeiro: 4 SÃO PAULO Antonio Carlos Pannunzio PSDB Arlindo Chinaglia PT Arnaldo Faria de Sá PTB Cândido Vaccarezza PT Carlos Zarattini PT Devanir Ribeiro PT Dr. Talmir PV Duarte Nogueira PSDB Emanuel Fernandes PSDB Ivan Valente PSOL João Dado PDT Jorginho Maluly DEM Lobbe Neto PSDB Paes de Lira PTC PmdbPtc Paulo Teixeira PT Regis de Oliveira PSC Ricardo Berzoini PT Ricardo Tripoli PSDB Presentes São Paulo: 18 MATO GROSSO Homero Pereira PR Ricarte de Freitas PTB Presentes Mato Grosso: 2 DISTRITO FEDERAL Alberto Fraga DEM Jofran Frejat PR Laerte Bessa PSC Rodrigo Rollemberg PSB PsbPCdoBPmnPrb Presentes Distrito Federal: 4 GOIÁS Jovair Arantes PTB Pedro Wilson PT Ronaldo Caiado DEM Sandro Mabel PR Presentes Goiás: 4 MATO GROSSO DO SUL Geraldo Resende PMDB PmdbPtc Waldemir Moka PMDB PmdbPtc Presentes Mato Grosso do Sul: 2 PARANÁ Abelardo Lupion DEM Affonso Camargo PSDB Alceni Guerra DEM Andre Vargas PT 31794 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Assis do Couto PT Cassio Taniguchi DEM Cezar Silvestri PPS Chico da Princesa PR Dr. Rosinha PT Eduardo Sciarra DEM Marcelo Almeida PMDB PmdbPtc Moacir Micheletto PMDB PmdbPtc Nelson Meurer PP Odílio Balbinotti PMDB PmdbPtc Reinhold Stephanes PMDB PmdbPtc Presentes Paraná: 15 SANTA CATARINA Angela Amin PP Celso Maldaner PMDB PmdbPtc Fernando Coruja PPS João Matos PMDB PmdbPtc João Pizzolatti PP Paulo Bauer PSDB Paulo Bornhausen DEM Valdir Colatto PMDB PmdbPtc Vignatti PT Zonta PP Presentes Santa Catarina: 10 RIO GRANDE DO SUL Darcísio Perondi PMDB PmdbPtc José Otávio Germano PP Luciana Genro PSOL Luis Carlos Heinze PP Onyx Lorenzoni DEM Osmar Terra PMDB PmdbPtc Presentes Rio Grande do Sul: 6 I – ABERTURA DA SESSÃO O SR. PRESIDENTE (Manato) – A lista de presença registra na Casa o comparecimento de 143 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados. Está aberta a sessão. Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos. O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da sessão anterior. II – LEITURA DA ATA A SRA. VANESSA GRAZZIOTIN, servindo como 2ª Secretária, procede à leitura da ata da sessão antecedente, a qual é, sem observações, aprovada. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Passa-se à leitura do expediente. Julho de 2010 III – EXPEDIENTE (Não há expediente a ser lido) O SR. PRESIDENTE (Manato) – Finda a leitura do expediente, passa-se ao IV – PEQUENO EXPEDIENTE Concedo a palavra ao Sr. Deputado Simão Sessim. O SR. SIMÃO SESSIM (PP – RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a minha presença na tribuna desta Casa, no dia de hoje, é para manifestar de público as minhas homenagens à cidade de Itaguaí, que completou na data de ontem, dia 5 de julho, 192 anos de emancipação político‑administrativa. Meus votos são extensivos ao Prefeito Carlos Busatto Junior, o querido e estimado Charlinho, e o faço com muito carinho, com muita emoção, de coração aberto por tudo o que ele e aquela cidade tão hospitaleira e acolhedora têm representado para mim ao longo de minha vida pública. Foi uma festa muito bonita, ao estilo country, com rodeios, exposições agropecuárias, atrações musicais, entre outros eventos, que envolveram mais de 100 mil itaguaienses numa reverência à altura da importância da cidade que, já centenária, começa a se consolidar no contexto geopolítico como um dos centros de grande prosperidade e a caminho de sua redenção como um dos importantes polos de desenvolvimento socioeconômico do Estado do Rio de Janeiro. Só para ilustrar, Sr. Presidente, recentemente, a LLX, companhia de logística fundada pelo grande empresário Eike Batista, anunciou a assinatura dos contratos para a efetiva construção do Porto Sudeste, a ser implantado em Itaguaí, com capacidade para movimentar 50 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Trata-se de investimentos grandiosos, em torno de R$1,8 bilhão, que vão garantir a sua conclusão em 2011, de modo que o terminal possa começar a operar já a partir de 2012. Não tenho dúvidas, Sr. Presidente, de que Itaguaí, se Deus assim permitir, tende a ser num futuro bem próximo o maior agregador econômico e de empregos da região, com a força do polo siderúrgico que ali se agiganta com a chegada de grandes investimentos do setor. Portanto, Sr. Presidente, distante apenas 80 quilômetros do centro da Capital fluminense, Itaguaí é, de fato, uma cidade próspera e deslumbrante; como alguém já disse, um pedaço de terra onde o sol que esquenta ilhas tropicais convive em plena harmonia com a sombra e a água fresca de rios e cachoeiras, ao pé de montanhas cheias de possibilidades de aventuras. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Tenho dito e repito, Sr. Presidente, que em Itaguaí, graças a Deus, encontrei amigos de verdade, como o Charlinho, os Vereadores e o seu povo, que jamais tem me faltado com o seu apoio e generosidade ao longo de minha vida pública. Em contrapartida, tenho procurado dar, na medida do possível, minha humilde contribuição àquele povo hospitaleiro, trabalhador, que não para de sonhar com uma vida mais digna, por isso mesmo mais humana, que possa lhe proporcionar conforto, paz, progresso e justiça social. Agora mesmo, Sr. Presidente, estamos levando para Itaguaí recursos avaliados em R$5 milhões, dos Ministérios das Cidades e da Cultura, os quais serão usados na construção de uma ciclovia e de um centro cultural, este último destinado a eventos na cidade. Portanto, Sr. Presidente e nobres Deputados, ao saudar o povo de Itaguaí na data magna da cidade, eu o faço por intermédio do seu mandatário, o meu querido e amado amigo Charlinho, por tudo que tem representado para o seu povo que, como gratidão, carinho e respeito, também lhe confere altos índices de aprovação popular diante do Governo sério e dinâmico que ele conduz à frente do Poder Executivo. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a palavra, pela ordem, ao Sr. Deputado Dr. Talmir. O SR. DR. TALMIR (PV – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, ontem, foi comemorado o Dia Internacional do Cooperativismo. E, a propósito, quero parabenizar as UNIMEDs de São Paulo, que estão realizando o 22º Simpósio das UNIMEDs do Estado. E o faço na pessoa do Dr. Eudes Aquino, Presidente da UNIMED Brasil, e do Dr. Humerto Isaac, Presidente da UNIMED São Paulo. Também quero parabenizar o Presidente Márcio Lopes, da Organização das Cooperativas do Brasil, entidade que está comemorando 40 anos. Esse ramo do cooperativismo atende às áreas de saúde, de crédito, agropecuária, trabalho, educacional, habitacional, infraestrutura, transporte, turismo e os catadores. Na área da saúde, temos o exemplo da UNIMED e da UNIODONTO, presidida pelo Dr. José Alves, de Jaboticabal. Em relação aos catadores, temos a CCRPP, a COOPERLIX, de Presidente Prudente, que tem realizado um trabalho muito bom. As cooperativas trabalham com controle democrático e partilha de lucro, prestando grandes serviços à comunidade. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Com a palavra, pela ordem, a nobre Deputada Vanessa Grazziotin. Quarta-feira 7 31795 A SRA. VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PCdoB – AM. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, quero, com muita tristeza, registrar o falecimento, ocorrido ontem, de uma companheira militante do movimento sindical do meu Estado, o Amazonas, e querida amiga: Lorena Baptista, perita criminal da Secretaria de Segurança do Estado do Amazonas, envolvida sobretudo no movimento pela defesa de melhor segurança para a população. Lorena foi assassinada de forma covarde pelo seu ex-marido com um tiro na nuca. Seu ex-marido praticou o crime na frente de um filho de 12 anos do casal, uma criança que neste momento deve estar passando por profundos problemas – Lorena tinha 3 filhos. Ao lamentar o ocorrido, Sr. Presidente, quero também dizer que todos esperamos justiça. Muito obrigada. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Mauro Benevides. O SR. MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nesta terça-feira, a Comissão de Educação da Assembléia Legislativa do Ceará realizará audiência pública destinada a debater o ressurgimento dos colégios agrícolas, agora bem pouco existentes em cidades do Piauí. No meu Estado, existiram os citados educandários em Pacatuba, Lavras da Mangabeira, Mombaça e Granja, todos com exemplar desempenho, assim reconhecido pelas autoridades educacionais do País. Ainda recordo que tais escolas eram vinculadas ao Ministério da Agricultura, sendo responsável direto por elas no Estado o Dr. Newton Beleza, cuja proficiência era indiscrepantemente reconhecida pela legião de beneficiários. Ontem, na cidade de Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza, reuniram-se ex-alunos dos cursos agrícolas numa confraternização que ensejou exaustivos debates sobre a perspectiva de se fazer retornar os referidos estabelecimentos escolares. Dispus-me, na ocasião, a dirigir solicitação ao Ministro da Educação, Fernando Haddad, a fim de que reestudasse a aludida possibilidade, numa parceria com as unidades federadas. Os ex-alunos, maiores entusiastas da iniciativa, tornaram-me porta-voz do empreendimento, o que me compete a vir a esta tribuna formular apelo ao Poder Executivo para que reexamine essa justa aspiração da área educacional. A discussão ali travada motivará a ampliação dessa portentosa empreitada, propiciando a sua análise pela citada Pasta governamental. 31796 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O ensino agrícola, de nível médio, contribuirá a fim de que continuem surgindo técnicos para conduzir tarefa tão intrinsecamente vinculada ao nosso desenvolvimento e bem-estar social. Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a palavra, pela ordem, ao grande defensor da PEC nº 300, o Deputado Capitão Assumção. O SR. CAPITÃO ASSUMÇÃO (Bloco/PSB – ES. Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, compareço a esta tribuna para cobrar a retomada da votação da PEC nº 300. Entretanto, é preciso votar a matéria da forma como está e não segundo o acordo absurdo que o Executivo está propondo. Depois de tanta enrolação, não resta muito tempo para que se efetive a votação da PEC nº 300 na tal “semana que vem”. O prazo final é amanhã. Cansados das promessas do Governo, os trabalhadores de segurança pública estão impacientes e, presentes em massa nesta Casa, cobram a votação e a aprovação da PEC nº 300. Durante meses, policiais e bombeiros militares e demais interessados no resgate da dignidade salarial dos trabalhadores de segurança pública têm enviado e-mails aos Deputados na tentativa de sensibilizá-los para a causa. Esta semana, o encaminhamento de mensagens foi intensificado. Eles estão lutando incansavelmente e não pretendem entregar o jogo de mão beijada para o Governo. Os trabalhadores de segurança pública não são bobos, como parece pensar o Poder Executivo federal. E não estão dispostos a aceitar esse acordo que somente beneficia o Governo, que, por sua vez, se nega a aprovar a PEC nº 300 sob a alegação de que um salário mais justo para bombeiros e policiais vai causar um impacto bilionário nas finanças públicas. Ora, se juntássemos o dinheiro espalhado em cuecas e meias não apenas seria suficiente para remunerar melhor os trabalhadores de segurança pública, como até sobraria para investir na área. Usando este argumento, o Governo quer impedir que o piso salarial seja fixado na Constituição, eliminar o prazo para a emenda entrar em vigor e excluir pensionistas e inativos dos beneficiados. E, ai, eu pergunto: o que restará para os trabalhadores de segurança pública? Continuar seu trabalho por amor a profissão, sem o mínimo de dignidade salarial e recorrer ao trabalho informal para conseguir alimentar sua família? A maioria maciça desta Casa já declarou seu total apoio à causa dos bombeiros e policiais brasileiros. Não entendo por que essa resistência em colocar a PEC nº 300 na Ordem do Dia. Julho de 2010 Nobres colegas, não virem às costas para os trabalhadores de segurança pública. Eles estão aqui pedindo o nosso apoio para uma causa mais do que justa. Este Parlamento não pode baixar a cabeça para este Governo covarde que somente solapa as reivindicações dos trabalhadores. Não podemos deixar as pessoas que estão hoje nas galerias e corredores desta Casa voltar derrotadas para seus Estados. Lá, muitos outros, esperançosos, aguardam a aprovação da PEC nº 300. Srs. Deputados, é nossa obrigação votar matérias de interesse dos cidadãos. Não podemos permitir, repito, que essas pessoas saiam daqui frustradas e descrentes desta Casa. Quem está aqui hoje e os que estão em casa acompanhando nossos trabalhos pelos veículos de comunicação vão achar que a Câmara é uma feira, um balcão de negócios e que o bem-estar da população é o que menos importa para este Parlamento. E um aviso. Esses homens e mulheres responsáveis pela segurança da sociedade estão atentos a cada passo dado nesta Câmara. Não vão desistir facilmente. Não estão aqui em vão, nem tampouco estão marchando para Brasília à toa. Seja qual for a decisão sobre a PEC nº 300 esta semana, sem duvida nenhuma, vamos ter a resposta no início de outubro. Portanto, mais uma vez reforço meu pedido. Votemos a PEC nº 300 hoje. Não há mais tempo para a “semana quem vem”. Não há mais desculpas para protelar a conclusão dessa matéria. Além da votação da PEC nº 300, peço à Presidência que também coloque em pauta a PEC nº 308, dos agentes penitenciários, e o projeto que fixa em 30 horas a jornada de trabalho dos enfermeiros. Temos a obrigação de valorizar os trabalhadores desta Nação. Finalmente, Sr. Presidente, solicito a V.Exa. que este pronunciamento seja amplamente divulgado nos órgãos de comunicação desta Casa, ao mesmo tempo em que peço à Presidência da Câmara que deixe livre o acesso de bombeiros e policiais militares e policiais civis às dependências da Casa, tendo em vista o compromisso assumido pelo Líder do Governo e pelo Presidente Michel Temer de votar hoje, em sessão extraordinária, a PEC nº 300. Faço também um apelo aos Deputados Federais no sentido de que solicitem aos Líderes partidários a inversão de pauta e, afinal, sejam votados aqueles 4 destaques perniciosos apresentados pelo Líder do Partido dos Trabalhadores. Pode haver uma estratégia maligna por trás disso, ou seja, depois de votar o projeto relativo ao pré-sal, tentar esvaziar o plenário, para não concluir a votação da PEC nº 300. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Muito obrigado, nobre Deputado Manato. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a palavra, pela ordem, à nobre Deputada Janete Capiberibe. A SRA. JANETE CAPIBERIBE (Bloco/PSB – AP. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, nos dias 2 e 3 deste mês, a caravana da Frente Popular viajou ao Arquipélago do Bailique, na foz do Rio Amazonas. Fomos o candidato ao Governo do Amapá Camilo Capiberibe, sua Vice, Dora Nascimento, os candidatos ao Senado João Capiberibe e Professor Marcos, eu e outros candidatos da Frente a Deputado Federal e a Deputado Estadual. O que vimos foi desolador. A Escola Bosque, entregue à comunidade pelo Governador Capiberibe, em 2002, está caindo, apodrecida, abandonada pelo Governo Waldez Góes-Pedro Paulo. No Bailique, onde moram 10 mil pessoas, a energia é fornecida durante apenas 3 horas diárias. Os candidatos Camilo e Dora se comprometeram a reconstruir a Escola Bosque, a construir e a ativar outras duas e a fornecer energia durante 24 horas ao dia. Sr. Presidente, peço que este pronunciamento seja divulgado pelos órgãos de comunicação da Casa. Obrigada. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Nelson Bornier. O SR. NELSON BORNIER (Bloco/PMDB – RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Governo Federal sempre extrapolou a definição de base contingenciável, ao excluir despesas que constituem obrigações constitucionais e legais da União, o que, sem qualquer sombra de dúvida, é um dos mais importantes instrumentos de mobilidade social, devendo, pois, merecer prioridade absoluta em termos de alocação de receitas orçamentárias de qualquer Governo. Essa prioridade foi claramente contemplada na Constituição Federal, ao estabelecer um percentual mínimo de receitas orçamentárias que devem ser aplicado, anualmente, em áreas predefinidas. Contudo, talvez por questões metodológicas e formas de classificação desses dispêndios, existe uma controvérsia, e o Executivo insiste em não cumprir a legislação vigente. Mais do que mera questão legal, esse fato tem grande relevância social, pois o Governo compromete toda a população, haja vista a recente necessidade de transferência maciça de recursos da União para as áreas sociais. Não é de hoje, Sr. Presidente, que se tem notícia das dificuldades enfrentadas na área social, causadas Quarta-feira 7 31797 pelos vários contingenciamentos orçamentários impostos pelo Governo Federal. Coerente seria, Sr. Presidente, que o Executivo buscasse a liberação das verbas referentes a emendas parlamentares ao Orçamento Geral da União de forma igualitária, diferentemente do que vemos estampado nos jornais, tais como O Globo, de 6 de julho de 2010, que anuncia que em 3 dias foram liberados 574,4 milhões de reais de emendas às vésperas do início oficial da campanha eleitoral, sendo que os mais favorecidos foram os Parlamentares da base aliada. Dividir essas emendas igualitariamente poderia começar a reverter a crise que sempre se abateu sobre as áreas sociais. O Governo Federal não pode filtrar a liberação das emendar parlamentares enquanto os Estados enfrentam uma situação de penúria. Isto é uma vergonha, Senhor Presidente! Diante disso, os grandes derrotados são sempre os brasileiros, que não podem resolver esse problema de inteira responsabilidade do Governo, que foge às suas obrigações maiores para com o bem-estar da população. Ao fazer este registro, solidarizo-me com os milhares de necessitados de todo o Brasil expostos à própria sorte, sem ter quem defenda seus interesses maiores – a sua sobrevivência e a de seus familiares. Era o que tinha dizer. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a palavra, pela ordem, ao nobre Deputado Paes de Lira. O SR. PAES DE LIRA (Bloco/PTC – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, brasileiros que nos assistem e nos ouvem, conforme prometido, o Presidente da Câmara enviou convocação especial para a sessão de hoje, para a realização de um esforço concentrado. Lamento que o Presidente não tenha especificamente mencionado, em seu telegrama, que uma das matérias relevantes mencionadas seria a PEC nº 300. Há promessa de votação hoje. Sabemos perfeitamente bem que o Governo tentará votar primeiramente a proposta do pré-sal, o que poderá provocar um processo de obstrução e dificultar a votação da PEC nº 300, de 2008. No entanto, o Presidente Michel Temer também havia dito, em conversa pessoal, que poderia perfeitamente convocar 2 sessões extraordinárias, uma especificamente para votar a PEC 300. Sobre a PEC 300 há 4 destaques a serem apreciados. Indevidamente, foi retirada a matéria da Ordem do Dia – desde 9 de março. É preciso votá-los. Esperemos que desta vez as promessas se concretizem e 31798 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS nesta noite possamos finalmente votar matéria extremamente importante para o futuro do Brasil. Muito obrigado por sua atenção. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Luiz Couto. O SR. LUIZ COUTO (PT – PB.Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, registro matéria publicada neste final de semana pelo jornal O Norte, de João Pessoa, Paraíba, no Caderno Dia-a-dia, sobre insegurança. A cada final de semana o jornal publica matéria sobre insegurança em João Pessoa. Neste final de semana o título da matéria foi este: “De braços dados com o medo. Cansados dos assaltos e homicídios, mo- Julho de 2010 radores revelam que no Bairro dos Novais é impossível andar com tranquilidade”. Apenas um senhor, que foi contatado, foi assaltado 40 vezes. O recordista é dono de um mercadinho no bairro. Isso mostra que a insegurança ainda é total no meu Estado. Espero que providências sejam tomadas para o enfrentamento da violência, a fim de que a população tenha o direito de ir e vir sem ser molestada. Muito obrigado, Sr. Presidente. MATÉRIA A QUE SE REFERE O ORADOR Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31799 31800 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Sérgio Barradas Carneiro. O SR. SÉRGIO BARRADAS CARNEIRO (PT – BA. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, quero destacar que foi publicado no Diário Oficial da União, de 29 de junho último, a MP 492/2010, que abre prazo até o próximo dia 30 de julho para os municípios regularizarem o parcelamento de débitos relativos às contribuições junto à Previdência Social. A medida é de extrema importância para todos os municípios brasileiros, principalmente para cerca de 80% das Prefeituras do Estado da Bahia que ainda têm débitos a parcelar com o INSS. A regularização desses débitos é de interesse tanto dos municípios como da União, pois, enquanto os débitos não estiverem parcelados, os municípios deixam de contribuir para a Previdência Social. Além disso, a falta da regularidade fiscal impede que convênios e outras operações possam ser realizadas. Destaco ainda que, no começo do mês de junho, fui procurado por representantes de diversos municípios baianos, preocupados com a carência estabelecida pela Lei nº 11.960, de junho de 2009, para quitação de débitos com o INSS. Imediatamente, acionei a Liderança do Governo nesta Casa e também a Casa Civil para alertar sobre a necessidade de prorrogação dos prazos, o que efetivamente ocorreu com a promulgação da MP 492/2010. Com esta medida, os municípios ganharam novo prazo para acertar as contas com a Previdência. Nós levantamos o problema e acionamos o Governo para que a solução fosse dada em prazo recorde. Parabenizo a equipe da Casa Civil e o Governo Lula pela rapidez na resolução desta medida, que irá facilitar a adimplência dos municípios. Destaco, também, que a mesma MP institui, no âmbito do Ministério da Educação, um plano especial para recuperação da rede física escolar pública, com o objetivo de prestar assistência financeira para recuperação de escolas públicas estaduais. Era o que tinha a registrar. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a palavra, pela ordem, ao nobre Deputado Marcio Junqueira. O SR. MARCIO JUNQUEIRA (DEM – RR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero registrar com pesar o falecimento do Cel. Márcio Santiago de Morais, ex-Comandante da Polícia Militar de Roraima. Neste momento, quero dirigir-me aos familiares desse cidadão roraimense, que grandes serviços Julho de 2010 prestou àquele Estado, para dizer do nosso sentimento. Pedimos a Deus que lhes dê paz, tranquilidade e, principalmente, a fé necessária para enfrentar essa fatalidade. É o nosso registro, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Pedro Wilson. O SR. PEDRO WILSON (PT – GO. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, desde ontem estão sendo realizados no Parlamento brasileiro, no auditório do INTERLEGIS, sob o patrocínio da Comissão do Parlamento do MERCOSUL, o I Fórum de Biodiversidade das Américas e o I Seminário de Biodiversidade do MERCOSUL. Queremos saudar todos aqueles que aqui vieram para esse importante evento que é o I Fórum de Biodiversidade das Américas e para esse seminário que reúne personalidades do MERCOSUL, Parlamento que congrega brasileiros, argentinos, paraguaios, uruguaios e venezuelanos. São homens e mulheres preocupados com a biodiversidade das Américas, com os jardins botânicos, com a fauna e a flora, com os nossos biomas, que queremos ver tornar-se Patrimônio Nacional. O mundo precisa saber da importância do Cerrado, a Caixa d’Água do Brasil, que, pela generosidade de Deus, contribui para a formação das 3 maiores bacias hidrográficas do País – do São Francisco, do Araguaia/Tocantins e do Paraná – e se estende até a província de Rosário, na Argentina, criando maravilhas como o Pantanal Mato‑Grossense. No primeiro dia de palestras e debates já ficaram claras a grandiosidade e a qualidade do evento, que tem, inclusive, a representatividade de entidades e povos do Cerrado, como os índios guajajaras, xavantes, carajás e caiapós. Queremos saudar o Deputado José Paulo Tóffano, Presidente da representação brasileira no Parlamento do MERCOSUL, e o Sr. Jeanitto Gentilini, do Jardim Botânico de Brasília, por essa extraordinária iniciativa, que desde ontem reúne na Capital do Brasil personalidades importantes: o Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim; a Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que sucedeu a Carlos Minc e Marina Silva; o Ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende; o Ministro da Cultura, Juca Ferreira; a Vice-Governadora do Distrito Federal, Ivelise Longhi; o Senador Geraldo Mesquita; o Sr. Paulo Okamotto, do SEBRAE; o Diretor-Geral brasileiro da Itaipu Binacional, Jorge Samek, que faz um importante trabalho de preservação naquela unidade do Pantanal do Paraná, demonstrando Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS a preocupação do Governo Lula com a natureza, com o meio ambiente, com a biodiversidade. Queremos saudar também os integrantes da Mesa de que participamos: o Sr. Braulio Dias, parceiro e companheiro do Ministério de Meio Ambiente; o Sr. Fernando José Sánches, Diretor-Geral de Gestão Ambiental do Paraguai; o Diretor do Jardim Botânico de Montevidéu, Uruguai; o Sr. Dácio Roberto; o Sr. Joaquim Machado. Neste Ano Internacional da Biodiversidade, fazemos uma saudação especial às mulheres. Saudamos a Sra. Suzanne Sharrock, da Botanic Garden; a Sra. Maria Cecília, do Ministério do Meio Ambiente; e a Sra. Lilian Celiberti, do Uruguai. A mulher, assim como a água, representa a origem da vida. Saudamos também o Sr. Javier Caballero, do México; o Sr. Juan Manoel Irrazabal, Presidente da Comissão de Meio Ambiente do PARLASUL, que já teve como Presidente o Deputado e companheiro Dr. Rosinha. Senhoras e senhores, a Constituição Federal de 1988, que consideramos a mais democrática e a mais avançada da história do Brasil, por uma falha conjuntural, não atribuiu o status de Patrimônio Nacional ao Cerrado e aos biomas Caatinga e Campos Sulinos, o que poderia assegurar políticas públicas para a sua manutenção e preservação. Ao contrário, manteve a visão da política de desenvolvimento do Centro‑Oeste iniciada na década de 50, com forte apelo para a política de ocupação agrícola, o crescimento urbano desordenado, a expansão da monocultura e do agronegócio. Essa política tem causado, ao longo destes anos, sérios problemas em detrimento da conservação e preservação do bioma. Recentemente, uma série de ações, por parte de legisladores, tem buscado amenizar os erros do passado com esse bioma que é a Caixa d’Água do Brasil, responsável pela manutenção de importantes bacias hidrográficas, como a do Araguaia/ Tocantins, a do Paraná e a do São Francisco. Sem falsa modéstia, afirmamos que estamos convencidos de que, para a transformação de todos os biomas em Patrimônio Nacional, talvez a mais importante seja a Proposta de Emenda à Constituição nº 115/95, de nossa autoria, que há 15 anos espera pela votação neste Parlamento, mas que já está pronta para ser votada. Além disso, estão em debate no Parlamento brasileiro o novo Código Florestal Brasileiro, que, mercê da conjuntura política e da correlação de forças ora representada no Congresso Nacional, continua em discussão nesta Casa; e o novo marco regulatório da mineração, que muito interessa aos povos Quarta-feira 7 31801 do Cerrado, aos índios, aos quilombos e às populações tradicionais. É claro que temos algumas medidas, como as anunciadas pelo Governo Lula em Copenhague, pela ex-Ministra Dilma Rousseff e pelo próprio ex-Ministro Carlos Minc, de criação do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento do Cerrado, o que nos deixa bastante otimistas quanto à reflexão do Congresso Nacional de que o Brasil só poderá cumprir lá fora os compromissos assumidos em convenções como as de Copenhague se cumprirmos aqui as nossas metas. Para isso, além do cuidado que devemos ter com a elaboração do Novo Código Florestal Brasileiro, porque o Brasil já possui a melhor legislação ambiental do mundo, é preciso ter a consciência de resgatar a Constituição Cidadã, corrigindo a sua falha de omitir entre seus biomas, todos de extrema importância, o Cerrado/Sertões/Savanas, a Mata Branca/ Caatinga, que corre o risco de extinção pela segunda vez, e o Pampa, conhecido como Campos Sulinos, para se juntar à Floresta Amazônica, à Mata Atlântica, à Zona Costeira e ao Pantanal Mato‑Grossense como Patrimônios Nacionais. Precisamos de um Código Florestal que contemple o desenvolvimento sustentável, conscientizando para a exploração agroextrativa, para a manutenção das Áreas de Proteção Ambiental – APPs, das Reservas Florestais e para o respeito às matas ciliares, para a preservação de nossos rios, fonte de nossa maior riqueza. Queremos a preservação da Floresta Amazônica, da Mata Atlântica, do Pantanal, da Zona Costeira, a reestruturação das araucárias e dos Campos Sulinos, mas não podemos deixar de defender, com a mesma intensidade que o mundo busca cuidar da Amazônia, as águas, a fauna e a flora, a vegetação do Cerrado brasileiro. Estivemos recentemente em 2 regiões do Cerrado que são afetadas pela mineração desordenada. Uma delas é a região do médio norte, de Niquelândia e Alto Horizonte, onde as empresas agem de maneira avassaladora, sem fiscalização. Desmatam a área e extraem toda a riqueza sem deixar sequer a compensação social dos benefícios para a população local. Quando partem, deixam um grande mapa de destruição da vegetação nativa, da fauna e da flora. E não deixam sequer uma creche para as crianças, um posto de saúde, uma escola para a comunidade. Estivemos também em Cavalcante, onde realizamos um seminário sobre políticas públicas para o Território Kalunga, considerado a maior é melhor área de preservação do Cerrado. Ouvimos os próprios kalungas, 31802 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS descendentes de escravos, dizerem que a mineração devasta sem controle. Queremos comemorar as boas notícias, mas é preciso lembrar que o Cerrado/Savanas/Sertão é considerado a Caixa d’Água do Brasil e que estamos debatendo exaustivamente os royalties do pré-sal, a discriminação dos Estados que produzem água em relação aos que produzem petróleo, com as reclamações dos Estados produtores, e esquecendo de refletir sobre o valor social da água, sobre a necessidade de garantir a preservação do bioma Cerrado. Devemos lembrar que, em diversos lugares do planeta, milhares de pessoas já sofrem com a falta desse bem essencial à vida. A água é um bem precioso e insubstituível e elemento da natureza, um recurso natural – o Cerrado é riquíssimo neste particular –, além de ser de domínio público. Por isso, mais uma vez, ressaltamos o lançamento desse plano, ocorrido no primeiro semestre deste ano. De acordo com ele, as empresas terão até 2013 para se adaptar às novas regras, deixar de comprar carvão de mata nativa do Cerrado, que hoje representa a metade do carvão utilizado pelas indústrias. Terão de trabalhar com as chamadas “florestas energéticas”. O PPCerrado prevê ainda a ampliação da Resolução nº 3.545, do Banco Central, que não permite concessão de crédito para o produtor que não cumpre a legislação ambiental. Essa medida está valendo para a Amazônia e será estendida para o Cerrado. Estamos convencidos de que é possível conciliar o aumento da produção agrícola e industrial com a proteção do meio ambiente. É possível resgatar milhões de hectares degradados, desde que haja estímulo e conscientização. Pesquisa da EMBRAPA e do Ministério da Agricultura demonstram que até mesmo a pecuária pode lucrar mais com a preservação. Outro ponto alto do PPCerrado é a política de preços mínimos para produtos do Cerrado, como a mangaba, o baru, o buriti – a planta das águas. Eles farão parte da lista de produtos que, industrializados, agregam valores e geram emprego e renda no campo. Nosso sonho é ver valorizados os produtos do Cerrado, que são transformados por homens e mulheres do campo, da agricultura familiar, dos assentamentos, das comunidades tradicionais. Defenderemos, junto ao Ministério do Meio Ambiente, ao IBAMA, ao Instituto Chico Mendes, uma política de crescimento sustentável para nossa região, como forma, por exemplo, de incentivar os povos do Território Kalunga, de Monte Alegre, de Cavalcante e de Teresina de Goiás Julho de 2010 a manter preservada aquela riqueza natural e dela tirar o sustento, com a transformação de produtos de agroindústrias, a exploração do turismo rural e a preservação ambiental. Queremos incentivar a região da Chapada dos Veadeiros, os Municípios de Alto Paraíso, São João d’Aliança, Campos Belos, Nova Roma, Posse, Iaciara, Alvorada, Vila Boa, Simolândia e outros a tirar o sustento dos frutos do Cerrado, que são uma dádiva de Deus. Esperamos que o decreto encaminhado ao Presidente Lula, quando ainda estava à frente da Casa Civil a ex-Ministra Dilma Rousseff, seja transformado em um plano interministerial para proporcionar o monitoramento, a proteção e o fomento de atividades sustentáveis. Enquanto isso, aguardamos dos Líderes partidários desta Casa a aprovação da PEC nº 115/95, para a proteção definitiva dos biomas Caatinga, Pampa e Cerrado. Queremos que esses biomas sejam Patrimônio Nacional para traçar metas e políticas públicas de desenvolvimento sustentável e de preservação ambiental. Queremos debater, à luz da razão, o novo Código Florestal, o relatório do Deputado e amigo Aldo Rebelo, sem pressa, sem falsas expectativas e sem pressão de interesses. Queremos a aprovação do novo Código de Mineração, que vai, no mínimo, inibir a ação devastadora das mineradoras e também a ação de especuladores, que atuam como verdadeiro mercado clandestino, com a criação de uma agência reguladora que atue com o controle de um Conselho Nacional de Política Mineral. Esse é o nosso sonho. São notícias assim que trazem alegria aos povos do Cerrado de Goiás, do Brasil, dos que vivem às margens dos Rios Araguaia, Tocantins, Meia Ponte, que alimentam as Bacias do São Francisco, do Paraná e do Amazonas. Isso fortalece a nossa fé de buscar corrigir o equívoco de nossa Constituição Cidadã para considerar também estes 3 biomas: o Cerrado, a Caatinga e o Pampa. Sr. Presidente, aproveito a oportunidade para, antes de encerrar o meu pronunciamento, fazer referência a artigo sobre o IDEB, publicado hoje no Correio Braziliense, intitulado Qualidade do ensino avança no DF. Refiro-me à coragem do Ministro Fernando Haddad de, antes das eleições, publicar o IDEB nacional. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Manato) – V.Exa. será atendido, nobre Deputado. ARTIGO A QUE SE REFERE O ORADOR Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31803 31804 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O Sr. Manato, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Paes de Lira, § 2º do art. 18 do Regimento Interno. O SR. PRESIDENTE (Paes de Lira) – Iniciando o período de 5 minutos para cada orador, concedo a palavra ao ilustre Deputado Manato, representante do povo do Espírito Santo. O SR. MANATO (PDT – ES. Sem revisão do orador.) – Muito obrigado, Sr. Presidente. Sras. e Srs. Deputados, gostaria de falar sobre o parecer do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo acerca das contas do Governador Paulo Hartung em 2009. Alguns detalhes nos chamaram a atenção. Estamos lutando pelo cumprimento da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, a fim de que Estados e Municípios apliquem o percentual de 12% e 15% de seus impostos, respectivamente. Sabemos que a grande maioria não executa esse percentual. Mas não é isso que ocorre no nosso Estado. Demonstrando senso de responsabilidade muito grande com a saúde da população capixaba, o Governador Paulo Hartung não investe só 12%. Em 2009, investiu 13,91%. Com isso, foram e estão sendo construídas mais de 60 unidades do Programa Saúde da Família, entre unidades de pronto atendimento e hospitais. No Espírito Santo, estamos tratando as drogas como caso de saúde pública. É o primeiro Estado a fazer isso, como ocorre na Europa, nos Estados Unidos, enfim, nos grandes países desenvolvidos. Além de 3 unidades da Fazenda da Esperança no Espírito Santo, o Governo Estadual está construindo 10 Centros de Tratamento de Toxicômanos, espalhados pelas regiões, determinado a tratar as drogas como caso de saúde pública. Logicamente, temos de combater o crime organizado e evitar o tráfico de drogas. Porém, àquele que, por um acaso do destino, esteja usando drogas temos sim de dar acolhimento e apoio a sua família. O Estado deve dar condições a essas pessoas para que saiam desse vício, grande mal da humanidade nessas últimas décadas. Sr. Presidente, combater as drogas e o traficante é o caminho certo, mas o usuário tem de ter apoio da família, da sociedade. O Estado é obrigado a intervir e ajudar. E é isso que está fazendo o meu querido Espírito Santo. O Governador não parou por aí. Olhou para a área da educação e, dos 25% obrigatórios constitucionalmente, está aplicando 28,46%, o que demonstra responsabilidade com o futuro. E, quando coloca dinheiro para a educação, está fazendo também investimento. Quarta-feira 7 31805 Ou seja, o Governo Estadual está recuperando escolas do ensino médio e construindo novos prédios escolares, investindo em professores, recursos humanos e aparelhagens, computadores, quadras poliesportivas e auditórios. Também está investindo no ensino técnico nas escolas. Tudo isso nos faz crer, Sr. Presidente, que o Espírito Santo está no caminho certo, que os investimentos nas áreas de saúde e educação estão no caminho certo. Ainda há muito o que fazer, mas o primeiro passo já foi dado com a recuperação dos salários dos professores e dos funcionários da área de educação, aí incluídos desde a merendeira até o professor mais graduado. Sr. Presidente, ficamos felizes com o fato de, em nosso Estado, o ensino de 1º Grau oferecer merenda escolar; e agora, por determinação do Governador Paulo Hartung, também o ensino de 2º Grau. Parabéns ao Governador Paulo Hartung pelo belo trabalho que realiza no Estado do Espírito Santo! Muito obrigado. A SRA. JANETE CAPIBERIBE (Bloco/PSB – AP. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, a protelação do Ministério da Defesa e da INFRAERO deixa sem solução o problema das 300 famílias que ocupam áreas de terra que a INFRAERO considera partes do sítio do Aeroporto Internacional de Macapá. Trago fatos e documentos aos quais a INFRAERO não quer dar atenção e que aparecerem pouco nesse debate, enquanto tentamos alcançar uma solução por consenso. Em 1971, a área onde está situado o Aeroporto de Macapá foi transferida pelo INCRA ao Município de Macapá, conforme a Matrícula nº 562-B. A exclusão da área aeroportuária, que deveria ter sido feita pelos órgãos competentes, não foi feita desde 1971 até hoje. Portanto, são terras municipais invadidas pela INFRAERO, que ignora os registros cartoriais para gerir e apropriar-se de uma área que não lhe pertence e onde moram 160 famílias. Esse artifício pode tornar o sítio do Aeroporto Internacional de Macapá mais atraente aos olhos do mercado, na política de privatização planejada pelo Ministério da Defesa. Vários outros argumentos são favoráveis à escrituração dos lotes aos moradores. A ocupação existe há mais de 40 anos, quando o aeroporto não era naquele sítio e a INFRAERO ainda nem tinha sido criada. As casas, o Abrigo São José para Idosos e o Projeto Curumim, para crianças, estão distantes entre 1.200 e 1.080 metros da cabeceira da pista, distância superior à maioria dos aeroportos brasileiros, onde o 31806 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS tráfego é 5, 10 vezes maior do que no Aeroporto de Macapá. A curva de ruído, outra alegação para desalojar os moradores, não atinge a área que ocupam. Na Decisão nº 21, de 2008, o Juiz Federal João Bosco manifestou-se, dizendo que: “(...) as edificações erguidas pelos réus (...) não trazem risco à segurança dos voos nem aos próprios invasores, muito menos comprometem a manutenção da estrutura física das instalações operacionais e comerciais da INFRAERO”. Em 2006, o servidor da INFRAERO José Palheta Neves, encarregado de operações de segurança do aeroporto, reportou ao Superintendente Júlio Kuenzo que a estatal não precisa de sítio aeroportuário tão grande, mesmo daqui a 50 anos. O sítio tem 15 milhões, 156 mil e 375 metros quadrados, ou 1.515 hectares, enquanto os moradores estão concentrados numa área periférica de apenas 30 hectares. Sua permanência não seria impedimento para uma nova pista, caso ela seja necessária no futuro, ainda menos se consideradas as novas tecnologias, como a decolagem e a aterrissagem verticais, em espaços menores de operação. Portanto, os fatos, os documentos e o que está internalizado na própria INFRAERO são favoráveis aos moradores. A ocupação não oferece risco à operação, aos moradores e à ampliação, se necessária, das operações aéreas e do complexo aeroportuário a longo prazo. Essa possibilidade é a menos provável, tendo em vista que o novo terminal aeroportuário, de maior urgência, não foi concluído até hoje, mesmo passados 6 anos desde o início da obra e 3 anos além do prazo de conclusão. Enquanto isso, a situação de insegurança dos moradores e a obra do terminal servem para uso eleitoreiro, como já foi em 2002 e 2006, sem que haja solução definitiva. Apelo, portanto, ao Ministro Jobim, de quem aguardo audiência há mais de 2 meses, no sentido de que reconheça que aquela área não integra o espaço de operações e que não é propriedade da INFRAERO, permitindo a posse aos moradores daqueles 30 hectares, e que lá estão há mais de 4 décadas. Isso trará legalidade à área ocupada e ao sítio aeroportuário e dará tranquilidade e segurança àquelas famílias de moradores. Este o apelo que faço ao Ministro Jobim, de quem, repito, aguardo audiência há mais de 2 meses. Sr. Presidente, peço a divulgação deste pronunciamento pelos órgãos de comunicação da Casa. Muito obrigada. Julho de 2010 O Sr. Paes de Lira, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Manato, § 2º do art. 18 do Regimento Interno. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Silas Câmara. O SR. SILAS CÂMARA (PSC – AM. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é preciso, neste momento, tomar as devidas providências para evitar os reflexos extremamente negativos da crise financeira mundial sobre o mercado de trabalho. Convém que o Governo e as empresas procedam às medidas essenciais, corretas, de modo a evitar as demissões em massa, que resultam em custos sociais tão elevados. A eliminação sistemática da força de trabalho, além de prejudicar milhares de trabalhadores e retirar o sustento de suas famílias, mina a confiança do mercado consumidor e, a longo prazo, acarretará certamente a estagnação da economia. Os consumidores, inseguros a respeito de seus empregos, evitam assumir novos gastos. Já se verifica até mesmo queda no nível de investimentos, devido a essa incerteza generalizada quanto à capacidade de responder por compromissos de prazo prolongado. As empresas precisam preservar os empregos. Do contrário, todos serão prejudicados e não só os trabalhadores desempregados. Inclusive, o Poder Público haverá de pagar uma parte expressiva dessa conta de prejuízos causados à sociedade. Cumpre observar que, especialmente, o Governo há de assumir a parcela de responsabilidade que lhe compete no momento, determinando as medidas exigidas para evitar as demissões e estimular a geração de novos empregos, sob pena de agravamento da situação. O desemprego constitui, sem dúvida, uma preocupação cada vez mais presente e merece a atenção dos órgãos e autoridades da área econômica. Entre as numerosas distorções causadas pela falta de emprego, cresce a economia informal, com todos os seus males adicionais. As ruas das grandes cidades estão cada vez mais cheias de pessoas trabalhando na informalidade, camelôs, vendedores ambulantes. Intensifica-se o contrabando, e as empresas, indústrias e estabelecimentos comerciais, que pagam impostos, passam a enfrentar maiores dificuldades para se manter em funcionamento. O Estado, por sua vez, perde também em termos de arrecadação de impostos. É fundamental, sim, combater todas as causas, ameaças e agravantes do desemprego, da falta de qualificação profissional, da informalidade do mercado, da corrupção, da sonegação de impostos e do empo- Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS brecimento do País. Esses fatores, inclusive, podem acarretar o aumento dos índices de violência. Diante da crise atual, o Brasil precisa, sobretudo e a todo custo, evitar os males do desemprego, fazendo valer e reforçando as garantias existentes na legislação, entre outras medidas de caráter mais amplo, de médio e longo prazos, destinadas, por exemplo, a melhorar a qualidade da educação de base e do ensino técnico profissionalizante, corrigir os flagrantes desníveis regionais etc. Para o fortalecimento do mercado de trabalho, há de se ampliar os investimentos em qualificação profissional. A ausência de uma política adequada de educação também repercute negativamente no mercado de trabalho. O Brasil, infelizmente, ainda convive com formas arcaicas de exploração do trabalho – inclusive com a utilização de mão de obra escrava e a expressiva presença infantil no sistema produtivo. Tudo isso precisa ser corrigido. Para um país que necessita, mais do que evitar demissões, gerar novos empregos, importa efetuar investimentos nas áreas de habitação, saneamento e reciclagem de mão de obra; garantir preços justos e taxas de juros compatíveis para as atividades produtivas; proceder a ações conjugadas de suporte à agricultura, à construção civil, à exportação, às pequenas, médias e microempresas. Nesse ponto, ressurge também a questão da redução dos encargos trabalhistas, requerendo cuidadoso exame e discussão. Em resumo, medidas isoladas para evitar demissões são de pouca valia para a necessária e definitiva melhora das condições do mercado de trabalho no Brasil. Ao enfatizar a importância da preservação dos empregos dos trabalhadores frente à crise econômica que está desestabilizando as economias mundiais, reforço, pois, o apelo para que Governo, Legislativo, Judiciário, representantes dos diversos segmentos da economia, sindicatos, partidos políticos, imprensa, trabalhadores, sociedade, todos enfim, assumam como prioritária a questão do emprego, agindo em defesa dos interesses maiores da economia, do desenvolvimento do País e dos legítimos direitos do trabalhador. Sras. e Srs. Deputados, antes de encerrar o meu pronunciamento, registro que hoje dei entrada a requerimento solicitando audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia, para avaliar o sistema de telefonia fixa e móvel e o serviço de Internet no Estado do Amazonas e na Amazônia. Também peço uma avaliação, pela Comissão da Amazônia, dos investimentos em abastecimento e saneamento na Amazônia. Quarta-feira 7 31807 Sr. Presidente, peço a V.Exa. que autorize a divulgação do meu pronunciamento nos órgãos de comunicação da Casa. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Manato) – V.Exa. será atendido. O SR. MARCIO JUNQUEIRA (DEM – RR. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho à tribuna na tarde de hoje para dar conhecimento à população das posições antidemocráticas e – por que não dizer? – até ditatoriais do Partido dos Trabalhadores do meu querido Estado de Roraima. Refiro-me ao Diretório Regional – até porque entendo que há grandes democratas dentro do Partido dos Trabalhadores –, mais especificamente, Deputado Luiz Couto, à situação da candidatura ao Senado Federal no meu querido Estado de Roraima. Nosso Estado elegeu o Senador Augusto Botelho, que ainda está no exercício do seu mandato. S.Exa. tem honrado o voto conferido pelo povo de Roraima, tem honrado suas raízes e tem honrado o Partido dos Trabalhadores, que não age da mesma forma com o Senador, quando lhe tira o direito de concorrer à reeleição. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, aflora o sentimento de que esse é um partido – repito que se trata do Diretório Regional – que usa seus filiados e os joga fora. O Senador Augusto Botelho, que se elegeu nas fileiras do PDT, atendeu ao chamamento do Partido dos Trabalhadores. Saiu do PDT e filiou-se ao PT no primeiro ano de mandato. Cumpriu todas as missões que lhe foram confiadas: votou com o Governo e o defendeu, às vezes até cortando a própria carne; assumiu posições corajosas – duvido que seriam assumidas por alguns membros do Partido dos Trabalhadores no Senado. No entanto, de forma covarde e traiçoeira, numa convenção, tiram-lhe o direito de concorrer à eleição. Não faço este pronunciamento na condição de Deputado de oposição, mas de eleitor roraimense. Do alto da tribuna da Câmara dos Deputados, cobro uma explicação plausível – e sei que não há. Volto a repetir: a postura do Partido dos Trabalhadores em relação ao roraimense, ao brasileiro, ao cidadão que orgulha o nosso Estado, Senador Augusto Botelho, foi covarde. A história, Sr. Presidente, irá registrar este fato, para que sirva de alerta àqueles que, às vezes, escutam o canto da sereia: o Partido dos Trabalhadores de Roraima usa seus filiados e os joga fora, como se fossem um pedaço de papel. Termino, Sr. Presidente, solidarizando-me, mais uma vez, com o Senador Augusto Botelho – já o fiz, de 31808 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS forma pública, em Roraima, e volto a fazê-lo agora, da tribuna da Câmara dos Deputados. S.Exa. é um Senador de conduta ilibada, que orgulha Roraima, que teve a coragem que muitos não tiveram. Mas, infelizmente, sofreu essa traição. Deus não dorme. Continue firme, Senador Augusto Botelho. Continue reto e honesto. Se o Partido dos Trabalhadores não se orgulha do Senador Augusto Botelho, nós, roraimenses, temos muito orgulho de S.Exa. O SR. PEDRO WILSON – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. PEDRO WILSON (PT – GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, convidado a participar da inauguração do Memorial do Araguaia, no dia 11 do corrente mês, em Xambioá, Estado do Tocantins, pelo Instituto de Apoio aos Povos do Araguaia – IAPA, o Deputado Constituinte de 1987/88 Agassiz Almeida, incentivador dessa iniciativa que culminou com a construção do Memorial e autor dos clássicos da literatura brasileira A República das elites e A Ditadura dos Generais, endereçou uma mensagem ao Diretor do IASPA, Zezinho do Araguaia, que peço seja transcrita nos Anais desta Casa. Trata-se de uma homenagem aos brasileiros que lutaram naquela região. DOCUMENTO A QUE SE REFERE O ORADOR Descortinamos naquele memorial do Araguaia a verdadeira história do povo brasileiro Convidado a participar da inauguração do Memorial do Araguaia, no dia 11 do corrente mês, em Xambioá (Tocantins), pelo Instituto de Apoio aos Povos do Araguaia – lAPA, o deputado constituinte de 1988 e escritor Agassiz Almeida, um dos incentivadores desta iniciativa que culminou com a construção deste Memorial. Agassiz Almeida é autor destes clássicos da literatura brasileira: “A República das elites” e “A Ditadura dos Generais “. Nesta oportunidade, endereçou à diretoria deste Instituto esta mensagem, cujo teor transcrevemos. Para Zezinho do Araguaia Instituto de Apoio aos Povos do Araguaia, lAPA Anfiteatro do Memorial do Araguaia Bairro Baixa Fria Xambioá – Tocantins Caro Zezinho: Ao descortinarmos este templo, o Memorial do Araguaia, esforço e luta de tantos Julho de 2010 abnegados, à frente este construtor de sonhos, Zezinho do Araguaia, erguido no seio da floresta amazônica como o mais alto tributo àquela plêiade de jovens que, na década de setenta do século XX, abraçou ideais democráticos e por eles tombou em holocausto contra a tirania militar que a todos trucidou num covarde genocídio. Neste Memorial, a história de jovens que sonharam, lutaram e morreram assassinados pela sanha militarista, está salvaguardada e contará às futuras gerações que intimoratos revolucionários não se curvaram a um exército furioso de dez mil homens, braço armado da Ditadura Militar. Sentimentos de admiração e espanto nos dominam quando nos movemos por entre as paredes e colunas naquele Memorial do Araguaia. Passos dos jovens exterminados povoam os espaços e salas deste templo histórico, na mesma dimensão dos mártires que há mais de dois mil anos no desfiladeiro das Termópilas, na Grécia, não se renderam ao poderoso exército de Dário. No Memorial do Araguaia, vamos encontrar como um punhado de bravos assumiu um destino com todo o heroísmo. Mostraram-se altaneiros e superiores ao contemplar o porvir e se sobrepujaram muito além dos seus covardes algozes, cujos olhares odientos ensanguentaram a consciência da nação com infames crimes de lesa-humanidade, desatando-se num final oprobioso de uma tipologia criminosa desconhecida nos anais da história da humanidade: fizeram desaparecer os corpos dos vencidos. Que covardia inominável! O que almejavam as gerações de 60 e 70 do século passado? Queriam um país embalado pelas liberdades democráticas e livre do garroteamento dos banqueiros e militares. Queriam reformas estruturais que possibilitassem ao brasileiro condições básicas de vida e, para tanto, lutaram por reformas agrária, tributária e educacional. Queriam que o Brasil não se fizesse um simples joguete da poderosa superpotência norte-americana. Queriam a liberdade de criar, pensar, construir seus destinos e não ser escrava de nenhuma força política ou econômica. Que grandes criminosos os tiranos da Ditadura Militar! Eles assassinaram estes sonhos. Com a inauguração deste Memorial no coração da selva amazônica, a história do sé- Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS culo XX conheceu um dos seus mais heroicos capítulos: setenta jovens imolaram-se ante a furiosa sanha criminosa de um exército de dez mil homens. Que ideais as gerações de 60 e 70 personificaram? A humanidade sacudia-se por novas energias como se as forças criadoras da geração de 1789 que eclodiram na Revolução Francesa trouxessem as suas flamas e ideais aos combatentes do Araguaia. Eles personificaram, em utopias, as suas ações e criaram os seus próprios deuses, deuses não conduzindo bastão para a propagação da fé; Não. Deuses para a construção de templos de lutas e de transformação histórica. Naqueles momentos de luta no Araguaia, aqueles jovens olharam uma nova humanidade, na qual pudessem abraçar o futuro, e o homem não fosse um mero autônomo de poderosas forças. Visualizaram um Homem livre. Livre numa dimensão em que a liberdade fosse apanágio de uma verdadeira democracia. Aqui, neste Memorial do Araguaia, erguese um templo de grandeza e heroísmo que há de se projetar “seculum seculorum “. Aquelas gerações despontaram para o mundo cheias de energias, sonhos, ideais e decisões. Jovens de quase todas as nações procuravam olhar novos horizontes. Que horizontes! Que a humanidade lhes deixasse a passagem para as suas utopias. Que heroica geração os chãos da América do Sul geraram, na mesma grandeza daquela que fez irromper a Revolução Russa de 1917. Um militarismo cego, insano e comprometido com as forças do passado devastou covardemente nos porões dos quartéis e na floresta do Araguaia os ideais de uma brava geração. Onde estão os assassinos de crimes de lesa-humanidade? Prisioneiros do Tribunal da História; carrascos deles próprios. Desfilam nas suas consciências o maior dos pesos: a covardia. Nunca assumiram seus atos nefastos. Enquanto os delinquentes de crimes oprobiosos fogem da justiça e do julgamento da História, amparados numa anistia promulgada por um Congresso de emasculados, alteia-se no seio da hiléia amazônica o Memorial do Araguaia, monumento a se projetar pelos tempos afora como o mais alto instante de resistência e luta do povo brasileiro. Quarta-feira 7 31809 A quem falará este Templo da História? Aos guerrilheiros de sonhos. Eles se fizeram heróis; trucidados por uma infame covardia, aureolaram-se mártires da liberdade. Olhemos aquele monumento histórico, lá no norte do Tocantins, como uma das mais altas passagens da nossa história de 500 anos. Ele se ergue como um enorme basta à ferocidade, à insensatez e ao cinismo de certos vultos humanos que querem negar ao povo brasileiro conhecer a sua história e os seus heróis e, ademais, o direito de ferretear com o estigma da condenação histórica tipos degradados que, à sombra do Estado militar, praticaram delitos de lesa-humanidade. Olhemos aquele Memorial. Nele e através dele, podemos dizer às gerações de hoje e às que hão de vir que nós fomos dignos na oposição a uma tirania militar furiosa. Apequenados e desvairados, onde estão os criminosos de lesa-humanidade, fujões da justiça e da história? “Onde... onde encontrá-los?”, pergunta a mãe de um morto desaparecido de 16 anos na heroica epopeia do Araguaia. Uma mística revolucionária sacudiu as gerações de 60 e 70 do século XX. Tudo naqueles jovens era extravagantemente renovador. De que mundo se desatavam? Onde e como adquiriram a vocação revolucionária?! Aureolava-os um toque de liberdade dos povos. Onde se encontravam? No Vietnam, no Afeganistão, em Cuba, na Argentina, na França, no Nordeste do Brasil, no despertar de milhões de camponeses e, finalmente, no Araguaia, na grandeza do epílogo de resistência à monstruosa tirania militar. Ao vê-los partir para a luta contra a Ditadura Militar no Araguaia, uma voz gritou: “Jovens, vós sabeis sentir quando a hora é de saber pensar?”. “Não!”, respondeu Dinalva de Oliveira, heroína do Araguaia: “amamos e pensamos uma pátria nova”. Encerre-se esta mensagem. Grave-se este chamamento de um revolucionário: vos enim ad libertatem vocati estis frates – “Vós sois chamados à liberdade, irmãos.”. Podemos fazer inserir no frontispício deste Memorial do Araguaia esta legenda: Aqui, neste templo, um sonho jaz e se alteia como chama perene contra a opressão. Às futuras gerações, os ventos que hão de vir. Saudações históricas, Agassiz Almeida. 31810 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a palavra, pela ordem, ao nobre Deputado José Rocha. O SR. JOSÉ ROCHA (PR – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero registrar que participei dos festejos de São Pedro no Município de Oliveira dos Brejinhos, no meu Estado, no último dia 2. Foi uma festa muito bem organizada pela Prefeitura Municipal, através do Prefeito Silvinho, do VicePrefeito Ferrugem, dos Vereadores e da Presidenta da Câmara Municipal, Terezinha. Estive presente, juntamente com o Deputado Estadual Reinaldo Braga, nessa programação, repito, muito bem organizada pela Prefeitura e que teve a participação de toda a comunidade. Merece registro a maneira como o Prefeito Silvinho, de Oliveira dos Brejinhos, vem administrando o Município: fazendo obras importantes e, sobretudo, contando com o apoio da população. Portanto, fiquei muito feliz de estar participando desses festejos ao lado do Prefeito Silvinho. Também o Município de Aracatu festejou o São Pedro. O Prefeito, coincidentemente, também de nome Sílvio, realizou uma belíssima festa com a participação do Vice-Prefeito Armando, dos Vereadores e de personalidades do Município. A Secretária de Cultura, Turismo e Desportos, Juliana Maia, fez uma programação festiva que contentou a todos. Portanto, também merece registro o festejo de São Pedro no Município de Aracatu, no meu Estado. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Domingos Dutra. S.Exa. dispõe de até 5 minutos na tribuna para o seu pronunciamento. O SR. DOMINGOS DUTRA (PT – MA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, depois de alguns dias ausente, retorno à tribuna e, neste primeiro pronunciamento, quero agradecer, do fundo do coração, a todos – Deputados e Deputadas, Senadores e Senadoras e entidades da sociedade civil – que foram solidários comigo, com o companheiro Manoel da Conceição e com a maioria dos filiados e dirigentes do PT do Maranhão, diante da decisão de se fazer com que o Partido dos Trabalhadores do Estado se coligasse oficialmente com o partido da atual Governadora Roseana Sarney. Quero, portanto, ratificar meus agradecimentos a todas essas pessoas. E, em outra oportunidade, vou fazer questão de citar, nome por nome, os Deputados, Deputadas, Senadores e Senadoras que nos apoiaram e as entidades do Maranhão e do País que foram solidárias à nossa luta, que não se deu apenas Julho de 2010 em defesa do partido no Maranhão, mas da democracia no Brasil. No Maranhão, a democracia tem sido reiteradamente ferida por atitudes autoritárias do Presidente do Congresso Nacional, Sr. José Sarney, que, quando perde as eleições no Estado, consegue mudar o resultado em Brasília. Mas, Sr. Presidente, nesse caso, o esforço, a traquinagem e as chantagens do Senador Sarney não tiveram os efeitos desejados. O principal objetivo do Senador Sarney era o de evitar a candidatura do Deputado Flávio Dino, do PCdoB, numa aliança com o PSB e, até antes da intervenção, também com o PT, para o Governo do Estado. O Senador José Sarney queria privatizar a popularidade do Presidente Lula, apropriar-se dos símbolos e da bandeira do PT e, indevidamente, da candidatura da ex‑Ministra Dilma Rousseff. O jogo do Senador Sarney era deixar, de um lado, o ex-Governador Jackson Lago, que apoia o candidato José Serra e, do outro, um palanque exclusivo para sua filha. Esse objetivo, porém, não foi conquistado. Ontem, às 16h, o Deputado Flávio Dino registrou sua candidatura, e, neste momento, está acontecendo o primeiro ato de sua campanha na Rua Grande, principal rua de São Luís, onde se concentra a maioria da população da Ilha de Upaon-Açu. Portanto, está ocorrendo agora uma grande caminhada que tem à frente o Deputado Flávio Dino, junto com o PSB, o PPS – que acabou se incorporando à campanha – a banda boa do PT e os movimentos sociais. Devo ressaltar que vamos continuar lutando no Maranhão, para que o nosso Estado seja incluído no mapa do Brasil. É impossível que, enquanto em todos os Estados do País os grupos se alternam no poder, o Maranhão continue como cantiga de grilo. Lá, há 46 anos, uma família se apoderou do poder e assim quer se eternizar, valendo-se das marcas do Governo Lula, da popularidade do Presidente e dos símbolos do PT. Portanto, no Maranhão, vamos enfrentar mais essa batalha. Temos certeza de que vai haver segundo turno no Estado, e, nesse segundo turno, ocorrerá um plebiscito, como ocorreu nas eleições de 2006. O grande medo do Senador Sarney é justamente o de haver um segundo turno, quando a disputa é mano a mano. Sabe o Senador que, aí, a população vai se unir para libertar o Estado da opressão, do medo, da coação, das ameaças dessa família que se apropriou do Poder Executivo Estadual e, a partir dessa apropriação, promoveu um processo de coação, de medo absoluto sobre os Prefeitos, que são obrigados a apoiar a Governadora e os seus candidatos. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sr. Presidente, vamos fazer um mutirão cívico democrático por meio da candidatura do Deputado Flávio Dino, das forças sociais, da FETAEMA, da FETRAF, da CUT, dos movimentos relacionados à moradia, das associações de quebradeiras de coco, do movimento negro, enfim, de todas as organizações sociais, para pôr fim a essa ditadura instalada no Estado desde 1966, quando o Senador Sarney se apropriou do Governo do Maranhão. Tenho certeza de que, desta vez, haverá mudanças. E não haverá justiça eleitoral que tome o mandato de quem for eleito. Agradeço, mais uma vez, aos Parlamentares e aos movimentos sociais que foram solidários conosco durante os 8 dias em que estivemos neste plenário em um movimento democrático em favor da democracia e da liberdade. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a palavra ao Deputado Walter Pinheiro. O SR. WALTER PINHEIRO (PT – BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ouvi atentamente o meu companheiro Domingos Dutra. Ontem, no País inteiro, nós experimentamos um dos momentos mais importantes no processo de consolidação democrática, que foi o ato de registro de chapas. Na Bahia, registramos a nossa chapa, encabeçada pelo Governador Jaques Wagner, que caminha para o processo de reeleição, tendo como seu companheiro de chapa o ex-Governador e ex-Presidente da Assembléia, Otto Alencar. A chapa para o Senado nós temos a honra de compor juntamente com a Senadora Lídice da Mata, que, com certeza, terá um papel importante, decisivo, atuando em conformidade com o que a chapa majoritária deve empreender nos 3 meses de campanha, em um processo natural de conquista das 2 vagas do Senado. Esse é o desafio que temos na Bahia. Trata-se de um desafio lastreado naquilo que foi construído ao longo dos nossos mandatos – o meu e o da Deputada Lídice da Mata – nesta Casa. Estou no quarto mandato, enquanto a Deputada Lídice da Mata teve também oportunidade de ser Deputada Constituinte e Prefeita de Salvador. Nessa nossa trajetória, apontamos como desafio para a Câmara dos Deputados, entre outros, a discussão envolvendo o papel e a importância deste Parlamento, no que diz respeito não só à aprovação de matérias, mas principalmente à aplicação dos recursos públicos e à definição de uma matriz de investimento, o que fez com que, ao longo dos anos, pudéssemos promover uma verdadeira transformação na sociedade. Quarta-feira 7 31811 Na história deste País, nos últimos 7 anos e 6 meses, assistimos a uma revolução em investimentos públicos, que ultrapassam a casa de 40 bilhões de reais, e em transformações inclusive locais, como os recursos anunciados para o Plano Safra, para a agricultura no País inteiro, da ordem de 16 bilhões de reais. Com esse investimento passaremos a ter mais geração de trabalho e melhores condições de vida em cada canto do Brasil. Particularmente, no Estado da Bahia, os investimentos patrocinados pelo Governo Estadual, em parceira com o Governo Federal, na área de saneamento e na área de infraestrutura – com a recuperação e a reconstrução de estradas e a chegada de novos equipamentos decisivos para o crescimento econômico, como ferrovias e portos – reequiparam o Estado, preparando-o para outra etapa de desenvolvimento. Por isso, Deputado Claudio Cajado, V.Exa. terá, nessa eleição que compartilhou comigo como Deputado, a oportunidade de contribuir para que nós possamos levar ao Senado da República uma experiência consolidada, lastreada em uma luta ao longo de todos esses anos, não só como Deputado, mas até, anteriormente, como Vereador, como militante da causa política, do movimento sindical, do movimento estudantil. Este é um novo desafio. Mas um novo desafio anuncia também um novo tempo. Este é um novo desafio diante de um novo Brasil; um novo desafio diante também de uma nova Bahia, que se estabelece com base em novos paradigmas, principalmente agora, quando podemos ter, de forma tranquila, livre e soberana, não só esses níveis de investimentos, mas também a participação de todos, independentemente de coloração partidária. Portanto, nesse cenário, no dia de ontem tivemos a oportunidade de apresentar, no Tribunal Regional Eleitoral da Bahia, a nossa chapa. Além da chapa majoritária – Governador, Vice-Governador, 2 Senadores –, nós também registramos as nossas coligações, os nossos companheiros para os cargos de Deputado Federal e Estadual. Espero que ainda nesta semana tenhamos oportunidade de preparar caminho exatamente para a nossa volta em outubro, quando haveremos de consolidar o orçamento e, consequentemente, ampliar as condições de investimento para o nosso Estado, como também para a União. Espero que também tenhamos a oportunidade de, nestes dias, até 14 e 15, em que haverá a última sessão, de aprofundarmos os entendimentos sobre o pré‑sal, a sua distribuição de forma equânime atendendo às necessidades e às demandas de todo o País, bem como as questões que envolvem o Judiciário, as 31812 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS negociações com os seus servidores; os agentes de saúde, tanto os comunitários como os de combate a endemias; e a PEC nº 300, quando teremos a oportunidade de discutir um texto que se ajuste a essa necessidade e aos interesses desses trabalhadores. O SR. CLAUDIO CAJADO (DEM – BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, venho à tribuna, com muita tristeza, informar ao Plenário da Câmara dos Deputados uma realidade nefasta, fruto de incompetência de gestão política e principalmente da vontade de cumprir, depois de eleito, os compromissos políticos assumidos. Sr. Presidente, com muita tristeza, informo que Apuarema, no Estado da Bahia, foi o município com o pior índice de desenvolvimento na educação básica no Estado da Bahia. Esse Município, do qual fui representante no ano passado, ao lado do ex‑Prefeito Washington, tem, por meio da atual gestão, essa triste notícia a dar à Bahia e ao Brasil. Com certeza, entristecem também os alunos, que precisam de uma escola pública de qualidade, mas infelizmente não a terão. Isso, Sr. Presidente, é um descompromisso com o povo de Apuarema, com a cidade, que tanta alegria nos deu e ainda dá. A atual gestão faz com que a educação não seja levada a sério. Lamento muito dar essa informação. Espero que o alerta faça com que o Governo Municipal de Apuarema, no Estado da Bahia, ultrapasse esse descaso, levando em consideração o trabalho do ex-Prefeito Washington, ao encarar como responsabilidade uma ação profícua, proativa e de excelência na educação. Sr. Presidente, o Município de Dário Meira também foi citado com um dos piores índices de desenvolvimento da educação básica no Estado da Bahia. De igual forma, tive oportunidade de representá-lo como Deputado mais votado na época do ex-Prefeito Paulo Johnson, nosso querido amigo PJ, Presidente do Democratas naquela cidade. Diante de diversas irregularidades e descuidos administrativos, o Prefeito, inclusive sob investigação da Polícia Federal, está demonstrando que não leva a sério a educação no Município de Dário Meira. Lamento muito, Sr. Presidente, ter de dizer que os Municípios de Apuarema e Dário Meira são um exemplo negativo de uma postura política inadequada nos dias contemporâneos. Esses Municípios jamais poderiam deixar de levar a educação a sério, porque condenarão futuras gerações ao subemprego, ao subtrabalho, à condição de serem exploradas por benesses de políticos como esses que estão exercendo o poder local. Por isso ficam registrados o meu repúdio e a minha crítica, lamentando muito que a população de Dário Julho de 2010 Meira e Apuarema tenham de conviver com esse tipo de realidade, em que as administrações locais não levam em consideração a importância da educação como uma política pública responsável, que faça a diferença. Esses Municípios precisam se desenvolver e crescer com responsabilidade, voltados principalmente para o social, para o bem‑estar do povo que os elegeu. De igual forma, Sr. Presidente, neste último minuto, quero cumprimentar os municípios nos quais tive oportunidade de festejar os dias de São João e São Pedro, em especial as cidades de Seabra, Dias d’Ávila, Souto Soares, Ipupiara, Maiquinique, onde inclusive tive uma recepção extremamente calorosa. Quero agradecer ao Prefeito Jesulino, ao Presidente da Câmara, Léo, e a todos os políticos que lá me recepcionaram. Também gostaria de agradecer a recepção que tive nos Municípios de Baixa Grande, Iuiú, Pindaí e, em especial, América Dourada, onde o Prefeito Guina fez a maior festa de São Pedro do Estado da Bahia, demonstrando que não apenas é um grande administrador público, mas, acima de tudo, consegue afirmar a sua competência numa área de festejo, como no caso dessa festa, que foi a maior da região, embora aquele Município seja um dos menores integrantes da região de Irecê. Quero também agradecer ao povo de Ituberá, de Valença, de Camamu, de Nilo Peçanha, de Malhada, onde tivemos a oportunidade de passar esses momentos de alegria. Quero deixar claro o meu reconhecimento e a minha satisfação diante da alegria que pude constatar na receptividade a este Parlamentar. Tenho trabalhado arduamente, levando recursos e obras para essas cidades. Nesse momento de festejo, pude constatar, repito, a alegria e a receptividade do povo baiano a este Parlamentar, o que renova o meu compromisso e a minha responsabilidade de continuar à frente dessa representação, com orgulho e galhardia. Muito obrigado pela oportunidade, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Muito obrigado. O SR. RICARDO TRIPOLI (PSDB – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nobres Sras. e Srs. Deputados, acabamos de participar da audiência da Comissão Mista que analisa as possíveis alterações ao Código Florestal. Venho a esta tribuna com muita preocupação, uma vez que a matéria, inicialmente, não teve paridade, ou seja, não foi debatida por todos os atores que deveriam estar presentes a essa discussão. Por exemplo, o Ministério Público Federal não foi ouvido, a Sociedade Brasileira de Proteção à Ciência não foi Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ouvida, só alguns da sociedade civil foram convidados a participar desse debate. O Relator, obviamente buscando atender a um segmento, na minha opinião, enganosamente levado a aprovar a nova postura do Código Florestal, não vai fazer com que, com mais áreas derrubadas, com mais florestas queimadas, tenhamos melhor produção agrícola no País. Muito pelo contrário. Os países da Europa, que têm dimensão pequena, produzem mais e melhor, agregam valor ao seu produto, mas no Brasil há a visão equivocada de que, quanto mais puderem expandir a agricultura, melhor. Deveríamos fazer a proteção daqueles agricultores que têm a dimensão e agregam valor ao seu produto. Deveríamos discutir a importância da preservação do maior berço da biodiversidade de todo o planeta: a floresta amazônica. Deveríamos defender as regiões indígenas no nosso País, porque os índios chegaram antes do que nós e têm a sua comunidade já fixada num determinado local. Vejo que há um equívoco. Fomos a Copenhague e defendemos uma postura de mudanças climáticas, de acordo com a meta brasileira. O Presidente Lula, na ocasião, assumiu o compromisso de redução de 36% a 38% da emissão dos gases de efeito estufa. Porém, a aprovação desse relatório vai na contramão do que disse o Presidente, que agora deve assumir uma das duas posições: ou vai à Organização das Nações Unidas e diz que o que ele disse não era verdade, que as metas não serão cumpridas – e aí fica muito claro que ele mentiu durante o encontro mundial de meio ambiente, em Copenhague –, ou determina à sua base de sustentação que vote contrariamente ao projeto que virá a plenário. Essa é a primeira ponderação que faço. Em segundo lugar, Sras. e Srs. Deputados, é a primeira vez que vejo um país com uma riqueza tão grande – temos no Brasil 12% da água doce de todo o planeta – diante dessa possibilidade: se aprovarmos as medidas contempladas pelo Relator na Comissão Mista que trata do Código Florestal, estaremos, obviamente, diminuindo os espaços em que a produção pode crescer. Não temos aqui um discurso contra o setor agrícola. Muito pelo contrário. Eles deveriam, na verdade, modernizar o seu processo de produção e não atacar a questão ambiental como se fosse simplesmente uma questão de diletantismo, uma questão filosófica. A questão ambiental trata de melhoria da qualidade de vida das pessoas que vivem no Brasil, mais especificamente nessas regiões em que ainda há preservação ambiental. O Brasil ainda sofre a biopirataria, sobre o que, obviamente, não há manifestação governamental. Quarta-feira 7 31813 Agora, a questão é encaminhada por alguém que dá sustentação ao Governo, o Deputado Aldo Rebelo. Seria importante que não votássemos essa matéria antes das eleições e que reabríssemos essa discussão depois, para que, com clarividência, com os pés no chão e a cabeça centrada, pudéssemos dar condições ao Brasil de conviver com os avanços do desenvolvimento, acoplado ao processo e à responsabilidade da questão ambiental. Temo muito, Sras. e Srs. Deputados, pelo recuo que teremos aqui, porque os nossos produtos deverão ter selo verde, certificação no mercado internacional. No mundo globalizado, esse é o equívoco que comete o setor do agronegócio. Esse projeto estará fadado a enterrar o segmento agrícola no nosso País. Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente, nobres Srs. Deputados. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Muito obrigado, nobre Deputado. O SR. PRESIDENTE (Manato) – Tem a palavra pela ordem o Deputado Arnaldo Faria de Sá. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, eu queria comunicar à Casa que nós tivemos um encontro com o Presidente Michel Temer, com o Líder Henrique Eduardo Alves, com o Ministro Padilha, com o Líder Cândido Vaccarezza e com o Líder Fernando Ferro – o Deputado Colbert Martins também estava presente –, e o Presidente Michel Temer ajustou que hoje, na sessão extraordinária, nós votaremos a PEC nº 300, uma grande conquista de todos aqueles que acreditavam que isso poderia ocorrer. Quero deixar registrado, Sr. Presidente, que nós estivemos na Associação de Aposentados de Jundiaí, que estão cobrando a votação do Projeto de Lei nº 4.434, de 2008, que trata da recuperação das perdas, do qual fui Relator. Houve um grande abaixo assinado. Cumprimento o Presidente da Associação, Edegar, e o Presidente da FAPESP, Antônio, que estão mobilizados nesse sentido. Também quero cumprimentar o Vereador Jorge Schneider, de Campinas, pela grande reunião feita lá na Associação de Amigos do Jardim Garcia, mostrando empenho e dedicação. Cumprimento também o Dr. Roberto Haddad, Presidente do Tribunal Regional Federal – TRF de São Paulo, pela posse dos novos desembargadores, mostrando a pujança do TRF da 3ª Região, que é extremamente importante. Registro também o encontro que tivemos no Undokai da ACENIPA de Itaim Paulista... (O microfone é desligado.) 31814 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Manato) – Concedo a palavra à nobre Deputada Vanessa Grazziotin. A SRA. VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PCdoB – AM. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, companheiros e companheiras, em primeiro lugar, registro que a imprensa publicou o resultado de um trabalho de pesquisa e monitoramento, por aproximadamente 30 dias, por parte da empresa Codeazur, que monitorou todos os sites das 26 Unidades da Federação, acerca da qualidade, da eficiência, da efetividade dos sites de transparência dos Governos Estaduais. A partir da promulgação da Lei Complementar nº 131, que trata da transparência no setor público, obrigam-se todos os entes públicos – Governo Federal, Ministérios, Prefeituras, Governos Estaduais, Tribunais de Justiça, Tribunais de Contas, Ministério Público – a publicarem no Portal da Transparência todos os dados relativos à administração pública, às licitações, às contratações de empresas, às compras efetuadas, assim como aos pagamentos efetivados e aos recursos arrecadados. Muito me alegra ver que nessa pesquisa o meu Estado, Amazonas, ficou na quarta posição, perdendo apenas para os Estados de Minas Gerais e São Paulo, que estão na mesma linha, os Estados de Alagoas e Bahia, na sequência, o Estado do Amazonas. Tiveram a mesma classificação São Paulo, Rio Grande do Sul e Maranhão. Obviamente, todos os sites, até o melhor deles, o de Minas Gerais, apresentam alguns problemas de acessibilidade, de falta de pormenorização e detalhamento mais claros na publicação sobretudo das despesas e dos pagamentos efetuados. Entretanto, penso que essa lei – tive o prazer de relatá-la na Comissão da Amazônia – tem uma importância muito grande para o País porque exige transparência de todo segmento público, de todos os setores da administração pública. Não há melhor caminho de combate à corrupção do que a transparência, uma vez que dá oportunidade à população, àqueles que mensalmente recolhem tributos para o Governo... Esse é o melhor caminho para que a aplicação desses recursos públicos não seja desviada e seja feita da melhor forma possível. Fico feliz em ver que o Amazonas está nas primeiras colocações. Esperamos que, mesmo assim, o Amazonas e os demais Estados melhorem, e muito, seus portais da transparência, garantindo à população o acesso em tempo real à movimentação financeira e a todos os atos do Poder Público. Em segundo lugar, com muita alegria, falo a respeito do resultado do IDEB, que mostra que também Julho de 2010 o meu Estado atingiu números e percentual além da meta. No ensino do 4º ao 5º ano havia a meta estabelecida de 3,5. O Amazonas alcançou 3,9. Até o 9º ano havia a meta de 2,9, o Estado atingiu 3,5. Destaco o Município de Japurá, do Prefeito Guedinho, cuja meta não havia sido alcançada em 2007. Em 2009, a meta era de 2,8, e o Município atingiu 3,8. O Prefeito José Guedes, conhecido por todos como Prefeito Guedinho, tem feito um esforço muito grande, inclusive está em Brasília para assinar um convênio com o Governo Federal para garantir a construção de uma creche, a primeira daquele Município. Sou testemunha do empenho do Prefeito Guedinho e no nome dele quero cumprimentar a maioria esmagadora dos municípios do Amazonas que alcançaram a meta. Dos 62 municípios apenas 5 não a alcançaram. O avanço de 2007 para 2009 foi significativo, muito importante, e isso se deve não apenas ao esforço do Governo Federal, do Governo Estadual, mas sobretudo aos Prefeitos Municipais. Muito obrigada. A SRA. RITA CAMATA (PSDB – ES. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nossa Constituição, em seu art. 208, inciso III, determina como dever do Estado brasileiro garantir atendimento educacional especializado às pessoas com deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino. O Brasil tem uma população de mais de 25 milhões de deficientes, e dados do Censo Escolar MEC/ INEP apontam que nosso País hoje tem mais de 600 mil alunos especiais. Cerca de 375 mil são atendidos em escolas exclusivamente especializadas e pouco mais de 260 mil em escolas da rede regular. Sessenta por cento do total desses alunos estão no sistema público e 40% no sistema privado, sendo que, em quase sua totalidade, são atendidos pelas APAEs e Pestalozzis, que, por mais de 5 décadas, têm contribuído com a formação pedagógica e profissional das pessoas com deficiência. Congresso Nacional constitucionalizou a inclusão das pessoas com deficiência no sistema educacional regular ao incorporar a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Não há dúvidas de que precisamos promover toda uma reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas para que respondam à diversidade dos alunos numa abordagem humanística, democrática, percebendo suas singularidades, e mais, oferecendo professores capacitados, metodologia pedagógica e uma estrutura física adequada que favoreça sua inclusão, sua mobilidade. Porém, mais do que a reestruturação física e de pessoal para promover a inclusão, fazem-se necessá- Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS rias a parceria e a concordância espontânea das famílias desses alunos no processo. Lamentavelmente o que estamos vendo no nosso País hoje é a prática arbitrária das autoridades educacionais, promovendo a retirada desses alunos dos centros de educação especial públicos ao completarem 18 anos de idade, usando o argumento da inclusão para literalmente jogarem essas pessoas na rede regular de ensino ou no Programa EJA – Educação de Jovens e Adultos, um sistema educacional que comprovadamente não está pronto e ainda não é adequado para recebê-los, não possui condições de atendê-los em suas singularidades e necessidades especiais. Diante do drama pelo qual passam hoje milhares de famílias brasileiras, apresentei proposta de emenda à Constituição, a de número 347, de 2009, visando alterar o dispositivo constitucional que trata da garantia do atendimento educacional especializado, para determinar que esse atendimento seja independente da idade e nível de instrução do aluno especial. A proposta foi apresentada a partir da demanda de famílias de alunos especiais que estão sofrendo com a iminente expulsão de seus filhos dos centros de educação especial devido às restrições ao pleno acesso, porque a aceitação e a permanência desses alunos especiais estão se baseando no critério etário. A metodologia utilizada para avaliar a capacidade das pessoas com deficiência tem-se pautado pela sustentação do argumento, questionável, de que após os 18 anos de idade essas pessoas não mais respondem a estímulos de aprendizagem, atingindo a chamada terminalidade. Dessa forma, em vez de incluir os alunos na rede regular, o Estado, na verdade, vem transferindo aos pais a responsabilidade exclusiva pela continuidade da educação formal de seus filhos deficientes intelectuais maiores de 18 anos, sendo que muitos desses pais, eles mesmos, sem qualquer instrução educacional. Compartilho da angústia em que vivem esses pais, com quem sou solidária, a fim de que façamos uma transição sem que essas pessoas sofram ou sejam ainda mais discriminadas do que já são na sociedade. Mascara-se a negativa da permanência desses alunos no sistema de educação especial por meio de subterfúgios como a participação em oficinas pedagógicas, as quais, em vez de serem acrescentadas à grade horária normal, passam a ser a única atividade oferecida pela escola e em apenas 2 dias úteis da semana, alterando sobremaneira suas rotinas, dificultando a frequência daqueles que fazem uso de medicação controlada, o que, invariavelmente, resulta em sonolência, incapacidade de adaptação, entre outros efeitos colaterais. E quando esses alunos especiais são Quarta-feira 7 31815 colocados em turmas de acordo com sua faixa etária, em vez de sua capacidade mental, vê-se como consequência sentimento de rejeição, surtos e problemas de relacionamento familiar. Os alunos especiais, maiores de 18 anos, precisam ser vistos nas suas diferenças, para que prevaleça, de fato, o princípio da igualdade, da inclusão. Eles e suas famílias devem ser respeitados enquanto sujeitos de direitos, à luz da dignidade humana. O discurso da inclusão não pode ser sinônimo de arbitrariedade e assédio moral contra as famílias de alunos especiais que desejam manter seus filhos no sistema de educação especializada. A Constituição é clara ao usar o termo “preferencialmente”, na rede regular de ensino, e não “obrigatoriamente” quando dispõe sobre o oferecimento da educação às pessoas com deficiência. O ensino especial existe em todos os países, em menor ou maior grau, seja em escolas de frequência diária, seja em pequenas unidades ligadas à escola de ensino regular. O processo de inclusão dos alunos especiais na rede regular de ensino tem que ser feito de forma gradativa. Não se pode extingui-lo por decreto, portarias do Ministério da Educação ou resoluções do Conselho Nacional de Educação ou utilizar de pretextos, como o critério etário, para forjar uma inclusão que, de fato, não existe e para a qual, concretamente, não há estrutura profissional, pedagógica e muito menos física, sem medidas efetivas de apoio individualizado. Faço um apelo ao Deputado Carlos Willian, Presidente da Comissão Especial que analisa a PEC nº 347, de 2009, para que solicite ao Relator, nobre Deputado Paulo Delgado, que apresente seu parecer e a Comissão vote a matéria. Várias audiências públicas já foram realizadas, todas as partes interessadas foram ouvidas, e não há mais argumentos que justifiquem a não apresentação e votação do parecer ao mérito da proposta, seja favorável, seja contrário. Nosso objetivo é o de incluir de forma humanizada e respeitosa, é deixar claro que o critério etário não pode ser argumento para retirar essas pessoas do ensino especial. E mais: cremos que a decisão de qual sistema de ensino é o mais adequado para os filhos é das famílias e não do Ministério da Educação, das Secretarias de Educação dos Estados ou dos Municípios ou mesmo de diretores de escolas. A liberdade de escolha, o convencimento, a parceria com as famílias, além da ação efetiva na estruturação da rede regular para receber os alunos especiais é que vão garantir a inclusão e não a retirada sistemática e arbitrária dos alunos do ensino especial público ao completarem 18 anos de idade. Era o que tinha a dizer. Muito obrigada. 31816 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Manato) – Muito obrigado, Deputada Rita Camata. O SR. CAPITÃO ASSUMÇÃO (Bloco/PSB – ES. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nobre Deputado Manato, do nosso querido Estado do Espírito Santo, Sras. e Srs. Deputados, conta a mitologia grega que Cérbero, um cão de muitas caras, ou melhor, de muitas cabeças, era o escolhido para tomar conta das portas do inferno. Eu venho falar de mitologia grega para fazer uma reflexão sobre o que está acontecendo na Câmara dos Deputados. Mais de 3 meses se passaram e a PEC nº 300 está parada nesta Casa por conta de Cérbero, esse cão de várias caras ou de várias cabeças que tomou para si a posição de guardião da porta do inferno, que, na verdade, é o inferno astral dos bombeiros e policiais militares: o Governo. O Governo está-se intrometendo nas atividades parlamentares. O Governo que cuide das suas coisas! Nós vamos tratar das nossas atividades parlamentares. Cérbero, no final, conforme a mitologia grega, foi derrotado por Hércules, que representa todos os bombeiros e policiais brasileiros, que saberão reconhecer a atitude draconiana e interventora desse Líder do Governo que vem constantemente procrastinando e solapando, de maneira intrometida, a votação do piso salarial nacional dos bombeiros, policiais civis e policiais militares. Esses trabalhadores da área de segurança pública precisam saber que a intromissão desnecessária e descomedida por parte do Líder do Governo não vai sair barata. Hércules derrotou esse cão de muitas cabeças. Os bombeiros, os policiais civis e militares, os trabalhadores da segurança pública saberão derrotar no momento certo esse Líder do Governo que se intromete nos assuntos atinentes ao Parlamento. É inadmissível que uma Casa que legisla em favor do povo brasileiro sofra a intromissão desse Líder do Governo, que chama para si a posição de Presidente da Câmara dos Deputados, como se o fosse. Parece-me que ele é o Presidente da Câmara de fato, porque dita a pauta, intromete-se até na pauta que deveria ser elaborada pelos líderes dos partidos. Isso é inadmissível! A PEC nº 300, de autoria do Deputado Arnaldo Faria de Sá, presente neste plenário, está parada aqui há mais de 3 meses. Falta somente votarmos os destaques. E Cérbero não deixa essa matéria ser votada, ou seja, ele está passando por cima da autonomia do Parlamento brasileiro. A maior parte dos Parlamentares desta Casa quer votar o piso salarial nacional. Na reportagem do site Congresso em Foco, edição de 6 horas da manhã de hoje, está a relação dos Julho de 2010 Deputados que votaram a favor da PEC nº 300. No dia da sua votação, no entanto, alguns Parlamentares não puderam comparecer a esta Casa para votar “sim”, a favor do trabalhador da segurança pública, por estarem desempenhando diversas atividades naquele momento. Mas esse número agora é muito maior. A intromissão deste ser mitológico, Cérbero, vai ser combatida. E Hércules, representado pelos bombeiros, policiais civis e militares, na hora certa, saberá derrotar esse cão que toma conta das portas do inferno. Cérbero é o inferno astral dos trabalhadores da segurança pública que querem apenas resgatar sua dignidade, e só conseguirão resgatá-la por meio da aprovação da PEC nº 300, de autoria do Deputado Arnaldo Faria de Sá. Muito obrigado, Sr. Presidente. O Sr. Manato, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Rômulo Gouveia, § 2º do art. 18 do Regimento Interno. O SR. PRESIDENTE (Rômulo Gouveia) – Concedo a palavra pela ordem ao Deputado Manato. O SR. MANATO (PDT – ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, desde ontem, Deputados Federais, Senadores, enfim, todos os homens públicos do nosso País registraram suas candidaturas para Presidente, Governadores, Deputados Estadual e Federal e Senadores. Agora teremos de esperar os Tribunais Regionais Eleitorais e o Tribunal Superior Eleitoral analisarem o nosso pedido. Acredito que alguns não conseguirão obter o registro por terem algo no passado que os condena, foram condenados pelo Tribunal de Contas do Estado, pelo Tribunal de Contas da União ou por um colegiado de segunda instância. Mas acredito que 95% dos candidatos realmente interessados em participar do processo político começarão a campanha a partir de hoje. Já de posse do seu número, poderão usar as ferramentas da Internet, como Twitter, Orkut, Facebook, entre outras. Está difícil produzirmos o material da campanha porque ainda não recebemos o CNPJ nem autorização para abrir a conta. Assim, como vamos produzi-lo? Por enquanto, podemos ir de casa em casa fazer algumas reuniões e expor os motivos pelos quais devemos voltar para esta Casa. Sr. Presidente, estou muito tranquilo e feliz com a coligação que o nosso partido fez para Deputado Federal. O Senador Renato Casagrande é nosso candidato a Governador e o Deputado Estadual Givaldo Vieira é candidato a Vice-Governador. Como candidatos ao Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Senado Federal temos o Senador Magno Malta, o atual Vice-Governador Ricardo Ferraço e a nobre colega Deputada Rita Camata. Acreditamos que vai ser uma boa disputa. As chapas proporcionais federais estão muito bem montadas, são pessoas muito capazes. Nos meus 8 anos de mandato, procurei trabalhar com muita transparência. Sempre me posicionei ao lado dos trabalhadores, sempre lutei para a correção do salário mínimo acima da inflação, como tem feito o Governo Lula. Hoje não discutimos mais o salário mínimo, que já tem regra clara e transparente. Eu sempre lutei pelos aposentados. Agora aprovamos o reajuste de 7,71%, acima da inflação, para os aposentados que ganham mais que um salário mínimo. Aprovamos também o fator previdenciário, que foi vetado pelo Presidente Lula, mas vamos discutir outra alternativa. Quando foi preciso estar ao lado dos trabalhadores para diminuir os impostos, como a CPMF, eu votei contra ela, e a CPMF foi extinta. Agora, na luta pela PEC nº 300, estou ao lado dos policiais civis e militares e bombeiros. O PDT está fazendo um trabalho com as centrais sindicais para diminuir a carga horária de 44 para 40 horas semanais, e eu também estou na luta por essa diminuição. Participei ativamente das discussões do FUNDEB e, na luta contra o nepotismo, fui Presidente da Comissão que apresentou projeto a partir do qual o Supremo Tribunal Federal editou a súmula vinculante. Por fim, deixo registrado que tenho uma marca que trago com muito orgulho: sou o único Deputado Federal desta Casa que não tem nenhuma falta em sessões deliberativas desde o dia 27 de setembro de 2005 – de 2007 para cá, há outros que não têm faltas. Tenho muito orgulho disso. Eu sempre tive a frequência como meta, e sempre trabalhei dessa forma. Entendo que outros colegas têm outros compromissos, mas eu sempre dou prioridade a esta Casa. Muito obrigado. O SR. JOSÉ ROCHA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Rômulo Gouveia) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. JOSÉ ROCHA (PR – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, registro, na tarde de hoje, a passagem do dia 2 de julho na Bahia. Comemoraram essa data Salvador e duas cidades do interior, Cachoeira e Caetité. Estive presente nesta última, onde a Prefeitura realizou um cortejo para festejar as lutas travadas na Bahia para consolidar a Independência do Brasil. Foi com muita honra que o Prefeito José Barreira, a Vice-Prefeita Fátima, as autoridades municipais e o povo participaram de um desfile muito bem organizado Quarta-feira 7 31817 pela administração municipal, que honrou a todos nós ao levar gente de toda a região para participar das comemorações, relembrando a batalha ocorrida na Bahia para consolidar a independência do nosso País. Portanto, parabenizo a Administração Municipal de Caetité, o Prefeito José Barreira, os Vereadores, a comunidade e todos aqueles que participaram do cortejo e do desfile, com muito civismo e sobretudo muito empenho, para manter sempre viva a lembrança dessa data tão importante para a Bahia e para o Brasil, o dia 2 de julho, que representa a consolidação da independência do nosso País. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Rômulo Gouveia) – Concedo a palavra ao Deputado Eugênio Rabelo. O SR. EUGÊNIO RABELO (PP – CE. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Ministério da Educação acaba de avaliar o Ceará como o Estado do Nordeste com maior Índice de Desenvolvimento da Educação Básica. Embora ainda não alcançando a média nacional nas duas etapas do ensino fundamental, na lista em que Minas Gerais e Distrito Federal dividem a primeira posição, com índice de 5,6, o Ceará alcança os maiores índices regionais, obtendo 4,4 nas 4 primeiras séries e 3,9 da 5ª à 8ª, considerando as escolas públicas e particulares na zona urbana do Estado. Os dados agora divulgados são referentes a 2009. O índice é calculado de 2 em 2 anos pelo INEP, órgão de pesquisa do MEC, numa escala de 0 a 10. Em relação a 2007, os índices também cresceram e a maior evolução foi nas séries iniciais, de 15,7%. No geral, o aumento é maior do que o do País no mesmo período. Ainda em 2009, o Ceará ficou com a décima maior nota de todo País e o Estado alcançou ou até superou as metas que haviam sido projetadas de melhoria para a educação nos níveis avaliados. Sr. Presidente, passo a abordar outro assunto. Pretendo fazer hoje, desta tribuna, minha homenagem aos 100 anos de fundação da Banda de Música Expedito Raulino, de Morada Nova, minha terra natal. Tudo começou em julho de 1910, precisamente no dia 5, com um pequeno grupo de músicos idealistas, tendo à frente um maestro, o Sr. Moura. Do grupo faziam parte Raimundo Rabelo, João Rabelo, Pedro Rabelo, Dico Hermínio e seu Quinca, entre outros. A iniciativa pioneira gerou a formação, em 1923, de uma pequena banda para a Igreja, destinada a tocar nas quermesses e alegrar as festas do padroeiro. Somente no final dos anos 50, foi possível evoluir para a organização de uma orquestra, a fim de realizar fes- 31818 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS tas dançantes, tanto em Morada Nova como em toda a região do Vale do Jaguaribe. Ficou na história o dia 8 de maio de 1945, quando a banda encabeçou a campanha pelo povo, uma passeata em comemoração à vitória dos aliados na 2º Grande Guerra Mundial. Atualmente encampada, desde 1973, pela Prefeitura Municipal e ganhando a denominação de Banda de Música Expedito Raulino, ela constitui um verdadeiro marco do patrimônio cultural de Morada Nova. Obrigado! O SR. CARLOS BEZERRA (Bloco/PMDB – MT. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o País é possuidor da maior biodiversidade do planeta, algo como 20% do número de espécies nele existentes, sem que até hoje tenha verdadeiramente se apropriado dessa riqueza. Este é o tema que hoje me traz à tribuna. No que tange à flora, por exemplo, ainda não estamos aptos a produzir, a partir dos princípios ativos das plantas existentes nos muitos biomas, fármacos em escala, de modo a nos posicionarmos na liderança do mercado internacional, hoje dominado por França, Japão e Alemanha, gerando divisas e, mais importante que tudo, beneficiando direta e significativamente o povo brasileiro. Trata-se, sem dúvida, de um erro estratégico inadmissível, o que, se não chega a ser uma novidade, continua a preocupar, nobres colegas, pela falta de políticas capazes de favorecer soluções para os problemas do setor. Tal como está, persiste um desinteresse evidente da iniciativa privada, assim como uma forte inibição de investimentos. As empresas nacionais realmente investem pouco, mas, quando o fazem, têm muita dificuldade em vencer a burocracia, o que, na prática, inviabiliza o acesso às milhares de espécies nativas. As leis contra a biopirataria, neste caso, são o remédio certo, não raro, entretanto, ministrado em dosagem errada e sempre tendo como foco os que querem produzir, em vez dos que querem roubar – roubar o Brasil, as reservas naturais brasileiras, o povo brasileiro –, por vezes travestidos de ambientalistas quando agem, na verdade, em defesa da própria ganância. Esses piratas modernos não se limitam a contrabandear elementos de nossa biodiversidade, o que já seria gravíssimo. Estimativas feitas em 2006 falam em prejuízos diários de pelo menos 16 milhões de dólares em razão do tráfico ilegal de animais e de plantas medicinais e da forma de utilizá-los. Sim, Sr. Presidente, eles também se apropriam do conhecimento empírico imemorial das populações nativas, especialmente o índio e o quilombola, para o Julho de 2010 tratamento de várias doenças. Roubam o bem maior dessas pessoas, porque é um bem imaterial que remete às suas tradições e cultura. Existe uma avidez enorme principalmente em torno de produtos que possam combater doenças degenerativas como Parkinson, Alzheimer e câncer, ao lado de males do coração e diabetes, já que são doenças muito comuns em países desenvolvidos, com alto nível de demanda, consequentemente. Apesar disso, apesar de a notória ação desses grupos configurar uma das principais ameaças à soberania nacional, o Brasil não possui, até hoje, uma legislação à altura da ousadia dos biopiratas. Caso emblemático dos crimes invisíveis que praticam foi aquele envolvendo um fruto típico da Região Norte, o cupuaçu. Devem todos estar lembrados que uma empresa japonesa registrou a “marca” cupuaçu, passando a ter direitos sobre sua comercialização. Pois bem, Sr. Presidente, foi necessária a intervenção do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) junto à Organização Mundial de Comércio (OMC), alegando que termos genéricos não podem ser registrados. Outro grande problema é o natural antagonismo entre a dinâmica das universidades, centros geradores de saber, por excelência, e o interesse da indústria no que diz respeito a patentes. Se o papel do pesquisador universitário é o de produzir conhecimento e disseminá-lo por meio de teses e demais publicações científicas – em outras palavras, dar publicidade aos resultados alcançados –, a posição da indústria é, ao contrário, mantê-lo sob sigilo, para não comprometer a obtenção da patente. A parceria com vistas à produção de novos princípios ativos surge como alternativa necessária e possível, mas não provável, infelizmente, porque de fato existem muitas variáveis envolvidas. Além disso, falta às universidades a estrutura necessária para trabalhar. Transformar as moléculas de determinada planta ou a peçonha de determinado animal em medicamento exige pessoal, equipamentos e material, condições para a realização de pesquisas e testes seguros, capacidade de inovar do ponto de vista tecnológico, enfim, recursos, muitos recursos, de todos os tipos. Diante da falta de respaldo financeiro na ponta do trabalho científico e de entendimento, as empresas, elas próprias pouco dispostas a investir, preferem copiar. Historicamente, foi assim que se estruturou a indústria farmacêutica nacional: sem avanços genuínos importantes. Até hoje, somente um fitoterápico originário da flora brasileira venceu todas as barreiras e foi desenvolvido em território nacional, vindo a transformar-se em medi- Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS camento eficaz e bem vendido: um anti-inflamatório elaborado a partir da erva baleeira ou Cordia verbenacea, típica da Mata Atlântica. Tendo levado 7 anos para ficar pronto, é comercializado desde 1995. Foi desenvolvido por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina e consumiu 15 milhões de reais de capital privado. Para concluir, Sras. e Srs. Deputados, volto ao ponto de partida: o Brasil precisa, com a máxima urgência, fazer-se dono desse patrimônio. Muito obrigado. O SR. VITAL DO RÊGO FILHO (Bloco/PMDB – PB. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, meu intuito, hoje, em 6 de julho, é felicitar o cientista e médico paraibano Dr. Oswaldo Travassos, que conquistou o cargo de vice-presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia em eleição realizada no último dia 4 de julho, no Rio de Janeiro, contando com a presença de vários observadores internacionais, que acompanharam o Congresso Internacional do setor. Além disso, o médico Oswaldo Travassos também foi eleito vice-presidente no Norte e no Nordeste do citado órgão. Sinto-me honrado por poder fazer este singelo pronunciamento perante o Poder Legislativo Federal sobre um dos mais conceituados médicos oftalmologistas do Brasil, um médico que indubitavelmente contribuirá com seus ensinamentos para o êxito da Sociedade Brasileira de Oftalmologia. Por isso, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, temos de fazer justiça e homenagear esse paraibano que enaltece sua profissão pelo seu espírito voltado para o trabalho em prol da saúde humana. De qualquer maneira, as novas tarefas assumidas à frente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia merecerão o zelo sempre presente no Dr. Oswaldo Travassos, que sempre teve como preocupação principal a medicina, especialmente a oftalmologia, e certamente os médicos associados serão contemplados com novos projetos de incremento e de qualificação do setor. Uma das inovações promovidas pelo Dr. Oswaldo Travassos é a tão conhecida ótica em 3D, em 3 dimensões, que nos permite assistir a filmes, em casa ou no cinema, com mais realismo, dando-nos uma ilusão de profundidade e, pelo estímulo da convergência entre os olhos do espectador, a sensação de que as imagens saltam da tela. Meu caro companheiro Oswaldo Travassos, a disposição pessoal que sempre demonstrou, como estudioso da medicina, enche de orgulho todos os paraibanos. Sua dedicação ao bem-estar físico dos seus pacientes transmite-nos a certeza de que se encontra plenamente capacitado para o exercício do cargo na Quarta-feira 7 31819 Sociedade Brasileira de Oftalmologia. Sei da sua plena consciência da responsabilidade que assume, do seu firme compromisso com a sociedade oftalmológica e do seu já revelado propósito de atuar cooperativamente na busca incessante para os problemas relacionados à visão, para superar todas as dificuldades e adversidades que essa especialidade médica enfrenta. Por tudo isso, minhas sinceras felicitações ao novo vice-presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, em nome de todos os paraibanos e, falando desta tribuna, em nome também do povo do Brasil. Quero também, neste pronunciamento, fazer referência à passagem dos 75 anos de veiculação nacional do programa A Voz do Brasil. Muitas vezes não temos a paciência de ouvir o rádio entre as 19h e as 20h, ao contrário do que ocorria no passado, quando aquela vinheta, aquela musiquinha que anuncia o início de A Voz do Brasil era o aviso de que a janta estava pronta, e a família reunia-se para o obrigatório encontro noturno ouvindo o noticiário nacional. Em 22 de julho de 1935, quando o locutor Luiz Jatobá interrompeu com sua voz grave a programação das 50 rádios que operavam no País, deu-se a estreia do então chamado Programa Nacional, idealizado por um amigo de infância do Presidente Getúlio Vargas com o objetivo de propagandear as realizações do Governo Federal. Em 1939, quando Vargas já estabelecera no País a ditadura do Estado Novo, o programa foi rebatizado de A Hora do Brasil e tornou-se objeto de transmissão obrigatória pelas emissoras de rádio, sempre no horário das 19h. Durante a vigência de outra ditadura, a do regime militar, A Hora do Brasil virou A Voz do Brasil. Mudou de nome, mas manteve seu caráter compulsório e sua marca registrada: a abertura com os acordes de O Guarani, a ópera de Carlos Gomes, e a voz de um locutor que anunciava: “Em Brasília, 19 h”. Quando A Voz do Brasil foi criado, o rádio era o principal meio de comunicação de massa, e não havia outros canais para que os brasileiros das regiões mais longínquas se informassem sobre os fatos e acontecimentos da vida do País. Nestes 75 anos que nos separam da primeira transmissão do programa, o Brasil passou por grandes transformações. Urbanizou-se, deixou de ser um País de população eminentemente rural. Sua economia industrializou-se e modernizou-se, a ponto de estar diante da perspectiva de virar em breve uma das 5 maiores do mundo. Há mais de 25 anos o País é governado por um regime democrático pleno. O rádio também mudou e adequou-se à concorrência de outros meios, como a televisão e a Internet. 31820 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O anacronismo da obrigatoriedade de transmissão às 19h de A voz do Brasil por todas as emissoras de rádio do País, porém, permaneceu inalterado, apesar de os Poderes Públicos contarem hoje com uma monumental estrutura de comunicação. Esse aparato oficial inclui a TV Brasil, controlada pelo Governo Federal, a TV Câmara, a TV Senado, a TV Justiça e 648 emissoras de TV e rádio de caráter governamental ou educativo. Caros Parlamentares, não podemos vincular um programa que atinge todos os rincões do Brasil à imagem de um programa autoritário semelhante aos dos países de regimes políticos fechados e ditatoriais, como China, Cuba e Coréia do Norte, como quando do seu nascedouro, na era Vargas, com um formato que somente persiste nas ditaduras, pois, como é sabido, esse programa sofreu uma mutação na sua forma durante estes longos 75 anos, mostrando hoje um pleno caráter informativo, divulgando não somente as ações do Governo Federal mas também as ações sociais e educativas que os Estados e municípios priorizam, bem como notícias e informações dos Poderes Legislativo e Judiciário. As emissoras dizem que a obrigatoriedade de transmissão de A Voz do Brasil lhes traz um enorme prejuízo. Várias delas operam seus próprios programas amparadas por liminares da Justiça. Embasando seus pedidos no princípio da liberdade de imprensa consagrado pela Constituição de 1988, essas emissoras conseguiram alterar o horário de veiculação ou mesmo se livrar da imposição de transmitir A Voz do Brasil. O Governo Lula já manifestou apoio à proposta de flexibilização do horário, mas ainda há resistência entre os Parlamentares desta Casa a mudanças no modelo vigente de A Voz do Brasil por questões de conveniências políticas. Muitos colegas Parlamentares veem em A Voz do Brasil uma oportunidade de divulgação de suas atuações. Esse programa, que já ultrapassou mais de 7 décadas e vários Governos, tem uma imensa função institucional para a população que o ouve cotidianamente. Assim, senhores pares, acredito que A Voz do Brasil transmite, além informações institucionais, culturais e sociais, anseios não ditatoriais, mas sim de preservação cultural de uma tradição nacional. Muito obrigado. O SR. FÁBIO FARIA (Bloco/PMN – RN. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, hoje, muito mais que abrir estradas, governar é abrir escolas! Abrir e melhorar estabelecimentos de ensino! Nosso caminho em direção a nos tornarmos a grande nação que desejamos e merecemos passa necessariamente por mais e melhores escolas. Julho de 2010 Ciente dessa verdade, acabo de apresentar o Projeto de Lei nº 7.339, de 2010. Trata-se de proposição que inclui, entre as atividades financiáveis com recursos do FUNGETUR, a formação profissional na área do turismo. Considero essencial que essa proposição seja aprovada, e rapidamente, para que possamos preparar os milhares de profissionais que serão necessários para abrilhantar não só a Copa do Mundo de 2014, mas também a Copa das Confederações, em 2013, e a Olimpíada, em 2016. A Política Nacional de Turismo foi definida pela Lei nº 11.771, de 2008, que recebeu o nome de Lei Geral do Turismo. Nela estão definidos os objetivos da política nacional para o setor, entre os quais “promover a formação, o aperfeiçoamento, a qualificação e a capacitação de recursos humanos para a área do turismo, bem como a implementação de políticas que viabilizem a colocação do profissional no mercado de trabalho”. É clara, pois, a importância dada pelo legislador, ratificada pelo Presidente da República com a sanção do dispositivo, à formação profissional, entendida de maneira ampla para incluir também o aperfeiçoamento, a qualificação e a capacitação. Não obstante o reconhecimento da importância dessas atividades, elas não estão, até o presente momento, contempladas entre os serviços passíveis de financiamento e apoio por parte do FUNGETUR. Entendemos que essa é uma situação que não mais pode persistir. Atentos a essa falha na regulamentação do programa de financiamento e respondendo a inúmeros pedidos recebidos de profissionais da área do turismo, apresentei o Projeto de Lei nº 7.339, de 2010. Quando aprovado esse PL, o Brasil terá dado um grande passo na direção de preparar seus recursos humanos para dar apoio ao desenvolvimento do turismo. Não é necessário lembrar que, muito em breve, haverá jogos da Copa do Mundo em diversas cidades brasileiras e, logo em seguida, serão realizadas as Olimpíadas. Como poderemos receber bem os muitos turistas que aqui virão se não tivermos um amplo contingente de pessoas devidamente formadas nas mais diversas atividades do setor? Nobres colegas, notícias vindas da África do Sul dão conta das grandes dificuldades por que passam os atuais hospedeiros da Copa em razão da carência de profissionais nas mais diversas áreas ligadas ao evento. Desde garçons a técnicos em informática, desde pedreiros a guias turísticos estão em falta naquele país. Vale lembrar ainda que cerca de 9 milhões de turistas visitam anualmente a pátria de Nelson Mandela, qua- Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS se duas vezes mais o número de turistas que o Brasil recebe. Se lá a carência de profissionais tem sido grave, imaginem o que poderá ocorrer aqui, caso não sejam feitos elevados e bem planejados investimentos em formação profissional. Daí a razão do Projeto de Lei nº 7.339, de 2010. Contamos com o apoio dos colegas para que sua aprovação se dê com urgência, pois a formação profissional requer tempo, não pode ser feita de um dia para o outro, muito menos a toque de caixa! A proposição que apresentamos tem o objetivo de oferecer alternativa para que não cometamos o engano de investir apenas em infraestrutura, deixando de lado a formação do ser humano. Afinal, o desenvolvimento do turismo não depende só da disponibilidade de infraestrutura física. Nenhum hotel, restaurante, parque temático ou qualquer outro equipamento de turismo funciona bem e tem sucesso caso não disponha de profissionais competentes, que prestem um serviço ao nível exigido pelos turistas. Quem retorna a um hotel onde foi maltratado? Quem recomenda ou repete um restaurante no qual o serviço é de baixa qualidade? Quem vai mais de uma vez a um parque onde os funcionários são incompetentes e mal treinados? Todos sabem que o “não” é a resposta a essas perguntas. Por outro lado, quando o serviço é de alta qualidade, os turistas ficam cativados, retornam, recomendam o local aos amigos, mesmo quando as instalações são simples. Em suma, a boa qualidade do serviço é essencial para que se promova a mais eficiente forma de divulgação das atrações turísticas, a chamada propaganda boca a boca, isto é, os comentários elogiosos feitos a amigos e parentes por aqueles que tiveram uma boa recepção e um excelente tratamento em seus destinos! Para termos qualidade do serviço, entendemos que não basta ser cortês, é necessário ter formação que habilite o profissional para as mais exigentes características das variadas ocupações da área do turismo. Isso, nobres colegas, somente a formação e a capacitação profissional podem prover. Temos ainda de lembrar que cada vez mais a atividade do turismo se sofistica e exige conhecimentos que não se apreendem apenas no exercício da profissão. Hoje é necessário conhecer informática, saber onde obter as mais variadas informações, pois distintas são as preferências dos turistas. É necessário, enfim, ter boa formação para exercer as atividades com maestria, de forma a encantar e cativar o visitante! Assim, entendemos que a mudança que acabamos de propor, incluindo entre as atividades financiáveis por meio do FUNGETUR a formação profissional, Quarta-feira 7 31821 é medida que deve ser implementada com urgência. Como disse no início: hoje, governar é mais que abrir estradas; é, antes de tudo, abrir escolas e fazê-las funcionar bem! Essa, em suma, é a razão da proposição que apresentamos. Peço, por fim, o apoio dos nobres colegas, Deputadas e Deputados, para que, juntos, possamos viabilizar o quanto antes a inclusão da formação profissional entre os objetivos do FUNGETUR e, desta forma, atender à essa exigência que, mais que um pedido do setor, é uma exigência do Brasil. Muito obrigado. O SR. VIGNATTI (PT – SC. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no mês de junho, a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação – FAO e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico – OCDE apresentaram um prognóstico sobre a produção agrícola brasileira. Segundo a pesquisa, o Brasil deverá ser o maior produtor agrícola do mundo na próxima década, ou seja, até 2019. Enquanto outros países como Rússia, Índia e China devem crescer até 20%, o nosso País deverá registrar o dobro desse crescimento, 40%. Mas reparem um dado interessante da pesquisa: este patamar será possível de ser alcançado pelos investimentos na produção das oleaginosas, vegetais como a soja, o girassol, o milho, o coco, a palma, grandes responsáveis pela produção de gorduras e óleos. A previsão segundo as entidades, é que o Brasil deva se tornar o maior exportador mundial neste setor, superando os Estados Unidos. Para alcançar estes números, a previsão é de que a produção brasileira passe dos atuais 26% da produção mundial para 35%, em 2019. Esta previsão traz em sua essência as políticas de fortalecimento da agricultura promovidas pelo Governo do Presidente Lula nos últimos oito anos. Segundo o Plano Agrícola e Pecuário 2010/2011, lançado pelo Presidente Lula no último dia 7 de junho, estão previstos nada menos que R$100 bilhões em financiamento para a agricultura empresarial entre 1º de julho deste ano e 30 de junho de 2011, o que corresponde a uma significativa expansão de 8% na comparação com os recursos destinados ao setor na safra anterior. Para a agricultura familiar serão R$16 bilhões que o Governo Lula vai destinar no mesmo período. Somados, teremos investimentos da ordem de R$116 bilhões nesta safra. Para se ter uma idéia da dimensão desse número, o volume de recursos federais destinados ao setor agrícola quadruplicou ao longo de todo o Governo Lula, 31822 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS evidenciando o destaque da agricultura e pecuária na agenda presidencial. Esta expansão representa mais financiamentos para programas de investimento e também programas de custeio e comercialização, beneficiando grandes, médios e pequenos produtores. Deste volume, 29% serão destinados a programas de investimento, que são aqueles que financiam a compra de maquinários e equipamentos agrícolas. Na safra passada foram destinados R$14 bilhões; agora serão aplicados R$18 bilhões. Para garantir este novo momento da agricultura brasileira, o nosso Governo criou o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural – PRONAMP, um programa específico para incentivar os médios produtores, em substituição ao PROGER Rural. O PRONAMP contará com recursos da ordem de R$5,65 bilhões para operações de custeio e investimento, de acordo com os dados do Ministério da Agricultura. O limite de financiamento de custeio foi elevado de R$250 mil para R$275 mil, ficando mantido o limite de R$200 mil para investimento, bem como outros benefícios contemplados pelo PROGER na safra anterior. Vale destacar que os financiamentos do programa seguem a Taxa de Juros de Longo Prazo – TJLP, atualmente em 6,25% ao ano. As novas políticas, que demonstram a vocação do nosso Governo, estão moldadas na responsabilidade ambiental. Para isso, o plano cria o Programa Agricultura de Baixo Carbono – ABC, que financia a produção rural comprometida com a redução dos gases causadores do efeito estufa, contando com um orçamento de R$2 bilhões para esta safra. A idéia do ABC é garantir condições para que o agricultor incorpore tecnologias não poluentes ao longo do processo produtivo. O programa pretende, primeiro, estimular a redução do desmatamento de florestas, sobretudo no bioma Amazônia, mediante a ampliação das atividades agropecuária e agroflorestal em áreas degradadas ou em processo de recuperação; segundo, incentivar a implantação de sistemas produtivos sustentáveis, priorizando a recuperação de áreas e pastagens degradadas, o plantio direto na palha e o plantio de florestas, o sistema de integração lavoura-pecuária-florestas e a substituição do uso de fertilizantes nitrogenados pela fixação biológica do nitrogênio no próprio processo de produção de alimentos; e por último, estimular a implantação de sistemas produtivos ambientalmente sustentáveis, com aproveitamento de resíduos vegetais. Paralelo a estas ações, o Governo pretende garantir o apoio à comercialização. Para tanto, foram destinados aos Programas de Custeio e Comercialização R$75,6 bilhões nesta safra, ou seja, 14% a mais que Julho de 2010 no ano passado. Deste total, 80% correspondem a linhas de crédito com juros controlados, que são fixados em 6,75% ao ano. Diante da estabilidade econômica, o Governo decidiu manter os valores dos preços mínimos, garantindo aos produtores preços ajustados aos custos variáveis das culturas, mantendo assim a melhora na renda dos produtores. Caros colegas, o Governo Lula tem promovido medidas necessárias para estimular a produção agrícola do País, garantindo crescimento com inclusão social, que é a grande diretriz desse Governo. São estes números que projetam o Brasil à condição de maior produtor agrícola do mundo na próxima década. É importante frisar que os números que ora apresento, são os maiores já registrados na história brasileira. Que venham os próximos dez anos, pois o nosso País está preparado para mais este grande desafio. Passo a abordar outro assunto. Sr. Presidente, esta Casa legislativa está próxima de aprovar o Projeto de Lei nº 5.798/2009, que institui o Programa de Cultura do Trabalhador e cria o Vale‑Cultura. Tive a honra de ser o Relator deste projeto, enviado pelo Executivo, com meu parecer favorável no âmbito da Comissão de Finanças e Tributação, que foi aprovado por unanimidade. Não poderia ser diferente, uma vez que a estimativa é de que pelo menos 12 milhões de trabalhadores que recebem até cinco salários sejam beneficiados com o vale-cultura, tendo direito a R$50,00 por mês para investir na compra de ingressos para cinema, teatro, museu, shows ou de livros, CDs e DVDs. No caso de trabalhadores com deficiência, o limite é de até sete salários mínimos. O pagamento do vale pelas empresas é opcional, mas as que aderirem e declararem sobre o lucro real poderão deduzir até 1% sobre o imposto devido. Os trabalhadores, incluindo aí os estagiários, receberão um cartão magnético que será carregado mensalmente com R$50,00, valor que poderá ser gasto em qualquer ponto do território nacional e sobre o qual não poderão pesar taxas ou tributos. Essa política de inclusão cultural terá evidentes reflexos na área social, como também na economia. O Ministério da Cultura projeta que o simples pagamento do vale-cultura pode aumentar em até R$600 milhões por mês o consumo cultural no País. Ou seja, anualmente teremos um impacto de R$7,2 bilhões neste setor, fortalecendo a cadeia produtiva, gerando emprego e renda, e divulgando a produção cultural brasileira. A iniciativa deve-se aos resultados de estudos feitos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatís- Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS tica – IBGE, que evidenciaram a exclusão cultural no Brasil. De acordo com o IBGE, 96 em cada cem brasileiros não frequentam museus; 93% nunca foram a uma exposição de arte e 78% jamais assistiram a uma apresentação de dança. O IBGE e o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA apontam ainda, mesmo com os avanços do nosso Governo, uma situação extremamente aquém do acesso dos brasileiros aos bens e serviços culturais. Apenas 10% da população têm acesso aos diversos indicadores culturais analisados pelos dois institutos de pesquisa. Mais de 90% dos municípios brasileiros não possuem salas de cinema, teatro, museus ou espaços culturais, e apenas 13% da população vai ao cinema regularmente. O índice de leitura per capita por ano, de apenas 1,8 livro, fica abaixo de muitos dos nossos vizinhos na América Latina. É importante ressaltar que o Governo do Presidente Lula não esteve relapso diante desses indicadores. O Programa Mais Cultura é o instrumento criado pelo Governo para fazer frente a essas estatísticas. Exemplifico com a estruturação de três linhas prioritárias de ação, que são: Cultura e Cidadania; Cidade Cultural e Cultura e Renda. A primeira trabalha as relações de cidadania, identidade e diversidade da população brasileira. A segunda desenvolve ações para melhorar o acesso à cultura; e a terceira visa gerar e apoiar oportunidades de emprego e renda no setor. Para a efetivação dessa política, que pretende preencher a lacuna de décadas de descaso com este importante instrumento de cidadania, o Ministério da Cultura desenvolve ações nos Pontos de Cultura; nos Programas de Capacitação; nos Microprojetos Culturais para pequenos realizadores; e no apoio financeiro por meio dos incentivos fiscais – Lei Rouanet; na implantação de novas bibliotecas públicas; na programação selecionada para rádios e TVs públicas, entre outros. Dentre as conquistas neste setor, é importante ainda registrar a inclusão da área cultural como destino dos investimentos do Fundo do Pré-Sal, decisão do Presidente Lula que aponta para um novo modelo na destinação dos ganhos da exploração do petróleo. Além de trazer recursos necessários para garantir à cultura a todos os brasileiros, projeta o Brasil para ainda neste século tornar-se uma das maiores potências do mundo. A inovação produtiva, baseada em criatividade, conhecimento e sustentabilidade, é sem dúvida a ação necessária para consolidar nossa posição de liderança na próxima década e socializar estas boas novas com toda a nossa população. Quarta-feira 7 31823 Não estamos isolados frente aos desafios emergentes para a civilização ocidental, que se encontra prestes a redefinir paradigmas nas áreas ambiental e sociocultural. O acesso à cultura é decisivo para tornar nossa cidadania mais densa, livre, informada e solidária, garantindo o direito de sermos cidadão na totalidade da palavra inspirada. Nesta direção, a sanção presidencial do SIMPLES da Cultura desonera as pequenas empresas do setor, que devem ser o grande sujeito deste desenvolvimento. Teremos mais talentos criativos contratados e o florescimento de produtos na área do cinema, teatro, dança, artes visuais, literatura, design, moda, games, fotografia, e assim por diante. Segundo o IBGE, são 200 mil empresas que trabalham com cultura no Brasil. Muitas são vítimas da informalidade e querem caminhar com as próprias pernas, sem depender do marketing de outras empresas ou do frágil mecenato privado, mal amparado em distorções das atuais leis de incentivo. Pré-sal, Vale-Cultura, nova Lei de Fomento, SIMPLES da Cultura são projetos estratégicos para o Brasil. A política cultural brasileira atinge um patamar de maturidade promissor na atualidade, e configurase com um saldo extraordinário para alavancarmos nosso desenvolvimento em termos humanos, sociais e culturais. Para que possamos fazer a revolução necessária no acesso à cultura, não tenho dúvidas de que o ValeCultura vai romper com o paradigma de que o acesso à cultura é para poucos privilegiados neste País. Com a aprovação do Vale-Cultura o Governo Federal vai fechar um ciclo. Até aqui os recursos eram investidos na produção, e desta vez o foco é no consumo cultural, porque se formou a consciência de que sem o segundo o primeiro não sobrevive. Certamente a Câmara dos Deputados dará sua contribuição a este movimento tão importante da difusão democrática da cultura em nosso País. Muito obrigado. O SR. ANTONIO BULHÕES (Bloco/PRB – SP. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no dia 2 de julho, comemoramos o Dia do Bombeiro, e eu não poderia deixar passar a oportunidade de homenagear esses bravos homens e mulheres que, movidos pelo idealismo e pelo amor ao próximo, fazem da solidariedade a sua profissão. Para envergar a farda que vestem com justificado orgulho é preciso muito mais do que sonhos. É preciso coragem para ir aonde ninguém mais quer ir, é preciso heroísmo para pôr diariamente a vida em risco por pessoas que nunca viu, é preciso sangue- 31824 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS frio e discernimento para tomar decisões rápidas sob condições muito adversas. É preciso, ainda, reconhecer e valorizar a importância da prevenção, pois embora as estatísticas não registrem os incêndios e os acidentes que não ocorrem, ninguém melhor do que um bombeiro sabe que não há glória em combater um incêndio que poderia ter sido evitado. E graças à fiscalização constante dos bombeiros e à permanente campanha educativa promovida por eles junto à população, felizmente, é baixa a ocorrência de incêndios em todas as áreas que estão sob sua responsabilidade. A preocupação com o combate ao fogo é muito antiga na história do homem. Dezessete séculos antes de Cristo, o Imperador Hamurabi, da Babilônia, incluiu em seu famoso código as primeiras normas de prevenção de incêndios. O primeiro registro escrito do que pode ser considerado um grupamento de bombeiros data 564 anos a.C. e foi feito na China. Em Roma, no ano 24 antes de Cristo, oficializou-se a primeira brigada de incêndios e, 3 décadas depois, o primeiro corpo de bombeiros militar já contava com 8 mil legionários bombeiros. Entre nós, o primeiro serviço de extinção de incêndios surgiu em 1636, em Pernambuco, por ocasião da invasão holandesa. A corporação só viria a ser criada, no entanto, no dia 2 de julho de 1856, pelo Imperador Dom Pedro II, com o nome de Corpo de Bombeiros Provisório da Corte. Naqueles tempos heroicos, ao menor sinal de incêndio, eram tocados os sinos e toda a população, homens, mulheres, velhos, moços e até crianças faziam uma corrente que ia da beira de um poço até o local em chamas. Os baldes de água eram então enchidos e passados de mão em mão. Hoje, a tecnologia à disposição dos nossos bombeiros nada fica a dever às melhores do mundo. A Academia do Corpo de Bombeiros de Brasília, por exemplo, também conhecida como Escola de SuperHomens, conta com equipamentos preciosos para a formação dos bombeiros, como uma torre de instrução de 44 metros de altura, uma das maiores do mundo. E no laboratório da academia, onde são realizadas perícias para determinar as causas de incêndios, os equipamentos também são de última geração. O bombeiro, nobres colegas, é o símbolo de uma atividade em que a ganância nunca supera a verdadeira vocação. Estatísticas da própria corporação mostram que a escolha pela carreira às vezes é motivada pela necessidade de emprego, mas durante o curso de formação são raros os que não se apaixonam pela profissão e abraçam definitivamente o lema “vida por vidas”. Julho de 2010 No curso os bombeiros aprendem não apenas a combater incêndios, mas também a socorrer vítimas de acidentes automobilísticos, atropelamentos, afogamentos, enchentes, enfim, vítimas de quaisquer calamidades. Além disso, eles ainda são preparados para atender casos clínicos urgentes, analisar a segurança de projetos, fazer vistorias de obras, realizar busca e salvamento em matas e florestas e auxiliar na captura de animais. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero saudar cada um dos bravos bombeiros que velam pela segurança da nossa população, de norte a sul do País. Presto uma especial homenagem à memória daqueles que se foram no exercício de sua missão; que seu heroísmo sirva de exemplo e de inspiração para as novas gerações desses verdadeiros anjos da guarda do povo brasileiro. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Rômulo Gouveia) – Passa-se ao V – GRANDE EXPEDIENTE Concedo a palavra ao Sr. Deputado José Genoíno. S.Exa. dispõe do tempo regimental. O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, subo à tribuna hoje – exatamente no dia em que se inicia a campanha política nas ruas –, depois de participar do lançamento da campanha do meu candidato em São Paulo, o companheiro Aloizio Mercadante, e das atividades da nossa candidata a Presidenta da República, a companheira Dilma Rousseff. Lembro-me de quando, há exatos oito anos, nós do PT, junto com alguns partidos aliados, principalmente o PCdoB e o PL, iniciamos a caminhada para eleger Lula Presidente da República. Levantamos naquela época a bandeira da mudança, da esperança, da substituição do modelo econômico neoliberal das privatizações, da estagnação econômica, da vulnerabilidade internacional e do desemprego pela alternativa de crescimento com distribuição de renda, soberania, diminuição da pobreza, recuperação dos investimentos em políticas públicas – principalmente nas áreas de saúde e educação – e programas de combate à pobreza, recuperação dos elementos de política econômica, por meio de empresas públicas, como o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, PETROBRAS, BNDES, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste. Nesses oito anos, Sr. Presidente, nós apresentamos resultados desse projeto democrático e popular que está transformando o Brasil. Quais são esses resultados? No nosso período de Governo, mantivemos as metas inflacionárias defi- Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS nidas pelo Conselho Monetário Nacional, uma escolha política para garantir a estabilidade com crescimento econômico. Essas metas foram cumpridas ano a ano, mesmo em momentos difíceis. No início do Governo Lula, principalmente na posse do Presidente, o risco da inflação era de 23%, a taxa de juros, em torno de 25%, o desemprego, na faixa de 13%, e havia endividamento com o FMI, extrema vulnerabilidade internacional, discussão do ingresso do Brasil na ALCA e aumento dos nossos laços de dependência com os países desenvolvidos. Construímos, numa política macroeconômica processual, a sustentabilidade ao manter as metas da inflação e iniciar a retomada do crescimento econômico, que teve de 2002 a 2009 uma expansão média de 3,55%, e este ano temos uma previsão de crescimento do PIB por volta de 7%. Tivemos uma posição clara em relação a diminuir a vulnerabilidade internacional: saímos do endividamento com o Fundo Monetário Internacional, diminuímos o perfil da dívida externa e criamos instrumentos de maior autonomia e soberania na relação com os organismos multilaterais. Toco numa questão em que tanto se fala: carga tributária. Quando assumimos, a carga tributária, Deputado Colbert Martins, era de 36,45% no Governo do PSDB. O Governo Lula, com o esforço de diminuição da carga tributária – inclusive durante a crise –, atingiu 35%. Portanto, nós não aumentamos a carga tributária. A Oposição, que canta em prosa e verso o Governo dos impostos e o aumento da carga tributária, deveria olhar a que ponto a carga tributária no Governo do PSDB/PFL chegou, em 2003. Os próprios jornais desse final de semana, principalmente a Folha de S.Paulo, divulgaram que o Governo Lula recupera os investimentos federais e que eles batem um recorde, exatamente porque capacitamos as empresas públicas, criamos programas de crescimento, como o PAC 1 e o PAC 2, há confiabilidade internacional e cresceram os investimentos produtivos no País. Essa visão macroeconômica de como administrar a situação caótica em que recebemos o País mostrouse correta e serena porque sabíamos aonde chegar. Nesse período houve incentivos e significativas exportações, atingindo o Brasil recordes constantes na balança comercial. Produzimos, em plena crise do modelo neoliberal, diminuição da carga tributária, aumento do número de empregos e aumento do valor do salário mínimo. O Sr. Colbert Martins – V.Exa. me concede um aparte, Deputado José Genoíno? O SR. JOSÉ GENOÍNO – Pois não. Quarta-feira 7 31825 O Sr. Colbert Martins – Agradeço a V.Exa. o aparte que me concede para cumprimentar não apenas V.Exa., mas todos nós do PMDB, que apoiamos o Governo Lula. Entendemos que este Governo Lula representa um grande avanço. Eu, que pessoalmente apoiava o Governo Lula desde antes, agora entendo, com absoluta tranquilidade, que demos no Brasil um grande passo, um passo necessário e de que o Brasil precisava: mostrar que um operário pode governar tão bem quanto qualquer outro, de Sorbonne ou de qualquer lugar. O importante é que nós vimos que o Brasil tem rumo, que o Brasil tem metas, que o Brasil pode crescer. Cresceu com Lula e vai continuar crescendo com Dilma. Na Bahia, nós estamos com Geddel Vieira Lima, com o PMDB, com Michel Temer, com quem estivemos hoje, com o Partido Trabalhista Brasileiro – PTB, com quem também estivemos hoje, ao meio-dia, enfim, com uma gama de brasileiros que querem a continuidade do desenvolvimento do Brasil. E digo a V.Exa. que quem vai votar em Dilma e vai ter a opção de votar em Michel Temer para Vice, ele que é uma pessoa extremamente respeitada no Brasil, é diferente de quem quer optar por outra pessoa que não garante, numa eventual mudança de Governo, uma alteração em uma Vice que seja tão segura quanto à que o PMDB e o PT oferecem neste momento. Parabéns a V.Exa. O Brasil cresce, mas na fotografia do Brasil não há só banco e gente rica; neste momento, há trabalhadores brasileiros que cresceram com o Brasil. Parabéns a V.Exa. O SR. JOSÉ GENOÍNO – Deputado Colbert Martins, eu sou testemunha do compromisso de V.Exa. com esse projeto. Desde o primeiro mandato e principalmente no segundo mandato, aqui na Câmara dos Deputados o PMDB foi um parceiro numa coalizão política que dá ao PMDB as condições legítimas de estar participando de maneira protagonista e ativa na chapa, com o Vice-Presidente Michel Temer, com alguns palanques unidos entre PT e PMDB. E noutros, mesmo separados, temos o mesmo objetivo, dar continuidade a esse projeto que está melhorando a vida do povo brasileiro. V.Exa. tem razão quando afirma que, além de crescer, o Brasil cresceu com geração de emprego. Eu lembro que aqui, no primeiro ano do mandato do Presidente Lula, o que mais nos perguntavam, Deputado Paes de Lira, era pelos 10 milhões de emprego. Hoje são 13 milhões, 13.131 empregos com carteira assinada. Poderemos chegar, no final do ano, com certeza, com mais de 14 milhões de empregos com carteira assinada, pela média mensal de 254 mil empregos com carteira assinada. 31826 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Este projeto deu condições ao Brasil de ter um crescimento sustentável do ponto de vista internacional, social, fiscal e ambiental. Colocamos a agenda ambiental no centro das nossas políticas nacionais, assumindo os compromissos e as metas traçadas pela concepção de que é necessária a defesa do meio ambiente, dos nossos recursos e das nossas florestas. Alcançamos números importantes, tanto no primeiro quanto no segundo mandato do Presidente Lula. É importante ressaltar que esse caminho é articulado com uma política ao lado da inserção soberana no mundo, do crescimento com investimentos públicos. Ninguém desconhece o fortalecimento do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal, da PETROBRAS e do BNDES como instituições de investimento que, mesmo tendo um forte conteúdo comercial, hoje são promotoras do crescimento econômico. Ouço, com prazer, o aparte da nobre Deputada Vanessa Grazziotin. A Sra. Vanessa Grazziotin – Deputado José Genoíno, serei breve. Quero dizer que concordo exatamente com o conteúdo do pronunciamento de V.Exa. Muito pouco teria a acrescentar. Quero apenas cumprimentá-lo por esse pronunciamento e dizer que, como eu e V.Exa., a grande maioria do povo brasileiro aprova o Presidente Lula, não só pela sua empatia, pela forma simples como S.Exa. se dirige ao povo, mas por tudo o que o Governo tem feito de bom. Dentre tantos programas, quero destacar o Luz para Todos. Deputado José Genoíno, V.Exa. não tem ideia do que esse programa significa para aqueles que vivem nas regiões mais distantes da nossa querida Amazônia, para alguém que vivia na escuridão e hoje vive com luz, pode produzir e ter uma melhor qualidade de vida. Por essas razões, não tenho dúvida nenhuma de que o povo brasileiro já escolheu o que quer para si: quer continuar com este Governo, para que avance ainda mais, para que as mudanças continuem e tenhamos a oportunidade de continuar construindo esta Nação com liberdade, com democracia e, sobretudo, com justiça social. Parabéns, Deputado José Genoíno! O SR. JOSÉ GENOÍNO – Deputada Vanessa Grazziotin, concordo com as suas palavras e incorporo o seu aparte ao meu pronunciamento. V.Exa., que é uma representante da Amazônia e da Região Norte do País, sabe muito bem o que significa o programa Luz para Todos. Eu que sou do interior do Ceará, onde mora a minha família até hoje, sei o que significou o Luz para Todos: camponeses com 80 anos de idade conheceram o chuveiro elétrico, o vaso sanitário, a geladeira e uma televisão, o que antes não era possível. Isso é cidadania. Julho de 2010 Programas como o Luz para Todos, o Bolsa Família e o aumento do salário mínimo reduziram a miséria no Brasil e melhoraram a distribuição de renda. A taxa de pobreza em 1990 era de 40%; em 2006 chegou a 9,1%; durante o Governo Lula, de 2006 para cá, essa taxa tem caído e já se prevê para 2016 o fim da miséria absoluta, isto é, daquelas pessoas que ganham menos de um salário mínimo. O Sr. Mauro Benevides – Nobre Deputado, V.Exa. me permite uma breve intervenção? O SR. JOSÉ GENOÍNO – Pois não, Deputado Mauro Benevides, meu conterrâneo. O Sr. Mauro Benevides – As políticas públicas colocadas em prática pelo Presidente Lula já estão refletidas nesses índices de popularidade atingidos pelo Presidente. V.Exa. viu que a última avaliação foi de 78%. Isso significa a chancela do povo às políticas públicas levadas a cabo pela administração do Presidente Lula. Era meu registro, para não deslustrar o brilhante pronunciamento de V.Exa. O SR. JOSÉ GENOÍNO – Agradeço, Deputado Mauro Benevides. O Bolsa Família, Sras. e Srs. Deputados, atinge 12.467.470 famílias e gasta, por ano, 13 bilhões do Orçamento, o que é significativo. E temos o Bolsa Família, o Estatuto do Idoso, o Programa Luz para Todos, o Programa de Proteção ao Portador de Necessidade Especial e o aumento do salário mínimo. Em 2002, o salário mínimo era 200 reais; agora em 2010 está em 510 reais. Temos de continuar aumentando o salário mínimo, que já recupera seu poder aquisitivo. O cumprimento do nosso compromisso com a inclusão social, com o aumento salário mínimo; os trabalhadores assalariados negociando aumento acima da inflação; o microcrédito, tudo isso possibilitou a ascensão de 20 milhões de pessoas das camadas mais pobres para as camadas médias, o que aqueceu o mercado interno, com a compra de carro, geladeira, máquina de lavar, eletrodoméstico e a possibilidade de reformar a casa própria. Aumentou principalmente a capacidade o povo brasileiro de comprar comida e melhorar sua alimentação. Sr. Presidente, veja bem o que realizamos na educação nesses oito anos: os investimentos cresceram no FUNDEB; diminuímos o número de analfabetos e de crianças sem creche; aumentamos o número de escolas técnicas para 144 – esse número estava parado; foram criadas nove universidades federais públicas; e, com o PROUNI, possibilitamos que jovens da escola pública tivessem acesso à universidade privada por meio do sistema de bolsa de estudo. Pois não, meu Líder, Deputado Fernando Ferro. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O Sr. Fernando Ferro – Deputado José Genoíno, quero parabenizá-lo pelo pronunciamento e agregar algumas informações sobre os resultados do Governo do Presidente Lula. Ouvimos em plenário que o Programa de Aceleração do Crescimento seria virtual. Posso assegurar a V.Exa. que em meu Estado, Pernambuco, na semana passada, participei da inauguração do sistema Pirapama, sistema de abastecimento de água da Região Metropolitana de Recife, empreendimento que agrega 50% do consumo de água àquela região. No Porto de Suape aconteceu o lançamento do primeiro navio da nova era da indústria naval brasileira, o navio João Cândido, homenagem feita pelo Presidente Lula a esse militante político, cidadão negro da tão conhecida Revolta da Chibata. Anteontem, ouvi a entrevista do Presidente da Síria, que falou da importância do Presidente Lula para o Oriente Médio. Quem imaginaria a repercussão da ação do Brasil e da Turquia no episódio envolvendo o Irã? Revelou claramente uma atitude de autonomia e coragem do Governo brasileiro em promover uma negociação que contribui para a paz mundial. Isso significa que o Brasil tanto cresceu internamente, com as questões sociais, tal qual V.Exa. sinaliza, quanto externamente, como Nação que se apresenta e se impõe no cenário mundial para exatamente responder aos grandes desafios da governabilidade e da geopolítica multipolar que se instala no mundo e na qual o Brasil, sem sombra de dúvida, com o projeto do Presidente Lula, está cada vez mais consagrado e inserido. O SR. JOSÉ GENOÍNO – Obrigado, Deputado Fernando Ferro. Incorporo o seu aparte ao meu pronunciamento. V.Exa. tocou numa questão central. Dois fatos ilustram a certeza de seu raciocínio. Em 2003, primeiro ano do Governo Lula, posicionamo-nos contra a guerra do Iraque. Em 2010 buscamos uma solução para o conflito com o Irã por meio da negociação. Mas a prepotência e a arrogância dos países ricos impediu que se buscasse e se fortalecesse o caminho da paz. Entre esses dois fatos, Deputado Fernando Ferro, o nosso Governo estabeleceu uma política centrada no eixo sul-sul, na integração sul-americana, na parceria com os países emergentes, e o Brasil apresenta resultados excelentes tanto do ponto de vista da sua balança comercial, da atração de investimentos, quanto no debate da nova agenda internacional, em que o Brasil se transformou num dos principais protagonistas. É uma política externa soberana. É uma política externa que parte dos nossos interesses, está dando resultado e está conseguindo completar este modelo de crescimento econômico com soberania e distribuição de renda. Quarta-feira 7 31827 E V.Exa. sabe: na própria Conferência de Copenhague, o Brasil mostrou posição de vanguarda no discurso do Presidente Lula, ao assumir as metas sobre a diminuição do desmatamento na Amazônia e adotar políticas concretas para enfrentar o chamado efeito estufa. Essa política desenvolveu-se numa área que não é tão discutida nesta Casa. Acompanho muito esse assunto com o Deputado Colbert Martins. O Brasil hoje, no Governo Lula, sob a coordenação do Ministro Nelson Jobim, tem uma política nacional de defesa, uma estratégia nacional de defesa centrada na dissuasão, no acesso à alta tecnologia, principalmente a nuclear, a elétrica e a aeroespacial, fundamental para a nossa capacidade dissuasória. E recuperamos os investimentos na área da defesa, o que é importante para as nossas fronteiras terrestres, para o nosso espaço aéreo e para os mares. O programa do submarino com propulsão nuclear, a aquisição de caças – que deve realizar-se, na minha opinião, ainda no Governo Lula, numa parceria estratégica com a França – e a modernização, que continua com as Forças de Pronto Emprego do Exército Brasileiro, demonstram uma visão estratégica de como relacionar a defesa com o projeto de crescimento econômico. Esse processo realizou-se ao longo de oito anos e foi uma luta dura, difícil, a partir da qual construímos uma coalizão política na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, uma luta que exigiu do nosso partido, Deputado Fernando Ferro, muita firmeza. E V.Exa. foi um dos líderes da sustentação do nosso Governo nos momentos mais difíceis da defesa do PT. Foi-nos exigida sabedoria para entender que não se ganha eleição sozinho nem se governa sozinho. E essa sabedoria se expressa agora, esse projeto se materializa agora na grande coalizão para continuarem essas esperanças com a companheira Dilma. Emociono-me ao falar da companheira Dilma. Eu a conheci nos anos 60 e 70, no enfrentamento da ditadura militar. Era uma militante política que aos 19 ou 20 anos enfrentava a ditadura e por isso foi presa política; uma militante política que, ao se formar na academia, poderia seguir a carreira acadêmica e tornar-se executiva de empresas privadas. Mas foi trabalhar em projetos públicos para o atendimento da população mais carente. É o caso do Governo do PDT no Rio Grande do Sul e, depois, do Governo do PT. Deputado Fernando Ferro, quando Lula preparava o programa para assumir o Governo em 2002, Dilma foi uma pessoa fundamental na área de minas e energia. Por isso, de maneira competente, foi Ministra de Minas e Energia no começo do Governo Lula 31828 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS e, durante 6 anos, Ministra da Casa Civil. É pessoa talhada porque tem história, tem lado, é competente e sempre colocou o seu saber, o seu conhecimento a serviço deste projeto de se desenvolver o País com igualdade social, soberania e democracia. Esse projeto tem também uma característica fundamental: nós fortalecemos a democracia nesses oito anos. Há dezenas e dezenas de conferências, respeito às instituições políticas do Estado Democrático de Direito, respeito ao seu funcionamento, construção de maiorias parlamentares. As alianças políticas que estamos realizando agora demonstram um partido com maturidade. Nós mudamos, mas não trocamos de lado, porque o nosso objetivo central é a luta pela igualdade social. E essa luta pela igualdade social, razão de ser do PT, é a marca central do Governo do Presidente Lula. Qualidade de vida, aumento de emprego e de salário, diminuição da fome, recuperação da dignidade do povo brasileiro e da sua autoestima: esse processo de construção do País é feito por homens e mulheres que fazem essa trilha e têm na liderança do Presidente Lula, na força do PT, na coalizão dos partidos aliados, uma sustentação fundamental nesse processo. E essa sustentação política, Sr. Presidente, tem também um lado fundamental: a nossa relação com a sociedade e com os movimentos sociais. Por isso, pela primeira vez temos uma campanha eleitoral com todas as centrais sindicais unidas em torno de um programa e de uma candidata. Nunca havia acontecido isso, nem quando Lula era candidato, porque os trabalhadores sabem o que representa privatização, estagnação, inflação e desemprego. Os trabalhadores sabem o que significa e o que significaram esses oito anos do Governo Lula, e sabem, mais do que ninguém, como é importante dar continuidade a esse projeto. Para concluir, Sr. Presidente, quero dizer que, nesses oito anos, vivi intensamente – tanto em 2002 quanto em 2010 – a luta de um projeto, de uma causa. É a luta de bandeiras históricas do povo brasileiro que estamos realizando. Às vezes, de maneira lenta. Alguns querem pressa, mas nem sempre é possível atingir ao objetivo e atender a todas as reivindicações. Mas esse é o caminho seguro para colocar este País, com seus 190 milhões de brasileiros, no nível do seu potencial estratégico e da sua posição no mundo. Esse projeto tem nome, esse projeto tem RG, esse projeto tem identidade! E esse projeto tem nome e identidade hoje, com a liderança da companheira Dilma, numa coalizão política de vários partidos, juntamente com o PT. Por isso, no dia de hoje, em que iniciamos a campanha política, damos início também à luta pela Julho de 2010 continuidade de um projeto, pela continuidade dos avanços. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. MAURO BENEVIDES – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Rômulo Gouveia) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, permita-me destacar neste Grande Expediente que, na próxima sexta-feira, será empossado no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios o Desembargador João Egmont Leôncio Lopes, que ascende àquela egrégia Corte após haver cumprido brilhante judicatura e revelado notáveis atributos, sobretudo os de comprovada competência e comportamento ético irrepreensível. Cearense de nascimento, originário de tradicionais famílias da Serra da Ibiapaba, o novo componente da Corte é filho do advogado e professor Valdir Leôncio e de Terezinha Felizola Lopes, radicados na Capital da República desde a década de 60, quando aqui fixaram residência. Na sua vida estudantil, o recém-nomeado Desembargador já demonstrava, à saciedade, ser possuidor de talento fulgurante, traço marcante de sua personalidade de escol. Ingressando na magistratura do Distrito Federal, o Desembargador Egmont Leôncio Lopes impôs-se à admiração e ao respeito de seus pares pela conduta irrepreensível, em razão do apego a diretrizes éticas inafastáveis, o que há sido testemunhado por advogados que militam no foro brasiliense. A Casa do Ceará, hoje presidida pelo jornalista Fernando César Mesquita, apresta‑se para homenagear o ilustre conterrâneo, quando a ele será expressada a enorme alegria de seus coestaduanos pela justíssima ascensão de quem sempre souber honrar a toga e os foros culturais da terra de Clóvis Bevilacqua, autor do Código Civil Brasileiro, em 1916. Ao registrar, da tribuna desta Casa, esse auspicioso evento, desejo, em nome da bancada cearense, saudar o Desembargador Egmont, absolutamente convicto de que o seu desempenho evidenciará, mais uma vez, a sua condição de magistrado integérrimo, de postura ilibada, como atesta o seu invejável currículo, notadamente por meio de decisões monocráticas e sentenças lapidares, calcadas nos princípios do Direito e da Justiça. Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Rômulo Gouveia) – Para uma breve comunicação, tem a palavra o Deputado Arnaldo Faria de Sá. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, registro a presença, entre nós, de membros da Associação dos Policiais Militares Deficientes Físicos, que vieram acompanhar a votação da PEC nº 300, que acontecerá hoje em sessão extraordinária. Quero cumprimentar o Presidente da Associação dos Policiais Militares Deficientes Físicos do Estado de São Paulo – APMDFESP, Elcio Inocente, e sua diretoria. Com todas as dificuldades, cadeirantes que são, eles estiveram aqui pressionando para votarmos a PEC nº 300, sem dúvida nenhuma, uma grande conquista das Polícias Civil e Militar e dos Corpos de Bombeiros Militares. Sem dúvida, é extremamente importante que essa PEC seja votada. Na reunião que tivemos durante o almoço com o Presidente Michel Temer, o Líder Cândido Vaccarezza, o Líder Henrique Eduardo Alves, o Líder Fernando Ferro e o Ministro Alexandre Padilha, ficou acertado que a PEC nº 300 entrará na pauta de votações de hoje – e só estamos aguardando o quorum para iniciar a Ordem do Dia. Era o que tinha a dizer. Obrigado, Sr. Presidente. O Sr. Rômulo Gouveia, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Efraim Filho, § 2º do art. 18 do Regimento Interno. O SR. PRESIDENTE (Efraim Filho) – Com a palavra, no Grande Expediente, o Deputado Federal Rômulo Gouveia. O SR. RÔMULO GOUVEIA (PSDB – PB. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Deputado Efraim Filho, Sras. e Srs. Deputados, pessoas que acompanham esta sessão, ocupo a tribuna para dizer que há exatamente 8 dias tomei uma decisão que julgo importante para a minha vida política: atendendo ao convite do candidato ao Governo do Estado, Ricardo Coutinho, decidi ser seu companheiro de chapa nas próximas eleições da Paraíba. Assumi o convite em razão do destino daquele Estado, no quadro em que se encontra a Paraíba. Iniciei minha vida pública em 1988. Fui Vereador na cidade de Campina Grande e Presidente da Casa Félix Araújo. Fui Deputado Estadual por 2 mandatos e Presidente da Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba, e exerço agora meu primeiro mandato de Deputado Federal. Durante este mandato, meu trabalho foi voltado aos interesses da Paraíba, a temas como educação, interiorização do ensino, comunicação e te- Quarta-feira 7 31829 lefonia móvel. Levantei uma série de bandeiras naquele Estado, e pretendo dar continuidade a este mandato. Na Paraíba, recebi o apoio da unanimidade dos partidos que integram a Oposição do meu Estado para disputar estas eleições. Sei do desafio, sei exatamente das dificuldades que vamos enfrentar, em função de um Governo que se instalou por via indireta, por decisão judicial, e que usa de todos os expedientes para se manter no poder. A maior demonstração disso têm sido a cooptação de partidos e de Prefeitos, o autoritarismo, o excesso de nomeação com contratações, ultrapassando inclusive a Lei de Responsabilidade Fiscal. E quando digo isso o Deputado Efraim Filho sabe perfeitamente a que me refiro. Diante do quadro em que se encontra a Paraíba, quantas vezes o Deputado Luiz Couto também já usou esta tribuna para denunciar o abuso, a interferência, a ingerência partidária, uma série de práticas que remontam ao passado, talvez à década de 30, e que a Paraíba já baniu, pelo voto, por 2 vezes, quando derrotou esse mesmo Governador que hoje está no comando do Estado por decisão judicial? Diante desses fatos, foi por convocação partidária, foi pelo dever de representação política de Campina Grande e do Compartimento da Borborema que decidi aceitar o convite para concorrer ao lado de Ricardo Vieira Coutinho, que governou o Estado com dignidade, com respeito, com ética, com espírito público, e acima de tudo realizou uma das maiores administrações da história política da cidade de João Pessoa, a Capital de todos os paraibanos, tanto que sua reeleição se deu com mais de 70% de votos, numa eleição que ele venceu no primeiro turno, em 2004, assim como em 2008 saiu do Governo da cidade de João Pessoa para disputar o Governo do Estado com a aprovação de todos os pessoenses e dos paraibanos que residem ali, na Capital de todos os paraibanos, e reconhecem e aprovam os investimentos na educação, na saúde, na infraestrutura, na moradia, nas ações de valorização do servidor, quando esteve à frente da Prefeitura. É diante desse quadro, Deputado Virgílio, que faço meu pronunciamento, e concedo o aparte a V.Exa., que conhece a nossa querida Paraíba, que teve a oportunidade de caminhar pelo nosso Estado. É com alegria que ouço V.Exa. O Sr. Virgílio Guimarães – Muito obrigado, Deputado Rômulo Gouveia, amigo de longa data, desde quando V.Exa. brilhava na Assembleia Legislativa daquele querido Estado. Minas e Paraíba têm laços históricos profundos, indissociáveis. Por isso fiz questão de apartear V.Exa., porque, independentemente da posição política adotada pelo meu partido, V.Exa. sabe das relações históricas do nosso candidato do PT ao 31830 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Governo do Estado, Ricardo Coutinho, e de nossas labutas de longa data. Desejamos toda a felicidade a V.Exa. Conheço seu trabalho, seu prestígio, sua coerência, sua luta. Não quero posicionar-me sobre a eleição, até porque, repito, sigo o meu partido e as nossas campanhas, mas não poderia nunca deixar de dar esse abraço ao companheiro. Abraço o companheiro que esteve nesta Casa durante o curto período de 1 mandato, mas trouxe para cá toda a sua experiência. Talvez V.Exa. seja um dos que chegaram a esta Casa com a mais longa experiência e o conhecimento do que é a luta cotidiana no Nordeste brasileiro, ali na Paraíba, trazendo-nos toda essa carga. Por sua amizade, por seu companheirismo, só posso desejar a V.Exa. muitas felicidades nas próximas eleições. Tenho certeza de que fez uma opção consciente, tranquila e sobretudo coerente com seu passado e com sua caminhada. O SR. RÔMULO GOUVEIA – Deputado Virgílio Guimarães, agradeço a V.Exa. o aparte, que enriquece meu pronunciamento. Tive a oportunidade de recebêlo na Paraíba quando era Presidente da Assembleia e V.Exa. disputava a Presidência desta Casa. Como V.Exa. muito bem disse, o candidato ao Governo da Paraíba, Ricardo Coutinho, é oriundo do Partido dos Trabalhadores, dos movimentos populares e sindicais do Estado. Na verdade, a chapa oposicionista reproduz a representação dos movimentos populares, porque veio também dos movimentos estudantil e popular. O ex-Governador Cássio Cunha Lima retorna à política e à vida pública, pois vai disputar uma vaga ao Senado ao lado do Senador Efraim Morais, que também presidiu esta Casa. Com certeza, a formação da chapa, contemplando os demais partidos e a distribuição geográfica do Estado, dá uma demonstração do nosso respeito à Paraíba. Sr. Presidente Deputado Efraim Filho, Sras. e Srs. Deputados, agradeço ao Deputado Givaldo Carimbão, que por permuta me cedeu este espaço. Como eu disse, não vou limitar-me, neste pronunciamento, à minha preocupação com a Paraíba e à decisão que tomei no último dia 30, Deputado Bruno Rodrigues, de ser companheiro de chapa de Ricardo Coutinho, diante do quadro em que se encontra o Estado nas diversas áreas. Quero debater também um assunto que me preocupa, referente a um setor para o qual esta Casa poderá inclusive contribuir se votar hoje a PEC nº 300/08, que tem o objetivo de investir na segurança pública repartindo com os Estados parte do bolo da União. Não posso aceitar o que ocorre no Estado, em relação à insegurança, nos últimos dias, Deputado Efraim Filho. Procurei colher, para ilustrar meu pronunciamento e minha preocupação com a violência na Paraíba, fa- Julho de 2010 tos do mês de junho e do início de julho. Para V.Exas. terem uma ideia, passo a ler algumas manchetes dos jornais do final de junho, do final dos festejos juninos realizados em toda a Paraíba: “Bando amarra gerente e rouba mais de R$ 20 mil de agência do Bradesco”, manchete do Jornal da Paraíba de 29 de junho de 2010; “Jovem é executado com cerca de dez disparos em João Pessoa”, manchete do Diário da Borborema de 30 de junho de 2010; “Cenário de Guerra no Cariri – Bandidos explodem seis caixas eletrônicos em Umbuzeiro e Aroeiras e fazem 20 reféns em assalto em Serra Branca”, Diário da Borborema de 1º de julho de 2010; “Até quando? Bandidos explodem mais 2 bancos no Cariri”, Diário da Borborema de 1º de julho de 2010; “São Sebastião do Umbuzeiro: Dupla invade a agência dos Correios, fere gerente a tiros e leva R$ 10 mil”, Portal Paraíba1.com, 3 de julho de 2010; “Terceira agência do Banco do Brasil é explodida em 48 horas”, Portal HoraExata.com, 3 de julho de 2010; “Quatorze quilos de crack apreendidos na Paraíba”, Portal HoraExata.com, 3 de julho de 2010; “Casa lotérica é assaltada pela terceira vez”, Jornal da Paraíba de 6 de julho; “Grande João Pessoa registra 9 mortes no final de semana”, Jornal da Paraíba de 6 de julho; “Vigilante de obra é executado a tiros no Valentina, em João Pessoa”, Portal Paraíba1.com, 6 de julho. Esse tem sido nos últimos dias o retrato da insegurança, por falta, Sr. Presidente, de um compromisso de investimentos na segurança pública. E pior que a ausência de políticas de investimentos é a propaganda enganosa do Governo, da mídia institucional, que, graças a Deus, fruto da legislação eleitoral, encerrouse no último dia 3 de julho. O retrato que a mídia institucional e a propaganda do Governo do Estado alardeiam, o de que a paz reina na Paraíba, não corresponde à realidade. Os relatos que ouvi pessoalmente em viagens a regiões do Estado – tenho percorrido as diversas regiões da Paraíba, desde da Grande João Pessoa ao Brejo, ao Cariri, ao litoral, ao sertão, até o Compartimento da Borborema – não mostram isso. A preocupação maior do atual ocupante do Palácio da Redenção é, como eu disse inicialmente, a cooptação de apoio político para a sua reeleição, para o seu projeto pessoal, esquecendo-se de investir numa área tão importante como a da segurança pública. Lembrome muito bem de aquele Governo declarar, tão quando assumiu por força de decisão judicial, há exatamente 1 ano e 6 meses, que a segurança pública seria sua prioridade. Criticou a política de segurança pública do Governo anterior e disse que com muito esforço, com concurso público, com delegados de carreira, com aquisição de viaturas, com aumento do contingen- Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS te policial e com a valorização da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil enfrentaria as dificuldades que reinavam no Estado, a violência e a insegurança. Mas esse Governo que prometeu tanto e criticou tanto a política de segurança pública anterior infelizmente até agora nada fez a não ser propaganda enganosa, e nenhum investimento na segurança do Estado, Deputado Lobbe Neto. O pior é que ocorre o mesmo na área da saúde. O Governo prometeu que ia investir na saúde, mas recentemente um paciente saiu de Ibiara , no Vale do Piancó, que V.Exa. muito bem conhece, veio para a cidade de Patos, e não tendo recebido atendimento foi para Campina Grande, onde não novamente encontrou atendimento; dali ele voltou à cidade de Ibiara e lá faleceu, devido à falta de assistência de saúde. O Governo entregou recentemente vários hospitais, mas não adianta entregar hospitais sem uma política de investimentos na saúde. Foi por esses motivos, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, que tomei a decisão de, ao lado de Ricardo Coutinho, disputar o Governo da Paraíba. Tomei essa decisão sem me preocupar com meu projeto pessoal. Sei da exata dimensão das dificuldades que vamos enfrentar, dos obstáculos, dada a utilização da máquina pública sem controle, sem limites, porém temos confiança e a esperança de que a Justiça Eleitoral do meu Estado fiscalize e acompanhe de perto as ações para combater a utilização da máquina pública. Mas tomei essa decisão muito mais pelo desejo de poder gerar para os paraibanos a esperança de que a partir do próximo ano um Governo voltado para os interesses da sociedade, um Governo que tenha identificação com os segmentos da sociedade possa ouvir o contraditório, possa construir o debate e possa acima de tudo construir a Paraíba para o futuro, para tudo aquilo que seu povo deseja. Então, eu não poderia, neste instante, omitir-me diante da convocação. Muitos, depois de 7 dias dessa decisão, estão perguntando-me por que a tomei. E tenho-lhes dito: tomei essa decisão porque não faço política individual; faço política de grupo, faço política analisando acima de tudo o futuro do meu Estado, e não poderia negarme a esse projeto para realizar um projeto pessoal. Talvez fosse muito mais confortável disputar minha reeleição, retornar a esta Casa, dar continuidade ao meu trabalho à frente das Comissões em que venho atuando aqui, levando ações para os Municípios, lutando, mas um desafio maior, uma convocação maior fez-me interromper esse projeto e passar a construir um projeto de futuro para a Paraíba. Então, eu não poderia de maneira alguma, neste instante, ausentar-me da disputa, do embate, até porque sei a exata dimen- Quarta-feira 7 31831 são da responsabilidade que os paraibanos lançam sobre nós. O Sr. Lobbe Neto – Nobre Deputado, solicitolhe o aparte. O SR. RÔMULO GOUVEIA – Ouço com alegria o nobre Deputado Lobbe Neto, companheiro de partido e atuante Parlamentar que muito bem representa o Estado de São Paulo nesta Casa. O Sr. Lobbe Neto – Quero aproveitar esta oportunidade e fazer-lhe um aparte para cumprimentá-lo pela decisão corajosa. V.Exa., que já foi Deputado Estadual, Prefeito e Deputado Federal, agora assume uma nova luta, uma nova jornada na vida pública e política do País e da Paraíba. Quero cumprimentá-lo por essa decisão. Nós do PSDB agradecemos a Rômulo Gouveia a grande liderança que temos na Paraíba. Tenho a certeza de que V.Exa. terá uma grande eleição. Que a população da Paraíba entenda seu trabalho, focado sempre no Estado, no grupo, no melhor para o País, o trabalho que desenvolveu no Congresso Nacional, desmentindo muitas promessas que não se concretizam, cobrando os recursos que não chegaram àqueles que deles precisam, tanto na área da saúde como na de educação. Estamos aí, com a Emenda nº 29/00, que o Governo Federal, que o Presidente da República diz aos Prefeitos que vai ser votada, que está nas mãos do Congresso Nacional, mas nem à pauta vem a Emenda nº 29/00. E V.Exa. sempre batalha para que tenhamos mais recursos para a saúde, para que os Prefeitos, as entidades e os hospitais possam ter melhores condições de atender à população que mais precisa de atendimento e dos recursos do Sistema Único de Saúde. Por isso quero cumprimentá-lo. Tenho certeza também de que nossos candidatos à Presidência, José Serra e Indio da Costa, poderão ter um palanque à altura da sua candidatura na Paraíba, para que possa haver lá uma expressiva votação também. E que no próximo ano tenhamos aí a alteração do Poder, e daí para a frente, sim, em vez de promessas, um bom gerenciamento, em que se cumpram no Orçamento da União as emendas parlamentares com recursos para os Municípios, melhoras para a saúde e para a educação, como aconteceu com o IDEB, no Estado de Minas Gerais e no Estado de São Paulo, e para as escolas públicas. É isso que precisamos fazer, sem muito discurso, mas com compromisso de trabalho. É o que V.Exa faz aqui muito bem, caro Deputado Rômulo Gouveia. O SR. RÔMULO GOUVEIA – Agradeço o aparte ao Deputado Lobbe Neto. Inclusive, em visita a Paraíba, recentemente o presidenciável José Serra comprometeu‑se não só com investimentos estruturantes para 31832 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS aquele Estado, mas também com a política de segurança para o nosso País. Agradeço a V.Exa o aparte. Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, mais uma vez, foi por solicitação dos paraibanos que relatei a escalada de violência na Paraíba, com a certeza de que aqui, nobres colegas, minha fala terá divulgação, o que não ocorre lá no meu Estado, salvo as honrosas exceções dos poucos meios de comunicação que repercutem a verdade dos fatos. E para ilustrar o quanto a população está alarmada, atormentada, acuada e insegura, eu li aqui as mais recentes manchetes de jornais e portais de notícias da Paraíba. Essas manchetes que relatam crimes não nos grandes Estados do País, mas na pequenina e antes pacata Paraíba, são uma pequena amostra do nosso cotidiano. E as notícias evidenciam também que não há distinção entre violência na Capital ou no interior. A violência é generalizada, em todo o Estado, e o que o Governo estadual está fazendo para minimizar esse grave problema é pouco, ou quase nada. A preocupação maior do atual ocupante do Palácio da Redenção, repito, é com a cooptação de apoios políticos para o seu projeto de poder pessoal, a sua reeleição, enquanto a população não consegue estar tranquila nem nas ruas, nem nos lares. O que eu digo aqui, em nome da intranquila família paraibana, é a mais pura e cristalina verdade. Desde o meu último pronunciamento sobre o tema da violência na Paraíba nada de relevante foi feito pelo Governo estadual na área de segurança pública do meu Estado, nem ao menos para minimizar os seus efeitos e conter o seu avanço. Sr. Presidente, a população gasta com segurança privada mais do que pode, inclusive com câmeras de vigilância, cercas eletrônicas, carros blindados e gradeados, enfim, para coibir a bandidagem. A população gasta com segurança privada, mas de que adiantam câmeras de vigilância, cercas elétricas, carros blindados, grades, cadeados, cães ferozes, se a presença estatal para coibir a bandidagem não se faz presente? Enquanto isso, as estatísticas demonstram o aumento da criminalidade em todas as suas modalidades: furtos e roubos de pessoas e propriedades, homicídios, sequestros-relâmpago, tráfico de drogas, grupos de extermínio e crime organizado, além da constante execução sumária de detentos e ex-detentos. Ou seja, é um quadro realmente de caos, que levou inclusive a Assembléia Legislativa, que tive a oportunidade de presidir, a, por meio de requerimento do Deputado Estadual Romero Rodrigues, no mês de maio, solicitar ao Governador do Estado, ao titular da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social e ao Comando da Polícia Militar providências imediatas do Governo Julho de 2010 com referência à violência crescente na Paraíba, particularmente em Campina Grande, e ao Presidente da República, ao Ministério da Justiça, enfim, ao Governo Federal, a ação da Força Nacional no Estado. Não bastam apenas a coragem e o esforço dos policiais civis, militares e dos bombeiros, nem as ações privadas de combate à criminalidade vão surtir efeito sem um efetivo plano de segurança pública, eficiente e organizado, plano esse de que infelizmente não dispomos no Estado da Paraíba. O apelo que faço, em nome dos paraibanos, e associando-me aos Deputados Efraim Filho e Luiz Couto em seus recentes pronunciamentos, é no sentido de que as autoridades responsáveis pela segurança pública e o Governo do Estado adotem providências imediatas e eficazes para combater essa verdadeira pandemia de violência. Clamamos por mais segurança pública na Paraíba. A Paraíba pede, espera e merece paz. Peço que este meu pronunciamento, com os apartes que aqui foram feitos pelos Deputados Virgílio Guimarães e Lobbe Neto, seja divulgado pelos meios de comunicações da Casa, pelo Jornal da Câmara e pelo programa A Voz do Brasil, para que todos tomem conhecimento. Ouço com prazer a nobre Deputada Vanessa Grazziotin. A Sra. Vanessa Grazziotin – O tempo de V.Exa. já se vai, mas o Presidente terá bondade conosco e permitirá este meu aparte, Deputado Rômulo Gouveia. Tenho acompanhado as atividades parlamentares de V.Exa. nesta Casa e sei que tem desenvolvido um excelente trabalho ao representar a gente do seu Estado em todos os sentidos. Tivemos a oportunidade de trabalhar juntos na Comissão Mista de Mudanças Climáticas. V.Exa. deu um grande contribuição para o meio ambiente, que é fundamental para o mundo, sobretudo para o nosso País, que tem, por um lado, a exuberância da reserva de água doce na Amazônia, e por outro lado tantos problemas, como a desertificação que acontece em todo o Nordeste brasileiro, na sua Paraíba, no Ceará e em tantos outros Estados. Ficam o meu reconhecimento e os meus cumprimentos pelo trabalho que V.Exa. desempenha nesta Casa. Parabéns, Deputado Rômulo Gouveia. O SR. RÔMULO GOUVEIA – Agradeço a V.Exa. Foi um aprendizado muito grande, Deputada Vanessa Grazziotin, termos a oportunidade de participar da Conferência de Copenhague. Com certeza, caso os paraibanos decidam pelas oposições, vamos, sim, levar-lhes a experiência que tivemos nesta Casa, não só na área de meio ambiente mas em diversas outras Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS áreas. Como eu disse inicialmente, já exerci mandato de Vereador em Campina Grande e de Deputado Estadual, e saio desta Casa com um aprendizado muito grande. Esta Casa representa todos os Brasis, esta Casa tem na representação do povo os mais diversos Estados e sua realidade. Debates são travados nas Comissões Permanentes, nas Comissões Mistas, nas Comissões Especiais, nas missões em que temos a oportunidade de representá-la. Com certeza, ao lado de Ricardo Coutinho ao Governo da Paraíba, teremos a oportunidade de levar a experiência do Congresso Nacional, da Câmara dos Deputados, e contribuir para o desenvolvimento do Estado. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Efraim Filho) – Parabenizo o Deputado Rômulo Gouveia pelo brilhante pronunciamento. Sem dúvida alguma, diante da decisão de disputar a vice‑governadoria, estou seguro de que o Congresso Nacional perderá a sua atuação parlamentar, o seu desempenho, mas, seguramente, ganhará a Paraíba, e mais do que a Paraíba, a cidade de Campina Grande, por manter acesa sua representatividade nos destinos de um Estado como o nosso. A bancada federal da Paraíba orgulha-se do desempenho de V.Exa. durante estes 4 anos, dotado de uma capacidade de articulação, habilidade, talento que seguramente lhe fez chegar onde está agora, prestes a ocupar um espaço de relevo e destaque no comando do nosso Estado. A Mesa, por intermédio da Presidência interina, reitera os parabéns e deseja sucesso a V.Exa., para que, ao lado do candidato Ricardo Coutinho, possa caminhar pelos cantos e recantos da Paraíba, levando mensagem de mudança que o Estado tanto almeja. O SR. PRESIDENTE (Efraim Filho) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Edson Duarte, para uma Comunicação de Liderança, pelo PV. S.Exa. dispõe de 3 minutos. O SR. EDSON DUARTE (PV – BA. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ocupo esta tribuna para fazer um anúncio muito triste, lamentável. Acaba de ser aprovado, na Comissão Especial, o famigerado novo relatório do Código Florestal, de autoria do Deputado Aldo Rebelo. Em uma Comissão Especial dominada por ruralistas equivocados na sua avaliação, tenta-se transferir um problema do setor rural para a área ambiental, como se a questão ambiental e ecológica fosse a responsável pelos problemas em que vive o setor rural brasileiro. Trata-se de um grave equívoco. Parece que estão distantes do que realmente acontece hoje no País, Deputado Dr. Talmir. Quarta-feira 7 31833 A aprovação desse parecer representa um retrocesso ambiental grave no Brasil. Com esse relatório, devem-se incentivar, e muito, novos desmatamentos, deverá haver uma pressão sobre o que resta dos biomas, sobre as áreas de preservação ambiental. Estamos diante do patrocínio da impunidade e de uma anistia geral e irrestrita a todos os que cometeram danos ambientais, que não terão mais nenhuma responsabilidade com a recomposição das áreas de preservação permanente e com as áreas de reserva legal. Nossos rios, reservas e nascentes, já destruídos e assoreados, o que resta do nosso patrimônio natural, tudo isso deve sofrer uma pressão muito grande agora. É com muita tristeza que anuncio esses fatos. Nós do Partido Verde e o PSOL somos 2 partidos que resistiram durante todo esse tempo. A Comissão, no entanto, já nasceu equivocada, já nasceu errada. Foi composta na intenção de desmontar o Código Florestal Brasileiro. Eu soube que os Líderes partidários, tanto do Governo quanto da Oposição, não querem votar durante o período eleitoral. É claro! Não querem apor sua assinatura, assumir responsabilidades, como, por exemplo, a responsabilidade da Comissão. Mas a população está atenta ao que houve, está acompanhando. Todos os candidatos a Presidente precisam assumir com seus partidos suas posições em relação ao Código Florestal. Nossa candidata, Marina Silva, e o candidato do PSOL, Plínio Arruda, já assumiram suas posições. Queremos que Dilma Rousseff e José Serra assumam também as suas. Esperamos que digam a que vieram, porque são candidatos, e o que pensam em relação ao Código Florestal Brasileiro e ao meio ambiente. Enquanto José Serra dá sua opinião em entrevistas, sua representação na Comissão vota de maneira diferente, com exceção do Deputado Ricardo Tripoli, que reconheço ser um grande combatente, um Parlamentar que ajudou muito nos debates daquela Comissão. Quero fazer aqui justiça. Faço este anúncio lamentando profundamente, porque, quando o interesse de alguns é econômico, tudo é possível. Há nas galerias muitos representantes dos povos indígenas, cujo estatuto tramita há quase 20 anos nesta Casa. Por que não é votado? Por que não se votam os projetos de interesse da sociedade? (Palmas.) Por que só se vota o que é de interesse do setor econômico? Os projetos de interesse ambiental estão todos engavetados. O projeto que trata da flexibilização existe nada mais nada menos, Deputado Eduardo Valverde, porque o Banco Central baixou resolução estabelecendo que 31834 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS quem não respeita o meio ambiente não tem dinheiro. Portanto, resolveram mudar a lei. Durante o discurso do Sr. Edson Duarte, o Sr. Efraim Filho, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Marcelo Ortiz, 1º Suplente de Secretário. O SR. PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – Com a palavra pela ordem o nobre Deputado Dr. Talmir. O SR. DR. TALMIR (PV-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, gostaria de fazer minhas as palavras do nosso Líder Edson Duarte. Somos do Partido Verde não simplesmente por sermos ambientalistas, mas por entendermos que precisamos preservar o planeta. Os biomas brasileiros são referência internacional. É necessário que adotemos esse tom do nosso Líder Edson Duarte. Precisamos nos unir. Quando vemos que a população brasileira, eminentemente jovem, quer a verdade, essa verdade deve ser trazida à tribuna da Câmara dos Deputados. É necessário que esta discussão vá para escolas e universidades para que possamos demonstrar que este código, do jeito que está, não é bom para o povo brasileiro, para a Nação. O SR. PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – Com a palavra pela ordem a nobre Deputada Vanessa Grazziotin. A SRA. VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PCdoB – AM. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, companheiras e companheiros, ontem foi o último dia para os candidatos que vão concorrer às próximas eleições apresentarem a solicitação de registro de suas candidaturas e para a formalização das coligações dos candidatos a cargos proporcionais e majoritários. Portanto, a partir de hoje, inicia-se o processo de campanha eleitoral, fato extremamente importante, porque a população brasileira, em pouco menos de 3 meses, mais uma vez, vai às urnas definir os destinos não só do Brasil, mas de cada Unidade da Federação, já que, além do Presidente da República, vamos eleger Governadores dos Estados, dois terços dos Senadores e Deputados Federais e Estaduais. Recentemente, esteve em meu Estado o pré-candidato José Serra. Saiu muito choroso de lá, Deputada Jô Moraes e Deputado Eduardo Valverde, porque disse que se criou contra ele, no Amazonas, a falsa ideia de que seria contra a Zona Franca de Manaus. Não me canso de vir a esta tribuna dizer que, de fato, essa ideia existe, mas não é uma invenção dos amazonenses contra o Sr. José Serra, é uma percepção, uma conclusão muito sábia, tirada pela maioria do nosso povo, porque, mais do que as palavras, do Julho de 2010 que um belo discurso com palavras bem articuladas, falam os números, Deputado Eduardo Valverde. Tenho dito aqui: José Serra, enquanto foi Governador de São Paulo, não se cansou de assinar decretos sobretaxando os produtos oriundos da Zona Franca de Manaus, para dar competitividade aos produtos fabricados em seu Estado. Vamos lá! No período de Fernando Henrique Cardoso, disse ter se orgulhado de ter sido Ministro do Planejamento e da Saúde. Vou pegar os 6 primeiros anos do Governo Fernando Henrique Cardoso e compará-los aos 6 primeiros anos do Governo Lula: foram implantados na Zona Franca de Manaus, entre 1995 e 2000, ou seja, nos 6 primeiros anos do Governo Fernando Henrique Cardoso – apoiado pelo candidato José Serra –, 244 novos projetos; foram criados, entre 2003 e 2008, ou seja, nos 6 primeiros anos do Governo Lula, 528 projetos. De 1995 até 2008, 70% dos novos projetos foram implantados no Governo Lula. Por isso, o povo do Amazonas tem um carinho muito grande pelo Presidente Lula, que sabe o que quer, e conhece o que defende o presidenciável José Serra. Não são as coisas bonitas que ele diz, as promessas, mas tudo o que fez contra a Zona Franca de Manaus. Aqui estão os números, e eu poderia citá-los. Vou voltar a esta tribuna, Sr. Presidente, para falar sobre o número de empregos criados, o crescimento, o aumento do faturamento no Amazonas. Vou voltar para falar sobre isso. Mas, repito: o Presidente Lula, de 1995 para cá, foi o responsável pela criação de 70% de todos os novos projetos, com criação de empregos. É por isso que o Amazonas não gosta do presidenciável José Serra. É por essa razão. Muito obrigada, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – Com a palavra, pela ordem, o nobre Deputado Paes de Lira. O SR. PAES DE LIRA (Bloco/PTC – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, brasileiros, notícia do momento extremamente importante refere-se ao desempenho do ensino básico. As notícias não são boas, de modo geral, apesar de flagrantemente haver um aumento de investimento na área de educação e um esforço, que se pode dizer até concentrado, com transferência de recursos federais às escolas, às áreas educacionais. Em municípios que tiveram um desempenho ruim na avaliação anterior, o que se verifica é que não basta dinheiro. Se não houver, como não há, um processo verdadeiro de gestão de qualidade, de transformação no sentido de reprojetar a educação de base, não chegaremos a bom termo. A meta traçada pelo próprio Governo, a meu ver, de modo bastante razoável e prudente, é o alcance de Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS nota 6 no patamar nacional, que equivale aproximadamente ao desempenho de 60% por parte dos alunos avaliados. Estamos falando do ensino básico, 1ª a 4ª série e 5ª a 8ª série, 2 áreas de avaliação distintas. Houve resultado pífio e extremamente negativo em várias partes do País, afetando principalmente o Nordeste e gravemente o Norte, embora até haja ilhas de excelência nessas 2 regiões. É preciso que se verifique qual é a atuação e qual é o efeito da política educacional brasileira, como se tem saído o Ministério da Educação em matéria absolutamente crucial, a educação de base, porque é dela que tudo deriva para as etapas posteriores. O resultado não tem sido bom. Foram verificados, recentemente, vários problemas na gestão da educação brasileira. Para demonstrar isso, basta mencionar as crises do ENEM, com as violações de sigilo de provas, a incapacidade do Ministério da Educação de apresentar as provas em momento adequado, o sofrimento das famílias, a angústia dos jovens brasileiros, frustrados em sua tentativa de prestar o Exame Nacional do Ensino Médio e, por meio dele, obter qualificação para ingresso nas universidades federais. Hoje, sabemos que o ENEM é praticamente a única porta de acesso às unidades educacionais do ensino superior federal. É preciso repensar, é preciso verificar que não basta atirar dinheiro a esmo, se não for reprojetada a política educacional do Brasil. Agora, senhoras e senhores, será que deveríamos ainda gastar saliva dizendo o quão importante é a educação para qualquer país e para o nosso Brasil? Será que ainda deveríamos gastar palavras com isso? É claro que a educação é absolutamente crucial. Sair do atoleiro do desenvolvimento insuficiente que ainda afeta nosso Brasil, podem ter certeza de que não será com Bolsa Família que conseguiremos isso, uma vez que esses projetos meramente assistenciais não fazem muito mais do que criar dependência moral e, portanto, contaminar seriamente o futuro do País. Por outro lado, é bom mostrar resultados positivos. É bom eu poder hoje mencionar 2 municípios paulistas, Cajuru e Jeriquara, que tiveram notas de avaliação muito superiores àquela buscada, a nota 6. Parabéns aos Prefeitos, Secretários e Secretárias de Educação, professores e professoras desses municípios, por seu sucesso. Que sirvam de exemplo para o Brasil! Muito obrigado por sua atenção. O SR. PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – Concordo plenamente com V.Exa. A educação básica tem reflexos na educação superior, que sofre com os alunos que ingressam nas faculdades sem condições de acompanhar um ensino mais acurado ou mais apurado. Quarta-feira 7 31835 Muitos chegam à faculdade sem que saibam sequer resolver uma equação de primeiro grau, o que deveriam ter aprendido no curso regular, como V.Exa. bem mencionou. V.Exa. tem todo o meu apoio quanto a que devemos ter um ensino mais aprimorado, para que possamos, de todas as maneiras, preparar o futuro de nossos jovens, a fim de que eles continuem aquilo de que o Brasil precisa, que é um desenvolvimento efetivo, o que só pode ser feito por meio da educação. O SR. PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – Com a palavra pela ordem o nobre Deputado Colbert Martins. O SR. COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, senhores que acompanham esta sessão, senhores funcionários, há pouco, depois do meio dia, participei de uma reunião na qual estavam presentes Deputados do Partido Trabalhista Brasileiro – entre eles o Deputado Arnaldo Faria de Sá, testemunha dessa reunião – e de vários outros partidos. Na ocasião, tivemos uma conversa, com o Presidente Michel Temer e com o Líder Henrique Eduardo Alves, sobre o interesse do PMDB, do PTB e de todos os partidos que estavam presentes na votação da PEC nº 300. Entendo importante e necessária essa votação, que já não pode nem deve mais ser adiada, e com isso estão de acordo o Presidente Temer, o Líder Henrique Eduardo Alves e os demais Deputados, entre os quais encontrava-se, repito, o Deputado Arnaldo Faria de Sá. Faço questão de deixar claro que essa é a posição do Presidente da Casa, Deputado Michel Temer, do Presidente do PMDB, Líder Henrique Eduardo Alves, e de todos os que lá estavam. Há, no momento, um problema de quorum, que talvez não seja suficiente para termos a segurança de aprovar a matéria. De todo modo, o que ouvi hoje das pessoas que lideram esta Casa e dos membros de meu partido foi a firme decisão de colocar em votação a PEC nº 300. Entendemos que, com a atual conformação, tirando-se os valores que seriam colocados na Constituição, não seria possível fazer isso. Devemos aprovar a matéria voltando ao princípio de colocar na Constituição Federal o piso e, logo em seguida, elaborar a lei, na mesma linha do que foi feito no caso dos professores e também, de forma direta, no caso dos agentes comunitários de saúde e agentes de endemias. Ainda teremos votações no dia de amanhã, na quinta-feira e no próximo dia 14, antes do recesso. Teremos condições de fazer essa votação em um desses dias. Quero, mais uma vez, falar a todos sobre a posição do Presidente desta Casa, Deputado Michel 31836 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Temer, do Líder do PMDB e de vários Deputados presentes: votar a matéria, que, para nós, é necessária e importante. Sr. Presidente, a PEC nº 300 ainda vai ao Senado, mas há interesse nítido e definitivo, por parte do PMDB e de vários outros partidos, na votação dessa matéria ainda hoje ou amanhã, a depender de haver quorum suficiente para que seja efetivamente aprovada. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – Concedo a palavra pela ordem ao nobre Deputado Regis de Oliveira. O SR. REGIS DE OLIVEIRA (PSC – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, todos sabemos das dificuldades por que passa o Poder Judiciário: excesso de serviço, volumes e volumes que não acabam mais; pequeno número de juízes e de funcionários; sem falar na greve que parou a Justiça de quase todo o País e no fato de que, com todos os funcionários do Tribunal Eleitoral paralisados, poderá haver problemas nas eleições. Felizmente, em São Paulo, Sr. Presidente, alguns desembargadores tomaram uma iniciativa muito interessante e criaram o chamado Grupo de Apoio ao Judiciário, elegendo uma diretoria composta pelos Desembargadores Gilberto Passos de Freitas, Caio Eduardo Canguçu de Almeida, Laércio Laurelli, Alberto Zvirblis, José Emmanoel França e Américo Izidoro Angélico. O objetivo desse grupo de apoio é exatamente o de dialogar com as autoridades constituídas para reestruturar o Judiciário – basicamente o de São Paulo, mas, na sequência, expandindo essa solução para todo o País –, a fim de que disponha dos instrumentos necessários para uma boa prestação jurisdicional. Sabemos que a prestação é demorada, que as pessoas vão ao Judiciário e não têm uma resposta rápida. É muito comum que pessoas pleiteiem a contagem do tempo de serviço à Justiça Federal sem conseguilo. Processos demoram indefinidamente e não têm as suas pretensões resguardadas. Isso não se passa só no âmbito previdenciário, mas também no Direito de Família, em que as causas se arrastam indeterminadamente, nas locações comerciais, nos Direitos que se postulam ao Estado, no Direito Administrativo. Enfim, há toda uma sorte de prejuízos ao exercício das diversas áreas do Direito. Sr. Presidente, V.Exa., advogado brilhante e aqui líder da Ordem dos Advogados, sabe as dificuldades que os próprios advogados encontram na postulação e garantia dos direitos de seus clientes. Então, é bem-vinda essa iniciativa, tomada por alguns desembargadores de São Paulo, de criar o Grupo de Apoio Julho de 2010 ao Judiciário, entidade sem finalidade específica que não a de dar suporte a este Poder no trato com os demais Poderes e encaminhar as reivindicações do próprio Judiciário. Sabemos que São Paulo tem um déficit funcional de 2 mil a 3 mil funcionários. Outro dia, criamos aqui, Sr. Presidente, cerca de 280 varas federais, como se elas fossem a solução para o País. Com muito esforço, conseguimos a criação e instalação de uma única Vara do Meio Ambiente, que vai localizar-se no Amazonas. Esse grupo de apoio vai tentar fazer todo o trabalho de evitar, impedir, e superar todas as dificuldades que possam existir para que o Judiciário, realmente, execute e cumpra a função precípua de prestar bons serviços aos jurisdicionados. Portanto, quero louvar tal iniciativa, que, espero, se estenda por todas as unidades federativas, para que realmente possamos ter um Judiciário ágil e competente, que preste ao jurisdicionado o serviço que ele procura: a satisfação dos seus direitos. A angústia que as pessoas sentem, quando vão ao Judiciário e não conseguem ver os direitos reconhecidos, é brutal. Daí, então, meu elogio a esse grupo de apoio que merece a apreciação de todo o País. Muito obrigado, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – Nobre Deputado, tenho certeza absoluta de que o resultado será positivo, se tal iniciativa for capitaneada por V.Exa., que é magistrado, embora aposentado, tem posicionamento preponderante nesta Casa, e que vemos, a cada momento, colaborando muito no que se refere exatamente ao segmento do Direito. Tem V.Exa. todo o nosso apoio por meio da Ordem dos Advogados do Brasil e da Frente Parlamentar dos Advogados, que presido nesta Casa. O SR. PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – Concedo a palavra, pela ordem, ao nobre Deputado Antonio Carlos Pannunzio. O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, ouve-se o Governo alardear, com frequência, o PAC, ouve-se o Governo alardear, com frequência, o sucesso que está sendo a condução da economia do País. Naquilo que foi mantido como projeto básico do Governo Fernando Henrique Cardoso, realmente o atual Governo vem se pautando por seguir certa diretriz. Mas, particularmente nós, Deputados por São Paulo, que temos contato mais próximo, talvez, com o setor produtivo brasileiro, tanto trabalhadores quanto empresários, percebemos o descompasso entre a retórica governamental e a prática. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O que acontece hoje? Os pequenos e médios empresários brasileiros não conseguem financiamento do BNDES, sendo que suas empresas constituem a imensa maioria das ofertas de postos de trabalho. No entanto, têm de suportar a concorrência de empresas estrangeiras. Cito particularmente as da Argentina, que recebem financiamento do BNDES e vêm concorrer com as indústrias brasileiras, para suprir o mercado do País. Posso citar, no setor metal-mecânico, a indústria pesada, de base, que tem fortíssima concorrência, subsidiada e financiada pelo Governo brasileiro contra os brasileiros. Parece-me um contrassenso: enquanto o pequeno empresário brasileiro não tem acesso, em virtude da burocracia e do nível de exigências do BNDES, os outros, argentinos e, eventualmente, paraguaios e venezuelanos, recebem, com toda a folga e tranquilidade, financiamento do nosso Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. É preciso pôr paradeiro a isso. Da mesma forma, Sr. Presidente, não podemos concordar com as alterações pretendidas pelo Governo no Tratado de Itaipu, eis que, simplesmente, está abrindo mão de 3,5 bilhões de reais a favor do Paraguai. Se concordarmos com as alterações já aceitas pelo Executivo, a conta será repassada ao povo brasileiro, pois esse recurso, que vai fazer falta nas áreas de saúde e educação, terá necessariamente de sair de tributos. No entanto, o Governo, prazerosamente, assina esse acordo e manda a sua ratificação para o Congresso Nacional. Nós, do PSDB, não concordamos com isso, Sr. Presidente, com todo o respeito que nos merecem os paraguaios. Em 2023, eles serão proprietários in totum, como os brasileiros, de metade da segunda maior usina hidrelétrica do mundo, no valor de 30 bilhões de reais, sem nela terem colocado um tostão. Pelo Tratado, o Brasil compra, porque tem preferência, toda a energia excedente produzida e que o Paraguai não tem como gastar. Por ela pagamos preços de mercado. Não é justo que se queira pagar por kilowatt/hora mais do que se paga no próprio mercado interno brasileiro. Essas idiossincrasias que o Governo alimenta não fazem sentido e atentam contra o mais legítimo interesse nacional. Afinal de contas, não é despejando uma carga tributária já escorchante sobre o contribuinte brasileiro que vamos resolver os problemas dos países vizinhos. Mas somos solidários, sim; e, portanto, vamos procurar atuar em conjunto nas questões de desenvolvimento, dando suporte técnico e tecnológico. A EMBRAPA pode atuar pesadamente, ajudar a fomentar a agricultura do país vizinho. Mas fazer uma doação da ordem de 3,5 bilhões de reais – o que pretende o Governo Lula –, isto não dá para Quarta-feira 7 31837 aceitar. Também não dá para continuar aceitando que o BNDES financie e subsidie exportações argentinas, para elas concorrerem, no mercado brasileiro, com indústrias nacionais. Vem aí a próxima eleição. Vamos ter dessa vez, espero, um Presidente da produção. O SR. PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – Com a palavra, pela ordem, a nobre Deputada Cida Diogo. A SRA. CIDA DIOGO (PT – RJ. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, solicito que seja registrado nos Anais da Casa o prospecto da organização não governamental Criola, do Estado do Rio de Janeiro, que trabalha com as questões da mulher negra. Esse prospecto fala sobre o Eixo 9 do II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, que é destinado ao enfrentamento do racismo, do sexismo e da lesbofobia. Também registro que, neste final de semana, aconteceram 2 eventos no meu Estado que mostram exatamente a necessidade de discussão e enfrentamento dessa questão. No domingo, na Praia de Icaraí, houve a 6ª edição da Parada do Orgulho GLBT do Município de Niterói. O evento contou com a participação de mais de 100 mil pessoas, que mostraram que é preciso enfrentar o preconceito e a discriminação contra os homossexuais, que querem apenas exercer o livre arbítrio, a liberdade de seguirem sua orientação sexual, sem incomodar ninguém, mas com o respeito de todos. E, ontem, no Sindicato dos Administradores do Rio de Janeiro, houve uma audiência pública, promovida por mim, destinada a discutir a situação da saúde das mulheres negras no Estado. Chegamos à conclusão de que é necessário investir mais no acolhimento às mulheres negras e dedicar mais atenção ao assunto. Está comprovado que a mulher negra, independentemente da condição social, de ser rica ou pobre, é vítima de mortalidade materna. Esse dado do Comitê Estadual de Prevenção e Controle de Morte Materna no Estado mostra uma situação muito grave e que precisamos enfrentar, assim como precisamos combater a doença falciforme, que atinge mais as mulheres negras. Portanto, Sr. Presidente, registro esse evento sobre a saúde da mulher negra, que aconteceu em parceria com a ONG Criola, cujo prospecto peço seja publicado na íntegra nos Anais da Casa, pois fala exatamente dessas questões. O SR. PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – Determino a publicação. PROSPECTO A QUE SE REFERE A ORADORA 31838 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31839 31840 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31841 31842 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – Concedo a palavra, pela ordem, ao nobre Deputado Chico Alencar. O SR. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, morreu, na última quarta-feira (30-6), o geógrafo Elmo da Silva Amador, ex-professor e ex-diretor do Instituto de Geociências – lGEO, da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Notório defensor do meio ambiente, em especial da revitalização da Baía de Guanabara, Amador fundou a Assembleia Permanente de Entidades em Defesa do Meio Ambiente (APEDEMA) e o movimento Baía Viva. Foi ainda presidente da ADUFRI (Seção Sindical dos Docentes da UFRJ). Como resultado de suas pesquisas e militância ambiental foram obtidas importantes vitórias para a Baía de Guanabara, entre as quais: criação da APA de Guapimirim, que protege os manguezais da baía; inclusão da Baía de Guanabara na Constituição Estadual como Área de Preservação Permanente e de Relevante Interesse Ecológico; redução dos aterros previstos na Projeto Rio; Ação Popular (a primeira no Brasil contra crime ambiental), que impediu o loteamento do espelho d’água da Lagoa de Itaipu; declaração da Baía de Guanabara como Patrimônio da Humanidade pelo Fórum Global, durante a Conferência Rio 92; e inclusão do assoreamento como problema ambiental da baía. Amador ocupou diversos cargos públicos, além da direção do Instituto de Geociências da UFRI. Foi Diretor do Departamento de Apoio Técnico Científico da FEEMA, Vice-Diretor da ADUFRI (Associação de Docentes da UFRJ); Diretor, por 2 mandatos, da Comissão Técnico Científica do Quaternário, Diretor de Publicações da SBG (Sociedade Brasileira de Geologia) Núcleo Rio de Janeiro; Vice-Presidente da AGB (Associação Brasileira de Geógrafos) Núcleo Rio de Janeiro. Foi também fundador e membro de diversas entidades ambientais: FAMA (Federação das Associações Fluminenses de Meio Ambiente); APEDEMA; e Movimento Baía Viva. Atualmente, atuava como membro do Comitê da Bacia Hidrográfica da Baía de Guanabara, membro e secretário executivo da Bacia Hidrográfica do Rio Macaé e das Ostras, do Conselho Gestor da Apa de Guapimirim e do Conselho Estadual de Meio Ambiente – CONEMA. Como uma singela homenagem ao Prof. Elmo Amador, transcrevo um belo poema do Aljor (Jorge Luiz Julho de 2010 Ferreira de Almeida), que mostra nossa Baía, cheia de belezas e feiuras. Provoca o legado que o Elmo começou e deixou para todos nós: que a denúncia da destruição e morte tem que ter mais grandeza que a própria destruição; ser portadora de sonhos e utopias que superem as condições oferecidas no aqui e agora; e ser geradora de vida. Assumamos essa bela, árdua e digna herança! BAÍA DE GUANABARA Testemunha, amores, revolta, batalha, és bela Como prótese urbana – ponte, piscina ou banguela Manguezais, asfalto, ditadura sorridente dos automóveis Via expressa moderna vermelha ou amarela, és bela Baía de Guanabara, bricolagem mosaico de lixo És pós-moderna Um pescador de peixes Ilusões na boca sem dentes, na ponte do galeão Com a elegância de um guerreiro espartano E a paciência de um monge tibetano Parece que perdeu a razão Quando o anzol morde a água Eu me pergunto: o que está pescando você aí? É peixe-cocô, é peixe-xixi? É peixe-mercúrio, chumbo ou frito? Eu grito: apesar de tudo és bela, Baía de Guanabara Não és mais donzela. Encanta-me a lua em suas águas Magia de luz Fico enfeitiçado Relembro o tempo passado Dança dos golfinhos, balé das baleias Apesar de nós, dos nós, de nós És bela Com prótese urbana, ponte, piscina Ou banguela Agradeço a atenção. O SR. PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – Com a palavra, pela ordem, o nobre Deputado Capitão Assumção. O SR. CAPITÃO ASSUMÇÃO (Bloco/PSB – ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, estão reunidos hoje na Câmara dos Deputados bombeiros, policiais civis e policiais militares. Eles vieram a esta Casa por conta de uma notícia, como tantas outras que aconteceram ao longo de três meses, e estão acreditando plenamente que hoje é o dia da conclusão da votação em primeiro Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS turno da PEC nº 300, a proposta de emenda à Constituição que trata do piso salarial nacional dos bombeiros, dos policiais civis e dos policiais militares. Grande parte dos Parlamentares da 53ª Legislatura desta Casa – e eu quero cumprir o compromisso de concluir a votação desta matéria – quer votar o piso salarial nacional dos bombeiros e dos policiais. Sabemos que essa intervenção branca do Governo tem que cessar, porque se trata da dignidade dos grandes heróis da Nação. Cerca de 80% dos trabalhadores de segurança pública estão saindo dos seus trabalhos normais e indo complementar seus salários com trabalhos informais. Esses trabalhadores estão padecendo. Então, que se honre esse compromisso firmado pelo Líder do Governo, de modo que esta matéria venha a ser votada. Temos absoluta convicção de que grande parte dos Parlamentares quer concluir a votação desta matéria. São três meses de procrastinação, de peregrinação dos bombeiros, dos policiais militares e dos policiais a esta Casa, acreditando, toda semana, que a PEC nº 300 será votada e essa matéria concluída. Então, queremos reafirmar que os bombeiros, policiais militares e policiais civis estão aqui reunidos e pleiteiam que, na sessão extraordinária de hoje, os Parlamentares reivindiquem junto a seus Líderes partidários, primeiro a votação da PEC nº 300, de 2008, e, segundo, a do PL do pré-sal, para que se restabeleça a dignidade dos bombeiros, dos policiais militares e dos policiais civis. Muito obrigado, Sr. Presidente. A SRA. JÔ MORAES – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem para um registro rápido. O SR. PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – Tem V.Exa. a palavra. A SRA. JÔ MORAES (Bloco/PCdoB – MG. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Deputado Marcelo Ortiz, acabo de receber uma mensagem do ex-Deputado Constituinte e atual escritor paraibano Agassiz Almeida, em que ele registra a inauguração do Memorial do Araguaia. Pela importância do evento, pelo significado histórico do que representou a luta do Araguaia e pela beleza histórica, literária e política do pronunciamento do Deputado Constituinte Agassiz Almeida, eu gostaria que fosse registrada nos Anais da Casa a sua mensagem. O SR. PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – V.Exa. será atendida, Deputada. Quarta-feira 7 31843 DOCUMENTO A QUE SE REFERE O ORADOR Descortinamos naquele memorial do Araguaia a verdadeira história do povo brasileiro Convidado a participar da inauguração do Memorial do Araguaia, no dia 11 do corrente mês, em Xambioá (Tocantins), pelo Instituto de Apoio aos Povos do Araguaia – lAPA, o deputado constituinte de 1988 e escritor Agassiz Almeida, um dos incentivadores desta iniciativa que culminou com a construção deste Memorial. Agassiz Almeida é autor destes clássicos da literatura brasileira: “A República das elites” e “A Ditadura dos Generais”. Nesta oportunidade, endereçou à diretoria deste Instituto esta mensagem, cujo teor transcrevemos. Para Zezinho do Araguaia Instituto de Apoio aos Povos do Araguaia, lAPA Anfiteatro do Memorial do Araguaia Bairro Baixa Fria Xambioá – Tocantins Caro Zezinho: Ao descortinarmos este templo, o Memorial do Araguaia, esforço e luta de tantos abnegados, à frente este construtor de sonhos, Zezinho do Araguaia, erguido no seio da floresta amazônica como o mais alto tributo àquela plêiade de jovens que, na década de setenta do século XX, abraçou ideais democráticos e por eles tombou em holocausto contra a tirania militar que a todos trucidou num covarde genocídio. Neste Memorial, a história de jovens que sonharam, lutaram e morreram assassinados pela sanha militarista, está salvaguardada e contará às futuras gerações que intimoratos revolucionários não se curvaram a um exército furioso de dez mil homens, braço armado da Ditadura Militar. Sentimentos de admiração e espanto nos dominam quando nos movemos por entre as paredes e colunas naquele Memorial do Araguaia. Passos dos jovens exterminados povoam os espaços e salas deste templo histórico, na mesma dimensão dos mártires que há mais de dois mil anos no desfiladeiro das Termópilas, na Grécia, não se renderam ao poderoso exército de Dário. 31844 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS No Memorial do Araguaia, vamos encontrar como um punhado de bravos assumiu um destino com todo o heroísmo. Mostraram-se altaneiros e superiores ao contemplar o porvir e se sobrepujaram muito além dos seus covardes algozes, cujos olhares odientos ensanguentaram a consciência da nação com infames crimes de lesa-humanidade, desatando-se num final oprobioso de uma tipologia criminosa desconhecida nos anais da história da humanidade: fizeram desaparecer os corpos dos vencidos. Que covardia inominável! O que almejavam as gerações de 60 e 70 do século passado? Queriam um país embalado pelas liberdades democráticas e livre do garroteamento dos banqueiros e militares. Queriam reformas estruturais que possibilitassem ao brasileiro condições básicas de vida e, para tanto, lutaram por reformas agrária, tributária e educacional. Queriam que o Brasil não se fizesse um simples joguete da poderosa superpotência norte-americana. Queriam a liberdade de criar, pensar, construir seus destinos e não ser escrava de nenhuma força política ou econômica. Que grandes criminosos os tiranos da Ditadura Militar! Eles assassinaram estes sonhos. Com a inauguração deste Memorial no coração da selva amazônica, a história do século XX conheceu um dos seus mais heroicos capítulos: setenta jovens imolaram-se ante a furiosa sanha criminosa de um exército de dez mil homens. Que ideais as gerações de 60 e 70 personificaram? A humanidade sacudia-se por novas energias como se as forças criadoras da geração de 1789 que eclodiram na Revolução Francesa trouxessem as suas flamas e ideais aos combatentes do Araguaia. Eles personificaram, em utopias, as suas ações e criaram os seus próprios deuses, deuses não conduzindo bastão para a propagação da fé; Não. Deuses para a construção de templos de lutas e de transformação histórica. Naqueles momentos de luta no Araguaia, aqueles jovens olharam uma nova humanidade, na qual pudessem abraçar o futuro, e o homem Julho de 2010 não fosse um mero autônomo de poderosas forças. Visualizaram um Homem livre. Livre numa dimensão em que a liberdade fosse apanágio de uma verdadeira democracia. Aqui, neste Memorial do Araguaia, erguese um templo de grandeza e heroísmo que há de se projetar “seculum seculorum”. Aquelas gerações despontaram para o mundo cheias de energias, sonhos, ideais e decisões. Jovens de quase todas as nações procuravam olhar novos horizontes. Que horizontes! Que a humanidade lhes deixasse a passagem para as suas utopias. Que heroica geração os chãos da América do Sul geraram, na mesma grandeza daquela que fez irromper a Revolução Russa de 1917. Um militarismo cego, insano e comprometido com as forças do passado devastou covardemente nos porões dos quartéis e na floresta do Araguaia os ideais de uma brava geração. Onde estão os assassinos de crimes de lesa-humanidade? Prisioneiros do Tribunal da História; carrascos deles próprios. Desfilam nas suas consciências o maior dos pesos: a covardia. Nunca assumiram seus atos nefastos. Enquanto os delinquentes de crimes oprobiosos fogem da justiça e do julgamento da História, amparados numa anistia promulgada por um Congresso de emasculados, alteia-se no seio da hiléia amazônica o Memorial do Araguaia, monumento a se projetar pelos tempos afora como o mais alto instante de resistência e luta do povo brasileiro. A quem falará este Templo da História? Aos guerrilheiros de sonhos. Eles se fizeram heróis; trucidados por uma infame covardia, aureolaram-se mártires da liberdade. Olhemos aquele monumento histórico, lá no norte do Tocantins, como uma das mais altas passagens da nossa história de 500 anos. Ele se ergue como um enorme basta à ferocidade, à insensatez e ao cinismo de certos vultos humanos que querem negar ao povo brasileiro conhecer a sua história e os seus heróis e, ademais, o direito de ferretear com o estigma da condenação histórica tipos degradados que, à sombra do Estado militar, praticaram delitos de lesa-humanidade. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Olhemos aquele Memorial. Nele e através dele, podemos dizer às gerações de hoje e às que hão de vir que nós fomos dignos na oposição a uma tirania militar furiosa. Apequenados e desvairados, onde estão os criminosos de lesa-humanidade, fujões da justiça e da história? “Onde... onde encontrá-los?”, pergunta a mãe de um morto desaparecido de 16 anos na heroica epopeia do Araguaia. Uma mística revolucionária sacudiu as gerações de 60 e 70 do século XX. Tudo naqueles jovens era extravagantemente renovador. De que mundo se desatavam? Onde e como adquiriram a vocação revolucionária?! Aureolava-os um toque de liberdade dos povos. Onde se encontravam? No Vietnam, no Afeganistão, em Cuba, na Argentina, na França, no Nordeste do Brasil, no despertar de milhões de camponeses e, finalmente, no Araguaia, na grandeza do epílogo de resistência à monstruosa tirania militar. Ao vê-los partir para a luta contra a Ditadura Militar no Araguaia, uma voz gritou: “Jovens, vós sabeis sentir quando a hora é de saber pensar?”. “Não!”, respondeu Dinalva de Oliveira, heroína do Araguaia: “amamos e pensamos uma pátria nova”. Encerre-se esta mensagem. Grave-se este chamamento de um revolucionário: vos enim ad libertatem vocati estis frates – “Vós sois chamados à liberdade, irmãos.”. Podemos fazer inserir no frontispício deste Memorial do Araguaia esta legenda: Aqui, neste templo, um sonho jaz e se alteia como chama perene contra a opressão. Às futuras gerações, os ventos que hão de vir. Saudações históricas, Agassiz Almeida. O SR. PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – Quero registrar um fato que ocorrera em 2 ou 3 oportunidades, e que agora ocorreu novamente, pois acabo de receber e-mail de uma mesma pessoa que se apresenta como Abílio. Ela faz observações e critica falhas da Telefônica, da ANATEL e similares. Como esta é a Casa do Povo e esta é a terceira vez que essa situação chega a meu conhecimento, faço o registro. Ele reclama de falta de cumprimento dos prazos estabelecidos pela ANATEL, falha no atendimento ao consumidor, falhas técnicas, preço abusivo de tarifas, Quarta-feira 7 31845 extinção das tarifas mensais, cobrança pelo 102, ausência de fiscalização da ANATEL, poucas lojas para atendimento ao consumidor, empreiteiras contratadas com falta de competência de treinamento, segundo ele. Esses são exemplos de falhas primordiais que podem e devem ser solucionadas. Ele se despede e agradece pela oportunidade. Eu determino à Mesa que oficie a ANATEL, para que o órgão nos dê uma resposta a respeito dessas reclamações. O SR. PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Domingos Dutra. O SR. DOMINGOS DUTRA (PT – MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero apenas registrar a preocupação com a greve dos servidores da Justiça Federal, que há 2 meses estão com suas atividades paralisadas. Na semana que passou, o Presidente do Supremo Tribunal Federal, em reunião com o Presidente Lula, concordou em que qualquer tipo de reajuste só seja feito após as eleições. Serviços essenciais da Justiça Eleitoral, da Justiça Federal e da Justiça do Trabalho, que atingem milhões de brasileiros, assim como os pedidos de auxílio previdenciário, estão todos prejudicados. Amanhã haverá uma reunião entre o Ministro Paulo Bernardo, a Advocacia-Geral da União e representantes dos servidores da Justiça Federal do País. Fazemos votos de que haja um acordo e que avancem nas negociações, de tal forma que esses servidores possam voltar para os seus locais de trabalho, sendo atendidos em suas reivindicações, para que haja uma prestação jurisdicional adequada à população brasileira, e, de forma especial, à população mais carente. Volto a ratificar que há milhares de aposentados, pessoas que têm direito ao auxílio previdenciário e que necessitam com urgência do atendimento da Justiça Federal. Portanto, fica aqui o meu apelo, os meus votos de que haja um entendimento do Poder Executivo, principalmente da cúpula do Poder Judiciário brasileiro, para atender às justas reivindicações dos servidores da Justiça Federal, que estão paralisados, reivindicando melhores condições de salário, melhores condições de trabalho, para que assim possam atender adequadamente à população, que precisa do atendimento da Justiça. Essa é uma greve, de certa forma, silenciosa. A população quase não percebe que esses servidores 31846 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS estão em greve há muito tempo. Mas eles são fundamentais para o funcionamento da máquina do aparelho da Justiça Federal. Portanto, fica aqui a minha solidariedade aos servidores da Justiça Federal e os votos de que, com a presença do Ministro Paulo Bernardo, que é sempre sensível a essas demandas, se possa chegar a um acordo na reunião de amanhã. Muito obrigado, Sr. Presidente. Durante o discurso do Sr. Domingos Dutra, o Sr. Marcelo Ortiz, 1º Suplente de Secretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Lobbe Neto, § 2º do art. 18 do Regimento Interno. O SR. PRESIDENTE (Lobbe Neto) – Com a palavra, pela ordem, o Deputado Júlio Cesar. O SR. JÚLIO CESAR (DEM – PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero fazer um registro dos mais auspiciosos para o meu Estado, o Piauí: o resultado da avaliação do IDEB. Refiro-me exatamente à Casa Meio Norte, mantida pelo Sistema Meio Norte de Comunicação, presidido pelo empresário Paulo Guimarães. Diz a nota que tenho em mão : “O Ministério da Educação divulgou o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, que mede a qualidade da educação. A Casa Meio Norte, no bairro Cidade Leste, em Teresina, bateu novo recorde: atingiu 6,4, acima da média do País”. Essa avaliação diz respeito aos alunos de 5ª a 8ª séries. Segundo o levantamento, os Estados que mais cresceram foram Piauí e Ceará, os únicos do Nordeste a ficar acima da média nacional. Sr. Presidente, registro também o nível alcançado pela educação no Piauí, principalmente no que se refere ao ensino ministrado pela rede privada e por entidades filantrópicas. O Instituto Dom Barreto, há 2 anos, ficou em primeiro lugar no IDEB, fato que constituiu um orgulho para o Piauí e para todos nós que representamos o Estado nesta Casa. Cumprimento o empresário Paulo Guimarães, a diretora Lívia, o José Osmando e toda a equipe do Sistema Integrado de Comunicação Meio Norte. Cumprimento, principalmente, a dirigente da Casa Meio Norte, recordista do IDEB Nacional na última avaliação feita pelo MEC. Julho de 2010 Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Lobbe Neto) – Anuncio que o Vice-Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, Vinícius Camarinha, está presente, acompanhado do Deputado Abelardo Camarinha. O SR. PRESIDENTE (Lobbe Neto) – Tem a palavra, pela ordem, o Deputado Major Fábio. O SR. MAJOR FÁBIO (DEM – PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, gostaria, mais uma vez, de falar da necessidade de esta Casa votar a PEC nº 300, de 2008, que estabelece piso salarial nacional para policiais militares, policiais civis e bombeiros militares do Brasil. Mesmo no primeiro ano de mandato, tive a oportunidade, como membro da Comissão Especial, de viajar pelo Brasil todo, visitando as Polícias Militares, os Corpos de Bombeiros Militares, as Polícias Civis de nosso País. Em todos os Estados da Federação realizamos audiências públicas e constatamos a diferença salarial entre os policiais e os bombeiros do Brasil. O policial militar do Rio de Janeiro, por exemplo, ganha 900 reais; no Rio Grande do Sul, o policial ganha 850 reais; na Paraíba, ganha 1.100 reais; no Distrito Federal, ganha 4.500 reais. Há uma diferença muito grande. Nós precisamos votar a PEC 300. Os policiais e bombeiros militares do Brasil deram uma lição de democracia. Vieram até Brasília. Já faz mais de 6 meses que eles continuam a vir a esta Casa, com muita ordem, com muita disciplina. Não quebraram nada, não desacataram ninguém; fizeram o papel de cidadão brasileiro, vindo aqui pressionar esta Casa a votar a PEC. Hoje estamos aqui novamente. Saímos dos nossos Estados, mesmo já tendo começado a campanha eleitoral. Estão aqui os Deputados e as Deputadas para votar a PEC 300, que deve entrar na pauta da sessão extraordinária de logo mais. Estaremos aqui, Sr. Presidente, para votá-la. Os policiais estão aguardando esse dia com muita ansiedade, como aconteceu nas outras vezes, porque sabem que depois desta semana vamos entrar em recesso, vamos estar em campanha. Então, acredito que hoje e amanhã são dias decisivos para votarmos a PEC 300. Quero convidar todos os Deputados e Deputadas presentes na Casa para que compareçam ao plenário, a fim de que tenhamos quorum para votar a PEC 300. Eu não gostaria de começar uma campanha no meu Estado sem antes votar essa PEC. Para mim vai ser uma grande decepção voltar para o Estado da Para- Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS íba, depois de tanta luta, depois de fazermos tantos progressos, sem que tenhamos votado nesta Casa a PEC 300. Há muito tempo a Câmara não vota nenhuma proposta de emenda à Constituição. Então, esperamos que hoje possamos votar e aprovar a PEC 300, para contemplarmos os nossos heróis: os policiais civis e militares e os bombeiros militares do nosso País. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – V.Exa. tem todo o apoio desta Presidência para que possamos votar não só a PEC nº 300/08, mas também a PEC nº 340/09, que está apensada, para que solucionemos todo esse problema. Durante o discurso do Sr. Major Fábio, o Sr. Lobbe Neto, § 2º do art. 18 do Regimento Interno, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Marcelo Ortiz, 1º Suplente de Secretário. O SR. ABELARDO CAMARINHA – Sr. Presidente, peço a palavra para uma breve comunicação. O SR. PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – Pois não. O SR. ABELARDO CAMARINHA (Bloco/PSB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Quero agradecer a presença a meu filho Vinícius Camarinha, Vice-Presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Hoje, as associações de soldados, cabos e sargentos e Nilton Viana estão reunidos na Regional Marília, que é uma das grandes regionais do Estado de São Paulo, aguardando a votação da PEC dos policiais e bombeiros militares. O Estado de São Paulo, líder em arrecadação, com mais de 130 bilhões de reais de orçamento, paga um salário muito baixo aos policiais civis e militares, bem como aos professores. Quero dizer que, mais uma vez, mas não pela nossa vontade, não votaremos a PEC nº 300/08, tão aguardada pela gloriosas Polícias Militar e Civil do Estado de São Paulo. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – Concedo a palavra, pela ordem, ao ilustre Deputado Eduardo Valverde. O SR. EDUARDO VALVERDE (PT – RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, primeiro, quero aproveitar a oportunidade para cumprimentar os parentes indígenas que estão assistindo à Quarta-feira 7 31847 sessão, que está um pouco modorrenta. (Palmas nas galerias.) Sejam bem-vindos a esta Casa, que é de todos os brasileiros, independentemente de haver ou não representação étnica aqui. Feito o registro, Sras. e Srs. Deputados, ressalto que ontem foi o último dia para que os partidos registrassem seus candidatos aos cargos que estarão em disputa nas eleições de 2010. A população brasileira precisa saber que estamos num momento crucial para o Estado brasileiro, para a Nação e para o modelo de desenvolvimento a que o Brasil assiste. É importante essa compreensão para que se possa fazer uma comparação entre o que éramos e o que somos. Só vamos saber para onde devemos ir, se fizermos essa reflexão sobre o que existia no passado, o que está sendo construído no presente e o quanto temos de caminhar para construir uma sociedade mais solidária, que tenha equilíbrio étnico e igualdade racial verdadeira, e não apenas formal, como também justa distribuição de renda. Esses dogmas são bandeiras, são utopias que precisam ser permanentemente ratificadas, confirmadas, para que a política não seja tão somente uma coleta de voto na constituição de uma relação de assistência ou de compadrio, mas uma verdadeira relação de confiança entre a sociedade e a representação social e popular, principalmente no tocante à confiança que tem de haver na disputa política. Em Rondônia, vamos fazer uma boa disputa, um bom combate. Saio candidato ao Governo do Estado com o apoio de um leque social muito importante, que vai dos quilombos do Vale do Guaporé e das populações indígenas, as mais diversas etnias, à população camponesa e, principalmente, ao operariado dos centros urbanos. Esse leque social, que está junto numa coligação partidária celebrada entre o PT e o PSB, vai nos dar condição de apresentar ao povo rondoniense projeto político que permita fortalecer ainda mais o desenvolvimento que o Presidente Lula está provocando. Esse desenvolvimento de dentro para fora – e, até então, era de fora para dentro –, esse suporte que o Presidente Lula está dando, tem de ser também aproveitado pelo Governo de Rondônia para alavancar sua economia e lhe dar sustentabilidade ao longo do tempo. Nesse contexto, estamos entrando nessa disputa considerando que uma quantidade razoável de rondonienses hoje tem acesso à cidadania como fruto 31848 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS da parceria entre o Governo do Presidente Lula e as forças sociais do Estado de Rondônia. Vamos para a disputa considerando que o cenário é extremamente positivo para dar ao povo rondoniense não uma aventura, como fora no passado, mas um bom projeto político, que vai mobilizar corações, vai mobilizar a sociedade, vai mobilizar a juventude, que quer um Estado equilibrado, um Governo que tenha autoridade moral, que transmita confiança à sociedade e, principalmente, a faça sonhar e acreditar no futuro. Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. O SR. LOBBE NETO – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. LOBBE NETO (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, caro Deputado Marcelo Ortiz, venho à tribuna para apresentar os nossos cumprimentos, tendo em vista a publicação do IDEB feita pelo MEC. Recebemos como grande e ótima notícia para todos nós do Estado de São Paulo a informação de que o plano educacional do ex-governador José Serra, que teve sequência administrativa com Alckmin, com Covas e agora com Goldman, está surtindo efeito. No levantamento do IDEB, os Estados de São Paulo e de Minas Gerais melhoraram suas notas educacionais em todas as escolas, o que mostra o comprometimento educacional do Estado de São Paulo, do Secretário Paulo Renato, da ex-Secretária Maria Helena e, também, o do Governo de Minas Gerais, sem muito discurso, sem muita pompa, mas melhorando a infraestrutura das escolas, a sua rede física, reformando, restaurando novas escolas e também apoiando os professores e diretores, em um comprometimento com a educação no Estado de São Paulo. Com isso, avançam nos índices do IDEB tanto o Estado de São Paulo como o Estado de Minas Gerais. Por outro lado, Sr. Presidente, solicito mais uma vez que a Mesa Diretora coloque em votação a Emenda 29. O Presidente Lula, que esteve presente à Marcha dos Prefeitos, se comprometeu com a votação da Emenda 29. E queremos que isso não fique só em mais uma promessa, mas que possa se tornar realidade. Que a Emenda 29 possa ser votada na Câmara dos Deputados para que aumentem os recursos na área da saúde, a fim de melhor atendermos aos hospitais filantrópicos, às santas casas e à população que precisa de atendimento pelo Serviço Único de Saúde. Julho de 2010 Deputado Marcelo Ortiz, caro Presidente, V.Exa. tem muita ligação com os hospitais filantrópicos, com as santas casas: urge a votação da Emenda 29. Não dá mais para continuarmos sem dar esse recurso para a área da saúde. Para os Municípios, para os hospitais, para as santas casas, todos os procedimentos da área da saúde e do SUS estão muito aquém da realidade, quer na hotelaria ou nos procedimentos de saúde que são feitos em vários hospitais. A comunidade está sempre se unindo para bancar a saúde. E nós pagamos tantos impostos! A arrecadação vai aumentando, mas o dinheiro não chega a quem precisa. Por isso peço que votemos a Emenda 29, e que possamos parar com o discurso fácil. Que haja, sim, um gerenciamento responsável para melhor atendermos àqueles que mais precisam do atendimento da saúde através do Sistema Único de Saúde. Obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – Concordo plenamente com V.Exa. Fui provedor de Santa Casa durante 14 anos e sei perfeitamente o que as santas casas passam hoje. A dificuldade é grande. O nosso Sistema Único de Saúde é considerado o melhor do mundo. Entretanto, necessita de verbas que permitam o cumprimento dos seus objetivos e, primordialmente, da determinação da nossa Constituição, de que todos têm direito à saúde gratuitamente, ou seja, ao Sistema Único de Saúde. Por isso, concordo plenamente com V.Exa. E seria ótimo que pudéssemos votar a Emenda 29, que amenizaria bem essa situação. Não é a solução final, mas seria muito bom. Muito obrigado pela oportunidade que V.Exa. me deu de concordar com o seu posicionamento. O SR. DEVANIR RIBEIRO – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Marcelo Teixeira) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. DEVANIR RIBEIRO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, concordo com V.Exa. e com o Deputado Lobbe Neto: a Emenda 29 talvez possa tirar o SUS da situação em que se encontra. Melhora muito. Vamos aprová-la assim que estiver pronta para votação. Mas o que eu quero aqui é agradecer aos Vereadores de Fernandópolis, que me concederam o título de Cidadão daquela cidade, onde estive quinta-feira. Agradeço também aos Vereadores de Paraguaçu Paulista, que me concederam título muito importante, em uma festa muito bonita, por eu representar aquela região. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Aproveito para dizer aos nobres pares que pertencem àquela região que conseguimos, entre as 5 ZPEs aprovadas em todo o País, uma para lá – entregamos a carta, e o Presidente sancionou –, que vai servir não só a Fernandópolis, como também a toda a região. É algo muito importante para o progresso, a exportação e o desenvolvimento daquela região. Agradeço aos Prefeitos dessas duas cidades, Paraguaçu Paulista e Fernandópolis, e, também, aos nobres Vereadores que aprovaram por unanimidade os títulos a mim conferidos. Senti-me muito honrado ao recebê-los. Muito obrigado. O SR. PEDRO WILSON – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Marcelo Ortiz) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. PEDRO WILSON (PT – GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Marcelo Ortiz, que honra esta Presidência representando o Estado de São Paulo, principalmente a região de Guaratinguetá; Sr. Deputado Devanir Ribeiro, que honra a representação de São Paulo; senhores presentes, quero parabenizar o Ministro Fernando Haddad não só por mandar realizar o IDEB como também por publicá-lo, fazendo-o em ano eleitoral. O IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica objetiva avaliar a Educação brasileira. Parabenizo todos os municípios, mesmo aqueles que tiveram desempenho aquém, porque precisamos cada vez mais investir em educação. Estava certo o Presidente Lula ao transformar o FUNDEF em FUNDEB, ao transformar a educação fundamental e incluir a educação infantil, a educação de adultos, a educação básica e a educação média. Por isso, quero saudar todos os professores, os secretários, o Ministro Fernando Haddad, o Presidente Lula e todos aqueles que se encontram no Norte, no Sul, no Centro-Oeste ou no Leste. Quero cumprimentar todos os pais pelo desempenho, os professores, servidores e gestores da educação por avançarem na educação da pedagogia libertadora de Paulo Freire. Parabéns, Presidente Lula, Ministro Haddad, Profa. Pilar e todos os gestores do Brasil pelo esforço de avaliar a educação básica brasileira. Cumprimento o Ministro Haddad por ter tido coragem de publicar esses indicadores que servirão para maior investimento na educação, qualificação de professores, promoção e valorização da carreira docente, melhoria dos equipamentos. Quarta-feira 7 31849 Só na área da educação tecnológica do Brasil, haverá centenas de novas escolas. No mês de agosto o Presidente Lula inaugurará três novas escolas e Institutos Federais de Ensino Tecnológico e Científico, na cidade de Luziânia, administrada pelo Prefeito Celio Antonio; na cidade de Anápolis, dirigida pelo Prefeito Antonio Gomide; e na cidade de Formosa, comandada pelo Prefeito Pedro Ivo. É o Governo Lula atendendo a municípios de diferentes lugares e partidos, para ajudar o Brasil a se desenvolver. Parabéns, Ministro Haddad, por saber avaliar a educação brasileira e por adotar medidas para melhorá-la. Por fim, Sr. Presidente, parabenizo a Ministra Dilma, nossa candidata a Presidenta da República, pelo trabalho realizado no PAC. Mais da metade das obras foram realizadas. Outras estão a caminho. O Brasil está gerando emprego e renda, desenvolvimento econômico e social, caminhando da área da emergência para o crescimento. O Presidente Lula, mais uma vez, num gesto de resgate histórico, está hoje na África para fazer novos contatos, convênios comerciais e investimentos, a fim de que aquele país possa também promover o seu desenvolvimento. A educação brasileira está no caminho certo, melhor avaliada, com melhor crescimento quantitativo e qualitativo. Por isso, o IDEB novamente revela a nossa realidade, às vezes dura, nua e crua, mas revela também o nosso potencial, propiciando melhor desempenho de milhares de escolas em todo o Brasil. Parabéns àqueles que lutam por uma educação com qualidade no País. O Sr. Marcelo Ortiz, 1º Suplente de Secretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Michel Temer, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Srs. Deputados, venham ao plenário. O painel indica 249 presenças, mas há 302 Sras. e Srs. Deputados na Casa. Portanto, com mais 8 presenças, poderemos votar pelo menos 1 medida provisória. Quero comunicar à Casa que nós vamos colocar em pauta, tanto nas sessões ordinárias como nas extraordinárias, pelo menos 4 medidas provisórias que vencem no início de agosto. V.Exas. sabem que no mês de agosto será complicado trazermos os colegas para cá, até porque, legitimamente, estarão em campanha. Então, o que farei? Tanto na reunião extraordinária de 31850 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS hoje como na extraordinária de amanhã, eu colocarei em pauta essas 4 medidas provisórias e a PEC nº 300/08, que é nosso compromisso votar. Evidentemente, a PEC nº 300/08 está dependendo de quorum, que ainda é pequeno, mas vou colocá-la seguidamente na pauta e não vou mais retirá-la. Vão ficar na pauta essas medidas provisórias que elenquei. Peço a colaboração dos colegas do plenário para que possamos aprová-las, a fim de que elas não percam a eficácia, e reitero que a perda de eficácia dessas medidas se dará entre o dia 4 e o dia 9 de agosto; a partir de então eu teria de convocar várias sessões durante o mês de agosto, o que prejudicaria a nossa campanha eleitoral. O objetivo, Deputado Moka, é exatamente fazer um esforço 2 dias no início e 2 dias no final de agosto, e daí liberarmos tanto agosto como setembro. Portanto, peço a colaboração dos colegas, e dou a palavra ao Relator da Medida Provisória nº 483/10. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Concedo a palavra pela ordem ao Sr. Deputado Vital do Rêgo Filho. O SR. VITAL DO RÊGO FILHO (Bloco/PMDB – PB. Pela ordem. Sem revisão do orador) – Sr. Presidente, desejo-me acostar a V.Exa. e dizer que a Medida Provisória nº 483/10 é objeto de consenso entre a Liderança do Governo e os partidos da base há 15 dias. O relatório já está pronto, autenticado, e estou preparado para defendê-lo. Diversas etnias da comunidade indígena estão aqui há mais de 3 semanas esperando o feito inédito da criação de uma Secretaria Especial para cuidar da saúde indígena. Estamos prontos para votar a medida provisória. Por isso, contamos com a presença dos colegas para que haja quorum e possamos votá-la na sessão de hoje. (Palmas nas galerias.) O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vamos pelo menos votar a Medida Provisória nº 483/10, como sugere o Relator na sessão de hoje. Creio que não é das mais polêmicas, de modo que podemos votá-la rapidamente e – quem sabe? – até fazer a leitura de próxima medida provisória. Os colegas que trabalham pela PEC nº 300/08 sabem que deveremos votá-la. Eu não a tirarei da pauta. Ela ficará na pauta de hoje, de amanhã e da próxima semana, até que possamos votar essas 4 medidas provisórias e a PEC nº 300/08. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Concedo a palavra pela ordem, até que haja quorum, ao Deputado Jorginho Maluly. Julho de 2010 O SR. JORGINHO MALULY (DEM – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Michel Temer, esta é a primeira vez que tenho oportunidade de parabenizar V.Exa por ter sido indicado pelo seu partido a concorrer ao tão importante cargo de Vice‑Presidente da República. Independentemente de posições partidárias, desejo que Deus o ilumine nessa jornada. Faço uso da palavra para fazer rápidos registros. O primeiro é de ordem pessoal. Da mesma forma que o Deputado Devanir Ribeiro, agradeço à população de Andradina por ter-me acolhido como filho, na última sexta-feira, por indicação de Jamil Ono, Prefeito daquela cidade, ratificada pelos Vereadores, comandados pelo meu Líder, Edgar Dourado. Aproveito também para parabenizar aquele Município pelo seu aniversário. O segundo registro, Sr. Presidente, diz respeito à minha querida região de Araçatuba, que V.Exa. tão bem conhece, a qual recebeu nessa segunda-feira duas importantes notícias. Uma mostra a relevância da união dos Poderes Federal, Estadual e Municipal e da sociedade civil. A empresa COSAN, em parceria com a Prefeitura, o Governo do Estado e o Ministério da Saúde, fez um acordo de ajuste de conduta com o Ministério do Trabalho e transferiu o valor de uma multa para ser aplicado na construção de uma casamata. Depois de tanta luta e tanto sonho da população do oeste do Estado de São Paulo, Araçatuba receberá o acelerador linear que trata o câncer, evitando que famílias da região tenham de ir a Barretos e a Jaú buscar a cura para tão séria doença. Sr. Presidente, também recebemos a visita do Governador Alberto Goldman, que inaugurou mais um Ambulatório Médico de Especialidades – AME. Promissão já tem o seu, Andradina já tem o seu e Araçatuba recebeu nessa segunda‑feira esse importante complexo de saúde, que atenderá a toda a região com qualidade, também fruto do nosso trabalho, como Deputado, junto aos Governos Federal, Estadual e Municipal, independentemente de partido político. O prédio foi feito de comum acordo com a Prefeitura, que é gerida pelo PT e não impediu a realização da parceria que propiciou a Araçatuba essa importante conquista. Dessa maneira, Sr. Presidente, nossa região, tão querida por V.Exa., recebeu dois significativos investimentos naquilo que temos de mais importante no exercício da vida pública: a valorização do ser humano. Não há momento mais delicado da nossa vida senão quando estamos enfermos. Eu, que enfrento um cân- Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS cer na minha casa, no seio do meu lar, do seu grande amigo ex-Deputado Jorge Maluly Neto, sei o quanto é difícil essa situação, principalmente para aquelas famílias que não podem recorrer a grande centro para o tratamento. Com esse ambulatório, com essa nova casamata com a qual há tanto se sonhava, Araçatuba e a região noroeste terão condições de atender, com dignidade, competência e eficiência, aquelas pessoas que enfrentam o câncer. Parabenizo o Prefeito daquele Município e deixo registrada minha gratidão ao ex‑Governador José Serra, ao atual Governador, Alberto Goldman, e ao Secretário Luiz Roberto Barradas, por esse investimento em Araçatuba, e ao Ministério do Trabalho e ao grupo COSAN pelo citado ajuste de conduta. Mais uma vez, reitero minha gratidão e meu compromisso com a cidade de Andradina, que me adotou como seu filho na última sexta-feira, concedendo-me o título de Cidadão Andradinense Sr. Presidente, agradeço a V.Exa. e a todos os que me ouviram a atenção. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, permita-me cumprimentar o Vereador Zé Hélio, de Itapecerica da Serra, que realizou sua festa junina, no Jardim Idemori, na qual estivemos presentes. Sem dúvida nenhuma, foi um grande evento, que contou com a presença do Presidente da Câmara, o Vereador Chuvisco; do Vereador Tonho Paraíba; e do Vice-Prefeito Antonio Trolesi. É um registro muito importante. Aproveito a oportunidade para cumprimentar o Presidente Michel Temer por ter decidido colocar em votação a PEC 300, de 2008. Participei da reunião e vi S.Exa. dizer, firme e determinado, que votaria a medida provisória e a PEC 300 – não tinha nem que discutir a questão do pré-sal, o que poderia inviabilizar a possibilidade de acordo. Apenas teríamos que garantir o quorum suficiente para a votação da PEC. O compromisso que S.Exa. assumiu com os policiais militares, bombeiros militares e policiais civis está cumprido. Depende agora de nós outros, vários Líderes, arregimentarmos o quorum necessário para votar a PEC 300. Quarta-feira 7 31851 Quero cumprimentar o Presidente Michel Temer. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Concedo a palavra, pela ordem, ao Deputado João Almeida. O SR. JOÃO ALMEIDA (PSDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Requerimento nº 7.112, de autoria do Deputado Gustavo Fruet e deste Parlamentar, apresentado no dia 22 de junho, pede a V.Exa. que submeta ao Plenário a convocação do Sr. Ministro Guido Mantega. V.Exa. deu um despacho dizendo: “Submeta‑se ao Plenário, nos termos do art. 117 (...). Publique-se e oficie-se”. Ou seja, V.Exa. mandou publicar e oficiar para inclui-lo na Ordem do Dia. Solicito a V.Exa., com fundamento no Regimento Interno, que ponha esse requerimento na pauta, de preferência hoje, se possível. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Pois não. Vou chamar os Líderes, Deputado João Almeida. Vamos combinar uma data e colocá-lo na pauta. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Reitero àqueles que ainda não chegaram que venham ao plenário. Vamos votar as 4 medidas provisórias que esgotam sua eficácia no começo de agosto e a PEC nº 300. Não vou colocar mais nada na pauta nesse período. E não tirarei a PEC nº 300 da pauta enquanto não votarmos a proposta de emenda constitucional, que está multifalada. O SR. COLBERT MARTINS – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, uma vez que o Deputado João Almeida encontra-se no plenário, solicito a S.Exa. que consigne a sua presença, o que completa o quorum necessário ao início da Ordem do Dia. Aqui fica o apelo, Deputado João Almeida. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Tem razão o Deputado Colbert Martins. O SR. JOÃO ALMEIDA (PSDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sabe o ilustre Presidente que o fato de eu ter falado ao microfone já significa que estou presente. Já se poderia ter anunciado a Ordem do Dia. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Apresentação de proposições. 31852 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31853 31854 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS VI – ORDEM DO DIA PRESENTES OS SEGUINTES SRS. DEPUTADOS: RORAIMA Angela Portela PT Edio Lopes PMDB PmdbPtc Luciano Castro PR Marcio Junqueira DEM Total de Roraima: 4 Quarta-feira 7 31855 AMAPÁ Dalva Figueiredo PT Janete Capiberibe PSB PsbPCdoBPmnPrb Jurandil Juarez PMDB PmdbPtc Total de Amapá: 3 PARÁ Beto Faro PT Gerson Peres PP Lira Maia DEM Zé Geraldo PT Total de Pará: 4 31856 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS AMAZONAS Átila Lins PMDB PmdbPtc Lupércio Ramos PMDB PmdbPtc Marcelo Serafim PSB PsbPCdoBPmnPrb Rebecca Garcia PP Vanessa Grazziotin PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Total de Amazonas: 5 RONDÔNIA Anselmo de Jesus PT Eduardo Valverde PT Moreira Mendes PPS Natan Donadon PMDB PmdbPtc Total de Rondonia: 4 ACRE Henrique Afonso PV Nilson Mourão PT Total de Acre: 2 TOCANTINS Eduardo Gomes PSDB Junior Marzola DEM Laurez Moreira PSB PsbPCdoBPmnPrb Lázaro Botelho PP Moises Avelino PMDB PmdbPtc NIlmar Ruiz PR Osvaldo Reis PMDB PmdbPtc Total de Tocantins: 7 MARANHÃO Carlos Brandão PSDB Domingos Dutra PT Gastão Vieira PMDB PmdbPtc Julião Amin PDT Pedro Fernandes PTB Professor Setimo PMDB PmdbPtc Sarney Filho PV Waldir Maranhão PP Total de Maranhão: 8 CEARÁ Aníbal Gomes PMDB PmdbPtc Ariosto Holanda PSB PsbPCdoBPmnPrb Arnon Bezerra PTB Eugênio Rabelo PP José Guimarães PT José Linhares PP José Pimentel PT Leo Alcântara PR Marcelo Teixeira PR Mauro Benevides PMDB PmdbPtc Total de Ceará: 10 Julho de 2010 PIAUÍ Júlio Cesar DEM Marcelo Castro PMDB PmdbPtc Themístocles Sampaio PMDB PmdbPtc Total de Piauí: 3 RIO GRANDE DO NORTE Fábio Faria PMN PsbPCdoBPmnPrb Fátima Bezerra PT Felipe Maia DEM Henrique Eduardo Alves PMDB PmdbPtc Rogério Marinho PSDB Total de Rio Grande do Norte: 5 PARAÍBA Armando Abílio PTB Efraim Filho DEM Luiz Couto PT Major Fábio DEM Marcondes Gadelha PSC Rômulo Gouveia PSDB Vital do Rêgo Filho PMDB PmdbPtc Total de Paraíba: 7 PERNAMBUCO Ana Arraes PSB PsbPCdoBPmnPrb Bruno Rodrigues PSDB Carlos Eduardo Cadoca PSC Charles Lucena PTB Edgar Moury PMDB PmdbPtc Fernando Coelho Filho PSB PsbPCdoBPmnPrb Fernando Ferro PT Fernando Nascimento PT José Mendonça Bezerra DEM Roberto Magalhães DEM Silvio Costa PTB Total de Pernambuco: 11 ALAGOAS Antonio Carlos Chamariz PTB Carlos Alberto Canuto PSC Total de Alagoas: 2 SERGIPE Eduardo Amorim PSC Jackson Barreto PMDB PmdbPtc Jerônimo Reis DEM Total de Sergipe: 3 BAHIA Antonio Carlos Magalhães Neto DEM Claudio Cajado DEM Colbert Martins PMDB PmdbPtc Daniel Almeida PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Edson Duarte PV Fábio Souto DEM Geraldo Simões PT João Carlos Bacelar PR João Leão PP Jorge Khoury DEM José Rocha PR Jutahy Junior PSDB Lídice da Mata PSB PsbPCdoBPmnPrb Márcio Marinho PRB PsbPCdoBPmnPrb Paulo Magalhães DEM Sérgio Barradas Carneiro PT Uldurico Pinto PHS Veloso PMDB PmdbPtc Walter Pinheiro PT Zezéu Ribeiro PT Total de Bahia: 20 MINAS GERAIS Antônio Roberto PV Aracely de Paula PR Bilac Pinto PR Carlos Melles DEM Ciro Pedrosa PV Eduardo Barbosa PSDB Elismar Prado PT Gilmar Machado PT Humberto Souto PPS Jairo Ataide DEM Jô Moraes PCdoB PsbPCdoBPmnPrb João Magalhães PMDB PmdbPtc Júlio Delgado PSB PsbPCdoBPmnPrb Leonardo Monteiro PT Luiz Fernando Faria PP Márcio Reinaldo Moreira PP Marcos Lima PMDB PmdbPtc Marcos Montes DEM Mário Heringer PDT Paulo Abi-Ackel PSDB Paulo Piau PMDB PmdbPtc Saraiva Felipe PMDB PmdbPtc Silas Brasileiro PMDB PmdbPtc Virgílio Guimarães PT Vitor Penido DEM Total de Minas Gerais: 25 ESPÍRITO SANTO Capitão Assumção PSB PsbPCdoBPmnPrb Jurandy Loureiro PSC Lelo Coimbra PMDB PmdbPtc Manato PDT Rita Camata PSDB Quarta-feira 7 31857 Rose de Freitas PMDB PmdbPtc Sueli Vidigal PDT Total de Espírito Santo: 7 RIO DE JANEIRO Arnaldo Vianna PDT Arolde de Oliveira DEM Brizola Neto PDT Carlos Santana PT Chico Alencar PSOL Cida Diogo PT Dr. Adilson Soares PR Dr. Paulo César PR Edson Ezequiel PMDB PmdbPtc Edson Santos PT Eduardo Cunha PMDB PmdbPtc Felipe Bornier PHS Fernando Lopes PMDB PmdbPtc Geraldo Pudim PR Hugo Leal PSC Jair Bolsonaro PP Marcelo Itagiba PSDB Miro Teixeira PDT Neilton Mulim PR Nelson Bornier PMDB PmdbPtc Pastor Manoel Ferreira PR Rodrigo Maia DEM Silvio Lopes PSDB Simão Sessim PP Solange Amaral DEM Suely PR Vinicius Carvalho PTdoB Total de Rio de Janeiro: 27 SÃO PAULO Abelardo Camarinha PSB PsbPCdoBPmnPrb Aldo Rebelo PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Antonio Bulhões PRB PsbPCdoBPmnPrb Antonio Carlos Mendes Thame PSDB Antonio Carlos Pannunzio PSDB Antonio Palocci PT Arlindo Chinaglia PT Arnaldo Faria de Sá PTB Arnaldo Madeira PSDB Carlos Zarattini PT Devanir Ribeiro PT Dr. Nechar PP Dr. Talmir PV Duarte Nogueira PSDB Edson Aparecido PSDB Emanuel Fernandes PSDB Fernando Chucre PSDB Francisco Rossi PMDB PmdbPtc 31858 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Ivan Valente PSOL Jilmar Tatto PT Jorginho Maluly DEM José Genoíno PT José Mentor PT José Paulo Tóffano PV Julio Semeghini PSDB Lobbe Neto PSDB Luiza Erundina PSB PsbPCdoBPmnPrb Marcelo Ortiz PV Michel Temer PMDB PmdbPtc Paes de Lira PTC PmdbPtc Paulo Teixeira PT Regis de Oliveira PSC Renato Amary PSDB Ricardo Tripoli PSDB Roberto Alves PTB Roberto Santiago PV Valdemar Costa Neto PR Total de São Paulo: 37 MATO GROSSO Carlos Bezerra PMDB PmdbPtc Homero Pereira PR Ricarte de Freitas PTB Total de Mato Grosso: 3 DISTRITO FEDERAL Alberto Fraga DEM Jofran Frejat PR Magela PT Rodrigo Rollemberg PSB PsbPCdoBPmnPrb Tadeu Filippelli PMDB PmdbPtc Total de Distrito Federal: 5 GOIÁS Carlos Alberto Leréia PSDB Íris de Araújo PMDB PmdbPtc João Campos PSDB Leandro Vilela PMDB PmdbPtc Leonardo Vilela PSDB Luiz Bittencourt PMDB PmdbPtc Marcelo Melo PMDB PmdbPtc Pedro Chaves PMDB PmdbPtc Pedro Wilson PT Professora Raquel Teixeira PSDB Rubens Otoni PT Tatico PTB Total de Goiás: 12 MATO GROSSO DO SUL Antonio Cruz PP Geraldo Resende PMDB PmdbPtc Julho de 2010 Marçal Filho PMDB PmdbPtc Waldemir Moka PMDB PmdbPtc Total de Mato Grosso do Sul: 4 PARANÁ Abelardo Lupion DEM Alceni Guerra DEM Andre Vargas PT Assis do Couto PT Cezar Silvestri PPS Chico da Princesa PR Dilceu Sperafico PP Dr. Rosinha PT Eduardo Sciarra DEM Giacobo PR Marcelo Almeida PMDB PmdbPtc Moacir Micheletto PMDB PmdbPtc Nelson Meurer PP Odílio Balbinotti PMDB PmdbPtc Reinhold Stephanes PMDB PmdbPtc Total de Paraná: 15 SANTA CATARINA Angela Amin PP Celso Maldaner PMDB PmdbPtc Décio Lima PT Fernando Coruja PPS João Matos PMDB PmdbPtc Jorge Boeira PT Valdir Colatto PMDB PmdbPtc Vignatti PT Zonta PP Total de Santa Catarina: 9 RIO GRANDE DO SUL Afonso Hamm PP Darcísio Perondi PMDB PmdbPtc Enio Bacci PDT Germano Bonow DEM José Otávio Germano PP Luciana Genro PSOL Luis Carlos Heinze PP Luiz Carlos Busato PTB Mendes Ribeiro Filho PMDB PmdbPtc Nelson Proença PPS Onyx Lorenzoni DEM Osmar Terra PMDB PmdbPtc Professor Ruy Pauletti PSDB Vieira da Cunha PDT Vilson Covatti PP Total de Rio Grande do Sul: 15 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – A lista de presença registra o comparecimento de 257 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, diante da ilustríssima presença do Líder João Almeida. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Passa-se à apreciação da matéria sobre a mesa e da constante da Ordem do Dia. Em primeiro lugar, temos que eleger Comissão Representativa do Congresso Nacional para nos representar durante o recesso parlamentar, tal como determina o § 4º do art. 58 da Constituição Federal. Os partidos políticos indicaram, de acordo com a proporcionalidade partidária, os integrantes da Comissão. Passo a ler o nome dos titulares e dos suplentes: COMISSÃO REPRESENTATIVA DO CONGRESSO NACIONAL PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Titulares: Dr. Paulo César (PR), Fernando Marroni (PT), Geraldo Resende (PMDB), Marco Maia (PT), Mauro Benevides (PMDB), Paes Landim (PTB), Pedro Chaves (PMDB), Rodovalho (PP), Virgílio Guimarães (PT). Suplentes: Hugo Leal (PSC), Jovair Arantes (PTB), Nelson Meurer (PP), Nilson Mourão (PT), Osvaldo Reis (PMDB), Paulo Piau (PMDB), Pedro Wilson (PT), Rubens Otoni (PT), Sandro Mabel (PR). PSDB/DEM/PPS Titulares: João Almeida (PSDB), Jorginho Maluly (DEM), Luiz Carreira (DEM), Rafael Guerra (PSDB), Raul Jungmann (PPS). Suplentes: Eduardo Gomes (PSDB), Efraim Filho (DEM), Ilderlei Cordeiro (PPS), Leonardo Vilela (PSDB), Ronaldo Caiado (DEM). PSB/PDT/PCdoB/PMN Titular: Rodrigo Rollemberg (PSB), 1 vaga. Suplentes: 2 vagas PHS Titular: Uldurico Pinto (PHS). Suplente: Felipe Bornier (PHS) O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação a relação dos Parlamentares que comporão a Comissão Representativa do Congresso Nacional durante o recesso. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA. Quarta-feira 7 31859 O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Item 1. MEDIDA PROVISÓRIA Nº 483, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 483, de 2010, que altera as Leis nos 10.683, de 28 de maio de 2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, e 8.745, de 9 de dezembro de 1993, que dispõe sobre a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, e dá outras providências. Pendente de parecer da Comissão Mista. As Emendas de nºs 21 a 26 e 28 a 38, foram indeferidas liminarmente por versarem sobre matéria estranha, nos termos do art. 4º, § 4º, da Resolução nº 1/2002-CN, c.c. art. 125 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (Questão de Ordem nº 478/2009). PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 7-42010 PRAZO NA CÂMARA: 21-4-2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 9-5-2010(46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 4-8-2010 O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Sobre a mesa requerimento no seguinte teor: REQUERIMENTO “Sr. Presidente, requeremos a V.Exa., nos termos do art. 117, VI, do Regimento Interno, a retirada de pauta da MP 483/2010, constante do item 1 da presente Ordem do Dia. Sala das Sessões, em 6 de julho de 2010. EDUARDO SCIARRA, Vice-Líder do Democratas.” Assina o nobre Líder Paulo Bornhausen. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para falar a favor, concedo a palavra ao Deputado Eduardo Sciarra. O SR. EDUARDO SCIARRA (DEM – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, há muito tempo os Prefeitos brasileiros reivindicam a votação da regulamentação da Emenda 29 para que os municípios possam ter os recursos necessários para aplicar na Saúde. Declaramos, juntamente com os demais partidos de oposição, obstrução às matérias enquanto não for 31860 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS votada a regulamentação da Emenda 29. Por esse motivo, estamos pedindo a retirada de pauta desta matéria para que a regulamentação da Emenda 29 seja votada. Os Prefeitos estão novamente em Brasília mobilizados para que a regulamentação da Emenda 29, que libera recursos para a Saúde, possa ter sua votação concluída na Câmara dos Deputados – está faltando um destaque. Essa mobilização faz com que nós e os demais partidos de oposição tenhamos disposição, de forma bastante determinada, para trabalhar pela aprovação da regulamentação da Emenda 29. Esse foi o compromisso que assumimos com os Prefeitos. Queremos votar a regulamentação da Emenda 29 antes de qualquer outra matéria. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para falar contra, concedo a palavra ao Deputado Eduardo Valverde. O SR. EDUARDO VALVERDE (PT – RO. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, certamente a Oposição estaria correta se fosse coerente no discurso. Nós gostaríamos também de votar a regulamentação da Emenda 29, que trata da saúde pública, inclusive recriando a Contribuição Social para a Saúde – CSS. No entanto, a Medida Provisória nº 483, de 2010, trata também de saúde, de saúde indígena. (Palmas nas galerias.) Enquanto estamos na inércia aqui, enquanto não se cria a Secretaria de Saúde Indígena, estão morrendo crianças indígenas no Brasil por falta de atendimento, em face da precariedade da prestação de serviço médico da FUNASA. (Palmas nas galerias.) Se queremos dar ao brasileiro uma saúde digna – está correta nesse aspecto a Oposição –, temos que criar a contribuição para financiar a Saúde. Sem essa contribuição é somente discurso. Isso não impede o ato político correto – tratar todos de maneira equilibrada – de aprovarmos a Medida Provisória nº 483, que trata, entre outros, desse assunto de extrema relevância. (Palmas nas galerias.) Na verdade, a Oposição nunca foi favorável a populações indígenas no Brasil, tanto que no Governo passado quase se aniquilou a FUNAI, quase se acabou com a FUNASA. E agora a Oposição quer impedir que o Estado brasileiro cumpra o papel constitucional de dar cidadania plena aos povos indígenas brasileiros. Saúde é para todos, não é só para o Estado de São Paulo, não é só para as populações urbanas, é também para as populações tradicionais, especialmente para as populações indígenas. Julho de 2010 Vamos estabelecer aqui a coerência entre o discurso e a prática, e não o papel totalmente contraditório de querer fazer média com os Prefeitos – talvez tenha sido essa a grande intenção da Oposição –, e não querer fazer o papel correto com as populações indígenas brasileiras. Se a Oposição quer realmente que melhore a Saúde no Brasil, vamos começar com essa medida provisória que está trancando a pauta, para depois votarmos aqui a regulamentação da Emenda 29. (Palmas nas galerias.) O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como orienta o PT? (Pausa.) PMDB, em relação ao requerimento de retirada de pauta, como vota? O SR. EDUARDO CUNHA (Bloco/PMDB – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PMDB vota “não”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – “Não”. PT? O SR. EDUARDO VALVERDE (PT – RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – PT, “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – “Não.” PTB? O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PTB encaminha “não”, porque queremos votar logo essas medidas provisórias para votar a PEC 300, de 2008. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – PTB, “não”. PSDB? O SR. JOÃO ALMEIDA (PSDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós queremos votar esta e outra matéria mais importante do que esta: a regulamentação da Emenda Constitucional 29, para garantir recursos para a Saúde, o compromisso mínimo de aporte do Governo Federal para a Saúde. Aqui estamos falando de criar uma Secretaria ou transformar um departamento em Secretaria de Assistência à Saúde Indígena, mas não há dinheiro, não há recursos para promover essa assistência indígena. (Apupos nas galerias.) Por isso nós queremos prioridade para a votação da regulamentação da Emenda 29, que vai inclusive garantir recursos para que o Governo possa empreender essa Secretaria, proposta na medida provisória. (Apupos nas galerias.) Nós nos mantemos em obstrução, Sr. Presidente. Somos pela retirada de pauta. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Pela retirada de pauta. Democratas, como vota? O SR. EDUARDO SCIARRA (DEM – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, aqui foi alegado anteriormente a questão da saúde indígena, mas essa medida provisória já está em vigor. O que não está em vigor são os efeitos da Emenda nº 29, que está pronta para ser votada e há muito tempo, por vontade do Governo, não é colocada em votação. Então, queremos atender a todos os municípios brasileiros; queremos inclusive o atendimento à Saúde, por meio da FUNASA, nas comunidades indígenas – a medida já está em vigor. Então, votamos “sim”, pela retirada de pauta. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vou pedir aos amigos das galerias para não se manifestarem, porque, evidentemente, há a melhor simpatia pela tese que está sendo defendida, mas entrarão outros tantos manifestantes da PEC nº 300, mais de duzentos, que prometeram entrar sem manifestação. Se verificarem que há manifestação de um lado... Vocês podem fazer um gesto ou qualquer coisa assim. Está bem? Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PP? O Deputado Zonta tem a palavra. O SR. ZONTA (PP-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nobres colegas Parlamentares, o Partido Progressista também quer votar a regulamentação da Emenda nº 29 em favor da Saúde dos municípios. No caso dessa Medida Provisória nº 483, somos contrários à retirada de pauta. Queremos votá-la. Portanto, o PP vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – PPS? O SR. CEZAR SILVESTRI (PPS – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PPS tem uma posição clara: somente sairá da obstrução e somente votará a partir do momento em que for colocada em votação a Emenda nº 29. É o compromisso com a saúde do povo brasileiro e com todos os Prefeitos do nosso País. Por isso nosso voto é “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. O Bloco Parlamentar PSB/PCdoB/PMN/PRB, como vota? A SRA. LÍDICE DA MATA (Bloco/PSB – BA. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presi- Quarta-feira 7 31861 dente, o Bloco Parlamentar PSB/PCdoB/PMN/PRB tem compromisso com a saúde indígena no Brasil e vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PDT? O SR. WILSON PICLER (PDT – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, aproveito a oportunidade para dizer que já estão na Casa em torno de 310 Deputados. Mais adiante haverá quorum. Proponho que façamos um acordo para votar a PEC nº 300, de 2008, consensualmente. Mesmo com quorum baixo, acho que vamos conseguir cumprir esse compromisso com os policiais militares e civis. Quanto à orientação, o PDT orienta o voto “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O PDT orienta “não”. Como vota o PR, Deputada Gorete Pereira? A SRA. GORETE PEREIRA (PR – CE. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, o PR também é a favor da regulamentação da Emenda nº 29. Neste momento, gostaríamos de estar aqui votando a PEC nº 300, de 2008, mas não podemos rejeitar essa medida provisória. Então, o PR também vota “não” à retirada de pauta. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Quem mais vai encaminhar? Como vota o PV? O SR. ANTÔNIO ROBERTO (PV – MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PV vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PSC? O SR. REGIS DE OLIVEIRA (PSC – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSC encaminha o voto “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação o requerimento. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se acham. (Pausa.) REJEITADO. O SR. JOÃO ALMEIDA – (PSDB – BA) – Verificação, Sr. Presidente. O SR. COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB – BA) – Verificação conjunta. O SR. EDUARDO VALVERDE (PT – RO) – Verificação conjunta, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Verificação conjunta concedida. 31862 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. JOÃO ALMEIDA (PSDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSDB está em obstrução. O SR. EDUARDO SCIARRA (DEM – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Democratas está em obstrução. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – A Presidência solicita aos Srs. Deputados que tomem seus lugares a fim de ter início a votação pelo sistema eletrônico. Está iniciada a votação. Queiram seguir a orientação do visor de cada posto. O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, temos um grande esforço e uma grande mobilização para votar a PEC nº 300. Isso virou palavra empenhada do próprio Presidente da Câmara dos Deputados, que disse aqui, reafirmou hoje, que a matéria vai entrar em pauta e não vai sair. Presidente Michel Temer, corrija-me se eu estiver errado: V.Exa. afirmou que a PEC nº 300 entrará em pauta e não sairá até ser votada. Então, faço um apelo a todos os companheiros para que possamos votar essas medidas provisórias. Vamos limpar a pauta, para que tenhamos também a tranquilidade de, na sessão extraordinária, dar o respaldo à Presidência da Casa para votar a PEC nº 300. Vou pedir ao Sr. Presidente Michel Temer, assim que pudermos, que reafirme o que disse ainda há pouco. Penso que os policiais militares e membros dos corpos de bombeiro estavam reunidos nas salas das Comissões e não tiveram a chance de ouvir da voz de V.Exa. que a matéria estará em pauta até que seja votada. É o que lhe peço, neste momento, Presidente, que V.Exa. reafirme que, na sessão extraordinária, essa matéria estará em pauta até a votação. Da pauta não sairá. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Reafirmo a V.Exa. e ao plenário que, entrando em pauta, como entram agora as quatro medidas provisórias com eficácia finda no mês de agosto, após votadas as quatro medidas provisórias, vota-se a PEC nº 300. Não retirarei a PEC nº 300 da pauta em nenhuma hipótese. O SR. EDUARDO SCIARRA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Pois não. O SR. EDUARDO SCIARRA (DEM – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, como Julho de 2010 sugestão: se votarmos a PEC nº 300, com pauta única na sessão extraordinária, resolveremos rapidamente a questão dessa PEC e poderemos avançar para as medidas provisórias. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vamos votar as três medidas provisórias rapidamente e a PEC nº 300. Isso nos desonera do mês de agosto, em que serei obrigado a convocar sucessivas sessões. De modo que, se houver um grande acordo para votarmos as quatro medidas provisórias e a PEC nº 300, quem sabe, terminamos hoje ou, no mais tardar, amanhã. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – A proposta do Democratas é que na sessão extraordinária tenha só a PEC nº 300. Essa proposta, se eles não obstruírem, é positiva. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – É, mas o acordo que consegui fazer foi realmente de votar as medidas provisórias. O SR. COLBERT MARTINS – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Pois não. O SR. COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Quero convidar os Deputados e as Deputadas do PMDB para que estejam presentes em plenário. Estamos votando uma medida provisória que diz respeito à reorganização de saúde indígena, também à FUNASA e ao Ministério da Saúde, que o PMDB tem nesse momento a responsabilidade de conduzir. Portanto, peço a presença aqui dos Deputados e Deputadas. Queremos votar essa matéria. Queremos aprovar essa medida provisória. Logo em seguida, aprovaremos, Sr. Presidente, as medidas provisórias e a PEC nº 300, de 2008, que é uma decisão de V.Exa., do PMDB, do Líder Henrique Eduardo Alves e de todos nós. Estamos aqui para votar a matéria, mas peço que rapidamente venham a plenário. Estamos votando nominalmente. O PMDB encaminha o voto “não” à retirada de pauta desta medida provisória. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Concedo a palavra, pela ordem, ao nobre Deputado Cândido Vaccarezza. O SR. CÂNDIDO VACCAREZZA (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero reforçar a proposta de acordo que V.Exa. colocou no plenário ou a decisão de V.Exa. sobre a qual temos acordo: votaremos as quatro medidas provisórias antes Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de terminar o recesso; para isso, deve haver esforço concentrado; a seguir, votaremos a PEC nº 300 com a redação acordada para fazer a votação. O SR. FERNANDO CORUJA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. FERNANDO CORUJA (PPS – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PPS está em obstrução, mas eu queria fazer uma consideração. Acho que estão tentando alterar a ordem natural das coisas. Uma questão são as medidas provisórias, é a pauta ordinária que envolve a regulamentação da Emenda nº 29 e outras matéria. Outra é a sessão extraordinária, na qual queremos votar a PEC nº 300. Querer vincular a PEC nº 300 à votação das medidas provisórias é não querer votar a PEC nº 300. Quero chamar a atenção dos policiais do Brasil para este fato. Querer vincular a votação da PEC nº 300 à votação das medidas provisórias é ser contrário à votação da PEC nº 300. Nós, da Oposição, estamos obstruindo e queremos acabar logo esta sessão para haver rapidamente uma extraordinária para votar a PEC nº 300, de 2008. O SR. PAES DE LIRA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. PAES DE LIRA (Bloco/PTC – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, fiquei constrito ao ouvir a afirmação de V.Exa. de que a votação da PEC nº 300 fica condicionada à aprovação de quatro medidas provisórias. Sabemos perfeitamente a grande dificuldade política em superar, neste momento, as medidas provisórias devido ao processo de obstrução. Neste momento, não estou em obstrução, estou votando de acordo com a orientação do meu bloco partidário, na tentativa de ajudar a liberar a pauta para que a extraordinária traga a PEC nº 300. V.Exa. teve a gentileza de me chamar para uma conversa particular na semana retrasada. Naquela ocasião, mencionou que poderia, conforme as circunstâncias, convocar uma sessão extraordinária exclusivamente para a votação da PEC nº 300. Isso, sim, seria um modo de resolver a questão, de superar essa dificuldade que estamos enfrentando desde o dia 9 de março, e é isso que solicito a V.Exa. Muito obrigado por sua atenção. Quarta-feira 7 31863 O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Eu gostaria de dizer a V.Exa. que esta é uma Casa de acordos, e fiz o possível para conseguir um acordo. O acordo que consegui, para que a base governista também votasse a PEC nº 300 entre hoje e amanhã, foi a votação dessas medida provisórias. Há uma que pode ser votada hoje – quem sabe, votamos duas hoje – e, entre hoje e amanhã, votaremos a PEC nº 300. Ou seja, foi fruto de um acordo. Com um quorum pequeno é perigoso. Temos 332 Deputados na Casa. Com quorum pequeno, qualquer acidente que possa haver pode levar à reprovação da PEC nº 300, e não é o que V.Exa. quer, nem o que esta Presidência deseja. O SR. CHICO ALENCAR – Sr. Presidente, para uma orientação do PSOL. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Pois não. O SR. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Entendemos que o recesso não começou e que campanha eleitoral não justifica não votarmos nada. Pega mal para a Casa essa voz corrente que diz que acabou tudo, que o ano já acabou. Isso é um perfeito absurdo. Aliás, do ponto de vista do futebol e das nossas mais sentidas esperanças, o ano está começando agora. Já houve carnaval, Semana Santa, Copa do Mundo – pelo menos neste último caso, nada deu certo para nós. No entendimento do PSOL, devemos apreciar as medidas provisórias, inclusive as quatro que V.Exa. indicou. E temos uma posição contrária a essa próxima; vamos argumentar no mérito. Temos que avançar também para a PEC nº 300, de 2008, já fruto de um acordo. Há uma resistência meio falsa; ninguém assume por que é contra. Há que se votar a PEC nº 300 e também avançar na regulamentação da Emenda nº 29. Seria um fecho de semestre legislativo, independentemente do voto e da posição de cada um, muito digno e à altura do Parlamento, cujos membros, boa parte deles, querem renovação de mandato. Então, vamos pensar nessa dinâmica, que é muito correta. O nosso voto, portanto, é “não” à retirada de pauta. E votamos pela apreciação, no mérito, das medidas provisórias e da PEC nº 300, e pela regulamentação da Emenda nº 29, entre outras matérias, nas extraordinárias desta semana e da próxima também. 31864 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O Sr. Michel Temer, Presidente, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Marco Maia, 1º Vice-Presidente. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Enquanto esperamos que se complete o quorum, nós vamos continuar chamando os oradores inscritos para o uso da palavra durante a sessão. Concedo a palavra, pela ordem, ao Deputado Regis de Oliveira. O SR. REGIS DE OLIVEIRA (PSC – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, vou ser mais breve do que necessário, apenas para fazer um apelo à Casa: que os nossos Líderes tenham o bom senso de resolver uma pauta de consenso, para que possamos aqui não perder tempo. Toda semana vimos para cá, olhamos, observamos: pede-se verificação, faz-se requerimento de retirada, a Casa entra em obstrução e nada se aprova. E o povo está nos olhando, Presidente. Pedi a inscrição apenas para fazer um apelo a todos os Líderes: tenham o bom senso de se sentar à mesa e resolver uma pauta de consenso, para que possamos votar aquilo que interessa à população brasileira, votar essas medidas provisórias que estão na pauta. São medidas provisórias simples, fáceis de aprovação. E ficamos aqui numa luta inútil, numa luta que não leva a nada, inconsequente, em detrimento de todos nós. Sr. Presidente, pedi a palavra. Inscrevi-me apenas para fazer um apelo à Casa: que os nossos Líderes se sentem à mesa e decidam uma pauta de consenso, para que possamos aproveitar a nossa presença e a presença de todos aqui. Estamos nos sentindo absolutamente inúteis, a reboque de decisões de gabinete! Lanço este meu protesto, Sr. Presidente, ante a inércia e a inconsequência das nossas resoluções nesta Casa. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Chamamos para fazer uso da palavra o Deputado Antonio Carlos Pannunzio. (Pausa.) Com a palavra o Deputado Marcelo Ortiz. (Pausa.) Com a palavra a Deputada Jô Moraes. (Pausa.) Chamamos para fazer uso da palavra o Deputado Chico Alencar. (Pausa.) Tem a palavra, pela ordem, a Deputada Perpétua Almeida. S.Exa. tem o prazo de 3 minutos. A SRA. PERPÉTUA ALMEIDA (Bloco/PCdoB – AC. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Pre- Julho de 2010 sidente, Sras. e Srs. Parlamentares, quero saudar as lideranças indígenas do Brasil que buscam aqui um direito que lhes é devido, para que os povos indígenas do Brasil possam ter mais saúde. Subo a esta tribuna para reafirmar, com a alegria daqueles que superam os seus próprios limites, que estou animada, pois o Acre hoje comemora os resultados do IDEB. Lembro que, quando assumimos o Governo do Acre, a Frente Popular, há 13 anos, estávamos no penúltimo lugar na educação brasileira. E de lá para cá nos esforçamos para melhorar a qualidade do ensino: aumentamos em quase 300% o número de escolas no Acre; triplicamos o número de crianças em ala de aula; melhoramos o salário dos trabalhadores da área da educação. Não sei se o Plenário desta Casa sabe, mas o Estado de São Paulo, cujo PIB é o maior do Brasil, paga ao professor um salário menor do que o pago pelo Estado do Acre, cujo PIB é um dos menores do Brasil. Sr. Presidente, quando assumimos o Governo do Acre, os trabalhadores em educação ganhavam um piso de R$ 400,00. Hoje, o professor que trabalha 30 horas no meu Estado do Acre tem um piso salarial de R$ 1.600,00. Hoje, o professor que trabalha 40 horas no Estado do Acre tem um piso salarial de R$ 2.400,00. Esse foi um investimento no ser humano, na pessoa e em seu salário. O investimento em novas escolas, na educação, fez com que o Acre seja hoje um dos 2 Estados da Federação que obtiveram resultados positivos no IDEB, fez com que o Estado superasse os seus próprios limites. Segundo dados do IDEB, a nota do Brasil no 5º ano foi 4,9, enquanto a do Acre foi 4,5. No 9º ano, o Acre teve uma nota acima da média nacional. Enquanto a média nacional foi 3,8, o meu pequeno Acre, com um PIB tão pequeno, conseguiu alcançar 4,2. Sr. Presidente, isso para nós é muito animador. Sr. Presidente, para concluir, quando assumimos aquele Estado, quem comandava as estruturas de poder era o crime organizado e o esquadrão da morte. Estávamos em penúltimo lugar quando se tratava de educação. Aqui está o resultado do IDEB: coloca o Acre, quando se trata da nota do 9º ano, acima da nota nacional. É um Estado pequeno, mas que conseguiu se superar, respeitando os trabalhadores em educação, pagando‑lhes um salário melhor do que paga o grande Estado de São Paulo. No dia a dia de nosso Estado, o trabalho da Frente Popular e dos políticos tem sido o de melhorar a qualidade de vida de quem mora no Acre. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Parabéns à companheira Maria Corrêa, dedicada trabalhadora em educação, nosso exemplo de mulher na área de educação! Muito obrigada. A SRA. JÔ MORAES – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Tem V.Exa. a palavra. A SRA. JÔ MORAES (Bloco/PCdoB – MG. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, queridos Deputados, ouvintes, mais uma vez o Estado de Minas Gerais é palco de escândalo que envolve a vida da mulher, a violência contra a mulher. Em todos os jornais e revistas nacionais está estampada a angústia dos familiares em busca de Eliza Samudio. Algo inexplicável. Temos de aguardar o desfecho das investigações, mas o fato é que, desde o dia 9 de junho, há praticamente um mês, está sumida uma mulher, provavelmente vítima de violência. O que nos preocupa, Sr. Presidente, caros Deputados e Deputadas? No início deste ano, final do ano passado, também em Minas Gerais, vivenciamos um palco de tragédias que envolveu o maníaco do Bairro Industrial, que assassinou covardemente inúmeras mulheres, como também o assassinato absurdo, noticiado pelos canais de televisão, daquela cabeleireira. Precisamos, mais uma vez, insistir em determinadas providências, Sr. Presidente, caros Deputados e Deputadas, e responder às necessidades de melhoria da estrutura policial. Particularmente no Estado de Minas Gerais, pleiteamos a elevação do número de equipes para dar assistência à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, pois, sem mais delegadas e investigadoras, não responderemos à violência cotidiana. Precisamos também agilizar o número de estruturas judiciárias especializadas em responder, com eficácia e agilidade, aos processos que devem ser levantados, sobretudo para cumprir as medidas de proteção necessárias, em curto espaço de tempo. A eficácia nesse processo passa não apenas pela alteração do Código Penal, mas também pela estruturação da Vara Especializada. Como última questão, apresentei, ano passado nesta Casa, um projeto que assegura indenização e proteção aos filhos menores de vítimas de violência, em caso de falha do Estado. Recentemente, vítima do maníaco do Bairro Industrial, uma mulher foi encontrada morta, estuprada, com seu filho de 1 ano e 4 meses sobre seu corpo. Essa criança precisa ser protegida. E o objetivo do projeto Quarta-feira 7 31865 que apresentamos é exatamente o de fazer com que o Estado garanta eficaz proteção aos menores. Por isso pedimos mais agilidade nas modificações do Código de Processo Penal e também na tramitação do projeto que assegurará aos menores de 18 anos garantias mínimas do Estado. Era o que tinha a dizer. O SR. CELSO MALDANER – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. CELSO MALDANER (Bloco/PMDB – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ontem, em Santa Catarina, ocorreu uma reunião da Frente Parlamentar em Defesa do Estaleiro de Biguaçu, empreendimento da OSX, empresa empreendedora do estaleiro naval. Em 16 de junho, a unidade catarinense do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), vinculada ao Governo Federal, negou licença para a construção do estaleiro em Biguaçu. O risco de Santa Catarina perder o empreendimento mostra quanto o rigor ambiental para com grandes projetos pode trazer altas perdas econômicas. Sem o estaleiro, aquela região perderá, numa primeira fase, mais de 4 mil empregos diretos, e o dobro de indiretos, uma série de serviços e alta arrecadação tributária. Se o estaleiro não ficar em Santa Catarina, o Estado deverá perder o Instituto de Tecnologia Naval (ITN), que daria suporte técnico ao empreendimento. O Diretor da Fundação CERTI, José Eduardo Fiates, que paralelamente está negociando com a OSX a instalação da instituição no Sapiens Parque, disse que o Estado perderá muito em conhecimento científico se o projeto não ficar lá. A proposta do ITN inclui a participação das universidades da região: UFSC, UNISUL, UNIVALI e Instituto Técnico Federal. Ocorre que justamente o órgão contrário à instalação do projeto em Biguaçu, o Instituto Chico Mendes (ICMBio), não compareceu à reunião. O debate virá a Brasília hoje mesmo, e uma comissão tem audiência marcada para amanhã de manhã com a Ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, para ver se encontramos uma solução. Ontem, todas as manifestações foram favoráveis ao empreendimento. No entanto, a OSX negocia com o Rio de Janeiro a transferência do investimento de R$ 2,5 bilhões previsto para Santa Catarina. Sr. Presidente, estamos falando de um investimento de 2,5 bilhões de reais. Se não conseguirmos 31866 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS a licença, vamos perder esse investimento também para o Rio de Janeiro. Felizmente, hoje conseguimos aprovar, por 13 votos a 5, depois 1 ano de trabalho, o Código Florestal Brasileiro. Temos de mudar a legislação ambiental do nosso País para facilitar os empreendimentos. Felizmente, hoje, uma boa notícia: depois 1 ano de trabalho, conseguimos amenizar o sofrimento de nossos agricultores. Esperamos que todos os Deputados se sensibilizem e assim possamos, ainda este ano, Sr. Presidente, implementar as mudanças introduzidas no Código Florestal Brasileiro. Para concluir, lembro que são tão importantes as mudanças no Código Florestal Brasileiro que acho que seria interessante se pudéssemos aprová-las ainda este ano no plenário da Câmara dos Deputados, até porque a Procuradoria Federal de Justiça não está respeitando o Decreto nº 7.029, da Presidência da República, que prorroga a averbação da reserva legal até junho de 2011, além de prever que, para até 4 módulos fiscais, será dispensada a averbação da reserva legal. Em Santa Catarina, principalmente, mais de 95% das terras são de pequenas propriedades rurais. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Concedo a palavra, pela ordem, ao Deputado Jair Bolsonaro. O SR. JAIR BOLSONARO (PP – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu não sou da Oposição, não sou da direita nem da esquerda. Eu entendo que eu sou do Direito. Nesta Casa, há uma unanimidade: ou apoiam a Dilma ou se omitem. Apenas um ou outro, como o nobre Deputado Paes de Lira, adota uma posição consistente. Eu gostaria que o povo brasileiro – porque para esta Casa parece que não interessa muito discursar, uma vez que o pessoal está um pouco anestesiado – prestasse atenção a um vídeo de Hugo Chávez, em que uma mulher começa sua apresentação para uma plateia cheia, onde todos estão de blusa vermelha. Ela começa dizendo: “Lutadores e lutadoras socialistas...” Na sequência, fala o líder da revolução bolivariana, o Comandante Hugo Chávez. E daí Hugo começa a falar: “Esta manhã conversei por certo com a nossa grande amiga, com a Ministra da Casa Civil da Presidência do Brasil, nossa boa amiga Dilma Rousseff, uma grande companheira, uma grande compatriota, uma grande sul-americana. Dilma Rousseff inclusive é da linha dura.” Julho de 2010 Prestem atenção, companheiros da Polícia Militar. E complementa Hugo Chávez: “Sabemos que ela participou daquele movimento. Em uma ocasião, sequestraram o Embaixador americano no Brasil.” Essa é uma candidata à Presidência da República que tem ficha suja de sangue. Por que ficha suja de sangue? Porque o seu grupo participou também da execução do tenente da então Força Pública de São Paulo, Alberto Mendes Júnior. O seu colega Franklin Martins foi um dos mentores do sequestro do Embaixador americano. Inclusive, Marta Suplicy, há pouco, acusou o Deputado Fernando Gabeira de ter a responsabilidade de executar o Embaixador americano no cativeiro, caso o Governo brasileiro não cumprisse a determinação de libertar 15 marginais intitulados obviamente de presos políticos. Não foi essa a missão do Gabeira. E Franklin Martins, ato contínuo, no jornal Folha de S.Paulo – o que me surpreende depois daquela ficha que publicaram, mas que voltaram atrás, por alguma pressão ou por medo –, disse que, no cativeiro, ninguém tinha missão de executar o Embaixador americano. Só que, no filme Hércules 47 , o próprio Franklin Martins diz que sua missão, a missão daquele grupo, caso não fosse cumprida a exigência – vou ajudar na campanha da Dilma, dar uma força à campanha da Dilma –, seria executá-lo. Então, meus companheiros, façam uma campanha pelo Ficha Limpa. Porque a ficha da Dilma está suja de sangue, com sequestros, execuções, assassinatos, com toda ordem de crime. Sem querer ofender a ninguém, um bom candidato para Vice da Dilma é o Fernandinho Beira-Mar. E ela esteve no programa da Luciana Gimenez, fazendo omelete; quero dizer que sua especialidade não é omelete, mas coquetel Molotov. Pense, povo brasileiro, na hora de votar em uma candidata com um passado tão sujo como esse. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Devido à evidente falta de quorum, declaro encerrada a votação e, por consequência, a Ordem do Dia. LISTAGEM DE VOTAÇÃO Proposição: MPV Nº 483/2010 – REQUERIMENTO DE RETIRADA DE PAUTA -Nominal Eletrônica Início da votação: 6-7-2010 17:43 Encerramento da votação: 6-7-2010 18:13 Presidiram a Votação: Michel Temer Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31867 31868 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31869 31870 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31871 31872 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31873 31874 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Vou encerrar a sessão. Pergunto se posso transferir o painel. (Pausa.) Apoiado. Então o painel será transferido. Julho de 2010 José Airton Cirilo PT Paulo Henrique Lustosa PMDB PmdbPtc Raimundo Gomes de Matos PSDB Vicente Arruda PR Total de Ceará: 9 VII – ENCERRAMENTO O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – COMPARECEM MAIS À SESSÃO OS SRS.: RORAIMA Maria Helena PSB PsbPCdoBPmnPrb Urzeni Rocha PSDB Total de Roraima: 2 PARÁ Elcione Barbalho PMDB PmdbPtc Wandenkolk Gonçalves PSDB Total de Pará: 2 AMAZONAS Francisco Praciano PT Silas Câmara PSC Total de Amazonas: 2 RONDÔNIA Lindomar Garçon PV Marinha Raupp PMDB PmdbPtc Mauro Nazif PSB PsbPCdoBPmnPrb Total de Rondonia: 3 ACRE Perpétua Almeida PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Total de Acre: 1 MARANHÃO Cleber Verde PRB PsbPCdoBPmnPrb Davi Alves Silva Júnior PR Nice Lobão DEM Pedro Novais PMDB PmdbPtc Total de Maranhão: 4 CEARÁ Chico Lopes PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Eudes Xavier PT Eunício Oliveira PMDB PmdbPtc Flávio Bezerra PRB PsbPCdoBPmnPrb Gorete Pereira PR PIAUÍ Paes Landim PTB Total de Piauí: 1 RIO GRANDE DO NORTE João Maia PR Total de Rio Grande do Norte: 1 PARAÍBA Damião Feliciano PDT Wellington Roberto PR Total de Paraíba: 2 PERNAMBUCO André de Paula DEM Bruno Araújo PSDB Marcos Antonio PRB PsbPCdoBPmnPrb Paulo Rubem Santiago PDT Raul Henry PMDB PmdbPtc Wolney Queiroz PDT Total de Pernambuco: 6 BAHIA Alice Portugal PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Félix Mendonça DEM Geddel Vieira Lima PMDB PmdbPtc João Almeida PSDB José Carlos Araújo PDT Luiz Alberto PT Luiz Bassuma PV Luiz Carreira DEM Marcelo Guimarães Filho PMDB PmdbPtc Nelson Pellegrino PT Sérgio Brito PSC Severiano Alves PMDB PmdbPtc Tonha Magalhães PR Total de Bahia: 13 MINAS GERAIS Ademir Camilo PDT João Bittar DEM Mauro Lopes PMDB PmdbPtc Total de Minas Gerais: 3 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ESPÍRITO SANTO Iriny Lopes PT Total de Espírito Santo: 1 RIO DE JANEIRO Alexandre Cardoso PSB PsbPCdoBPmnPrb Deley PSC Edmilson Valentim PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Fernando Gabeira PV Jorge Bittar PT Leonardo Picciani PMDB PmdbPtc Otavio Leite PSDB Total de Rio de Janeiro: 7 SÃO PAULO Beto Mansur PP Cândido Vaccarezza PT Dr. Ubiali PSB PsbPCdoBPmnPrb Fernando Chiarelli PDT Guilherme Campos DEM Janete Rocha Pietá PT João Dado PDT João Paulo Cunha PT Jorge Tadeu Mudalen DEM Márcio França PSB PsbPCdoBPmnPrb Milton Monti PR Nelson Marquezelli PTB Ricardo Berzoini PT Vicentinho PT Walter Ihoshi DEM William Woo PPS Total de São Paulo: 16 Quarta-feira 7 31875 Cassio Taniguchi DEM Ratinho Junior PSC Takayama PSC Wilson Picler PDT Total de Paraná: 5 SANTA CATARINA Mauro Mariani PMDB PmdbPtc Paulo Bauer PSDB Total de Santa Catarina: 2 RIO GRANDE DO SUL Marco Maia PT Paulo Pimenta PT Sérgio Moraes PTB Total de Rio Grande do Sul: 3 DEIXAM DE COMPARECER À SESSÃO OS SRS.: RORAIMA Francisco Rodrigues DEM Neudo Campos PP Total de Roraima: 2 AMAPÁ Davi Alcolumbre DEM Evandro Milhomen PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Fátima Pelaes PMDB PmdbPtc Lucenira Pimentel PR Sebastião Bala Rocha PDT Total de Amapá: 5 PARÁ DISTRITO FEDERAL Augusto Carvalho PPS Total de Distrito Federal: 1 GOIÁS Ronaldo Caiado DEM Total de Goiás: 1 MATO GROSSO DO SUL Antônio Carlos Biffi PT Dagoberto PDT Nelson Trad PMDB PmdbPtc Total de Mato Grosso do Sul: 3 PARANÁ Affonso Camargo PSDB Asdrubal Bentes PMDB PmdbPtc Bel Mesquita PMDB PmdbPtc Giovanni Queiroz PDT Jader Barbalho PMDB PmdbPtc Lúcio Vale PR Nilson Pinto PSDB Paulo Rocha PT Vic Pires Franco DEM Wladimir Costa PMDB PmdbPtc Zenaldo Coutinho PSDB Zequinha Marinho PSC Total de Pará: 11 AMAZONAS Sabino Castelo Branco PTB Total de Amazonas: 1 31876 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS RONDÔNIA Ernandes Amorim PTB Total de Rondonia: 1 ACRE Fernando Melo PT Flaviano Melo PMDB PmdbPtc Gladson Cameli PP Ilderlei Cordeiro PPS Sergio Petecão PMN PsbPCdoBPmnPrb Total de Acre: 5 TOCANTINS Freire Júnior PSDB Total de Tocantins: 1 MARANHÃO Clóvis Fecury DEM Flávio Dino PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Pinto Itamaraty PSDB Ribamar Alves PSB PsbPCdoBPmnPrb Roberto Rocha PSDB Zé Vieira PR Total de Maranhão: 6 CEARÁ Ciro Gomes PSB PsbPCdoBPmnPrb Manoel Salviano PSDB Zé Gerardo PMDB PmdbPtc Total de Ceará: 3 PIAUÍ Antonio José Medeiros PT Átila Lira PSB PsbPCdoBPmnPrb Ciro Nogueira PP José Maia Filho DEM Nazareno Fonteles PT Osmar Júnior PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Total de Piauí: 6 RIO GRANDE DO NORTE Betinho Rosado DEM Sandra Rosado PSB PsbPCdoBPmnPrb Total de Rio Grande do Norte: 2 PARAÍBA Manoel Junior PMDB PmdbPtc Wilson Braga PMDB PmdbPtc Wilson Santiago PMDB PmdbPtc Total de Paraíba: 3 Julho de 2010 PERNAMBUCO Armando Monteiro PTB Eduardo da Fonte PP Gonzaga Patriota PSB PsbPCdoBPmnPrb Inocêncio Oliveira PR José Chaves PTB Maurício Rands PT Pedro Eugênio PT Raul Jungmann PPS Total de Pernambuco: 8 ALAGOAS Augusto Farias PTB Benedito de Lira PP Francisco Tenorio PMN PsbPCdoBPmnPrb Givaldo Carimbão PSB PsbPCdoBPmnPrb Joaquim Beltrão PMDB PmdbPtc Maurício Quintella Lessa PR Olavo Calheiros PMDB PmdbPtc Total de Alagoas: 7 SERGIPE Albano Franco PSDB Iran Barbosa PT José Carlos Machado DEM Mendonça Prado DEM Valadares Filho PSB PsbPCdoBPmnPrb Total de Sergipe: 5 BAHIA Fernando de Fabinho DEM José Carlos Aleluia DEM Marcos Medrado PDT Mário Negromonte PP Maurício Trindade PR Roberto Britto PP Total de Bahia: 6 MINAS GERAIS Aelton Freitas PR Alexandre Silveira PPS Antônio Andrade PMDB PmdbPtc Bonifácio de Andrada PSDB Carlos Willian PTC PmdbPtc Edmar Moreira PR Fábio Ramalho PV George Hilton PRB PsbPCdoBPmnPrb Geraldo Thadeu PPS Jaime Martins PR José Fernando Aparecido de Oliveira PV Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS José Santana de Vasconcellos PR Lael Varella DEM Leonardo Quintão PMDB PmdbPtc Lincoln Portela PR Maria Lúcia Cardoso PMDB PmdbPtc Mário de Oliveira PSC Miguel Corrêa PT Miguel Martini PHS Narcio Rodrigues PSDB Odair Cunha PT Paulo Delgado PT Rafael Guerra PSDB Reginaldo Lopes PT Rodrigo de Castro PSDB Total de Minas Gerais: 25 ESPÍRITO SANTO Camilo Cola PMDB PmdbPtc Luiz Paulo Vellozo Lucas PSDB Total de Espírito Santo: 2 RIO DE JANEIRO Alexandre Santos PMDB PmdbPtc Andreia Zito PSDB Bernardo Ariston PMDB PmdbPtc Chico DAngelo PT Filipe Pereira PSC Indio da Costa DEM Leandro Sampaio PPS Léo Vivas PRB PsbPCdoBPmnPrb Luiz Sérgio PT Marina Maggessi PPS Rogerio Lisboa DEM Solange Almeida PMDB PmdbPtc Total de Rio de Janeiro: 12 SÃO PAULO Aline Corrêa PP Arnaldo Jardim PPS Bispo Gê Tenuta DEM Carlos Sampaio PSDB Celso Russomanno PP Dimas Ramalho PPS Jefferson Campos PSB PsbPCdoBPmnPrb José Aníbal PSDB José Eduardo Cardozo PT Luciana Costa PR Milton Vieira DEM Paulo Maluf PP Paulo Pereira da Silva PDT Quarta-feira 7 31877 Silvio Torres PSDB Vadão Gomes PP Vanderlei Macris PSDB Walter Feldman PSDB Total de São Paulo: 17 MATO GROSSO Carlos Abicalil PT Chico Daltro PP Eliene Lima PP Thelma de Oliveira PSDB Valtenir Pereira PSB PsbPCdoBPmnPrb Total de Mato Grosso: 5 DISTRITO FEDERAL Laerte Bessa PSC Rodovalho PP Total de Distrito Federal: 2 GOIÁS Jovair Arantes PTB Roberto Balestra PP Sandes Júnior PP Sandro Mabel PR Total de Goiás: 4 MATO GROSSO DO SUL Vander Loubet PT Total de Mato Grosso do Sul: 1 PARANÁ Alex Canziani PTB Alfredo Kaefer PSDB Angelo Vanhoni PT Gustavo Fruet PSDB Hermes Parcianello PMDB PmdbPtc Luiz Carlos Hauly PSDB Luiz Carlos Setim DEM Osmar Serraglio PMDB PmdbPtc Ricardo Barros PP Rodrigo Rocha Loures PMDB PmdbPtc Total de Paraná: 10 SANTA CATARINA Edinho Bez PMDB PmdbPtc Gervásio Silva PSDB João Pizzolatti PP Nelson Goetten PR Paulo Bornhausen DEM Total de Santa Catarina: 5 31878 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS RIO GRANDE DO SUL Beto Albuquerque PSB PsbPCdoBPmnPrb Cláudio Diaz PSDB Eliseu Padilha PMDB PmdbPtc Emilia Fernandes PT Fernando Marroni PT Henrique Fontana PT Ibsen Pinheiro PMDB PmdbPtc Manuela DÁvila PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Maria do Rosário PT Paulo Roberto Pereira PTB Pepe Vargas PT Pompeo de Mattos PDT Renato Molling PP Total de Rio Grande do Sul: 13 O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Encerro a sessão, convocando sessão extraordinária para hoje, terça-feira, dia 6 de julho, às 18h15min, com a seguinte ORDEM DO DIA URGÊNCIA (Art. 62, § 6º da Constituição Federal) Julho de 2010 PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 7-42010 PRAZO NA CÂMARA: 21-4-2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 9-5-2010(46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 4-8-2010 2 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 484, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória Nº 484, de 2010, que dispõe sobre a prestação de apoio financeiro pela União aos Estados e ao Distrito Federal, institui o Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio, para o exercício de 2010, e dá outras providências. Pendente do parecer da Comissão Mista. PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 12-42010 PRAZO NA CÂMARA: 26-4-2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 14-5-2010(46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 9-8-2010 DISCUSSÃO 1 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 483, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 483, de 2010, que altera as Leis nos 10.683, de 28 de maio de 2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, e 8.745, de 9 de dezembro de 1993, que dispõe sobre a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, e dá outras providências. Pendente de parecer da Comissão Mista. As Emendas de nºs 21 a 26 e 28 a 38, foram indeferidas liminarmente por versarem sobre matéria estranha, nos termos do art. 4º, § 4º, da Resolução nº 1/2002-CN, c.c. art. 125 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (Questão de Ordem nº 478/2009). 3 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 485, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 485, de 2010, que abre crédito extraordinário, em favor do Ministério da Educação e de Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios, no valor global de R$ 1.600.000.000,00, para os fins que especifica; tendo parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, pelo atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência; pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; pela adequação financeira e orçamentária; e, no mérito, pela aprovação desta MPV; e pela rejeição da emenda nº 1 e pela inadmissibilidade da Emenda de nº 2 apresentadas na Comissão (Relator: Dep. Dilceu Sperafico). Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31879 PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 12-4- Tendo apensadas (5) as PECs nºs 300/08, 340/09, 356/09, 414/09 e 425/09. PRAZO NA CÂMARA: 26-4-2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 14/05/2010(46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 9-8-2010 (Encerra-se a sessão às 18 horas e 14 minutos.) 2010 4 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 486, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 486, de 2010, que abre crédito extraordinário, em favor de diversos órgãos do Poder Executivo, no valor global de R$ 1.429.428.268,00, para os fins que especifica. Pendente do parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização. PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 12-42010 PRAZO NA CÂMARA: 26-4-2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 14-5-2010(46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 9-8-2010 MATÉRIA SUJEITA A DISPOSIÇÕES ESPECIAIS (Art. 202 c/c art. 191 do Regimento Interno) VOTAÇÃO 5 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO N° 446, DE 2009 (Do Senado Federal) Continuação da votação, em primeiro turno, da Proposta de Emenda à Constituição nº 446, de 2009, que institui o piso salarial para os servidores policiais; tendo pareceres: da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, pela admissibilidade da PEC 300/08, apensada (Relator: Dep. Mendonça Prado); e da Comissão Especial constituída para apreciar a PEC 300/08, apensada, pela admissibilidade das emendas de nºs 1 a 5 apresentadas na Comissão e, no mérito, pela aprovação da mesma, pela aprovação parcial das emendas de nºs 1 a 4, com substitutivo, e pela rejeição da emenda de nº 5 (Relator: Dep. Major Fábio). DISCURSO PROFERIDO PELO SR. DEPUTADO PAES LANDIM NO PERÍODO DESTINADO A COMUNICAÇÕES PARLAMENTARES DA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 11, REALIZADA EM 11 DE FEVEREIRO DE 2010 – RETIRADO PELO ORADOR PARA REVISÃO: O SR. PAES LANDIM (PTB – PI e como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, janeiro do corrente ano foi o tempo de renovação dos mandatos dos dirigentes da Ordem dos Advogados do Brasil dos Estados e do próprio Conselho Federal da Ordem dos Advogados, ou seja, a Ordem Nacional, dirigida agora pelo Dr. Ophir Cavalcante Júnior, um bravo advogado do Pará, com tradição na causa dos Direitos Humanos. Houve também a posse dos novos dirigentes da Ordem dos Advogados do Brasil nos Estados, dos quais quero destacar 2, Sr. Presidente. Em primeiro lugar, destaco o meu Estado do Piauí. Assumiu a Presidência da Ordem dos Advogados no Piauí o Dr. Sigifroi Moreno Filho, um jovem estudioso, idealista, advogado, que firmou seu conceito no Piauí à custa de seu esforço pessoal, da sua luta pela ascensão social. E, para conquistar o respeito de seus pares, dedicou-se com afinco ao estudo das causas de seus clientes, preocupado exatamente em descobrir caminhos jurídicos que possibilitassem o convencimento dos seus arrazoados, sem nenhuma preocupação com incensos a juízes e magistrados. Em nenhum momento preocupou-se em tentar influenciá-los, seja por qual mecanismo for, até porque é um jovem de vida modesta; de família digna e honrada, mas modesta. Sigifroi Moreno Filho sempre procurou demonstrar o seu saber; nunca se serviu de artimanhas ou procedimentos outros que não fossem de pura transparência e ética profissional. É jovem equilibrado – e o que me faz mais admirá-lo, Sr. Presidente, é a sua superação de vínculos partidários, até porque pertence a uma família de tradição política da cidade de Bom Jesus, uma cidade que se destaca por lideranças com muita personalidade, com muito caráter . Sigifroi sempre se firmou acima de qualquer proteção político-partidária, confiado sempre a seu esforço, a seus estudos. Essa serenidade é fator que realmente me faz respeitar mais ainda a sua figura humana, até porque 31880 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS quem conhece as paixões das políticas do interior do Estado sabe como é muito difícil fugir às tentações do movimento eleitoral ou às tentações das próprias radicalizações pessoais no campo político. Ele, em seu discurso, citou como lema da sua trajetória vitoriosa a expressão conhecida de Gonçalves Dias: “A vida É luta renhida Viver é lutar A vida é combate Que os fracos abate Que os fortes, os bravos Só pode exaltar.” Esta exaltação quero fazer a Sigifroi Moreno, que, por sinal, sucede, à frente da OAB do Estado, o jovem advogado Dr. Norberto Campelo, ambos pertencentes a uma geração em que o esforço pessoal, repito, mais a dedicação ao estudo e o cultivo ao Direito, sempre foi a tônica, em vez da preocupação ou da adoração aos detentores do poder, quaisquer que sejam os poderes do dia. Peço, portanto, Sr. Presidente, a transcrição nos Anais da Casa do discurso de posse do Dr. Sigifroi Moreno Filho à frente da Ordem dos Advogados do meu Estado. Também quero destacar a posse do Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal, o jovem Francisco Queiroz Caputo Neto, que, apesar de jovem, já tem um rico currículo de atuação profissional. Não me surpreende o seu destaque, a sua liderança, uma vez que pertence a uma família de juristas e advogados. Tive o privilégio de ter sido professor de alguns dos seus irmãos, como o ex‑Ministro do Tribunal Superior Eleitoral Caputo Bastos, o atual Ministro Guilherme Caputo Bastos, também seu irmão. Ele vem de uma família de 9 irmãos, todos eles dedicados ao estudo, com responsabilidades. Bem sei exatamente o legado do pai de ambos. Estudioso, apaixonado pela Justiça do Trabalho, mereceria, com certeza, o seu pai, Maurício de Campos Bastos, ter alçado ao último posto da judicatura do Trabalho. Mas eis que foi premiado pela ascensão ali de um de seus filhos. Sr. Presidente, o que eu admiro nos Caputo Bastos é exatamente o caráter, a transparência e o alto senso de missão que dão para si na vida. Em todos os compromissos profissionais de que eles participam, o senso de dignidade e de grandeza fazem parte da sua marca profissional, seja o setor público, seja o setor privado. Julho de 2010 Nunca me esqueço de que, quando eu dirigia a Escola de Direito da Universidade de Brasília, nos momentos mais agitados da nossa vida institucional, sob a vigência do AI-5, em que uma rebelião estudantil, corajosa e intrépida, se fazia dentro da Escola de Direito, com muita intrepidez e com um certo barulho, Caputo Bastos, irmão do atual Presidente da OAB, que foi Ministro da TSE, hoje um grande advogado de nossa Capital, era, possivelmente, um dos mais ferrenhos, eu não diria adversário – não se trata disso numa entidade acadêmica –, mas um opositor das posturas, tanto da reitoria quanto do próprio diretor, no meu caso, da Escola de Direito. Mas ele tinha a franqueza de dizer, com serenidade, com sobriedade, sua discordância, sua desavença. Por 2 ou 3 vezes esteve em meu gabinete para dizer textualmente que discordava das atitudes tomadas por mim na condição de diretor. Mas o fazia com tanta dignidade, com tanta sobriedade, que, muito embora um crítico da minha gestão, passei a admirá-lo, a respeitá-lo, talvez por sua postura íntegra, corajosa, como quem não escondia o que pensava. Este é o sentimento que tenho pelos Caputo Bastos, embora não conheça todos. Mas conheci o pai, o Dr. Maurício Bastos – tranquilo, harmonioso, feliz com seu destino profissional, apaixonado por sua missão de juiz. Era, entretanto, um homem firme em suas posições, e que transmitiu este legado a seus filhos: transparência, firmeza, sinceridade e, sobretudo, alto senso de responsabilidade. Portanto, parabenizo a Ordem dos Advogados de Brasília, embora o jovem Caputo Bastos tenha derrotado um ilustre advogado da minha região, do Piauí, da região de Correntes, da ilustre família Barros. E não posso deixar de dizer que a OAB de Brasília já teve na gestão passada uma jovem advogada também ciente da sua responsabilidade institucional, agora substituída por um jovem que vai dar, com certeza, uma tônica marcante na vida do órgão profissional dos advogados da Capital da República. Parabenizo não só o Dr. Francisco Queiroz Caputo Neto, mas, sobretudo, os advogados de Brasília, pela escolha que fizeram de um jovem da sua dimensão familiar, toda ela sempre centrada nas tradições do estudo, no senso de responsabilidade e no bom cumprimento das missões que lhes são incumbidas. Muito obrigado, Sr. Presidente. DISCURSO A QUE SE REFERE O ORADOR Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31881 31882 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31883 31884 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS DISCURSO PROFERIDO PELO SR. DEPUTADO LUIZ BASSUMA NO PERÍODO DESTINADO AO PEQUENO EXPEDIENTE DA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 24, REALIZADA EM 3 DE MARÇO DE 2010 – RETIRADO PELO ORADOR PARA REVISÃO: O SR. LUIZ BASSUMA (PV – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Estado da Bahia, com tantas características especiais, ainda é palco de tragédias que se imaginava serem coisas do passado. Quero referir-me especificamente ao assassinato de sindicalistas – um crime de mando – que denunciaram o desvio de recursos do FUNDEF em Porto Seguro, importante Município do meu Estado. Infelizmente, como bem sabemos, ainda é regra geral, e não exceção, o fato de Governos desviarem dinheiro da educação pública. Quarta-feira 7 31885 O Governo do Estado da Bahia levou muito tempo para agir, mas, finalmente, parece que o processo começou a andar: foi decretada a prisão preventiva do Secretário Municipal acusado, que está foragido. Porto Seguro é um dos polos turísticos mais importantes da Bahia e do Brasil. E, lamentavelmente, crimes dessa natureza mancham profundamente o local. Pena que a letargia do Governo tenha causado tanta demora na tomada de providências. Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. DISCURSO PROFERIDO PELO SR. DEPUTADO MARCELO ITAGIBA NO PERÍODO DESTINADO À ORDEM DO DIA DA SESSÃO ORDINÁRIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 31, REALIZADA EM 9 DE MARÇO DE 2010 – RETIRADO PELO ORADOR PARA REVISÃO: O SR. MARCELO ITAGIBA (PSDB – RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, peço a palavra 31886 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS para encaminhar contra em razão do seguinte motivo: sou daqueles que defendo, de há muito, a capacidade constitucional de as Forças Armadas atuarem no combate à criminalidade. Para tanto, basta que uma arma seja subtraída dos quartéis; para tanto, basta que algum tipo de armamento de guerra esteja na mão dos criminosos, para que a competência constitucional esteja estabelecida e não seja o direito de as Forças Armadas atuarem, mas um dever legal de o fazer. Agora, trata-se aqui de reestruturação, de dar mais mandato, de dar mais poder, de dar condições de as Forças Armadas defenderem a lei e a ordem. Mas ninguém quer tratar aqui do fundamental, Sr. Presidente. Eu e o Deputado Jair Bolsonaro temos defendido esse ponto, que é a remuneração justa e correta de todos aqueles das Forças Armadas. É por isso que existem duas PECs em tramitação nesta Casa, para que os militares recebam uma remuneração que lhes permita receber e manter suas famílias de maneira condigna. Por isso, Sr. Presidente, entendo que é fundamental não abandonar as PECs, seja a PEC nº 300, que beneficia os policiais civis, militares e bombeiros, seja a PEC estabelecida para a constituição da Polícia Penal, seja a PEC dos delegados, mas, acima de tudo, a PEC dos militares, das Forças Armadas, de forma a dar-lhes condições dignas de sobrevivência, para que também possam atuar de forma tranquila no combate à criminalidade. Outra questão fundamental, Sr. Presidente, é dar aos policiais condições de porte de arma para se defenderem e defenderem a sociedade. Uma coisa é combater a criminalidade, outra é sofrer as consequências desse combate e não poder se defender, nem defender sua própria família. Por isso, Sr. Presidente, encaminho contrariamente à aprovação. Muito obrigado. DISCURSO PROFERIDO PELO SR. DEPUTADO LUIZ BASSUMA NO PERÍODO DESTINADO A BREVES COMUNICAÇÕES DA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 32, REALIZADA EM 10 DE MARÇO DE 2010 – RETIRADO PELO ORADOR PARA REVISÃO: O SR. LUIZ BASSUMA (PV – BA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, só para registrar que eu tenho muito honra de ter dado entrada ao Projeto de Lei nº 6.928, de 2010, oriundo do Parlamento Jovem de 2009. A jovem baiana, Nadian Santos dos Anjos, nos deu a honra de apresentar este projeto – que tem Julho de 2010 a ver com a nossa visão de mundo –, que visa introduzir nas diretrizes curriculares da educação básica a promoção da cultura da paz. É um projeto que tem ressonância naquilo que ainda é uma grande falta de informação na sociedade sobre a força que tem a paz, em relação a tudo que é resultado da violência. Portanto, fazer essa introdução na Lei de Diretrizes e Bases, que a cultura da paz, com seus valores, seja manifestada desde o início da educação dos jovens e adolescentes do nosso País, é um grande avanço. Nesse momento, em que se comemora o Dia Internacional da Mulher, parabenizo a jovem baiana Nadian dos Anjos, que nos sugeriu esse projeto. Obrigado, Sr. Presidente. DISCURSO PROFERIDO PELO SR. DEPUTADO MARCELO ITAGIBA NO PERÍODO DESTINADO A BREVES COMUNICAÇÕES DA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Nº 32, REALIZADA EM 10 DE MARÇO DE 2010 – RETIRADO PELO ORADOR PARA REVISÃO: O SR. MARCELO ITAGIBA (PSDB – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, gostaria de pedir a inserção nos Anais desta Casa do artigo do jornal O Estado de S.Paulo, de 8 de março, de 2010, que demonstra, de forma cabal, paulatina e estruturada, o acordo feito com a criminalidade do Rio de Janeiro pelo atual Governo, no tocante à realização das obras do PAC no Complexo do Alemão. Quero deixar, por fim, dois outros registros: o primeiro é para manifestar meu repúdio à Emenda Ibsen Pinheiro. Essa emenda tira de quem tem para dar a quem não tinha esse direito, conforme o estabelecido na lei – uma forma de fazer benesse com a riqueza alheia. Está sendo cometida uma violência contra o Estado do Rio de Janeiro. A outra violência que estamos vendo nesta Casa, Sr. Presidente, é a não votação de propostas de emenda à Constituição por parte deste Parlamento. Nós temos que votar, sim, a PEC nº 300, de 2008, sobre a criação do piso salarial nacional de policiais e bombeiros militares; a PEC nº 308, de 2004, sobre as polícias penitenciárias federal e estaduais; e a PEC nº 549, de 2006, referente às carreiras policiais. Fomos eleitos para votar, Sr. Presidente. ARTIGO A QUE SE REFERE O ORADOR Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31887 31888 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 31889 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Ata da 158a Sessão, Extraordinária, Noturna, em 6 de Julho de 2010 Presidência dos Srs.: Michel Temer, Presidente; Marco Maia, 1º Vice-Presidente; Nelson Marquezelli, 4º Secretário ÀS 18 HORAS E 16 MINUTOS COMPARECEM À CASA OS SRS.: Michel Temer Marco Maia Antonio Carlos Magalhães Neto Rafael Guerra Nelson Marquezelli Marcelo Ortiz Partido Bloco RORAIMA Angela Portela PT Edio Lopes PMDB PmdbPtc Luciano Castro PR Marcio Junqueira DEM Maria Helena PSB PsbPCdoBPmnPrb Urzeni Rocha PSDB Presentes Roraima: 6 AMAPÁ Dalva Figueiredo PT Janete Capiberibe PSB PsbPCdoBPmnPrb Jurandil Juarez PMDB PmdbPtc Presentes Amapá: 3 PARÁ Beto Faro PT Elcione Barbalho PMDB PmdbPtc Gerson Peres PP Lira Maia DEM Wandenkolk Gonçalves PSDB Zé Geraldo PT Zenaldo Coutinho PSDB Presentes Pará: 7 AMAZONAS Átila Lins PMDB PmdbPtc Francisco Praciano PT Lupércio Ramos PMDB PmdbPtc Marcelo Serafim PSB PsbPCdoBPmnPrb Rebecca Garcia PP Silas Câmara PSC Vanessa Grazziotin PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Presentes Amazonas: 7 RONDÔNIA Anselmo de Jesus PT Eduardo Valverde PT Lindomar Garçon PV Marinha Raupp PMDB PmdbPtc Mauro Nazif PSB PsbPCdoBPmnPrb Moreira Mendes PPS Natan Donadon PMDB PmdbPtc Presentes Rondonia: 7 ACRE Henrique Afonso PV Nilson Mourão PT Perpétua Almeida PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Presentes Acre: 3 TOCANTINS Eduardo Gomes PSDB Junior Marzola DEM Laurez Moreira PSB PsbPCdoBPmnPrb Lázaro Botelho PP Moises Avelino PMDB PmdbPtc NIlmar Ruiz PR Osvaldo Reis PMDB PmdbPtc Presentes Tocantins: 7 MARANHÃO Carlos Brandão PSDB Cleber Verde PRB PsbPCdoBPmnPrb Davi Alves Silva Júnior PR Domingos Dutra PT Gastão Vieira PMDB PmdbPtc Julião Amin PDT Nice Lobão DEM Pedro Fernandes PTB Pedro Novais PMDB PmdbPtc Professor Setimo PMDB PmdbPtc Sarney Filho PV Waldir Maranhão PP Presentes Maranhão: 12 31890 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS CEARÁ Aníbal Gomes PMDB PmdbPtc Ariosto Holanda PSB PsbPCdoBPmnPrb Arnon Bezerra PTB Chico Lopes PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Eudes Xavier PT Eugênio Rabelo PP Eunício Oliveira PMDB PmdbPtc Flávio Bezerra PRB PsbPCdoBPmnPrb Gorete Pereira PR José Airton Cirilo PT José Guimarães PT José Linhares PP José Pimentel PT Leo Alcântara PR Marcelo Teixeira PR Mauro Benevides PMDB PmdbPtc Paulo Henrique Lustosa PMDB PmdbPtc Raimundo Gomes de Matos PSDB Vicente Arruda PR Presentes Ceará: 19 PIAUÍ Júlio Cesar DEM Marcelo Castro PMDB PmdbPtc Paes Landim PTB Themístocles Sampaio PMDB PmdbPtc Presentes Piauí: 4 RIO GRANDE DO NORTE Fábio Faria PMN PsbPCdoBPmnPrb Fátima Bezerra PT Felipe Maia DEM Henrique Eduardo Alves PMDB PmdbPtc João Maia PR Rogério Marinho PSDB Presentes Rio Grande do Norte: 6 PARAÍBA Armando Abílio PTB Damião Feliciano PDT Efraim Filho DEM Luiz Couto PT Major Fábio DEM Marcondes Gadelha PSC Rômulo Gouveia PSDB Vital do Rêgo Filho PMDB PmdbPtc Wellington Roberto PR Presentes Paraíba: 9 PERNAMBUCO Ana Arraes PSB PsbPCdoBPmnPrb André de Paula DEM Julho de 2010 Bruno Araújo PSDB Bruno Rodrigues PSDB Carlos Eduardo Cadoca PSC Charles Lucena PTB Edgar Moury PMDB PmdbPtc Fernando Coelho Filho PSB PsbPCdoBPmnPrb Fernando Ferro PT Fernando Nascimento PT José Mendonça Bezerra DEM Marcos Antonio PRB PsbPCdoBPmnPrb Paulo Rubem Santiago PDT Raul Henry PMDB PmdbPtc Roberto Magalhães DEM Silvio Costa PTB Wolney Queiroz PDT Presentes Pernambuco: 17 ALAGOAS Antonio Carlos Chamariz PTB Carlos Alberto Canuto PSC Presentes Alagoas: 2 SERGIPE Eduardo Amorim PSC Jackson Barreto PMDB PmdbPtc Jerônimo Reis DEM Presentes Sergipe: 3 BAHIA Alice Portugal PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Claudio Cajado DEM Colbert Martins PMDB PmdbPtc Daniel Almeida PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Edson Duarte PV Fábio Souto DEM Félix Mendonça DEM Geddel Vieira Lima PMDB PmdbPtc Geraldo Simões PT João Almeida PSDB João Carlos Bacelar PR João Leão PP Jorge Khoury DEM José Carlos Araújo PDT José Rocha PR Jutahy Junior PSDB Lídice da Mata PSB PsbPCdoBPmnPrb Luiz Alberto PT Luiz Bassuma PV Luiz Carreira DEM Marcelo Guimarães Filho PMDB PmdbPtc Márcio Marinho PRB PsbPCdoBPmnPrb Nelson Pellegrino PT Paulo Magalhães DEM Roberto Britto PP Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sérgio Barradas Carneiro PT Sérgio Brito PSC Severiano Alves PMDB PmdbPtc Tonha Magalhães PR Uldurico Pinto PHS Veloso PMDB PmdbPtc Walter Pinheiro PT Zezéu Ribeiro PT Presentes Bahia: 33 MINAS GERAIS Ademir Camilo PDT Antônio Roberto PV Aracely de Paula PR Bilac Pinto PR Carlos Melles DEM Ciro Pedrosa PV Eduardo Barbosa PSDB Elismar Prado PT Geraldo Thadeu PPS Gilmar Machado PT Humberto Souto PPS Jairo Ataide DEM Jô Moraes PCdoB PsbPCdoBPmnPrb João Bittar DEM João Magalhães PMDB PmdbPtc Júlio Delgado PSB PsbPCdoBPmnPrb Leonardo Monteiro PT Luiz Fernando Faria PP Márcio Reinaldo Moreira PP Marcos Lima PMDB PmdbPtc Marcos Montes DEM Mário Heringer PDT Mauro Lopes PMDB PmdbPtc Paulo Abi-Ackel PSDB Paulo Piau PMDB PmdbPtc Saraiva Felipe PMDB PmdbPtc Silas Brasileiro PMDB PmdbPtc Virgílio Guimarães PT Vitor Penido DEM Presentes Minas Gerais: 29 ESPÍRITO SANTO Camilo Cola PMDB PmdbPtc Capitão Assumção PSB PsbPCdoBPmnPrb Iriny Lopes PT Jurandy Loureiro PSC Lelo Coimbra PMDB PmdbPtc Manato PDT Rita Camata PSDB Rose de Freitas PMDB PmdbPtc Sueli Vidigal PDT Presentes Espírito Santo: 9 Quarta-feira 7 31891 RIO DE JANEIRO Alexandre Cardoso PSB PsbPCdoBPmnPrb Arnaldo Vianna PDT Arolde de Oliveira DEM Bernardo Ariston PMDB PmdbPtc Brizola Neto PDT Carlos Santana PT Chico Alencar PSOL Chico DAngelo PT Cida Diogo PT Deley PSC Dr. Adilson Soares PR Dr. Paulo César PR Edmilson Valentim PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Edson Ezequiel PMDB PmdbPtc Edson Santos PT Eduardo Cunha PMDB PmdbPtc Felipe Bornier PHS Fernando Gabeira PV Fernando Lopes PMDB PmdbPtc Geraldo Pudim PR Hugo Leal PSC Jair Bolsonaro PP Jorge Bittar PT Léo Vivas PRB PsbPCdoBPmnPrb Leonardo Picciani PMDB PmdbPtc Marcelo Itagiba PSDB Miro Teixeira PDT Neilton Mulim PR Nelson Bornier PMDB PmdbPtc Otavio Leite PSDB Pastor Manoel Ferreira PR Rodrigo Maia DEM Silvio Lopes PSDB Simão Sessim PP Solange Amaral DEM Suely PR Vinicius Carvalho PTdoB Presentes Rio de Janeiro: 37 SÃO PAULO Abelardo Camarinha PSB PsbPCdoBPmnPrb Aldo Rebelo PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Antonio Bulhões PRB PsbPCdoBPmnPrb Antonio Carlos Mendes Thame PSDB Antonio Carlos Pannunzio PSDB Antonio Palocci PT Arlindo Chinaglia PT Arnaldo Faria de Sá PTB Arnaldo Madeira PSDB Beto Mansur PP Cândido Vaccarezza PT Carlos Zarattini PT 31892 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Devanir Ribeiro PT Dr. Nechar PP Dr. Talmir PV Dr. Ubiali PSB PsbPCdoBPmnPrb Duarte Nogueira PSDB Edson Aparecido PSDB Emanuel Fernandes PSDB Fernando Chiarelli PDT Fernando Chucre PSDB Francisco Rossi PMDB PmdbPtc Guilherme Campos DEM Ivan Valente PSOL Janete Rocha Pietá PT Jilmar Tatto PT João Dado PDT João Paulo Cunha PT Jorge Tadeu Mudalen DEM Jorginho Maluly DEM José Genoíno PT José Mentor PT José Paulo Tóffano PV Julio Semeghini PSDB Lobbe Neto PSDB Luiza Erundina PSB PsbPCdoBPmnPrb Márcio França PSB PsbPCdoBPmnPrb Milton Monti PR Paes de Lira PTC PmdbPtc Paulo Teixeira PT Regis de Oliveira PSC Renato Amary PSDB Ricardo Berzoini PT Ricardo Tripoli PSDB Roberto Alves PTB Roberto Santiago PV Valdemar Costa Neto PR Vicentinho PT Walter Ihoshi DEM William Woo PPS Presentes São Paulo: 50 MATO GROSSO Carlos Bezerra PMDB PmdbPtc Homero Pereira PR Ricarte de Freitas PTB Presentes Mato Grosso: 3 DISTRITO FEDERAL Alberto Fraga DEM Augusto Carvalho PPS Jofran Frejat PR Laerte Bessa PSC Magela PT Rodrigo Rollemberg PSB PsbPCdoBPmnPrb Julho de 2010 Tadeu Filippelli PMDB PmdbPtc Presentes Distrito Federal: 7 GOIÁS Carlos Alberto Leréia PSDB Íris de Araújo PMDB PmdbPtc João Campos PSDB Jovair Arantes PTB Leandro Vilela PMDB PmdbPtc Leonardo Vilela PSDB Luiz Bittencourt PMDB PmdbPtc Marcelo Melo PMDB PmdbPtc Pedro Chaves PMDB PmdbPtc Pedro Wilson PT Professora Raquel Teixeira PSDB Ronaldo Caiado DEM Rubens Otoni PT Sandes Júnior PP Sandro Mabel PR Tatico PTB Presentes Goiás: 16 MATO GROSSO DO SUL Antônio Carlos Biffi PT Antonio Cruz PP Dagoberto PDT Geraldo Resende PMDB PmdbPtc Marçal Filho PMDB PmdbPtc Nelson Trad PMDB PmdbPtc Waldemir Moka PMDB PmdbPtc Presentes Mato Grosso do Sul: 7 PARANÁ Abelardo Lupion DEM Affonso Camargo PSDB Alceni Guerra DEM Alex Canziani PTB Andre Vargas PT Assis do Couto PT Cassio Taniguchi DEM Cezar Silvestri PPS Chico da Princesa PR Dilceu Sperafico PP Dr. Rosinha PT Eduardo Sciarra DEM Giacobo PR Marcelo Almeida PMDB PmdbPtc Moacir Micheletto PMDB PmdbPtc Nelson Meurer PP Odílio Balbinotti PMDB PmdbPtc Ratinho Junior PSC Reinhold Stephanes PMDB PmdbPtc Takayama PSC Wilson Picler PDT Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS II – LEITURA DA ATA Presentes Paraná: 21 SANTA CATARINA Angela Amin PP Celso Maldaner PMDB PmdbPtc Décio Lima PT Fernando Coruja PPS João Matos PMDB PmdbPtc João Pizzolatti PP Jorge Boeira PT Mauro Mariani PMDB PmdbPtc Paulo Bauer PSDB Paulo Bornhausen DEM Valdir Colatto PMDB PmdbPtc Vignatti PT Zonta PP Presentes Santa Catarina: 13 RIO GRANDE DO SUL Afonso Hamm PP Darcísio Perondi PMDB PmdbPtc Eliseu Padilha PMDB PmdbPtc Enio Bacci PDT Germano Bonow DEM José Otávio Germano PP Luciana Genro PSOL Luis Carlos Heinze PP Luiz Carlos Busato PTB Mendes Ribeiro Filho PMDB PmdbPtc Nelson Proença PPS Onyx Lorenzoni DEM Osmar Terra PMDB PmdbPtc Paulo Pimenta PT Paulo Roberto Pereira PTB Professor Ruy Pauletti PSDB Sérgio Moraes PTB Vieira da Cunha PDT Vilson Covatti PP Presentes Rio Grande do Sul: 19 I – ABERTURA DA SESSÃO O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – A lista de presença registra na Casa o comparecimento de 362 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados. Está aberta a sessão. Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos. Quarta-feira 7 31893 O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Fica dispensada a leitura da ata da sessão anterior. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Passa-se à leitura do expediente. III – EXPEDIENTE (Não há expediente a ser lido) O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Passa-se às IV – BREVES COMUNICAÇÕES Concedo a palavra ao Sr. Deputado Eduardo Sciarra. O SR. EDUARDO SCIARRA (DEM – PR. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, há clara disposição de todos para que se vote a PEC nº 300. Proponho à Mesa que a votemos. Liquidamos, assim, essa questão, para depois passarmos às medidas provisórias. Dessa forma, atendemos ao interesse da grande maioria da Casa. Não há motivo nenhum para protelar esse assunto. Proponho, então, que votemos a PEC nº 300 já e, depois, as medidas provisórias. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Peço a V.Exa. que dialogue com os Líderes da base. V.Exa. sabe que regimentalmente não podemos inverter a pauta se não houver acordo ou pedido de retirada das medidas provisórias da pauta. Então, o apelo não é à Mesa. V.Exa. deve dirigir o apelo aos Líderes que fizeram um acordo para a votação das medidas provisórias e da PEC nº 300, e que pedem, em contrapartida – espero que eles o façam -, que a Oposição encerre a obstrução que está fazendo para se votar as 4 matérias que estão sobre a mesa para apreciação. Sr. Deputado, peço a V.Exa. que transfira esse apelo aos Líderes da base. O SR. EDUARDO SCIARRA – Faço a transferência, então, aos Líderes da base aliada. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Sandes Júnior. O SR. SANDES JÚNIOR (PP – GO. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em recente pronunciamento nesta Casa discorri sobre as obras necessárias para que o Brasil tenha um bonito papel na próxima Copa do Mundo de Futebol. Citei os investimentos necessários para a melhoria de diversos estádios de futebol situados nas cidades escolhidas como sedes de grupos. Falei ainda sobre obras de infraestrutura, em especial aquelas necessárias à ampliação de vários aeroportos em todo o País. 31894 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Na ocasião, citei o compromisso feito pela candidata a Presidente da República, Dilma Rousseff, relativo à conclusão das obras do novo terminal de passageiros do aeroporto internacional de Goiânia, e cobrei dos outros candidatos que venham a público fazer esse mesmo compromisso com o povo goiano. Quero hoje, Sr. Presidente, falar do trabalho que vem sendo realizado pelo Governo do Estado de Goiás, tendo à frente nosso querido Governador Alcides Rodrigues Filho. Com a intenção de melhorar nossa infraestrutura, o Governo do Estado está investindo, este ano, milhões de reais em obras de recuperação e construção de rodovias em todo o território goiano. Milhares de quilômetros de rodovias serão recuperados e outros tantos finalmente receberão a capa asfáltica. Quero me ater às obras que serão realizadas na melhoria de nossa estrutura aeroportuária. Diversos aeródromos localizados em cidades do Estado de Goiás vão receber melhorias, que irão desde o asfaltamento de sua pista até a construção de terminais de passageiros. Trata-se de uma ação de visão do nosso Governador. Mesmo tendo sido preterida como subsede da Copa do Mundo, a cidade de Goiânia e o Estado de Goiás possuem diversos atrativos turísticos. Eles, com certeza, serão procurados pelos turistas que estiverem em Brasília para assistir aos jogos. Nos intervalos entre eles, será no Estado de Goiás que essas pessoas irão buscar se divertir, já que as atrações brasilienses são poucas para segurar todos esses turistas por mais de duas semanas em nossa bela Capital Federal. Para terem acesso às praias do Rio Araguaia, a pesca esportiva no Lago de Serra da Mesa, a beleza da Chapada dos Veadeiros ou as águas termais de Caldas Novas se fará necessária uma melhor estrutura de aeroportos. É nisso que o Governo goiano está investindo neste momento. Parabenizo o Governador Alcides Rodrigues pela ação governamental que poderá trazer, para o turismo goiano, grandes dividendos num futuro bem próximo. Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. Muito obrigado. O SR. JORGE KHOURY (DEM – BA. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, criada em 27 de maio de 2008, a Frente Parlamentar Mista do Comércio Varejista – FPMCV, sob a liderança do Deputado Paulo Bornhausen, do Democratas de Santa Catarina, seu primeiro Presidente, estabeleceu uma série de objetivos que buscavam o fortalecimento do comércio varejista com o desdobramento que favorecesse o consumidor brasileiro. Entre outros aspectos, a regulamentação do uso dos cartões de crédito passou a ocupar as atenções Julho de 2010 da referida Frente Parlamentar, por conta das audiências públicas com todos os setores envolvidos, especialmente o Governo, representado pelo Ministério da Justiça e Banco Central, e as entidades de classe, representadas pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas – CNDL, entre outros. No último dia 30, numa coletiva com a imprensa, em Brasília, estiveram reunidos o Presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, Roque Pellizzaro, e o atual Presidente da Frente Parlamentar Mista do Comércio Varejista, Deputado Guilherme Campos, do DEM de São Pauto, para comemorar a primeira vitória da regulamentação dos cartões de crédito: a quebra do duopólio. A sociedade brasileira venceu a primeira batalha na guerra contra o abuso das operadoras de cartões de crédito, e os comerciantes passarão a economizar, ao longo de 1 ano, cerca de R$1 bilhão, valor que vai contribuir para retirar um peso do bolso dos consumidores no País. A mudança, em vigor desde o dia 30 de junho, já permite negociações de qualquer operadora de cartões de crédito com a utilização de apenas uma máquina. A medida garante ao comerciante o direito de dispensar o aluguel de diversas maquinetas a custo unitário que varia, hoje, de R$80,00 a R$130,00 ao mês. Como disse anteriormente, essa foi apenas a primeira batalha. A guerra ainda está no começo e deve continuar. A luta no Congresso agora é para extinguir a prática abusiva de juros e a taxação ostensiva de usuários e lojistas pelas operadoras de cartões. Além disso, que sejam estipulados prazos menores de repasse para lojistas pelas operadoras e que exista a possibilidade para o comerciante aplicar o preço diferenciado para pagamentos à vista ou a prazo. Se for pagar à vista, o consumidor tem que ter direito ao desconto. As taxas dos cartões de crédito no Brasil são 70% superiores às praticadas nos Estados Unidos, onde o repasse para os lojistas não ultrapassa 48 horas. No Brasil, esse prazo chega a 60 dias. Os percentuais cobrados pelas operadoras sobre as vendas alcança os 10% no País, enquanto em outros mercados varia entre 1% e 3%. Além disso, o consumidor final brasileiro tem direito de ter inovações incorporadas ao seu dia a dia, que lhe permitam fazer transações via celular ou pela Internet. Da mesma maneira, os lojistas têm o direito de contar com facilidades tecnológicas para que recebam unificadamente créditos de mais de uma operadora, possam aceitar de um mesmo terminal cartões regio- Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS nais, ou monitorar em tempo real o fluxo de suas vendas, além do fluxo de créditos antecipados. A falta de uma legislação específica para os cartões de crédito e débito no País, que atormenta a vida de muitos usuários brasileiros, é constantemente discutida pela Frente Parlamentar Mista do Comércio Varejista do Congresso Nacional. Como Vice-Presidente dessa Frente, defendo a elaboração de um projeto de lei que, enfim, regulamente os cartões de crédito no Brasil (o Ministério da Justiça e o Banco Central também apresentam avanços para essa questão). Serão beneficiadas mais de 1,7 milhão de lojistas e, por consequência, mais de 80 milhões de consumidores. Ganham o comércio, a sociedade e o Brasil. Era o que tinha a dizer. Muito obrigado. O SR. VINICIUS CARVALHO (PTdoB – RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, demais presentes, caros telespectadores da TV Câmara e ouvintes da Rádio Câmara, as operadoras de cartão de crédito cobram dos usuários tarifas exorbitantes. A diferença em um mesmo banco emissor chega a 600%, dependendo do tipo de cartão. E mais: em alguns casos, as taxas dos cartões são maiores do que as tarifas bancárias. Vale aqui a crítica ao fato de cada banco ter modalidades diferentes de cartões e tarifas. Também cabe condenar a cobrança da taxa de inatividade, quando o consumidor não usa o cartão. No Banco do Brasil, os preços dessa taxa variam de R$10 a R$70 por trimestre, dependendo do tipo de cartão de crédito. A diferença de preços atinge 600%. No segmento há, atualmente, mais de 50 taxas, bem acima das 31 usadas no setor bancário. Há tarifas absurdas como a de segunda via para senha, o que caracteriza dupla cobrança, já que o cliente paga a taxa anual de manutenção. Outras tarifas cobradas pelos cartões são as de saques nacional e internacional. Também é alvo de polêmica a taxa de excesso de limite, acionada quando o cliente ultrapassa o seu limite de crédito no cartão. Os bancos cobram até R$15, apesar dos juros elevados. Nos Estados Unidos, o Governo vai limitar a maior parte das multas de cartão de crédito a US$25 e as tarifas para consumidores que não usam seus cartões vão acabar, segundo as novas regras divulgadas recentemente. Aprovadas pelo Congresso americano em maio, elas entram em vigor em 22 de agosto. A expectativa é de que, com isso, haja uma redução nos juros cobrados dos consumidores. Quarta-feira 7 31895 Aqui, no Brasil, se torna urgente a regulação do setor. As regras para a atividade de cartões de crédito e débito estão sendo preparadas pelo Banco Central e os Ministérios da Fazenda e da Justiça. A meta é padronizar e reduzir o número de tarifas, mas é fundamental que tudo seja estabelecido a curto prazo. O usuário não pode continuar sendo onerado dessa forma, sem normas, sem regras, sem freios. Passo a abordar outro assunto, Sr. Presidente. Os brasileiros estão entre os que mais pagam impostos no mundo. Dados dão conta de que cada cidadão trabalha nada menos que 148 dias do ano para arcar com taxas, impostos e contribuições. Trata-se do equivalente a despender o que ganha de primeiro de janeiro a 28 de maio só com tributos. Ainda de acordo com pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, a carga cresce a cada ano. Em 2010, a previsão é de que o brasileiro destine 40,54% da sua renda para os impostos. Para se ter uma ideia mais concreta sobre essa escalada, vale destacar que em 2003, quando teve início a medição desse índice pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário, o contribuinte brasileiro destinou, em média, aos Governos Federal, Estadual e Municipal, em impostos, taxas e contribuições, 36,98% de seu rendimento bruto. Em 2004, comprometeu 37,81%; em 2005, destinou 38,35%; em 2006, pagou 39,72%; em 2007, foram 40,01%; em 2008, 40,51%, e, no ano passado, 40,15%. Os impostos estão por toda parte, onerando, corroendo o bolso do trabalhador. A gasolina, por exemplo, sairia pela metade do preço não fossem as altas taxas. Em contas como de luz, de cada R$100 gastos, R$34 são impostos. Nos supermercados, os índices atingem 38%. Os impostos incidem sobre os salários, sendo formados principalmente pelo Imposto de Renda de Pessoa Física, pela contribuição previdenciária e pelas contribuições sindicais. O cidadão também paga a tributação sobre o consumo, já incluída no preço dos produtos e serviços (PIS, COFINS, ICMS, IPI, ISS, etc.) e paga também a tributação sobre o patrimônio (IPTU, IPVA, ITCMD, ITBI e ITR). O brasileiro ainda arca com outras tributações, como taxas (limpeza pública, coleta de lixo, emissão de documentos) e contribuições (iluminação pública). No ranking dos impostos do mundo, o Brasil perde apenas para Suécia e França. A grande diferença é que nesses países de Primeiro Mundo os tributos são altos, mas a resposta é a eficiência. Aqui, no nosso País, são 148 dias trabalhados por conta de impostos, com um retorno que deixa muito a desejar, em setores essenciais como educação, saúde, segurança, sane- 31896 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS amento, etc. A conclusão é de que o País realmente carece de uma reforma tributária urgente. E mais: carece de empenho e de vontade política. Muito obrigado. A SRA. ANGELA PORTELA (PT – RR. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nestes três anos e poucos meses, procurei representar com dignidade e dedicação o povo do meu Estado, honrando a confiança em mim depositada e cumprindo os compromissos assumidos. Sempre com os pés no chão e o olhar no futuro, apresentei os projetos que considero relevantes para o País, aprovei emendas ao orçamento para sanar graves problemas que foram se acumulando ao longo dos anos e, principalmente, apoiei o meu partido e o Governo do Presidente Lula que, acredito, está promovendo mudanças profundas neste País que tanto amamos. Agora o desafio é outro. Em convenção realizada no último sábado, o Partido dos Trabalhadores, em Roraima, homologou, por unanimidade, o meu nome para concorrer a uma das vagas ao Senado. Sabemos que não será uma disputa fácil. Na Oposição, vamos viver novamente a experiência de enfrentar, com a coragem e as propostas coerentes, o poder da máquina econômica estadual, candidatos que espalham aos 4 ventos os muitos milhões que têm para gastar, como se bastasse o dinheiro de origem questionável para sequestrar consciências e impor candidaturas a qualquer custo. Aceitei submeter meu nome à população de Roraima. A mesma população que, em 2006, me enviou para esta Casa com uma votação expressiva, sem que, para isso, fosse necessário prometer mundos e fundos, abusar da boa vontade das pessoas e, principalmente, sem despejar dinheiro para comprar votos, porque, primeiro, não dispomos desses recursos e, segundo, essa é uma prática que condenamos com toda veemência. Ao fazer essa opção pelo Senado, o Partido dos Trabalhadores em Roraima se baseou em pesquisas e na conjuntura política que revelou a necessidade de novos nomes para se contrapor ao modelo vigente no nosso Estado. Mas pesou principalmente a possibilidade de construirmos uma candidatura que represente os anseios, os sonhos e as esperanças do nosso povo, que possa dar voz a uma parcela expressiva da população, entender suas angústias e trazer para o plano concreto o que muitos ainda acreditam ser uma possibilidade distante. No Senado Federal, acredito que poderei ajudar o meu Estado de Roraima a ingressar neste novo mo- Julho de 2010 mento que o Brasil vive, com crescimento econômico e justiça social. Quanto às grandes transformações que o Brasil agora experimenta e que chegam à casa de todos os brasileiros, quero contribuir para auxiliar o Governo do Partido dos Trabalhadores a manter, aperfeiçoar e ampliar as conquistas dos últimos anos, sob a inspiração desta bem-sucedida administração do Presidente Lula. Tão bem-sucedida que tem a aprovação da maioria absoluta dos brasileiros. Acredito sinceramente que nosso Estado de Roraima pode usufruir de todos esses avanços com uma administração estadual afinada com o Governo Federal. Infelizmente, não tivemos isso nos últimos anos. Pelo contrário. Existe uma corrente que prega a discórdia, que fecha caminhos quando poderia abri-los. Quem mais perde, como sempre, é a população mais sofrida e mais necessitada. Vamos inverter essa lógica, buscando no Governo, que, acredito, no próximo ano estará sob o comando da companheira Dilma Rousseff, as grandes obras de infraestrutura, os projetos voltados para o desenvolvimento econômico, sem perder de vista a prioridade nas pessoas, o investimento no capital humano e a melhoria das condições de vida em todos os municípios de Roraima. Faço esses esclarecimentos, Sr. Presidente, mas quero também dizer da minha felicidade em trabalhar nesta Casa, vivenciar experiências inéditas na minha vida e, sobretudo, ver concretizados projetos que estão efetivamente mudando para melhor a vida de milhares de pessoas que confiaram na minha capacidade. Era o que tinha a dizer. Muito obrigada. O SR. GERALDO PUDIM (PR – RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, registro os recentes acontecimentos políticos em Campos dos Goytacazes, gerados pela cassação da Prefeita Rosinha Garotinho pelo TRE do Rio de Janeiro e o indeferimento de liminar pelo TSE. Todo o processo se baseou em uma entrevista concedida a uma estação de rádio antes do período eleitoral. Esse fato gerou o afastamento imediato da Prefeita e a assunção do Presidente da Câmara Municipal, Sr. Nelson Nahim, ao Executivo. A despeito da indubitável integridade do Sr. Nelson Nahim, a cidade foi tomada por um sentimento de injustiça e de insegurança. Milhares de pessoas ocuparam as ruas nos últimos dias, em manifestações ruidosas e eloquentes de apoio à Prefeita Rosinha. Mas o que mais chamou a atenção foi a manifestação de entidades de classe, em especial as empresariais, em apoio a Rosinha. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Ao todo, 150 instituições, entre associações, Câmaras, clubes, sindicatos e empresas, manifestaram-se, por meio dos jornais locais, o seu apoio à Prefeita e à manutenção dela no cargo de Chefe do Executivo de Campos. São manifestações verdadeiras, eloquentes, que exaltam o trabalho e o compromisso de Rosinha à frente da Prefeitura. Em seus 18 meses como Prefeita, segundo o empresariado local, os níveis de emprego cresceram de forma significativa, levando Campos dos Goytacazes a ocupar a sétima posição em número de empregos em todo o Brasil. Presidentes de entidades representativas da economia campista, tais como o Sindicato Rural de Campos, a ACIC, a FIRJAN, a CARJOPA, a Associação Fluminense dos Plantadores de Cana, a Cooperativa Mista dos Produtores Rurais Fluminenses, entre algumas dezenas, manifestaram seu apoio a Rosinha e sua preocupação com a situação atual e seus reflexos na economia local. Em nenhuma outra administração testemunhamos esse grau de respeito da classe empresarial aos gestores públicos do Município. Tais manifestações, por si sós, já expressam o reconhecimento da sociedade campista à Prefeita Rosinha e o comprometimento dela em levar o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida a Campos dos Goytacazes. Era o registro a ser feito na tarde de hoje. O SR. CARLOS BRANDÃO (PSDB – MA. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero solidarizar-me com o ex-Prefeito de Bom Lugar Marcos Miranda, que passou por terrível situação. Dois homens foram presos na última semana na BR-135, perto de Pedrinhas, saída de São Luís, contratados para assassinar Marcos Miranda. E aqui ressalto o excelente trabalho feito pela Polícia Rodoviária Federal, que teve a sensibilidade de deter os suspeitos e encaminhá-los para interrogatório em delegacia policial. Essa é a terceira vez, senhoras e senhores, que o ex-Prefeito correu risco de morte. Em 2004, ele sofreu um atentado, quando levou 3 tiros. Na última campanha, também foi perseguido e teve seu carro metralhado e incendiado. Considerando tudo isso, peço às autoridades que tomem as devidas providências. É vexatório em pleno século XXI ainda presenciarmos esse tipo de disputa pelo poder. Pela imprensa, acompanho a notícias de que a Polícia do Maranhão está sendo reestruturada, com a implantação de um Serviço de Inteligência eficaz. É preciso dar prioridade para esses casos! Daqui há pouco, ficará inviável candidatar-se a qualquer cargo desse e de outros municípios da região, por conta Quarta-feira 7 31897 de ameaças de morte e do clima de insegurança que ronda as comunidades locais. Mais uma vez, coloco meus préstimos à disposição do amigo Marcos Miranda e de sua família, que vive a tormenta de ver a qualquer hora seu chefe assassinado. Aqui fica o meu protesto! Muito obrigado. A SRA. PERPÉTUA ALMEIDA (Bloco/PCdoB – AC. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, transcrevo a seguir matéria jornalística sobre a assinatura do decreto de criação da Zona de Processamento de Exportação, fato que marcará nova etapa no crescimento do Estado do Acre: “O Presidente Lula assinou na quintafeira, 1º de julho, no Palácio do Planalto (Brasília), o decreto de criação da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) do Acre. A ZPE é um distrito industrial incentivado, onde as empresas nele localizadas desfrutam de um tratamento fiscal e cambial diferenciado, com a condição de destinarem a maior parte de sua produção para o exterior. ‘O Presidente Lula ficou muito feliz em ver o sonho de Chico Mendes realizado’, disse o Governador referindo-se à luta de mais de trinta anos para consolidar a Nova Economia no Acre, baseada em alta inclusão social e baixo carbono. O Governador Binho Marques, o Senador Tião Viana, o Presidente da Assembleia Legislativa do Acre, Edvaldo Magalhães, os Secretários Aníbal Diniz (Comunicação Social) e Gilberto Siqueira (Planejamento), o Presidente do Fórum de Desenvolvimento Sustentável do Acre, Jorge Viana, e o Presidente da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), João Salomão, participaram, em Brasília, do ato de criação da ZPE do Acre que ocorreu em tempo recorde, há menos de uma semana da aprovação pelo Conselho das Zonas de Processamento de Exportação. A ZPE do Acre será implantada a cerca de quatro quilômetros do Centro de Senador Guiomard e ocupará um terreno de 130 hectares. O advento da ZPE ocorre em uma Zona Especial de Desenvolvimento (ZED), conceito criado pelo Governador Binho Marques para definir locais de maior dinâmica econômica, localizadas na área de influência direta das rodovias federais BR-317 e BR-364, dotadas de melhor infraestrutura, com empreendimentos consolidados, ocupação territorial definida e significativo capital social. São, portanto, 31898 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS regiões de baixa vulnerabilidade ambiental e de alto capital humano. Por essa política, há o compromisso do Governo de atuar nessas regiões buscando conter o desmatamento, reverter o impacto ambiental e consolidar empreendimentos de base florestal, promover novos negócios estratégicos e reinserir áreas alteradas/degradadas ao sistema produtivo. As instalações já construídas pelo Governo do Estado, onde estava previsto inicialmente o funcionamento do Porto Seco, já destinavam espaços específicos para as atividades de fiscalização, vigilância e controle aduaneiros, de interesse da segurança nacional, fitossanitários e ambientais. ‘É um grande gol para o Acre’, assim definiu o ato de Lula o Secretário de Planejamento do Acre, Gilberto Siqueira, um dos articuladores do projeto. O Presidente da Fieac, João Francisco Salomão, referiu-se aos políticos do Acre como pessoas de prestígio junto ao Presidente Lula. Salomão fez especial referência ao Senador Tião Viana, que, junto com Binho Marques e Jorge Viana, conduziu o processo desde seu início. ‘A ZPE é um marco na economia do Acre. É um dia histórico’ disse o líder empresarial, lembrando também do trabalho do Secretário de Planejamento do Acre, Gilberto Siqueira. As empresas instaladas em ZPE têm direito aos seguintes benefícios, conforme descritos na Lei nº 11.508/2007, que trata do assunto: suspensão do Imposto de Importação, do IPI, do PIS/COFINS, do PIS-Importação/ COFINS-Importação e do AFRRM para as importações e aquisições no mercado interno de insumos e de bens de capital; liberdade cambial (as empresas não são obrigadas a internar as divisas obtidas por suas exportações); e procedimentos administrativos simplificados nas exportações e importações. Para se instalarem em ZPE, as empresas precisam exportar o equivalente a pelo menos 80% de sua renda bruta e ter um projeto aprovado pelo Conselho Nacional de Zonas de Processamento de Exportação (CZPE). Quando exportarem seus produtos, a suspensão acima se converte em isenção. Quando da venda da parcela restante no mercado interno, são cobrados os impostos/contribuições suspensos. Tudo isso garantido por até 20 anos (podendo ser prorrogado por igual período, dependendo da dimensão do projeto). Julho de 2010 O posicionamento do Acre no contexto dos novos eixos de integração física regional, na visão do Programa de Integração da InfraEstrutura Regional da América do Sul, ainda não impactou plenamente sua logística de transportes. Embora o Governo do Estado, em parceria com o Governo Federal, esteja realizando importantes investimentos em sua infraestrutura interna, os maiores resultados ainda acontecerão com a conclusão de duas importantes obras em curso: o asfaltamento da BR-364 e da Rodovia Interoceânica em território peruano, ambas com previsão próxima de inauguração. Com a homologação, as instalações do Porto Seco estão agora incorporadas à ZPE. Trata-se de um terminal intermodal terrestre diretamente ligado pela via rodoviária (ou ferroviária). Além de seu papel na carga de transbordo, podem também incluir instalações para armazenamento e consolidação de mercadorias, manutenção de transportadores rodoviários ou ferroviários de carga e de serviços de despacho aduaneiro. Com tudo isso, Binho Marques tem a ZPE como ‘o confeito do bolo’, o detalhe que alavancará a economia e levará o Acre a alçar grandes voos na consolidação do desenvolvimento sustentável com inclusão social e respeito ao meio ambiente. Esse ‘confeito’ resulta da construção de um projeto que tem em sua concepção, entre outros fatores, investimentos no Zoneamento Ecológico-Econômico e na confiança na iniciativa privada acreana. Binho Marques reafirmou o compromisso do Presidente Lula com o desenvolvimento do Acre. ‘Tudo o que fizemos tem a assinatura de Lula. Ele compreende a importância do nosso projeto. É o que tem de mais moderno’, disse o Governador. ‘Lula sabe que nosso projeto não é para poucos, é para todos’, completou. Nesse sentido, o Ministro Miguel Jorge, do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, afirmou que o projeto do Acre era o melhor entre todos relacionados à ZPE. O Governador lembrou ainda do empenho do Senador Tião Viana, do Presidente da Assembleia Legislativa, Edvaldo Magalhães, do Presidente do Fórum de Desenvolvimento Sustentável do Acre, Jorge Viana, e a liderança de João Salomão. No começo do ano, Salomão e Tião Viana lideraram uma comitiva de 70 empresários em viagem à China. ‘Na pró- Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS xima década, a ZPE do Acre estará liderando processo que se refletirá no Brasil todo’, prevê o Governador. O próximo governante do Acre terá amplas condições estruturais para seguir avançando a passos largos rumo a uma economia justa e competitiva, que traga benefícios para todos. A ZPE do Acre desempenhará uma função estratégica fundamental no processo de desenvolvimento do Estado, em consonância com a Política Nacional de Desenvolvimento Produtivo, contemplando cinco dos seus seis destaques estratégicos: exportações (ampliação e diversificação); regionalização (nova distribuição geográfica da indústria); micro e pequenas empresas (capacitação para o mercado externo e geração de postos de trabalho); integração produtiva com a América Latina e Caribe (articulação com as cadeias produtivas nas áreas fronteiriças da Amazônia); e produção sustentável (manejo de uso múltiplo dos recursos florestais, agroflorestais, certificação e preservação do meio ambiente). A precariedade da infraestrutura e logística historicamente foi considerada como um dos principais entraves ao desenvolvimento do Acre, até por se tratar de um condutor estratégico de transformação da dinâmica social na região. A infraestrutura implantada no Estado está mais presente no Baixo Acre, com ênfase em Rio Branco e em Cruzeiro do Sul, no Vale do Juruá, que são as regiões mais povoadas. Todavia, essa situação deverá ser modificada sensivelmente no final deste ano e ao longo do próximo, com a conclusão das obras de pavimentação da rodovia federal BR-364 e outros investimentos de logística e infraestrutura, tais como: linhas de transmissão de energia elétrica; obras de saneamento; obras de habitação e urbanização; redes de inclusão digital e outros. Todos no âmbito do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Num primeiro momento, estima-se que as indústrias pioneiras a serem instaladas na ZPE do Acre devam ter foco nos mercados do Peru e da Bolívia. Conforme as estatísticas do Ministério Desenvolvimento, Comércio e Indústria, os principais países de destino das exportações do Acre são, pela ordem, em 2007, o Reino Unido, a Bolívia, a China, os Estados Unidos e a Bélgica. Em princípio, esses seriam os mercados potenciais das empresas localizadas na ZPE do Acre, apesar de que Quarta-feira 7 31899 não necessariamente as exportações de produtos industriais teriam a mesma composição da pauta atual, predominantemente composta de produtos primários ou com pequena agregação de valor. No entanto, em médio prazo (quando a ZPE estiver beneficiando tais produtos), é bastante provável que esses mesmos mercados tendam a absorver grande parte dessa produção. A expectativa, em curto prazo, entretanto, é a de que a ZPE do Acre se transforme, pela sua proximidade e condições logísticas, em uma plataforma de suprimento parcial dos produtos brasileiros para os mercados dos países vizinhos. Embora não se deva esperar que a base industrial de suprimento a esses mercados se transfira para a ZPE do Acre, é possível que parte dela possa considerar que a implantação de unidades para a ZPE acriana lhes dariam melhores condições competitivas para a penetração naqueles mercados. Cerca de 30 milhões de pessoas que vivem em um raio de 750 quilômetros do Acre deverão ser impactadas pela ZPE. O primeiro destes efeitos se traduz em demanda por serviços, bens de capital, mão de obra e matériasprimas para as empresas instaladas na ZPE. O segundo, em difusão de novas tecnologias, treinamento de mão de obra e em práticas de gestão mais modernas, adotadas pelas empresas da ZPE. Outros novos investimentos serão implantados em módulos, de acordo com a demanda de instalação das indústrias. A implantação do primeiro módulo, com 25 hectares (equivalente ao tamanho do atual Parque Industrial de Rio Branco) do total dos 120 hectares, está orçada em R$11,2 milhões. Em cerca de 90 dias, o Governo do Estado terá constituído a empresa administradora da ZPE, com a finalidade específica de implantar e administrar o projeto. Além de pertencerem à mesma classe de zonas francas, as ZPEs, a Zona Franca de Manaus e as Áreas de Livre Comércio (ALCs) têm em comum o objetivo da promoção do desenvolvimento regional. A diferença é que, enquanto a ZFM praticamente se restringe à cidade de Manaus (mantendo uma ação desenvolvimentista bastante acanhada no restante da Amazônia Ocidental), as ZPEs, embora fisicamente menores, têm uma abrangência 31900 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS geográfica mais ampla, na medida em que poderão ser instaladas em todo o País. Os produtos fabricados na ZFM, quando vendidos no mercado interno, gozam de isenção do IPI e de redução de 88% do Imposto de Importação incidente sobre os componentes importados. Assim, a ZFM dispõe de condições mais favoráveis do que as ZPEs quando se trata de vendas no mercado doméstico. Porém, quando se trata de exportações – e é para isso que as ZPEs são fundamentalmente criadas -, elas contam com incentivos mais significativos. No Porto Seco, as mercadorias importadas podem ser desembaraçadas ou serem mantidas com suspensão de impostos até a sua regularização aduaneira; e as destinadas ao mercado externo são consideradas exportadas para todos os efeitos fiscais, cambiais e creditícios”. Muito obrigada, Sr. Presidente. V – ORDEM DO DIA PRESENTES OS SEGUINTES SRS. DEPUTADOS: RORAIMA Angela Portela PT Edio Lopes PMDB PmdbPtc Luciano Castro PR Marcio Junqueira DEM Maria Helena PSB PsbPCdoBPmnPrb Urzeni Rocha PSDB Total de Roraima: 6 AMAPÁ Dalva Figueiredo PT Janete Capiberibe PSB PsbPCdoBPmnPrb Jurandil Juarez PMDB PmdbPtc Total de Amapá: 3 PARÁ Beto Faro PT Elcione Barbalho PMDB PmdbPtc Gerson Peres PP Lira Maia DEM Wandenkolk Gonçalves PSDB Zé Geraldo PT Total de Pará: 6 AMAZONAS Átila Lins PMDB PmdbPtc Francisco Praciano PT Lupércio Ramos PMDB PmdbPtc Julho de 2010 Marcelo Serafim PSB PsbPCdoBPmnPrb Rebecca Garcia PP Vanessa Grazziotin PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Total de Amazonas: 6 RONDÔNIA Anselmo de Jesus PT Eduardo Valverde PT Lindomar Garçon PV Marinha Raupp PMDB PmdbPtc Mauro Nazif PSB PsbPCdoBPmnPrb Moreira Mendes PPS Natan Donadon PMDB PmdbPtc Total de Rondonia: 7 ACRE Henrique Afonso PV Nilson Mourão PT Perpétua Almeida PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Total de Acre: 3 TOCANTINS Eduardo Gomes PSDB Junior Marzola DEM Laurez Moreira PSB PsbPCdoBPmnPrb Lázaro Botelho PP Moises Avelino PMDB PmdbPtc NIlmar Ruiz PR Osvaldo Reis PMDB PmdbPtc Total de Tocantins: 7 MARANHÃO Carlos Brandão PSDB Cleber Verde PRB PsbPCdoBPmnPrb Davi Alves Silva Júnior PR Domingos Dutra PT Gastão Vieira PMDB PmdbPtc Julião Amin PDT Nice Lobão DEM Pedro Fernandes PTB Pedro Novais PMDB PmdbPtc Professor Setimo PMDB PmdbPtc Sarney Filho PV Waldir Maranhão PP Total de Maranhão :12 CEARÁ Aníbal Gomes PMDB PmdbPtc Ariosto Holanda PSB PsbPCdoBPmnPrb Arnon Bezerra PTB Chico Lopes PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Eudes Xavier PT Eugênio Rabelo PP Eunício Oliveira PMDB PmdbPtc Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Flávio Bezerra PRB PsbPCdoBPmnPrb Gorete Pereira PR José Airton Cirilo PT José Guimarães PT José Linhares PP José Pimentel PT Leo Alcântara PR Marcelo Teixeira PR Mauro Benevides PMDB PmdbPtc Paulo Henrique Lustosa PMDB PmdbPtc Raimundo Gomes de Matos PSDB Vicente Arruda PR Total de Ceará: 19 PIAUÍ Júlio Cesar DEM Marcelo Castro PMDB PmdbPtc Paes Landim PTB Themístocles Sampaio PMDB PmdbPtc Total de Piauí: 4 RIO GRANDE DO NORTE Fábio Faria PMN PsbPCdoBPmnPrb Fátima Bezerra PT Felipe Maia DEM Henrique Eduardo Alves PMDB PmdbPtc João Maia PR Rogério Marinho PSDB Total de Rio Grande do Norte: 6 PARAÍBA Armando Abílio PTB Damião Feliciano PDT Efraim Filho DEM Luiz Couto PT Major Fábio DEM Marcondes Gadelha PSC Rômulo Gouveia PSDB Vital do Rêgo Filho PMDB PmdbPtc Wellington Roberto PR Total de Paraíba: 9 PERNAMBUCO Ana Arraes PSB PsbPCdoBPmnPrb André de Paula DEM Bruno Araújo PSDB Bruno Rodrigues PSDB Carlos Eduardo Cadoca PSC Charles Lucena PTB Edgar Moury PMDB PmdbPtc Fernando Coelho Filho PSB PsbPCdoBPmnPrb Fernando Ferro PT Fernando Nascimento PT José Mendonça Bezerra DEM Quarta-feira 7 31901 Marcos Antonio PRB PsbPCdoBPmnPrb Paulo Rubem Santiago PDT Raul Henry PMDB PmdbPtc Roberto Magalhães DEM Silvio Costa PTB Wolney Queiroz PDT Total de Pernambuco: 17 ALAGOAS Antonio Carlos Chamariz PTB Carlos Alberto Canuto PSC Total de Alagoas: 2 SERGIPE Eduardo Amorim PSC Jackson Barreto PMDB PmdbPtc Jerônimo Reis DEM Total de Sergipe: 3 BAHIA Alice Portugal PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Antonio Carlos Magalhães Neto DEM Claudio Cajado DEM Colbert Martins PMDB PmdbPtc Daniel Almeida PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Edson Duarte PV Fábio Souto DEM Félix Mendonça DEM Geddel Vieira Lima PMDB PmdbPtc Geraldo Simões PT João Almeida PSDB João Carlos Bacelar PR João Leão PP Jorge Khoury DEM José Carlos Araújo PDT José Rocha PR Jutahy Junior PSDB Lídice da Mata PSB PsbPCdoBPmnPrb Luiz Alberto PT Luiz Bassuma PV Luiz Carreira DEM Marcelo Guimarães Filho PMDB PmdbPtc Márcio Marinho PRB PsbPCdoBPmnPrb Nelson Pellegrino PT Paulo Magalhães DEM Sérgio Barradas Carneiro PT Sérgio Brito PSC Severiano Alves PMDB PmdbPtc Tonha Magalhães PR Uldurico Pinto PHS Veloso PMDB PmdbPtc Walter Pinheiro PT Zezéu Ribeiro PT Total de Bahia: 33 31902 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS MINAS GERAIS Ademir Camilo PDT Antônio Roberto PV Aracely de Paula PR Bilac Pinto PR Carlos Melles DEM Ciro Pedrosa PV Eduardo Barbosa PSDB Elismar Prado PT Geraldo Thadeu PPS Gilmar Machado PT Humberto Souto PPS Jairo Ataide DEM Jô Moraes PCdoB PsbPCdoBPmnPrb João Bittar DEM João Magalhães PMDB PmdbPtc Júlio Delgado PSB PsbPCdoBPmnPrb Leonardo Monteiro PT Luiz Fernando Faria PP Márcio Reinaldo Moreira PP Marcos Lima PMDB PmdbPtc Marcos Montes DEM Mário Heringer PDT Mauro Lopes PMDB PmdbPtc Paulo Abi-Ackel PSDB Paulo Piau PMDB PmdbPtc Saraiva Felipe PMDB PmdbPtc Silas Brasileiro PMDB PmdbPtc Virgílio Guimarães PT Vitor Penido DEM Total de Minas Gerais: 29 ESPÍRITO SANTO Capitão Assumção PSB PsbPCdoBPmnPrb Iriny Lopes PT Jurandy Loureiro PSC Lelo Coimbra PMDB PmdbPtc Manato PDT Rita Camata PSDB Rose de Freitas PMDB PmdbPtc Sueli Vidigal PDT Total de Espírito Santo: 8 RIO DE JANEIRO Alexandre Cardoso PSB PsbPCdoBPmnPrb Arnaldo Vianna PDT Arolde de Oliveira DEM Brizola Neto PDT Carlos Santana PT Chico Alencar PSOL Cida Diogo PT Deley PSC Dr. Adilson Soares PR Julho de 2010 Dr. Paulo César PR Edmilson Valentim PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Edson Ezequiel PMDB PmdbPtc Edson Santos PT Eduardo Cunha PMDB PmdbPtc Felipe Bornier PHS Fernando Gabeira PV Fernando Lopes PMDB PmdbPtc Geraldo Pudim PR Hugo Leal PSC Jair Bolsonaro PP Jorge Bittar PT Léo Vivas PRB PsbPCdoBPmnPrb Leonardo Picciani PMDB PmdbPtc Marcelo Itagiba PSDB Miro Teixeira PDT Neilton Mulim PR Nelson Bornier PMDB PmdbPtc Otavio Leite PSDB Pastor Manoel Ferreira PR Rodrigo Maia DEM Silvio Lopes PSDB Simão Sessim PP Solange Amaral DEM Suely PR Vinicius Carvalho PTdoB Total de Rio de Janeiro: 35 SÃO PAULO Abelardo Camarinha PSB PsbPCdoBPmnPrb Aldo Rebelo PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Antonio Bulhões PRB PsbPCdoBPmnPrb Antonio Carlos Mendes Thame PSDB Antonio Carlos Pannunzio PSDB Antonio Palocci PT Arlindo Chinaglia PT Arnaldo Faria de Sá PTB Arnaldo Madeira PSDB Beto Mansur PP Cândido Vaccarezza PT Carlos Zarattini PT Devanir Ribeiro PT Dr. Nechar PP Dr. Talmir PV Dr. Ubiali PSB PsbPCdoBPmnPrb Duarte Nogueira PSDB Edson Aparecido PSDB Emanuel Fernandes PSDB Fernando Chiarelli PDT Fernando Chucre PSDB Francisco Rossi PMDB PmdbPtc Guilherme Campos DEM Ivan Valente PSOL Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Janete Rocha Pietá PT Jilmar Tatto PT João Dado PDT João Paulo Cunha PT Jorge Tadeu Mudalen DEM Jorginho Maluly DEM José Genoíno PT José Mentor PT José Paulo Tóffano PV Julio Semeghini PSDB Lobbe Neto PSDB Luiza Erundina PSB PsbPCdoBPmnPrb Marcelo Ortiz PV Márcio França PSB PsbPCdoBPmnPrb Michel Temer PMDB PmdbPtc Milton Monti PR Nelson Marquezelli PTB Paes de Lira PTC PmdbPtc Paulo Teixeira PT Regis de Oliveira PSC Renato Amary PSDB Ricardo Berzoini PT Ricardo Tripoli PSDB Roberto Alves PTB Roberto Santiago PV Valdemar Costa Neto PR Vicentinho PT Walter Ihoshi DEM William Woo PPS Total de São Paulo: 53 MATO GROSSO Carlos Bezerra PMDB PmdbPtc Homero Pereira PR Ricarte de Freitas PTB Total de Mato Grosso: 3 DISTRITO FEDERAL Alberto Fraga DEM Augusto Carvalho PPS Jofran Frejat PR Magela PT Rodrigo Rollemberg PSB PsbPCdoBPmnPrb Tadeu Filippelli PMDB PmdbPtc Total de Distrito Federal: 6 GOIÁS Carlos Alberto Leréia PSDB Íris de Araújo PMDB PmdbPtc João Campos PSDB Leandro Vilela PMDB PmdbPtc Leonardo Vilela PSDB Luiz Bittencourt PMDB PmdbPtc Marcelo Melo PMDB PmdbPtc Quarta-feira 7 31903 Pedro Chaves PMDB PmdbPtc Pedro Wilson PT Professora Raquel Teixeira PSDB Ronaldo Caiado DEM Rubens Otoni PT Tatico PTB Total de Goiás: 13 MATO GROSSO DO SUL Antônio Carlos Biffi PT Antonio Cruz PP Dagoberto PDT Geraldo Resende PMDB PmdbPtc Marçal Filho PMDB PmdbPtc Nelson Trad PMDB PmdbPtc Waldemir Moka PMDB PmdbPtc Total de Mato Grosso do Sul: 7 PARANÁ Abelardo Lupion DEM Affonso Camargo PSDB Alceni Guerra DEM Andre Vargas PT Assis do Couto PT Cassio Taniguchi DEM Cezar Silvestri PPS Chico da Princesa PR Dilceu Sperafico PP Dr. Rosinha PT Eduardo Sciarra DEM Giacobo PR Marcelo Almeida PMDB PmdbPtc Moacir Micheletto PMDB PmdbPtc Nelson Meurer PP Odílio Balbinotti PMDB PmdbPtc Ratinho Junior PSC Reinhold Stephanes PMDB PmdbPtc Takayama PSC Wilson Picler PDT Total de Paraná: 20 SANTA CATARINA Angela Amin PP Celso Maldaner PMDB PmdbPtc Décio Lima PT Fernando Coruja PPS João Matos PMDB PmdbPtc Jorge Boeira PT Mauro Mariani PMDB PmdbPtc Paulo Bauer PSDB Valdir Colatto PMDB PmdbPtc Vignatti PT Zonta PP Total de Santa Catarina: 11 31904 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS RIO GRANDE DO SUL Afonso Hamm PP Darcísio Perondi PMDB PmdbPtc Enio Bacci PDT Germano Bonow DEM José Otávio Germano PP Luciana Genro PSOL Luis Carlos Heinze PP Luiz Carlos Busato PTB Marco Maia PT Mendes Ribeiro Filho PMDB PmdbPtc Nelson Proença PPS Onyx Lorenzoni DEM Osmar Terra PMDB PmdbPtc Paulo Pimenta PT Professor Ruy Pauletti PSDB Sérgio Moraes PTB Vieira da Cunha PDT Vilson Covatti PP Total de Rio Grande do Sul: 18 O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – A lista de presença registra o comparecimento de 346 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Passa-se à apreciação da matéria sobre a mesa e da constante da Ordem do Dia. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Item 1. MEDIDA PROVISÓRIA Nº 483, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 483, de 2010, que altera as Leis nos 10.683, de 28 de maio de 2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, e 8.745, de 9 de dezembro de 1993, que dispõe sobre a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, e dá outras providências. Pendente de parecer da Comissão Mista. As Emendas de nºs 21 a 26 e 28 a 38, foram indeferidas liminarmente por versarem sobre matéria estranha, nos termos do art. 4º, § 4º, da Resolução nº 1/2002-CN, c.c. art. 125 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados (Questão de Ordem nº 478/2009). PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 7-42010 PRAZO NA CÂMARA: 21-4-2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 9-5-2010(46º DIA) Julho de 2010 PERDA DE EFICÁCIA: 4-8-2010 O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Sobre a mesa o seguinte requerimento assinado pelo Líder do Democratas, Deputado Paulo Bornhausen: “Senhor Presidente, Requeremos a Vossa Excelência, nos termos do art. 117, VI, do Regimento Interno, a retirada da pauta da MP 483/2010, constante do Item 1 da presente Ordem do Dia. Sala das Sessões, em 6 de julho de 2010 Eduardo Sciarra Vice-Líder do Democratas ” O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Para encaminhar, concedo a palavra ao nobre Deputado Arnaldo Faria de Sá, que falará contra o requerimento. S.Exa. tem o prazo de 3 minutos. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, quero votar a PEC nº 300, mas há uma situação colocada como refém: só será votada a PEC nº 300 se forem votadas as 4 medidas. Sabemos que existe obstrução em relação às medidas provisórias. O Democratas já disse que concorda em votar a PEC nº 300 sem votar as medidas provisórias, mas o PSDB não concorda com essa posição e também não quer votar a PEC nº 300. Estamos num impasse. Precisamos buscar uma saída, uma solução, uma alternativa. Até porque já estamos na sessão extraordinária. E na sessão extraordinária não é obrigado que estejam em pauta as medidas provisórias. Elas têm de estar na pauta, obrigatoriamente, na sessão ordinária. Na sessão extraordinária não precisam ser colocadas na pauta. Na verdade estão sendo colocadas na pauta para atrapalhar a votação da PEC nº 300. São um estorvo, um entulho. Havia o compromisso do Presidente Michel Temer de que a PEC nº 300 seria votada hoje. Estamos aguardando o momento de iniciar essa votação. Queremos resolver o assunto. Vamos buscar acordo para decidir a questão dessas medidas provisórias. Propus um determinado texto, inicialmente, na PEC nº 300, onde fiz um parâmetro da Polícia Militar e da Polícia Civil de Brasília. Ele foi alterado ao longo do tempo. E agora o Governo exigiu que fosse criado o piso nacional de salários e que a questão do valor e do fundo fosse resolvida num momento posterior, por meio de uma lei que seria enviada a esta Casa. Concordamos com tudo. Qual é a perspectiva de que, com essa concordância, haja um efeito prático? É preciso que haja acordo. Qual é o acordo? Retirar as medidas provisórias, votar apenas a PEC nº 300. Até porque Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS essas medidas provisórias não estão numa sessão ordinária. Na sessão ordinária elas não poderiam ser retiradas. Mas na sessão extraordinária elas podem ser retiradas. Conclamo todos os Srs. Líderes, todos os Srs. Parlamentares para fazermos o seguinte acordo: vamos retirar de pauta as medidas provisórias e votar a PEC nº 300. Há grande expectativa de encontrarmos uma solução. Sei que a população indígena está incomodada com essa questão, porque há a medida provisória que diz respeito a ela. Mas já ficou provado na sessão anterior que não existe número para apreciarmos a MP nº 483. Sr. Presidente, queremos encontrar uma saída, uma solução e uma alternativa para a PEC nº 300. Isso já virou uma verdadeira enrolação. É preciso que haja uma solução. E a solução é retirar a medida provisória, votar a PEC nº 300, criar o piso nacional de salários, porque a segurança pública neste País está um caos, está caótica. A situação é complicada e muito difícil. A solução é votarmos a PEC nº 300 já, agora! O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – V.Exa. está contra a retirada de pauta? Foi isso que V.Exa defendeu, não é Deputado Arnaldo Faria de Sá? (Pausa.) Contra a retirada de pauta da MP nº 483, de 2010. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Para encaminhar, concedo a palavra ao nobre Deputado Eduardo Sciarra, que falará a favor da matéria. O SR. EDUARDO SCIARRA (DEM – PR. Sem revisão do orador.) – O Deputado Arnaldo Faria de Sá inscreveu-se para falar contra, mas S.Exa. quer votar a PEC nº 300. Essa é a iniciativa da grande maioria dos Parlamentares que estão nesta sessão. A PEC nº 300 está se enrolando. Queremos que o Governo demonstre que quer votá-la, colocando-a como matéria prioritária, invertendo a pauta desta sessão. Além disso, estamos lutando pela votação imediata da Emenda Constitucional nº 29, que dota a área da saúde com recursos. É o grande anseio dos Municípios brasileiros e de toda a população. Os recursos que estão faltando para a saúde podem ser resolvidos com a Emenda Constitucional nº 29. Por isso, estamos colocando a matéria em discussão, colocando-a como prioridade das Oposições e como prioridade dos Prefeitos de todo o País, que mais uma vez estão aqui em Brasília lutando não só pela votação da Emenda Constitucional nº 29, mas também do projeto de lei do pré-sal, no que diz respeito aos royalties. Se for o caso, discutiremos a seguir o mérito da MP nº 483, porque estamos tratando de algo muito Quarta-feira 7 31905 mais amplo para a saúde, que é a Emenda Constitucional nº 29. Não somos, em hipótese nenhuma, contra a criação da secretaria para integrar as estruturas do Ministério que cuidará dos índios, mas estamos falando de algo muito mais amplo. No momento oportuno discutiremos o mérito dessa matéria. Por isso, estamos propondo a sua retirada de pauta, para que possamos votar, de imediato, a PEC nº 300, que está na pauta. É esse o desejo da grande maioria dos Parlamentares. Entendo que esta Casa deve fazer a vontade da grande maioria dos Parlamentares, que, por sua vez, devem fazer a vontade da grande maioria do povo brasileiro. Votamos, então, a favor da retirada de pauta da medida provisória. O SR. MIRO TEIXEIRA – Sr. Presidente, peço a palavra para uma questão de ordem. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Questão de ordem. Sem revisão do orador.) – Ouvi o Deputado Eduardo Sciarra, respeitosamente, falar em preferência para a PEC nº 300. No entanto, o requerimento de S.Exa., que está sobre a mesa, é de retirada de pauta. Então, não adianta tentar lançar a culpa sobre quem quer que seja. O requerimento não tem nada a ver com o que foi dito no discurso. Proponho, então, que o Deputado assuma o que disse no discurso e mude o requerimento de retirada de pauta para preferência da PEC nº 300. Poderemos, assim, fazer um confronto e ver quem está contra e quem está a favor da PEC nº 300. O resto é discurso. O instrumento não é de quem quer votar a PEC nº 300. Esse requerimento de retirada de pauta não é de quem quer votar a PEC nº 300. Obrigado, Presidente. O SR. EDUARDO SCIARRA – Sr. Presidente, estamos fazendo um acordo, porque o Regimento não permite... O SR. MIRO TEIXEIRA – Divirjo. O discurso foi em uma direção e o requerimento está em outra direção. Retire o requerimento, por favor. Retire-o e apresente outro. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Para orientar as bancadas. Como vota o PMDB? (Pausa.) Como vota o PT? O SR. EDUARDO VALVERDE (PT – RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PT vota “não”, entendendo que existe muito oba-oba, muito auê. Na verdade não querem votar a MP nº 483, porque ela tenta resolver a situação de uma popula- 31906 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ção minoritária, que muitas vezes tem dificuldades de estar aqui no plenário. Nesta Casa, defender grandes corporações é fácil, mas defender segmentos minoritários da população brasileira não é. Certamente poucas vozes vão se levantar em defesa dos índios no plenário. O PT vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Informo a V.Exas. que o Presidente Michel Temer, na sessão anterior, alertou que irá manter, daqui até o final deste período legislativo, as 3 MPs que estão na pauta, mais a PEC nº 300. Elas estarão em todas as pautas de votação do plenário. Então, V.Exas. têm de dialogar com base na realidade apresentada pelo Presidente Michel Temer e usar os instrumentos regimentais para chegarem à consecução da vontade política dos Srs. Parlamentares. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Ainda para orientar a bancada. Como vota o PSDB? O SR. JOÃO ALMEIDA (PSDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Como toda a Nação brasileira sabe, queremos conferir prioridade à votação da proposta de regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, a fim de garantir recursos orçamentários da União para a saúde, como já estão vinculados os dos Estados e dos Municípios, Sr. Presidente. Essa é a nossa bandeira. Esse é o compromisso que assumimos com os Prefeitos e com as comunidades interioranas, que anseiam por isso. De modo que votamos “sim” ao requerimento de retira de pauta para que possamos apreciar a emenda. Queremos sensibilizar este Parlamento quanto à questão. Não há nada mais importante do que garantir recursos para a saúde, e o caminho para isso é a votação da Emenda Constitucional nº 29. O SR. SILAS CÂMARA (PSC – AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, votei com o PSC na votação anterior. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Pois não. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para falar como Líder, tem a palavra o Deputado Paulo Bornhausen, pelo Democratas. S.Exa. dispõe de 6 minutos. O SR. PAULO BORNHAUSEN (DEM – SC. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, continuamos aqui uma luta que é da sociedade brasileira. Ela diz respeito aos recursos para a saúde e que nos faz vir a esta tribuna, como fomos à sala do Sr. Presidente com alguns Líderes, apresentar uma questão que quero deixar bem clara: o Democratas está em obstrução porque o Sr. Presidente da República, o Sr. Presidente da Câmara dos Deputados, o Sr. Líder do Governo não querem colocar Julho de 2010 em votação o último destaque que vai liberar, nesta Casa, o projeto de lei que regulamenta mais recursos para a saúde pública. E não são poucos recursos. São mais de 20 bilhões de reais por ano. Desejamos ver o projeto votado nesta Casa e devolvido ao Senado Federal, para que se tome uma decisão que este Governo protela há sete anos e meio. Pois bem. O Líder do Governo perguntou-me se levantaríamos o processo de obstrução, caso votássemos o último destaque da regulamentação da Emenda Constitucional nº 29. Fui muito claro ao dizer que nós, do Democratas – eu havia me reunido com minha bancada -, suspenderíamos a obstrução. Portanto, poderíamos votar o projeto de lei do pré-sal e todas as outras matérias de responsabilidade do Sr. Presidente da Câmara, que as coloca em votação. O Líder do PSDB disse claramente que, votada a Emenda Constitucional nº 29, ele ainda não havia realizado a reunião de bancada e, portanto, não poderia dizer o que eu disse em relação ao tema, porque precisava saber qual era a posição dos seus liderados. Em momento algum se negou a conversar, caso o Governo colocasse em votação o destaque que destina mais recursos para a saúde. O Líder do Governo disse à imprensa que havíamos barrado, por intransigência, a votação da proposta de regulamentação da Emenda Constitucional nº 29 e não queríamos votar o projeto de lei do pré-sal. Não é verdade. Quem não quer votá-lo é o Governo, por questões eleitorais. Não quer decidir aquilo que vai ter de decidir. Está negando aos Municípios brasileiros a condição de terem mais recursos. É lógico que é uma briga, uma discussão referente à Federação. Mas essa discussão foi feita por um Governo que manda para esta Casa um projeto errado, que tem apenas fim eleitoreiro. Não tem um projeto de país, em relação ao pré-sal. Tem apenas um projeto eleitoral. E acabou sendo criada uma grande confusão neste plenário. Estamos a favor dos Municípios do Brasil. Não queremos prejudicar os Estados produtores, mas não admitimos que um Governo que não tem um projeto para utilização dessa riqueza não queira dividi-la e partilhá-la com os Municípios brasileiros. Há que se fazer justiça neste momento e dizer que o Governo não deseja votar absolutamente nada, a não ser medidas provisórias. O Presidente da República disse a Prefeitos de todo o Brasil que não se votava no Congresso Nacional a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, que faz com que haja mais dinheiro para a saúde, porque o Presidente da Câmara dos Deputados, Sr. Michel Temer, agora candidato a Vice-Presidente da chapa Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS governamental, não queria colocá-la em votação. Não é verdade. É meia verdade. S.Exa. poderia colocá-la em votação. Não a coloca porque não quer. É verdade. Mas não a coloca porque o Governo não deixa. Este Governo virou as costas para a saúde do Brasil. E neste seu final melancólico, em relação à saúde, continua negando essa possibilidade. Desafio o Governo a vir aqui dizer que será votada a Emenda Constitucional nº 29. Em seguida, votado o último destaque e mandado para o Senado, seja qual for o resultado – vou votar contra a criação do novo imposto, mas quem quiser pode votar a favor -, estaremos aqui para discutir e votar o projeto de lei do pré-sal, defendendo os Municípios brasileiros. O Governo deve fazer a mesma coisa e não se esconder atrás da Oposição. Não deve inventar histórias de que ela não quer votar. A Oposição quer votar sim. Mas não vai deixar que isso seja feito dessa forma. Deixo muito claro, Sr. Presidente, que estamos dispostos a votar todas as matérias. Se o Presidente da Câmara dos Deputados colocar em votação o último destaque da regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, em seguida o Democratas suspenderá a obstrução, votará o projeto de lei do pré-sal e todas as matérias que estiverem na linha, todas as matéria que forem apresentadas pelo Presidente. Pare o Governo de se esconder atrás da Oposição, criando futrica, intriga com a população brasileira, e assuma que não quer votar o projeto de lei do pré-sal porque tem medo da opinião pública, porque agiu de forma errada; que não quer votar a Emenda Constitucional nº 29 porque negou mais recursos à saúde, todas as vezes em que pôde fazê-lo. Que venha à frente da população, na Câmara dos Deputados, e assuma a sua posição, dizendo: “Sou contra. Não quero votar mais recursos para a saúde”. Mas não se esconda atrás da Oposição. Nós, da Oposição, vamos continuar na luta do compromisso com a população brasileira na agenda do Brasil, que é a saúde. Se quiserem votar outras matérias, liberem a votação da proposta que oferece mais recursos para a saúde. E estaremos aqui para votar medidas provisórias, o projeto de lei do pré-sal, o que for. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. WALTER PINHEIRO (PT – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, se estivesse aqui na votação anterior, votaria com o meu partido. O SR. ABELARDO CAMARINHA (Bloco/PSBSP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Presidente, votei com a bancada na última votação nominal. Quarta-feira 7 31907 O SR. ÁTILA LIRA (Bloco/PSB – PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, na sessão anterior, votei com o meu partido. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Os Srs. e as Sras. Parlamentares que não votaram na sessão anterior e que votarem na próxima votação nominal terão a votação anterior considerada. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Para falar como Líder, tem a palavra a palavra o nobre Deputado Daniel Almeida, pelo Bloco Parlamentar PSB/PCdoB/ PMN/PRB. O SR. DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB – BA. Como Líder. Pronuncia o seguinte discurso.) DISCURSO DO SR. DEPUTADO DANIEL ALMEIDA QUE, ENTREGUE AO ORADOR PARA REVISÃO, SERÁ POSTERIORMENTE PUBLICADO. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Dando continuidade à orientação de bancada, como vota o Democratas? O SR. EDUARDO SCIARRA (DEM – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, estamos prontos para votar toda e qualquer matéria pautada pela Presidência, desde que votemos também a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29. Essa é a condição que impomos. Prefeitos Municipais estão reunidos em Brasília, sob a liderança do Presidente da Confederação Nacional dos Municípios. Todas as matérias constantes da pauta, aí incluído o marco regulatório do pré-sal, desde que haja a votação da Emenda Constitucional nº 29, nós votaremos, em especial a PEC nº 300. O Governo está com a bola na mão e pode liberar a pauta, se aceitar votar a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, anseio de toda a população brasileira, em especial de habitantes dos municípios. Sr. Presidente, encaminhamos o voto “sim” ao requerimento pela retirada da matéria de pauta. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Como vota o PMDB? O SR. DARCÍSIO PERONDI (Bloco/PMDB – RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, estamos conscientes da importância da PEC nº 300, mas há a necessidade de votarmos a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29. O PMDB quer, sim, votar a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29. Há um acordo quanto a votar com ou sem a contribuição, o que vai fechar os ralos do desvio de dinheiro. Com contribuição ou não, é secundário neste momento. O PMDB quer votar a matéria, repito. Quem, na realidade, não a quer votar é a Liderança do Governo, é 31908 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS o ex-Líder do PT. Se o PT não quer votar a matéria, que faça obstrução. Se o Partido Comunista do Brasil não quer votar a matéria, que faça obstrução. Assim, o País vai saber quem não quer votar a regulamentação da Emenda nº 29. O PMDB, Sr. Presidente, quer votar a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29. O PMDB quer mais recursos para a saúde. É uma hipocrisia sem tamanho dizer que este não é o momento. Não quero ver meu filho precisar de UTI e não haver vaga. O operário que poderá votar na Dilma Rousseff também não quer. Todos queremos recursos para a saúde. Vamos votar, ou que o Deputado Cândido Vaccarezza venha ao plenário e diga que o Governo não quer votar a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29. Não vou encaminhar a favor nem contra, Sr. Presidente. A bancada está liberada. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – A bancada do PMDB está liberada. Como vota o Bloco? O SR. DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Bloco encaminha o voto “não”. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Como vota o PR? A SRA. GORETE PEREIRA (PR – CE. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, o PR vai votar “não”, mas gostaria de votar também a PEC nº 300 e a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, regulamentação que esta Casa está devendo à sociedade brasileira. Não podemos ficar aprovando requerimentos de retirada de matérias de pauta, porque isso impede a sessão de evoluir e passa à população a impressão de que não estamos trabalhando. “Sim” à votação da regulamentação da Emenda Constitucional nº 29 e “sim” à votação PEC nº 300. O SR. MENDES RIBEIRO FILHO (Bloco/PMDB – RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero corrigir: o PMDB orienta o voto “não”. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Peço a V.Exas. que, quando o Deputado do PMDB se inscrever para fazer uso da palavra... O SR. MENDES RIBEIRO FILHO – V.Exa. não vai agora me chamar a atenção. Estou apenas corrigindo a orientação do Deputado Darcísio Perondi. Agora a orientação do partido é “não”. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Mas agora eu solicito aos Srs. Líderes que venham ao plenário orientar as respectivas bancadas. Se os Líderes não estiverem presentes aqui, vamos ter esse artifício... Julho de 2010 O SR. MENDES RIBEIRO FILHO – Sr. Presidente, eu sei perfeitamente o que faço. Estou aqui há 16 anos e sei exatamente como proceder. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Muito obrigado, Deputado Mendes Ribeiro Filho... O SR. MENDES RIBEIRO FILHO – Muito obrigado, Sr. Presidente. Eu agradeço a gentileza. O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – ...senão, vamos ver essa manobra de Parlamentares utilizarem o espaço das Lideranças para fazer seus pronunciamentos, pela ausência dos Líderes em plenário para cumprir o seu papel, a sua obrigação. O SR. MENDES RIBEIRO FILHO – Ninguém faz manobra. O SR. DARCÍSIO PERONDI – Eu sou Vice-Líder, Sr. Presidente. Vice-Líder! O SR. PRESIDENTE (Marco Maia) – Concedo a palavra ao nobre Deputado João Almeida, para uma Comunicação de Liderança, pelo PSDB. O SR. JOÃO ALMEIDA (PSDB – BA. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, agora que estamos com maior número de Parlamentares no plenário, precisamos esclarecer de forma definitiva a posição do PSDB. Fomos chamados hoje para mais uma negociação em torno da organização da pauta e manifestamos nossa posição. Não estamos obstruindo a votação de qualquer matéria. Estamos em processo de obstrução, e assim nos manteremos, para sensibilizar o Plenário e a direção desta Casa para a necessidade de votarmos prioritariamente a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29. Não creio, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, que haja questão mais urgente e mais séria neste País que a da saúde. Saúde é vida. Se estamos vivos, mas não temos saúde, nada mais pode haver. O resto é consequência de existirmos. Devemos viver saudáveis, viver com saúde. Grande parte dos brasileiros, especialmente os mais pobres, os que não têm plano de saúde, os que dependem da assistência pública do Município e do Estado, precisa de atenção à saúde. Mas o que está havendo? A União não quer assumir o compromisso de vincular receita do Orçamento ao setor de saúde, como já o fazem Estados e Municípios. Mais grave do que isso, Sr. Presidente, é que a lei que trata desse assunto está tramitando nesta Casa há 2 anos. Falta votarmos apenas um destaque, só um destaque, nada mais. Mais interessante ainda é que o Sr. Presidente Lula, na Marcha dos Prefeitos a Brasília, perguntado sobre o assunto, em meio a mais de 3 mil Prefeitos, Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS com o auditório lotado, como é de seu gosto, disse: “É uma vergonha não votarem a regulamentação da Emenda nº 29. Quando eu sair daqui, perguntem ao Michel Temer por que não votam a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29”. Quer dizer, ainda há o escárnio do Sr. Presidente da República em relação ao Parlamento e ao Presidente desta Casa. Portanto, estamos em obstrução para garantir que haja essa votação, que se defina, de uma vez por todas, a questão. O Presidente Michel Temer, na última reunião, disse que submeteria o assunto ao Colégio de Líderes, para ver se havia concordância em votar a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29. Não teve oportunidade de fazê-lo ainda. Não sei que dificuldades ele tem, mas fico a imaginar que seja por exigência do Governo, que agora, de repente, parece que não quer votar mais nada. Quer votar as medidas provisórias, não aqueles prestes a perder eficácia, mas aquelas que tratam da Copa do Mundo de Futebol de 2014. Então, não há pressa. O que é urgente, como estão todos os Deputados a perceber, deixa-se de lado. Ouvi, há pouco, a manifestação de ilustre ViceLíder do PMDB, o Deputado Darcísio Perondi. O PMDB também quer votar, a ser verdade o que ele diz – e não creio que diria isso de forma leviana. Quanto aos outros partidos, não acredito que possa haver algum, com exceção do PT, que assim já se manifestou, que não queira votar. Pois bem. Votemos a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29 e, depois, trataremos de votar tudo o mais sem obstrução, da forma como estamos fazendo. É claro que poderemos obstruir uma votação aqui e ali, para negociação. Mas não será uma obstrução da pauta, como a que está sendo feita agora, porque essa tem um objetivo claro e definido: possibilitar a votação da regulamentação da Emenda Constitucional nº 29. É para isso que pedimos o apoio dos ilustres Líderes dos demais partidos, que têm interesse, sim, específicos em outras matérias, mas, decerto, não se desinteressam também pela regulamentação da Emenda Constitucional nº 29. Muito obrigado. O Sr. Marco Maia, 1º Vice-Presidente, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Michel Temer, Presidente. O SR. VILSON COVATTI – Sr. Presidente, peço a palavra pelo PP. Quarta-feira 7 31909 O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para orientar a bancada pelo PP, tem V.Exa a palavra. O SR. VILSON COVATTI (PP-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Deputado Michel Temer, V.Exa. tem sido o símbolo das conquistas da Câmara dos Deputados, do Congresso Nacional e do Brasil. O Partido Progressista apela para V.Exa. no sentido de que mais uma conquista, em nome do povo, venha a ocorrer por sua orientação no que se refere à votação da regulamentação da Emenda Constitucional nº 29. (Manifestação das galerias.) A regulamentação dessa Emenda está madura, pronta para tomarmos uma decisão. V.Exa. será o Vice-Presidente da República, e tenho certeza de que vai ser muito grata a todos os brasileiros essa decisão. Também queremos votar, de imediato, a PEC nº 300. (Manifestação das galerias.) O Partido Progressista manifesta-se pela imediata votação da PEC da Segurança, votando “não” ao requerimento. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Quero comunicar ao Plenário que acabei de receber o Presidente da Confederação Nacional de Municípios e demais Prefeitos e me comprometi a, na terça-feira, às 14h30min, submeter ao Colégio de Líderes a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29. Se houver maioria, eu a trarei ao plenário. (Palmas.) A PEC 300 já está definitivamente na pauta. (Manifestação das galerias.) O SR. CIRO NOGUEIRA (PP-PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, votei “sim” na votação anterior. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para orientar a bancada. Como vota o PDT? O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, na curta ausência de V.Exa., que estava a receber o Presidente da Confederação Nacional de Municípios, algumas coisas foram aqui faladas. A primeira delas foi sobre a Emenda Constitucional nº 29. Mas, a regulamentação dessa Emenda, ao que me consta, não está na Ordem do Dia de hoje. Então, trata-se de um pretexto fazer obstrução. Todos desejamos votar a regulamentação. Como não vamos votar a regulamentação? Como não? (Palmas.) O que não se pode é utilizar o instrumento da obstrução para atingir um objetivo já demarcado pelo Presidente Michel Temer: a matéria entrará em pauta da reunião do Colégio de Líderes, na terça-feira. A PEC nº 300 está nessa peregrinação também, e não é de hoje. 31910 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Sr. Presidente, nesta Casa, atuamos respeitosamente, é nosso dever. Mas, a sinceridade dessa obstrução não está clara, por conta do instrumento usado, um requerimento de retirada da pauta de uma medida provisória. Estamos numa sessão extraordinária; não estamos numa sessão ordinária. Pelo que me consta, V.Exa. ganhou, no Supremo Tribunal Federal, a possibilidade de votar, em sessão extraordinária, matérias que não são regulamentáveis por medidas provisórias. Então, aqueles que querem votar a PEC nº 300, mesmo contra as medidas provisórias, deveriam apresentar um requerimento de inversão de pauta e não de retirada de matéria da pauta. Quem quer votar a PEC nº 300, quem quer votar a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, limpa a pauta ao votar “não” a esse requerimento, para que votemos “sim” às medidas provisórias. Seria do meu gosto que houvesse, sobre a mesa, um requerimento de preferência para a PEC nº 300, pois eu votaria a favor. Em seguida, votaríamos as medidas provisórias – aí, cada Deputado sabe como vota. O DEM e o PSDB estão em obstrução. Isso é regimental, e não sou crítico da atuação de qualquer Deputado ou de partido político. Mas nós, da base do Governo, também temos de estar presentes neste plenário, porque agora a responsabilidade passa a ser muito mais dos ausentes do que daqueles que estão usando os instrumentos regimentais. Sr. Presidente, vamos votar “não” ao requerimento de retirada de pauta e insistimos na votação da PEC nº 300 ainda nesta sessão; senão, amanhã V.Exa coloca... (O microfone é desligado.) O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vamos tentar apressar as votações, tanto no dia de hoje quanto no dia de amanhã. Retiraremos alguns embaraços da pauta. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PTB? O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, na verdade, queremos votar a PEC nº 300. E, para votar a PEC nº 300, precisamos retirar da frente essas medidas provisórias. Há uma clara intenção de colocar aqueles que querem votar a PEC 300 na condição de reféns, em face da votação dessas medidas provisórias. Se não hoje, amanhã queremos votar a PEC nº 300, compromisso que a Casa tem com os policiais civis, policiais militares e bombeiros militares. Foi dito Julho de 2010 a eles que haveria possibilidade de essa matéria ser votada hoje. O quorum para a votação das medidas provisórias já foi atingido. Queremos deliberar sobre as medidas provisórias, mas até poderíamos tentar um acordo no sentido que elas ficassem para amanhã e votássemos hoje a PEC nº 300, já que policiais civis, policiais e bombeiros militares esperam, há tanto tempo, a votação da matéria. Eles também já concordaram com todas as exigências feitas para que a PEC pudesse ser colocada em votação. Queremos votar a PEC nº 300, mas, daqui a pouco, com o andar das horas – daí a preocupação -, talvez ela não possa ser votada. Portanto, “não” a esse requerimento e “sim” à PEC nº 300. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PSC, Deputado Regis de Oliveira? O SR. REGIS DE OLIVEIRA (PSC – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSC segue a maioria do Plenário e, pela integralidade de seus integrantes, quer votar também a PEC nº 300 – e votar a favor. Deve haver um acordo de Líderes. Cada Líder tem de ter a consciência de que essa votação é muito mais importante. Depois, passaríamos para a votação das medidas provisórias. Então, o PSC encaminha o voto “não”, Sr. Presidente. O SR. CHICO ALENCAR – Sr. Presidente, para uma indagação do ponto de vista regimental, por favor. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Pois não. O SR. CHICO ALENCAR(PSOL – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, é possível, em sessão extraordinária, apresentar requerimento de inversão de pauta ou de preferência, havendo matérias em regime de urgência? O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Não, não é possível, exatamente pela razão que V.Exa. acabou de apontar: são ritos diversos. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PPS? O SR. FERNANDO CORUJA (PPS – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, todos estão querendo a mesma coisa. Poderíamos fazer um acordo, encerrar esta sessão e convocar uma extraordinária para votar a PEC nº 300/08. Seria o mais adequado. Alguns estão votando “não” porque acham que é a forma mais rápida de chegar à votação da PEC nº 300. Nós, da Oposição, estamos votando “sim” porque Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS achamos que é a forma mais rápida de chegar lá. Assim, poderíamos fazer um amplo acordo e rapidamente, em seguida, votar a PEC nº 300. Orientamos “sim”. (Manifestação das galerias.) O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Quem mais? (Pausa.) O SR. CHICO ALENCAR – PSOL, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Com a palavra V.Exa., pelo PSOL. O SR. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a melhor solução para esse visível impasse, em que várias interpretações, até a subjetividade da intenção de cada partido, são apresentadas, é uma sessão extraordinária exclusivamente com a PEC nº 300. Todos são a favor de sua votação, mas iniciativas concretas para que essa simpatia e adesão se concretizem não acontecem. Então, o mais racional e o mais honesto é examinar com rapidez as 4 medidas provisórias. Havendo vontade política, em 20 minutos ou meia hora, realizaríamos a votação, e, em horário ainda adequado, às 20h, nesta sessão com quorum, aprovaríamos a PEC nº 300, fruto já de um acordo, de uma negociação. Ou seja, está faltando franqueza e boa vontade política. Portanto, que tenhamos rapidez na análise dessas MPs, já conhecidas por todos e até em vigor. E PEC nº 300 hoje, já! (Manifestação das galerias.) O SR. ZÉ GERARDO (Bloco/PMDB-CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, na votação anterior, votei de acordo com o PMDB. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vamos votar. Quem mais? O PV, como vota? O SR. ROBERTO SANTIAGO (PV – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a bancada do Partido Verde manifesta-se na mesma linha da grande maioria dos Líderes que já se pronunciaram. Houve um processo de desgaste desta Casa na negociação com os policiais e bombeiros militares, os quais, afinal, acataram o que foi proposto pelo Líder do Governo, de retirar da PEC a fixação do salário e de estabelecer que, em 180 dias, o Governo encaminhará ao Congresso Nacional projeto de lei sobre o piso salarial. Toda a movimentação dos policiais e bombeiros militares foi no sentido de fazer o acordo, de buscar o entendimento. Portanto, temos de votar com a maior rapidez possível todas as medidas provisórias e, em seguida, a PEC nº 300. O PV encaminha o voto “não” a este requerimento e quer votar a favor da PEC nº 300. Quarta-feira 7 31911 O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação o requerimento. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) REJEITADO. O SR. EDUARDO SCIARRA (DEM – PR) – Sr. Presidente, peço verificação de votação. O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP) – Verificação conjunta, Sr. Presidente. O SR. EDUARDO CUNHA (Bloco/PMDB – RJ) – Verificação conjunta. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Verificação concedida. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – A Presidência solicita aos Srs. Deputados que tomem os seus lugares, a fim de ter início a votação pelo sistema eletrônico. Está iniciada a votação. Queiram seguir a orientação do visor de cada posto. O SR. EDUARDO SCIARRA (DEM – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o DEM está em obstrução. O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, convocamos a bancada do PT para vir ao plenário votar. Nós, da bancada do PT, trabalhamos com o Líder do Governo para encontrar uma solução para a PEC nº 300/08, e encontramos. Não fizemos apenas proselitismo e discurso. Trabalhamos e chegamos a um acordo. O melhor caminho é seguir a pauta que V.Exa. anunciou, Sr. Presidente. Vamos votar essas medidas provisórias, porque elas perdem a validade no início de agosto, e isso pode criar sérios problemas. Votaremos a PEC nº 300 e, no início da semana que vem, V.Exa. se reunirá os Líderes para discutir se coloca ou não em pauta a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29. Não há nada mais claro do que o caminho que V.Exa. apontou. Nós, do PT, trabalhamos com o Líder Cândido Vaccarezza por essa solução. O SR. JOÃO ALMEIDA (PSDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSDB está em obstrução. O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Líder Cândido Vaccarezza se reuniu com os líderes dos policiais e bombeiros militares. Chegamos a um acordo, mas quando vamos viabilizar essa proposta, surge uma tergiversação complicadora. 31912 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Vamos resolver a PEC nº 300 depois das medidas provisórias. E poderíamos também resolver no acordo a PEC nº 308. Esse é o caminho adequado. Antes de concluir o processo de negociação, que teve a participação do Líder do Governo, o Deputado Cândido Vaccarezza, já vem outro atropelo. Não é dessa maneira que encaminharemos a questão. Portanto, temos de seguir um roteiro. Amanhã, na sessão do Congresso Nacional, temos de votar a LDO. Está mais do que clara a pauta de votação deste final de semestre, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PPS? O SR. FERNANDO CORUJA (PPS – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Presidente, queremos votar a PEC nº 300, mas parece claro ao PPS que o caminho mais curto para tanto não é votar as 4 medidas provisórias constantes da pauta. Votar 4 medidas provisórias, por menos animosidade que haja, é um longo caminho, envolve mais do que uma ou duas semanas. Alguém disse que já conhecemos as medidas provisórias. Bom, aqui os pareceres são entregues na undécima hora, e essas medidas provisórias nem parecer têm. Então, ninguém aqui as conhece, a não ser que alguém tenha o poder da predição e adivinhe o que está na cabeça dos Relatores. Aliás, Sr. Presidente, V.Exa. poderia destituir os Relatores, como foi declarado aqui, e nomear outros que talvez possam apresentar os pareceres necessários para votarmos as medidas provisórias. Enquanto isso, como achamos o caminho mais curto, permanecemos em obstrução. O PPS está em obstrução. O SR. FERNANDO FERRO – Sr. Presidente... O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Com a palavra o Líder Fernando Ferro. O SR. FERNANDO FERRO (PT – PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero apenas fazer uma comunicação. Estivemos agora há pouco – um grupo de Líderes e o Líder do Governo – conversando com o Ministro Ricardo Lewandowski, Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, em razão de uma consulta feita em relação às coligações estaduais. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Foi uma audiência marcada por esta Presidência, até para os Srs. Líderes. O SR. FERNANDO FERRO – Exatamente. V.Exa. não pôde ir. Fomos informados por S.Exa., primeiro, que não há motivo para preocupação, uma vez que não foi to- Julho de 2010 mada nenhuma decisão pelo TSE. E que essa questão literalmente – nas palavras dele – é uma questão zerada. Posteriormente, sim, haverá a manifestação do Tribunal. E S.Exa. solicitou, inclusive, que os partidos fizessem outra consulta, até porque, em virtude da dinâmica do processo eleitoral e dos arranjos das coligações, ele entende que o Tribunal Superior Eleitoral existe para organizar a eleição e não para criar dificuldades. Assim sendo, saímos satisfeitos da reunião, porque o sentimento ali expresso é de que se buscará contribuir para a tranquilidade do pleito e não para o seu tumulto. De certa maneira, foi criada uma expectativa frente à decisão que a consulta gerou. A audiência com o Ministro Lewandowski nos tranquilizou, e aqui estamos manifestando para os demais pares a opinião que colhemos nessa reunião no TSE. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Venham ao plenário, Srs. Deputados, aqueles que quiserem votar. Peço aos Srs. Líderes que chamem os seus liderados para virem ao plenário. Quem quer votar venha ao plenário, para não ficarmos aqui o tempo todo. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Concedo a palavra ao Deputado Marcelo Itagiba. O SR. MARCELO ITAGIBA (PSDB – RJ. Pela ordem.) – Presidente Michel Temer, V.Exa. tem hoje um impasse entre os partidos que estão em obstrução: os que querem votar o que é fundamental e importante para o Brasil e os que querem votar a medida provisória. Nesse embate quem sofre são os policiais do Brasil: militares, civis e bombeiros. Por isso, acho que a melhor maneira de solucionarmos essa questão é todos concordarem com o encerramento desta sessão e a convocação de uma extraordinária com o objetivo único de votar a PEC nº 300, de 2008, para que possamos avançar e para que o Partido dos Trabalhadores e o Governo não fiquem com esse discurso de que quer votar, mas, primeiro, têm de apreciar as medidas provisórias. Se querem votar, vamos votar hoje, agora. Vamos votar a PEC nº 300 numa sessão extraordinária, às 20h, para que os policiais do Brasil recebam a justa e correta remuneração. Isso é algo que o Parlamento quer e não pode ser impedido por uma minoria, por meia dúzia de Deputados que desejam votar as medidas provisórias do Governo e não desejam dar aos policias o que é digno, o que é justo, o que lhes é devido, já que esses colocam a vida em risco em defesa de toda a sociedade. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Votação da PEC 300 já, em sessão extraordinária! O SR. SARNEY FILHO (PV-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, votei com o Partido Verde, na última votação. O SR. GILMAR MACHADO – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. GILMAR MACHADO (PT – MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero comunicar que não queremos inviabilizar nenhuma votação, mas a Comissão Mista de Orçamento tem que trabalhar. Informamos aos membros da Comissão de Orçamento que voltaremos a trabalhar tão logo termine a sessão, não importa a hora, para que amanhã, na sessão do Congresso, às 11h, tenhamos condições de examinar a LDO, se houver um entendimento e a votação na Comissão. Só a partir daí teremos condições de ter o recesso. Não queremos ser empecilho. Tão logo termine esta sessão, não importa a hora, a Comissão irá trabalhar, para que possamos examinar a LDO e os demais créditos. Este o apelo que faço a todos os membros da Comissão de Orçamento, sem querer prejudicar em nada a votação tanto da PEC nº 300, de 2008, quanto das medidas provisórias. Era o que gostaria de adiantar, já que a Comissão não poderá reabrir os trabalhos às 19h, como pretendíamos. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. MARÇAL FILHO – Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Pois não, Deputado Marçal Filho. O SR. MARÇAL FILHO (Bloco/PMDB – MS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Michel Temer, primeiro, quero cumprimentá-lo pela decisão de manter na pauta a PEC nº 300, de 2008, muito importante para a nossa segurança pública. Há um apelo em todo o País para que concluamos a votação dessa matéria. V.Exa., que já atuou na área, inclusive como Secretário de Segurança do Estado de São Paulo, sabe muito bem dessa problemática. Então, é importante que concluamos essa votação. Gostaria de mencionar também a PEC nº 308, de 2004, que cuida dos agentes penitenciários, a chamada Polícia Penal. Também seria importante colocá-la em votação e resolver o grande problema que o País atravessa hoje para, pelo menos, minimizar a nossa questão carcerária. Quarta-feira 7 31913 As PECs nºs 300 e 308 dizem respeito diretamente a esse grande problema, a esse grande flagelo, que tem de ser prioridade do próximo Presidente da República: a questão da segurança pública; os grandes índices de criminalidade que assolam o País; a violência que sofremos. São propostas que dizem respeito diretamente a essa problemática, que temos de atacar de frente. Precisamos fazer a nossa parte enquanto somos Parlamentares federais. Então, na esteira da aprovação da PEC nº 300, que acreditamos firmemente será aprovada antes do recesso parlamentar, se Deus quiser – a manifestação da Câmara vai prevalecer no sentido de aprová-la -, esperamos que a PEC nº 308 seja submetida ao Plenário desta Câmara. Com certeza, ela também receberá os votos favoráveis da maioria esmagadora dos Parlamentares desta Casa. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Com a palavra o Sr. Deputado Valdir Colatto. Em seguida, a Deputada Rita Camata. O SR. VALDIR COLATTO (Bloco/PMDB – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, queremos agradecer a V.Exa. a criação, há um ano, da Comissão Especial que trata do Código Florestal Brasileiro. Sob a Presidência do Deputado Moacir Micheletto e a Relatoria do Deputado Aldo Rebelo, a criação dessa Comissão Especial trouxe luz para uma discussão ampla sobre a questão ambiental brasileira. Hoje aprovamos o parecer do Deputado Aldo Rebelo. O próximo passo é trazê-lo para discussão neste plenário. Esperamos que não só os 18 Deputados que trabalharam nessa Comissão por mais de 1 ano, que fizeram mais de 60 audiências públicas em todo o Brasil, ouvindo a necessidade e os problemas da nossa agricultura, da pecuária e da área urbana brasileira, mas também todos nós consigamos transformar essa proposição na legislação que o País espera. Que esta Casa tenha a responsabilidade e a coragem de fazer uma lei que leve soluções para o campo e as cidades na questão ambiental. Sr. Presidente, avançamos muito, mas ainda há o que fazer. Este Plenário deverá discutir o relatório que o Deputado Aldo Rebelo, competentemente, levou à discussão nesta Casa. Que a Câmara dos Deputados do Brasil e o Senado Federal possam votar uma legislação que venha a resolver, de uma vez por todas, os problemas de uma lei impossível de ser cumprida, que engessa o setor produtivo, tanto agrícola quanto urbano. Não 31914 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS pudemos avançar para um código ambiental brasileiro, mas avançamos para um código florestal. É preciso que se saiba que a área ambiental não é só a floresta, mas a água, o ar, o solo, a flora, a fauna e a sociedade humana. A fauna ficou fora desse processo, infelizmente. Temos que avançar muito. Por isso devemos aprovar o Código Florestal Brasileiro diferente do que é a legislação atual. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vou encerrar a votação. Estou vendo que não querem votar. Vamos encerrar a sessão. Paciência. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Deputada Rita Camata. A SRA. RITA CAMATA (PSDB – ES. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero não apenas manifestar a importância de estarmos deliberando sobre a PEC nº 300, de 2008 – que todos os que são favoráveis a ela possam manifestar isso pelo voto; é uma expectativa muito grande de todos -, mas dizer da importância de votarmos a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, uma matéria das mais importantes para a população brasileira. Vemos os municípios investindo o que podem e o que não podem para que a saúde da população brasileira seja minimamente atendida. É necessário definir serviços e ações de saúde e alocar maior volume de recursos para atender a população brasileira. Quero também saudar a decisão pela prorrogação do debate sobre os royalties do petróleo e dizer que o Deputado Luiz Paulo Vellozo Lucas e eu entramos com mandado de segurança, impetrado no Supremo Tribunal Federal – quem vai relatá-lo é a Ministra Ellen Gracie -, pedindo a impugnação da deliberação do PL que muda a forma de rateio e a distribuição dos royalties no resultado da exploração de petróleo. O inciso I do art. 20 da Constituição é muito claro quando diz que isso cabe aos Estados e Municípios produtores de petróleo. Não podemos rasgar a Constituição, Sr. Presidente, nem fazer agrado com chapéu alheio. É um absurdo a distribuição predatória do petróleo. Não podemos rasgar o orçamento dos Estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro. Portanto, é uma luta que faremos, mas não hoje, porque ela foi adiada para depois das eleições. Nós a faremos porque o Estado do Espírito Santo não pode perder seu orçamento advindo da distribuição dos royalties do petróleo, que é de mais de meio milhão de reais. Não é um imposto, é uma compensação, uma indenização aos Estados e Municípios produtores. Fica o meu registro a favor do adiamento, para que possamos debater essa questão de forma séria Julho de 2010 e serena e não sejamos injustos e irresponsáveis ao votar uma matéria inconstitucional, rompendo os contratos já firmados, Sr. Presidente. O SR. MIRO TEIXEIRA – Sr. Presidente, para uma questão de ordem sobre a Ordem do Dia. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – V.Exa. sobre a Ordem do Dia. O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Questão de ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, V.Exa. disse que encerraria a votação agora, pouco antes de a Deputada Rita Camata pedir a palavra. Eu lhe peço que olhe agora o painel e veja como estamos chegando ao quorum de 257, depois de uma longa tormenta a tarde toda. Então, até pedimos aos companheiros que apertem o passo, que acelerem para chegar. O Líder Vaccarezza vai usar o tempo da Liderança para que possamos alcançar o quorum de 257. Então, vamos derrubar esse requerimento e votar essas medidas provisórias e a PEC nº 300. Penso que neste plenário estamos todos para trabalhar. Uns com mais afinco, talvez, mas estamos todos para trabalhar. Estamos chegando ao 257. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Muito bem, Deputado Miro Teixeira. Como se diz na minha cidade, no interior de São Paulo, o movimento não está parado. O SR. MAURÍCIO RANDS – Sr. Presidente, peço a palavra rapidamente, pois estamos atingido o quorum. O SR. DOMINGOS DUTRA (PT-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, votei com o partido. O SR. CLÓVIS FECURY (DEM-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, acompanhei o partido, na votação anterior. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vou encerrar a votação. (Pausa.) Está encerrada a votação. VOTARAM: SIM: 8 NÃO: 247 ABSTIVERAM-SE: 4 TOTAL: 259 O REQUERIMENTO FOI REJEITADO. LISTAGEM DE VOTAÇÃO: Proposição: MPV Nº 483/2010 – REQUERIMENTO DE RETIRADA DE PAUTA – Nominal Eletrônica Início da votação: 6-7-2010 19:03 Encerramento da votação: 6-7-2010 19:21 Presidiu a Votação: Michel Temer Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31915 31916 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31917 31918 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31919 31920 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31921 31922 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vou conceder a palavra ao Sr. Deputado Vital do Rêgo Filho, para ler seu parecer. (Pausa.) O SR. JOSÉ MENTOR (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, acompanhei o PT. O SR. DÉCIO LIMA (PT-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, votei com o partido. O SR. LUIS CARLOS HEINZE (PP – RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, votei com o Partido Progressista. O SR. RICARTE DE FREITAS (PTB – MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, votei com o PTB. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Peço aos Srs. Deputados que permaneçam no plenário porque haverá votações nominais, de modo que, estando aqui, facilita a votação para chegarmos à PEC nº 300. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Concedo a palavra, para oferecer parecer à Medida Provisória nº 483, pela Comissão Mista, ao Sr. Deputado Vital do Rêgo Filho. O SR. VITAL DO RÊGO FILHO (Bloco/PMDB – PB. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, agradeço aos nobres pares a compreensão em relação à votação para que hoje possamos definir, de uma vez por todas, uma medida provisória tão importante para o País. Medida Provisória nº 483. “Relatório. A Medida Provisória nº 483, de 2010, altera as Leis nºs 10.683, de 2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, e 8.745, de 1993, que dispõe sobre a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, e dá outras providências. A proposta reúne providências direcionadas especialmente ao setor de saúde, que permitirão a reestruturação do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena, instituído pela Lei nº 9.836, de 1999, e, ainda, criar condições para que o Poder Público possa enfrentar com maior eficiência diversas situações caracterizadas como emergência em saúde pública.” Julho de 2010 Garanto a leitura, na íntegra, da medida provisória aos partidos e companheiros que assim desejam. “Entre as alterações promovidas pela Lei nº 10.683, autoriza-se o acréscimo de uma secretaria na estrutura dos seguintes órgãos: do Ministério da Saúde, visando à instituição da Secretaria Especial de Saúde Indígena – SESAI; e do Ministério do Desenvolvimento Agrário, com caráter extraordinário, para coordenar, normatizar e supervisionar o processo de regularização fundiária de áreas rurais na Amazônia Legal. A Medida Provisória determina, ainda, a transformação: da Secretaria Especial dos Direitos Humanos em Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres em Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial em Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República; e da Secretaria Especial de Portos em Secretaria de Portos da Presidência da República. As novas secretarias são incluídas entre os órgãos essenciais da Presidência da República. (...) É incluída, ainda, uma Secretaria-Executiva na estrutura dos seguintes órgãos: da Secretaria de Políticas para as Mulheres; da Secretaria de Direitos Humanos, em lugar da Secretaria-Adjunta; da Secretaria de Portos; da Secretaria de Assuntos Estratégicos, em lugar da Secretaria-Executiva; (...) São transformados ainda, sem aumento de despesa, três cargos do Grupo‑Direção e Assessoramento Superiores – DAS 6 e quatrocentas e oitenta e uma Funções Comissionadas Técnicas – FCT-15, em quatro cargos de natureza especial e sessenta e nove DAS, assim destinados: ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, três DAS 4 e três DAS 3; ao Ministério da Saúde, um DAS 5, dois DAS 4, cinco DAS 3, trinta e três DAS 2 e vinte e um DAS 1; às Secretarias de Direitos Humanos, de Políticas para as Mulheres, de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e de Portos da Presidência da República, um cargo de natureza especial de Secretário-Executivo para Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS cada uma delas, além de um DAS 1 para a primeira. (...) São incluídos como membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social os titulares das Secretarias de Políticas para as Mulheres, de Direitos Humanos e de Políticas de Promoção da Igualdade Racial. São transferidas aos órgãos e titulares de cargos transformados pela Medida Provisória as competências estabelecidas em leis gerais ou específicas para os órgãos e cargos originais. Atos do Poder Executivo disporão sobre: a estrutura regimental das Secretarias de Direitos Humanos, de Políticas para as Mulheres, de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, de Portos, de Comunicação Social e de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, bem como dos Ministérios da Saúde, do Desenvolvimento Agrário e da Integração Nacional; e a alocação dos cargos em comissão criados nas estruturas regimentais dos órgãos envolvidos. Com relação à Lei nº 8.745, de 1993, as principais modificações, contidas no art. 2º da Medida Provisória, referem-se a contratos em situações de emergência na saúde pública, bem como para a prestação de assistência à saúde em comunidades indígenas. No primeiro caso, a Medida Provisória amplia a situação de necessidade temporária de “combate a surtos endêmicos”, substituindo a expressão por “assistência a emergências em saúde pública”. Dispensar-se-á, nessa hipótese, a realização de processo seletivo. A contratação será feita no prazo máximo de seis meses, mas poderá ser prorrogada pelo tempo necessário à superação da situação de emergência, desde que não exceda a dois anos. Ato do Poder Executivo disporá sobre a declaração de emergência em saúde pública. Quanto à contratação para o exercício de atividades de assistência à saúde em comunidades indígenas, amplia-se o prazo original de um para dois anos, bem como o prazo total, que inclui possível prorrogação, de dois para quatro anos. Finalmente, suprindo lacuna legal, a Medida Provisória fixa o prazo de um ano, pror- Quarta-feira 7 31923 rogável até dois, para contratos destinados à realização de recenseamentos e outras pesquisas de natureza estatística efetuadas pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Foram oferecidas 38 emendas à Medida Provisória, que se encontram sintetizadas no quadro anexo.” Esse, Sr. Presidente, é o breve relatório. Vamos direto ao voto do Relator. Critério 1. Da admissibilidade da matéria, requisitos de urgência e relevância, preceitos constitucionais e regimentais da Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional. “O fortalecimento dos órgãos de que trata a Medida Provisória, visando ao aprimoramento das políticas públicas sob sua responsabilidade, é providência que se impõe, quanto antes, para atendimento de necessidades urgentes da coletividade. Particularmente no caso da criação da Secretaria de Saúde Indígena – SESAI, a própria Câmara dos Deputados, por meio da Comissão Parlamentar de Inquérito, que tive a honra de presidir, destinada a investigar as causas, as consequências e os responsáveis pela morte de crianças indígenas por subnutrição entre os anos de 2005 a 2007, apontou deficiências dos órgãos responsáveis por abordar as questões de natureza de saúde indígena, associadas à falta de priorização política, que se refletem na insuficiência de recursos materiais e humanos e na atuação desintegrada e fragmentada daqueles órgãos.” O reconhecimento da urgência e da relevância na criação da Secretaria Especial de Saúde Indígena é coerente com as recomendações feitas, naquela oportunidade, pela Comissão Parlamentar de Inquérito. “Por sua vez, a ampliação do prazo de vigência dos contratos temporários para atender a saúde indígena atende aos pressupostos de urgência e relevância, em face da necessidade de assegurar, em curtíssimo prazo, a substituição de profissionais que hoje são contratados por organizações não-governamentais com o objetivo de garantir que os serviços sejam mantidos em todas as comunidades. 31924 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Pretende-se, com a extensão do prazo, que os próximos contratos sejam celebrados na nova regra, que viabilizará a adaptação dos profissionais às condições de trabalho específicas da atenção à saúde indígena, processo esse reconhecidamente demorado. Atendem, também, aos requisitos constitucionais de urgência e relevância, às modificações na estrutura organizacional do Poder Executivo e às que lhe são correlatas. No caso da transformação das Secretarias Especiais da Presidência da República, trata‑se de assegurar meios necessários para que seus titulares, uma vez elevados ao status de Ministro de Estado, possam cumprir os objetivos definidos para as respectivas pastas. Da mesma forma, impõe-se, de imediato, a criação de uma Secretaria Extraordinária no Ministério do Desenvolvimento Agrário, tendo em vista a necessidade de resolver problemas inadiáveis decorrentes da transferência do INCRA para aquele Ministério, (...) Igualmente urgente é a criação dos cargos no quadro de pessoal da Secretaria de Infraestrutura Hídrica, cujas atribuições foram ampliadas em virtude do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC. Consideramos, à vista de tais motivos, que a Medida Provisória nº 483, de 2010, satisfaz os pressupostos de relevância e urgência exigidos para sua edição, (...) Como medida complementar está sendo proposta, sem elevação de despesa, a criação de um DAS 5, dois DAS 4, cinco DAS 3, trinta e três DAS 2 e vinte e um DAS 1, mediante a extinção de Funções Comissionadas Técnicas – FCT, nível 15, existentes no âmbito do Poder Executivo.” Repito: sem elevação ou criação de despesas. Dos demais requisitos de constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa. A Medida Provisória nº 483, de 2010, trata de matéria que se insere na competência legislativa do Congresso Nacional, nos termos do art. 48 da Carta Magna, (...) Da adequação orçamentária e financeira. O § 1º do art. 5º da Resolução nº 1, de 2002-CN, estabelece que o exame da compatibilidade e adequação orçamentária e financeira das medidas provisórias abrange a análise da repercussão sobre a receita e despesa pública da União e de suas implicações quanto ao atendimento das normas orçamentárias e financeiras vigentes. Para estruturação da nova Secretaria e de Distritos Sanitários Especiais Indígenas, no âmbito do Ministério da Saúde, propõe-se a criação de cento e dezoito cargos em comissão do Grupo-DAS, com impacto orçamentário anual de 9,316 milhões de reais. Do mérito. A propósito da criação de uma Secretaria no Ministério da Saúde destinada aos assuntos pertinentes à saúde indígena, reiteramos nossa convicção sobre a importância de providência do gênero, já afirmada desde a nossa participação na referida CPI, (...) Como enfatizado na Exposição de Motivos do Poder Executivo, a Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas estabelece que as prioridades ambientais para essas populações devem contemplar a preservação das fontes de água limpa, a construção de poços ou captação a distância nas comunidades que não dispõem de água potável, a construção de sistema de esgotamento sanitário e destinação final do lixo nas comunidades mais populosas, a reposição de espécies utilizadas pela medicina tradicional e o controle de poluição de nascentes e cursos d’água. Ou seja, a referida política compreende os serviços de saúde propriamente ditos e ainda ações estrutura- “Para a criação dos cento e dezoito cargos comissionados mencionados, aproveitarse-á a dotação prevista no Projeto de Lei nº 3.958, encaminhado em 2008 ao Congresso Nacional, cujo objetivo era criar as condições para a instituição da Secretaria de Atenção Primária e Promoção da Saúde. Assim, a dotação orçamentária que o lastreou, incluída no Anexo V da Lei Orçamentária para 2010, poderá ser convertida para a Medida Provisória nº 483, de 2010, sem resultar em impacto orçamentário adicional. (...) No que tange à criação de dezesseis cargos comissionados no Ministério da Integração Nacional, com impacto anual de 1,293 milhões de reais, a Medida Provisória aproveita a dotação contida no Projeto de Lei nº 3.430, de 2008, encaminhado em 2008 ao Congresso Nacional, que trata da criação de cargos em comissão para a SUDAM, SUDENE e Ministério da Integração e também encontra previsão no Anexo V da Lei Orçamentária para 2010. (...) Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS das de saneamento ambiental, executadas de forma completamente articulada” entre o Ministério da Saúde e a FUNASA. Com as medidas propostas, as ações de saneamento básico e ambiental em áreas indígenas deverão ser transferidas da FUNASA para a nova Secretaria e desenvolvidas sob a responsabilidade das unidades administrativas denominadas Distritos Sanitários Especiais Indígenas. Sobre tal questão, estamos propondo, na forma do projeto de lei de conversão, a explicitação das funções da FUNASA, bem como a manutenção, naquela Fundação, dos cargos em comissão e funções gratificadas que não estejam diretamente vinculados às competências relativas ao atendimento à saúde dos povos indígenas transferidas ao Ministério da Saúde com fundamento na lei originária da Medida Provisória. (...) Para aprimorar o atendimento à saúde dos povos indígenas, é fundamental que o Ministério da Saúde conte com os meios institucionais necessários, que incluem tanto o acréscimo de cargos comissionados quanto a possibilidade de contratação temporária, por tempo suficiente, de servidores para o exercício de atividades de assistência à saúde dos povos indígenas. São procedentes, quanto a este último aspecto, as razões apresentadas pelo Poder Executivo para elevação do prazo dos contratos temporários para o exercício de tais atividades. Atualmente, as contratações não podem exceder o período de dois anos. Todavia, a experiência acumulada revela que esse período é insuficiente e que o encerramento dos contratos e a necessidade de implementar novo processo seletivo podem levar à descontinuidade dos serviços. As demais alterações na Lei nº 8.745, de 1993, pertinentes a contratos temporários na área de saúde, criarão as condições legais para que a Administração possa, com celeridade, enfrentar as situações caracterizadas como de emergência em saúde pública, provocadas por pandemias, epidemias ou mesmo endemias, ou ainda pela necessidade de repor com urgência a força de trabalho de unidades hospitalares federais. Como enfatizado pelo Poder Executivo, a nova redação objetiva dar sentido mais ampliado ao texto vigente. (...) A propósito da criação de uma Secretaria na estrutura do Ministério do Desenvolvimento Agrário visando à instalação da Secretaria Extraordinária de Regularização Fundiária na Amazônia Legal, a medida Quarta-feira 7 31925 é absolutamente necessária para viabilizar a coordenação e a implementação das ações de regularização, que já estão em curso, no prazo de cinco anos estabelecido pela Lei nº 11.952, de 2009. (...) Quanto às transformações de órgãos integrantes da Presidência da República, é importante que seus titulares passem a contar, institucional e operacionalmente, com a plenitude das funções de Ministro de Estado,” para que possam cumprir com eficácia as suas missões. (...) “Quanto à criação de cargos comissionados no quadro de pessoal do Ministério da Integração Nacional, como já mencionado, a medida é necessária para o fortalecimento da Secretaria de Infraestrutura Hídrica, em face das atribuições decorrentes do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, sobretudo no que se refere à transposição do Rio São Francisco. (...)” Por fim, Sr. Presidente, “no tocante às emendas apresentadas, boa parte delas trata de matéria estranha ao conteúdo da Medida Provisória, razão pela qual foram indeferidas liminarmente pelo Presidente desta Casa. O quadro anexo apresenta o voto sobre cada uma das emendas e as razões correspondentes. Em face do exposto, o voto é pela constitucionalidade, juridicidade, boa técnica legislativa e adequação orçamentária e financeira da Medida Provisória nº 483, de 2010, bem como, no mérito, por sua aprovação, na forma do projeto de lei de conversão em anexo. Com relação às emendas, deixamos de nos manifestar sobre as de nºs 21, 22, 23, 24, 25, 26, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37 e 38 em razão de indeferimento desta Presidência. Quanto às demais, o voto é: I – pela inconstitucionalidade, injuridicidade, boa técnica legislativa, adequação orçamentária e financeira e, no mérito, pela rejeição da Emenda nº 27; e II – pela constitucionalidade, juridicidade, boa técnica legislativa, adequação orçamentária e financeira e, no mérito, pela rejeição das Emendas nºs 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19 e 20.” Esse é o voto, Sr. Presidente, com explicações relativas a todas as emendas. 31926 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. SILAS CÂMARA (PSC – AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, votei com o PSC na votação anterior. O SR. ANTONIO JOSÉ MEDEIROS (PT – PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, na votação anterior, votei com o meu partido, o PT. Houve problema na digitação. O SR. LINCOLN PORTELA (PR – MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Votei com o partido, Sr. Presidente. O SR. VITAL DO RÊGO FILHO – Sob orientação do Prof. Mozart, sempre muito diligente, vou ler o projeto de lei de conversão à medida provisória. Sr. Presidente, quero novamente saudar os nossos irmãos das diversas comunidades indígenas que desde o último mês estão aqui acampados, vivendo no Congresso Nacional, para saírem após aprovada a criação da Secretaria de Saúde Indígena. Aos nossos irmãos índios brasileiros o nosso abraço, extensivo a todos aqueles que querem ver a PEC 300 aprovada. Projeto de Lei de Conversão à Medida Provisória nº 483, de 2010, que altera as Leis nºs 10.683 e 8.745. “O Congresso Nacional decreta: Art. 1º A Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 1º A Presidência da República é constituída, essencialmente, pela Casa Civil, pela Secretaria-Geral, pela Secretaria de Relações Institucionais, pela Secretaria de Comunicação Social, pelo Gabinete Pessoal, pelo Gabinete de Segurança Institucional, pela Secretaria de Assuntos Estratégicos, pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, pela Secretaria de Direitos Humanos, pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e pela Secretaria de Portos. ....................................................... (NR) Art. 2º– B................................................ ............................................................... § 2º Integram a estrutura da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República a Secretaria-Executiva e até três Secretarias. (NR) Art. 7º..................................................... I – Conselho de Governo, presidido pelo Presidente da República ou, por sua determinação, pelo Ministro de Estado Chefe da Casa Julho de 2010 Civil, que será integrado pelos Ministros de Estado e pelo titular do Gabinete Pessoal do Presidente da República; e ............................................................... § 2º O Conselho de Governo será convocado pelo Presidente da República e secretariado por um de seus membros, por ele designado. ....................................................... (NR) Art. 8º..................................................... § 1º......................................................... ............................................................... II – pelos Ministros de Estado Chefes da Casa Civil, da Secretaria-Geral, do Gabinete de Segurança Institucional, (...) ....................................................... (NR) (...) Art. 19. Os titulares dos órgãos do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal devem cientificar o Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União das irregularidades verificadas, e registradas em seus relatórios,(...) Art. 22. À Secretaria de Políticas para as Mulheres compete assessorar direta e imediatamente o Presidente da República na formulação, coordenação e articulação de políticas para as mulheres, (...) Art. 24. À Secretaria de Direitos Humanos compete assessorar direta e imediatamente o Presidente da República na formulação de políticas e diretrizes voltadas à promoção dos direitos da cidadania, da criança, do adolescente, do idoso e das minorias (...) § 1º Compete ainda à Secretaria de Direitos Humanos, sem prejuízo das atribuições dos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (...) Art. 24-A. À Secretaria de Portos compete assessorar direta e imediatamente o Presidente da República na formulação de políticas e diretrizes para o desenvolvimento e o fomento do setor de portos (...) “Art. 24-C À Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial compete assessorar direta e imediatamente o Presidente da República na formulação, coordenação e articulação de políticas e diretrizes para a promoção da igualdade racial na formulação, Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS coordenação e avaliação das políticas públicas afirmativas (...) Art. 25. .................................................. ............................................................... Parágrafo único. São Ministros de Estado os titulares dos Ministérios, o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, o Chefe da SecretariaGeral da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República, o Advogado-Geral da União, o Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União e o Presidente do Banco Central do Brasil. (NR)” O SR. JOÃO ALMEIDA – Estou prestando atenção em V.Exa. O SR. VITAL DO RÊGO FILHO – Posso perceber. O SR. JOÃO ALMEIDA – V.Exa. não está sendo fiel ao texto. O SR. VITAL DO RÊGO FILHO – Estou tentando ser, meu Líder. O SR. JOÃO ALMEIDA – A obrigação é ler o texto integralmente. V.Exa. está, aqui e acolá, dando aqueles pulinhos de soldado quando perde a marcha. Vamos obedecer ao Regimento. O SR. VITAL DO RÊGO FILHO – Peço desculpas a V.Exa., digníssimo Líder João Almeida. Vou fazê-lo com a máxima precisão para não dar nenhum salto que possa comprometer a atenção e a oitiva de V.Exa. Peço desculpas a V.Exa. se o fiz. “Art. 29. ................................................. ............................................................... VIII – do Ministério do Desenvolvimento Agrário o Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável, o Conselho Curador do Banco da Terra e até quatro Secretarias, Quarta-feira 7 31927 sendo uma em caráter extraordinário, para coordenar, normatizar e supervisionar o processo de regularização fundiária de áreas rurais na Amazônia Legal, nos termos do art. 33 da Lei nº 11.952, de 25 de junho de 2009; ............................................................... XX – do Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Saúde, o Conse lho Nacional de Saúde Suplementar e até seis Secretarias;” Antes eram 5 Secretarias. “Art. 34. ................................................. ............................................................... III – de Ministro de Estado do Controle e da Transparência em Ministro de Estado Chefe da Controladoria‑Geral da União; ....................................................... (NR) Art. 54. O Conselho Nacional dos Direitos da Mulher será presidido pelo titular da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (NR).” Art. 2º A Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 2º.................................................... ............................................................... II – assistência a emergências em saúde pública; ............................................................... § 4º Ato do Poder Executivo disporá, para efeitos desta Lei, sobre a declaração de emergências em saúde pública. (NR) Art. 3º..................................................... § 1º A contratação para atender às necessidades decorrentes de calamidade pública, de emergência ambiental e de emergências em saúde pública prescindirá de processo seletivo. ....................................................... (NR) Art . 4º.................................................... ............................................................... II – um ano, no caso dos incisos III e IV e das alíneas d e f do inciso VI do caput do art. 2º desta Lei; III – dois anos, nos casos do inciso VI, alíneas b, e e m do art. 2º; ............................................................... Parágrafo único. .................................... 31928 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS I – nos casos dos incisos III e IV e das alíneas b, d e f do inciso VI do caput do art. 2º desta Lei, desde que o prazo total não exceda dois anos; ............................................................... III – nos casos do inciso V, das alíneas a, h, l e m do inciso VI e do inciso VIII do caput do art. 2º desta Lei, desde que o prazo total não exceda a quatro anos; ............................................................... VI – nos casos dos incisos I e II do caput do art. 2º desta Lei, pelo prazo necessário à superação da situação de calamidade pública ou das situações de emergência em saúde pública, desde que não exceda a dois anos. (NR) (…) Art. 3º São transformadas: I – a Secretaria Especial dos Direitos Humanos em Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; II – a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres em Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República;” O SR. JOÃO ALMEIDA (PSDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, pela ordem. Desculpe, mas o ilustre Relator acaba de pular o § 2º do art. 7º. Eu já lhe pedi atenção. S.Exa. garantiu que ia ter atenção, mas agora, mais uma vez, deu aquele pulinho do soldado para acertar a marcha. O § 2º não foi lido. O SR. VITAL DO RÊGO FILHO – Penso que a assessoria que informou a V.Exa., meu caro Líder, não me ouviu, mas não custa nada. São 3 linhas apenas. Vou fazê-lo com a máxima vênia de V.Exa. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – A Presidência pede ao Relator que leia rigorosamente todo o parecer. É um pleito regimentalmente possível. De modo que V.Exa. há de lê-lo por completo. O SR. VITAL DO RÊGO FILHO – Sr. Presidente, certamente o farei. Deputado João Almeida: “Art. 7º.................................................... ............................................................... § 2º Caberá ao Poder Executivo fixar as tabelas de remuneração para as hipóteses de contratações previstas nas alíneas “h”, Julho de 2010 “i”, “j”, “l” e “m” do inciso VI do caput do art. 2º. (NR)” Vou repetir o art. 3º: “Art. 3º São transformadas: I – a Secretaria Especial dos Direitos Humanos em Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; II – a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres em Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; III – a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, de que trata a Lei nº 10.678, de 23 de maio de 2003, em Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República; e IV – a Secretaria Especial de Portos em Secretaria de Portos da Presidência da República. Art. 4º São transformados, sem aumento de despesa, os cargos de natureza especial: I – de Secretário Especial dos Direitos Humanos no cargo de Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; II – de Secretário Especial de Políticas para as Mulheres no cargo de Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; III – de Secretário Especial de Portos no cargo de Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República: IV – de Subchefe-Executivo da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em Secretário-Executivo da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República; e V – de Subchefe-Executivo da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República em Secretário‑Executivo da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Art. 5º Ficam transformados, sem aumento de despesa, no âmbito do Poder Executivo, para fins de atendimento ao disposto nesta Lei, três cargos do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS 6 e quatrocentas e oitenta e uma Funções Comissionadas Técnicas – FCT-15, criadas pelo art. 58 da Medida Provisória nº 2.229-43, de 6 de setembro de Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 2001, em quatro cargos de natureza especial e sessenta e nove DAS, destinados: I – ao Ministério do Desenvolvimento Agrário: três DAS 4 e três DAS 3; II – ao Ministério da Saúde: um DAS 5, dois DAS 4, cinco DAS 3, quatorze DAS 2, quarenta e quatro DAS 1 e cinco FG1; III – à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República: um DAS 1 e um cargo de natureza especial de SecretárioExecutivo; IV – à Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República: um cargo de natureza especial de SecretárioExecutivo; V – à Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República: um cargo de natureza especial de Secretário-Executivo; e VI – à Secretaria de Portos da Presidência da República: um cargo de natureza especial de Secretário-Executivo. Parágrafo único. Os cargos em comissão DAS 6 de que trata o caput são provenientes das estruturas das Secretarias de Políticas para as Mulheres, de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e de Portos da Presidência da República. Art. 6º Ficam criados, no âmbito do Poder Executivo, os seguintes cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS e Funções Gratificadas – FG, destinados: I – ao Ministério da Saúde: um DAS 6, dois DAS 5, vinte e sete DAS 4, sete DAS 3 e cento e cinquenta e três DAS 1; e II – ao Ministério da Integração Nacional: cinco DAS 4, sete DAS 3 e quatro DAS 2. Art. 7º São transferidas aos órgãos que receberam as atribuições pertinentes e a seus titulares as competências e incumbências estabelecidas em leis gerais ou específicas aos órgãos transformados por esta Lei, ou a seus titulares. Art. 8º Ato do Poder Executivo disporá sobre a estrutura regimental da Secretaria de Direitos Humanos, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, da Secretaria Quarta-feira 7 31929 de Portos da Presidência da República, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República e dos Ministérios da Saúde, do Desenvolvimento Agrário e da Integração Nacional. Art. 9º Ato do Poder Executivo disporá sobre a alocação dos cargos em comissão criados nesta Lei nas estruturas regimentais dos órgãos envolvidos. Art. 10. O art. 14 da Lei nº 8.029, de 12 de abril de 1990, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo: ‘Art 14. .................................................. ............................................................... § 4º À FUNASA, entidade de promoção e proteção à saúde, compete: I – prevenir e controlar doenças e outros agravos à saúde; II – fomentar soluções de saneamento para prevenção e controle de doenças; III – formular e implementar ações de promoção e proteção à saúde relacionados com as ações estabelecidas pelo Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental. (NR)’ Art. 11. O Poder Executivo disporá sobre a estrutura regimental da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, mantidos os cargos em comissão e funções gratificadas não diretamente vinculados às competências relativas ao atendimento de atenção básica do Departamento de Saúde Indígena transferidas ao Ministério da Saúde com fundamento nesta lei. Art. 12. Esta lei entra em vigor na data da sua publicação, produzindo efeitos no tocante à transformação e criação de cargos inferiores ao de Ministro de Estado, a partir da publicação das respectivas estruturas regimentais. Art. 13. Ficam revogados os incisos III, V, VI e VII do § 3º do art. 1º da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, e o art. 2º da Lei nº 10.678, de 23 de maio de 2003. Sala das Sessões, nesta data. Deputado Vital do Rêgo Filho. Relator.” Sr. Presidente, concluído. PARECER ESCRITO ENCAMINHADO À MESA 31930 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31931 31932 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31933 31934 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31935 31936 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31937 31938 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31939 31940 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31941 31942 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31943 31944 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31945 31946 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31947 31948 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31949 31950 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31951 31952 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31953 31954 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31955 31956 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31957 31958 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31959 31960 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Há sobre a mesa requerimento de adiamento da discussão por 2 sessões, assinado pelo nobre Líder Paulo Bornhausen. “Senhor Presidente, Requeremos a Vossa Excelência, nos termos regimentais, o adiamento da discussão por 2 sessões da MP 483/2010, constante da presente Ordem do Dia. Sala das Sessões, em 6 de julho de 2010 Paulo Bornhausen Líder do Democratas” O SR. GIACOBO – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. GIACOBO (PR – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu, o Deputado Giacobo, nas votações anteriores, votei conforme orientação do meu partido. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Eu quero dizer ao Deputado Lira Maia e aos demais Deputados que vão usar da palavra que eu não esticarei em 1 segundo a mais o tempo regimental, já que temos 6 requerimentos sobre a mesa. De modo que eu peço a V.Exas. a gentileza de utilizarem apenas o tempo regimental. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para falar em favor do requerimento, tem a palavra o Deputado Lira Maia. O SR. LIRA MAIA (DEM – PA. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, colegas Parlamentares, podem ficar tranquilos, pois sempre seguimos o Regimento quanto ao tempo. Na realidade, esta Casa e todo o País sabem qual é a posição clara do Democratas: nós estamos há quase 10 anos devendo ao Brasil a regulamentação da Emenda nº 29/00. Aqui nesta Casa estiveram representantes do Brasil todo, os Prefeitos de todo o País, solicitando que fosse votado o último destaque dessa matéria. A partir daquele momento, num compromisso nacional com os Prefeitos, o Democratas decidiu que entraria em obstrução, no sentido de tentar trazer para esta Casa, para este Plenário, esse único destaque que persiste, para que possamos concluir a votação dessa matéria. Nós estivemos e os Prefeitos estiveram com o Presidente da República. O Presidente da República estranhou e disse que o problema não era dele, o problema era do Congresso Nacional. Nós sabemos que Julho de 2010 há apenas um destaque, o destaque do Democratas, que retira a CSS, porque se trata de um novo imposto, e o nosso partido tem a posição clara de discordar da criação de novos impostos para taxar ainda mais o povo brasileiro. Por isso, Sr. Presidente, quem não faz o acompanhamento diário desta Casa há de estranhar essa posição radical do Democratas. O Democratas toma essa posição no sentido de atender ao País. Não faz sentido os Prefeitos brasileiros terem o compromisso constitucional de aplicar 15% dos seus recursos para a saúde dos seus municípios, os Estados terem o compromisso de aplicar 12% – e se não aplicarem, os Tribunais de Contas, Deputado Setim, não aprovam as contas nem dos Prefeitos nem dos Governadores -, e o Governo Federal não querer ter uma obrigação, também constitucional, no sentido de aplicar determinada taxa para a saúde dos brasileiros. Nós temos visto coisas absurdas neste País, em relação à saúde do brasileiro. Portanto, acho que esta Casa está a dever ao povo brasileiro, está a dever a toda a população brasileira a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29/00, que representa a inclusão, que representa a instituição da obrigação do Governo Federal, para distribuir, para bancar, para melhorar a saúde do País. Portanto, essa é a posição que nós temos, e por isso, Sr. Presidente, nós entramos com o requerimento para retirar essa matéria de discussão por 2 sessões. Esse é o nosso pedido. O SR. FÁBIO FARIA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. FÁBIO FARIA (Bloco/PMN – RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu, Deputado Fábio Faria, votei com o meu partido. O SR. SERGIO PETECÃO (Bloco/PMN – AC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Deputado Sergio Petecão, nas sessões anteriores, votou com o partido. O SR. MOACIR MICHELETTO (Bloco/PMDB – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Deputado Micheletto, nas votações anteriores, votou com o PMDB. O SR. BETO ALBUQUERQUE (Bloco/PSB – RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Deputado Beto Albuquerque, nas votações anteriores, acompanhou o PSB. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O Deputado Paulo Bornhausen tem a palavra, como Líder do Democratas. O SR. PAULO BORNHAUSEN (DEM – SC. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, nós estamos aqui em regime de obstrução para que o Governo coloque em votação, para que o Sr. Presidente da Casa coloque em votação, proceda à última votação da emenda que aloca mais recursos para a saúde pública, e é de estranhar o modo como o Governo, que não deseja nenhuma votação nesta Casa, não deseja a votação, bate o pé e não quer votar sequer um destaque, o que não levaria mais de 30 minutos. Eu volto a dizer: a apreciação desse destaque que precisa ser votado não levará mais de 30 minutos, e imediatamente os Democratas levantarão a obstrução, para votar todas as matérias que estão na pauta da sessão extraordinária. O Governo faz de conta que quer votar determinadas matérias, não faz uma proposta concreta às oposições, não se lembra de que o Presidente da República disse aos Prefeitos do Brasil que não se votava a emenda que dá mais recursos para a saúde porque o Presidente desta Casa, Michel Temer, e os Líderes não queriam votá-la. Não é verdade com o Democratas, não é verdade com o PPS nem com o PSDB. O Governo tem o controle da agenda, por intermédio do Presidente da Casa, quanto a matérias importantes a serem votadas, como o pré-sal, que o Governo não quer votar, e não assume aqui que não quer votar. Não quer votar porque criou um imbróglio. Nós queremos que esses recursos possam ir para os municípios do Brasil; o Governo quer centralizá-los em Brasília, para ele próprio fazer uso deles. Com relação às PECs, o Governo também não quer votá-las. As PECs que estão em pauta não são interesse do Governo Federal. Então, é necessário que fique claro: há pessoas utilizando a nossa posição, achando que nós somos contra essa PEC, contra esse projeto de lei. Não! Pré-sal já! PECs que têm de ser votadas, já! Se o Presidente tem compromisso, que faça votarmos as PECs. O Governo só está aqui para votar medida provisória do seu próprio interesse. Pior, muito pior é aquilo a que nós estamos assistindo. Diz aqui, em entrevista, o Sr. Vaccarezza – está no Twitter dele; já que todo o mundo “twitta”, e fala demais pelo Twitter, está aqui -, e ele é muito claro ao dizer o seguinte: “A votação dos 2 projetos do pré-sal ficará para depois das eleições. A Oposição está do lado das multinacionais, e não quer sistema de par- Quarta-feira 7 31961 tilha.” Mentira! O Governo não quer dar dinheiro aos municípios brasileiros, Sr. Vaccarezza. Os senhores não querem dar o dinheiro aos municípios! É isso! Que multinacionais? Os senhores querem acertar com as multinacionais sem licitação! Os senhores querem pôr as multinacionais para negociar com a PETRO-SAL, com um bando de petistas nessa empresa, para fazerem acertos, mensalões e outros tipos de desvios. Que se diga a verdade: os senhores querem ir contra as licitações no Brasil! Os senhores desejam é a partilha para fazer negociatas por debaixo dos panos! Venham aqui votar! Vamos votar, sim, o dinheiro dos municípios! Aprovem a partilha! Votem o dinheiro da saúde! Mas não venham lançar mentiras ao vento, não venham falar daquilo que não aconteceu. Os Líderes da Oposição estão prontos para votar. É um destaque. Vamos votá-lo! O quê? Não querem aprovar o imposto? Querem aprová-lo? Aprovem! Coloquem aqui 257 para dizerem que querem mais imposto no Brasil. É isso que fazem! Já disse várias vezes: o PT é o partido dos tributos, já não mais é o partido dos trabalhadores. Quer mais tributos, mais, mais, e agora aqui em Brasília, não nos municípios! Portanto, não precisamos de mais imposto. Para que mais imposto? Para que voltar a CPMF? Vamos fazer a coisa certa, vamos votar os recursos para a saúde, recursos que existem no Brasil, recursos que são desviados para ONGs, muitas das quais não são idôneas e fazem política dia e noite. São bilhões e bilhões; por que não canalizá‑los para a saúde? Qual é a preferência? A saúde? Não! Esse Governo quer que a saúde se exploda! Não dá a menor atenção! O PMDB está disposto a votar. Já disse que vota, que aprova a votação, no Colégio de Líderes. Por que não votamos a Emenda nº 29/00? Por que não colocamos mais recursos na saúde? Deixo aqui meu protesto contra esse tipo de enganação, de mentira repetida que o Líder do Governo lança. Vamos votar as PECs? Vamos! Vamos limpar a pauta? Vamos! Vamos votar o pré-sal? Vamos, mas vamos votar a emenda da saúde! Qual é a resistência? Venha aqui alguém do Governo dizer por que não vota! Por que não é prioridade? Digam à população: nós viramos as costas para a saúde do Brasil e do brasileiro. É isso que está acontecendo. Por isso, deixo aqui o protesto da Oposição, que quer votar mais recursos para a saúde. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Muito bem. 31962 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para falar contra o requerimento, com a palavra o Deputado Fernando Ferro, ou o Deputado José Genoíno. (Pausa.) Com a palavra o Deputado Eduardo Valverde. O SR. EDUARDO VALVERDE (PT – RO. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero conversar agora com os policiais de todo o Brasil, civis e militares, e com os bombeiros militares: saibam os senhores que se a PEC nº 300/08 não for votada hoje ou amanhã os responsáveis por isso são o Democratas, o PSDB e o PPS. (Palmas nas galerias.) Saibam os senhores: esse é um discurso maroto, porque o Presidente desta Casa pautou essa matéria. Pautou essa matéria! Querem colocar uma matéria estranha, como um cavalo de Troia aqui dentro, para fazer discurso barato, discurso para enganar a população! Preocupados com o Prefeito? Que nada! Se nós formos verificar, veremos que os Prefeitos do ex-PFL não cumprem a Emenda nº 29/00. O Governador não, porque foi cassado aqui no Distrito Federal, envolveuse aqui num escândalo; então, esse tira dinheiro do povo. Esse tira! Então, os Prefeitos do Democratas não cumprem a Emenda nº 29/00, e querem agora jogar essa responsabilidade para a União? História para boi dormir! Eles querem fazer a disputa eleitoral! Querem fazer a disputa política! Não querem fazer o trabalho que deve ser feito por um Deputado Federal, que é votar a matéria que foi discutida no Colégio de Líderes. Querem fazer demagogia para enganar aqui a população brasileira! Vão para as ruas! Vão defender seu projeto político, porque vão ser derrotados mais uma vez no Brasil! (Palmas nas galerias.) Vão ser derrotados porque não têm consistência, não têm projeto de nação, não têm projeto econômico! Vêm com essa tentativa de iludir a população, a população esperta brasileira, que está consumindo, que está estudando e que está empregada, e é esse status que hoje o povo brasileiro quer manter, e certamente dará a resposta no dia 3 de outubro. (Palmas nas galerias.) O SR. MARCELO ITAGIBA – Sr. Presidente Michel Temer, peço a V.Exa. a palavra. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Não, o Líder, Deputado Fernando Coruja, tem a palavra. O SR. MARCELO ITAGIBA – Mas é só uma solicitação a V.Exa. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Não, é reclamação? É questão de ordem? Porque agora eu vou seguir rigorosamente o Regimento, Deputado. O SR. MARCELO ITAGIBA – Não, eu só pediria a V.Exa.... Julho de 2010 O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Deixe-me dizer: a Oposição tem o direito de obstruir, a Oposição tem o direito de pedir o relatório completo, mas não dá para sair do Regimento nesta situação. Sabe V.Exa., pelo apreço que lhe tenho, que se eu não agir dessa maneira o outro lado começa a me cobrar intensamente. É questão de ordem? O SR. MARCELO ITAGIBA – Não, é só uma solicitação a V.Exa. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Qual é a solicitação? O SR. MARCELO ITAGIBA (PSDB – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, é só uma solicitação a V.Exa. no sentido de que, para demonstrar que nós queremos votar a PEC nº 300/08, convoque uma extraordinária só com a PEC nº 300/08 na pauta, para que possamos fazer... O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Não há condições para fazer isso, Deputado. Deputados, quero dizer o seguinte: foi difícil trazer o Governo para votar a PEC nº 300/08. Eu fiz um acordo: nós votaríamos as 4 medidas provisórias e votaríamos a PEC nº 300/08. Não dá para insistir em outra tese, queiram perdoar. (Palmas.) A SRA. MARIA DO ROSÁRIO – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Tem V.Exa. a palavra. A SRA. MARIA DO ROSÁRIO (PT-RS. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, votei com o partido. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O Deputado Fernando Coruja tem a palavra, como Líder, pelo PPS. O SR. FERNANDO CORUJA (PPS – SC. Pela ordem e como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Parlamentares, nós estamos votando aqui uma medida provisória que cria dezenas de cargos, e eu, particularmente, recebi algumas pessoas, alguns representantes da comunidade indígena, que reclamam a criação de uma Secretaria Nacional para cuidar da saúde do índio, entre outras coisas. Eu quero lembrar aqui que eles querem uma Secretaria porque alegam que a saúde deles está mal cuidada. Recebi inclusive um cacique cuja esposa está grávida, e ele disse-me que ela não pôde fazer o pré-natal porque o SUS não cobria, porque não havia assistência à saúde para ela fazer o pré-natal. Nós estamos aqui lutando por alguma coisa que esse Governo não conseguiu fazer, que é melhorar a saúde do País, como tantas outras coisas que esse Go- Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS verno não conseguiu fazer; vejam a segurança do País, vejam a epidemia de crack e quantos outros problemas! Sob a argumentação, sob a fachada da popularidade do Presidente – que é popular, como reconhecemos pelas pesquisas -, embalada por uma série de propagandas, quer-se tapar o sol com a peneira. É preciso discutir as questões reais do País. Uma delas, a que mais aflige o povo, é essa que aflige a esposa do índio, que não consegue fazer um ultrassom, um pré-natal, que não tem acesso a remédio. E por que é que não tem? Porque não adianta apenas, companheiros, criar secretaria; é preciso colocar recursos na saúde pública. E o Governo precisa colocar os 10%, precisa colocar o dinheiro na saúde, precisa colocar o dinheiro para contratar médicos, precisa colocar o dinheiro para comprar remédios, precisa colocar o dinheiro para fazer o pré‑natal. É por isso que nós estamos lutando aqui. Que me desculpe o Presidente Michel Temer: quem deliberou pela possibilidade de votarmos aqui as PECs antes das medidas provisórias foi a Justiça. Houve uma decisão da Justiça que o permite. Então, é simples: basta colocar em votação a PEC nº 300/08. Nós queremos votar. Agora, não podemos aceitar essa argumentação de que temos de votar as medidas provisórias antes. Há 2 medidas provisórias de que não temos ainda, Sr. Presidente, o relatório. Precisamos saber qual é o relatório. Nós não temos de votar no escuro! É preciso que os Relatores – e aqui eu peço, depois que terminar, mais 1 minuto para orientação – entreguem os relatórios para que conheçamos. Todas as matérias são importantes. Todas as matérias são importantes, mas... O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – V.Exa. quer orientar? O SR. FERNANDO CORUJA – Quero orientar. Mas vão ganhar força agora alguns debates. Nós queremos votar em favor inclusive da proposta que está apresentada de uma secretaria indígena, mas queremos também os 10% para a saúde. Queremos votar aqui a PEC nº 300/08 antes da criação simplesmente, aqui, de cargos, de uma série de cargos. É preciso ver o que é mais importante. O que é mais importante para o País? O mais importante para o País hoje é cuidar de 2 assuntos, 2, de que esse Governo cuidou mal, e muito mal: saúde e segurança pública – saúde e segurança pública! -, muito mal cuidadas pelo Governo atual, muito mal cuidadas. Precisavam ter um tratamento melhor. Quarta-feira 7 31963 Cuidar da saúde bem é regulamentar a Emenda nº 29/00. Cuidar da segurança bem é aprovar a nº PEC 300/08. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O encaminhamento do PPS é “sim” ao requerimento. Suponho que seja isso. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como votam os Srs. Líderes? O PMDB como vota o requerimento de adiamento por 2 sessões, Deputado Colbert? O SR. COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PMDB vota contra, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. O SR. COLBERT MARTINS – Nós queremos votar rapidamente, porque queremos votar a PEC nº 300/08, que está sendo obstruída pela Oposição, Sr. Presidente. O SR. EDUARDO VALVERDE (PT – RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PT vota “não”, pelos índios. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. Como vota o PSDB? O SR. MARCELO ITAGIBA (PSDB – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu preciso deixar algumas coisas bem claras aqui: o PSDB vai votar e quer votar a PEC nº 300/08; o que o PSDB não quer votar são as medidas provisórias. E é bom que isto fique bem claro: se o Governo de fato deseja, quer votar a PEC nº 300/08, vai concordar com nossa proposta de convocar uma sessão extraordinária só com a PEC nº 300/08 em pauta, para que ela seja votada. As pessoas que estão aqui não vão ser enganadas. Elas precisam saber que o Governo está manobrando para que isso não seja votado. E qual é a manobra? Colocam as medidas provisórias porque sabem que não vamos concordar com a votação delas. O que nós queremos é votar a PEC nº 300/08 para dar um salário justo, correto e digno aos policiais do Brasil. Desafio o Governo a concordar com a convocação de uma extraordinária para que nós votemos única e exclusivamente a PEC nº 300/08. O PSDB está em obstrução, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. Em obstrução. Como vota o DEM? O SR. PAULO BORNHAUSEN (DEM – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu 31964 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS escutei atentamente o preposto do Líder Cândido Vaccarezza, que não está aqui no plenário, e eu quero então aproveitar, já que ele veio aqui falar de outras matérias e fazer algumas acusações, para fazer uma proposta ao Líder do Governo: que retire agora essas 4 medidas provisórias e vamos direto à PEC nº 300/08. Retire agora! Já! Retire já, e vamos à votação. Está feita aqui então a proposta àqueles que acham que nós não queremos votar. Vamos votar a PEC nº 300/08. Retirem as medidas provisórias. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”, portanto, ao requerimento. E o PP? O SR. ROBERTO BRITTO (PP – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PP vota “não”, por entender que o prazo das medidas provisórias está esgotando-se e por isso nós temos de votálas urgentemente. Por isso, votamos “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O PR como vota? O SR. HOMERO PEREIRA (PR – MT. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PR vota “não”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. E o PDT? O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – É claro que vota “não”, Sr. Presidente. E ainda há pouco, aqui, estabelecemos um debate sobre a regulamentação da Emenda nº 29/00; quando eu disse que não estava na Ordem do Dia de hoje, houve aqui algumas pessoas que divergiram. Eu até fiquei com a sensação de que me havia enganado ao ler a Ordem do Dia; fui à Mesa agora e confirmei que meu avulso não está errado. Isso não está na Ordem do Dia de hoje. Então, vamos combinar o seguinte: na sessão de hoje, o que pode ser votado é o que está nessa Ordem do Dia distribuída em plenário. V.Exa. ou quem quiser desmentir‑me pode fazê-lo, mas a documentação é essa que está à frente do Presidente da Câmara dos Deputados, que foi quem organizou essa Ordem do Dia. Portanto, sem meia-conversa, quem está obstruindo não quer votar a PEC nº 300/08. Essa é a verdade! Arrumam 10 mil pretextos; agora, a farsa acaba revelando-se, convenhamos, com todo o respeito que existe ao companheiros. Olhem, vamos votar. Vamos votar. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Quem mais? Julho de 2010 O SR. SILVIO COSTA – Pelo PTB, Sr. Presidente... O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PTB? O SR. SILVIO COSTA (PTB – PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Olhem, eu quero registrar para o povo do Brasil, para os militares, para os bombeiros, que o DEM e o PSDB querem votar e estão votando contra os militares do Brasil. É importante dizer que o partido de Zé Serra e o DEM, partido de Indio da Costa, estão votando contra os militares do Brasil. Nós estamos dando o voto “não” porque nós queremos dar o voto “sim” aos militares do Brasil. Nós queremos votar a PEC nº 300/08! É preciso que o DEM e o PSDB não façam demagogia e tenham coragem de dizer que estão indo neste momento contra os militares brasileiros. É “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Quem mais? O SR. MARCELO ORTIZ – Pelo Partido Verde, Sr. Presidente... O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o Partido Verde? O SR. MARCELO ORTIZ (PV – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Partido Verde, Sr. Presidente, sem dúvida nenhuma vota “não”. Vota principalmente “não” porque, aliada à PEC nº 300/08, nós temos a PEC nº 340/09, referente aos policiais civis. Então, nós teríamos uma votação só, e faríamos justiça, votando tanto a PEC nº 300/08 como a nº 340/09 de uma vez só. Esse é o posicionamento do Partido Verde. Nós estamos aqui para votar, e é isso que nós pretendemos. Votamos “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O voto é “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PSC? O SR. MARCONDES GADELHA (PSC – PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, essa mudança institucional, esse upgrade que se dá a algumas Secretarias já chega a destempo. São temáticas de extraordinária relevância, de grande significação social e para a vida institucional deste País. Ao conferirmos o status de Ministério a essas Secretarias, estamos mostrando a nossa convicção nas atividades-fins para as quais elas foram criadas, dando consistência às ações que serão empreendidas e mais respeitabilidade no seio da comunidade administrativa. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS De modo, Sr. Presidente, que não há justificativa para adiar esta votação. O PSC vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação o requerimento. Quem estiver... O SR. JOÃO ALMEIDA – Sr. Presidente, peço a palavra para um esclarecimento. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Pois não. O SR. JOÃO ALMEIDA (PSDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, peço um esclarecimento regimental. Gostaria que prestassem atenção os ilustres colegas. Se nós retirarmos esta matéria de discussão, poderemos votar a PEC nº 300. Não é verdade? Sim. As outras medidas provisórias que se sucedem a esta não trancam na mesma data. Então, nós poderemos votar a PEC nº 300. Agora, é hora de o Governo e o PT provarem claramente que querem votar a PEC nº 300 e não nos culparem por não quererem votá-la. Eles é que não querem votar a PEC nº 300. E impuseram esta Ordem do Dia com 4 medidas provisórias, que na verdade não são 4. Depois, eles vão querer votar mais 4. A PEC nº 300 e as outras matérias ficarão... Quem sabe para quando? Essa é a verdade. Se mantivermos este requerimento e adiarmos a discussão desta medida provisória, creio eu – e peço a V.Exa. que esclareça -, as demais saem da pauta naturalmente, porque não a trancam na mesma data. E aí poderemos votar a PEC nº 300. Vamos ver o que vão fazer agora o PT e o Governo. O SR. MIRO TEIXEIRA – Sr. Presidente, V.Exa. me permite a palavra para contraditar? O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Quero apenas colocar um pouco de ordem na discussão. Vou fazer o seguinte: vou submeter este requerimento a votação. Certa e seguramente, haverá pedido de verificação, já que transcorreu o prazo de 1 hora. Na sequência teremos mais 5 requerimentos, os mais variados, e regimentalmente permitidos. Portanto, não tenho como deixar de submeter estes requerimentos à apreciação de todos. Agora, vou levar isto até o fim, em relação a esta medida provisória. Amanhã, vou pedir a gentileza dos Srs. Líderes de se reunirem comigo lá pelas 14h30min ou 15h, para tentarmos encontrar um modo de vida Quarta-feira 7 31965 em relação a esta matéria. Tanto os Líderes do Governo quanto os Líderes da Oposição hão de convir que temos de encontrar o meio‑termo. Vou dizer aos senhores: nesta matéria, foram 8 requerimentos; mais 3 medidas provisórias, são mais 24 requerimentos. E certamente a Oposição vai utilizar. Então, nós temos de nos reunir amanhã, em nome da Casa e em nome dos interessados que estão na galeria, para encontrar o meio-termo que nos permita votar estas matérias. Convoco, portanto, uma reunião dos Líderes para amanhã, às 15h30min, na minha sala, antes da sessão. O SR. MIRO TEIXEIRA – Sr. Presidente, eu tenho um pedido de contradita que pode ser útil. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Pois não. Diga lá, Deputado. O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – V.Exa. está convocando uma reunião para as 14h30min. Isso praticamente vai arruinar a possibilidade de votação amanhã. Concordo com V.Exa. Isso que está acontecendo, do meu ponto de vista, deslustra a Câmara dos Deputados. Vai chegar o momento em que os Deputados vão começar a votar independentemente de uma orientação de Liderança, como já aconteceu em outras oportunidades. Porém, penso que a Presidência tem de se resguardar, porque a Presidência representa todos nós, representa a Câmara dos Deputados! Sr. Presidente, será inexplicável não termos uma extraordinária de manhã, neste plenário. Por que às 14h30min? Vamos prosseguir hoje, até onde for, vamos convocar a extraordinária para de manhã e vamos ficar aqui. São 15 requerimentos; vão manter os 15? Diga de quem são os 15 requerimentos, porque são procrastinatórios, é claro! E vamos votar! Os Líderes que forem a favor param de usar a tribuna, e vamos ver de quem é a digital que está obstruindo. Mas devemos ter sessão desde o horário da manhã, desde o primeiro horário. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Deputado Miro, vamos convocar sessão extraordinária para amanhã, mas vejo que, neste ritmo, a votação não será fácil. De qualquer maneira, mantenho a convocação para as 15h e vou submeter o requerimento à apreciação do Plenário. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação o requerimento. 31966 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Quem estiver a favor do requerimento permaneça como se acha. (Pausa.) REJEITADO. O SR. PAULO BORNHAUSEN (DEM – SC. ) – Sr. Presidente, peço verificação. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Verificação concedida. O SR. COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB – BA) – Verificação conjunta. O SR. EDUARDO VALVERDE (PT – RO) – Sr. Presidente, verificação conjunta. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Verificação concedida. O SR. JOÃO ALMEIDA – Sr. Presidente, peço a palavra para uma questão de ordem. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. JOÃO ALMEIDA (PSDB – BA. Questão de ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, insisto com V.Exa. para dirimir a dúvida regimental. O Deputado Miro Teixeira não fez nenhuma contradita. Ao contrário: semeou mais confusão e fez uma proposta que V.Exa. acabou acatando. No meu entendimento do Regimento – e V.Exa. já ouviu a minha fala, pode responder diretamente -, se retirarmos esta matéria de pauta... O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Tem razão V.Exa. O SR. JOÃO ALMEIDA – ...se o requerimento for aprovado, estaremos habilitados a votar a PEC nº 300. Quero ouvir o PT, e o PDT, e o Governo, e todos os demais. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Quero esclarecer a dúvida do Deputado João Almeida. Se cair a sessão pela ausência de quorum, evidentemente, não se vota mais nada hoje. O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, houve uma referência a minha pessoa e ao meu mandato. Não semeei confusão alguma. E quem pode avaliar isso é V.Exa. e não o Deputado João Almeida. Não estou alinhado e não estaria alinhado com o Deputado João Almeida... O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Deputado Miro Teixeira, deixe-me terminar. Estou apenas esclarecendo a questão de ordem que S.Exa. fez de maneira regimental. O SR. EDUARDO VALVERDE – Sr. Presidente, uma questão de ordem. Julho de 2010 O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Qual é a questão de ordem? O SR. EDUARDO VALVERDE (PT – RO. Questão de ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, é o art. 95. Comece a votação! Pediu verificação, tem de começar a votação. Se não, vão usar o tempo para falação do microfone, para adiar por mais um tempo. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – A Presidência solicita aos Srs. Deputados que tomem os seus lugares, a fim de ter início a votação pelo sistema eletrônico. Está iniciada a votação. Queiram seguir a orientação do visor de cada posto. O SR. PAULO BORNHAUSEN (DEM – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Democratas está em obstrução. E eu tenho uma questão de ordem, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – A partir de agora apenas usarão da palavra aqueles que quiserem se manifestar sobre a matéria em discussão. Deputado Arnaldo Faria de Sá. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero fazer uma sugestão a V.Exa.: em vez de a reunião de Líderes ser amanhã, às 15h30min, que fosse um pouco mais cedo, porque às 15h30min, já no fim da tarde, vamos perder tempo e não vamos conseguir uma solução. Que a reunião de Líderes seja realizada um pouco mais cedo, para podermos ganhar o dia de amanhã. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Marcarei mais cedo. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Concedo a palavra ao Deputado Cândido Vaccarezza, para uma Comunicação de Liderança, pelo Governo. O SR. CÂNDIDO VACCAREZZA (PT – SP. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero me manifestar sobre o processo de votação e, depois, sobre o debate que a Oposição estabeleceu, inclusive fazendo referência ao meu nome. Primeiro, registro que a Oposição tem o direito regimental de adotar o tipo de atitude que está tomando – de oposição bruta -, impedindo as votações. Em segundo lugar, ressalto que, quando disse que abrimos mão de votar a matéria relativa ao pré-sal durante o período eleitoral, assim agi por duas razões: de um lado, não estamos conseguindo obter quorum suficiente; de outro, como está demonstrado no tipo Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS de trabalho que está fazendo, a maior parte da Oposição é contrária ao sistema de partilha e, por causa disso, tem imposto uma oposição muito dura, o que é um problema. Em relação à PEC nº 300, sua redação original nos levou a nos manifestar contrariamente a seu conteúdo. Apresentei uma nova redação, e fechamos acordo para votá-la. Essa nova redação não insere na Constituição o valor de piso salarial, mas define que haverá um piso para todos os soldados e policiais do Brasil. Define também que será criado um fundo para ajudar os Estados que não conseguirem pagar esse piso. E esse não é o caso do Estado de São Paulo, que se torna uma vergonha para o País ao pagar a um soldado metade do salário que paga o Estado de Sergipe. É uma vergonha para o Brasil. Então, vamos aprovar a PEC nº 300, definindo um fundo e um piso salarial para os soldados. Que condição estamos apresentando aqui e que eu acordei com o Presidente Michel Temer? Há 4 medidas provisórias que perderão seu prazo de validade no mês de agosto. Logo, votaremos essas 4 medidas provisórias e a PEC nº 300. Isso resolverá o problema de agosto. Depois, temos mais 3 medidas provisórias que vão vencer em setembro. No mês de agosto, então, votaremos essas outras 3 medidas provisórias e, em segundo turno, a PEC nº 300. Nada está sendo feito escondido. Queremos votar as medidas provisórias e a PEC nº 300. Em relação à saúde, o Deputado Miro Teixeira já esclareceu que ninguém aqui está obstruindo as votações por conta da Emenda nº 29, mesmo porque ela não está na pauta. Mas é um motivo. A Oposição pode fazer obstrução, não pode, porém, dizer que não fizemos nada pela saúde. Para se ter uma ideia, entre as principais ações do Governo Federal em benefício da saúde no Brasil, podemos citar a criação da Farmácia Popular, coisa que não havia na época em que eles governavam. São 503 unidades próprias em 410 municípios. Esse programa ajuda as Prefeituras, ajuda a população pobre e ajuda a saúde. Além disso, 12 mil farmácias da rede privada estão credenciadas. Doze mil farmácias! E, mais: o Governo Federal participou diretamente de diversas campanhas, como a de prevenção da hipertensão, que gerou um aumento de 125% no atendimento em relação a 2003, ampliou o número de consultas pré-natal e as ações que visam ao planejamento familiar. Fora isso, temos projetos como o SAMU, em relação ao qual, infelizmente, o Estado de São Paulo também retardou bastante sua contrapar- Quarta-feira 7 31967 tida, e projetos como o Brasil Sorridente – e o povo que está sendo tratamento dentário sabe o que está sendo feito. A Oposição, portanto, não tem moral para falar nem de saúde nem de projeto de saúde. Vamos comparar o que foi feito no Governo Lula com o que foi feito no Governo anterior. Vamos comparar. Esse é um bom debate. E não me venham falar apenas da quebra da patente para os genéricos. Essa foi uma decisão muito importante, mas não pode ficar só nisso. Vejam a situação da dengue na época em que eles governavam e a demissão dos matadores de mosquitos. Vejam a ação que eles tiveram na época na área da saúde. Não está em debate aqui a discussão com as Prefeituras, porque vamos votar a regulamentação da Emenda nº 29 depois da eleição. Não está em debate a ajuda para as Prefeituras. Não tenho dúvida de que o Governo que deu maior ajuda para os Prefeitos – e para todos, sem exceção, sem olhar para o partido que governa o município – foi o do Presidente Lula. Em relação à PEC nº 300, estamos sendo claros. Fizemos uma nova redação e queremos votar a matéria e as medidas provisórias. Por isso, peço a todos os Deputados da base que participem desse esforço concentrado para votarmos as medidas provisórias e a PEC nº 300. E peço aos Deputados que estão em Brasília, mas não aqui em plenário, que venham votar, pois é fundamental a participação de todos, seguindo a orientação da base do Governo do Presidente Lula de votar “não”. E estamos votando “não”, porque queremos aprovar imediatamente essa medida provisória, que é importante para a administração do País. Para tanto, precisamos derrotar todos os requerimentos que a Oposição está apresentando. Repito o que disse hoje para a imprensa: se querem fazer oposição ao Presidente Lula, tudo bem – porque está claro que eles são contra o Presidente Lula, basta ouvir o seu candidato à Presidência e os Líderes da Oposição -, mas que façam oposição ao Presidente, não ao País. Façam oposição a Lula, mas entendam que é fundamental para o País votarmos todas essas medidas provisórias. Não podemos deixar que caiam essas medidas provisórias. Não é possível que a Câmara dos Deputados deixe cair uma medida provisória sequer. Como tenho confiança no caminho que estamos tomando com a base, vamos aprovar as medidas provisórias e votar a redação da PEC nº 300, conforme o acordado com algumas Lideranças. 31968 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quero também, Sr. Presidente, parabenizar os Deputados que participaram desse acordo que nos permitirá votar a PEC nº 300. Minha posição é a de que, na próxima semana, aprovemos 4 medidas provisórias e a PEC nº 300. Assim, vamos ter condições de chegar a uma boa situação. Quem está impedindo a votação é a Oposição, que está fazendo, como disse, uma oposição bruta. E isso não ajuda a Câmara dos Deputados, não ajuda o País e não presta para fazer oposição a Lula. O povo vai saber separar o joio do trigo – aliás, já está separando. Portanto, quero conclamar todos os Deputados da base para virem ao plenário a fim de votarmos hoje ainda a Medida Provisória nº 483, de 2010. Obrigado, Sr. Presidente. Durante o discurso do Sr. Cândido Vaccarezza, o Sr. Michel Temer, Presidente, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Nelson Marquezelli, 4º Secretário. O SR. JOSÉ GENOÍNO – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Tem a palavra, pela ordem, o Deputado José Genoíno. O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Líder da bancada do PT, o Deputado Fernando Ferro, pediu que eu justificasse sua ausência: S.Exa. teve de resolver um problema urgente em seu Estado. Muito obrigado. O SR. FERNANDO CORUJA (PPS – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, queremos mudar a orientação do partido para obstrução. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Tem a palavra a Deputada Fátima Bezerra e, depois, o Deputado Luiz Couto. A SRA. FÁTIMA BEZERRA (PT – RN. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, no final do ano passado, por unanimidade, esta Casa aprovou a proposta de emenda constitucional que estabeleceu que, por meio de lei federal, seria instituído piso salarial nacional para os agentes comunitários de saúde e para os agentes de combate a endemias. Quero dizer para os meus colegas que estamos avançando bastante num acordo para regulamentar esse piso salarial. Ainda na última quinta-feira, tivemos a terceira rodada de audiências com o Governo. Estamos chegando a entendimento, apresentando uma proposta que possa ser sustentada pelos Governos Estaduais e, principalmente, pelas Prefeituras. E a Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Julho de 2010 Saúde e as associações dos agentes de combate a endemias se têm posicionado nesse movimento com muita responsabilidade, firmeza e seriedade. Quero também dizer da nossa satisfação, porque, em agosto, o Governo vai enviar, sim, ao Congresso Nacional o projeto de lei complementar que regulamentará o piso salarial dos agentes comunitários de saúde, encerrando um ciclo que começamos lá trás, quando aprovamos a proposta de emenda à Constituição que reconheceu a função e, depois, a que instituiu o piso salarial. Agora, vamos regulamentar o que aprovamos. Estou dizendo isso para reforçar a importância de aprovarmos a PEC nº 300, de 2008. E precisamos aprová-la o mais urgentemente possível, para que sejam dados os mesmos passos que demos quando analisamos a proposta de emenda à Constituição que tratou do piso dos agentes comunitários de saúde e dos agentes de combate a endemias. Fico muito feliz em ver o Líder do Governo, Deputado Cândido Vaccarezza, mais uma vez, de público, afirmar o compromisso do Governo. Precisamos agora garantir que este semestre legislativo se encerre sem a aprovação da PEC nº 300. Isso é fundamental, porque, repito, a exemplo do que fizemos para os agentes comunitários de saúde, vamos, aprovando a PEC nº 300, estabelecer um prazo e, por meio de lei federal, finalmente estabelecer o piso salarial para os policiais militares e civis e para os bombeiros militares. E essa é uma medida muito importante e necessária, porque temos, sim, de avançar no sentido de termos uma política salarial digna para os trabalhadores da segurança pública do nosso País. Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. O SR. PAULO BORNHAUSEN – Questão de ordem, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Pois não. O SR. PAULO BORNHAUSEN (DEM – SC. Questão de ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, gostaria, à luz do Regimento, que V.Exa. me respondesse se é possível convocar sessão extraordinária para após esta, pautando apenas a PEC nº 300, de 2008. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Assim que o Presidente Michel Temer chegar – S.Exa. está atendendo no gabinete -, sua pergunta será respondida, Deputado. Creio que sim, acho que é possível, mas é o Presidente Michel Temer que dará encaminhamento à sessão. O SR. OSMAR TERRA – Sr. Presidente, pela ordem. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Pois não. O SR. OSMAR TERRA – Sr. Presidente, quero fazer um apelo ao Líder Cândido Vaccarezza e à base do Governo – e sou do PMDB, partido que compõe a base do Governo... O SR. PAULO BORNHAUSEN – Sr. Presidente, desculpe-me, V.Exa. cortou meu microfone. Levantei questão de ordem e gostaria de ser respondido. Mas, uma vez que V.Exa., na condição de Presidente, não respondeu à questão, vou colocar um requerimento sobre a mesa para os Líderes assinarem, solicitando que a Casa realize ainda hoje sessão extraordinária destinada à apreciação da PEC nº 300, de 2008 – e não vamos fazer obstrução. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Encaminhe V.Exa. o requerimento. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Com a palavra o Deputado Osmar Terra. O SR. OSMAR TERRA (Bloco/PMDB – RS.Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero, então, fazer um apelo. Fui Presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde. Na época, fizemos todo o enfrentamento necessário para que fosse aprovada a CPMF. Esse é um desgaste que pode haver para qualquer representante político, para qualquer homem público que depende do voto popular. Lutamos para regulamentar a Emenda Constitucional nº 29, desde 2007. Não entendo como o Líder do Governo pode dizer que a aprovação da Emenda nº 29 é assunto para ser discutido depois, que deixou de ter importância. Ela garante a base dos recursos para a saúde, inclusive para o piso salarial dos agentes comunitários. É ela que garante um salário melhor, uma carreira para os funcionários públicos da saúde. Essa emenda vai garantir a ampliação da rede de hospitais e de atendimento no País. Não estamos discutindo... O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, foi alcançado o quorum. O SR. COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Encerre a votação, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Pois não. O SR. OSMAR TERRA – Sr. Presidente, não é possível postergar mais! É uma vergonha esta Casa não votar a Emenda nº 29 o mais urgente possível! O SR. MIRO TEIXEIRA – Sr. Presidente, já há quorum. Quarta-feira 7 31969 O SR. ALEXANDRE SANTOS (Bloco/PMDB – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, na votação anterior, acompanhei o partido. O SR. MIRO TEIXEIRA – Sr. Presidente, agora é devida a questão de ordem: já há quorum. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Tem a palavra o Deputado Luiz Couto. O SR. LUIZ COUTO (PT – PB.Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é importante percebermos que há uma pauta e que, se quisermos, podemos votar as medidas provisórias e a PEC nº 300, de 2008, para, depois, votarmos outras matérias antes do recesso. Quando da Conferência do Clima, esta Casa apresentou uma série de diretrizes, compromissos em relação ao meio ambiente, encaminhadas pelo Governo brasileiro. Estamos preocupados com o que foi aprovado no texto do Código Florestal. Há muitas questões que precisam ser mais trabalhadas, sob pena de termos de explicar o que foi votado aqui e que contraria vários dispositivos do Código Florestal. Nesse sentido, consideramos que a Casa precisa discutir, pois não é possível que a votação seja da forma como se deu na Comissão. Queremos produzir, mas não queremos que o meio ambiente seja degradado. Que nós possamos, cada vez mais, cuidar desta terra, uma dádiva que Deus nos deu, um presente. Consideramos, portanto, importante continuar a análise dessa matéria – e com muita profundidade -, porque, como foi aprovada na Comissão, é um retrocesso para nosso País. Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. MAGELA – Sr. Presidente, vamos encerrar a votação. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Está encerrada a votação. Vou proclamar o resultado: VOTARAM: SIM: 6 NÃO: 261 ABSTEVE-SE 1 TOTAL 268. O REQUERIMENTO FOI REJEITADO. LISTAGEM DE VOTAÇÃO: Proposição: MPV Nº 483/2010 – REQUERIMENTO DE ADIAMENTO DA DISCUSSÃO POR 2 SESSÕES – Nominal Eletrônica Início da votação: 6-7-2010 20:31 Encerramento da votação: 6-7-2010 20:50 Presidiram a Votação: Michel Temer, Marcelo Ortiz, Nelson Marquezelli. 31970 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31971 31972 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31973 31974 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 31975 31976 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. CHICO DA PRINCESA (PR – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, justifico meu voto na votação anterior. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Sobre a mesa requerimento de adiamento de discussão por uma sessão. “Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 101, I, a, 2, e 117, X do Regimento Interno, o adiamento da discussão por 1 sessão, da MP 483/2010. Sala das Sessões, Antonio Carlos Pannunzio Vice-Líder do PSDB” O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Mas, antes, há requerimento solicitando verificação de votação. Quebra de interstício. “Senhor Presidente, Requeremos a Vossa Excelência, nos termos do art. 185, § 4º do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que seja concedida a verificação de votação do requerimento que solicita o adiamento da discussão por 1 sessão, da MP 483/2010 (quebra de interstício). Sala das Sessões, em 6 de julho de 2010 Lira Maia Vice-Líder do Democratas” O SR. MIRO TEIXEIRA – Sr. Presidente, V.Exa. tem de dizer quem é o autor. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – O Deputado Paulo Bornhausen, Líder do Democratas. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Em votação. Para encaminhar, concedo a palavra ao nobre Deputado Eduardo Valverde, que falará contra a matéria. O SR. EDUARDO VALVERDE (PT – RO. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, há algum tempo, um parente próximo do Líder do Democratas disse que esta raça, a minha, deveria ser extinta. Não foi extinta. Está muito forte e vai dar outra sova, daqui a pouco tempo, nessa moçada aí. Vamos votar todas as medidas provisórias – todas elas – e também a PEC nº 300, mesmo com a obstrução da Oposição. Porque esta raça tem sangue. Esta raça tem caráter. Esta raça tem palavra. E, como disse, vamos votar todas as medidas provisórias, mesmo que a Oposição venha a obstruir, mesmo que venha a fazer qualquer chicana regimental, mesmo que venha a fazer o discurso mais bonito em favor dos poli- Quarta-feira 7 31977 ciais, dos índios, dos mais pobres, dos camponeses. É demagogia! Esse povo não gosta de pobre, não gosta de policial, não gosta de índio, não gosta de nada; gosta de empresário, gosta da elite brasileira. E vamos derrotálo, mais uma vez, nas urnas, como fizemos em 2002 e em 2006. (Manifestações das galerias.) E vamos derrotá-lo mais uma vez também aqui no plenário, derrubando todos os requerimentos. Podem fazer mais mil requerimentos. Façam mil. Demonstrem que estão fazendo oposição não ao Governo Lula, mas ao povo brasileiro. Vamos derrotá-lo aqui, como vamos derrotá-lo nas urnas daqui a mais algum tempo. Peço ao PT e à base aliada que permaneçam em plenário, para derrotarmos este requerimento e tantos quantos forem apresentados pela Oposição. Vamos vencer a demagogia. Há um requerimento que o Líder da Oposição deseja que os Líderes da base aliada assinem. Querem fazer jogo de cena para os policiais. Observem bem, policiais civis e militares de todo o Brasil: quem não quer aprovar a PEC nº 300 é o Democratas, que disputa a eleição no Rio de Janeiro, é o PSDB e é o PPS. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Para encaminhar, concedo a palavra ao nobre Deputado Paulo Bornhausen, que falará a favor da matéria. O SR. PAULO BORNHAUSEN (DEM – SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, muito me assusta a verve do preposto do Líder do Governo. Na minha opinião, S.Exa. desempenha um papel lamentável, porque não tem legitimidade para fazê-lo. E quero dizer a esse preposto do Líder que venho de Santa Catarina, o melhor Estado do Brasil, em todos os quesitos. É um Estado de sucesso, porque lá o PT nunca governou. Então, que S.Exa. trate de seus assuntos, que eu trato dos meus. E digo mais: um Governo que diz que quer votar, a favor dos policiais, a PEC nº 300 e coloca 4 medidas provisórias à frente só pode estar fazendo demagogia, ainda mais sabendo ser hoje um dia de quorum baixo nesta Casa. Isto não é Governo, isto é desgoverno, é oportunismo. Isto não é Governo dos trabalhadores, isto é Governo que está a favor de alguma coisa que não sabemos o que é. Falam em empresários e banqueiros, porque de empresários e banqueiros, ele entende bem. Entende muito. E vimos a prova disso de larga monta. Mas, Sr. Presidente, V.Exa. não respondeu a minha questão de ordem. O Regimento é claro. E eu gostaria que V.Exa. respondesse se é possível real- 31978 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS mente realizar uma sessão extraordinária após esta, com pauta única. Informei que há um requerimento sobre a mesa para os Srs. Líderes da base do Governo, inclusive o preposto do Líder do Governo, assinarem. Não queremos reunião amanhã com o Presidente da Câmara; queremos a votação hoje da PEC nº 300. Façam a retirada dessas medidas provisórias, e votamos agora a PEC nº 300, sem nenhum tipo de obstrução. (Manifestação das galerias.) Tenham coragem! Façam isso! Deixem as medidas provisórias para amanhã! Por que não fizeram isso ainda? Vamos lá! O Presidente da Casa pode mexer na pauta. Vamos voltar à obstrução em prol da Emenda nº 29, porque o PT vira as costas para a saúde. (Manifestação das galerias.) Como já disse aqui o Deputado Osmar Terra, que entende de saúde no Brasil – e há uma frente parlamentar que cuida disso -, a saúde só dispõe de uns poucos caraminguás, e não é por falta de impostos, não, mas porque os recursos dos impostos são usados para outra coisa. Queremos votar o que o povo quer. Queremos votar a agenda da sociedade. Está feito o requerimento. Quem não assiná-lo não quer convocar sessão extraordinária ou não quer retirar de pauta as medidas provisórias. Não venham enganar o povo brasileiro e os policiais e bombeiros militares. O Governo colocou 4 medidas provisórias na frente, para não votar a PEC nº 300. Vamos votar! Nossa obstrução não é à PEC nº 300, mas às medidas provisórias. Vamos votar a PEC nº 300! Não se escondam sob os escudos da medida provisória. Vamos fazer a coisa certa! Por fim, aos representantes do Líder do Governo, digo que a situação é lamentável, porque, na reunião, o Presidente foi muito claro: não tem interesse na votação da PEC nº 300. O SR. MARCOS LIMA (Bloco/PMDB – MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, na votação anterior, votei com o PMDB. O SR. DAMIÃO FELICIANO (PDT – PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, na votação anterior, votei com o partido. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Concederei 1 minuto a cada Líder para orientar sua bancada. O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, O PDT vota “não” e pede aos Líderes da base que se limitem a votar “não”. Vamos ganhar tempo; deixemos os outros falarem. Julho de 2010 O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Como vota o PMDB? O SR. COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PMDB vota “não”, Sr. Presidente. O SR. ALEXANDRE CARDOSO (Bloco/PSB – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Bloco vota “não” e faz um apelo para que todos sejam bem rápidos, para podermos votar. Todos queremos votar. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Muito bem. Como vota o PT? O SR. CARLOS ZARATTINI (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PT vota “não” porque quer votar rapidamente essas medidas provisórias para aprovarmos a PEC nº 300, que é a grande reivindicação desta noite. (Palmas nas galerias.) O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Como vota o PSDB? O SR. JOÃO ALMEIDA (PSDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a discussão está deixando claro: o Governo quer pegar carona na mobilização pela PEC nº 300 para entubar 8 medidas provisórias. É isso e nada mais, Sr. Presidente. O resto é conversa fiada. Até os que não entendem de Regimento, que aqui não são muitos, e mesmo quem está nas galerias já perceberam: o Governo quer pegar carona na mobilização pela PEC nº 300 para aprovar suas medidas provisórias – e não sabemos se depois o quorum para a votação da PEC nº 300, que poderia, sim, ser votada nesta noite, será mantido. O PSDB vota “sim” ao requerimento de quebra de interstício, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Como vota o DEM? O SR. PAULO BORNHAUSEN (DEM – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – O Partido Verde como vota? O SR. EDSON DUARTE (PV – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Partido Verde vota “não”, porque também tem interesse em votar a PEC nº 300. O SR. CARLOS SANTANA (PT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, esqueceramse de nós. O PT vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – O PT já havia orientado a bancada. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. MARCONDES GADELHA – PSC, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Como vota o PP? O SR. ANTONIO CRUZ (PP-MS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PP vota “não”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – PR? O SR. MARCONDES GADELHA – Sr. Presidente, o PSC... O SR. JOSÉ ROCHA – Sr. Presidente, estou com a palavra; o PR está com a palavra. O SR. MARCONDES GADELHA – Peço que me assegure a palavra, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – O PR está com a palavra. O SR. JOSÉ ROCHA (PR – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Governo quer votar a PEC nº 300; queremos votar a PEC nº 300. Portanto, o PR vota “não”, para que possamos chegar à PEC nº 300. Votaremos “sim” até de madrugada, mas ficaremos aqui para votar a PEC nº 300. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Como vota o PTB? O SR. ANTÔNIO CARLOS CHAMARIZ (PTB – AL. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PTB também está aqui de quarentena para votar a PEC nº 300, que apoiamos. O PTB vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – O PSC, como vota? O SR. MARCONDES GADELHA (PSC – PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSC quer votar a PEC nº 300, a Casa quer votar essa PEC, todos querem votar a PEC nº 300. No entanto, há um certo farisaísmo em se postular a votação dessa PEC e, ao mesmo tempo, ficar entulhando, empanturrando os trabalhos com esses requerimentos anódinos, inócuos e estéreis, de adiamento de votação e de quebra de interstício, que absolutamente só servem para impedir a fluidez dos trabalhos. Sr. Presidente, os que querem a votação da PEC nº 300 deveriam abdicar dessas manobras obstrucionistas, que não levam absolutamente a nada, e tomarem uma atitude mais objetiva, facilitando o andamento dos trabalhos. O PSC não concorda com essas medidas. Entendemos que a obstrução é um exercício legítimo das Oposições, mas não tem nenhum cabimento ficar procrastinando, adiando a votação de matéria que trata de direitos humanos, de promoção de igualdade racial, de política de mulheres, de política de portos. Essa é uma atitude insensata para os próprios objeti- Quarta-feira 7 31979 vos de se votar a PEC nº 300, que é o nosso propósito neste momento. Por isso, votamos contra qualquer tipo de procrastinação. Votamos “não”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – PPS? O SR. WILLIAM WOO (PPS – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PPS está presente para votar a PEC nº 330, cumprindo seu papel. Estão aqui os nossos Parlamentares, defendendo o direito dos policias do Brasil. O PPS, que, proporcionalmente, tem a maior bancada de policiais na Câmara dos Deputados, está atuando em prol da votação da matéria, além de ser autor da emenda que estendeu o benefício a todos os policiais do Brasil. Estamos presentes e vamos votar a PEC nº 300. O PPS orienta o voto “sim” nesta votação, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – PSOL? O SR. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSOL não quer essa obstrução, mas sabe que “em casa que falta pão, todo mundo grita e ninguém tem razão”. Já poderíamos estar votando a PEC nº 300 de duas maneiras: por meio de sessão extraordinária específica para ela, que não foi convocada – e a base do Governo poderia se empenhar para isso, obviamente -, ou já tendo examinado essas 4 medidas provisórias, que, na sessão extraordinária, não seriam pautadas por exigência regimental. Mas, uma vez que elas estão na pauta, poderíamos, nestas duas horas e meia, ter analisado todas elas. Somos contrários a esse requerimento e cobramos uma sessão extraordinária para votarmos a matéria de que todos dizem ser a favor: a PEC nº 300. É um mistério. Como dizia Lima Barreto – e V.Exa., Sr. Presidente, entende desse riscado -, na República Velha, todos defendiam dinheiro para o café, a política de valorização do café. Ocorre que a maior riqueza era, no entanto, também a maior pobreza, pois, quanto mais café, de mais dinheiro se precisava. Ninguém era contra, e veio a crise de 29. O SR. COLBERT MARTINS – Vamos votar, Sr. Presidente. O SR. CHICO ALENCAR – Aqui, todo mundo é a favor da PEC nº 300, mas as forças predominantes não se entendem para votar. Espero que, pelo menos amanhã, isso aconteça, pois já não tenho muitas ilusões quanto a hoje. Vamos respeitar, inclusive, as galerias e pararmos de enrolar. 31980 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – PHS? (Pausa.) O SR. RODRIGO ROLLEMBERG (Bloco/PSB – DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, na votação anterior, votei de acordo com a bancada. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Como vota a Maioria? (Pausa.) Minoria? (Pausa.) O SR. COLBERT MARTINS – Vamos votar, Sr. Presidente! O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Em votação o requerimento. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) REJEITADO. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Há sobre a mesa requerimento de adiamento de discussão por uma sessão. “Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 117, combinado os arts. 101, I, a, 2 e 117, X, do Regimento Interno, o adiamento da discussão por 1 sessão da MP 483/2010. Sala das Sessões, Antonio Carlos Pannunzio Vice-Líder do PSDB” O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Concedo a palavra ao Deputado João Almeida, Líder do PSDB. (Pausa.) Para falar contra, concedo a palavra ao Deputado Eduardo Valverde. (Pausa.) O SR. PAULO PIMENTA (PT – RS. Pela ordem Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, acompanhei a bancada na votação anterior. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Para falar contra, concedo a palavra a palavra ao Deputado Arnaldo Faria de Sá. (Pausa.) O SR. JOSÉ ROCHA (PR – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, solicito a V.Exa. que mantenha o painel da votação anterior. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Vou manter. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Para falar a favor, concedo a palavra ao Deputado Duarte Nogueira. O SR. DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP. Questão de ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, antes de iniciar os argumentos em defesa do nosso requerimento, quero for- Julho de 2010 mular questão de ordem ao Presidente, baseada no art. 117, § 1º, do nosso Regimento. Tendo em vista o tempo de 3 minutos que foi concedido ao orador, não seriam, conforme o art. 117, § 1º, cabíveis os 5 minutos para a defesa desse requerimento? O SR. COLBERT MARTINS – O PSDB não quer votar a PEC nº 300 de jeito nenhum. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – A matéria está em urgência. O requerimento é esse mesmo. O SR. DUARTE NOGUEIRA – Sr. Presidente, mas a discussão não é da matéria; a discussão é do requerimento. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Pertence à matéria. O SR. DUARTE NOGUEIRA – Agradeço a resposta de V.Exa., apesar de discordar. O SR. DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, estamos requerendo o adiamento da discussão desta medida provisória por 1 sessão, primeiramente, porque o Governo, a despeito de dizer que está querendo votar a PEC nº 300, manobrou contrariamente, ao longo de todos esses meses, e, neste momento, em que há um funil no início do processo eleitoral, começa a se manifestar em função da pressão popular. Nós da Oposição até apresentamos a solução para a votação da PEC nº 300 na noite de hoje, por meio do requerimento já formulado e apresentado pelo Líder do Democratas, constante, inclusive, da proposta da Mesa. No tocante à medida provisória, aqui estão os interessados em solicitar sua aprovação. Faço a defesa justa e pertinente da necessidade de melhoria das questões indígenas, como temos feito, desta tribuna, em matérias anteriores. Não tem sido assim o comportamento deste Governo, que foi leniente e sem planejamento e tem sido arrogante, inclusive no que diz respeito a morte de crianças indígenas em Mato Grosso do Sul, já denunciada por nós também desta tribuna. Este Governo, contrariamente ao que disse o preposto do seu Líder, é uma espécie de “cargueiro” – não um navio ou avião cargueiro. Ele é um criador de cargos; são quase mais 200 cargos que estarão onerando o bolso do contribuinte brasileiro, além das dezenas de milhares de outros que o Governo vem criando ao longo do mandato. Ele está esperando o seu derradeiro semestre, depois de 8 anos, para transformar secretarias em ministérios e aumentar a despesa, sendo que já está deixando o Governo nos próximos meses? Será que é esse o Governo... (O microfone é desligado.) Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. LINDOMAR GARÇON (PV – RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, votei de acordo com o partido, na votação anterior. Gostaria muito que a PEC nº 300 fosse colocada em votação hoje, mas não nos podemos esquecer da PEC nº 308, porque todos sabem que essas PECs devem ser votadas em conjunto. O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, em obstrução, o melhor caminho é seguir o Regimento. O SR. DUARTE NOGUEIRA – Sr. Presidente, estou com a palavra e agradeço a V.Exa. Conferir status de ministério no fechamento do Governo também não me parece salutar do ponto de vista democrático e do respeito ao povo brasileiro. Mais do que isso, vamos estar discutindo aqui um Governo arrogante, como falou o preposto do Governo, que já se coloca como vitorioso nas eleições, que já critica seus opositores e tripudia em cima da eventual minoria. No entanto, no jornal O Globo de domingo último, havia lá a justificativa do candidato José Serra de por que quer ser candidato a Presidente e ser Presidente. Havia também a de Marina, de por que quer ser Presidenta da República, mas a candidata do Governo, Dilma, omitiu-se e nem explicou a razão. (Exibe cópia do jornal.) O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Como vota o PMDB? O SR. COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PMDB vota contra o adiamento. Esta matéria diz respeito a interesses da comunidade indígena aqui representada. Aliás, se o Deputado Índio da Costa, que hoje é Vice na chapa de Serra, estivesse aqui, votaria absolutamente a favor das pessoas que, neste momento, também querem a criação de algo que melhore a saúde indígena. Portanto, o PMDB vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Como vota o PT? O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PT encaminha o voto “não”, deixando claro que quer votar as 4 medidas provisórias; em seguida, o acordo sobre a PEC nº 300/08. Fora isso, é discurso no microfone para não votar a PEC nº 300. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Como vota o PSDB? O SR. JOÃO ALMEIDA (PSDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, queremos votar a regulamentação da Emenda Constitucional nº 29, de 2000, e tudo o mais que está proposto, inclusive a PEC nº 300, que pode ser votada na sequência desta Quarta-feira 7 31981 sessão. V.Exa convoca uma sessão extraordinária exclusivamente com a PEC nº 300 e vamos, todos, votar essa proposta de emenda à Constituição. O Governo, o PT e sua base não querem votar a PEC nº 300; querem enganar os interessados, entubando 4 medidas provisórias que depois vão virar 8. Eles, que estão interessados, sim, na matéria da medida provisória, estão pongando, pegando carona na mobilização da PEC nº 300. Isso já está definitivamente esclarecido. Qualquer outro discurso é bolodório. Pois bem, Sr. Presidente, o PSDB vota “sim” ao requerimento de adiamento da discussão por 1 sessão. O SR. MAJOR FÁBIO (DEM – PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, esta é a Casa dos acordos. Chegou a hora de fazermos um grande acordo e esquecermos o jogo político. O que estamos vendo aqui é um jogo político. O Governo está jogando para a Oposição, a Oposição às vezes está até jogando para o Governo. E os policiais civis e militares, Deputado Cândido Vaccarezza, estão morrendo ao fazer bicos no Brasil. Neste momento, há policial no Brasil morrendo porque tem que fazer bico, e nós estamos aqui, no jogo político, no jogo de empurra, no jogo da enrolação. É isso que estamos fazendo, e os policiais, os nossos heróis, estão morrendo. (Manifestação das galerias.) Vamos fazer um acordo, Sr. Presidente, e vamos votar agora, neste momento, a PEC nº 300. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – O DEM vota... O SR. MAJOR FÁBIO – Vota “sim”, pelo adiamento, e a favor da colocação da PEC nº 300 em pauta neste momento. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Como vota o Bloco? O SR. FRANCISCO TENÓRIO (Bloco/PMN – AL. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Bloco está orientando todos os Deputados que têm usado a tribuna. Todos os Deputados que têm usado a tribuna pedem que se vote a PEC nº 300. O Bloco, o PMN – está aqui o Deputado Fábio Faria, que é nosso líder – escolhemos a PEC nº 300 para ser aquela indicada à Presidência para ser votada. Não entendo por que esta Casa não entra num acordo, num entendimento, entre Liderança do Governo e Liderança da Oposição, e vota a PEC nº 300 numa sessão extraordinária exclusiva. Nós da base do Governo estamos aqui para votar as medidas provisórias. Ficaremos até o final, mas fazemos um apelo ao Líder Cândido Vaccarezza, tendo em vista que as medidas provisórias pedem maioria simples. Lembre-se que PEC pede maioria especial. 31982 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Por que não aproveitamos o quorum alto, Deputado Cândido Vaccarezza, e votamos a PEC nº 300, com o compromisso de que continuaremos aqui para votar as medidas provisórias. Encaminhamos contra exatamente porque queremos votar a PEC nº 300. Sr. Presidente, o Bloco encaminha o voto “não” porque queremos votar a PEC nº 300/08. A SRA. GORETE PEREIRA (PR – CE. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, o PR não quer adiamento, mas quer votar a PEC nº 300. O SR. ROBERTO BRITTO (PP – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PP vota “não”. O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PDT vota “não”. Queremos votar logo tudo isso. O resto é conversa mesmo. Virou um joguinho político, como já disseram aqui, meio estranho. Vamos pedir aos Deputados da base que permaneçam neste plenário para não demorarmos tanto tempo a alcançar o quorum quando houver a verificação. É muito simples. Lamentavelmente, não concordo com essa interpretação regimental, mas é essa a interpretação. O DEM e o PSDB não querem mesmo – não interessa ao Governo de São Paulo – a votação da PEC nº 300. A verdade é essa. Daí é que está vindo toda a pressão. Vamos falar claro: está havendo uma enrolação nisso, sim. Vamos votar “não”. Vamos ganhar ou perder nessas votações, mas vamos parar com a obstrução. É pura e simplesmente isso. Vamos votar. Votamos “não” agora. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Como vota o PTB? O SR. SILVIO COSTA (PTB – PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, é importante explicar ao povo do Brasil, sobretudo aos senhores militares, que, na verdade, nós do Governo queremos agilizar, votar as 4 medidas provisórias, que são importantes, e hoje à noite votar a PEC nº 300/08, dos militares. O problema é que o PSDB e o DEM estão atrapalhando. José Serra e Indio da Costa não querem que votemos a PEC nº 300/08. Como eles não têm coragem de dizer que não querem votá‑la, ficam usando o Regimento. Meu amigo Deputado Major Fábio, V.Exa., que é um dos grandes defensores, nesta Casa, dos militares, não entre nessa perua. Eles, o PSDB e o DEM, não querem votar. Nós do Governo queremos. Parem de atrapalhar que votamos as 4 medidas provisórias e a PEC nº 300. Se a Oposi- Julho de 2010 ção ficar calada, ajuda os militares, e nós produzimos e ainda hoje votamos a PEC nº 300. A orientação é “não”, em nome dos militares do Brasil. O SR. MAJOR FÁBIO – Sr. Presidente, com base no inciso VII do art. 74, peço a palavra para uma questão de ordem. Eu fui citado. (Pausa.) O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – PSC? (Pausa.) O SR. MAJOR FÁBIO – Questão de ordem, Sr. Presidente. Questão de ordem. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – PSC? (Pausa.) O SR. MAJOR FÁBIO – Questão de ordem, Sr. Presidente. Questão de ordem. Eu fui citado. O SR. PRESIDENTE (Nelson Marquezelli) – Não houve ofensa. Não houve nada. PSC? O SR. MARCONDES GADELHA (PSC – PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, pela enésima vez, repete-se o mesmo expediente de procrastinação, que acaba conspirando contra o propósito de se votar a PEC nº 300. Se não tivéssemos essa chusma de requerimentos, já teríamos votado essas 4 medidas provisórias e já teríamos entrado na discussão da PEC nº 300. A sugestão que ofereço é que a Oposição abra mão desses requerimentos, para darmos fluidez aos trabalhos, votarmos essas medidas provisórias rapidamente e, assim, votarmos a PEC nº 300. Do contrário, vamos entrar pela madrugada. Ao final, estaremos aqui todos extenuados e sem quorum para votar essa PEC, que é de grande relevância e interesse para a comunidade militar deste País. Portanto, peço à Oposição que abra mão deste requerimento, para que possamos dar sequência a este processo e resolver de uma vez por todas esta pendência. O Sr. Nelson Marquezelli, 4º Secretário, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Michel Temer, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O PPS como vota? (Pausa.) Como vota o PV? O SR. LINDOMAR GARÇON (PV – RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PV vota “não” para agilizar a votação da PEC nº 300 ainda esta noite. Por aqui passam mais de 400 Deputados. Se for preciso, ficaremos aqui até amanhã pela manhã. Com certeza, votaremos a PEC nº 300 hoje. Isso é possível, sim, Sr. Presidente. (Palmas.) Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação o requerimento. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Os Srs. Deputados que forem pela sua aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.) REJEITADO. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Sobre a mesa requerimento para que a discussão seja feita por grupo de artigos. É assinado pelo nobre Líder Paulo Bornhausen. (Manifestação no Plenário.) “Senhor Presidente, Requeremos a Vossa Excelência, nos termos do art. 165, § 2º do Regimento Interno, que a discussão da MP 483/2010 seja feita por grupo de artigos. Sala das Sessões, em 6 de julho de 2010 Paulo Bornhausen Líder do Democratas” A SRA. GORETE PEREIRA – Quem é que está atrapalhando a PEC nº 300? O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – De quem é o requerimento, Sr. Presidente? Desculpe-me. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – É para que a discussão da medida provisória seja feita por grupo de artigos. O SR. MIRO TEIXEIRA – De quem é? De quem é esse requerimento? O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Do Líder do DEM. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para encaminhar contra, tem a palavra o Deputado José Genoíno. O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, esse requerimento é para se votar a medida provisória por grupo de artigos. É o kit obstrução para não se chegar à PEC nº 300. Vamos votar rapidamente as medidas provisórias e, em seguida, a PEC nº 300. Esse é o caminho correto, racional, sem estresse, sem radicalismo. Assim resolvemos o problema. Nós votamos “não”. O SR. ABELARDO CAMARINHA (Bloco/PSB-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, votei com a bancada, a favor de que se vote hoje a PEC nº 300/08. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para falar a favor do requerimento, tem a palavra o Deputado José Maia Filho. Quarta-feira 7 31983 O SR. JOSÉ MAIA FILHO (DEM – PI. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, depois do discurso do Deputado José Genoíno e de todos os outros que ouvimos, há o sentimento unânime de se votar a PEC nº 300, de 2008. Está havendo aqui uma guerra: a Oposição acusa o Governo, e o Governo acusa a Oposição. O Governo diz que, votando as medidas provisórias, votará a PEC nº 300 a seguir. Sabemos que a PEC nº 300 exige quorum qualificado, maioria absoluta, Deputado José Genoíno, e que votar 4 medidas provisórias ainda nesta noite, para depois votar a PEC nº 300, é muito perigoso. Há esse sentimento genuíno, verdadeiro. O que estamos falando aqui não é genuíno, verdadeiro? Todos nós queremos votar a PEC nº 300. Então, vou encaminhar um acordo, mas essa é a última tentativa, Deputado Paes de Lira, de acabarmos com essa discussão. A PEC nº 300 não é do Governo, não é da Oposição; a PEC nº 300 é uma necessidade e precisa ser votada. Precisamos dar uma satisfação aos policiais militares brasileiros. Sr. Presidente, vamos retirar o requerimento – falo isso em nome do partido -, contanto que V.Exa. acate o acordo que vai aqui ser construído. Ninguém vai negar o acordo para convocação de uma sessão extraordinária para votar a PEC nº 300. Precisamos acabar, definitivamente, com essa discussão aqui no plenário, com o Governo atacando a Oposição e a Oposição atacando o Governo. Vamos votar a PEC nº 300, Deputado Cândido Vaccarezza. O momento é agora. Só temos a próxima semana. Depois entraremos em recesso e, em seguida, no período da eleição. Que satisfação vamos dar aos policiais e aos bombeiros militares e aos policiais civis brasileiros? Sr. Presidente, desejo que assim seja acordado. Vamos votar a PEC nº 300. Esse é o nosso apelo e o sentimento que esperamos de todos os nossos colegas. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Deputado José Maia Filho, V.Exa. propôs a retirada do requerimento, suponho, em nome do Democratas, não é? O SR. JOSÉ MAIA FILHO – Sim, se for construído um acordo para votação do requerimento do Deputado Paulo Bornhausen e para convocação de sessão extraordinária para se votar a PEC nº 300. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Está bem. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Então vamos colher o voto dos Srs. Líderes. Como vota o PT? 31984 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PT vota contra o requerimento. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota contra o requerimento, vota “não”. Como vota o PMDB? (Pausa.) Como vota o Bloco? O SR. ALEXANDRE CARDOSO (Bloco/PSB – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Bloco vota “não”. Queremos votar a PEC nº 300. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. Como vota o PTB? (Pausa.) Como vota o PP? O SR. ZONTA (PP-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PP vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PDT? O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PDT vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. Como vota o PR? A SRA. GORETE PEREIRA (PR – CE. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, o PR vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PSC? O SR. MARCONDES GADELHA (PSC – PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, insisto, uma vez mais, que este requerimento é um tiro no pé, para não dizer que é uma rematada hipocrisia. Ou se quer votar a PEC nº 300, ou se quer ficar brincando de obstrução aqui até as calendas gregas. A atitude mais objetiva e sensata seria a Oposição abdicar dessa atitude obstrucionista, retirar esses requerimentos, para dar fluidez ao processo de votação, e nós esgotarmos rapidamente a votação dessas medidas provisórias e passarmos à PEC nº 300. Lamento, profundamente, em nome do PSC, que quer votar a PEC nº 300. Por isso, nós votamos “não”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PSOL, Deputado Chico Alencar? O SR. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSOL é contra essa obstrução protelatória, mas é também a favor da solução simples e objetiva de realização, hoje, de sessão extraordinária exclusiva para se votar a PEC nº 300, já que todos são a favor. Se todos são a favor, ninguém é contra, obviamente vamos cami- Julho de 2010 nhar para essa possibilidade do acordo, em nome do interesse público. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. Como vota o PMDB? O SR. COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PMDB vota “não”, Sr. Presidente. Queremos votar rapidamente essa matéria. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O PPS como vota? (Pausa.) Como vota o PTB? (Pausa.) Como vota o PV? O SR. LINDOMAR GARÇON (PV – RO. Sem revisão do orador.) – Sem protelação, “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – “Não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação o requerimento. Quem estiver de acordo permaneça... O SR. MARCELO ITAGIBA – Sr. Presidente, o PSDB não encaminhou. O SR. MAJOR FÁBIO – O Democratas, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Peço desculpas. Como vota o PSDB? O SR. MARCELO ITAGIBA (PSDB – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, as coisas precisam ficar muito claras aqui. Todos dizem que querem votar, mas ocorre que o Governo e os partidos da base aliada querem votar 4 medidas provisórias antes da PEC nº 300. Na verdade, o que se está fazendo aqui é manobra para que não se vote a PEC nº 300. Nós sabemos que a Oposição não deseja votar essas medidas provisórias, mas deseja votar a PEC nº 300. Então, a solução é muito fácil: é só convocar uma sessão extraordinária para se votar única e exclusivamente a PEC nº 300. Depois, voltaremos a discutir as medidas provisórias, que o Governo tanto quer, tanto deseja. Por isso nós encaminhamos o voto “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – “Sim”. Como vota o Democratas? O SR. MAJOR FÁBIO (DEM – PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu acredito que o Deputado Silvio Costa traduziu muito bem o que está acontecendo aqui. Eu gostaria de usar as palavras de S.Exa. e pedir que, neste momento, esquecêssemos Dilma, Serra, o Presidente Michel Temer, que é o Vice de Dilma, o Deputado Indio da Costa, e nos lembrás- Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS semos dos policiais, dos bombeiros deste País. Vamos dar um time! (Manifestação das galerias. Palmas.) A política nos espera em nossos Estados, mas, neste momento, vamos esquecer a política partidária e lembrar os nossos heróis, que estão morrendo, Deputado Cândido Vaccarezza; que estão morrendo, Deputado José Genoíno; que estão morrendo, Deputado Silvio Costa; que estão morrendo, Presidente Michel Temer! Presidente Michel Temer, vamos votar a PEC nº 300, vamos deixar de enrolação, vamos convocar uma sessão extraordinária e vamos sair daqui de cabeça erguida, com os corações tranquilos. Vamos voltar para os nossos Estados e fazer a nossa política, mas com aprovação da PEC nº 300. Encaminhamos o voto “sim”. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim” ao requerimento. Como vota o PPS? O SR. FERNANDO CORUJA (PPS – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, poderíamos até estender um pouco a proposta e votar essa medida provisória rapidamente se houvesse um acordo para se convocar sessão extraordinária e se votar a PEC nº 300. Agora, o que não é possível – chega a ser cínica a proposta – é se querer votar antes 4 medidas provisórias – duas delas não têm sequer relatório. Aqui, não se sabe o que vai ser votado. Isso tem que ser divulgado antes. Então, não podemos brincar com a população brasileira. Queremos votar a PEC nº 300. Faz meses que estamos lutando. Hoje, o Governo inventa essa tese de que tem que votar primeiro as 4 medidas. Dizem que combinamos a ordem. Mas combinaram com quem? Temos que perguntar, como fez Garrincha, aos russos, porque conosco não foi combinado, ninguém falou nada conosco. O que sempre se disse foi que haveria sessão extraordinária para se votar a PEC nº 300. Medida provisória é outro departamento. Por enquanto, votamos “sim”. O SR. PAULO BORNHAUSEN – Sr. Presidente, eu fiz uma questão de ordem, que não foi respondida pelo Presidente que estava dirigindo a Mesa. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Pois não. O SR. PAULO BORNHAUSEN (DEM – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o objetivo da minha questão é saber se, à luz do Regimento, é possível o Presidente da Casa convocar, ainda hoje, nova sessão extraordinária para se votar especificamente a PEC nº 300/08. Quarta-feira 7 31985 O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Deputado Paulo Bornhausen, servindo-me das palavras do Líder Fernando Coruja, vou chamar russos e americanos amanhã para tentar encontrar uma solução intermediária para esse assunto, porque não é possível esse clima que se está instalando no plenário. Todos querem votar a PEC nº 300, mas, indispensavelmente, o Governo e as Lideranças situacionistas querem votar as medidas provisórias, porque elas perdem a eficácia no começo de agosto. Temos que encontrar um meio‑termo. Amanhã, vou chamálos – não digo que vou chamá-los à razão, porque todos são mais do que razoáveis – para um diálogo, a fim de que possamos votar rapidamente o que seja necessário votar, inclusive a PEC nº 300. Não vou tirar a PEC nº 300 da pauta. Estejam todos cientes de que, agora ou amanhã, quando seja, vamos votar a PEC nº 300. (Manifestação das galerias.) Deputado Cândido Vaccarezza. O SR. PAULO BORNHAUSEN – Sr. Presidente, eu gostaria de terminar. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Pois não. O SR. PAULO BORNHAUSEN – Sr. Presidente, esta sessão vai até as 22h16min. Minha proposta é a seguinte: liberamos a obstrução, votamos essa medida provisória, e V.Exa. convoca sessão para as 22h16min, para se votar a PEC nº 300. O SR. ANTÔNIO CARLOS CHAMARIZ – Sr. Presidente, o PTB... O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O que diz o Líder do Governo, Deputado Cândido Vaccarezza? O SR. CÂNDIDO VACCAREZZA (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, estamos em processo de votação. Fizemos uma reunião na sala de V.Exa., onde discutimos um método – a Oposição não participou, porque estava em obstrução generalizada, geral – e um processo para votar a PEC nº 300 e as medidas provisórias. O Governo tem interesse em votar as 4 medidas provisórias. Se houver acordo para votar as medidas provisórias, hoje e amanhã, podemos discutir ordem. Como não há acordo, quero insistir com V.Exa. em que votemos as medidas provisórias e, em seguida, a PEC nº 300. Temos hoje, amanhã. Podemos votar as 4 medidas provisórias e, em primeiro turno, a PEC nº 300 ou fazer uma proposta intermediária no Colégio de Líderes amanhã de manhã. Agora não há condição aqui, empurrando, de mudarmos uma discussão que tivemos. O Deputado Miro Teixeira me fez uma proposta que é razoável, mas eu 31986 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS quero pensar. Podemos sentar, amanhã de manhã, no Colégio de Líderes, e resolver um encaminhamento. O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO – Para contraditar, Sr. Presidente. O SR. PAULO BORNHAUSEN – Eu faço a proposta novamente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Não houve questão de ordem para ser contraditada. O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO – É uma explicação apenas, Sr. Presidente. O SR. PAULO BORNHAUSEN (DEM – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Eu quero fazer a proposta de novo, Sr. Presidente. Essa sessão vai até as 22h16min. Nós abrimos a obstrução agora, votamos e encerramos essa sessão. E vamos votar a PEC nº 300 em uma sessão extraordinária agora. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Há uma proposta do Deputado Paulo Bornhausen. O SR. CÂNDIDO VACCAREZZA – Sr. Presidente... O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Um momento. Há uma proposta do Deputado Paulo Bornhausen no sentido de que possamos desobstruir essa pauta, votar essa medida provisória e, depois, votar a PEC nº 300. Se houver acordo... O SR. CÂNDIDO VACCAREZZA (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, para votar 1 medida provisória não há acordo. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Não há acordo. Então, vamos votar. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação o requerimento. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) REJEITADO. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Passa-se à discussão da matéria. A SRA. GORETE PEREIRA (PR – CE. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – O Governo não quer votar a PEC nº 300. O SR. PAULO BORNHAUSEN (DEM – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Deputado Vaccarezza não quer votar a PEC nº 300. O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Eu acho que o Líder Vaccarezza pediu aqui antes a palavra. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Antonio Carlos Mendes Thame, que falará contra a matéria. (Pausa.) Com a palavra o Deputado Fernando Coruja, para falar contra a matéria. (Pausa.) Julho de 2010 (Manifestação das galerias.) O SR. FERNANDO CORUJA (PPS – SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, acho que está ficando evidente para as galerias, para o Plenário e para aqueles que estão assistindo a esta sessão quem realmente não quer votar as matérias. Precisamos ter uma ordem de votações e precisamos que essa ordem seja discutida com as oposições. Disseram que houve uma reunião, para a qual as oposições não foram chamadas, para discutir essa ordem de votação. Queremos participar da discussão dessa ordem de votação. Estamos lutando, e não é de hoje, para votar a PEC nº 300. Estamos há meses lutando para votá-la, e hoje, repentinamente, surge uma proposta, que é a de votar primeiro 4 medidas provisórias, duas das quais sem relatório. Não recebemos relatório. São matérias complexas. Não podemos tratar as medidas provisórias como se fossem algo que se vai votando e se vai aprovando. São bilhões de reais, bilhões de reais! A que está sendo votada agora cria muitos cargos no Executivo, muitos, muitos cargos! Trata-se de secretaria nacional dos índios, resultado de uma luta desse povo valoroso, mas são criadas também dezenas de outros cargos. Eles se aproveitam do pedido referente aos índios, que, com boa‑fé, com boa vontade, queremos aprovar. Mas são criados outros cargos. E o mesmo acontece com os policiais civis e militares. Dizem que se vai votar depois a PEC nº 300. Querem que a Oposição entregue de bandeja, vote uma série de matérias, e sem que o relatório tenha sido apresentado. Vamos acabar com essa farsa. É uma farsa. Vamos votar as matérias! Na sessão ordinária, medidas provisórias, como foi deliberado pelo Supremo Tribunal Federal e como foi deliberado pelo Presidente Michel Temer. Na ordinária, medidas provisórias. Na extraordinária, matérias que não podem ser submetidas à apreciação por meio de medidas provisórias. Há a lógica: na ordinária, medidas provisórias – e estamos aí para votar; na extraordinária, conforme deliberação do Presidente Michel Temer e decisão do Supremo, outras matérias, como PECs e leis complementares. Nas sessões ordinárias, medida provisórias, e estamos aí para votar. Na extraordinária, não votamos as medidas provisórias. Na extraordinária, até concordamos em votar essa agora, com a proposta que fizemos em conjunto com o Deputado Paulo Bornhausen. Na extraordinária, como única matéria, a PEC nº 300. Na ordinária, votamos essa; na extraordinária, a PEC nº 300. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – A Presidência vai tomar a seguinte deliberação e vai submetê- Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS la ao Plenário, especialmente à Oposição: votaremos essa medida provisória e mais uma, sem obstrução, e, em seguida, votaremos a PEC nº 300. (Palmas nas galerias.) Essa é uma deliberação da Presidência. O SR. MAURÍCIO RANDS (PT – PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Muito bem, Sr. Presidente. Excelente deliberação. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Sem obstrução. O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Não, senhor. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Então vamos votar. Está bem. O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO – Não há acordo da Oposição... O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Um momento. Nós vamos fazer o seguinte: a Presidência vai votar 2 medidas provisórias, ainda que haja obstrução, e vamos votar a PEC nº 300 em seguida. O SR. MAURÍCIO RANDS (PT – PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Muito bem, Sr. Presidente. Desafio a Oposição, Presidente, a retirar a obstrução. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Não é possível manter mais esse clima. A Presidência não vai mais tolerar esse clima no plenário. O SR. MAURÍCIO RANDS – Que a Oposição retire a obstrução, para votar mais rápido. O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PT concorda com o encaminhamento da Presidência da Câmara. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Perdão? O SR. JOSÉ GENOÍNO – O PT concorda com a proposta que V.Exa. fez. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Está bem, está decidido. O SR. MAURÍCIO RANDS (PT – PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – E desafia a Oposição a retirar a obstrução, para votar logo a PEC nº 300. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Quem quer obstruir pode obstruir. Nós vamos votar a PEC e 2 medidas provisórias. O SR. COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PMDB apoia a decisão de V.Exa. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Eu faço um meio-termo entre aquilo que o Governo queria e o que a Oposição quer. O SR. JOSÉ MAIA FILHO – Sr. Presidente, pela ordem, em nome do Democratas. Quarta-feira 7 31987 O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Com a palavra o Deputado Luiz Carlos Hauly, para falar contra. O SR. JOSÉ MAIA FILHO – Sr. Presidente, em nome do Democratas, peço a palavra. É sobre o acordo. O SR. REGIS DE OLIVEIRA (PSC – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSC concorda com o encaminhamento da Mesa. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Perdão? O SR. JOSÉ MAIA FILHO (DEM – PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – É sobre o acordo. Em nome do Democratas, nós retiramos... O SR. JOSÉ ROCHA (PR-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PR concorda com a deliberação da Mesa. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Um momento, senhores, não dá para falar... O SR. FERNANDO CORUJA (PPS – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PPS apoia o Presidente Michel Temer também. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Apoia? O PPS apoia também. O SR. COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PMDB apoia, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Democratas? O SR. PAULO BORNHAUSEN (DEM – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero fazer uma proposta melhor, por acordo de Líderes. O SR. MAURÍCIO RANDS – Retire a obstrução. O SR. PAULO BORNHAUSEN – Vamos direto para a PEC nº 300 e votamos as duas depois, sem obstrução. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como é? O SR. PAULO BORNHAUSEN – Votamos agora a PEC nº 300 e depois votamos as 2 MPs, sem obstrução. A SRA. FÁTIMA BEZERRA (PT – RN. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Retire a obstrução. A Oposição que retire a obstrução, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – A Presidência já decidiu. Serão 2 medidas provisórias, com ou sem obstrução, e, em seguida, a PEC nº 300. O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Isso, muito bem. O PDT apoia a decisão do Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Com a palavra o Deputado Luiz Carlos Hauly. (Pausa.) 31988 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Com a palavra o Deputado Duarte Nogueira. (Pausa.) Com a palavra o Deputado Otavio Leite, para falar contra a matéria. (Pausa.) O SR. COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Quem quer votar a PEC nº 300 abre mão, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Concedo a palavra ao Deputado Paes de Lira, para falar contra a matéria. Espero que seja breve. O SR. PAES DE LIRA (Bloco/PTC-SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, não usarei o tempo todo. Eu só quero reafirmar aqui um princípio. Essa medida provisória, como tantas outras, é flagrantemente inconstitucional. Não atende os requisitos de urgência e de relevância. A SRA. FÁTIMA BEZERRA – Vamos votar. Vamos votar a PEC nº 300. O SR. PAES DE LIRA – Eu acho que eu tenho direito à palavra, ou não? Eu quero também – agora parece que, verdadeiramente, se encaminha para um acordo – denunciar a manobra feita pelo Governo aqui, colocando 4 medidas provisórias antes da PEC nº 300 com o propósito de não votar. (Apupos no plenário.) Mas agora, pela pressão política e pela pressão dos policiais militares que aqui estão, finalmente parece que se encaminha para um acordo. Então, nós vamos votar a PEC nº 300. Obrigado. A SRA. FÁTIMA BEZERRA – Vamos votar, Sr. Presidente. Vamos votar. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Quero consultar os que vão falar a favor se abrem mão da palavra ou não. O SR. MIRO TEIXEIRA – Eu abro mão, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para falar contra a matéria, tem a palavra o Deputado Antonio Carlos Pannunzio. (Pausa.) O SR. PAULO BORNHAUSEN (DEM – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu quero fazer a retirada de todos os requerimentos da Mesa. Nós vamos acelerar a votação para mostrar o quanto o Governo empulhou esta Casa. E voltamos à obstrução amanhã pela regulamentação da Emenda Constitucional nº 29. Estamos aqui agindo em favor da agenda do Brasil, o que eles não querem fazer. REQUERIMENTOS A QUE SE REFERE O SR. LÍDER DO DEMOCRATAS: Julho de 2010 “Senhor Presidente, Requeremos a Vossa Excelência, nos termos regimentais, o adiamento da votação por 2 sessões da MP 483/2010, constante do item 1 da presente Ordem do Dia. Sala das Sessões, em 6 de julho de 2010 Paulo Bornhausen Líder do Democratas” “Senhor Presidente, Requeremos a Vossa Excelência, nos termos do art. 117, XIII, do Regimento Interno, que a votação da MP 483/2010, seja feita artigo por artigo. Sala das Sessões, em 6 de julho de 2010 Paulo Bornhausen Líder do Democratas” “Senhor Presidente, Requeremos a Vossa Excelência, nos termos do art. 117, XIII, do Regimento Interno, que a votação das emendas à MP 483/2010, seja feita uma a uma. Sala das Sessões, em 6 de julho de 2010 Paulo Bornhausen Líder do Democratas” O SR. COLBERT MARTINS – São uns desesperados, Sr. Presidente. O SR. MAURÍCIO RANDS – Acabou o jogo de cena. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Antonio Carlos Pannunzio. O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, V.Exa., até mais do que eu, é velho de Casa. Eu nunca assisti a manobra tão sórdida por parte da base governista como a que vimos nesta noite. Se há realmente importância, se querem submeter à decisão dos representantes do povo brasileiro a PEC nº 300, por que empurrar goela abaixo das oposições a votação de medida provisória sobre a qual sequer temos relatório preparado? Isso é não dar a devida atenção ao juramento que fizemos ao tomar posse nesta Casa, o de defender a Constituição, defender as prerrogativas do Congresso Nacional e, sobretudo, observar os interesses do povo brasileiro. A medida provisória em questão, a base dela, a sua parte elementar visa à transformação de cargos, e aumenta as despesas. O impacto no Orçamento, Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS em função dos cargos de DAS, será da ordem de 10... (Manifestação no plenário.) O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vamos respeitar o orador na tribuna. Já houve uma decisão que importa na votação da PEC nº 300. Vamos respeitar o orador na tribuna. Tem V.Exa. a palavra, Deputado. O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO – Nos chamados cargos de livre nomeação, jogam-se fora 10 milhões de reais. Pouco se importam com o Erário, com o equilíbrio fiscal. Tudo em nome da pressa do Governo. Essa medida provisória é flagrantemente inconstitucional. Ela não atende aos pressupostos nem de relevância nem de urgência, muito menos o de imprevisibilidade. (Manifestação no plenário.) Volto a insistir no meu direito de usar esta tribuna sem ser interrompido! Assistiu-se aqui a um grande engodo. Espero que a população brasileira não se deixe iludir por esse farisaísmo da base do Governo, que não tem interesse em votar a PEC nº 300 e tenta enfiar goela abaixo das oposições 4 medidas provisórias inconstitucionais. Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. O SR. JILMAR TATTO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, vamos votar. A Oposição não quer votar a PEC nº 300! O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – DECLARO ENCERRADA A DISCUSSÃO. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Há sobre a mesa requerimento do PSDB, do nobre Líder Deputado João Almeida, que pede o adiamento da votação. Retiro o requerimento? O SR. JOSÉ MAIA FILHO (DEM – PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Retira, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como orienta o PSDB, Deputado Antonio Carlos Pannunzio? O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, mantemos o requerimento. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Mantém o requerimento? O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO – Mantemos o requerimento. REQUERIMENTO A QUE SE REFERE O SR. PRESIDENTE: “Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 193, § 3º, combinado com o art. 117, X do Regimento Interno da Câmara dos Depu- Quarta-feira 7 31989 tados, o adiamento da votação, por 1 sessão da MP 483/2010. Sala das Sessões, 6 de julho de 2010. Antonio Carlos Pannunzio Vice-Líder do PSDB” O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação. Para encaminhar, concedo a palavra ao Deputado Eduardo Valverde, que falará contra. (Pausa.) Para encaminhar, concedo a palavra ao Deputado Arnaldo Faria de Sá, que falará contra. (Pausa.) Para encaminhar, concedo a palavra ao Deputado Antonio Carlos Pannunzio, que falará a favor. (Pausa.) O SR. JILMAR TATTO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Serra é contra os policiais! O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para encaminhar, concedo a palavra ao Deputado Marcelo Itagiba, que falará a favor. O SR. MARCELO ITAGIBA (PSDB – RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, fico surpreso de ver companheiros deste Parlamento procurando cercear a palavra de outros companheiros que pensam de maneira diferente. Vejo aqui Deputados que foram eleitos pelo povo para defender posições que nem sempre são defensáveis. A nossa é defensável. É defensável porque queremos votar a PEC 300, e queremos votála agora. É importante exercermos o direito de voto. É importante exercermos esse direito para o qual fomos eleitos, ou seja, votar as matérias que estão prontas para ser votadas. A obstrução é o instrumento que as oposições utilizam, como o PT, que já o foi e utilizou no passado. Deve haver aqui educação por parte dos Deputados, por parte do Plenário, por parte do povo, que está presente e quer ver seus interesses votados. Não podemos aceitar, Sr. Presidente, que se faça uma farsa e se condicione a votação da PEC 300 à votação de medidas provisórias. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Uma coisa é a PEC 300, que todos queremos votar, e outra coisa são as medidas provisórias encaminhadas pelo Governo, passando por cima deste Parlamento. Defendemos nossa posição, para que isso não seja votado da forma como foi encaminhado. É importante dizermos que queremos, sim, dar justa e correta remuneração aos policiais. É o que desejam os Deputados Capitão Assumção, Major Fábio, Paes de Lira e este Deputado, Marcelo Itagiba, porque, antes de tudo, somos policiais militares, federais, civis, sabemos o que sofre na pele o policial, que coloca sua vida em risco todos os dias, em defesa da sociedade, e fica assistindo a essa panaceia do Governo, que pre- 31990 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS tende colocar medidas provisórias na frente da PEC 300. Por que não se inverte essa lógica? Por que não se inverte essa ordem? Por que não se vota a PEC 300 e depois as medidas provisórias? Por isso estou aqui defendendo a posição de que não podemos votar a medida provisória como foi encaminhada. Muito obrigado. O SR. MAURÍCIO RANDS (PT – PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Está fazendo cera, atrasando a votação. Quem quer votar não atrasa. Vamos votar a PEC 300 agora! O SR. MARCELO ITAGIBA – V.Exa. não está com a palavra e não deveria usá-la. O SR. MAURÍCIO RANDS – Está fazendo cera, atrasando a sessão, que tem hora para terminar. O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, isso não está certo. A Liderança da base está hostilizando as Oposições. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para orientar a bancada em relação ao requerimento, como vota o PSDB, Deputado Antonio Carlos Pannunzio? Em relação ao requerimento, vota “sim”? O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o requerimento foi apresentado por nós. Então, a nossa posição é pela aprovação do mesmo, porque entendemos que a matéria precisa ser analisada e estudada com cuidado. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. Como vota o PMDB? O SR. EDUARDO CUNHA (Bloco/PMDB-RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PMDB vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. Como vota o PT? O SR. MAURÍCIO RANDS (PT – PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PT vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PSOL? O SR. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSOL é contra esse adiamento, quer examinar rapidamente o mérito dessa matéria – somos questionadores dela também -, a outra e, às 10h, que seja, sessão extraordinária para votar a PEC 300. Vamos ver se essa unanimidade acontece. Julho de 2010 Tem gente que está enrolando e enganando! O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PPS? O SR. FERNANDO CORUJA (PPS – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. Como vota o PP? O SR. ROBERTO BRITTO (PP – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PP vota “não” a esse requerimento para votarmos logo a PEC 300. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. Como vota o Democratas? O SR. EDUARDO SCIARRA (DEM – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Democratas vota “sim”. Não está em obstrução porque queremos votar a PEC 300. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. Como vota o PDT? O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós vamos votar “não”, mas eu havia entendido que os requerimentos haviam sido retirados. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Pelo Democratas, não pelo PSDB. O SR. MIRO TEIXEIRA – Esse requerimento é do PSDB? O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Do PSDB. O SR. MIRO TEIXEIRA – Muito obrigado. Nós votamos “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PR? A SRA. GORETE PEREIRA (PR – CE. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, é bom saber quem realmente não está retirando o requerimento. Foi feito um acordo para que fossem retirados todos os requerimentos, para que se pudessem votar as duas medidas provisórias e, logo depois, a PEC 300. No entanto, há um partido que não retirou o requerimento. Então, é bom que fique claro para todos que estão esperando qual partido não retirou os requerimentos, a fim de não dar tempo de votar a matéria. O PR vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. Quem mais vota? O SR. ANTÔNIO CARLOS CHAMARIZ (PTB – AL. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PTB também vota “não”. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. Como vota o Bloco? O SR. MARCONDES GADELHA (PSC – PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSC vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – PSC vota “não”. Como vota o Bloco? O SR. DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Bloco evidentemente vota “não” e cumprimenta V.Exa. pela decisão de votar as duas medidas provisórias e, depois, a PEC 300. O SR. LINDOMAR GARÇON (PV – RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Partido Verde vota “não” e convida a todos Parlamentares a estarem aqui para alcançarmos o quorum e votarmos a PEC 300. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação o requerimento. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Os Srs. Deputados que estiverem de acordo permaneçam como se encontram. (Pausa.) REJEITADO. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Passa-se à votação da matéria. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Há inscritos para falar contrariamente e para falar favoravelmente à matéria. Para encaminhar, concedo a palavra ao Deputado Fernando Coruja, que falará contra a matéria. O SR. FERNANDO CORUJA – Abro mão. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Abre mão. Deputado Antonio Carlos Mendes Thame. (Pausa.) Deputado Luiz Carlos Hauly. (Pausa.) Deputado Duarte Nogueira. (Pausa.) Deputado Otavio Leite. (Pausa.) Para encaminhar, concedo a palavra ao Deputado Eduardo Valverde, que falará a favor da matéria. O SR. JILMAR TATTO – Abre mão. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Todos abrem mão? (Pausa.) O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação o parecer do Relator na parte em que manifesta opinião favorável quanto ao atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e de sua adequação financeira e orçamentária. O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO – Sr. Presidente, peço a palavra para orientar. Quarta-feira 7 31991 O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para orientar, tem a palavra o Deputado Antonio Carlos Pannunzio, pelo PSDB. O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, mais uma vez, com muita tranquilidade, ponderando aqui a todos os pares, nós estamos tratando, se é como o Governo diz, de matéria relevante, embora com isso eu não concorde. Tanto o Governo assim acha, que a enviou por medida provisória, mas nós precisamos ponderar. Não podemos votar precipitadamente, não podemos votar com desconhecimento da matéria, não podemos aceitar, na verdade, que nos temas propostos – e há uma coleção de temas propostos nessa medida provisória – possa até o Governo legislar por medida provisória. Por isso, a nossa posição, Sr. Presidente, é flagrantemente contrária a essa medida provisória no que se refere à sua admissibilidade. Ela não preenche os requisitos constitucionais de imprevisibilidade, nem mesmo os de relevância e de urgência, repetindo o que já disse. Portanto, Sr. Presidente, encaminhamos, conscientes do que estamos fazendo, o voto contrário à medida provisória. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Voto “não” do PSDB. Como vota o Democratas? O SR. EDUARDO SCIARRA (DEM – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Democratas acompanha o voto do PSDB, pela inadmissibilidade dessa matéria. É uma matéria eleitoreira que cria mais despesas para o Governo. Então, no mérito, encaminhamos contrariamente à matéria. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. Como vota o PR? A SRA. GORETE PEREIRA (PR – CE. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, o PR vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. Como vota o PDT? O SR. DAGOBERTO (PDT – MS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, acho que fica muito clara a posição da Oposição, que até agora só quer empurrar isso com a barriga e não tem disposição de votar. Quero até cumprimentar parcialmente o DEM e o PPS, que tinham retirado, mas o PSDB continua não 31992 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS tendo interesse na votação. Como o PDT tem interesse, encaminha o voto “sim”, para votarmos a PEC 300. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. Como vota o PSC? O SR. MARCONDES GADELHA (PSC – PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, votando essa medida provisória, estaremos emprestando relevância a matérias e atividades de extraordinária significação de alcance social e político, como a questão dos direitos humanos, da promoção da igualdade racial e da política de mulheres e de portos. Essas matérias estão acima do bem e do mal, estão acima de qualquer interesse partidário. Este País sempre se proclamou campeão na luta pelos direitos humanos; este País aceita a ideia de que estamos vivendo o século das mulheres; este País aceita a ideia de que problema de portos configuram um gargalo no processo de desenvolvimento deste País. Não há por que negar apoio a matéria dessa natureza, em que estaremos mostrando respeito e apreço por categorias fundamentais à vida institucional do País. Além do mais, estamos criando uma secretaria de atendimento à saúde do indígena. Para dignificar a importância dessa matéria, votamos a favor, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. Como vota o PMDB? O SR. HENRIQUE EDUARDO ALVES (Bloco/ PMDB – RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Relator, Deputado Vital do Rêgo Filho, fez um belo trabalho, aprofundou-se na matéria. Portanto, o PMDB vota “sim”, aprovando a medida provisória. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. Como vota o PT? O SR. JILMAR TATTO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Essa medida provisória é importante para a organização da saúde das nações indígenas. Na verdade, o PSDB não quer que cheguemos à votação da PEC 300. Por isso, o PT vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PSOL? O SR. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSOL entende que não há problema em dar ao Secretário Especial de Direitos Humanos o status de Ministro. É o caso da Secretaria de Políticas para as Mulheres. Entretanto, a nossa ponderação é que a essa medida provisória, em outro aspecto, falta o recato, o pu- Julho de 2010 dor à austeridade. Transformar 481 funções providas por concursados no serviço público em 75 cargos de livre provimento, DAS, de nomeação sempre política, e mais outras 134 – 207 postos – a 3 meses das eleições é absolutamente temerário, não é correto para o bom andamento da administração e para a própria função pública. Portanto, o nosso voto é contrário a essa MP. Nós queríamos ter falado isso 4 horas atrás. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Voto “não”. PPS? O SR. FERNANDO CORUJA (PPS – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós estamos votando a admissibilidade. Estamos votando rápido. O PPS concordou com a sua proposta, quer votar a PEC 300. Uma medida provisória pode estar acima do bem e do mal, mas não está acima da Constituição, à qual tem de estar sujeita. É claro que a Constituição não permite medida provisória para criar cargo e muito menos para transformar cargos providos por concursados em cargos comissionados, com a nítida intenção de nomear companheiros, agora na reta final, para o Governo. Esse é o típico projeto que tinha de vir por projeto de lei com urgência constitucional, que nós votaríamos favoravelmente. Então, essa medida provisória pode estar acima do bem e do mal, mas, para nós, bem e mal são valores muito questionáveis. A Constituição tem mais objetividade. Nós queremos votar a PEC 300, mas isso não significa que vamos votar a favor das MPs. Votamos contra a admissibilidade, votamos “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – PTB, como vota? O SR. ANTÔNIO CARLOS CHAMARIZ (PTB – AL. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PTB vota “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – PP? O SR. ROBERTO BRITTO (PP – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, essa medida provisória preenche todos os requisitos da admissibilidade. Por isso o Partido Progressista vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – PV? O SR. LINDOMAR GARÇON (PV – RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Partido Verde, que sempre defendeu a causa dos indígenas, vota “sim” (palmas nas galerias) e, em seguida, quer votar a PEC 300. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Bloco também encaminha o voto “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação o parecer. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Os Srs. Deputados que forem pela aprovação permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação o parecer do Relator na parte em que manifesta opinião pelo não atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e de sua adequação financeira e orçamentária. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vamos ouvir os Srs. Líderes. O PMDB, como vota? O SR. HENRIQUE EDUARDO ALVES (Bloco/ PMDB – RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – “Sim” ao parecer. O PT, como vota? A SRA. DALVA FIGUEIREDO (PT-AP. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – O PT vota “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. O Bloco, como vota? O SR. DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Vota “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. O PPS, como vota? O SR. FERNANDO CORUJA (PPS – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Vota “não”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. O PTB, como vota? O SR. ANTÔNIO CARLOS CHAMARIZ (PTB – AL. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O PSC, como vota? (Pausa.) O PV, como vota? (Pausa.) O PDT, como vota? O SR. WILSON PICLER (PDT-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PDT vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – “Sim” ao parecer. Quarta-feira 7 31993 O PV, como vota? O SR. LINDOMAR GARÇON (PV – RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PV vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O PSC, como vota? (Pausa.) O PP, como vota? O SR. ROBERTO BRITTO (PP – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PP vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O PR, como vota? A SRA. GORETE PEREIRA (PR – CE. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, o PR vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O Democratas, como vota? (Pausa.) O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, apenas uma dúvida: estamos votando o mérito da matéria ou a admissibilidade de novo? Está confuso. (Pausa.) O SR. MAURÍCIO RANDS (PT – PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Imagino que é de algumas emendas. O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Relator não admitiu emendas, tenho a impressão, no parecer. O SR. MAURÍCIO RANDS – É a não admissibilidade de algumas emendas, não é isso, Presidente? O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Não. Em votação o parecer na parte em que manifesta opinião pelo não atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e de sua adequação – de emendas. O SR. MAURÍCIO RANDS – De algumas emendas. Isso. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Claro. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O PT votou? (Pausa.) O PT votou “sim”. O SR. MAURÍCIO RANDS (PT – PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PT votou “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O PPS votou “não”. O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO – Sr. Presidente, para orientar a bancada. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Pois não. PSDB? O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Embora seja “não” a nossa posição, é preciso deixar claro por 31994 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS que nós não concordamos mais uma vez com o parecer do Relator. Aqui os pressupostos constitucionais estão totalmente inobservados. Mais uma vez, uma medida provisória faz uma miscelânea de matérias diferentes – Secretaria de Saúde, questão do índio, novos cargos -, transforma Secretarias Especiais em Ministérios. Isso tudo, Sr. Presidente, ao final de um Governo. Qual é a lógica? Será que não admitem a hipótese de alternância no Poder? Nós vivemos no sistema republicano. Sr. Presidente, não dá para concordar com isso. O PSDB, agora explicado o porquê, encaminha claramente o nosso voto “não” a essa matéria. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Voto “não”. PSOL? O SR. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Pelas razões já expostas, Sr. Presidente, não há urgência, relevância e não é correto transformar cargo de provimento por concurso público em DAS, de indicação política, a 3 meses de uma eleição. Não é correto. Nosso voto é “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O PSOL vota “não”. Democratas? O SR. EDUARDO SCIARRA (DEM – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Democratas vota “não” por uma razão muito simples. As emendas que foram apresentadas pelos Parlamentares consideradas inadmissíveis tentavam justamente mudar essa situação de cargos estatutários transformados em cargos comissionados. Nós não podemos admitir isso num período eleitoral, numa visão claramente eleitoreira. Nós queremos registrar o nosso voto “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação o parecer do Relator. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação o projeto de lei de conversão, oferecido pelo Relator da Comissão Mista, ressalvados os destaques. “O Congresso Nacional decreta: Art. 1o A Lei no 10.683, de 28 de maio de 2003, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 1º A Presidência da República é constituída, essencialmente, pela Casa Civil, pela Secretaria-Geral, pela Secretaria de Julho de 2010 Relações Institucionais, pela Secretaria de Comunicação Social, pelo Gabinete Pessoal, pelo Gabinete de Segurança Institucional, pela Secretaria de Assuntos Estratégicos, pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, pela Secretaria de Direitos Humanos, pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e pela Secretaria de Portos. ..................................................... ” (NR) “Art. 2º-B ............................................... ............................................................... § 2º Integram a estrutura da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República a Secretaria-Executiva e até três Secretarias.”(NR) “Art. 7º ................................................... I – Conselho de Governo, presidido pelo Presidente da República ou, por sua determinação, pelo Ministro de Estado Chefe da Casa Civil, que será integrado pelos Ministros de Estado e pelo titular do Gabinete Pessoal do Presidente da República; e ............................................................... § 2º O Conselho de Governo será convocado pelo Presidente da República e secretariado por um de seus membros, por ele designado. ..................................................... ” (NR) “Art. 8º ................................................... § 1º ....................................................... ............................................................... II – pelos Ministros de Estado Chefes da Casa Civil, da Secretaria-Geral, do Gabinete de Segurança Institucional, da Secretaria de Assuntos Estratégicos, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, da Secretaria de Direitos Humanos e da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial; ..................................................... ” (NR) “Art. 17 .................................................. § 1º A Controladoria-Geral da União tem como titular o Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União, e sua estrutura básica é constituída por: Gabinete, Assessoria Jurídica, Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção, Comissão de Coordenação de Controle Interno, Secretaria-Executiva, Corregedoria-Geral da União, Ouvidoria-Geral da União e 2 (duas) Secretarias, sendo 1 (uma) a Secretaria Federal de Controle Interno. ..................................................... ” (NR) “Art. 18. ................................................. ............................................................... Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS § 5º Ao Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União, no exercício da sua competência, incumbe, especialmente: ..................................................... ” (NR) “Art. 19. Os titulares dos órgãos do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal devem cientificar o Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União das irregularidades verificadas, e registradas em seus relatórios, atinentes a atos ou fatos, atribuíveis a agentes da Administração Pública Federal, dos quais haja resultado, ou possa resultar, prejuízo ao erário, de valor superior ao limite fixado pelo Tribunal de Contas da União, relativamente à tomada de contas especial elaborada de forma simplificada. (NR)” “Art. 20. Deverão ser prontamente atendidas as requisições de pessoal, inclusive de técnicos, pelo Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União, que serão irrecusáveis. Parágrafo único. Os órgãos e as entidades da Administração Pública Federal estão obrigados a atender, no prazo indicado, às demais requisições e solicitações do Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União, bem como a comunicar-lhe a instauração de sindicância, ou outro processo administrativo, e o respectivo resultado.” (NR) “Art. 22. À Secretaria de Políticas para as Mulheres compete assessorar direta e imediatamente o Presidente da República na formulação, coordenação e articulação de políticas para as mulheres, bem como elaborar e implementar campanhas educativas e antidiscriminatórias de caráter nacional, elaborar o planejamento de gênero que contribua na ação do governo federal e demais esferas de governo, com vistas na promoção da igualdade, articular, promover e executar programas de cooperação com organismos nacionais e internacionais, públicos e privados, voltados à implementação de políticas para as mulheres, promover o acompanhamento da implementação de legislação de ação afirmativa e definição de ações públicas que visem ao cumprimento dos acordos, convenções e planos de ação assinados pelo Brasil, nos aspectos relativos à igualdade entre mulheres e homens e de combate à discriminação, tendo como estrutura básica o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, o Gabinete, a Secretaria-Executiva e até três Secretarias.” (NR) Quarta-feira 7 31995 “Art. 24. À Secretaria de Direitos Humanos compete assessorar direta e imediatamente o Presidente da República na formulação de políticas e diretrizes voltadas à promoção dos direitos da cidadania, da criança, do adolescente, do idoso e das minorias e à defesa dos direitos das pessoas com deficiência e promoção da sua integração à vida comunitária, bem como coordenar a política nacional de direitos humanos, em conformidade com as diretrizes do Programa Nacional de Direitos Humanos – PNDH, articular iniciativas e apoiar projetos voltados para a proteção e promoção dos direitos humanos em âmbito nacional, tanto por organismos governamentais, incluindo os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, quanto por organizações da sociedade, e exercer as funções de ouvidoria nacional de direitos humanos, da criança, do adolescente, do idoso e das minorias. § 1o Compete ainda à Secretaria de Direitos Humanos, sem prejuízo das atribuições dos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – SISNAD, atuar em favor da ressocialização e da proteção dos dependentes químicos. § 2o A Secretaria de Direitos Humanos tem como estrutura básica o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, o Conselho Nacional de Combate à Discriminação, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso, o Gabinete, a SecretariaExecutiva, o Departamento de Ouvidoria Nacional e até quatro Secretarias.” (NR) “Art. 24-A. À Secretaria de Portos compete assessorar direta e imediatamente o Presidente da República na formulação de políticas e diretrizes para o desenvolvimento e o fomento do setor de portos e terminais portuários marítimos e, especialmente, promover a execução e a avaliação de medidas, programas e projetos de apoio ao desenvolvimento da infraestrutura e da superestrutura dos portos e terminais portuários marítimos, bem como dos outorgados às companhias docas. § 1o A Secretaria de Portos tem como estrutura básica o Gabinete, o Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias – INPH, a SecretariaExecutiva e até duas Secretarias. § 2o As competências atribuídas no caput deste artigo à Secretaria de Portos compreendem: 31996 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS ............................................................... § 3º No exercício das competências previstas no caput deste artigo, a Secretaria de Portos observará as prerrogativas específicas do Comando da Marinha. ......................................................” (NR) “Art. 24-B .............................................. § 1º A Secretaria de Assuntos Estratégicos tem como estrutura básica o Gabinete, a Secretaria-Executiva e até duas Secretarias. ..................................................... ” (NR) “Art. 24-C. À Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial compete assessorar direta e imediatamente o Presidente da República na formulação, coordenação e articulação de políticas e diretrizes para a promoção da igualdade racial na formulação, coordenação e avaliação das políticas públicas afirmativas de promoção da igualdade e da proteção dos direitos de indivíduos e grupos raciais e étnicos, com ênfase na população negra, afetados por discriminação racial e demais formas de intolerância, na articulação, promoção e acompanhamento da execução dos programas de cooperação com organismos nacionais e internacionais, públicos e privados, voltados à implementação da promoção da igualdade racial, na formulação, coordenação e acompanhamento das políticas transversais de governo para a promoção da igualdade racial, no planejamento, coordenação da execução e avaliação do Programa Nacional de Ações Afirmativas e na promoção do acompanhamento da implementação de legislação de ação afirmativa e definição de ações públicas que visem o cumprimento dos acordos, convenções e outros instrumentos congêneres assinados pelo Brasil, nos aspectos relativos à promoção da igualdade e de combate à discriminação racial ou étnica. Parágrafo único. A Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial tem como estrutura básica o Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial – CNPIR, o Gabinete, a Secretaria-Executiva e até três Secretarias.” (NR) “Art. 25. ................................................. ............................................................... Parágrafo único. São Ministros de Estado os titulares dos Ministérios, o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, o Chefe da Secretaria- Julho de 2010 Geral da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República, o Advogado-Geral da União, o Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União e o Presidente do Banco Central do Brasil.” (NR) “Art. 29. ................................................. ............................................................... VIII – do Ministério do Desenvolvimento Agrário o Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável, o Conselho Curador do Banco da Terra e até quatro Secretarias, sendo uma em caráter extraordinário, para coordenar, normatizar e supervisionar o processo de regularização fundiária de áreas rurais na Amazônia Legal, nos termos do art. 33 da Lei no 11.952, de 25 de junho de 2009; ............................................................... XX – do Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Saúde, o Conselho Nacional de Saúde Suplementar e até seis Secretarias; ............................................................... “Art. 34. ................................................. ............................................................... III – de Ministro de Estado do Controle e da Transparência em Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União; ......................................................” (NR) “Art. 54. O Conselho Nacional dos Direitos da Mulher será presidido pelo titular da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República” (NR) Art. 2o A Lei no 8.745, de 9 de dezembro de 1993, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 2o ................................................... ............................................................... II – assistência a emergências em saúde pública; ............................................................... Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS § 4º Ato do Poder Executivo disporá, para efeitos desta Lei, sobre a declaração de emergências em saúde pública.” (NR) “Art. 3º ................................................... § 1º A contratação para atender às necessidades decorrentes de calamidade pública, de emergência ambiental e de emergências em saúde pública prescindirá de processo seletivo. ..................................................... ” (NR) “Art. 4º ................................................... ............................................................... II – um ano, no caso dos incisos III e IV e das alíneas “d” e “f” do inciso VI do caput do art. 2º desta Lei; III – dois anos, nos casos do inciso VI, alíneas “b”, “e” e “m”, do art. 2º; ............................................................... Parágrafo único. .................................... I – nos casos dos incisos III e IV e das alíneas “b”, “d” e “f” do inciso VI do caput do art. 2o desta Lei, desde que o prazo total não exceda a dois anos; ............................................................... III – nos casos do inciso V, das alíneas “a”, “h”, “l” e “m” do inciso VI e do inciso VIII do caput do art. 2o desta Lei, desde que o prazo total não exceda a quatro anos; ............................................................... VI – nos casos dos incisos I e II do caput do art. 2o desta Lei, pelo prazo necessário à superação da situação de calamidade pública ou das situações de emergências em saúde pública, desde que não exceda a dois anos.” (NR) “Art. 7º ................................................... ............................................................... § 2º Caberá ao Poder Executivo fixar as tabelas de remuneração para as hipóteses de contratações previstas nas alíneas “h”, “i”, “j”, “l” e “m” do inciso VI do caput do art. 2º.” (NR) Art. 3º São transformadas: I – a Secretaria Especial dos Direitos Humanos em Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; II – a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres em Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; III – a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, de que trata a Lei nº 10.678, de 23 de maio de 2003, em Se- Quarta-feira 7 31997 cretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República; e IV – a Secretaria Especial de Portos em Secretaria de Portos da Presidência da República. Art. 4º São transformados, sem aumento de despesa, os cargos de natureza especial: I – de Secretário Especial dos Direitos Humanos no cargo de Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; II – de Secretário Especial de Políticas para as Mulheres no cargo de Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; III – de Secretário Especial de Portos no cargo de Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República; IV – de Subchefe-Executivo da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em Secretário-Executivo da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República; e V – de Subchefe-Executivo da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República em Secretário-Executivo da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Art. 5º Ficam transformados, sem aumento de despesa, no âmbito do Poder Executivo, para fins de atendimento ao disposto nesta Lei, três cargos do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS 6 e quatrocentas e oitenta e uma Funções Comissionadas Técnicas – FCT-15, criadas pelo art. 58 da Medida Provisória nº 2.229-43, de 6 de setembro de 2001, em quatro cargos de natureza especial e sessenta e nove DAS, destinados: I – ao Ministério do Desenvolvimento Agrário: três DAS 4 e três DAS 3; II – ao Ministério da Saúde: um DAS 5, dois DAS 4, cinco DAS 3, quatorze DAS 2, quarenta e quatro DAS 1 e cinco FG1; III – à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República: um DAS 1 e um cargo de natureza especial de SecretárioExecutivo; IV – à Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República: um cargo de natureza especial de SecretárioExecutivo; 31998 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS V – à Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República: um cargo de natureza especial de Secretário-Executivo; e VI – à Secretaria de Portos da Presidência da República: um cargo de natureza especial de Secretário-Executivo. Parágrafo único. Os cargos em comissão DAS 6 de que trata o caput são provenientes das estruturas das Secretarias de Políticas para as Mulheres, de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e de Portos da Presidência da República. Art. 6º Ficam criados, no âmbito do Poder Executivo, os seguintes cargos em comissão do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS e Funções Gratificadas – FG, destinados: I – ao Ministério da Saúde: um DAS 6, dois DAS 5, vinte e sete DAS 4, sete DAS 3 e cento e cinquenta e três DAS 1; e II – ao Ministério da Integração Nacional: cinco DAS 4, sete DAS 3 e quatro DAS 2. Art. 7º São transferidas aos órgãos que receberam as atribuições pertinentes e a seus titulares as competências e incumbências estabelecidas em leis gerais ou específicas aos órgãos transformados por esta Lei, ou a seus titulares. Art. 8º Ato do Poder Executivo disporá sobre a estrutura regimental da Secretaria de Direitos Humanos, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, da Secretaria de Portos da Presidência da República, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República e dos Ministérios da Saúde, do Desenvolvimento Agrário e da Integração Nacional. Art. 9º Ato do Poder Executivo disporá sobre a alocação dos cargos em comissão criados nesta Lei nas estruturas regimentais dos órgãos envolvidos. Art. 10. O art. 14 da Lei nº 8.029, de 12 de abril de 1990, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo: “Art 14. .................................................. ............................................................... § 4º À FUNASA, entidade de promoção e proteção à saúde, compete: Julho de 2010 I – prevenir e controlar doenças e outros agravos à saúde; II – fomentar soluções de saneamento para prevenção e controle de doenças; III – formular e implementar ações de promoção e proteção à saúde relacionados com as ações estabelecidas pelo Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental.” (NR) Art. 11. O Poder Executivo disporá sobre a estrutura regimental da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, mantidos os cargos em comissão e funções gratificadas não diretamente vinculados às competências relativas ao atendimento de atenção básica do Departamento de Saúde Indígena transferidas ao Ministério da Saúde com fundamento nesta Lei. Art. 12. Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação, produzindo efeitos, no tocante à transformação e criação de cargos inferiores ao de Ministro de Estado, a partir da publicação das respectivas estruturas regimentais. Art. 13. Ficam revogados os incisos III, V, VI e VII do § 3º do art. 1º da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, e o art. 2º da Lei nº 10.678, de 23 de maio de 2003. Sala das Sessões, Deputado Vital do Rêgo Filho Relator” O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – PSDB? O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, mais uma vez, faço questão de chamar a atenção dos pares. O PSDB já se posicionou reiteradas vezes. Continuo insistindo que o que estamos fazendo aqui hoje é um flagrante desrespeito ao texto constitucional, à população brasileira, é a total inobservância da possibilidade mais do que concreta de alternância no poder. Com essa história de transformar Secretarias em Ministérios, de misturar os temas mais variados em uma única medida provisória, a base governista tem a pretensão de fazer as Oposições engolirem essa matéria. É um desrespeito muito grande. Por isso, Sr. Presidente, no mérito, com muita consciência da nossa responsabilidade para com o povo brasileiro, votamos “não” a essa medida provisória. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o Democratas, Deputado Líder Paulo Bornhausen? O SR. PAULO BORNHAUSEN (DEM – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, da mesma forma, é importante que se crie todo e qualquer aparelhamento para atender à população indígena. O Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Governo, em fim de mandato, manda, por meio de uma causa nobre – causa dos índios – muito contrabando de criação de outros cargos, que vão ser ocupados por pessoas que talvez não tenham nem qualificação, o que é contumaz neste Governo. O Governo faz um jogo que não é democrático, é uma encenação para não votar a PEC que trata dos militares, encaminha as medidas provisórias a esta Casa e faz jogo de cena. Quero dizer a V.Exa. que vamos encerrar esta sessão às 22h16min. Volto a fazer um apelo para V.Exa. Termine esta sessão às 22h16min e amanhã voltaremos aqui para votar as medidas provisórias, para que não haja açodamento. Terminada, votaremos em seguida a PEC nº 300. Isso seria o ideal porque... (o microfone é desligado) ...para avisar aos policiais que estão nas galerias que, por mais rápido que ocorram as duas votações, essa e mais uma, vai acontecer que vamos avançar perto da meia-noite. Quem tem a maioria nesta Casa é o Governo: tem 400 Parlamentares. Caso não dê quorum, o Governo não deu o quorum. Nós, da Oposição, vamos ficar aqui, com certeza. O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Acho que isso já foi decidido pelo Presidente. Foi anunciado hoje. O SR. COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, V.Exa. decidiu e encaminhou a matéria da melhor forma. Essas aves de mau agouro verão aprovarmos hoje a PEC nº 300. O PMDB vota “sim” ao projeto de conversão e à Medida Provisória nº 483, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PT? A SRA. DALVA FIGUEIREDO (PT-AP. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – O PT vota “sim”, Sr. Presidente, ao projeto de lei de conversão. A Oposição tem esse comportamento porque é contra votar a PEC nº 300. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o Bloco Parlamentar PSB/PCdoB/PMN/PRB? O SR. DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Bloco vota “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PTB? O SR. ANTÔNIO CARLOS CHAMARIZ (PTB – AL. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PTB, Sr. Presidente, vota “sim”. Queremos dizer à Oposição que estaremos aqui para votar a PEC nº 300. Não importa a hora. (Palmas nas galerias.) Quarta-feira 7 31999 O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PPS? O SR. FERNANDO CORUJA (PPS – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, também vamos ficar aqui e votar. Não importa a hora. Solicito a V.Exa. que nos informe se, na eventualidade de não conseguirmos votar as matérias hoje, se votarmos só as duas medidas provisórias, a primeira matéria, antes das outras medidas provisórias, será a PEC nº 300. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Evidentemente, se não votarmos hoje a PEC nº 300, ela será a primeira matéria no dia de amanhã. O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Vamos votar hoje, Sr. Presidente. Vamos votar hoje. (Manifestação das galerias.) O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vamos votar hoje. O SR. JOSÉ GENOÍNO – Acho importante chamar os Deputados que venham ao plenário para votar hoje. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O Deputado Coruja fez uma afirmação que logo levantou o público das galerias. Quero informar ao público das galerias que vamos votar hoje. (Palmas nas galerias.) O SR. JOSÉ GENOÍNO – Vamos votar hoje. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PSOL, Deputado Chico Alencar? (Pausa.) PDT? O SR. MANATO (PDT – ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PDT está aqui todo unido. Não vamos arredar o pé enquanto não votarmos a PEC nº 300. Não importa a hora. Se precisar, convocamos outra extraordinária, mas não abrimos mão de votar a PEC nº 300 hoje. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – PSOL? O SR. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSOL vota “não” e, por dever de ofício, estará aqui para votar as outras matérias, na hora que for. Não é preciso aplaudir antes da hora. Esperem. Vamos fazer como São Tomé: ver para crer. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – PP, como vota? O SR. ROBERTO BRITTO (PP – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Partido Progressista vota “sim” e entende que a PEC nº 300 é uma necessidade. Por isso todos os Deputados estão aqui firmes para votar em prol da PEC nº 300 também. 32000 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – PR, Deputada Gorete Pereira? A SRA. GORETE PEREIRA (PR – CE. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – PR vota “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. PV, como vota? “Sim” ou “não”? O SR. LINDOMAR GARÇON (PV – RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero cumprimentar o Líder Vaccarezza, que há pouco disse: “Vamos votar a PEC nº 300 hoje”. Obrigado, Vaccarezza, V.Exa. que aqui é sempre questionado. Obrigado mesmo por dar esse presente aos nossos policiais. O PV vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. PSC? O SR. MARCONDES GADELHA (PSC – PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSC vota “sim”, Sr. Presidente, reafirma a sua profissão de fé nessa matéria e afirma que a sua bancada ficará aqui quanto tempo seja necessário até votar a PEC nº 300. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – PDT? O SR. DAGOBERTO (PDT – MS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PDT já encaminhou “sim”. Vamos ficar aqui até votarmos a PEC nº 300. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Encaminhou “sim”. Muito bem. O PPS não encaminhou. PPS? O SR. FERNANDO CORUJA (PPS – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação o projeto de lei de conversão oferecido pelo Relator da Comissão Mista, ressalvados os destaques. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.) APROVADO. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Destaque de bancada do Democratas. Destaque para votação em separado do inciso II do art. 2º da Lei nº 8.745/93, proposto pelo art. 2º do projeto de lei de conversão à Medida Provisória nº 483, de 2010. “Senhor Presidente, Requeremos a Vossa Excelência, nos termos do art. 161, § 2º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para Julho de 2010 votação em separado do inciso II, do artigo 2º da Lei nº 8745/93, proposto pelo art. 2º do PLV à MP 483/2010. Sala das Sessões, em 6 de julho de 2010 Lira Maia Vice-Líder do Democratas” O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para falar a favor da matéria, concedo a palavra ao Deputado Eduardo Sciarra. O SR. EDUARDO SCIARRA (DEM – PR. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, esse destaque substitui a expressão “combate a surtos endêmicos” pela expressão “assistência a emergências em saúde”, para considerá-lo como necessidade temporária de excepcional interesse público. Este é o foco central do destaque apresentado. Entendemos que melhoramos o texto, se votarmos dessa forma. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vamos orientar a bancada. Como vota o PMDB? O SR. HENRIQUE EDUARDO ALVES (Bloco/ PMDB – RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, votamos “sim” ao texto. O SR. PRESIDENTE (José Genoíno) – Como vota o PT? O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PT vota “sim”, para manter o texto. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o Bloco? O SR. DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, vota “sim”, para manter o texto. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PTB? O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, queremos votar logo para ainda esta noite votarmos a PEC 300. Votamos “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PSC? (Pausa.) Como vota o PDT? O SR. WILSON PICLER (PDT-PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PDT convoca os seus Parlamentares para comparecem agora à noite, a fim de votarmos a PEC nº 300. Votamos “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PR? Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS A SRA. GORETE PEREIRA (PR – CE. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, o PR vota “sim”, para manter o texto. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PP? O SR. ROBERTO BRITTO (PP – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PP vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o Democratas? O SR. EDUARDO SCIARRA (DEM – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, queremos suprimir o texto. Por isso votamos “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PSDB? O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, mais uma vez, insisto, mistura-se nessa medida provisória a criação de cargos com regime de contratação, que são temas totalmente diferentes. Por isso votamos “não” ao texto e “sim” ao destaque. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PSC? O SR. MARCONDES GADELHA (PSC – PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSC vota “sim”, pela manutenção do texto. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. Quem mais? (Pausa.) Como vota o PPS? O SR. LINDOMAR GARÇON – PV, Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PV? O SR. LINDOMAR GARÇON (PV – RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PV vota “sim”, pela manutenção do texto. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”, pela manutenção do texto. A SRA. LUCIANA GENRO (PSOL – RS. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – O PSOL vota “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O PSOL vota “sim”. O SR. ULDURICO PINTO (PHS-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PHS vota “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – PHS vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação o inciso II. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) MANTIDO O TEXTO. Quarta-feira 7 32001 O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Destaque de bancada do Democratas para votação em separado do § 1º do art. 3º da Lei nº 8.745, de 1993, proposto pelo art. 2º do projeto de lei de conversão à Medida Provisória nº 483, de 2010. “Senhor Presidente, Requeremos a Vossa Excelência, nos termos do art. 161, § 2º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado do § 1º do artigo 3º da Lei nº 8745/93, proposto pelo art. 2º do PLV à MP 483/2010. Sala das Sessões, Lira Maia Vice-Líder do Democratas” O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para orientar. O PMDB, como vota? O SR. HENRIQUE EDUARDO ALVES (Bloco/ PMDB – RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim” ao texto, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – “Sim” ao texto. O PT, como vota? O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim”, para manter o texto. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – “Sim” ao texto. Como vota o PTB? Vota “sim” ou “não” ao texto? (Pausa.) Deputado Antônio Carlos Chamariz, vota “sim” ou “não” ao texto? Para manter o texto ou não? O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim”, para manter o texto e votar a PEC nº 300. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – “Sim” ao texto. Como vota o PDT? O SR. DAGOBERTO (PDT – MS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PDT vota “sim”, para manter o texto. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota” sim”. O PR, como vota? A SRA. GORETE PEREIRA (PR – CE. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – O PR vota “sim”, para manter o texto. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. Como vota o PSC? (Pausa.) O PV, como vota? 32002 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. LINDOMAR GARÇON (PV – RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PV vota “sim”, para a manutenção do texto. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. Como vota o PP? O SR. ROBERTO BRITTO (PP – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PP vota “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o Democratas, Deputado Eduardo Sciarra? O SR. EDUARDO SCIARRA (DEM – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Democratas vota “não”, porque está sendo eliminado o processo seletivo para contratação. Então, somos totalmente contrários. Votamos “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PSDB, Deputado Antonio Carlos Pannunzio? (Pausa.) O SR. MARCONDES GADELHA (PSC – PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSC vota “sim”. O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, pelas mesmas razões expostas pelos Democratas, a partir do artigo 5º, são 481 funções comissionadas que são transformadas em cargos de livre provimento, 4 cargos de natureza especial e 69 DAS, na verdade, destinados a abrigar aqueles que são apaniguados do partido do poder. Realmente, eu diria que, do ponto de vista de administração pública, é uma proposta imoral. Portanto, Sr. Presidente, nós votamos “não” ao texto. O SR. DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Bloco vota “sim”. O SR. ULDURICO PINTO (PHS-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PHS vota “sim”, pela manutenção do texto, Sr. Presidente. A SRA. LUCIANA GENRO (PSOL – RS. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – O PSOL vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O PSOL vota “sim”. Quem mais vota? O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Os Srs. Deputados que forem pela manutenção do parágrafo permaneçam como se encontram. (Pausa.) MANTIDO O TEXTO. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Destaque de bancada para votação em separado do art. 4º do projeto de lei de conversão à Medida Provisória nº 483, de 2010. Julho de 2010 “Senhor Presidente, Requeremos a Vossa Excelência, nos termos do art. 161, § 2º, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado do art. 4º do PLV à MP 483/2010. Sala das Sessões, 6 de julho de 2010 Lira Maia Vice-Líder do Democratas” O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para falar a favor, tem a palavra o Deputado Eduardo Sciarra. O SR. EDUARDO SCIARRA (DEM – PR. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a esta altura do campeonato, em pleno período eleitoral, transformar cargos de natureza especial com status de Ministro é, sem dúvida nenhuma, uma medida eleitoreira, que contraria todos os princípios da moralidade pública. Então, nós entendemos que não devemos manter esse texto, por isso somos pela supressão. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vamos ouvir os Srs. Líderes. Com a palavra o Deputado Antonio Carlos Pannunzio, pelo PSDB. O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós estamos em plena campanha eleitoral – aliás, ela teve início ontem, dia 5. O Governo vem agora, depois de praticamente 8 anos de governo, propor essas transformações de cargos de Secretarias Especiais em cargos de Ministérios. Isso fere os princípios republicanos. Nós votamos “não” ao texto, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O PSDB vota “não” ao texto. Como vota o PMDB? O SR. HENRIQUE EDUARDO ALVES (Bloco/ PMDB – RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim” ao texto, Sr. Presidente. “Sim” ao texto. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PT? O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim”, para manter o texto, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o Democratas, Deputado Sciarra? O SR. EDUARDO SCIARRA (DEM – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Nós votamos “não”, pelas razões apresentadas, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. Como vota o PP? Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. ROBERTO BRITTO (PP – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PP vota “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PDT? O SR. DAGOBERTO (PDT – MS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PR? A SRA. GORETE PEREIRA (PR – CE. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – O PR vota “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O PV, como vota? O SR. LINDOMAR GARÇON (PV – RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PSC? O SR. MARCONDES GADELHA (PSC – PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, esse art. 4º é exatamente o que marca a mudança de status dessas Secretarias, que passam a ter o status de Ministério. Então, os Secretários passam a ser chamados de Ministros. Eu não vejo nada de abusivo. Acho isso muito consoante com o propósito da matéria. O PSC vota pela manutenção do texto. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. Como vota o PTB? O SR. ANTÔNIO CARLOS CHAMARIZ (PTB – AL. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PTB vota “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O PTB vota “sim”. Como vota o PSOL? A SRA. LUCIANA GENRO (PSOL – RS. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, o PSOL não poderia negar à Secretária de Políticas para as Mulheres o status de Ministra. Votamos “sim” ao texto. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. Como vota o PPS? O SR. CEZAR SILVESTRI (PPS – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PPS vota “não”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o Bloco? O SR. MAURO NAZIF (Bloco/PSB – RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Bloco vota “sim”, já pedindo que nós possamos também votar a PEC nº 300, relativa à matéria das Polícias. Quarta-feira 7 32003 O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Aqueles que forem pela manutenção do artigo permaneçam como se acham. (Pausa.) MANTIDO O ARTIGO. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Destaque de bancada para votação em separado do art. 5º do projeto de lei ora em debate. Assinado pelo Líder do PSDB. “Senhor Presidente, Requeiro, nos termos do art. 161, I e § 2º, combinado com o art. 117, IX do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado do artigo 5º do Projeto de Lei de Conversão oferecido à MP 483/2010. Sala das Sessões, Antonio Carlos Pannunzio Vice-Líder do PSDB” O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para falar a favor, tem a palavra o Deputado Antonio Carlos Pannunzio. O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, esse destaque – quero repetir aqui – tem toda uma razão de ser: a defesa dos princípios republicanos. Nós não podemos concordar, Sr. Presidente, com essa história de transformação de 481 funções comissionadas técnicas em cargos, sejam de natureza especial, sejam DAS, destinados às pessoas que não têm concurso público. Não está previsto na carreira. É um desrespeito ao funcionalismo público. Consequentemente, o PSDB não apoia. O PSDB defende, cada vez mais, a transparência e a consolidação dos princípios republicanos na Administração Pública. O PT vem numa linha totalmente inversa. Isto aqui não deixa de ser, claramente, além de aparelhamento do Estado, até uma privatização das funções de Estado, que passam a ser propriedade de um partido político. É deplorável que isso aconteça. Por isso, a nossa posição é “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Muito bem. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Tem a palavra o Deputado Eduardo Sciarra, do Democratas. O SR. EDUARDO SCIARRA (DEM – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, transformar funções em cargos comissionados realmente é um absurdo. Por isso, votamos “não”. 32004 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. Como vota o PMDB? O SR. HENRIQUE EDUARDO ALVES (Bloco/ PMDB – RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim” ao texto, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – “Sim”. Como vota o PT? O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PT vota “sim”, para manter o texto. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o Bloco, Deputado Mauro Nazif? (Pausa.) Como vota o PTB? O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós queremos manter o texto e votar rapidamente, para termos tempo de votar ainda hoje a PEC nº 300. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Com o vota o Bloco? O SR. MAURO NAZIF (Bloco/PSB – RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Bloco vota “sim”, pela manutenção do texto, pedindo novamente: PEC nº 300! O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Com vota o PSOL, Deputada Luciana Genro? A SRA. LUCIANA GENRO (PSOL – RS. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, o PSOL vota “não”, porque somos contra a criação de cargos sem concurso público e funções gratificadas que implicam indicações políticas. Vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. Como vota o PPS? O SR. CEZAR SILVESTRI (PPS – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PPS vota “não”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. Como vota o PSC? O SR. MARCONDES GADELHA (PSC – PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quem dá os fins, dá os meios. Se estamos elevando o status dessas Secretárias ao nível de Ministério, é preciso garantir uma estrutura de apoio mínima. Por isso, o PSC considera lógica a proposta incluída no texto original e vota pela sua manutenção. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O PSC vota “sim”. Como vota o PV? O SR. LINDOMAR GARÇON (PV – RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PV vota “sim”. Julho de 2010 O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PDT? O SR. DAGOBERTO (PDT – MS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Vota “sim”, pela manutenção do texto, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PP? O SR. CELSO RUSSOMANNO (PP – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PP, Sr. Presidente, entende extremamente importante a manutenção do texto, até porque queremos andar rápido com isso, a fim de votar a PEC nº 300. V.Exa. é do meu Estado e sabe que a Polícia de São Paulo é a mais mal paga do País. É preciso resolver esse problema. Portanto, vamos trabalhar rapidamente para a aprovação dessas medidas provisórias e votar a PEC nº 300. O PP mantém o texto. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PR? A SRA. GORETE PEREIRA (PR – CE. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, o PR vota “sim”, para manter o texto. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Prorrogo a sessão por 1 hora. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Aqueles que forem pela manutenção do texto permaneçam como se acham. (Pausa.) MANTIDO O TEXTO. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Destaque de bancada para votação em separado do art. 6º do projeto de lei de conversão oferecido à medida provisória em debate. Assinado pelo nobre Líder Antonio Carlos Pannunzio. “Senhor Presidente, Requeiro, nos termos do art. 161, I e § 2º, combinado com o art. 117, IX do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado do artigo 6º do Projeto de Lei de Conversão oferecido à MP 483/2010. Sala das Sessões, Antonio Carlos Pannunzio Vice-Líder do PSDB” O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para encaminhar, concedo a palavra ao nobre Deputado Antonio Carlos Pannunzio. O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, mais Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS uma vez, este art. 6º é uma maneira de piorar o que já veio ruim nos artigos anteriores. Por esse art. 6º, são criados 206 cargos DAS. Chamo a atenção do povo brasileiro, daqueles que têm dificuldade de encontrar um emprego, daqueles que têm de se submeter a provas de seleção, notadamente os servidores públicos que têm que fazer concurso duríssimo para ingressar nos órgãos públicos, pois aqui são 206 apaniguados. Se aprovado este texto, 206 apaniguados da base governista, mais especificamente do Partido dos Trabalhadores, ganharão essas funções de chefia. Por isso, em nome dos princípios republicanos, pela moralidade, pela transparência na Administração Pública, nós encaminhamos “não” a esse texto. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O PSDB vota “não”. Como vota o Democratas, Deputado Sciarra? O SR. EDUARDO SCIARRA (DEM – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós entendemos que é uma imoralidade a criação desses 206 cargos: 190 no Ministério da Saúde e 16 na Integração. É, sem dúvida nenhuma, um desprestígio para os funcionários de carreira. Nós encaminhamos “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – “Não”. Com o vota o PMDB? O SR. HENRIQUE EDUARDO ALVES (Bloco/ PMDB – RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim”, Sr. Presidente. “Sim” ao texto. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. Como vota o PT? O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós votamos “sim”. E quero dar aqui uma cifra: o Governo do Estado de São Paulo, neste período de 4 anos, aumentou em 30% os cargos da máquina administrativa. O PT vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. Como vota o PP, Partido Progressista, Deputado Celso Russomanno? O SR. CELSO RUSSOMANNO (PP – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PP vota “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. Como vota o PR? A SRA. GORETE PEREIRA (PR – CE. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – O PR, “sim”, Sr. Presidente. Quarta-feira 7 32005 O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. Como vota o PDT? O SR. DAGOBERTO (PDT – MS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PV? (Pausa.) Como vota o PSC? O SR. MARCONDES GADELHA (PSC – PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSC vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O PSC vota “sim”. Como vota o PV? O SR. LINDOMAR GARÇON (PV – RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PV vota “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. Como vota o PTB? O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, votamos “sim”. Queremos votar a PEC nº 300 ainda hoje. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Com vota o Bloco? O SR. MARCELO SERAFIM (Bloco/PSB-AM. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Bloco vota “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. Como vota o PSOL? A SRA. LUCIANA GENRO (PSOL – RS. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – O PSOL vota “não”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. Como vota o PPS? O SR. FERNANDO CORUJA (PPS – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, já foi largamente repetido que é preciso aumentar o salário dos policiais brasileiros. Alguns dizem que o salário é baixo. Temos que aumentar o salário dos policiais brasileiros. O PPS vai votar unanimemente pela PEC nº 300. Mas não precisamos, evidentemente, aumentar o salário dos comissionados brasileiros, dos companheiros que, com esses cargos comissionados, vão ser beneficiados com um polpudo salário. Dizem que há salário baixo para os policiais. Não podemos criar mais cargos com altos salários no Governo Federal para companheiros. Eles têm de ser supridos por planos de carreira e por concurso público. É as- 32006 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS sim que funciona um país sério, e não com cargos comissionados. Por isso, “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. Como vota o PDT, Deputado Dagoberto? O SR. DAGOBERTO (PDT – MS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PDT vota “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação o artigo. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Aqueles que forem pela manutenção do artigo permaneçam como se acham. (Pausa.) MANTIDO O ARTIGO. O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP) – Peço verificação, Sr. Presidente. O SR. COLBERT MARTINS – Não é possível! Aí é para não votar! O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Verificação concedida. O SR. COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Fazemos um apelo ao Deputado Pannunzio. Nós tínhamos um acordo. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O acordo não tem verificação. O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o acordo é para votar a PEC nº 300. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – É direito do Deputado Pannunzio pedir. Se S.Exa. insistir... O SR. MIRO TEIXEIRA – Então o PSDB está fazendo obstrução. Pronto. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Deputado Pannunzio, V.Exa. pede verificação? Pediu verificação. O SR. PAULO BORNHAUSEN (DEM – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Não, Sr. Presidente. O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu pedi... O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – A Presidência solicita a todas as Sras. Deputadas e a todos os Srs. Deputados que tomem seus lugares, a fim de ter início a votação pelo sistema eletrônico. O SR. COLBERT MARTINS (Bloco/PMDB – BA) – Verificação conjunta, Sr. Presidente. Julho de 2010 O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Está iniciada a votação. O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós convidamos a bancada do PT para vir ao plenário votar “sim”, porque queremos votar hoje a PEC nº 300, nos termos do acordo. Se não houver quorum, a sessão cai, e é importante que a sessão não caia agora. Por isso, chamamos os Deputados do PT a virem ao plenário votar “sim”. Temos mais uma medida provisória que dá para votar no acordo e, em seguida, votaremos a PEC nº 300 ainda hoje. Sinceramente, nós queremos votar. O SR. PAULO BORNHAUSEN (DEM – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Michel Temer, o Democratas chama seus Deputados para votar “não” rapidamente, para darmos continuidade ao processo de votação. Portanto, Deputados venham ao plenário. O SR. MAURÍCIO RANDS (PT – PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, mais do que as palavras, os atos manifestam os compromissos. Pedido de verificação a esta altura da sessão é querer atrasar a votação da PEC nº 300. Sr. Presidente, estamos aqui, num grande esforço, para votar o quanto antes a PEC nº 300. As sucessivas manobras regimentais estão atrasando a votação da PEC. A bancada do PT, mais uma vez, lembra a todos que ainda estão fora desse recinto para virem ao plenário votar a PEC nº 300, com o texto que foi amplamente negociado. O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PDT no plenário para atropelar no voto. O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO – Sr. Presidente, estamos votando medida provisória, que não tem nada a ver com a PEC nº 300. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Venham ao plenário. O SR. MIRO TEIXEIRA – Vamos vencer no voto. Todo mundo no plenário. O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO – Sr. Presidente, está sem som. Estamos votando medida provisória, e vem o nobre Líder do PT... O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Pois não, Deputado Pannunzio, V.Exa. tem a palavra. O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero chamar a atenção dos Deputados de Oposição. Nós estamos votando por enquanto medida provisória. Entendemos que esse trecho denigre, na Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS verdade, as boas práticas de administração pública que são determinantes pelo texto constitucional. Quero que seja respeitado o direito das Oposições de se manifestarem; e, quando chegar à questão da PEC nº 300, que aliás é uma proposta de emenda à Constituição, consequentemente a votação terá de ser nominal... Portanto, deveria me agradecer o nobre Líder Maurício Rands, porque estamos até verificando a existência de quorum, e não achar que vai votar depois a PEC sem verificação de quorum. Peço que considere isso, Sr. Presidente. O SR. MIRO TEIXEIRA – Mas, fazendo obstrução, como V.Exas. estão fazendo... A SRA. RITA CAMATA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – A Deputada Rita Camata tem a palavra. (Pausa.) O SR. CELSO MALDANER (Bloco/PMDB – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, chamo os Deputados do PMDB para virem a plenário. Queremos votar a PEC nº 300. Venham para o plenário. O SR. SIMÃO SESSIM (PP – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a Liderança está convidando todos os Deputados do PP para que venham a plenário, porque precisamos votar ainda hoje a PEC nº 300. A SRA. RITA CAMATA (PSDB – ES. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, quem quer votar uma PEC, que precisa de maioria absoluta, surpreende-nos vindo aqui dizer que quem está pedindo a verificação neste momento está querendo obstruir. Isso é enganação. E quem te viu, quem te vê! Vamos dizer a verdade. Quem sempre pregou um plano de cargos e salários neste País, um partido que sempre pregou um plano de cargos e salários neste País, no oitavo ano de governo, vem ver que tem índio que precisa de apoio, que tem de transformar Secretaria em Ministério! Que tem que, ao invés de fazer concurso público, contratar DAS. Isso é uma vergonha! É uma negação ao discurso feito a vida inteira! Chega de enganar o povo! Chega de enganar! O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu sou do PDT, e meu partido tem uma história de luta pelos servidores públicos. Vamos por parte. A SRA. RITA CAMATA – Vamos ser sinceros e honestos. O SR. MIRO TEIXEIRA – Vamos olhar aqui, para alguns é até o momento para ser honesto. Outros levam isso pela vida toda. Mas o PDT tem uma história Quarta-feira 7 32007 de luta pelos servidores públicos. Ninguém aqui pode dizer que o PDT não tem essa história. Então, da nossa parte, por favor, essa carapuça não nos cai. Essa carapuça não nos cai. A SRA. RITA CAMATA – Sr. Presidente, eu tenho a palavra ou não? O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – A Presidência vai autoritariamente... A SRA. RITA CAMATA – Sr. Presidente, por favor, eu estou com a palavra. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Eu vou dizer uma coisa aos senhores. Peço que me ouçam. A primeira ideia era votar 8 medidas provisórias que estão trancando a pauta. Eu fiz um acerto para votarmos 4 medidas provisórias e a PEC nº 300. Na sequência, aqui no plenário, tendo em vista a confusão gerada, decidiu a Presidência que nós votaremos 2 medidas provisórias. Não é nada demais que os nossos Parlamentares, todos eles, sem exceção, permaneçam aqui, em homenagem àqueles que estão nas galerias, até meia-noite, 1 hora da manhã. (Palmas.) De modo que nós vamos votar – está decidido – as 2 medidas provisórias e, na sequência, a PEC nº 300. Espero que os Srs. Deputados permaneçam em plenário. Quem trabalhou na Constituinte – a Deputada Rita Camata e o Deputado Simão Sessim trabalharam -, sabe que, com o maior civismo, com o maior patriotismo, nós ficávamos neste plenário até 2, 3h da manhã, sem nenhum problema. Mais uma vez, em homenagem à PEC nº 300, vamos permanecer até a votação final. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Com a palavra a Deputada Rita Camata. A SRA. RITA CAMATA (PSDB – ES. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, agradeço a V.Exa. De fato, V.Exa. relembrou bons momentos, quando se faziam debates de mérito, quando se discutia e se percebia o sentimento da sociedade, com coerência. Sinto que estamos perdendo valores, nós estamos perdendo identidades. Isso é muito sério para quem quer consolidar uma democracia. Neste momento, para ficar muito claro, não há obstrução, há verificação de mérito, e ela é importante também, porque ela nos dá a oportunidade de ver o quorum na Casa, porque para votar uma proposta de emenda à Constituição tem que haver número, tem que haver 308 votos. E nós estaremos presentes, seja às 22h, às 23h, à meia-noite, para votar “sim” aos policiais e à PEC nº 300. (Palmas nas galerias.) 32008 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. LINDOMAR GARÇON (PV – RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, convido os Deputados do Partido Verde a comparecerem ao plenário, ao mesmo tempo em que faço uma observação: temos mais de 400 Deputados na Casa. Após esta votação, vamos observar os Deputados que aqui votaram e conferir a presença. Convoco todos para que venham ao plenário, porque o povo do Brasil está acompanhando a votação. Em seguida, teremos a votação da PEC nº 300. O SR. SARAIVA FELIPE (Bloco/PMDB – MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, votei com o partido nas votações anteriores. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, convido os Deputados do PTB que se encontram nas diversas dependências da Casa a acorrerem ao plenário, para atingirmos o quorum de 257 Deputados, votarmos rapidamente, votarmos a outra medida provisória e, em seguida, a PEC nº 300. Propomos que seja votada uma aglutinativa numa única votação, para resolver toda a matéria relativa à PEC nº 300, dando uma resposta àqueles que acreditaram na palavra do Presidente Michel Temer de que hoje votaríamos esta PEC. Estamos aqui para votar esta PEC. Tenho certeza de que não importa a hora. V.Exa. lembrou muito bem, Sr. Presidente. Fui Constituinte, como V.Exa., e, àquela época, nós votávamos às 2h, 3h, 4h, 5h da manhã. Vamos permanecer em plenário, votar e acabar de vez com a agonia da PEC nº 300 para policiais civis, policiais militares e bombeiros militares. Chega de subemprego na segurança pública neste País! O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, convoco a bancada do PT ao plenário para votarmos “sim”. O SR. MIRO TEIXEIRA Sr. Presidente, já deu quorum. O SR. JOSÉ GENOÍNO – Queremos acelerar esta votação para, em seguida, votar a medida provisória. Nós, do PT, juntamente com o Líder do Governo, trabalhamos, de maneira séria e consequente, por um acordo. Vamos aprovar a PEC nº 300 na forma do acordo feito. Estamos mostrando que esta matéria, tratada de maneira séria e serena, está chegando a uma solução. Por isso, peço à bancada do PT que fique na Casa, fique no plenário, para que possamos encerrar hoje a votação do primeiro turno da PEC nº 300, nos termos do trabalho feito pelo Líder do Governo, Deputado Cândido Vaccarezza. Julho de 2010 O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Já deu quorum, Sr. Presidente, já deu quorum. O SR. LUIZ CARLOS HAULY (PSDB – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, peço a palavra. Solicito a V.Exa. e à Taquigrafia que, nas votações anteriores, consignem meu voto com o PSDB. Quero dizer que, ao olhar o painel do Paraná que representa o Brasil, metade dos Deputados estão presentes. Da outra metade, 13 são da base do Governo, o que desmente e joga por terra a tese da Maioria, que não está presente nesta Casa. A Oposição está aqui para votar a PEC nº 300 e para votar a criação da Secretaria de Saúde da FUNAI, para atender aos índios do Brasil, tão maltratados por este Governo. Os índios foram maltratados e até agredidos recentemente em um episódio ocorrido nesta Casa. Quero deixar bem claro à base do Governo, que tem 380 Deputados, que, somando-os aos da Oposição, já era para haver maioria absoluta aqui. Então, está clara a farsa que está sendo cometida pela base do Governo, que não tem os seus Deputados na Casa, pois não estão presentes no plenário, levando a Nação e os policiais à enganação. Eu estou aqui para votar favoravelmente à PEC nº 300. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vou encerrar a votação. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Sr. Presidente... O SR. ENIO BACCI (PDT – RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nas votações anteriores, acompanhei a orientação do partido. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Está encerrada a votação. Vou proclamar o resultado da votação: VOTARAM: SIM: 214; NÃO: 59; ABSTENÇÕES: 2 TOTAL: 275. MANTIDO O ARTIGO. LISTAGEM DE VOTAÇÃO Proposição: MPV Nº 483/2010 – DVS – PSDB – ART. 6º DO PLV – Nominal Eletrônica Início da votação: 6-7-2010 22:20 Encerramento da votação: 6-7-2010 22:31 Presidiu a Votação: Michel Temer Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 32009 32010 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 32011 32012 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 32013 32014 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 32015 32016 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Há um novo destaque para votação em separado do art. 9º do projeto de lei de conversão ora em discussão. Assinado pelo nobre Líder Antonio Carlos Pannunzio. “Senhor Presidente, Requeiro, nos termos do art. 161, I e § 2º, combinado com o art. 117, IX do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado do artigo 9º do Projeto de Lei de Conversão oferecido à MP 483/2010. Sala das Sessões, Antonio Carlos Pannunzio Vice-Líder do PSDB” O SR. MAURÍCIO RANDS (PT – PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, votei com a bancada. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Concedo a palavra ao Deputado Antonio Carlos Pannunzio para falar a favor. É o destaque de bancada para votação em separado do art. 9º. O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, como foram rejeitados os destaques que fizemos anteriormente, na verdade, este destaque fica prejudicado. Não há razão para a sua manutenção. Mas não tenho a prerrogativa de retirá-lo, a não ser que o entendimento da Mesa, particularmente de V.Exa., seja o mesmo nosso. Está prejudicado. O SR. JOSÉ GENOÍNO – Não, é só para saber qual é. O SR. JULIÃO AMIN (PDT-MA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, votei de acordo com o meu partido. O SR. JÚLIO CESAR (DEM – PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, na votação anterior, votei com o partido. O SR. RAIMUNDO GOMES DE MATOS (PSDBCE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, na votação anterior, votei com o partido. O SR. CIRO NOGUEIRA (PP-PI. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Votei “sim”, Sr. Presidente. O SR. ANTÔNIO CARLOS CHAMARIZ (PTB – AL. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PTB convoca todos os Deputados para virem votar a PEC nº 300. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – A Mesa está entendendo que não está prejudicado o seu destaque. Temos que votá-lo. Julho de 2010 Como vota o PSDB, Deputado Antonio Carlos Pannunzio? O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, mantenho aqui a coerência, em função de que preparamos os destaques. Portanto, o nosso voto é “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. Como vota o Democratas? O SR. PAULO BORNHAUSEN (DEM – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero chamar a atenção da Casa. A votação fechou com 276 votos. O Governo nesta Casa tem 380 votos. A Oposição está presente. O Governo não está presente no plenário. Não vai haver quorum constitucional. Vamos terminar essa primeira medida provisória. V.Exa. retire a segunda da pauta e vamos à PEC, senão não haverá quorum, com certeza. Se formos votar a segunda medida provisória, mesmo que não haja obstrução, V.Exa. não conseguirá votar a PEC hoje. E as pessoas que estão aqui sairão frustradas. É melhor fazer a mudança, e eu faço esta sugestão aos Líderes: terminemos agora esta medida provisória e entremos na votação da PEC. O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, já que o Líder do DEM disse que o Governo tem 380 Parlamentares, que não estão aqui, a Oposição tem 130 Parlamentares, mas votaram 59. Portanto, antes de acusar a base do Governo, é bom ver se a Oposição está presente. (Palmas.) Nessa votação, só havia 59. Vamos votar a medida provisória... O SR. PAULO BORNHAUSEN – O Governo tem 400 votos na Casa, Deputado José Genoíno, 400. O SR. JOSÉ GENOÍNO – Vamos votar a medida provisória e, em seguida, votar a PEC nº 300. O SR. PAULO BORNHAUSEN – O Governo tem 400 votos nesta Casa. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PT? O PT não votou, não é? (Pausa.) Como vota o PT? O SR. MAURÍCIO RANDS (PT – PE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PT vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. Como vota o PTB? O SR. ANTÔNIO CARLOS CHAMARIZ (PTB – AL. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PTB vota “sim”. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. Como vota o Bloco? A SRA. ANA ARRAES (Bloco/PSB-PE. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, o Bloco vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PSC? O SR. MARCONDES GADELHA (PSC – PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, esse art. 9º cuida apenas de um ato disciplinar, dispondo sobre a alocação dos cargos, de acordo com o Regimento de cada Ministério. Tentar anular ou elidir esse dispositivo é tentar desnaturar a própria organização dessas repartições, agora com o status de Ministério. Não vejo nenhum sentido. Por isso, Sr. Presidente, nós votamos pela manutenção do texto. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. Como vota o PR? A SRA. GORETE PEREIRA (PR – CE. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, o PR vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PDT? O SR. DAGOBERTO (PDT – MS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PDT vota “sim” e pede aos seus Deputados que compareçam ao plenário. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PP? O SR. ZONTA (PP-SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PP vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PV? O SR. LINDOMAR GARÇON (PV – RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PV vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Quem mais? O SR. HENRIQUE EDUARDO ALVES (Bloco/ PMDB – RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PMDB vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o Democratas? O Democratas vota “não”, não é? O SR. PAULO BORNHAUSEN (DEM – SC. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Democratas vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. Como vota o PPS? Quarta-feira 7 32017 O SR. HENRIQUE EDUARDO ALVES (Bloco/ PMDB – RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PMDB vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O PMDB vota “sim”. O SR. ULDURICO PINTO (PHS-BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PPS vota “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O PPS vota “sim”. Como vota o Bloco? A SRA. ANA ARRAES (Bloco/PSB-PE. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, o Bloco vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. Como vota o PSOL? O SR. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSOL vota “sim”, na medida em que a criação de cargos de livre provimento foi aprovada. Agora, que os Ministérios organizem isso, na vã ilusão de que não vão fazer uso político; vã ilusão. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Aqueles que forem pela manutenção do artigo permaneçam como se acham. (Pausa.) MANTIDO O TEXTO. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte REDAÇÃO FINAL DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 483-A DE 2010 PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO Nº 8 DE 2010 Altera as Leis nºs 10.683, de 28 de maio de 2003, que dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, 8.745, de 9 de dezembro de 1993, que dispõe sobre a contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, e 8.029, de 12 de abril de 1990, que dispõe sobre a extinção e dissolução de entidades da administração pública federal; revoga dispositivos da Lei nº 10.678, de 23 de maio de 2003; e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta: Art. 1º A Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, passa a vigorar com as seguintes alterações: 32018 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS “Art. 1º A Presidência da República é constituída, essencialmente, pela Casa Civil, pela Secretaria-Geral, pela Secretaria de Relações Institucionais, pela Secretaria de Comunicação Social, pelo Gabinete Pessoal, pelo Gabinete de Segurança Institucional, pela Secretaria de Assuntos Estratégicos, pela Secretaria de Políticas para as Mulheres, pela Secretaria de Direitos Humanos, pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e pela Secretaria de Portos. ...................................................... ”(NR) “Art. 2º-B ............................................... § 2º Integram a estrutura da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República a Secretaria-Executiva e até 3 (três) Secretarias.”(NR) “Art. 7º ................................................... I – Conselho de Governo, presidido pelo Presidente da República ou, por sua determinação, pelo Ministro de Estado Chefe da Casa Civil, que será integrado pelos Ministros de Estado e pelo titular do Gabinete Pessoal do Presidente da República; e § 2º O Conselho de Governo será convocado pelo Presidente da República e secretariado por um de seus membros, por ele designado. ...................................................... ”(NR) “Art. 8º ................................................... § 1º ....................................................... II – pelos Ministros de Estado Chefes da Casa Civil, da Secretaria-Geral, do Gabinete de Segurança Institucional, da Secretaria de Assuntos Estratégicos, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, da Secretaria de Direitos Humanos e da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial; ...................................................... ”(NR) “Art. 17. ................................................. § 1º A Controladoria-Geral da União tem como titular o Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União, e sua estrutura básica é constituída por: Gabinete, Assessoria Jurídica, Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção, Comissão de Coordenação de Controle Interno, Secretaria-Executiva, Corregedoria-Geral da União, Ouvidoria-Geral da União e 2 (duas) Julho de 2010 Secretarias, sendo 1 (uma) a Secretaria Federal de Controle Interno. ...................................................... ”(NR) “Art. 18. ................................................. § 5º Ao Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União, no exercício da sua competência, incumbe, especialmente: ...................................................... ”(NR) “Art. 19. Os titulares dos órgãos do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo federal devem cientificar o Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União das irregularidades verificadas, e registradas em seus relatórios, atinentes a atos ou fatos, atribuíveis a agentes da administração pública federal, dos quais haja resultado, ou possa resultar, prejuízo ao erário, de valor superior ao limite fixado pelo Tribunal de Contas da União, relativamente à tomada de contas especial elaborada de forma simplificada.”(NR) “Art. 20. Deverão ser prontamente atendidas as requisições de pessoal, inclusive de técnicos, pelo Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União, que serão irrecusáveis. Parágrafo único. Os órgãos e as entidades da administração pública federal estão obrigados a atender, no prazo indicado, às demais requisições e solicitações do Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União, bem como a comunicar-lhe a instauração de sindicância, ou outro processo administrativo, e o respectivo resultado.”(NR) “Art. 22. À Secretaria de Políticas para as Mulheres compete assessorar direta e imediatamente o Presidente da República na formulação, coordenação e articulação de políticas para as mulheres, bem como elaborar e implementar campanhas educativas e antidiscriminatórias de caráter nacional, elaborar o planejamento de gênero que contribua na ação do governo federal e demais esferas de governo, com vistas na promoção da igualdade, articular, promover e executar programas de cooperação com organismos nacionais e internacionais, públicos e privados, voltados à implementação de políticas para as mulheres, promover o acompanhamento da implementação de legislação de ação afirmativa e definição de ações públicas que visem ao cumprimento dos acordos, convenções e planos de ação Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS assinados pelo Brasil, nos aspectos relativos à igualdade entre mulheres e homens e de combate à discriminação, tendo como estrutura básica o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, o Gabinete, a Secretaria-Executiva e até 3 (três) Secretarias.”(NR) “Art. 24. À Secretaria de Direitos Humanos compete assessorar direta e imediatamente o Presidente da República na formulação de políticas e diretrizes voltadas à promoção dos direitos da cidadania, da criança, do adolescente, do idoso e das minorias e à defesa dos direitos das pessoas com deficiência e promoção da sua integração à vida comunitária, bem como coordenar a política nacional de direitos humanos, em conformidade com as diretrizes do Programa Nacional de Direitos Humanos – PNDH, articular iniciativas e apoiar projetos voltados para a proteção e promoção dos direitos humanos em âmbito nacional, tanto por organismos governamentais, incluindo os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, quanto por organizações da sociedade, e exercer as funções de ouvidoria nacional de direitos humanos, da criança, do adolescente, do idoso e das minorias. § 1º Compete ainda à Secretaria de Direitos Humanos, sem prejuízo das atribuições dos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas – SISNAD, atuar em favor da ressocialização e da proteção dos dependentes químicos. § 2º A Secretaria de Direitos Humanos tem como estrutura básica o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, o Conselho Nacional de Combate à Discriminação, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, o Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, o Conselho Nacional dos Direitos do Idoso, o Gabinete, a Secretaria-Executiva, o Departamento de Ouvidoria Nacional e até 4 (quatro) Secretarias.”(NR) “Art. 24-A. À Secretaria de Portos compete assessorar direta e imediatamente o Presidente da República na formulação de políticas e diretrizes para o desenvolvimento e o fomento do setor de portos e terminais portuários marítimos e, especialmente, promover a execução e a avaliação de medidas, programas e projetos de apoio ao desenvolvimento da in- Quarta-feira 7 32019 fraestrutura e da superestrutura dos portos e terminais portuários marítimos, bem como dos outorgados às companhias docas. § 1º A Secretaria de Portos tem como estrutura básica o Gabinete, o Instituto Nacional de Pesquisas Hidroviárias – INPH, a SecretariaExecutiva e até 2 (duas) Secretarias. § 2º As competências atribuídas, no caput deste artigo, à Secretaria de Portos compreendem: § 3º No exercício das competências previstas no caput deste artigo, a Secretaria de Portos observará as prerrogativas específicas do Comando da Marinha. ...................................................... ”(NR) “Art. 24-B. .............................................. § 1º A Secretaria de Assuntos Estratégicos tem como estrutura básica o Gabinete, a Secretaria-Executiva e até 2 (duas) Secretarias. ...................................................... ”(NR) “Art. 24-C. À Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial compete assessorar direta e imediatamente o Presidente da República na formulação, coordenação e articulação de políticas e diretrizes para a promoção da igualdade racial na formulação, coordenação e avaliação das políticas públicas afirmativas de promoção da igualdade e da proteção dos direitos de indivíduos e grupos raciais e étnicos, com ênfase na população negra, afetados por discriminação racial e demais formas de intolerância, na articulação, promoção e acompanhamento da execução dos programas de cooperação com organismos nacionais e internacionais, públicos e privados, voltados à implementação da promoção da igualdade racial, na formulação, coordenação e acompanhamento das políticas transversais de governo para a promoção da igualdade racial, no planejamento, coordenação da execução e avaliação do Programa Nacional de Ações Afirmativas e na promoção do acompanhamento da implementação de legislação de ação afirmativa e definição de ações públicas que visem ao cumprimento dos acordos, convenções e outros instrumentos congêneres assinados pelo Brasil, nos aspectos relativos à promoção da igualdade e de combate à discriminação racial ou étnica. 32020 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Parágrafo único. A Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial tem como estrutura básica o Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial – CNPIR, o Gabinete, a Secretaria-Executiva e até 3 (três) Secretarias.” “Art. 25. ................................................. Parágrafo único. São Ministros de Estado os titulares dos Ministérios, o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, o Chefe da SecretariaGeral da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, o Chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República, o Advogado-Geral da União, o Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União e o Presidente do Banco Central do Brasil.”(NR) “Art. 29. ................................................. VIII – do Ministério do Desenvolvimento Agrário o Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável, o Conselho Curador do Banco da Terra e até 4 (quatro) Secretarias, sendo uma em caráter extraordinário, para coordenar, normatizar e supervisionar o processo de regularização fundiária de áreas rurais na Amazônia Legal, nos termos do art. 33 da Lei nº 11.952, de 25 de junho de 2009; ............................................................... XX – do Ministério da Saúde, o Conselho Nacional de Saúde, o Conselho Nacional de Saúde Suplementar e até 6 (seis) Secretarias; ...................................................... “(NR) “Art. 34. ................................................. III – de Ministro de Estado do Controle e da Transparência em Ministro de Estado Chefe da Controladoria-Geral da União; ...................................................... ”(NR) “Art. 54. O Conselho Nacional dos Direitos da Mulher será presidido pelo titular da Julho de 2010 Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República. Parágrafo único. (Revogado)”(NR) Art. 2º A Lei nº 8.745, de 9 de dezembro de 1993, passa a vigorar com as seguintes alterações: “Art. 2º ................................................... II – assistência a emergências em saúde pública; § 4º Ato do Poder Executivo disporá, para efeitos desta Lei, sobre a declaração de emergências em saúde pública.”(NR) “Art. 3º ................................................... § 1º A contratação para atender às necessidades decorrentes de calamidade pública, de emergência ambiental e de emergências em saúde pública prescindirá de processo seletivo. ...................................................... ”(NR) “Art. 4º ................................................... II – 1 (um) ano, no caso dos incisos III e IV e das alíneas d e f do inciso VI do caput do art. 2º desta Lei; III – 2 (dois) anos, nos casos das alíneas b, e e m do inciso VI do art. 2º; Parágrafo único. I – nos casos dos incisos III e IV e das alíneas b, d e f do inciso VI do caput do art. 2º desta Lei, desde que o prazo total não exceda a 2 (dois) anos; III – nos casos do inciso V, das alíneas a, h, l e m do inciso VI e do inciso VIII do caput do art. 2º desta Lei, desde que o prazo total não exceda a 4 (quatro) anos; VI – nos casos dos incisos I e II do caput do art. 2º desta Lei, pelo prazo necessário à superação da situação de calamidade pública ou das situações de emergências em saúde pública, desde que não exceda a 2 (dois) anos.”(NR) “Art. 7º ................................................... § 2º Caberá ao Poder Executivo fixar as tabelas de remuneração para as hipóteses de contratações previstas nas alíneas h, i, j, l e m do inciso VI do caput do art. 2º.”(NR) Art. 3º São transformadas: I – a Secretaria Especial dos Direitos Humanos em Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS II – a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres em Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; III – a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, de que trata a Lei nº 10.678, de 23 de maio de 2003, em Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República; e IV – a Secretaria Especial de Portos em Secretaria de Portos da Presidência da República. Art. 4º São transformados, sem aumento de despesa, os cargos de natureza especial: I – de Secretário Especial dos Direitos Humanos no cargo de Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República; II – de Secretário Especial de Políticas para as Mulheres no cargo de Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República; III – de Secretário Especial de Portos no cargo de Ministro de Estado Chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República; IV – de Subchefe-Executivo da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República em Secretário-Executivo da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República; e V – de Subchefe-Executivo da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República em Secretário-Executivo da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República. Art. 5º Ficam transformados, sem aumento de despesa, no âmbito do Poder Executivo, para fins de atendimento ao disposto nesta Lei, 3 (três) cargos do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores – DAS-6 e 481 (quatrocentas e oitenta e uma) Funções Comissionadas Técnicas – FCT-15, criadas pelo art. 58 da Medida Provisória nº 2.229-43, de 6 de setembro de 2001, em 4 (quatro) cargos de natureza especial e 69 (sessenta e nove) DAS, destinados: I – ao Ministério do Desenvolvimento Agrário: 3 (três) DAS-4 e 3 (três) DAS-3; II – ao Ministério da Saúde: 1 (um) DAS-5, 2 (dois) DAS-4, 5 (cinco) DAS-3, 14 (quator- Quarta-feira 7 32021 ze) DAS-2, 44 (quarenta e quatro) DAS-1 e 5 (cinco) FG1; III – à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República: 1 (um) DAS-1 e 1 (um) cargo de natureza especial de Secretário-Executivo; IV – à Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República: 1 (um) cargo de natureza especial de SecretárioExecutivo; V – à Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República: 1 (um) cargo de natureza especial de Secretário-Executivo; e VI – à Secretaria de Portos da Presidência da República: 1 (um) cargo de natureza especial de Secretário-Executivo. Parágrafo único. Os cargos em comissão DAS-6 de que trata o caput são provenientes das estruturas das Secretarias de Políticas para as Mulheres, de Políticas de Promoção da Igualdade Racial e de Portos da Presidência da República. Art. 6º Ficam criados, no âmbito do Poder Executivo, os seguintes cargos em comissão do GrupoDireção e Assessoramento Superiores – DAS e Funções Gratificadas – FG, destinados: I – ao Ministério da Saúde: 1 (um) DAS-6, 2 (dois) DAS-5, 27 (vinte e sete) DAS-4, 7 (sete) DAS-3 e 153 (cento e cinquenta e três) DAS-1; e II – ao Ministério da Integração Nacional: 5 (cinco) DAS-4, 7 (sete) DAS-3 e 4 (quatro) DAS-2. Art. 7º São transferidas aos órgãos que receberam as atribuições pertinentes e a seus titulares as competências e incumbências estabelecidas em leis gerais ou específicas aos órgãos transformados por esta Lei, ou a seus titulares. Art. 8º Ato do Poder Executivo disporá sobre a estrutura regimental da Secretaria de Direitos Humanos, da Secretaria de Políticas para as Mulheres, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, da Secretaria de Portos da Presidência da República, da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República e dos Ministérios da Saúde, do Desenvolvimento Agrário e da Integração Nacional. Art. 9º Ato do Poder Executivo disporá sobre a alocação dos cargos em comissão criados nesta 32022 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Lei nas estruturas regimentais dos órgãos envolvidos. Art. 10. O art. 14 da Lei nº 8.029, de 12 de abril de 1990, passa a vigorar acrescido do seguinte § 4º: “Art. 14. ................................................. § 4º À Funasa, entidade de promoção e proteção à saúde, compete: I – prevenir e controlar doenças e outros agravos à saúde; II – fomentar soluções de saneamento para prevenção e controle de doenças; III – formular e implementar ações de promoção e proteção à saúde relacionados com as ações estabelecidas pelo Subsistema Nacional de Vigilância em Saúde Ambiental.”(NR) Art. 11. O Poder Executivo disporá sobre a estrutura regimental da Fundação Nacional de Saúde – FUNASA, mantidos os cargos em comissão e funções gratificadas não diretamente vinculados às competências relativas ao atendimento de atenção básica do Departamento de Saúde Indígena transferidas ao Ministério da Saúde com fundamento nesta Lei. Art. 12. Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação, produzindo efeitos, no tocante à transformação e criação de cargos inferiores ao de Ministro de Estado, a partir da publicação das respectivas estruturas regimentais. Art. 13. Ficam revogados os incisos III, V, VI e VII do § 3º do art. 1º da Lei nº 10.683, de 28 de maio de 2003, e o art. 2º da Lei nº 10.678, de 23 de maio de 2003. Sala das Sessões, 6 de julho de 2010. – Deputado Vital do Rêgo Filho, Relator. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam como se acham. (Pausa.) APROVADA. A matéria vai ao Senado Federal. (Muito bem! Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Se nós formos rápidos aqui, podemos votar rapidamente, porque não há nem destaque. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Item 2. MEDIDA PROVISÓRIA Nº 484, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória Nº 484, de 2010, que dispõe sobre a prestação de apoio financeiro pela União Julho de 2010 aos Estados e ao Distrito Federal, institui o Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio, para o exercício de 2010, e dá outras providências. Pendente do parecer da Comissão Mista. PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 12-4-2010 PRAZO NA CÂMARA: 26-4-2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 14-5-2010(46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 9-8-2010 O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Os requerimentos foram retirados, pelo que eu entendi, pelo Democratas, não é? (Pausa.) O PSDB tem requerimentos. Também retira os requerimentos, Deputado Pannunzio? O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, ouvindo a bancada aqui, entendi que é melhor retirarmos os requerimentos. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Todos os requerimentos foram retirados. (Palmas.) REQUERIMENTOS A QUE SE REFERE O SR. PRESIDENTE: “Senhor Presidente, Requeremos a Vossa Excelência, nos termos do art. 117, VI, do Regimento Interno, a retirada de pauta da MP 484/2010, constante do item 2 da presente Ordem do Dia. Sala das Sessões, 6 de julho de 2010. Eduardo Sciarra Vice-Líder do Democratas” “Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 117, combinado os arts. 101, I, a, 2 e 117, X, do Regimento Interno, o adiamento da discussão por 1 sessão da MP 484/2010. Sala das Sessões, 6 de julho de 2010. Antonio Carlos Pannunzio Vice-Líder do PSDB” “Senhor Presidente, Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do art. 193, § 3º, combinado com o art. 117, X, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, o adiamento da votação por 1 sessão da MP 484/2010. Sala das Sessões, 6 de julho de 2010. Antonio Carlos Pannunzio Vice-Líder do PSDB” Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para oferecer parecer à emenda, concedo a palavra ao Deputado Pedro Wilson. (Pausa.) O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, com autorização do Relator, quero pedir a S.Exa. que, neste ambiente de entendimento, S.Exa. faça um resumo do seu relatório e leia sua conclusão, porque todo o mundo está a favor. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Pedimos ao Deputado Pedro Wilson que, se S.Exa. estiver de acordo, aceite a ponderação do Deputado Miro Teixeira. Para oferecer parecer à emenda, concedo a palavra ao Deputado Pedro Wilson. O SR. PEDRO WILSON (PT – GO. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, estou de acordo com o entendimento. Vou ao voto da admissibilidade: “O art. 62 da Constituição Federal estabelece que, em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao exame do Congresso Nacional. O § 1º do art. 2º da Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional, estabelece por sua vez que, no dia da publicação da medida provisória no Diário Oficial da União, o seu texto será enviado ao Congresso Nacional, acompanhado de respectiva mensagem e documento expondo a motivação do ato. A admissibilidade da medida provisória depende da observância dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e do atendimento ao mencionado dispositivo do Regimento Comum do Congresso Nacional. O Poder Executivo encaminhou ao Congresso Nacional a Medida Provisória nº 484, de 2010, por meio da Mensagem nº 131, de 30 de março de 2010, acompanhada da Exposição de Motivos nº 24, de 26 de março de 2010, dos Ministros de Estado da Fazenda e da Educação, que aponta a queda de arrecadação dos Estados e do Distrito Federal, causada pela crise mundial em 2009, como justificativa para entrega a esses entes federados, em caráter de urgência de recurso da União, no montante de 800 milhões de reais, bem assim para a instituição do Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio, no presente exercício de 2010, com a finalidade de conceder compensação financeira na área educacional aos Estados das Regiões Norte e Nordeste, pela redução ocorrida nos recursos dos Fundos Estaduais de Manutenção Quarta-feira 7 32023 e Desenvolvimento da Educação e de Valorização do Magistério. Quanto à destinação do superávit financeiro de 2009 à cobertura de despesas primárias, de que trata o art. 9º da Medida Provisória nº 484, esclarece a referida EMI nº 24, de 2010, que sua urgência “decorre da necessidade da entrega tempestiva dos recursos, possibilitando a adequada execução das programações orçamentárias dos Estados e do Distrito Federal, de modo que não seja afetada a prestação de serviços públicos estaduais, bem como fortalecer o ensino médio nos Estados do Norte e do Nordeste”. O SR. JOÃO ALMEIDA – Sr. Presidente, peço a palavra para uma questão de ordem. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. JOÃO ALMEIDA (PSDB – BA. Questão de ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, observo que o ilustre Relator está ali passando as páginas do relatório para chegar ao fim. Requeiro que seja lido o relatório integralmente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Um momento, deixe-me esclarecer o seguinte: foi proposto que o Relator lesse apenas o voto, e ninguém contestou. De modo que S.Exa. vai ler o voto. O SR. BETO ALBUQUERQUE (Bloco/PSB-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Houve acordo. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para concluir o seu voto. O SR. PEDRO WILSON (PT – GO. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Na leitura de todo o processo da constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, da adequação financeira e orçamentária do processo do mérito da Medida Provisória nº 484 e do processo de explicação de rejeição das emendas, vou ao voto: “Diante do exposto, votamos pela: I – constitucionalidade, juridicidade e adequação à técnica legislativa da Medida Provisória nº 484, de 2010, e das 6 emendas a ela apresentadas; II – compatibilidade e adequação financeira e orçamentária da Medida Provisória nº 484, de 2010, e das 6 emendas; III – aprovação, no mérito, da Medida Provisória nº 484, de 2010, e pela rejeição das 6 emendas.” PARECER ESCRITO ENCAMINHADO À MESA 32024 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 32025 32026 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 32027 32028 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 32029 32030 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. MANATO (PDT – ES. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Vamos votar, Sr. Presidente! O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Há inscrição para contrários e favoráveis à matéria. O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Vamos suspender esta discussão. Está claro, Sr. Presidente. O parecer foi entregue em junho. É só a MP, não há PLV. O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Somos favoráveis. Pode retirar, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para encaminhar, concedo a palavra ao nobre Deputado Luiz Carlos Hauly, que falará contra a matéria. (Pausa.) Abre mão o Deputado Luiz Carlos Hauly. Deputado Antonio Carlos Mendes Thame. (Pausa.) Deputado Duarte Nogueira. (Pausa.) Deputado Otavio Leite. (Pausa.) Deputado Paes de Lira, para falar contra. (Pausa.) Abre mão. Para falar a favor, abrem mão? (Pausa.) O SR. ANTÔNIO CARLOS CHAMARIZ (PTB – AL. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Todos abrem mão. Vamos votar a PEC nº 300, de 2008, Sr. Presidente. O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Todos abrem mão para votar a PEC nº 300. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vamos. Todos abrem mão. O SR. ANTÔNIO CARLOS CHAMARIZ – Sr. Presidente, estamos aqui aguardando para votar a PEC nº 300. Só saio daqui depois de votarmos a PEC nº 300. O SR. JOÃO ALMEIDA – Sr. Presidente, peço a palavra pela Liderança. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Tem a palavra o Deputado João Almeida, para uma Comunicação de Liderança, pelo PTB. (Pausa.) O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – S.Exa. já falou como Líder nesta sessão, Sr. Presidente. A SRA. GORETE PEREIRA (PR – CE. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Está bem perto de se votar a PEC nº 300, Sr. Presidente. O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Já é a sessão extraordinária, Sr. Presidente. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Já falou como Líder. Quarta-feira 7 32031 O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Líder João Almeida, sem embargo o prazer que temos todos de ouvi-lo, em face da contestação havida e da realidade de que ainda estamos na mesma sessão, realmente V.Exa. já se manifestou. O SR. JOÃO ALMEIDA (PSDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – É porque eu estive fora, Sr. Presidente, e imaginei que esta fosse uma nova sessão. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Compreendo. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – É a mesma sessão. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Mas vamos ouvi-lo em outra oportunidade, com muito gosto. O SR. MIRO TEIXEIRA – E nós aqui sem jantar. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Quero apenas ler, então, para as Sras. e Srs. Deputados e Líderes, as conclusões do parecer pela: “I) constitucionalidade, juridicidade e adequação à técnica legislativa da Medida Provisória nº 484, de 2010, e das seis Emendas a esta apresentadas; II) compatibilidade e adequação financeira e orçamentária da Medida Provisória nº 484, de 2010, e das seis Emendas; III) aprovação, no mérito, da Medida Provisória nº 484, de 2010, e pela rejeição das seis Emendas.” Está é a conclusão do relatório. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vamos ouvir os Srs. Líderes. Encaminhamento de votação do parecer do Relator na parte em que manifesta opinião favorável quanto ao atendimento aos pressupostos constitucionais de relevância, urgência e sua adequação financeira e orçamentária. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como votam os Srs. Líderes? Como vota o PMDB, Deputado Henrique Eduardo Alves? O SR. HENRIQUE EDUARDO ALVES (Bloco/ PMDB – RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. Como vota o PT? 32032 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PT vota “sim”. Vamos votar rápido e em seguida entramos na PEC 300. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PTB? O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, vota “sim”. Vamos votar rápido. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PDT? O SR. DAGOBERTO (PDT – MS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PDT vota “sim” e sugere que todos os partidos votem “sim”, para podermos encaminhar essa votação para frente. O SR. LINDOMAR GARÇON (PV – RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PV vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O Bloco como vota? A SRA. ANA ARRAES (Bloco/PSB-PE. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Vota “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PP? O SR. ROBERTO BRITTO (PP – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PP vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PV? O SR. LINDOMAR GARÇON (PV – RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PV vota “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PR? A SRA. GORETE PEREIRA (PR – CE. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, o PR vota “sim”, pela educação. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – PSC, como vota? O SR. MARCONDES GADELHA (PSC – PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSC vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O Democratas como vota? O SR. EDUARDO SCIARRA (DEM – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Vota “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim” o PSDB? O SR. ZENALDO COUTINHO (PSDB – PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSDB, nesta votação, orienta o voto “não” e faz questão de estar pre- Julho de 2010 sente na sua grande maioria para votar a PEC 300. (Manifestação das galerias.) O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. Quem mais? PTB? (Pausa.) PSOL? (Pausa.) O SR. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Recursos para o ensino médio... O SR. MÁRIO HERINGER (PDT-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Dinheiro para a educação, todo o mundo vota “sim”. O SR. CHICO ALENCAR – ...nosso voto é “sim”. O SR. CÂNDIDO VACCAREZZA (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Governo vota “sim”. O SR. WILLIAM WOO – Sr. Presidente, o PPS. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – PPS? O SR. WILLIAM WOO (PPS-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PPS, cuja bancada é composta de 27% de policiais, vota “sim”, pela PEC 300 já. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, PTB “sim”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação o parecer. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.) APROVADO. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação as Emendas de nºs 1 a 6, apresentadas na Comissão, com parecer pela rejeição. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como votam os Srs. Líderes? Como vota o PT? Emendas de nºs 1 a 6, com parecer pela rejeição. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim” ao parecer do Relator. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Quem vota com o Relator vota “não”. Quem vota contra o Relator vota “sim”. O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Com o Relator, o PT vota “não”. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. Como vota o PMDB? O SR. HENRIQUE EDUARDO ALVES (Bloco/ PMDB – RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Vota “sim” o PMDB, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PTB? O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Com o Relator, vota “não”, para votar logo a PEC nº 300. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. Como vota o PPS? Como vota o Bloco? A SRA. JÔ MORAES (Bloco/PCdoB-MG. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – O Bloco vota “não”, com o Relator. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. Como vota o PSOL? O SR. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Vota “não” o PSOL. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. Como vota o PPS? O SR. WILLIAM WOO (PPS-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PPS vota “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “sim”. Como vota o PSC? O SR. MARCONDES GADELHA (PSC – PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PSC vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. Como vota o PV? O SR. DR. TALMIR (PV-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PV quer que todos votemos a PEC nº 300. Nesse caso, Sr. Presidente, vota “não”, em prol da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros, pela segurança pública. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PDT? O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PDT vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. Como vota o PR? A SRA. GORETE PEREIRA (PR – CE. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – O PR vota “não”. Quarta-feira 7 32033 O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o PP? O SR. ROBERTO BRITTO (PP – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O PP vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Como vota o Democratas? O SR. EDUARDO SCIARRA (DEM – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – O Democratas vota “sim”, porque entende que as emendas pretendiam melhorar o projeto. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Deputado Zenaldo Coutinho? PSDB? O SR. JOÃO ALMEIDA (PSDB – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vota “não”. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação as Emendas de nºs 1 a 6, apresentadas na Comissão Mista, com parecer pela rejeição. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Aqueles que forem pela aprovação permaneçam como se acham. (Pausa.) REJEITADAS. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação a Medida Provisória nº 484, de 2010. “O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o art. 62 da Constituição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei: Art. 1º Fica a União obrigada a transferir aos Estados e ao Distrito Federal, no exercício de 2010, a título de apoio financeiro, o valor de R$ 800.000.000,00 (oitocentos milhões de reais), de acordo com os critérios e prazos estabelecidos nesta Medida Provisória, com o objetivo de superar dificuldades financeiras emergenciais. § 1º O valor referido no caput será entregue aos Estados e ao Distrito Federal mediante a aplicação dos coeficientes individuais de participação no Fundo de Participação dos Estados, conforme Lei Complementar no 62, de 28 de dezembro de 1989, na forma fixada pela Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, até o quinto dia útil após a aprovação do crédito orçamentário para a finalidade. § 2º Para a entrega dos recursos aos Estados e ao Distrito Federal, serão obrigatoriamente deduzidos os valores das suas dívidas vencidas e não pagas junto à União. 32034 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Art. 2º Fica instituído, no âmbito do Ministério da Educação, o Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio, com a finalidade de prestar assistência financeira ao ensino médio estadual, excepcionalmente no exercício de 2010, no montante de R$ 800.000.000,00 (oitocentos milhões de reais), na forma desta Medida Provisória. Parágrafo único. O Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio atenderá aos Estados das regiões Norte e Nordeste cujo valor anual por aluno do ensino médio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB, em 2010, seja inferior à média dessas regiões, conforme cálculo efetuado na forma do art. 4º. Art. 3º O Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio tem como objetivos contribuir para: I – incentivar a melhoria dos indicadores de qualidade do ensino médio; II – suprir recursos financeiros de forma a equalizar oportunidades educacionais no nível do ensino médio; e III – atender à ampliação das matrículas no ensino médio público. Art. 4º O Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio será executado por meio de transferência direta aos Estados considerados prioritários pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, conforme os seguintes parâmetros: I – o número de matrículas no ensino médio público; II – os indicadores disponíveis para aferir o desenvolvimento da educação básica, conforme calculado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP; e III – o valor anual por aluno a ser praticado em 2010, em cada fundo estadual, no âmbito do FUNDEB. § 1º A transferência de recursos financeiros será efetivada, automaticamente, pelo FNDE, sem necessidade de convênio, acordo, contrato, ajuste ou instrumento congênere, mediante depósito em conta-corrente específica em parcela única, até o décimo dia útil após a aprovação do crédito orçamentário para a finalidade. Julho de 2010 § 2º O Conselho Deliberativo do FNDE disporá, em ato próprio, sobre os critérios de distribuição dos recursos e os demais procedimentos operacionais para a execução e prestação de contas do Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio. Art. 5º A prestação de contas dos recursos recebidos deverá ser apresentada pelos Estados até 30 de novembro de 2010. § 1º Os eventuais saldos de recursos financeiros remanescentes na data da prestação de contas poderão ser reprogramados para utilização em período subsequente, com estrita observância ao objeto de sua transferência, nos termos de regulamentação do Conselho Deliberativo do FNDE. § 2º Os Estados beneficiários deverão disponibilizar, sempre que solicitados, a documentação do Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio ao Tribunal de Contas da União, ao FNDE, aos órgãos de controle interno do Poder Executivo Federal e aos conselhos de acompanhamento e controle social de que trata o art. 6º desta Medida Provisória. Art. 6º O acompanhamento e o controle social sobre a transferência e aplicação dos recursos repassados à conta do Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio serão exercidos em âmbito estadual pelos respectivos conselhos previstos no art. 24 da Lei no 11.494, de 20 de junho de 2007. Parágrafo único. Os conselhos a que se refere o caput analisarão as prestações de contas dos recursos repassados à conta do Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio e encaminharão ao FNDE demonstrativo sintético anual da execução físico-financeira, com parecer conclusivo acerca da aplicação dos recursos transferidos. Art. 7º As despesas do Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio correrão à conta de dotação específica consignada ao FNDE no ano de 2010. Art. 8º Os valores transferidos à conta do Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio não poderão ser considerados pelos Estados para os fins do art. 212 da Constituição. Art. 9º O superávit financeiro das fontes de recursos existentes no Tesouro Nacio- Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS nal em 31 de dezembro de 2009 poderá ser destinado à cobertura de despesas primárias obrigatórias. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica às fontes de recursos decorrentes de vinculação constitucional e de repartição de receitas a Estados e Municípios. Art. 10. Esta Medida Provisória entra em vigor na data de sua publicação.” O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Há sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte REDAÇÃO FINAL DA MEDIDA PROVISÓRIA Nº 484-A, DE 2010 Dispõe sobre a prestação de apoio financeiro pela União aos Estados e ao Distrito Federal, institui o Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio para o exercício de 2010, e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta: Art. 1o Fica a União obrigada a transferir aos Estados e ao Distrito Federal, no exercício de 2010, a título de apoio financeiro, o valor de R$ 800.000.000,00 (oitocentos milhões de reais), de acordo com os critérios e prazos estabelecidos nesta Lei, com o objetivo de superar dificuldades financeiras emergenciais. § 1o O valor referido no caput será entregue aos Estados e ao Distrito Federal mediante a aplicação dos coeficientes individuais de participação no Fundo de Participação dos Estados, conforme Lei Complementar no 62, de 28 de dezembro de 1989, na forma fixada pela Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda, até o quinto dia útil após a aprovação do crédito orçamentário para a finalidade. § 2o Para a entrega dos recursos aos Estados e ao Distrito Federal, serão obrigatoriamente deduzidos os valores das suas dívidas vencidas e não pagas com a União. Art. 2o Fica instituído, no âmbito do Ministério da Educação, o Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio, com a finalidade de prestar assistência financeira ao ensino médio estadual, excepcionalmente no exercício de 2010, no montante de R$ 800.000.000,00 (oitocentos milhões de reais), na forma desta Lei. Quarta-feira 7 32035 Parágrafo único. O Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio atenderá aos Estados das regiões Norte e Nordeste cujo valor anual por aluno do ensino médio do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB, em 2010, seja inferior à média dessas regiões, conforme cálculo efetuado na forma do art. 4o. Art. 3o O Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio tem como objetivos contribuir para: I – incentivar a melhoria dos indicadores de qualidade do ensino médio; II – suprir recursos financeiros de forma a equalizar oportunidades educacionais no nível do ensino médio; e III – atender à ampliação das matrículas no ensino médio público. Art. 4o O Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio será executado por meio de transferência direta aos Estados considerados prioritários pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, conforme os seguintes parâmetros: I – o número de matrículas no ensino médio público; II – os indicadores disponíveis para aferir o desenvolvimento da educação básica, conforme calculado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP; e III – o valor anual por aluno a ser praticado em 2010, em cada fundo estadual, no âmbito do Fundeb. § 1o A transferência de recursos financeiros será efetivada, automaticamente, pelo FNDE, sem necessidade de convênio, acordo, contrato, ajuste ou instrumento congênere, mediante depósito em conta corrente específica em parcela única, até o décimo dia útil após a aprovação do crédito orçamentário para a finalidade. § 2o O Conselho Deliberativo do FNDE disporá, em ato próprio, sobre os critérios de distribuição dos recursos e os demais procedimentos operacionais para a execução e prestação de contas do Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio. Art. 5o A prestação de contas dos recursos recebidos deverá ser apresentada pelos Estados até 30 de novembro de 2010. § 1º Os eventuais saldos de recursos financeiros remanescentes na data da prestação de contas po- 32036 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS derão ser reprogramados para utilização em período subsequente, com estrita observância ao objeto de sua transferência, nos termos de regulamentação do Conselho Deliberativo do FNDE. § 2o Os Estados beneficiários deverão disponibilizar, sempre que solicitados, a documentação do Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio ao Tribunal de Contas da União, ao FNDE, aos órgãos de controle interno do Poder Executivo Federal e aos conselhos de acompanhamento e controle social de que trata o art. 6o desta Lei. Art. 6o O acompanhamento e o controle social sobre a transferência e aplicação dos recursos repassados à conta do Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio serão exercidos em âmbito estadual pelos respectivos conselhos previstos no art. 24 da Lei no 11.494, de 20 de junho de 2007. Parágrafo único. Os conselhos a que se refere o caput analisarão as prestações de contas dos recursos repassados à conta do Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio e encaminharão ao FNDE demonstrativo sintético anual da execução físico-financeira, com parecer conclusivo acerca da aplicação dos recursos transferidos. Art. 7o As despesas do Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio correrão à conta de dotação específica consignada ao FNDE no ano de 2010. Art. 8o Os valores transferidos à conta do Programa Especial de Fortalecimento do Ensino Médio não poderão ser considerados pelos Estados para os fins do disposto no art. 212 da Constituição Federal. Art. 9o O superávit financeiro das fontes de recursos existentes no Tesouro Nacional em 31 de dezembro de 2009 poderá ser destinado à cobertura de despesas primárias obrigatórias. Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica às fontes de recursos decorrentes de vinculação constitucional e de repartição de receitas a Estados e Municípios. Art. 10. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Sala das Sessões, em 6 de julho de 2010. – Deputado Pedro Wilson, Relator. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADA. A matéria vai ao Senado Federal. Julho de 2010 O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Proposta de Emenda à Constituição nº 446, de 2009 – PEC nº 300. PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO N° 446, DE 2009 (Do Senado Federal) Continuação da votação, em primeiro turno, da Proposta de Emenda à Constituição nº 446, de 2009, que institui o piso salarial para os servidores policiais, tendo parecer da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania, pela admissibilidade da PEC 300/08, apensada (Relator: Dep. Mendonça Prado); e da Comissão Especial constituída para apreciar a PEC 300/08, apensada, pela admissibilidade das Emendas de nºs 1 a 5 apresentadas na Comissão e, no mérito, pela aprovação da mesma, pela aprovação parcial das Emendas de nºs 1 a 4, com substitutivo, e pela rejeição da Emenda de nº 5 (Relator: Dep. Major Fábio). Tendo apensadas (5) as PECs nºs 300/08, 340/09, 356/09, 414/09 e 425/09. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Aqui há uma emenda aglutinativa. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, eu queria fazer uma sugestão a V.Exa. Há uma emenda aglutinativa. Se votarmos primeiro a emenda aglutinativa e ela vier a ser aprovada, todos os destaques serão prejudicados. Com apenas uma votação, nós resolveríamos todos os problemas. O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, temos conhecimento da emenda aglutinativa. Era importante a Presidência acelerar a emenda aglutinativa, e nós vamos... O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vou ler a emenda aglutinativa para V.Exas., enquanto a cópia é distribuída. O SR. MIRO TEIXEIRA – Nós temos. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – É o seguinte: Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS “Com base no texto dos destaques apresentados, é apresentada a seguinte emenda aglutinativa: Art. 1º O art. 144 da Constituição Federal passa a vigorar acrescido dos seguintes parágrafos: ‘Art. 144. . .............................................. § 10. A remuneração dos policiais e bombeiros militares integrantes dos órgãos relacionados nos incisos IV e V do caput, fixada na forma do § 4º do art. 39, observará piso remuneratório definido em lei federal. § 11. A lei que regulamentar o piso remuneratório previsto no § 10 disciplinará a composição e o funcionamento de fundo contábil instituído para esse fim, inclusive no tocante ao prazo de sua duração.’ Art. 2º Para fins do exposto no § 10 do art. 144, o Poder Executivo encaminhará projeto de lei em até 180 dias. Art. 3º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data da sua publicação.” O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para encaminhar a favor da matéria, tem a palavra o Deputado Miro Teixeira. (Pausa.) O SR. PAES DE LIRA – Questão de ordem, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para questão de ordem, tem a palavra o Deputado Paes de Lira. O SR. PAES DE LIRA (Bloco/PTC-SP. Questão de ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. presidente, é extremamente importante marcar posição aqui. É evidente que há situação de rolo compressor. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – É questão de ordem? O SR. PAES DE LIRA – É questão de ordem. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vamos ver. Se for questão de ordem a Mesa permitirá. (Tumulto no plenário. Vamos votar!) O SR. PAES DE LIRA – Sr. Presidente, peço a V.Exa. que me assegure a palavra. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Um momento. Vamos nos organizar um pouco. Estamos chegando ao final desta sessão e desta longa trajetória da PEC nº 300, de 2008. Vamos fazer silêncio e ver se é questão de ordem. Se for, a Mesa admitirá. Caso contrário, só haverá encaminhamento. Quarta-feira 7 32037 O SR. PAES DE LIRA – É uma questão de ordem, Sr. Presidente, extremamente importante. É preciso que fique exatamente claro para todos. (Manifestação do Plenário.) Eu tenho a palavra ou não? (Pausa.) Eu tenho a palavra para uma questão de ordem! A questão de ordem se baseia no Regimento Interno da Câmara dos Deputados, art. 95, § 5º. Também envolve os arts. 60, § 2º, da Constituição da República; e os arts. 202, §§ 3º e 6º, 120, §§ 2º e 3º, e 122 caput do Regimento Interno da Câmara dos Deputados. A matéria é relevante, Sr. Presidente, e é uma questão de ordem. Ela precisa ser feita para que todos saibam, para que o Brasil saiba, para que os policiais e bombeiros militares saibam, para que todos os Deputados Federais pelo menos levem em consideração esta matéria. Não a faço com esperança de que seja considerada, aprovada. O fato é o seguinte, Sr. Presidente: o texto aprovado no dia 2 de março foi este, a Emenda Substitutiva Aglutinativa Global nº 1, de 2010, oferecida à PEC nº 300, de 2008, apensada à PEC nº 446, de 2009. O texto lido por V.Exa. é completamente novo. É matéria completamente nova e é preciso que se diga que não tem semelhança, exceto no núcleo do piso salarial nacional que se institui, com a matéria aprovada aqui. Acontece que ela foi objeto de 5 destaques, como é de conhecimento de todos. Um foi votado e aprovado. A matéria, então, está pendente de 4 destaques. Regimentalmente, e esta é a questão central, só se admite neste momento a votação dos destaques. Admito que houve um processo de cooptação ou de negociação, se quiserem, de uma maioria de entidades representadas num determinado dia, que concordou com que se aprovasse o Destaque nº 5. Essa é a verdade dos fatos. Portanto, tenho de admitir. Mas este texto novo produz no cenário jurídico, produz, com o que se vota aqui, uma situação que é como se os 4 destaques pendentes tivessem sido votados e aprovados. Evidentemente, isso não ocorreu. Sr. Presidente, a violação dos dispositivos regimentais e constitucionais citados é evidente nesta questão. A PEC nº 300, de 2008... O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Para contraditar, Sr. Presidente. O SR. PAES DE LIRA – Não terminei ainda! V.Exa. contradite após. 32038 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS A PEC nº 300, de 2008 foi incluída na pauta de discussão e aprovada como emenda aglutinativa substitutiva global. Nos termos regimentais e constitucionais, a matéria tem de ser apreciada em 2 turnos, porque é proposta de emenda constitucional. A redação foi votada e aprovada. É verdade que os destaques provocam supressões, janelas no texto. Também é verdade que, se não forem votados ou derrubados, essas janelas permanecem. Tudo isso é inquestionável. No entanto, os Destaques nºs 2, 3, 4 e 5 não foram votados. Ademais, Sr. Presidente, V.Exa. e o Plenário hão de convir que estas matérias já foram objeto das Questões de Ordem nºs 590 e 594 e de outra, mais antiga, 252, todas decididas pela Presidência da Casa... O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para concluir, nobre Deputado. O SR. PAES DE LIRA – ...e por V.Exa. como não restando possibilidade de apresentação de nova emenda aglutinativa em situações como esta. Assim sendo, voltando ao texto regimental e lembrando que a oportunidade dos destaques, nos termos do art. 162, foi completamente ultrapassada, não se pode aceitar este texto, e sim, apenas e tão somente, votar o texto dos destaques. É a questão de ordem que apresento a V.Exa. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Sr. Presidente, para contraditar. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para contraditar, o Deputado Arnaldo Faria de Sá tem a palavra. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o que quer o Deputado Paes de Lira? Retomar a votação inicial, que sabemos ser totalmente infrutífera. O acordo da emenda aglutinativa foi feito com todas as entidades policiais civis e militares. Todas subscreveram o documento concordando com esta votação. Sem dúvida nenhuma, se for prevalecer a tese do Deputado Paes de Lira, não votaremos nada. Não é isso que eles querem. Eles querem votar alguma coisa. A emenda aglutinativa resolve essa questão. Vamos votar, Presidente! (Palmas nas galerias.) O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Acolho, para responder à questão de ordem do Deputado Paes de Lira, as ponderações da contradita feita pelo Deputado Arnaldo Faria de Sá. Esta emenda aglutinativa veio à Mesa como fruto de grande composição. Sendo ela abrangente dos 4 Julho de 2010 destaques mencionados pelo Deputado Paes de Lira, se aprovada, não se votam os destaques, e a matéria estará definitivamente encerrada. O SR. PAES DE LIRA (Bloco/PTC-SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, recorro da decisão de V.Exa. Vamos votar! O SR. VICENTINHO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, votei com a bancada e estou doido para votar a PEC nº 300, de 2008. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Para falar a favor da matéria, o Deputado Miro Teixeira tem apalavra. O SR. MIRO TEIXEIRA (PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, senhoras e senhores, hoje é uma noite que lembra o velho Ulysses Guimarães, naquele discurso em que citava Fernando Pessoa, “Navegar é preciso”, extraído do pórtico dos navegantes. Hoje isso é aplicável a estas forças que comandaram a luta da PEC nº 300, de 2008, que estão na luta da PEC nº 308, de 2004. (Palmas.) Novamente Fernando Pessoa, já que estamos por estes caminhos: “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”. Isso vocês trouxeram para dentro da Câmara dos Deputados. Vocês estavam afastados das lutas dos corredores do Parlamento. Outras entidades chegaram aqui lutando pelas suas categorias. De repente, chegou a polícia, chegou a polícia, e as forças do bem correram para abraçá-la. (Palmas.) Normalmente, em certos lugares, quando chega a polícia, muitas pessoas correm. Aqui, as forças do bem correram para abraçá-la. E vieram os bombeiros! Saibam do seguinte: antes mesmo de vocês terem uma vitória neste texto, o que vocês têm é uma vitória da unidade do movimento de vocês. (Palmas nas galerias.) Agora vocês têm de manter essa unidade, essa organização. Conversamos, noites e noites e noites aqui com os Deputados Henrique Eduardo Alves, Marco Maia, infernizamos a vida do Presidente Michel Temer. Da sua casa não podia nos expulsar. De lá não podia nos expulsar. Não que tivesse vontade, não teria. Mas é uma residência oficial, é da Casa, é nossa. (Manifestação do Plenário. Vamos votar!) Tenham calma. Tenham calma porque algumas vozes vão se levantar contra estas pessoas. O que eu estou fazendo é apologia do movimento desses policiais, que avançaram e que souberam fazer um acordo com o Líder Cândido Vaccarezza, mediante o Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS texto que V.Exa. trouxe. Então, é preciso que haja este reconhecimento. Agora, vamos votar “sim” a vocês que comandaram a luta! (Manifestação das galerias.) O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Com a palavra o Deputado Lindomar Garçon, para seu breve pronunciamento. O SR. LINDOMAR GARÇON (PV – RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero, neste momento, agradecer a todos os Parlamentares aqui presentes, pois os policiais do Brasil vão ter a oportunidade, após esta votação, de ver quem faltou a esta sessão por motivos até mesmo de abstenção. Vamos, sim, votar para que os policiais militares e civis de todo o Brasil, que há muito tempo sofrem esperando por esta votação, sejam definitivamente beneficiados. O Partido Verde vota “sim”. (Manifestação do Plenário. Vamos votar!) O SR. WILLIAM WOO – Sr. Presidente, questão de ordem. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Se for realmente para questão de ordem. �������������� de orO SR. WILLIAM WOO (PPS-SP. Questão dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, se não começarmos a votação, salvo engano, até as 23h16min, não poderemos mais prorrogar a sessão. Vamos começar a votação. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vamos começá-la agora. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Em votação a Emenda Aglutinativa nº 2. Como se trata de PEC, peço aos Srs. Deputados que votem nominalmente. Se todos estão de acordo, colocamos no painel a orientação “sim” para todos os partidos. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – “Sim” para todo o mundo, Sr. Presidente. Vamos lá! “EMENDA AGLUTINATIVA Nº 2 Com base no texto dos destaques apresentados, é apresentada a seguinte emenda aglutinativa: Art. 1º O art. 144 da Constituição Federal passa a vigorar acrescido dos seguintes parágrafos: ‘Art. 144. . .............................................. § 10. A remuneração dos policiais e bombeiros militares integrantes dos órgãos relacionados nos incisos IV e V do caput, fixada Quarta-feira 7 32039 na forma do § 4º do art. 39, observará piso remuneratório definido em lei federal. § 11. A lei que regulamentar o piso remuneratório previsto no § 10 disciplinará a composição e o funcionamento de fundo contábil instituído para esse fim, inclusive no tocante ao prazo de sua duração.’ Art. 2º Para fins do exposto no § 10 do art. 144, o Poder Executivo encaminhará projeto de lei em até 180 dias. Art. 3º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data da sua publicação. Sala das Sessões, 6 de julho de 2010. Cândido Vaccarezza, Líder do Governo; Daniel Almeida, Líder do Bloco Parlamentar PSB,PCdoB,PMN,PRB; Fernando Ferro, Líder do PT; Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco Parlamentar PMDB,PTC; Arnaldo Faria de Sá, Vice-Líder do PSC; Fábio Faria, Líder do PMN; Marcondes Gadelha, Vice-Líder do PSC; Lincoln Portela, 1º Vice-Líder do PR; Roberto Britto, Vice-Líder do PP ” O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Todos orientam “sim”? Vamos colocar “sim” no painel. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Está iniciada a votação. (Tumulto no plenário.) O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Tem a palavra o Deputado Major Fábio. O SR. MAJOR FÁBIO (DEM – PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nós andamos o Brasil todo e construímos não isto aqui. Nós vamos votar, mas nós construímos com os policiais e os bombeiros do Brasil uma proposta de emenda à Constituição que garantia um salário digno, estabelecemos na PEC que construímos um salário digno. Construímos na Comissão de Constituição e Justiça, construímos na Comissão Especial, mas o Deputado Cândido Vaccarezza disse, no começo desta sessão, depois de o projeto ter passado pela Comissão Especial e pela Comissão de Constituição e Justiça, que ele fez a lei. Ele fez a lei. Ele está acima da Comissão de Constituição e Justiça, está acima da Comissão Especial. Os policiais foram vencidos pelo cansaço. Nós vamos votar, nós vamos aprovar, mas gostaria que o Deputado Cândido Vaccarezza garantisse aos policiais e bombeiros do Brasil que o atual Presidente, não a futura Presidenta ou o futuro Presidente, enviará a esta Casa o projeto de lei previsto. Antes dos 32040 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 180 dias. Garanta isso, Deputado Cândido Vaccarezza. (Manifestação das galerias.) O SR. JOSÉ GENOÍNO – Sr. Presidente... O SR. LINCOLN PORTELA – Sr. Presidente, seria importante que os partidos tivessem liberdade para fazer o encaminhamento. O SR. JOSÉ GENOÍNO – Sr. Presidente, para orientar a bancada do PT. O SR. LINCOLN PORTELA – Sr. Presidente, pelo Partido da República... O SR. JOSÉ GENOÍNO – Sr. Presidente, eu queria, em primeiro lugar... O SR. EDUARDO SCIARRA – Sr. Presidente, queria dizer que esse texto que está sendo votado... O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vou dar a palavra às galerias, porque, com todos falando ao mesmo tempo, não é possível que ninguém tenha a palavra. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vou dar a palavra ao Deputado José Genoíno, que a solicita há muito tempo, e, sequencialmente, aos demais Deputados. O Deputado José Genoíno tem a palavra, enquanto os demais ouvem. O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, em nome da bancada do PT, digo que o nosso partido está 100% com a PEC 300. Quero fazer uma homenagem ao Líder Cândido Vaccarezza, que trabalhou, empenhou-se e, depois de muitos enfrentamentos, teve a paciência democrática de negociar o acordo. E quero parabenizar V.Exa., Presidente Temer, que buscou o caminho da negociação. Eu disse em vários momentos que a negociação era o caminho adequado para buscar a síntese, e disse isso para as lideranças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros. Repito: a bancada do PT está 100% com a PEC 300. Estamos votando... (Manifestação das galerias.) Estamos assistindo a uma cena nas galerias em que os policiais militares dão as mãos aos índios, defendendo as suas reivindicações. Isso é um símbolo da pressão democrática. Sr. Presidente, quero render minhas homenagens ao Líder Cândido Vaccarezza, ao Líder Fernando Ferro, que não está aqui porque foi para o seu Estado, Pernambuco, e a V.Exa., por esta votação consensual na noite de hoje. Julho de 2010 Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Também eu quero, neste momento, cumprimentar não só o Líder Vaccarezza, que fez um trabalho excepcional, como revela o Deputado José Genoíno, mas todas as Lideranças desta Casa e também os Srs. Deputados – houve pelo menos 3 ou 4 Deputados extremamente envolvidos com a matéria e desse envolvimento resultou o envolvimento de toda a Casa. Cumprimento os Srs. Deputados, que conseguiram chegar a um termo final, revelando o que é a democracia: a democracia é o diálogo, e do diálogo nasceu o equilíbrio, que hoje é aplaudido pelas galerias do nosso Poder Legislativo. Meus parabéns aos Líderes e aos colegas Deputados. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Com a palavra o Deputado Eduardo Sciarra, que já a pede há tempo. O SR. EDUARDO SCIARRA (DEM – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, esta matéria que estamos votando tem a concordância da grande maioria da Casa. Entendo que é importante que o Presidente dê mais tempo, para que mais Parlamentares que se estão dirigindo ao plenário possam registrar o seu voto “sim”, pela aprovação da matéria. Mas esse, Sr. Presidente, é o texto do Governo, que foi construído de última hora e aproveitou o cansaço dos policiais, que trabalharam por muito tempo por um texto diferente. Nós queremos deixar isso registrado, dizendo que a matéria é importante, porém o cansaço venceu os policiais, que queriam algo diferente. Muito obrigado. O SR. PEDRO CHAVES (Bloco/PMDB-GO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, na votação anterior, votei com a orientação do partido. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – O Deputado Marcelo Itagiba tem a palavra. Em seguida, o Líder Vaccarezza. O SR. MARCELO ITAGIBA (PSDB – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, obrigado pela concessão da palavra. Hoje, nós estamos votando o fruto de um acordo feito entre as associações e o Governo, porque esse texto não atende ao desejo, aos anseios e à vontade dos policiais. Esse texto, na verdade, é algo a ser complementado, é algo que, no presente, não vai realizar absolutamente nada. É um texto genérico. (Manifestação das galerias.) Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Portanto, fico com o texto original. Não podendo manter o texto original, sou obrigado a votar o texto acordado, mas gostaria que o texto original tivesse sido mantido, porque foi fruto do trabalho sobre emenda constitucional do Deputado Arnaldo Faria de Sá votada na Comissão de Constituição e Justiça e, em seguida, na Comissão Especial. E votada também, em primeiro turno, pelos Deputados, em sua grande maioria, neste plenário. Portanto, deveria ter sido mantido o texto original. Não foi possível. Chegamos a algo com o que os policiais concordaram, e por isso, e apenas por isso, vou votar “sim”, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Concedo a palavra ao Líder Deputado Henrique Eduardo Alves. O SR. HENRIQUE EDUARDO ALVES (Bloco/ PMDB – RN. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, esta votação registra episódios importantes: em primeiro lugar, a livre e democrática manifestação popular que construiu o resultado; em segundo, a determinação, a firmeza de V.Exa; e, em terceiro, por critério de justiça, a participação decisiva do Líder Cândido Vaccarezza, que construiu o diálogo e encontrou a forma. O PMDB rende homenagens a V.Exa., o grande vitorioso desta noite, e reitera a participação integral do partido. Parabéns, Sr. Presidente. (Manifestação das galerias.). O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Líder Cândido Vaccarezza. O SR. CÂNDIDO VACCAREZZA (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, estamos dando aqui um passo de uma grande caminhada. Dirijo-me aos policiais, àqueles que fizeram uma boa discussão no País inteiro e formularam o texto em votação. Na realidade, de parabéns estão as lideranças dos policiais, que compreenderam como deveria ser tecnicamente escrito na Constituição; os Líderes; e o Deputado Arnaldo Faria de Sá, um lutador, um grande representante, que formulou a ideia geral. Já conversei com o Deputado Arnaldo Faria de Sá. Todos sabemos que tem de haver o segundo turno da votação. Podem contar com os Líderes da Casa e com o Líder do Governo para viabilizarmos a votação em segundo turno ainda antes da eleição. Vou fazer uma proposta ao Colégio de Líderes para viabilizarmos essa votação. Aí, a Câmara dos Deputados terá cumprido o seu papel constitucional, e vamos esperar que o Senado também o faça. Quarta-feira 7 32041 Então, vamos apresentar uma proposta para viabilizar a votação em segundo turno antes da eleição. Não acabou ainda a votação. Quero convocar, convidar e sugerir à Oposição que faça menos obstrução, para permitir que votemos rápido esta matéria em segundo turno. (Manifestação das galerias.) Muito obrigado a todos e parabéns ao Presidente Michel Temer, que foi quem bancou a votação. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Deputado Afonso Hamm. O SR. AFONSO HAMM (PP-RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Michel Temer e colegas Deputados, em nome do meu partido, o Partido Progressista, com uma bancada de 42 Parlamentares, quero dizer que o nosso Líder, João Pizzolatti, e todos nós participamos de forma ativa na busca de conquistas para a segurança pública. Essa questão preocupa toda a sociedade brasileira. No meu Estado, o Rio Grande do Sul, não é diferente. Batalhamos muito com todos os líderes que estão aqui, em inúmeras oportunidades. Esta é uma noite de conquista para consolidarmos um piso salarial digno e justo para quem dá segurança e garante vidas. Parabéns à Polícia Militar, à Polícia Civil, ao Corpo de Bombeiros Militar e a este Congresso. Saudações a todos. (Manifestação das galerias.) O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vou conceder um minuto a cada um, porque são muitos para falar ao microfone. Com a palavra o Deputado Daniel Almeida, por um minuto. O SR. DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB – BA. Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) – DISCURSO DO SR. DEPUTADO DANIEL ALMEIDA QUE, ENTREGUE AO ORADOR PARA REVISÃO, SERÁ POSTERIORMENTE PUBLICADO. O SR. LUIZ CARLOS HAULY – Sr. Presidente, em nome do Líder da Minoria... O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Concedo um minuto ao Deputado Arnaldo Faria de Sá. O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero cumprimentar V.Exa. porque, na reunião do almoço de hoje, garantiu, juntamente com o Deputado Cândido Vaccarezza e o Deputado Henrique Eduardo Alves, a possibilidade de votarmos esta matéria. Quero dizer que foi importante a reunião em que se decidiu que não seria votado o projeto do présal para se permitir a votação da PEC 300, que, sem 32042 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS dúvida nenhuma, Sr. Presidente, é extremamente importante. Pode não ser o texto dos sonhos, o texto original, mas alguns que estão criticando esse texto, dizendo que é um golpe, não teriam condição de votar outro texto. Então, têm de cair na realidade: o que é possível votar é esse texto, o texto do acordo, garantindo que, dentro de 180 dias, o Presidente mandará para esta Casa projeto de lei estabelecendo piso e criando um fundo. E quem vai votar o piso seremos nós. Esta Casa é que vai defender o piso. Na verdade, se não votássemos isso, não votaríamos nada. Sem dúvida nenhuma, aqueles que são contra queriam usar apenas a bandeira e não queriam o compromisso de todas as situações, que era votarmos a PEC 300 já. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vou encerrar a votação. Todos votaram? O SR. LUIZ CARLOS HAULY – Sr. Presidente, em nome do Líder Gustavo Fruet... O SR. MÁRIO HERINGER – Sr. Presidente, o PDT gostaria de fazer uma manifestação. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Um minuto para o Deputado Lincoln Portela. O SR. LINCOLN PORTELA (PR-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, é uma honra para mim ser autor da última fala. Quero agradecer ao Partido da República, de que sou o 1º Vice-Líder, porque o Líder Sandro Mabel me abriu espaço e, portanto, pude sair nas carreatas e passeatas e estar junto com todo o grupo. Parabéns aos Deputados, que trabalharam com afinco e dedicação desde o início e se mantiveram de prontidão aqui. Talvez não seja, realmente, o melhor texto, mas é um texto. Mostramos para todo o Brasil o grande problema da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros Militar. Chamamos a atenção de todos e encerramos com chave de ouro, por certo esperando que dias melhores venham para a gloriosa Polícia Militar, a Polícia Civil e os heróis que são os bombeiros do nosso Brasil. Parabéns, Presidente Michel Temer, parabéns a toda esta Casa. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vou encerrar. O SR. MÁRIO HERINGER (PDT-MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PDT gostaria de fazer uma manifestação, reiterando que é uma vitória, realmente, o que conseguimos. Apesar de alguns Líderes... O SR. LUIZ CARLOS HAULY – Sr. Presidente, gostaria de usar a palavra em nome da Minoria. Julho de 2010 O SR. MÁRIO HERINGER – Estou com a palavra, Sr. Presidente, por favor. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Tem V.Exa. a palavra. O SR. MÁRIO HERINGER – O PDT gostaria de se manifestar e dizer que é uma vitória, sim, senhor. É uma vitória construída a partir de acordo com as lideranças dos segmentos dos policiais e dos bombeiros militares. Neste momento, tenho de lembrar que o PDT participou com Miro Teixeira, Dagoberto, Ademir Camilo e Deputados como Sargento Rodrigues, de Minas Gerais. Participamos todos nós de uma luta que é vitoriosa, sim. Não se trata da vitória de Pirro, porque participaremos da votação de um salário decente para os policiais. É essa a nossa luta, e continuaremos nela. (Manifestação das galerias.) O SR. ULDURICO PINTO – O PHS parabeniza. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Eu quero saudar e cumprimentar o meu ilustre colega Indio da Costa, para quem peço aplauso. (Palmas.) O SR. INDIO DA COSTA – Muito obrigado. O SR. LUIZ CARLOS HAULY – E nós agradecemos também à representação... O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Vamos encerrar, Sr. Presidente. O SR. AUGUSTO CARVALHO (PPS-DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, votei com o partido na última votação. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vou encerrar. (Pausa.) Está encerrada a votação. (Manifestação das galerias e no plenário.) O SR. LUIZ CARLOS HAULY – Brasil! Brasil! Brasil! O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Vou proclamar o resultado. (Manifestação das galerias.) VOTARAM: Sim: 349 TOTAL: 349 A EMENDA AGLUTINATIVA Nº 2 FOI APROVADA. A matéria retorna à Comissão Especial, para que seja elaborada a redação para o segundo turno. LISTAGEM DE VOTAÇÃO: Proposição: PEC Nº 446/2009 – EMENDA AGLUTINATIVA Nº 2 – Nominal Eletrônica Início da votação: 6-7-2010 23:01 Encerramento da votação: 6-7-2010 23:18 Presidiu a Votação: Michel Temer Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 32043 32044 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 32045 32046 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 7 32047 32048 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS VI – ENCERRAMENTO O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão, lembrando que hoje, dia 6, está marcada sessão do Congresso Nacional para as 12h, no plenário da Câmara dos Deputados, destinada à apreciação de projetos de lei do Congresso Nacional. O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – COMPARECEM MAIS À SESSÃO OS SRS.: RORAIMA Neudo Campos PP Total de Roraima: 1 Quarta-feira 7 32049 PARAÍBA Manoel Junior PMDB PmdbPtc Wilson Santiago PMDB PmdbPtc Total de Paraíba: 2 PERNAMBUCO Armando Monteiro PTB José Chaves PTB Maurício Rands PT Raul Jungmann PPS Total de Pernambuco: 4 ALAGOAS AMAPÁ Evandro Milhomen PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Lucenira Pimentel PR Total de Amapá: 2 PARÁ Asdrubal Bentes PMDB PmdbPtc Bel Mesquita PMDB PmdbPtc Lúcio Vale PR Paulo Rocha PT Zenaldo Coutinho PSDB Total de Pará: 5 AMAZONAS Sabino Castelo Branco PTB Silas Câmara PSC Total de Amazonas: 2 ACRE Fernando Melo PT Flaviano Melo PMDB PmdbPtc Sergio Petecão PMN PsbPCdoBPmnPrb Total de Acre: 3 MARANHÃO Clóvis Fecury DEM Total de Maranhão: 1 Augusto Farias PTB Benedito de Lira PP Francisco Tenorio PMN PsbPCdoBPmnPrb Joaquim Beltrão PMDB PmdbPtc Maurício Quintella Lessa PR Total de Alagoas: 5 SERGIPE José Carlos Machado DEM Mendonça Prado DEM Valadares Filho PSB PsbPCdoBPmnPrb Total de Sergipe: 3 BAHIA Roberto Britto PP Total de Bahia: 1 MINAS GERAIS Antônio Andrade PMDB PmdbPtc George Hilton PRB PsbPCdoBPmnPrb Jaime Martins PR Lincoln Portela PR Rafael Guerra PSDB Rodrigo de Castro PSDB Total de Minas Gerais: 6 ESPÍRITO SANTO CEARÁ Zé Gerardo PMDB PmdbPtc Total de Ceará: 1 PIAUÍ Antonio José Medeiros PT Átila Lira PSB PsbPCdoBPmnPrb Ciro Nogueira PP José Maia Filho DEM Nazareno Fonteles PT Osmar Júnior PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Total de Piauí: 6 Camilo Cola PMDB PmdbPtc Luiz Paulo Vellozo Lucas PSDB Total de Espírito Santo: 2 RIO DE JANEIRO Alexandre Santos PMDB PmdbPtc Andreia Zito PSDB Bernardo Ariston PMDB PmdbPtc Indio da Costa DEM Leandro Sampaio PPS Rogerio Lisboa DEM Solange Almeida PMDB PmdbPtc Total de Rio de Janeiro: 7 32050 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Julho de 2010 AMAPÁ SÃO PAULO Celso Russomanno PP Dimas Ramalho PPS Jefferson Campos PSB PsbPCdoBPmnPrb José Aníbal PSDB Silvio Torres PSDB Walter Feldman PSDB Total de São Paulo: 6 MATO GROSSO Eliene Lima PP Valtenir Pereira PSB PsbPCdoBPmnPrb Total de Mato Grosso: 2 DISTRITO FEDERAL Laerte Bessa PSC Total de Distrito Federal: 1 GOIÁS Davi Alcolumbre DEM Fátima Pelaes PMDB PmdbPtc Sebastião Bala Rocha PDT Total de Amapá: 3 PARÁ Giovanni Queiroz PDT Jader Barbalho PMDB PmdbPtc Nilson Pinto PSDB Vic Pires Franco DEM Wladimir Costa PMDB PmdbPtc Zequinha Marinho PSC Total de Pará: 6 RONDÔNIA Ernandes Amorim PTB Total de Rondonia: 1 ACRE Jovair Arantes PTB Sandes Júnior PP Total de Goiás: 2 MATO GROSSO DO SUL Vander Loubet PT Total de Mato Grosso do Sul: 1 PARANÁ Alex Canziani PTB Angelo Vanhoni PT Hermes Parcianello PMDB PmdbPtc Luiz Carlos Hauly PSDB Luiz Carlos Setim DEM Total de Paraná: 5 SANTA CATARINA Nelson Goetten PR Paulo Bornhausen DEM Total de Santa Catarina: 2 RIO GRANDE DO SUL Beto Albuquerque PSB PsbPCdoBPmnPrb Henrique Fontana PT Ibsen Pinheiro PMDB PmdbPtc Manuela DÁvila PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Maria do Rosário PT Total de Rio Grande do Sul: 5 DEIXAM DE COMPARECER À SESSÃO OS SRS.: RORAIMA Francisco Rodrigues DEM Total de Roraima: 1 Gladson Cameli PP Ilderlei Cordeiro PPS Total de Acre: 2 TOCANTINS Freire Júnior PSDB Total de Tocantins: 1 MARANHÃO Flávio Dino PCdoB PsbPCdoBPmnPrb Pinto Itamaraty PSDB Ribamar Alves PSB PsbPCdoBPmnPrb Roberto Rocha PSDB Zé Vieira PR Total de Maranhão: 5 CEARÁ Ciro Gomes PSB PsbPCdoBPmnPrb Manoel Salviano PSDB Total de Ceará: 2 RIO GRANDE DO NORTE Betinho Rosado DEM Sandra Rosado PSB PsbPCdoBPmnPrb Total de Rio Grande do Norte: 2 PARAÍBA Wilson Braga PMDB PmdbPtc Total de Paraíba: 1 PERNAMBUCO Eduardo da Fonte PP Gonzaga Patriota PSB PsbPCdoBPmnPrb Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Inocêncio Oliveira PR Pedro Eugênio PT Total de Pernambuco: 4 ALAGOAS Givaldo Carimbão PSB PsbPCdoBPmnPrb Olavo Calheiros PMDB PmdbPtc Total de Alagoas: 2 SERGIPE Albano Franco PSDB Iran Barbosa PT Total de Sergipe: 2 Carlos Sampaio PSDB José Eduardo Cardozo PT Luciana Costa PR Milton Vieira DEM Paulo Maluf PP Paulo Pereira da Silva PDT Vadão Gomes PP Vanderlei Macris PSDB Total de São Paulo: 11 MATO GROSSO BAHIA Fernando de Fabinho DEM José Carlos Aleluia DEM Marcos Medrado PDT Mário Negromonte PP Maurício Trindade PR Total de Bahia: 5 MINAS GERAIS Aelton Freitas PR Alexandre Silveira PPS Bonifácio de Andrada PSDB Carlos Willian PTC PmdbPtc Edmar Moreira PR Fábio Ramalho PV José Fernando Aparecido de Oliveira PV José Santana de Vasconcellos PR Lael Varella DEM Leonardo Quintão PMDB PmdbPtc Maria Lúcia Cardoso PMDB PmdbPtc Mário de Oliveira PSC Miguel Corrêa PT Miguel Martini PHS Narcio Rodrigues PSDB Odair Cunha PT Paulo Delgado PT Reginaldo Lopes PT Total de Minas Gerais: 18 RIO DE JANEIRO Chico DAngelo PT Filipe Pereira PSC Luiz Sérgio PT Marina Maggessi PPS Total de Rio de Janeiro: 4 SÃO PAULO Aline Corrêa PP Arnaldo Jardim PPS Bispo Gê Tenuta DEM Quarta-feira 7 32051 Carlos Abicalil PT Chico Daltro PP Thelma de Oliveira PSDB Total de Mato Grosso: 3 DISTRITO FEDERAL Rodovalho PP Total de Distrito Federal: 1 GOIÁS Roberto Balestra PP Sandro Mabel PR Total de Goiás: 2 PARANÁ Alfredo Kaefer PSDB Gustavo Fruet PSDB Osmar Serraglio PMDB PmdbPtc Ricardo Barros PP Rodrigo Rocha Loures PMDB PmdbPtc Total de Paraná: 5 SANTA CATARINA Edinho Bez PMDB PmdbPtc Gervásio Silva PSDB João Pizzolatti PP Total de Santa Catarina: 3 RIO GRANDE DO SUL Cláudio Diaz PSDB Eliseu Padilha PMDB PmdbPtc Emilia Fernandes PT Fernando Marroni PT Paulo Roberto Pereira PTB Pepe Vargas PT Pompeo de Mattos PDT Renato Molling PP Total de Rio Grande do Sul: 8 O SR. PRESIDENTE (Michel Temer) – Encerro a sessão, convocando para amanhã, quarta-feira, dia 7 de julho, às 9h, sessão extraordinária e, logo após 32052 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS a sessão do Congresso Nacional, outra sessão extraordinária, com as seguintes ORDENS DO DIA Julho de 2010 PRAZO NA CÂMARA: 26/04/2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 14/05/2010(46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 09/08/2010 SESSÃO EXTRAORDINÁRIA 3 URGÊNCIA (Art. 62, § 6º da Constituição Federal) MEDIDA PROVISÓRIA Nº 487, DE 2010 (Do Poder Executivo) DISCUSSÃO 1 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 485, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 485, de 2010, que abre crédito extraordinário, em favor do Ministério da Educação e de Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios, no valor global de R$ 1.600.000.000,00, para os fins que especifica; tendo parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, pelo atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência; pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; pela adequação financeira e orçamentária; e, no mérito, pela aprovação desta MPV; e pela rejeição da emenda nº 1 e pela inadmissibilidade da Emenda de nº 2 apresentadas na Comissão (Relator: Dep. Dilceu Sperafico). PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 12/04/2010 PRAZO NA CÂMARA: 26/04/2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 14/05/2010(46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 09/08/2010 2 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 486, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 486, de 2010, que abre crédito extraordinário, em favor de diversos órgãos do Poder Executivo, no valor global de R$ 1.429.428.268,00, para os fins que especifica. Pendente do parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização. PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 12/04/2010 Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 487, de 2010, que altera a Lei nº 12.096, de 24 de novembro de 2009, que autoriza a concessão de subvenção econômica ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, em operações de financiamento destinadas à aquisição e produção de bens de capital e à inovação tecnológica; afasta a incidência de restrição à contração de novas dívidas pelos Estados na hipótese de revisão do programa de ajuste fiscal em virtude de crescimento econômico baixo ou negativo; autoriza a União a permutar ações de sua propriedade por participações societárias detidas por entidades da administração pública federal indireta, a deixar de exercer e a ceder o seu direito de preferência para a subscrição de ações em aumentos de capital de sociedades de economia mista federais, a emitir títulos da dívida pública mobiliária federal em substituição de ações de sociedades de economia mista federais detidas pelo Fundo de Garantia à Exportação – FGE, e a realizar aumento de capital em empresas estatais, mediante a transferência de direitos decorrentes de adiantamentos efetuados para futuro aumento de capital; altera a Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001; e dá outras providências. Pendente do parecer da Comissão Mista. PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 09/05/2010 PRAZO NA CÂMARA: 23/05/2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 10/06/2010 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 05/09/2010 4 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 488, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 488, de 2010, que autoriza a Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS criação da Empresa Brasileira de Legado Esportivo S.A. – BRASIL 2016 e dá outras providências. Pendente do parecer da Comissão Mista. PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 26/05/2010 PRAZO NA CÂMARA: 09/06/2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 27/06/2010 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 22/09/2010 5 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 489, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 489, de 2010, que autoriza a União a integrar, na forma de consórcio público de regime especial, a Autoridade Pública Olímpica – APO, e dá outras providências. Pendente do parecer da Comissão Mista. PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 26/05/2010 PRAZO NA CÂMARA: 09/06/2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 27/06/2010 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 22/09/2010 SESSÃO EXTRAORDINÁRIA URGÊNCIA (Art. 62, § 6º da Constituição Federal) DISCUSSÃO 1 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 485, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 485, de 2010, que abre crédito extraordinário, em favor do Ministério da Educação e de Transferências a Estados, Distrito Federal e Municípios, no valor global de R$ 1.600.000.000,00, para os fins que especifica; tendo parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, pelo atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência; pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa; pela adequação financeira e orçamentária; e, no mérito, pela aprovação desta MPV; e pela rejeição da emenda nº 1 Quarta-feira 7 32053 e pela inadmissibilidade da Emenda de nº 2 apresentadas na Comissão (Relator: Dep. Dilceu Sperafico). PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 12/04/2010 PRAZO NA CÂMARA: 26/04/2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 14/05/2010(46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 09/08/2010 2 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 486, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 486, de 2010, que abre crédito extraordinário, em favor de diversos órgãos do Poder Executivo, no valor global de R$ 1.429.428.268,00, para os fins que especifica. Pendente do parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização. PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 12/04/2010 PRAZO NA CÂMARA: 26/04/2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 14/05/2010(46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 09/08/2010 3 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 487, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 487, de 2010, que altera a Lei nº 12.096, de 24 de novembro de 2009, que autoriza a concessão de subvenção econômica ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES, em operações de financiamento destinadas à aquisição e produção de bens de capital e à inovação tecnológica; afasta a incidência de restrição à contração de novas dívidas pelos Estados na hipótese de revisão do programa de ajuste fiscal em virtude de crescimento econômico baixo ou negativo; autoriza a União a permutar ações de sua propriedade por participações societárias detidas por entidades da administração pública federal indireta, a deixar de exercer e a ceder o seu direito de preferência para a subscrição de ações em aumentos de capital de sociedades de 32054 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS economia mista federais, a emitir títulos da dívida pública mobiliária federal em substituição de ações de sociedades de economia mista federais detidas pelo Fundo de Garantia à Exportação – FGE, e a realizar aumento de capital em empresas estatais, mediante a transferência de direitos decorrentes de adiantamentos efetuados para futuro aumento de capital; altera a Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001; e dá outras providências. Pendente do parecer da Comissão Mista. PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 09/05/2010 PRAZO NA CÂMARA: 23/05/2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 10/06/2010 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 05/09/2010 4 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 488, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 488, de 2010, que autoriza a criação da Empresa Brasileira de Legado Esportivo S.A. – BRASIL 2016 e dá outras providências. Pendente do parecer da Comissão Mista. PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 26/05/2010 PRAZO NA CÂMARA: 09/06/2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 27/06/2010 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 22/09/2010 5 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 489, DE 2010 (Do Poder Executivo) Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 489, de 2010, que autoriza a União a integrar, na forma de consórcio público de regime especial, a Autoridade Pública Olímpica – APO, e dá outras providências. Pendente do parecer da Comissão Mista. PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 26/05/2010 PRAZO NA CÂMARA: 09/06/2010 PASSA A SOBRESTAR A PAUTA EM: 27/06/2010 (46º DIA) PERDA DE EFICÁCIA: 22/09/2010 Julho de 2010 ORDEM DO DIA DAS COMISSÕES I – COMISSÕES PERMANENTES COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL REUNIÃO ORDINÁRIA LOCAL: Anexo II, Plenário 06 HORÁRIO: 10h A – Requerimentos: REQUERIMENTO Nº 584/10 Do Sr. Paulo Piau – que “requer a realização de Audiência Pública para tratar sobre a produção do leite, bem como os problemas da queda do preço, a importação, formações de cartel e fraude. Convidando os Ministros do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, Ministério do Desenvolvimento Agrário, Ministério da Justiça e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, e também os presidentes da Girolando, OCB e CNA”. B – Proposições Sujeitas à Apreciação do Plenário: PRIORIDADE PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 1.641/09 – da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – que “aprova a cessão ao Estado de Rondônia, do imóvel da União com área de 15.486,4768 ha, situado no Município de Porto Velho, naquele Estado, objeto do Processo nº 54000.000883/00-77, o que possibilitará a regularização da Estação Ecológica Estadual Antonio Múgica Nava”. RELATOR: Deputado MOREIRA MENDES. PARECER: pela aprovação deste, da Emenda de Relator 1 da CAINDR, da Emenda de Relator 2 da CAINDR e da Emenda de Relator 3 da CAINDR. Vista conjunta aos Deputados Marcos Montes e Nazareno Fonteles, em 23/06/2010. C – Proposições Sujeitas à Apreciação Conclusiva pelas Comissões: PRIORIDADE PROJETO DE LEI Nº 7.154/10 – do Senado Federal – Gilberto Ghoellner – (PLS 276/2008) – que “altera a redação do art. 1º da Lei nº 9.481, de 13 de agosto de 1997, que “dispõe sobre a incidência de imposto de renda na fonte sobre rendimentos de beneficiários residentes ou domiciliados no exterior, e dá outras providências”, para reduzir a zero a alíquota do imposto de renda na fonte sobre o pagamento de juros e comissões relativos a créditos obtidos no exterior e Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS destinados ao financiamento da produção de mercadorias agropecuárias de exportação”. RELATOR: Deputado MARCOS MONTES. PARECER: pela aprovação. TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA PROJETO DE LEI Nº 4.394/08 – do Sr. Davi Alcolumbre – que “acrescenta artigo à Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências, estabelecendo condições relativas à comercialização dos produtos que especifica”. RELATOR: Deputado ODÍLIO BALBINOTTI. PARECER: pela aprovação. Vista ao Deputado Anselmo de Jesus, em 19/05/2010. PROJETO DE LEI Nº 6.254/09 – do Sr. Beto Faro – que “dispõe sobre as condições de liquidação das dívidas dos beneficiários do programa de reforma agrária junto ao Crédito Instalação aos assentados, e dá outras providências”. (Apensado: PL 6975/2010) RELATOR: Deputado CELSO MALDANER. PARECER: pela aprovação deste e do PL 6975/2010, apensado, com substitutivo. Vista conjunta aos Deputados Luis Carlos Heinze e Zonta, em 30/06/2010. O Deputado Zonta apresentou voto em separado em 06/07/2010. PROJETO DE LEI Nº 5.973/09 – do Sr. Antônio Roberto – que “institui selo de qualidade ambiental para produto de origem animal”. RELATOR: Deputado SILAS BRASILEIRO. PARECER: pela rejeição deste e do Substitutivo da CMADS. PROJETO DE LEI Nº 7.139/10 – do Sr. José Airton Cirilo – que “dispõe sobre a concessão de benefício do seguro-desemprego a todo pescador profissional que exerça pesca comercial artesanal, ao trabalhador que exerça atividade pesqueira artesanal, ao que a estes se assemelham, entre eles os que capturam ou coletam caranguejos e mariscos e os que os processam, incluindo estes trabalhadores como segurados especiais do regime geral de previdência social”. RELATOR: Deputado ZONTA. PARECER: pela aprovação, com substitutivo. REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA AUDIÊNCIA PÚBLICA LOCAL: Anexo II, Plenário 07 HORÁRIO: 14h Quarta-feira 7 32055 A – Audiência Pública: Tema: “Debater o PL 7.313/2006, do Deputado Antonio Carlos Mendes Thame, que “Dispõe sobre especificações técnicas que deverão ser observadas por empresas que produzam até 10.000 cestas de alimentos e similares, por mês”. Convidados: Dr. Fernando Guido Penariol – Coordenador-Geral da Secretaria de Defesa Agropecuária do MAPA; (confirmado) Dr. Gustavo José Kuster Albuquerque – Chefe de Divisão de Programa de Avaliação da Conformidade do INMETRO; (confirmado) Dr. Sussumo Honda – Presidente da Associação Brarsileira de Supermercados – ABRAS; (confirmado) Dr. Manoel Fernando Rosa – Presidente da Associação Brasileira dos Produtores e Distribuidores de Alimentos Básicos ao Trabalhador – ABRACESTAS; e Representante do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE.(não virá) Autor do Requerimento nº 538/2010; Deputado Moreira Mendes – PPS/RO. COMISSÃO DA AMAZÔNIA, INTEGRAÇÃO NACIONAL E DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL REUNIÃO ORDINÁRIA LOCAL: Anexo II, Plenário 15 HORÁRIO: 10h A – Requerimentos: REQUERIMENTO Nº 677/10 Da Sra. Vanessa Grazziotin – que “requer realização de audiência pública nesta Comissão para debater a modernização da Refinaria de Manaus (Reman), com a presença do Ministro de Minas e Energia, o Presidente da Petrobras e de representante da Federação Única dos Petroleiros (FUP)”. REQUERIMENTO Nº 679/10 Da Sra. Dalva Figueiredo – que “convida o Senhor Eduardo Pereira Nunes, Presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para, em reunião de audiência pública conjunta, com as Comissões de Finanças e Tributação, de Agricultura e de Desenvolvimento Econômico, apresentar informações detalhadas sobre o Censo Demográfico de 2010”. REQUERIMENTO Nº 680/10 Da Sra. Janete Capiberibe – que “solicita convocar para audiência pública o Ministro da Defesa, Nelson Jobim e convidar os senhores Léo Resende, Presidente da Associação de Moradores do Bairro Infraero de Macapá/AP e o Juíz João Bosco, da cidade de Macapá/AP, no próximo dia 32056 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS 13/7/2010, a fim de debater a situação dos Moradores que estão domiciliados em área denominada propriedade da INFRAERO, localizada em Macapá/AP”. B – Proposições Sujeitas à Apreciação do Plenário: PRIORIDADE PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.590/10 – da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (MSC 921/2008) – que “autoriza a União a ceder ao Estado de Rondônia, a título gratuito, o uso de imóvel de sua propriedade para a implantação do Parque Estadual de Corumbiara”. RELATOR: Deputado NATAN DONADON. PARECER: pela aprovação. C – Proposições Sujeitas à Apreciação Conclusiva pelas Comissões: PRIORIDADE PROJETO DE LEI Nº 7.083/10 – do Senado Federal – Flexa Ribeiro – (PLS 200/2008) – que “acrescenta art. 2º-D à Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, para dispor sobre a ampliação do prazo de concessão do beneficio do seguro-desemprego para os trabalhadores desempregados residentes em Municípios atingidos pelas ações de combate ao desmatamento da Amazônia”. RELATOR: Deputado MARCELO SERAFIM. PARECER: Pela aprovação. TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA PROJETO DE LEI Nº 6.637/09 – do Sr. Antonio Feijão – que “cria as Áreas Livres para Lazer e Jogos (ALLJ) nos Estados pertencentes ao Bioma Amazônia e dá outras providências”. RELATORA: Deputada DALVA FIGUEIREDO. PARECER: pela rejeição. PROJETO DE LEI Nº 7.176/10 – do Sr. Vicentinho Alves – que “dispõe sobre a criação da Zona do Processamento de Exportação no Município de Porto Nacional, no Estado do Tocantins”. RELATOR: Deputado ILDERLEI CORDEIRO. PARECER: pela aprovação. AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE AMANHÃ (DIA 08/07/2010) Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 1.097/07 – do Senado Federal – Paulo Octávio – (PLS 364/2003) – que “altera o art. Julho de 2010 4º da Lei nº 7.827, de 27 de setembro de 1989, que regulamenta o art. 159, inciso I, alínea “c”, da Constituição Federal, institui o Fundo Constitucional de Financiamento do Norte – FNO, o Fundo Constitucional do Nordeste – FNE e o Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste – FCO e dá outras providências”. RELATOR: Deputado VALTENIR PEREIRA. PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 07-07-10 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 7.372/10 – do Sr. Sebastião Bala Rocha – que “dá nova redação ao art. 11 da Lei nº 8.387, de 30 de dezembro de 1991, criando no Município de Oiapoque, no Estado do Amapá, área de livre comércio de importação e exportação, sob regime fiscal especial”. RELATOR: Deputado SERGIO PETECÃO. Substitutivo (Art. 119, II e §1º) AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBERÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO PROJETO DE LEI Nº 7.192/10 – do Sr. Ribamar Alves – que “altera a Lei nº 6.088, de 16 de julho de 1974, que “dispõe sobre a criação da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco – Codevasf – e dá outras providências””. (Apensado: PL 7323/2010) RELATOR: Deputado ROBERTO ROCHA. COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO E INFORMÁTICA REUNIÃO ORDINÁRIA AUDIÊNCIA PÚBLICA LOCAL: Plenário 13, Anexo II da Câmara dos Deputados HORÁRIO: 9h30 A – Audiência Pública: Tema: “A participação de capital estrangeiro em empresas de comunicação em desacordo com o que determina o art. 222 da Constituição Federal e a Lei nº 10.610, de 20 de dezembro de 2002” (Requerimento nº 248/2010, do Deputado Eduardo Gomes). Convidados: JOSÉ ARTUR FILARDI LEITE Ministro de Estado das Comunicações Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS LUIZ PAULO TELES FERREIRA BARRETO Ministro de Estado da Justiça ROBERTO GURGEL Procurador-geral da República LUÍS INÁCIO LUCENA ADAMS Ministro da Advocacia-Geral da União (AGU) LUÍS ROBERTO BARROSO Consultor da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) AMILCARE DALLEVO JÚNIOR Presidente da Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra) TERCIO SAMPAIO FERRAZ JR. Consultor da Associação Nacional de Jornais (ANJ) MARIA ALEXANDRA MASCARENHAS DE VASCONCELOS Presidente do Conselho de Administração da Empresa Jornalística Econômico S. A. PAULO ROBERTO PORTO CASTRO Presidente do portal Terra REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA LOCAL: Anexo II, Plenário 13 HORÁRIO: 10h30min A – Proposições Sujeitas à Apreciação do Plenário: PRIORIDADE PROJETO DE LEI Nº 2.850/03 – da Comissão de Legislação Participativa – (SUG 54/2003) – que “dispõe sobre a atualização e consolidação da legislação sobre direito autoral do compositor musical”. RELATOR: Deputado ALEXANDRE CARDOSO. PARECER: pela aprovação, com substitutivo. B – Proposições Sujeitas à Apreciação Conclusiva pelas Comissões: PRAZO CONSTITUCIONAL TVR Nº 1.308/09 – do Poder Executivo – (MSC 408/2009) – que “submete a apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 784, de 20 de novembro de 2008, que outorga autorização à Associação Comunitária de Radiodifusão Estúdio “A” FM – ASCRE para executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no Município de Seringueiras, Estado de Rondônia”. RELATOR: Deputado JOSÉ PAULO TÓFFANO. PARECER: pela aprovação. TVR Nº 2.160/10 – do Poder Executivo – (MSC 96/2010) – que “submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante do Decreto de 11 de fevereiro de 2010, que renova concessão outorgada à Governo do Es- Quarta-feira 7 32057 tado de Goiás – Agência Goiana de Comunicação – AGECOM, para explorar, pelo prazo de quinze anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão de sons e imagens, na cidade de Goiânia, Estado de Goiás”. RELATOR: Deputado PAULO TEIXEIRA. PARECER: pela aprovação. TVR Nº 2.194/10 – do Poder Executivo – (MSC 98/2010) – que “submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante do Decreto de 04 de fevereiro de 2010, que renova a concessão outorgada à Rádio Difusora de Cambé Ltda., para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda média, no município de Cambé, Estado do Paraná”. RELATOR: Deputado PAULO TEIXEIRA. PARECER: pela aprovação. TVR Nº 2.235/10 – do Poder Executivo – (MSC 98/2010) – que “submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante do Decreto de 10 de fevereiro de 2010, que renova a concessão outorgada à Rádio Educadora de Piracicaba Ltda., para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em onda média, no município de Piracicaba, Estado de São Paulo”. RELATOR: Deputado JOSÉ MENDONÇA BEZERRA. PARECER: pela aprovação. TVR Nº 2.260/10 – do Poder Executivo – (MSC 99/2010) – que “submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 526, de 10 de agosto de 2009, que renova a permissão outorgada à Rádio Atlantida FM de Florianópolis Ltda., para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, na cidade de Florianópolis, Estado de Santa Catarina”. RELATOR: Deputado PAULO TEIXEIRA. PARECER: pela aprovação. PRIORIDADE PROJETO DE LEI Nº 6.704/06 – Senado Federal – Rodolpho Tourinho – (PLS 219/2004) – que “acrescenta § 3º ao art. 61 da Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, altera os incisos II e X do art. 6º e acrescenta o inciso XI ao art. 6º e o inciso XIV ao art. 39, todos da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, para proibir a cobrança do consumidor de serviços de telecomunicações que dêem suporte a serviços de valor adicionado cujo objeto seja a recepção de reclamações referentes a vícios ou defeitos em produtos ou serviços ou a prestação de informações sobre a utilização de produtos ou serviços”. (Apensados: PL 5786/2001 (Apensa- 32058 Quarta-feira 7 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS dos: PL 2542/2003, PL 3057/2004, PL 3543/2004, PL 3545/2004, PL 4276/2004, PL 5337/2005, PL 475/2007, PL 643/2007 e PL 3121/2008), PL 3811/2004 (Apensados: PL 4155/2004, PL 3812/2004, PL 4318/2004 (Apensado: PL 5533/2005), PL 4423/2004, PL 5853/2005 (Apensados: PL 1047/2007 e PL 2284/2007 (Apensado: PL 2485/2007)), PL 5864/2005, PL 6474/2006, PL 733/2007 (Apensado: PL 5299/2009), PL 811/2007 (Apensado: PL 4478/2008), PL 1271/2007, PL 2046/2007 e PL 6948/2010) e PL 3662/2008) RELATOR: Deputado MIRO TEIXEIRA. PARECER: pela aprovação deste, do PL 2542/2003, do PL 3057/2004, do PL 3543/2004, do PL 3545/2004, do PL 4276/2004, do PL 5337/2005, do PL 643/2007, do PL 3121/2008, do PL 3812/2004, do PL 4155/2004, do PL 4318/2004, do PL 4423/2004, do PL 5853/2005, do PL 5864/2005, do PL 6474/2006, do PL 2046/2007, do PL 6948/2010, do PL 5533/2005, do PL 5786/2001, do PL 3811/2004, do PL 3662/2008, e do PL 4478/2008, apensados, com substitutivo, e pela rejeição do PL 475/2007, do PL 733/2007, do PL 811/2007, do PL 1271/2007, do PL 1047/2007, do PL 2284/2007, do PL 5299/2009, e do PL 2485/2007, apensados. TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA PROJETO DE LEI Nº 2.269/99 – do Sr. Walter Pinheiro – que “dispõe sobre a utilização de programas abertos pelos entes de direito público e de direito privado sob controle acionário da administração pública”. (Apensados: PL 3051/2000, PL 4275/2001, PL 7120/2002, PL 2152/2003, PL 3280/2004 e PL 3070/2008) RELATORA: Deputada LUIZA ERUNDINA. PARECER: pela aprovação deste, do PL 3051/2000, do PL 4275/2001, do PL 2152/2003, do PL 3280/2004, e do PL 3070/2008, apensados, com substitutivo, e pela rejeição do PL 7120/2002, apensado, e da emenda nº 01/00, apresentada na Comissão. PROJETO DE LEI Nº 2.745/08 – do Sr. Vital do Rêgo Filho – que “acrescenta artigo à Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990, que dispõe sobre a proteção ao consumidor e dá outras providências”. RELATOR: Deputado PAULO HENRIQUE LUSTOSA. PARECER: pela aprovação, com emenda. Vista ao Deputado Gustavo Fruet, em 19/05/2010. PROJETO DE LEI Nº 3.396/08 – do Sr. Eduardo Cunha – que “dispõe sobre a comercialização de equipamentos de radiação”. RELATORA: Deputada SOLANGE AMARAL. PARECER: pela aprovação. Vista conjunta aos Deputados Glauber Braga e Luiza Erundina, em 28/10/2009. Julho de 2010 A Deputada Luiza Erundina apresentou voto em separado em 28/04/2010. PROJETO DE LEI Nº 3.449/08 – dos Srs. Rodrigo Rollemberg e Luiza Erundina – que “institui a Política Nacional de Tecnologia Social, cria o PROTECSOL – Programa de Tecnologia Social e dá outras providências”. RELATOR: Deputado SANDES JÚNIOR. PARECER: pela aprovação deste e da Emenda nº 1 da Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público. PROJETO DE LEI Nº 5.059/09 – do Sr. Otavio Leite – que “estabelece procedimento facilitador para a acessibilidade na comunicação telefônica, através de SMP – Serviço Móvel Pessoal, para pessoa com deficiência auditiva e da fala em cumprimento ao inciso XIV do art. 24 da Constituição Federal”. RELATOR: Deputado NARCIO RODRIGUES. PARECER: pela rejeição. PROJETO DE LEI Nº 5.170/09 – do Sr. Antonio Carlos Chamariz – que “proibe a cobrança de adicional de deslocamento nos serviços de telefonia móvel”. RELATOR: Deputado BISPO GÊ TENUTA. PARECER: pela aprovação deste, na forma do Substitutivo da Comissão de Defesa do Consumidor. PROJETO DE LEI Nº 6.006/09 – do Sr. Emanuel Fernandes – que “altera a Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, para instituir o “Índice de Qualidade de Acesso às Redes Digitais””. RELATOR: Deputado MOISES AVELINO. PARECER: pela aprovação. PROJETO DE LEI Nº 6.844/10 – do Sr. Eliene Lima – que “dispõe sobre a obrigatoriedade do uso da norma culta da língua portuguesa em documentos oficiais e sítios eletrônicos de órgãos e entidades públicas da União, Estados, Municípios e Distrito Federal “. RELATOR: Deputado MANOEL SALVIANO. PARECER: pela aprovação. PROJETO DE LEI Nº 6.983/10 – do Sr. Nelson Goetten – que “dispõe sobre os meios de prova admitidos no processo cível e penal, quando a lide envolver o uso de sistema eletrônico, digital ou similares, de rede de computadores, ou que sejam praticadas contra dispositivos de comunicação ou sistemas informatizados e similares”. RELATOR: Deputado MOISES AVELINO. PARECER: pela aprovação. PROJETO DE LEI Nº 6.985/10 – do Sr. Nelson Goetten – que “altera a Lei Postal para tornar obrigatória a identificação do remetente de pequenas-encomendas e encomendas”. Julho de 2010 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS RELATOR: Deputado FRANCISCO ROSSI. PARECER: pela aprovação. PROJETO DE LEI Nº 7.042/10 – do Sr. Luiz Bassuma – que “dispõe sobre a obrigatoriedade de divulgação de informações, pelas emissoras de rádio e de televisão, sobre os malefícios causados pelo uso de drogas lícitas e ilícitas; sobre educação para o trânsito; sobre a preservação do meio-ambiente; sobre planejamento familiar; e dá outras providências”. RELATOR: Deputado PAULO TEIXEIRA. PARECER: pela rejeição deste, e da Emenda nº 01/10 apresentada ao projeto. AVISOS PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES) DECURSO: 5ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 07-07-10 Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º) PROJETO DE LEI Nº 5.534/09 – do Sr. José Mentor – que “veda a transmissão de lutas marciais pelas emissoras de televisão na forma que especifica e dá outras providências”. RELATOR: Deputado PAULO HENRIQUE LUSTOSA. PROJETO DE LEI Nº 7.133/10 – do Sr. Edmilson Valentim – que “dispõe sobre a obrigatoriedade