Análise Ano 01, nº 03 Mai, 2010 Boletim Científico FASE PRÉ-ANALÍTICA (FPA) 3. URINA DE 24 HORAS A urina de 24h é a amostra de escolha para determinações quantitativas, seja para avaliar a função de filtração urinária ou a excreção urinária de certos metabólitos de importância clínica . O recipiente ideal é o frasco de boca larga, de plástico resistente com capacidade de 1L. Esse recipiente deveria ser descartável, mas se ainda não for possível essa prática, o laboratorio deve estar atento, pois corre o risco de introduzir um erro pré-analitico com a lavagem desse material. Lavagem e recuperação de frasco: O frasco de coleta deve ser lavado com detergente neutro, enxaguado varias vezes em água corrente para remover todo o detergente e rinsado em água deionizada. Em seguida, emborcado sobre superfície limpa para escorrer e ser seco em estufa. O mesmo procedimento serve para as tampas. Ao retirar da estufa, tampar imediatamente. Orientações de coleta: A forma de orientar o paciente é crucial para a colaboração dele em fornecer uma amostra adequada. As informações tem que ser claras (para o paciente!) e de fácil compreensão, sejam elas impressas ou verbais. Os colaboradores que transmitem essas orientações devem ser treinados para isso, para que saibam esclarecer o paciente se necessário. Use e abuse de imagens para facilitar esse entendimento, tanto por parte do colaborador quanto do cliente. Preservação: O método de conservação mais comumente usado é a refrigeração entre 2°C a 8°C. No entanto, alguns conservantes químicos podem ser adicionados quando é necessário estabilizar a amostra para que não sofra interferências de drogas, crescimento bacteriano, alteração do pH, cristalização etc. O usodo conservante quando necessário, é obrigatório e deve ser colocado no frasco antes do inicio da coleta. A presença do dele e os cuidados no manuseio deve ser informado para o cliente. Os conservantes mais comumente usados são acido clorídrico (HCl 6N ou 50%), bicarbonato de sódio (Na2HCO3), acido acético 8M, fluoreto e tolueno. Influência da luz: Algumas substâncias também podem sofrer interferência da luz, alterando para menos os valores dos resultados. Nestes casos a amostra de urina é coletada em frascos âmbar que ajuda a minimizar o efeito. Entre elas estão a uroporfirina, coproporfirina, porfobilinogenio e ácido D-aminolevulinico. Não esquecer que a proteção deve ser mantida na alíquota separada para o teste, após a medição do volume total. Medida do volume total: Durante a minha atividade, tenho observado que nem sempre se dá a devida atenção à medição do volume das urinas de 24 h. Já observei considerarse o volume do frasco como parâmetro. Dessa forma, 1L pode significar 900ml ou 1100ml. Em algumas ocasiões, o instrumento de medida era inapropriado ou a pessoa não foi treinada a fazer a leitura de forma correta. Menisco? Nem pensar! de 2000 ml, exclusiva para esse fim, de forma que a maioria dos volumes urinários podem ser medidos com maior precisão. Se os resultados das dosagens nessa amostra estão diretamente relacionados ao volume emitido, então o volume informado vai interferir no resultado, podendo significar a diferença entre um resultado normal e um alterado. Não adianta nada solicitar a colaboração do paciente, ele fazer a sua parte e o no momento de Para medir o volume das urinas de medir o volume urinário, o laboratório o faz com 24h sugiro ter uma proveta plástica “descaso” pela amostra. Fique atento! Dra Beatriz M. Nogaroli/CRBM 1907-1 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1.Strasinger, S. K e Di Lorenzo, M.S.Urinálise e fluidos corporais. 5ª edição. LMP Edit. 2009 2. Guder, W.G. et all Amostras: do paciente para o laboratório.GIT VERLAG.1996 PC róximos ursos Doenças do trato genito-urinário feminino & masculino 24 de julho /2010 BMN CONSULTORIA EM PATOLOGIA CLÍNICA R. Regente Feijó, 221 – 10 º andar - conj102 - CEP 13026-505 - Campinas/SP www.bmnconsultoria.com.br (19) 3234-5122 bmn.consultoria