4 Cidades - [email protected] Diário de Caxias Anele de Paula [email protected] "Brasileiro sempre se magoa com essa má fama de querer ser metido a esperto, mas é assim que muita gente age" O Estado do Maranhão - São Luís, 21 de março de 2014 - sexta-feira Minha casa, minha vida P arece que vender imóveis do projeto Minha Casa Minha Vida, sorteados para famílias com renda de até R$ 1,6 mil é uma pratica comum em muitas cidades onde o projeto foi executado. Em Manaus, por exemplo, foi denunciado esta semana que por lá apartamentos e casas do projeto podem ser vendidas por até R$ 95 mil, com anuncio feito pela internet e tudo mais. E eu até achei que isso só estava acontecendo por aqui, afinal de contas os conjuntos foram feitos e as casas sorteadas sob a prerrogativa de que muitas famílias precisavam ser beneficiadas com uma moradia digna. Em Caxias, por exemplo, processos que investigam essas vendas ilegais já estão tramitando na Justiça Federal e muitos mutuários espertos, que apenas recebe- muita gente age. No caso especifico do residencial Eugênio Coutinho tiraram a chance de que doar uma casa a quem realmente precisa e que conti- Em Caxias, por exemplo, processos que investigam essas vendas ilegais já estão tramitando ram as chaves e passaram as casas adiante, correm o risco de perder seus imóveis, sorteados no Residencial Eugenio Coutinho. Brasileiro sempre se magoa com essa má fama de querer ser metido a esperto, mas é assim que nua vivendo em condições insalubres, para quem só queria tirar proveito. Depois ainda reclamam do Governo Federal. Mesmo quando este tenta acertar em suas políticas sociais, ainda acaba errando. Moradores do Codó Novo temem enchente do riacho Água Fria com as chuvas Todos os anos, o bairro, localizado em Codó, sofre com a chegada do período chuvoso; para amenizar a situação, os moradores solicitam a limpeza do riacho C ODÓ - O riacho Água Fria, que nasce no bairro Codó Novo e deságua no Rio Itapecuru, corta a cidade de Codó. Na área central que se estende da Rua Rio Grande do Norte ao Mercado Público (via do troca-troca), é canalizado e mais profundo, o que evita problemas, mas na parte inicial de seu curso a realidade é outra. O período das chuvas está se intensificando e os moradores reclamam que a última limpeza feita no riacho foi em 2012. O mato está tomando o local, que seria apenas de escoamento da água. As fortes chuvas estão deixando os moradores em estado de alerta, já que é comum as águas do riacho invadirem casas. Este ano ainda não ocorreu nenhuma inundação, mas a dona de casa Maria dos Anjos da Anunciação Filha já acordou com água nos pés diversas vezes. "Todos os anos que entra água eu fico agoniada. Ela invade a casa e fico com medo de morrer afogada", relembrou. No Codó Novo, onde a idosa mora, o Água Fria passa por dezenas de quintais e é o responsável por constantes alagamentos, principalmente neste período chuvoso, isso porque, ao longo do tempo, ele foi sendo obstruído por construções e nunca deixou de ser depósito de todo tipo de lixo. Por conta disso, necessita de limpeza constante. Divulgação A moradora Maria dos Anjos Filha teme novas enchentes com a intensificação do período chuvoso Mais Conforme o historiador codoense João Batista Machado, o riacho Água Fria até a década de 1930 foi um importante recursos hídrico para Codó. Era caudaloso e dividia a cidade ao meio, formando a cidade baixa e a alta. Depois disso, começaram as invasões de ribeirinhos, construções e o assoreamento. O riacho sofre forte impacto ambiental. "A gente queria que a Prefeitura de Codó limpasse o Água Fria para nos defender. Não queremos ter nossas casas arrastadas pela água do riacho", apelou Maria dos Anjos. Canal - O aposentado Pedro Santos, também morador da área, diz que todo ano sua ca- sa é invadida pelas águas, geralmente entre o início de março e o fim de abril, quando o fluxo do riacho aumenta. A água pode chegar até um metro na casa do aposentado. Sem a limpeza, o risco aumenta. Ele disse que a construção de um canal seria o ideal. "Aqui tem de ser um canal que beneficia quem mora nesta área. Essa obra vai beneficiar todo mundo, incluindo a Prefeitura de Codó, que nem precisa ficar limpando no inverno", avaliou Pedro Santos. Nota Unidades Em e-mail à coluna, o educador Arimateia Carvalho citou que denúncias foram feitas à Justiça ainda durante a execução do projeto. Carvalho lembra que as denúncias começaram "primeiro pela inexistência do Conselho Municipal de Habitação". No caso específico das casas do Residencial Eugenio Coutinho, a venda não pode ser feita por prazo de 10 anos, como preconiza as normas do projeto. Quem assim o faz pode pegar pena de dois a seis anos de reclusão por venda de patrimônio da União. Criação Renda Foram denúncias como essa que forçaram a criação do conselho. Mas em Caxias é engraçado como os conselhos não exercem qualquer atividade fiscalizatória. Eles existem apenas para a liberação de recursos do Governo Federal. Diversas casas do conjunto Eugênio Coutinho nem de longe lembram unidades habitacionais para famílias de baixa renda. Algumas têm de estruturas imponentes, que destoam da realidade social de quem deveria ser beneficiado com uma casa. Projeto deverá ajudar jovens a sair das drogas Espaço oferecerá tratamento a pacientes em situação de abandono causado por álcool e outras drogas em Rosário ROSÁRIO - A Secretaria de Igualdade Racial de Rosário, por meio de projeto social, lançou, desde o ano passado, o programa Tempo de Igualdade, que se baseia no princípio do resgate e da ressocialização de pessoas que vivem atualmente em situação de vulnerabilidade social, causada pelo abandono provocado pela dependência do álcool e de outras drogas. Diferentemente da alternativa de tratamento, o projeto dispõe de uma casa acolhedora que não é apenas um espaço para o tratamento do paciente em situação de dependência química, é um lugar onde ele poderá voltar a construir valores, fazer novas descobertas e trabalhar novas aptidões. Há na casa a prática da agricultura, piscicultura, criação de galinha caipira, entre outras atividades que serão estimuladas por meio de treinamentos oferecidos pelos parceiros do projeto, entre eles o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). O espaço já esta sendo preparado para receber as primeiras pessoas que já estão sendo acompanhadas pela coordenação do projeto. O Tempo de Igualdade conta com o apoio das secretarias municipais de Esporte, Saúde, Assistência Social, Agricultura, além das igrejas Católica e Evangélicas, existentes no município. Mais O programa Tempo de Igualdade de Rosário é pioneiro na Região do Munim e Lençóis Maranhenses e visa ao princípio do resgate e da ressocialização de pessoas que vivem atualmente em situação de vulnerabilidade social, causada pelo abandono provocado pela dependência química. Acompanhamento - A prefeita de Rosário, Irlahi Linhares Moraes (PMDB), disse que, antes mesmo de iniciar as atividades da casa acolhedora, a Prefeitura, por meio do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), já vem fazendo acompanhamento de jovens em situação de vulnerabilidade social, causada pelo abandono provocado pelo vício das drogas, visando à ressocialização dessas pessoas. "A nossa ideia é lutar contra o mal deste século. O problema é global. A solução do problema não é policial ou governamental, e sim social. Temos que agir como sociedade, aceitando e tentando resolver o problema que é nosso, ou então seremos os responsáveis pelo maior desastre social das gerações futuras", disse o secretário municipal de Igualdade Racial, Odilon Silva. Rápidas Justiça MATÕES - O projeto Justiça e Cidadania - Porque Fazer o Bem Faz Bem foi lançado na semana passada na Comarca de Matões. A atividade inaugural aconteceu em um evento, que reuniu mais de 300 mulheres e ofereceu palestras e uma programação especial. Participaram do evento as mulheres que têm os filhos cadastrados nos programas de assistência social Peti e ProJovem no município de Matões. A ação visa à aproximação entre Poder Judiciário da comunidade local, mediante a realização de palestras acerca dos direitos e deveres dos cidadãos, bem como incentivando a realização da cidadania na sociedade local por meio de doações para os beneficiários do projeto. Integraram a programação palestra sobre o câncer de colo do útero e dramatização sobre a violência doméstica contra a mulher. Justiça e Cidadania foi lançado em 2011, pela juíza Raquel Castro Menezes, em Governador Nunes Freire, durante o período em que a magistrada foi titular da comarca. Casa do Mel BACABEIRA - A Prefeitura de Bacabeira está na final do 8º Prêmio Prefeito Empreendedor do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), no Maranhão. O município concorre na categoria Pequenos Negócios no Campo com o projeto Incentivo à cadeia produtiva do mel como instrumento de inclusão socioeconômico e preservação ambiental. O projeto Casa do Mel recebeu o reconhecimento durante a visita técnica realizada pelos membros da comissão do Sebrae, no início do ano. O prefeito do município, Alan Linhares (PTB), responsável por realizar investimentos, articular convênios e fomentar melhorias para a casa de apicultura, salientou a importância da indicação ao prêmio. O Prêmio Prefeito Empreendedor visa fortalecer o desenvolvimento econômico e os pequenos negócios na gestão pública, com a identificação, avaliação, valorização e disseminação de iniciativas realizadas nos municípios, gerando impacto positivo para o empreendedorismo local. Kits Este mês, os empregados da Vale que integram o grupo de voluntários da empresa estão visitando escolas públicas e comunitárias do Maranhão para fazer a entrega de material escolar que vai auxiliar os estudantes a realizar suas atividades dentro e fora da escola. Até o momento, já foram entregues cerca de 600 de um total de 5.132 kits arrecadados durante a gincana Mochila Cheia, competição que motivou empregados que atuam na área da Vale a colaborar com a educação no estado. A ação foi iniciada em São Luís e, até o fim do mês, deve chegar também às cidades localizadas ao longo da Estrada de Ferro Carajás (EFC). A gincana Mochila Cheia mobilizou, este ano, 29 equipes formadas por participantes do programa Voluntários Vale. Este ano o projeto chegou a sua terceira edição, batendo o recorde de arrecadação de kits escolares arrecadados. O programa estimula a cultura de voluntariado na Vale desde 2004.