FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA Instituição de Utilidade Pública Desportiva Filiada na Federação Aeronáutica Internacional e na Confederação do Desporto de Portugal RELATÓRIO DE ACTIVIDADES ANO de 2008 De acordo com a Lei e os Estatutos, a Direcção, no final de mais um ano, vem submeter este Relatório de Actividades, as contas do exercício e o parecer do Conselho Fiscal, à aprovação da Assembleia Geral. O ano de 2008, foi um ano difícil, com grandes desafios, mas que se saldou por uma maior actividade e também por alguns factores que nos permitem encarar o futuro com mais optimismo. A partir de 2006 tivemos uma nova forma de financiamento às Federações, que tem permitido um aumento sustentado das verbas do IDP, embora sejam muito abaixo do que entendemos como normal para as nossas diversas áreas de intervenção. Na parte desportiva, tem sido possível a algumas Comissões, promoverem a sua actividade com crescimento assinaláveis, e o regresso do balonismo, mas mesmo assim, regista-se sempre uma falta de apoio adequado a uma expansão sustentada. Av. Cidade de Lourenço Marques, Praceta B Módulo 2 i Telef. 218 551 557 i Fax 218 539 899 i 1 800-093 LISBOA FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA Instituição de Utilidade Pública Desportiva Filiada na Federação Aeronáutica Internacional e na Confederação do Desporto de Portugal 1 - Actividade da FPA A aeronáutica é o sector que mais rapidamente é afectado pelas dificuldades económicas, por isso, nesta fase de maiores dificuldades do País também se reflecte na nossa actividade, embora tudo estejamos a fazer para evitar maiores dificuldades. O trabalho das Comissões é fundamental para o desenvolvimento das nossas modalidades, sendo por nossa obrigação, conseguir dotá-las dos meios que permitam o desenvolvimento das actividades previstas. Para se aumentar a nossa participação, com maior número de praticantes, temos procurado desenvolver algumas actividades de mais baixo custo como é o caso do Paramotor. É de realçar o relançamento da actividade de Balonismo, com a realização em Portugal de uma prova internacional (Taça Ibérica), organizada em conjunto por uma empresa ligada ao meio e pela nossa Comissão de Balonismo. Neste caso particular, embora tenha sido possível ter havido um encontro com muitas dezenas de balões, os praticantes Portugueses foram à volta de uma dezena, o que, apesar de serem relativamente poucos, já poderemos considerar muito bom para esta modalidade que está a renascer. O caso do voo acrobático é semelhante, não se podendo esperar por enquanto, mesmo com um investimento muito forte, a participação de mais de uma a duas dezenas de praticantes, mas denota um aumento consistente de pilotos interessados, o que até já permitiu a primeira participação num Campeonato da Europa, inclusivé com um bom resultado relativo. Como temos vindo a referir em anos interiores, os apoios do IDP são reduzidos, e muito aquém do necessário e do que solicitamos. Por isso, temos de ser exigentes na escolha das actividades e das provas em que nos devemos envolver, bem com na preparação das candidaturas, que têm de ser mais elaboradas para potenciar a sua hipótese de apoio. O apoio financeiro do IDP ao funcionamento da FPA tem sido igualmente uma área de grande insuficiência, sendo muito difícil chegar a um mínimo aceitável, embora se reconheçam as limitações de orçamento do IDP. Continuamos a trabalhar para que um apoio mais forte possa perspectivar um futuro com menos dificuldades no nosso funcionamento. Av. Cidade de Lourenço Marques, Praceta B Módulo 2 i Telef. 218 551 557 i Fax 218 539 899 i 1 800-093 LISBOA Pág. 2 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA Instituição de Utilidade Pública Desportiva Filiada na Federação Aeronáutica Internacional e na Confederação do Desporto de Portugal Continuamos a não possuir os meios monetários para apoiar as realizações concretas levadas a cabo por cada uma das Comissões, tanto no âmbito das competições desportivas nacionais como na participação das Selecções Nacionais em competições internacionais, mas as dificuldades orçamentais são reais e não podemos de estar condicionados por isso. Também não temos conseguido outros apoios que poderiam melhorar as nossas participações no estrangeiro, mas apesar disso, com o esforço e dedicação das Comissões e dos próprios atletas tem sido possível obter prestações honrosas, a que deveriam corresponder um melhor enquadramento quanto a apoios, resultados e objectivos. Continuamos a trabalhar a todos os níveis para que possamos obter e disponibilizar os meios fundamentais para um apoio mais adequado aos objectivos das nossas actividades. 2 - Instalação da sede A experiência da partilha das instalações com a Federação Portuguesa de Voo Livre mantém-se positiva. Contudo, não podemos deixar de considerar que o actual espaço é exíguo para as nossas necessidades. Com uma secretária e um armário para partilhar com o nosso funcionário administrativo, não é possível considerar que se tenha as condições mínimas para um trabalho sério e profícuo. Para um apoio razoável às nossas diversas modalidades, é necessário uma área de apoio para cada uma delas, em que se possa ter alguma privacidade, o que neste momento é completamente impossível. Nem para os próprios arquivos e apoio administrativo isso é possível. A busca de uma solução de acordo com as nossas necessidades continua a ser um objectivo, mas não será uma solução fácil, o que não impede que nos desviemos desse objectivo e continuemos na busca duma solução que sirva de facto os interesses de todos os que trabalham para manter em funcionamento as nossas seis modalidades. Av. Cidade de Lourenço Marques, Praceta B Módulo 2 i Telef. 218 551 557 i Fax 218 539 899 i 1 800-093 LISBOA Pág. 3 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA Instituição de Utilidade Pública Desportiva Filiada na Federação Aeronáutica Internacional e na Confederação do Desporto de Portugal 3 - Pessoal A actividade de um funcionário administrativo a tempo completo tornou-se já um dado adquirido, e que ficou bem patente ao longo do ano de 2008. Foram tão notórias as necessidades de um apoio diário aos nossos associados e à actividade da Direcção, bem como às nossas obrigações para com o IDP, e fundamentalmente o apoio aos nossos desportistas e às Comissões Nacionais nas suas tarefas, que não teria sido possível fazê-lo sem o trabalho desse funcionário a tempo inteiro. Julgamos que essa necessidade é tão fundamental que, considerando as necessidades actuais e com a ocupação profissional dos elementos da Direcção, não seria possível manter o actual funcionamento sem essa colaboração. Tal como este trabalho se mostra agora imprescindível, começa já a notar-se que a maioria das modalidades representadas pela FPA necessita também de apoio técnico, através da colaboração regular de um ou dois técnicos desportivos, para que se possa dar mais consistência à actividade desportiva nas diversas competições. 4 - Representação da FPA A FPA continua a incentivar a presença dos nossos especialistas nas reuniões FAI, que são considerados mais importantes, de forma a mostrar o seu envolvimento nessas realizações, e para que possam intervir nos assuntos da sua competência, e acompanhar mais de perto o evoluir da sua modalidade. Internamente pretendemos acompanhar os eventos aeronáuticos e colaborar com as entidades que os promovem. Não temos condições nem meios para estar em todos eles, nomeadamente nas acções de promoção aeronáutica que os diversos Aeroclubes levam a efeito todos os anos, e que seria uma porta privilegiada de promoção dos nossos desportos. Os nossos representantes estiveram presentes em diversas reuniões, nomeadamente nas comissões da FAI, que serão adiante referidas nos parágrafos relativos às actividades de cada Comissão. Av. Cidade de Lourenço Marques, Praceta B Módulo 2 i Telef. 218 551 557 i Fax 218 539 899 i 1 800-093 LISBOA Pág. 4 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA Instituição de Utilidade Pública Desportiva Filiada na Federação Aeronáutica Internacional e na Confederação do Desporto de Portugal Importa referir que nestas deslocações, a Federação paga apenas uma ajuda de custo destinada a suportar parcialmente a viagem e o alojamento, sendo que as pessoas que se têm prestado a ir, fazem-no com total sacrifício da sua vida pessoal e/ou profissional, e até alguma participação financeira do seu próprio bolso. Continuamos também a marcar presença nas realizações que são importantes para a nossa Federação, bem como em quase todas para as quais somos convidados, nomeadamente as iniciativas da Confederação do Desporto de Portugal, do Comité Olímpico Português, de outras Federações congéneres, e de outras entidades que têm interesse para a FPA. Estas presenças são conseguidas obviamente através do esforço desinteressado de tempo e disponibilidade dos elementos da Direcção. 5 - Componente desportiva A Federação tem incentivado a que as Comissões Nacionais procurem envolver os Clubes na realização de provas e eventos aeronáuticos, nomeadamente nas modalidades de Voo à Vela, Balonismo, Paramotores e Voo Acrobático, para que isso resulte numa maior divulgação das modalidades e dos próprios Clubes. Estamos convencidos que a via para desenvolver o desporto aeronáutico em Portugal, terá de ser através da colaboração entre entidades, incentivando as Comissões Desportivas Nacionais que ainda não o fizeram, para que promovam as provas e permitam a organização dos respectivos Campeonatos Nacionais, através destas parcerias. Apresentamos em seguida as realizações desportivas das modalidades integradas na FPA. 6 – Actividades sectoriais das Comissões BALONISMO - Voo em balões e dirigíveis (Secção 1 do Código Desportivo da FAI) Visando o desenvolvimento do balonismo em Portugal, dotando-o de meios e conhecimentos técnicos que permitam aos diversos intervenientes, atletas, tripulações, juízes e comissários desportivos, exponenciar os seus conhecimentos e as suas qualidades tecnico-desportivas e simultâneamente Av. Cidade de Lourenço Marques, Praceta B Módulo 2 i Telef. 218 551 557 i Fax 218 539 899 i 1 800-093 LISBOA Pág. 5 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA Instituição de Utilidade Pública Desportiva Filiada na Federação Aeronáutica Internacional e na Confederação do Desporto de Portugal tentando atrair um maior numero de praticantes para o balonismo, durante o ano de 2008 realizaram-se as seguintes actividades: 1ª Taça Ibérica em balonismo: Pela primeira vez foi realizada em Portugal uma competição oficial de balonismo pelas normas da FAI (Federação Aeronáutica Internacional). Objectivo: Promover uma nova Competição Desportiva entre ambas as Federações, para incentivar e estimular o desenvolvimento do Balonismo e reforçar a amizade e a troca de conhecimentos entre os pilotos, tripulações e que tem como denominação: Taça Ibérica e que será disputada alternadamente entre Portugal e Espanha. Esta competição será regida pelo regulamento criado pela Comissão de Balonismo da FAI versão 2008, e com os aditamentos exclusivos para esta competição. Esta prova irá ser realizada todos os anos em parceria com a Federação Portuguesa de Aeronáutica e a Real Federação Espanhola de Balonismo. A edição de 2008 teve os seguintes factos: Número de balões participantes: Portugal: 07 Espanha: 14 Local: Alter do Chão e Fronteira Data : 12 a 16 de Novembro de 2008. Estágio de Formação de juízes de balonismo: Aproveitando o facto da presença de juízes internacionais aquando da I taça Ibérica, foi efectuado um estágio de formação para juízes portugueses. VOO COM MOTOR - Voo em aeronaves motorizadas de asa fixa (Secção 2 do Código Desportivo da FAI). Foi uma modalidade com grande desenvolvimento no início da FPA, mas actualmente, tanto pelos custos, como pela perda de pilotos, que têm caracterizado a actividade de voo com motor, traduzindo-se num grave momento para todos os aeroclubes. Av. Cidade de Lourenço Marques, Praceta B Módulo 2 i Telef. 218 551 557 i Fax 218 539 899 i 1 800-093 LISBOA Pág. 6 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA Instituição de Utilidade Pública Desportiva Filiada na Federação Aeronáutica Internacional e na Confederação do Desporto de Portugal Continuamos convencidos que será possível dinamizar algumas actividades nesta área e por isso continuaremos a tentar motivar alguns interessados para que sejam criadas as condições para a realização de provas desta modalidade em Portugal. O modelo de provas para dinamização desta actividade, terá de ser diferente do que foi no passado, pelo menos numa fase inicial, mas temos estudado o assunto e esperamos ser possível desenvolver de novo esta modalidade. VOO À VELA - Voo em planadores (Secção 3 do Código Desportivo da FAI) A Comissão Portuguesa de Voo à Vela promoveu, e protagonizou em 2008, os seguintes eventos: Nas representações Internacionais, participou com 6 pilotos e 5 planadores da Equipa Nacional, com as respectivas estruturas de apoio, no Campeonato Nacional de Espanha de 2008. Três dos pilotos eram iniciados em competições internacionais, conseguindo mesmo assim, qualificações honrosas, tendo obtido a classificação de 5º lugar na Classe Club (5º lugar entre 12 participantes) e uma vitória diária na Classe Standard. Para o Calendário Nacional, e em virtude das dificuldades encontradas em Évora aquando do VI campeonato em 2007, a CNVV tinha planeado realizar o VII campeonato Nacional de Voo à Vela em Mogadouro, onde foi construída uma pista e infra-estruturas com dinheiros públicos, cuja principal vocação seria, a prática do voo à vela. A recusa do Director do Aeródromo, não só inviabilizou tais pretensões, como impediu ainda a utilização do aeródromo, a pilotos que não tivessem sido expressamente convidados por si, para voar no Mogadouro. Tal comportamento, deu origem a uma queixa em tribunal, subscrita pela quase totalidade dos pilotos de voo à vela existentes em Portugal, e que se arrasta ainda nas instâncias judiciais. VOO ACROBÁTICO - Vôo acrobático (Secção 6 do Código Desportivo da FAI). A CPVA tem vindo a desenvolver desde 2002 uma acção diversificada na perspectiva de adquirir massa critica para implementar a actividade de voo acrobático desportivo de acordo com o prescrito pela FAI/CIVA. Av. Cidade de Lourenço Marques, Praceta B Módulo 2 i Telef. 218 551 557 i Fax 218 539 899 i 1 800-093 LISBOA Pág. 7 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA Instituição de Utilidade Pública Desportiva Filiada na Federação Aeronáutica Internacional e na Confederação do Desporto de Portugal Nos anos transactos formaram-se juízes, apoiaram-se pilotos na formação, treino e na participação em provas a nível nacional e internacional. O relacionamento com a comunidade de voo acrobático espanhola, e internacional foi determinante na estruturação da actividade em Portugal, produzindo-se um regulamento nacional e estreitando-se o relacionamento neste domínio com as autoridades aeronáuticas e desportivas, INAC e FAI/CIVA. Em 2008 pela primeira vez, seleccionamos um piloto para representar Portugal no EAC 2008, Campeonato da Europa de Voo Acrobático, na República Checa, obtendo a pré - qualificação entre os melhores pilotos do mundo na categoria ilimitada. Ao nível nacional realizou-se o 2º Campeonato de Portugal de voo acrobático / Open de Portugal, Troféu Plácido de Abreu, em Santarém que reuniu 13 pilotos nacionais e estrangeiros participando em todas as categorias FAI. Nesta prova que se desenrolou em 5 dias, a visibilidade pública foi notória envolvendo, a criação e manutenção de um blog na internet, http://campeonatoacrobatico2008.blogspot.com/, televisão em directo e indirecto, rádios, jornais locais e da especialidade. Em termos de público durante os cinco dias visitaram o evento cerca de dez mil pessoas. ULTRALEVES - Voo em ultraleves (Secção 10 do Código Desportivo da FAI) Do passado ano de 2008 não existe praticamente nada a reportar na modalidade de Ultraleves, pois infelizmente esta actividade continua a não reunir o interesse dos praticantes pela vertente desportiva de competição. Esperamos alterar esta situação, mas não está a ser fácil. Tudo iremos fazer para inverter a situação, através de iniciativas que despertem o interesse dos pilotos de Ultraleve, nomeadamente os mais novos, tanto incluídas no programa Jovens Águias da FPA, como noutras que possam vir a motivar o interesse dos actuais praticantes, para a componente desportiva. Registe-se apenas, e mais uma vez, a participação do presidente da CPUL, Carlos Trigo, como membro do Júri Internacional, no Campeonato Mundial de Ultraleves que se realizou na Polónia, em Lezno. Nessa participação verificou-se novamente que existem outros países nos quais a situação é idêntica à de Portugal, ao nível da não existência de competições nacionais, como na Bélgica, na Holanda, em Itália, na Irlanda ou na Alemanha, Av. Cidade de Lourenço Marques, Praceta B Módulo 2 i Telef. 218 551 557 i Fax 218 539 899 i 1 800-093 LISBOA Pág. 8 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA Instituição de Utilidade Pública Desportiva Filiada na Federação Aeronáutica Internacional e na Confederação do Desporto de Portugal mantendo-se como países mais activos a França, o Reino Unido, a Polónia, a Hungria e a República Checa. PARAMOTOR - Voo em ultraleves (Secção 10 do Código Desportivo da FAI) A Direcção da Comissão teve como prioritário a implementação do Dec-Lei 283/2007 para a regularização dos pilotos junto do INAC. É um trabalho contínuo com aquela instituição, com vista à harmonização de conceitos, procedimentos para a futura delegação de competências, para que assim a modalidade de Paramotor e os seus pilotos possam ser enquadrados dentro da legislação das aeronaves ultra ligeiras, mas consagrando as nossas especificidades. O funcionamento das subcomissões técnicas, nomeadamente Juízes Competição, e o Departamento Técnico é uma realidade ao crescimento Paramotor, assim como para a consolidação de funções por forma que diversas actividades visem um maior desenvolvimento, promoção divulgação para a modalidade, quer seja através do site oficial e comunicação directa com os nossos associados. de do as e da Dando cumprimento aos objectivos da Comissão para 2008, realizaram-se encontros e acções de promoção da modalidade e o não tendo sido possível concretizar completamente o Calendário Desportivo do ano, por razões adversas á modalidade, conseguimos realizar duas provas que contaram para o ranking de 2008. Do Calendário Internacional, dois pilotos da Equipa Nacional estiveram presentes no Campeonato Europeu de Paramotor realizado na Polónia, tendo conseguido com o resultado por equipas a Classificação final, na categoria PF1, o 11º lugar e em individuais o 43º e 49º lugares respectivamente. Duas boas classificações dos nossos dois pilotos, apesar das limitações a que estiveram sujeitos. 7 – Programa “Jovens Asas” Continuando a considerar-se importante este programa inovador iniciado em 2006, o qual designámos por programa “Jovens Asas”, que pretende divulgar temas ligados á aeronáutica entre os jovens, realizámos em 2008 duas acções deste programa, uma em Vila Real (Trás-os-Montes) e outra em Bragança , tendo-se mantido o objectivo iniciado no ano interior, ou seja, Av. Cidade de Lourenço Marques, Praceta B Módulo 2 i Telef. 218 551 557 i Fax 218 539 899 i 1 800-093 LISBOA Pág. 9 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA Instituição de Utilidade Pública Desportiva Filiada na Federação Aeronáutica Internacional e na Confederação do Desporto de Portugal levar o programa para a chamada “província”, procurando-se deste modo descentralizar em termos geográficos, para não ser em Lisboa ou na sua zona de influência directa. A estratégia de interessar os aeroclubes locais, afinal associados da Federação Portuguesa de Aeronáutica, mantém-se, tendo-se conseguido em 2008 envolver a Direcção e alguns membros desses aeroclubes na realização das acções relativas ao programa. Essas acções consistiram na organização de uma sessão “teórica” no interior de uma Escola Secundária, para a qual foram convidados todos os alunos do 9º ao 12º ano, e que tiveram a adesão de muitos alunos, que encheram as salas, tendo até estas sido pequenas para albergar toda a assistência interessada. Foram também convidados alguns professores dessas turmas, mormente os professores de Física, de modo a realçar a componente técnico-científica das modalidades aeronáuticas, bem como os professores de Educação Física, para permitir fazer a ligação com a componente desportiva das modalidades de desporto aeronáutico. Nessas sessões teóricas, para as quais são destacados técnicos e membros da Direcção da FPA, são apresentados por estes, com recurso a meios informáticos, meios de projecção, e modelos de aeronaves, os diversos conceitos ligados à aeronáutica, nomeadamente “Como voa um avião”, “Saídas profissionais na aeronáutica”, “Desportos aeronáuticos e competição desportiva no ar”. O interesse despertado nos jovens, constatado de imediato, continua a ser encorajador, embora a ideia principal seja incutir neles alguns conhecimentos que lhes permitam mais tarde procurar os meios que lhes possibilitem, aos mais interessados, vir a praticar uma modalidade aeronáutica. Para completar estas acções do programa “Jovens Asas”, e depois da realização da sessão teórica, é organizada uma sessão prática, no aeródromo local, na qual os jovens assistem a demonstrações em voo das diversas modalidades aeronáuticas, bem como, para os que são devidamente autorizados pelos respectivos encarregados de educação, participam num baptismo de voo numa das aeronaves presentes. Para este baptismo de voo, os candidatos autorizados pelos pais são seleccionados através da análise de um pequeno trabalho (folha A4) que é pedido a todos os jovens que assistiram à sessão teórica, sendo escolhidos Av. Cidade de Lourenço Marques, Praceta B Módulo 2 i Telef. 218 551 557 i Fax 218 539 899 i 1 800-093 LISBOA Pág. 10 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA Instituição de Utilidade Pública Desportiva Filiada na Federação Aeronáutica Internacional e na Confederação do Desporto de Portugal aqueles que demonstram maior interesse pelo voo e que melhor apreenderam os conceitos dados na sessão teórica. Esta participação num baptismo de voo constitui, para os que conseguem fazê-lo, o ponto alto deste programa, principalmente para os jovens que se mostram mais interessados na aeronáutica, e que são afinal o objectivo principal deste programa. Dada a adesão das Escolas, dos Aeroclubes e dos jovens alunos, é intenção da Direcção da FPA manter e talvez alargar as acções deste Programa “Jovens Asas”. 8 – Outras actividades da FPA Desde a Assembleia Geral realizada em Braga no dia 26 de Setembro de 1998, na qual foi aprovada uma proposta para que a Federação represente os Aeroclubes perante as entidades oficiais a Direcção da FPA vem desenvolvendo algumas acções nesse sentido, enquanto for essa a vontade dos nossos associados. A FPA tem vindo a apoiar a realização dos voos que anteriormente eram chamados de detecção de incêndios, e que nos últimos anos, se transformaram em voos de monitorização aérea, já que se passou da área de detecção que ainda persiste, para uma actividade de acompanhamento das ocorrências, e de apoio directo aos que no terreno necessitam de apoio aéreo. A actividade que podemos proporcionar com estes voos, tem sido o motivo, pelo qual os Aeroclubes vão aguardando ano após ano, para manter o interesse nesta colaboração de interesse cívico prestado pelos pilotos e do qual os Aeroclubes beneficiam essencialmente dessas horas para aumentar a sua actividade, muito relevante neste período de crise. Os valores envolvidos não têm permitido uma maior intervenção, e em concreto nos últimos anos ficaram sem intervenção uma área ao sul do Tejo até ao Algarve, o que deixou de fora alguns Aeroclubes, enquanto noutros locais foi necessário partilhar a mesma rota, com dois Aeroclubes, reduzindo a participação destes a metade. Têm sido anos difíceis e com alterações de responsabilidade, desde a CNEFF, ao SNBPC, passando pela DGRF e pela GNR, o que não contribui para a estabilização desta nossa colaboração. Av. Cidade de Lourenço Marques, Praceta B Módulo 2 i Telef. 218 551 557 i Fax 218 539 899 i 1 800-093 LISBOA Pág. 11 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA Instituição de Utilidade Pública Desportiva Filiada na Federação Aeronáutica Internacional e na Confederação do Desporto de Portugal Em face dos resultados obtidos, à qual a FPA tem um forte contributo, nomeadamente na melhoria dos equipamentos técnicos de reporte de ocorrências e da transmissão de imagens, estamos a trabalhar para que esta nossa colaboração seja devidamente reconhecida, e que a estabilização da nossa participação possa ser mais uniforme durante todo o ano. O trabalho desenvolvido em estreita colaboração com a DGRF, entidade que está ligada à Floresta e reconhece o valor das nossas intervenções, permitenos estar optimistas, para que esta actividade seja devidamente reconhecida pelo valor, que todos nós sabemos que tem. Estes voos, que julgamos úteis com as rotas determinadas, embora com opções e horas diferidas são um grande contributo, mas não parece ser essa a opção destas entidades, considerando-se que os voos a pedido teriam muito mais potencialidades, bem como algumas acções de filmagens que envolveriam as queimadas na primavera e o acompanhamento dos fogos no Verão. Estamos a tentar manter a filosofia das rotas que permitem uma actividade continuada e que possam fazer uma parte da vigilância que por algum motivo não interessará a diversas entidades. Finalmente devemos referir que a nossa colaboração mais próxima na preparação dos equipamentos e no planeamento das acções, embora não permita implementar as acções de acordo com as nossas fundadas razões, permitirá ter nesses locais a nossa visão destes assuntos e o reforço da visibilidade desta actividade de elevado valor cívico. Junto do INAC, pretendemos manter uma maior intervenção, onde deveremos ter uma acção mais forte, para que se possam reflectir os nossos interesses na elaboração de nova legislação e no aligeiramento de alguns procedimentos que penalizam fortemente os Aeroclubes. Tivemos reuniões com o INAC e julgamos que nos encontramos no bom caminho para apoiar a entidade aeronáutica e apoiar os nossos interesses nomeadamente relativamente a uma utilização futura de Ultraleves avançados e aeronaves de matrícula estrangeira propriedade dos nossos associados. 9 – Outros factos relevantes Av. Cidade de Lourenço Marques, Praceta B Módulo 2 i Telef. 218 551 557 i Fax 218 539 899 i 1 800-093 LISBOA Pág. 12 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA Instituição de Utilidade Pública Desportiva Filiada na Federação Aeronáutica Internacional e na Confederação do Desporto de Portugal É de elementar justiça realçar neste Relatório o intenso trabalho que a Comissão Portuguesa de Paramotor, nomeadamente o seu presidente Eugénio Almeida, tem vindo a desenvolver nos últimos anos junto do INAC, na sequência da publicação do Decreto-Lei nº 238/2004 de 18 de Dezembro e do Regulamento nº 164/2006, os quais necessitaram de muito trabalho para efectuar as correcções às normas que estavam completamente desadequadas naqueles diplomas. O Decreto-Lei nº 283/2007 de 13 de Agosto veio substituir o anterior Decreto-Lei, e a primeira alteração do Regulamento nº 164/2006, pôde ser publicada com o Regulamento nº 510/2008 de 1 de Agosto. Foram anos de muito trabalho, que esperamos venha agora a ser culminado com o processo de delegação de algumas competências do INAC na FPA, que iniciámos em 2008. Noutra modalidade, o Balonismo, foi assinado em Lisboa no dia 23 de Outubro, um Protocolo de cooperação entre a FPA e a Real Federação Aeronáutica Espanhola, para promoção desta modalidade, através da organização anual de uma nova competição desportiva denominada Taça Ibérica, cuja primeira edição decorreu ainda em finais de 2008, na zona de Castelo de Vide e Alter do Chão. Uma palavra de agradecimento ao Aeroclube de Leiria que colaborou com a cedência dos Manuais de Operações de PPA e Ultraleve que permitiu apoiar a conclusão dos respectivos documentos para o Aeroclube de Torres Vedras, Coimbra e Vila Real, entre outros. Pela colaboração desinteressada e de grande interesse pela causa do ensino da Aeronáutica nos nossos aeroclubes, aqui fica a palavra e o reconhecimento da atitude do Aeroclube de Leiria. 10 – Contas e Resultados Financeiros Como se poderá verificar pelas contas que ora se apresentam à aprovação da Assembleia Geral, acompanhadas pela respectiva certificação legal efectuada pelo Revisor Oficial de Contas, estas registam um resultado positivo no valor de 11.282,94 €. A Direcção propõe que este resultado seja transferido para a conta de resultados transitados. Av. Cidade de Lourenço Marques, Praceta B Módulo 2 i Telef. 218 551 557 i Fax 218 539 899 i 1 800-093 LISBOA Pág. 13 FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA Instituição de Utilidade Pública Desportiva Filiada na Federação Aeronáutica Internacional e na Confederação do Desporto de Portugal Estes resultados, embora muito interessantes, são apenas uma recuperação dos valore negativos do ano anterior, e esperamos continuar no mesmo sentido, nos próximos anos. Reforçam a nossa vontade de melhorar e continuar a desenvolver a FPA para poder apoiar e desenvolver as nossas actividades e enfrentar os desafios do futuro. Queremos agradecer a todos os que contribuíram para a dinamização da actividade da Federação Portuguesa de Aeronáutica, em especial, a todos os elementos das Comissões que, pelo seu empenho, permitiram a obtenção destes resultados. A Direcção Av. Cidade de Lourenço Marques, Praceta B Módulo 2 i Telef. 218 551 557 i Fax 218 539 899 i 1 800-093 LISBOA Pág. 14