FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE AERONÁUTICA
Instituição de Utilidade Pública Desportiva
Filiada na Federação Aeronáutica Internacional e na Confederação do Desporto de Portugal
RELATÓRIO DE ACTIVIDADES
ANO de 2008
De acordo com a Lei e os Estatutos, a Direcção, no final de mais
um ano, vem submeter este Relatório de Actividades, as contas
do exercício e o parecer do Conselho Fiscal, à aprovação da
Assembleia Geral.
O ano de 2008, foi um ano difícil, com grandes desafios, mas que
se saldou por uma maior actividade e também por alguns factores
que nos permitem encarar o futuro com mais optimismo.
A partir de 2006 tivemos uma nova forma de financiamento às
Federações, que tem permitido um aumento sustentado das
verbas do IDP, embora sejam muito abaixo do que entendemos
como normal para as nossas diversas áreas de intervenção.
Na parte desportiva, tem sido possível a algumas Comissões,
promoverem a sua actividade com crescimento assinaláveis, e o
regresso do balonismo, mas mesmo assim, regista-se sempre uma
falta de apoio adequado a uma expansão sustentada.
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1 - Actividade da FPA
A aeronáutica é o sector que mais rapidamente é afectado pelas dificuldades
económicas, por isso, nesta fase de maiores dificuldades do País também se
reflecte na nossa actividade, embora tudo estejamos a fazer para evitar
maiores dificuldades.
O trabalho das Comissões é fundamental para o desenvolvimento das
nossas modalidades, sendo por nossa obrigação, conseguir dotá-las dos
meios que permitam o desenvolvimento das actividades previstas.
Para se aumentar a nossa participação, com maior número de praticantes,
temos procurado desenvolver algumas actividades de mais baixo custo
como é o caso do Paramotor.
É de realçar o relançamento da actividade de Balonismo, com a realização
em Portugal de uma prova internacional (Taça Ibérica), organizada em
conjunto por uma empresa ligada ao meio e pela nossa Comissão de
Balonismo. Neste caso particular, embora tenha sido possível ter havido um
encontro com muitas dezenas de balões, os praticantes Portugueses foram
à volta de uma dezena, o que, apesar de serem relativamente poucos, já
poderemos considerar muito bom para esta modalidade que está a renascer.
O caso do voo acrobático é semelhante, não se podendo esperar por
enquanto, mesmo com um investimento muito forte, a participação de mais
de uma a duas dezenas de praticantes, mas denota um aumento consistente
de pilotos interessados, o que até já permitiu a primeira participação num
Campeonato da Europa, inclusivé com um bom resultado relativo.
Como temos vindo a referir em anos interiores, os apoios do IDP são
reduzidos, e muito aquém do necessário e do que solicitamos. Por isso,
temos de ser exigentes na escolha das actividades e das provas em que nos
devemos envolver, bem com na preparação das candidaturas, que têm de
ser mais elaboradas para potenciar a sua hipótese de apoio.
O apoio financeiro do IDP ao funcionamento da FPA tem sido igualmente
uma área de grande insuficiência, sendo muito difícil chegar a um mínimo
aceitável, embora se reconheçam as limitações de orçamento do IDP.
Continuamos a trabalhar para que um apoio mais forte possa perspectivar
um futuro com menos dificuldades no nosso funcionamento.
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Continuamos a não possuir os meios monetários para apoiar as realizações
concretas levadas a cabo por cada uma das Comissões, tanto no âmbito das
competições desportivas nacionais como na participação das Selecções
Nacionais em competições internacionais, mas as dificuldades orçamentais
são reais e não podemos de estar condicionados por isso.
Também não temos conseguido outros apoios que poderiam melhorar as
nossas participações no estrangeiro, mas apesar disso, com o esforço e
dedicação das Comissões e dos próprios atletas tem sido possível obter
prestações honrosas, a que deveriam corresponder um melhor
enquadramento quanto a apoios, resultados e objectivos.
Continuamos a trabalhar a todos os níveis para que possamos obter e
disponibilizar os meios fundamentais para um apoio mais adequado aos
objectivos das nossas actividades.
2 - Instalação da sede
A experiência da partilha das instalações com a Federação Portuguesa de
Voo Livre mantém-se positiva. Contudo, não podemos deixar de considerar
que o actual espaço é exíguo para as nossas necessidades.
Com uma secretária e um armário para partilhar com o nosso funcionário
administrativo, não é possível considerar que se tenha as condições
mínimas para um trabalho sério e profícuo.
Para um apoio razoável às nossas diversas modalidades, é necessário uma
área de apoio para cada uma delas, em que se possa ter alguma
privacidade, o que neste momento é completamente impossível. Nem para
os próprios arquivos e apoio administrativo isso é possível.
A busca de uma solução de acordo com as nossas necessidades continua a
ser um objectivo, mas não será uma solução fácil, o que não impede que
nos desviemos desse objectivo e continuemos na busca duma solução que
sirva de facto os interesses de todos os que trabalham para manter em
funcionamento as nossas seis modalidades.
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3 - Pessoal
A actividade de um funcionário administrativo a tempo completo tornou-se já
um dado adquirido, e que ficou bem patente ao longo do ano de 2008.
Foram tão notórias as necessidades de um apoio diário aos nossos
associados e à actividade da Direcção, bem como às nossas obrigações
para com o IDP, e fundamentalmente o apoio aos nossos desportistas e às
Comissões Nacionais nas suas tarefas, que não teria sido possível fazê-lo
sem o trabalho desse funcionário a tempo inteiro.
Julgamos que essa necessidade é tão fundamental que, considerando as
necessidades actuais e com a ocupação profissional dos elementos da
Direcção, não seria possível manter o actual funcionamento sem essa
colaboração.
Tal como este trabalho se mostra agora imprescindível, começa já a notar-se
que a maioria das modalidades representadas pela FPA necessita também
de apoio técnico, através da colaboração regular de um ou dois técnicos
desportivos, para que se possa dar mais consistência à actividade
desportiva nas diversas competições.
4 - Representação da FPA
A FPA continua a incentivar a presença dos nossos especialistas nas
reuniões FAI, que são considerados mais importantes, de forma a mostrar o
seu envolvimento nessas realizações, e para que possam intervir nos
assuntos da sua competência, e acompanhar mais de perto o evoluir da sua
modalidade.
Internamente pretendemos acompanhar os eventos aeronáuticos e
colaborar com as entidades que os promovem. Não temos condições nem
meios para estar em todos eles, nomeadamente nas acções de promoção
aeronáutica que os diversos Aeroclubes levam a efeito todos os anos, e que
seria uma porta privilegiada de promoção dos nossos desportos.
Os nossos representantes estiveram presentes em diversas reuniões,
nomeadamente nas comissões da FAI, que serão adiante referidas nos
parágrafos relativos às actividades de cada Comissão.
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Importa referir que nestas deslocações, a Federação paga apenas uma
ajuda de custo destinada a suportar parcialmente a viagem e o alojamento,
sendo que as pessoas que se têm prestado a ir, fazem-no com total
sacrifício da sua vida pessoal e/ou profissional, e até alguma participação
financeira do seu próprio bolso.
Continuamos também a marcar presença nas realizações que são
importantes para a nossa Federação, bem como em quase todas para as
quais somos convidados, nomeadamente as iniciativas da Confederação do
Desporto de Portugal, do Comité Olímpico Português, de outras Federações
congéneres, e de outras entidades que têm interesse para a FPA.
Estas presenças são conseguidas obviamente através do esforço
desinteressado de tempo e disponibilidade dos elementos da Direcção.
5 - Componente desportiva
A Federação tem incentivado a que as Comissões Nacionais procurem
envolver os Clubes na realização de provas e eventos aeronáuticos,
nomeadamente nas modalidades de Voo à Vela, Balonismo, Paramotores e
Voo Acrobático, para que isso resulte numa maior divulgação das
modalidades e dos próprios Clubes.
Estamos convencidos que a via para desenvolver o desporto aeronáutico em
Portugal, terá de ser através da colaboração entre entidades, incentivando
as Comissões Desportivas Nacionais que ainda não o fizeram, para que
promovam as provas e permitam a organização dos respectivos
Campeonatos Nacionais, através destas parcerias.
Apresentamos em seguida as realizações desportivas das
modalidades integradas na FPA.
6 – Actividades sectoriais das Comissões
BALONISMO - Voo em balões e dirigíveis (Secção 1 do Código Desportivo da FAI)
Visando o desenvolvimento do balonismo em Portugal, dotando-o de meios
e conhecimentos técnicos que permitam aos diversos intervenientes, atletas,
tripulações, juízes e comissários desportivos, exponenciar os seus
conhecimentos e as suas qualidades tecnico-desportivas e simultâneamente
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tentando atrair um maior numero de praticantes para o balonismo, durante o
ano de 2008 realizaram-se as seguintes actividades:
1ª Taça Ibérica em balonismo:
Pela primeira vez foi realizada em Portugal uma competição oficial de
balonismo pelas normas da FAI (Federação Aeronáutica Internacional).
Objectivo:
Promover uma nova Competição Desportiva entre ambas as Federações,
para incentivar e estimular o desenvolvimento do Balonismo e reforçar a
amizade e a troca de conhecimentos entre os pilotos, tripulações e que tem
como denominação: Taça Ibérica e que será disputada alternadamente entre
Portugal e Espanha.
Esta competição será regida pelo regulamento criado pela Comissão de
Balonismo da FAI versão 2008, e com os aditamentos exclusivos para esta
competição.
Esta prova irá ser realizada todos os anos em parceria com a Federação
Portuguesa de Aeronáutica e a Real Federação Espanhola de Balonismo.
A edição de 2008 teve os seguintes factos:
Número de balões participantes:
ƒ Portugal: 07
ƒ Espanha: 14
Local: Alter do Chão e Fronteira
Data : 12 a 16 de Novembro de 2008.
Estágio de Formação de juízes de balonismo:
Aproveitando o facto da presença de juízes internacionais aquando da I
taça Ibérica, foi efectuado um estágio de formação para juízes
portugueses.
VOO COM MOTOR - Voo em aeronaves motorizadas de asa fixa (Secção 2 do
Código Desportivo da FAI).
Foi uma modalidade com grande desenvolvimento no início da FPA, mas
actualmente, tanto pelos custos, como pela perda de pilotos, que têm
caracterizado a actividade de voo com motor, traduzindo-se num grave
momento para todos os aeroclubes.
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Continuamos convencidos que será possível dinamizar algumas actividades
nesta área e por isso continuaremos a tentar motivar alguns interessados
para que sejam criadas as condições para a realização de provas desta
modalidade em Portugal.
O modelo de provas para dinamização desta actividade, terá de ser diferente
do que foi no passado, pelo menos numa fase inicial, mas temos estudado o
assunto e esperamos ser possível desenvolver de novo esta modalidade.
VOO À VELA - Voo em planadores (Secção 3 do Código Desportivo da FAI)
A Comissão Portuguesa de Voo à Vela promoveu, e protagonizou em 2008,
os seguintes eventos:
Nas representações Internacionais, participou com 6 pilotos e 5 planadores
da Equipa Nacional, com as respectivas estruturas de apoio, no
Campeonato Nacional de Espanha de 2008. Três dos pilotos eram iniciados
em competições internacionais, conseguindo mesmo assim, qualificações
honrosas, tendo obtido a classificação de 5º lugar na Classe Club (5º lugar
entre 12 participantes) e uma vitória diária na Classe Standard.
Para o Calendário Nacional, e em virtude das dificuldades encontradas em
Évora aquando do VI campeonato em 2007, a CNVV tinha planeado realizar
o VII campeonato Nacional de Voo à Vela em Mogadouro, onde foi
construída uma pista e infra-estruturas com dinheiros públicos, cuja principal
vocação seria, a prática do voo à vela.
A recusa do Director do Aeródromo, não só inviabilizou tais pretensões,
como impediu ainda a utilização do aeródromo, a pilotos que não tivessem
sido expressamente convidados por si, para voar no Mogadouro. Tal
comportamento, deu origem a uma queixa em tribunal, subscrita pela quase
totalidade dos pilotos de voo à vela existentes em Portugal, e que se arrasta
ainda nas instâncias judiciais.
VOO ACROBÁTICO - Vôo acrobático (Secção 6 do Código Desportivo da FAI).
A CPVA tem vindo a desenvolver desde 2002 uma acção diversificada na
perspectiva de adquirir massa critica para implementar a actividade de voo
acrobático desportivo de acordo com o prescrito pela FAI/CIVA.
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Nos anos transactos formaram-se juízes, apoiaram-se pilotos na formação,
treino e na participação em provas a nível nacional e internacional.
O relacionamento com a comunidade de voo acrobático espanhola, e
internacional foi determinante na estruturação da actividade em Portugal,
produzindo-se um regulamento nacional e estreitando-se o relacionamento
neste domínio com as autoridades aeronáuticas e desportivas, INAC e
FAI/CIVA.
Em 2008 pela primeira vez, seleccionamos um piloto para representar
Portugal no EAC 2008, Campeonato da Europa de Voo Acrobático, na
República Checa, obtendo a pré - qualificação entre os melhores pilotos do
mundo na categoria ilimitada.
Ao nível nacional realizou-se o 2º Campeonato de Portugal de voo
acrobático / Open de Portugal, Troféu Plácido de Abreu, em Santarém que
reuniu 13 pilotos nacionais e estrangeiros participando em todas as
categorias FAI. Nesta prova que se desenrolou em 5 dias, a visibilidade
pública foi notória envolvendo, a criação e manutenção de um blog na
internet, http://campeonatoacrobatico2008.blogspot.com/, televisão em
directo e indirecto, rádios, jornais locais e da especialidade. Em termos de
público durante os cinco dias visitaram o evento cerca de dez mil pessoas.
ULTRALEVES - Voo em ultraleves (Secção 10 do Código Desportivo da FAI)
Do passado ano de 2008 não existe praticamente nada a reportar na
modalidade de Ultraleves, pois infelizmente esta actividade continua a não
reunir o interesse dos praticantes pela vertente desportiva de competição.
Esperamos alterar esta situação, mas não está a ser fácil. Tudo iremos fazer
para inverter a situação, através de iniciativas que despertem o interesse
dos pilotos de Ultraleve, nomeadamente os mais novos, tanto incluídas no
programa Jovens Águias da FPA, como noutras que possam vir a motivar o
interesse dos actuais praticantes, para a componente desportiva.
Registe-se apenas, e mais uma vez, a participação do presidente da CPUL,
Carlos Trigo, como membro do Júri Internacional, no Campeonato Mundial
de Ultraleves que se realizou na Polónia, em Lezno. Nessa participação
verificou-se novamente que existem outros países nos quais a situação é
idêntica à de Portugal, ao nível da não existência de competições nacionais,
como na Bélgica, na Holanda, em Itália, na Irlanda ou na Alemanha,
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mantendo-se como países mais activos a França, o Reino Unido, a Polónia,
a Hungria e a República Checa.
PARAMOTOR - Voo em ultraleves (Secção 10 do Código Desportivo da FAI)
A Direcção da Comissão teve como prioritário a implementação do Dec-Lei
283/2007 para a regularização dos pilotos junto do INAC. É um trabalho
contínuo com aquela instituição, com vista à harmonização de conceitos,
procedimentos para a futura delegação de competências, para que assim a
modalidade de Paramotor e os seus pilotos possam ser enquadrados dentro
da legislação das aeronaves ultra ligeiras, mas consagrando as nossas
especificidades.
O funcionamento das subcomissões técnicas, nomeadamente Juízes
Competição, e o Departamento Técnico é uma realidade ao crescimento
Paramotor, assim como para a consolidação de funções por forma que
diversas actividades visem um maior desenvolvimento, promoção
divulgação para a modalidade, quer seja através do site oficial e
comunicação directa com os nossos associados.
de
do
as
e
da
Dando cumprimento aos objectivos da Comissão para 2008, realizaram-se
encontros e acções de promoção da modalidade e o não tendo sido possível
concretizar completamente o Calendário Desportivo do ano, por razões
adversas á modalidade, conseguimos realizar duas provas que contaram
para o ranking de 2008.
Do Calendário Internacional, dois pilotos da Equipa Nacional estiveram
presentes no Campeonato Europeu de Paramotor realizado na Polónia,
tendo conseguido com o resultado por equipas a Classificação final, na
categoria PF1, o 11º lugar e em individuais o 43º e 49º lugares
respectivamente.
Duas boas classificações dos nossos dois pilotos, apesar das limitações a
que estiveram sujeitos.
7 – Programa “Jovens Asas”
Continuando a considerar-se importante este programa inovador iniciado em
2006, o qual designámos por programa “Jovens Asas”, que pretende
divulgar temas ligados á aeronáutica entre os jovens, realizámos em 2008
duas acções deste programa, uma em Vila Real (Trás-os-Montes) e outra
em Bragança , tendo-se mantido o objectivo iniciado no ano interior, ou seja,
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levar o programa para a chamada “província”, procurando-se deste modo
descentralizar em termos geográficos, para não ser em Lisboa ou na sua
zona de influência directa.
A estratégia de interessar os aeroclubes locais, afinal associados da
Federação Portuguesa de Aeronáutica, mantém-se, tendo-se conseguido
em 2008 envolver a Direcção e alguns membros desses aeroclubes na
realização das acções relativas ao programa.
Essas acções consistiram na organização de uma sessão “teórica” no
interior de uma Escola Secundária, para a qual foram convidados todos os
alunos do 9º ao 12º ano, e que tiveram a adesão de muitos alunos, que
encheram as salas, tendo até estas sido pequenas para albergar toda a
assistência interessada. Foram também convidados alguns professores
dessas turmas, mormente os professores de Física, de modo a realçar a
componente técnico-científica das modalidades aeronáuticas, bem como os
professores de Educação Física, para permitir fazer a ligação com a
componente desportiva das modalidades de desporto aeronáutico.
Nessas sessões teóricas, para as quais são destacados técnicos e membros
da Direcção da FPA, são apresentados por estes, com recurso a meios
informáticos, meios de projecção, e modelos de aeronaves, os diversos
conceitos ligados à aeronáutica, nomeadamente “Como voa um avião”,
“Saídas profissionais na aeronáutica”, “Desportos aeronáuticos e competição
desportiva no ar”.
O interesse despertado nos jovens, constatado de imediato, continua a ser
encorajador, embora a ideia principal seja incutir neles alguns
conhecimentos que lhes permitam mais tarde procurar os meios que lhes
possibilitem, aos mais interessados, vir a praticar uma modalidade
aeronáutica.
Para completar estas acções do programa “Jovens Asas”, e depois da
realização da sessão teórica, é organizada uma sessão prática, no
aeródromo local, na qual os jovens assistem a demonstrações em voo das
diversas modalidades aeronáuticas, bem como, para os que são
devidamente autorizados pelos respectivos encarregados de educação,
participam num baptismo de voo numa das aeronaves presentes.
Para este baptismo de voo, os candidatos autorizados pelos pais são
seleccionados através da análise de um pequeno trabalho (folha A4) que é
pedido a todos os jovens que assistiram à sessão teórica, sendo escolhidos
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aqueles que demonstram maior interesse pelo voo e que melhor
apreenderam os conceitos dados na sessão teórica.
Esta participação num baptismo de voo constitui, para os que conseguem
fazê-lo, o ponto alto deste programa, principalmente para os jovens que se
mostram mais interessados na aeronáutica, e que são afinal o objectivo
principal deste programa.
Dada a adesão das Escolas, dos Aeroclubes e dos jovens alunos, é intenção
da Direcção da FPA manter e talvez alargar as acções deste Programa
“Jovens Asas”.
8 – Outras actividades da FPA
Desde a Assembleia Geral realizada em Braga no dia 26 de Setembro de
1998, na qual foi aprovada uma proposta para que a Federação represente
os Aeroclubes perante as entidades oficiais a Direcção da FPA vem
desenvolvendo algumas acções nesse sentido, enquanto for essa a vontade
dos nossos associados.
A FPA tem vindo a apoiar a realização dos voos que anteriormente eram
chamados de detecção de incêndios, e que nos últimos anos, se
transformaram em voos de monitorização aérea, já que se passou da área
de detecção que ainda persiste, para uma actividade de acompanhamento
das ocorrências, e de apoio directo aos que no terreno necessitam de apoio
aéreo.
A actividade que podemos proporcionar com estes voos, tem sido o motivo,
pelo qual os Aeroclubes vão aguardando ano após ano, para manter o
interesse nesta colaboração de interesse cívico prestado pelos pilotos e do
qual os Aeroclubes beneficiam essencialmente dessas horas para aumentar
a sua actividade, muito relevante neste período de crise.
Os valores envolvidos não têm permitido uma maior intervenção, e em
concreto nos últimos anos ficaram sem intervenção uma área ao sul do Tejo
até ao Algarve, o que deixou de fora alguns Aeroclubes, enquanto noutros
locais foi necessário partilhar a mesma rota, com dois Aeroclubes, reduzindo
a participação destes a metade.
Têm sido anos difíceis e com alterações de responsabilidade, desde a
CNEFF, ao SNBPC, passando pela DGRF e pela GNR, o que não contribui
para a estabilização desta nossa colaboração.
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Em face dos resultados obtidos, à qual a FPA tem um forte contributo,
nomeadamente na melhoria dos equipamentos técnicos de reporte de
ocorrências e da transmissão de imagens, estamos a trabalhar para que
esta nossa colaboração seja devidamente reconhecida, e que a
estabilização da nossa participação possa ser mais uniforme durante todo o
ano.
O trabalho desenvolvido em estreita colaboração com a DGRF, entidade que
está ligada à Floresta e reconhece o valor das nossas intervenções, permitenos estar optimistas, para que esta actividade seja devidamente reconhecida
pelo valor, que todos nós sabemos que tem.
Estes voos, que julgamos úteis com as rotas determinadas, embora com
opções e horas diferidas são um grande contributo, mas não parece ser
essa a opção destas entidades, considerando-se que os voos a pedido
teriam muito mais potencialidades, bem como algumas acções de filmagens
que envolveriam as queimadas na primavera e o acompanhamento dos
fogos no Verão.
Estamos a tentar manter a filosofia das rotas que permitem uma actividade
continuada e que possam fazer uma parte da vigilância que por algum
motivo não interessará a diversas entidades.
Finalmente devemos referir que a nossa colaboração mais próxima na
preparação dos equipamentos e no planeamento das acções, embora não
permita implementar as acções de acordo com as nossas fundadas razões,
permitirá ter nesses locais a nossa visão destes assuntos e o reforço da
visibilidade desta actividade de elevado valor cívico.
Junto do INAC, pretendemos manter uma maior intervenção, onde
deveremos ter uma acção mais forte, para que se possam reflectir os nossos
interesses na elaboração de nova legislação e no aligeiramento de alguns
procedimentos que penalizam fortemente os Aeroclubes.
Tivemos reuniões com o INAC e julgamos que nos encontramos no bom
caminho para apoiar a entidade aeronáutica e apoiar os nossos interesses
nomeadamente relativamente a uma utilização futura de Ultraleves
avançados e aeronaves de matrícula estrangeira propriedade dos nossos
associados.
9 – Outros factos relevantes
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É de elementar justiça realçar neste Relatório o intenso trabalho que a
Comissão Portuguesa de Paramotor, nomeadamente o seu presidente
Eugénio Almeida, tem vindo a desenvolver nos últimos anos junto do INAC,
na sequência da publicação do Decreto-Lei nº 238/2004 de 18 de Dezembro
e do Regulamento nº 164/2006, os quais necessitaram de muito trabalho
para efectuar as correcções às normas que estavam completamente
desadequadas naqueles diplomas.
O Decreto-Lei nº 283/2007 de 13 de Agosto veio substituir o anterior
Decreto-Lei, e a primeira alteração do Regulamento nº 164/2006, pôde ser
publicada com o Regulamento nº 510/2008 de 1 de Agosto.
Foram anos de muito trabalho, que esperamos venha agora a ser culminado
com o processo de delegação de algumas competências do INAC na FPA,
que iniciámos em 2008.
Noutra modalidade, o Balonismo, foi assinado em Lisboa no dia 23 de
Outubro, um Protocolo de cooperação entre a FPA e a Real Federação
Aeronáutica Espanhola, para promoção desta modalidade, através da
organização anual de uma nova competição desportiva denominada Taça
Ibérica, cuja primeira edição decorreu ainda em finais de 2008, na zona de
Castelo de Vide e Alter do Chão.
Uma palavra de agradecimento ao Aeroclube de Leiria que colaborou com a
cedência dos Manuais de Operações de PPA e Ultraleve que permitiu apoiar
a conclusão dos respectivos documentos para o Aeroclube de Torres
Vedras, Coimbra e Vila Real, entre outros.
Pela colaboração desinteressada e de grande interesse pela causa do
ensino da Aeronáutica nos nossos aeroclubes, aqui fica a palavra e o
reconhecimento da atitude do Aeroclube de Leiria.
10 – Contas e Resultados Financeiros
Como se poderá verificar pelas contas que ora se apresentam à aprovação
da Assembleia Geral, acompanhadas pela respectiva certificação legal
efectuada pelo Revisor Oficial de Contas, estas registam um resultado
positivo no valor de 11.282,94 €.
A Direcção propõe que este resultado seja transferido para a conta de
resultados transitados.
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Estes resultados, embora muito interessantes, são apenas uma recuperação
dos valore negativos do ano anterior, e esperamos continuar no mesmo
sentido, nos próximos anos. Reforçam a nossa vontade de melhorar e
continuar a desenvolver a FPA para poder apoiar e desenvolver as nossas
actividades e enfrentar os desafios do futuro.
Queremos agradecer a todos os que contribuíram para a
dinamização da actividade da Federação Portuguesa de
Aeronáutica, em especial, a todos os elementos das
Comissões que, pelo seu empenho, permitiram a obtenção
destes resultados.
A Direcção
Av. Cidade de Lourenço Marques, Praceta B Módulo 2 i Telef. 218 551 557 i Fax 218 539 899 i 1 800-093 LISBOA
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Relatório de Actividade da FPA 2008