Teresina(PI) - Segunda-feira, 18 de novembro de 2013 • Nº 219
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Programa Água Doce vai beneficiar 26 mil pessoas no Piauí
Ao todo, R$ 13 milhões serão investidos na construção de 67 sistemas de dessalinização da
Mírian Teles
das regiões que sofrem com a seca no Piauí.
Os moradores de
áreas rurais do
semiárido piauiense
terão acesso à água
potável. O Governo do
Estado, em parceria
com o Ministério do
Meio Ambiente
(MMA), iniciará a
execução do Programa
Água Doce nas regiões
mais necessitadas do
Piauí.
O lançamento do
programa no Estado
aconteceu no ultimo dia
8, no Palácio do
Karnak, em Teresina, e
contou com a presença
de representantes dos
governos locais e das
comunidades que serão
beneficiadas pelo
projeto. Ao todo, R$13
milhões serão
investidos na
construção de 67
s i s t e m a s
d e
dessalinização da água
encontrada nos lençóis
freáticos das regiões
que sofrem com a seca
no Piauí.
O programa tem o
objetivo de estabelecer
uma política pública
permanente de acesso à
água de boa qualidade
para o consumo
humano. Lançado em
2004, passou a integrar
o plano Brasil sem
Miséria há dois anos e
c o n s i s t e
n a
implantação e
recuperação de
a p a r e l h o s d e
dessalinização em
áreas rurais de baixa
renda do Semiárido
brasileiro. O Água Doce
abrange os nove estados
do Nordeste e Minas
Gerais e já beneficiou,
a t é
a g o r a ,
aproximadamente 100
mil pessoas em 154
diferentes pontos
atingidos pela seca no
País.
Filtragem
A chegada do
programa ao Piauí
beneficiará mais de 26
mil pessoas. As equipes
farão um diagnóstico
com base em uma lista de
20 municípios em
situação mais crítica.
Campo Alegre do
Fidalgo, Curral Novo do
Piauí e Betânia do Piauí
aparecem nos três
primeiros lugares,
respectivamente, no
ranking de regiões
prioritárias a serem
contempladas. Os
sistemas de dessalinização
serão instalados conforme
a necessidade de cada
local. A previsão é que as
primeiras obras comecem
até a metade do próximo
ano.
O sistema funciona
como um purificador da
água coletada por meio de
poços já existentes nas
c o m u n i d a d e s
beneficiadas. O
coordenador nacional do
programa, Renato
Ferreira, afirma que a
medida leva em conta
cuidados ambientais,
técnicos e sociais. “Ao
fazer a filtragem
molecular, o sistema tira
bactérias, vírus e outros
micro-organismos com um
dos mecanismos mais
potentes disponíveis no
mundo”, afirmou. “As
pessoas vão deixar de
recorrer a barreiros e açudes
e começar a tomar água
potável”, conclui o
coordenador.
A água própria para o
consumo passará pelo
processo de purificação e
será oferecida à população
em espaços como um
tanque ou um chafariz. Os
moradores precisarão
coletá-la em recipientes
como baldes e latas. Para a
maior comodidade dos
usuários, o equipamento
será instalado em pontos
estratégicos da
comunidade, definidos
pelas equipes durante a fase
de diagnóstico.
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