15
Junho
2008
GRUPO PT
- NA PT, CADA VEZ MAIS DESUMANIZADA.
- UM FOSSO ENTRE O QUE SE DIZ E FAZ.
- CADA VEZ MENOS RESPEITO PELO AE.
- PARA ONDE CAMINHA ESTA EMPRESA.
RESPONSABILIDADE SOCIAL, ONDE ESTÁ.
Recentemente, o SINTTAV ouviu uma mensagem do
Presidente da PT, em que uma das apostas da
Empresa era o cumprimento da Responsabilidade
Social, inclusive num contexto mais amplo do que o
tradicional conceito, situação com a qual o nosso
Sindicato está plenamente de acordo, porque hoje,
as Empresas também valem pela avaliação que lhes
é feita em termos de cumprimento de RSE. Mas como
está a ser cumprida a RSE, mesmo dentro desta?
Vejamos alguns exemplos.
porquê) de transferir os cerca de 50 trabalhadores
antes de criar as condições, o que levou o SINTTAV a
requerer a intervenção da ACT.
A transferência consumou-se em meados de Maio, o
Director do Norte comunicou ao SINTTAV que as obras
estariam prontas em meados de Junho, claro que tudo
está na mesma.
Será que o Director do Norte, Eng. Pedro Mota, tinha
prévio conhecimento de tudo o que se estava a passar e
deu o seu aval a esta situação lastimável e inaceitável,
ou o processo passou-lhe ao lado?
HIGIENE, SEGURANÇA E SAÚDE. SITUAÇÃO EM
BRAGA É INACEITÁVEL. Os trabalhadores da PT
colocados no edifício da Nogueira, foram
confrontados com um facto consumado Transferência por Conveniência de Serviço, para outro
edifício, num lugar designado por Centro
Empresarial, no lugar da Misericórdia.
A Empresa tem o direito de transferir os
trabalhadores dentro dos condicionalismos do AE,
mas ao mesmo tempo tem o dever de previamente
garantir todas as condições de Higiene, Segurança
e Saúde, dignas.
PORQUÊ TANTA PRESSA? Não se percebe o porquê
de toda a pressa que a Empresa teve em transferir os
trabalhadores do edifício da Nogueira, porquanto se
comenta por aquelas bandas, que este edifício foi
comprado pelo mesmo proprietário que alugou à PT as
instalações do Centro Empresarial.
No edifício da Nogueira, parece que os novos donos vão
fazer obras, então os trabalhadores não podiam lá
permanecer até estarem criadas condições de trabalho
com dignidade? O que se passa, o mesmo dono que
compra também aluga um edifício pior, será uma
situação de negócio transparente? A RSE também é
transparência.
O QUE SE PASSOU É LASTIMÁVEL. O SINTTAV foi
previamente visitar o lugar e comunicou as suas
preocupações à DRH, quanto à falta global de
condições e de dignidade destas, porquanto
tratava-se de uma Sub-Cave, com um pé direito de
2,45m em vez dos 3m exigíveis, sem luz directa, nem
qualquer outro tipo de condições, local que antes
tinha servido de armazém.
A Empresa persistiu na sua teimosia (sabe-se lá
NEGÓCIO CHORUDO? Também se comenta lá por
aquelas bandas, que o valor da renda que os donos
daquelas péssimas instalações recebem da PT, ao fim de
5 anos, corresponde ao que pagaram pelo edifício da
Nogueira? Será assim? O SINTTAV gostava de ver esta
situação esclarecida, pelo que aqui fica o desafio.
REPARTIDOR DE PORTIMÃO. As condições de trabalho
no espaço onde está o Repartidor da PT de Portimão
são insuportáveis, devido ao elevado aquecimento,
que resulta do conjunto de bastidores ali colocados
pela concorrência (ONI, TELE2, VODAFONE e NOVIS),
ao todo 14 bastidores.
Em meados de Maio, o SINTTAV oficiou a Empresa no
sentido da situação ser normalizada com a reparação
do equipamento avariado, situação que até hoje
continua por resolver. Numa primeira versão seriam as
Empresas da concorrência que teriam que resolver o
problema, mas numa segunda versão é que se tinha
que esperar até a PT poder gastar verba do trimestre
seguinte porque a actual já se tinha esgotado.
Porém, os trabalhadores da PT é que vão sofrendo as
consequência, até que chegue o momento de uma
recusa total de trabalharem em tais condições, o que
se vier a acontecer, ainda são acusados de uma
situação que só a PT é culpada.
nível do Norte.
Quando uma chefia se atreve a tirar um trabalhador
da Brigada de Prevenção como resultado das
relações pessoais entre ambos, quando se diz a um
trabalhador, a partir de amanhã considere-se
transferido de Braga para a Póvoa do Varzim, onde
já não existem trabalhadores porque foram
transferidos para Famalicão, ou lhe pedem a
ferramenta que tem distribuída e lhe retiram o carro,
só porque o trabalhador não aceita de imediato a
Suspensão do Contrato, para onde é que a Empresa
caminha?
Com chefias deste calibre, parece que o Norte é
pioneiro como resultado do timoneiro, podemos
imaginar o que seria a Avaliação do Desempenho se
não ficassem salvaguardadas as garantias de
intervenção dos Sindicatos e dos próprios avaliados,
tal como o SINTTAV defende.
REUNIÕES COM A EMPRESA DE SENSIBILIZAÇÃO
PARA QUÊ. Em Maio, a DRH convidou o SINTTAV e
outros sindicatos para uma reunião de sensibilização
sobre a temática da Higiene, Segurança e Saúde no
Trabalho, que decorreu em Lisboa, no Hotel Sana.
Se a Empresa nos convida para sensibilizações sobre
tais temáticas e se de facto está interessada em
alterar a prática corrente e depois nos locais de
trabalho é isto que se vê, o fosso entre o que nos
dizem e o que é feito parece cada vez maior.
REDUÇÃO
DE
EFECTIVOS/SUSPENSÃO
DE
CONTRATOS. Parece que a fobia da gestão da PT
em relação à redução de efectivos através da
Suspensão de Contratos e outras formas, só pára
quando a PT já não tiver trabalhadores.
Ninguém, em Portugal nem no estrangeiro, consegue
compreender uma gestão deste tipo, que coloca bons
técnicos em casa, obviamente a receber a
remuneração, que ainda tinham vários anos à sua
frente de eficaz desempenho das tarefas, pagando
às empresas de outsourcing, empreiteiros e outras,
para fazer depois o trabalho que seria feito por
aqueles que estão em casa, mas com muito melhor
qualidade.
Ou seja, a PT paga duas vezes o salário e fica com o
trabalho de pior qualidade. Será assim que a PT
quer fidelizar os clientes numa tremenda luta de
concorrência do mercado?
De facto ninguém entende esta política, que só
poderá ser explicada por compromissos assumidos
com os grandes accionistas de redução brutal de
mão de obra qualificada.
E as consequências desta política a médio prazo,
será que vai continuar a haver dinheiro para pagar
a quem já não está no activo?
LOJAS. Quando se ouvem os discursos oficiais, em que
uma das grandes preocupações da PT é o seu
crescimento, objectivo legítimo que o SINTTAV valoriza,
mas depois na prática se assiste ao encerramento ou
passagem de várias Lojas para o sistema de
Outsourcing, temos que nos interrogar se os referidos
discursos correspondem aos reais objectivos.
Num contexto de tremenda concorrência empresarial,
onde a arte de vender é fundamental, será assim que
a PT quer alcançar os objectivos, ou há compromissos
que se sobrepõem aos discursos?
DESRESPEITO PELO AE. Recentemente temos assistido
a um desrespeito crescente pelo AE, particularmente a
É ESTA A GESTÃO QUE TEMOS HOJE E POR ISSO NOS INTERROGAMOS:
PARA ONDE CAMINHA A PT?
SEMEAR IDEIAS, PARA GERAR CONSCIÊNCIAS, É DEVER SINDICAL
SINTTAV, O SINDICATO QUE TE DEFENDE. SINDICALIZA-TE NO SINTTAV.
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Na PT, cada vez mais desumanizada.