B.8 – MEDIDAS DE TENSÕES E CORRENTES . B.8.1 – Nomenclatura e disposições técnicas em instrumentação e medições. A ABNT (1) . • Para estar lendo esta parte das instruções você já deve estar executando a Segunda experiência. Considera-se que já possui alguma intimidade com o instrumento que manuseou . • Na primeira experiência não foram citados termos técnicos rigorosos, e foi adotada uma metodologia quase que intuitiva e com um linguajar informal, para não sobrecarregar o aluno . • Nesta Segunda experiência CONTINUAREMOS COM A MESMA POLÍTICA, porém, em obediência a ABNT, introduziremos uns poucos termos técnicos, e acredite que será o mínimo necessário, da NBR 5456 (2) , NBR 6509 (3) e NBR 5180 (4) . • Sempre que o termo existir na ABNT, e quando necessário, o mesmo aparecerá em negrito sublinhado e colocaremos uma nota de rodapé com a sua identificação e significado. Observe como já adotamos esta metodologia NESSA PÁGINA quando citamos pela 1ª vez a NBR 5456 , NBR 6509 e NBR 5180 . • Procure sempre que possível usar os termos da ABNT em suas explanações pois, futuramente, em sua profissão isso terá caracter obrigatório . • O multímetro eletrônico genérico ( VOM com amplificador ) indicado na pag. B.6 também tem uma bateria. Por ser “ mais sensível ” , um dos modelos disponíveis no laboratório usa somente uma bateria de 1,5 Volts no bloco de FUNÇÕES conforme o diagrama a baixo ( veja o esquema elétrico completo, à pag. B.7 ). • PORTANTO quando pensar em medir resistores em circuitos elétricos: x 1k x 100 x 10 4 kΩ 390 Ω 37,5 Ω x1 2,7 kΩ 5,7 kΩ 570 Ω bloco miliamperímetro 57 Ω 5,7 Ω 0,62 Ω D1 0,6 A 2 kΩ µA 2,6 kΩ 25 µA -, COM B.8.2.a - Nunca utilize a função OHMS de um instrumento de medição (6)`tipo multímetro quando o mesmo estiver conectado a um circuito que possua qualquer manifestação de energia elétrica . B.8.2.b - Caso o seu circuito possua fontes de energia ativas, tais como geradores ou baterias, você terá que desligá-los e, por uma questão de segurança, desconectá-los do circuito. B.8.2.c - Caso o seu circuito possua parâmetros que armazenem energia, tais como INDUTÂNCIAS e, ou CAPACITÂNCIAS você terá que retirar-lhes a energia, isto é, descarregá-los (7) . Ajusta zero ohms BATERIA 1,5 Volts OHMS DCDC+ AC OFF 2 1 D2 2 kΩ • O VOM que você está utilizando possui internamente duas baterias de 1,5 Volts, conforme o esquema ao lado ( veja o esquema elétrico completo do multímetro à pag. B.6 ) . 44 kΩ bloco divisor de tensão • Os multímetros (5) , em sua esmagadora maioria, quando na função ohms possuem a sua própria fonte de energia conforme item B-1 à pag. B.2 , geralmente uma pequena bateria, responsável pelo seu adequado desempenho. BATERIA ESQUEMA DO MULTÍMETRO 2x 1,5 V MINIPA ET-304 NA FUNÇÃO OHMS 20 kΩ • Muito embora, nesse momento, estejamos tratando de medições de tensões e correntes, são importantes e oportunas as observações seguintes: +, V, A, Ω bloco função B.8.2 – Últimas observações sobre a função OHMS . FUNÇÃO ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas - Fundada em 1940, é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao desenvolvimento tecnológico brasileiro. É uma entidade privada, sem fins lucrativos, reconhecida como Fórum Nacional de Normalização -ÚNICO - através da Resolução n° 07 do CONMETRO, de 24.08.1992 . Está situada no SINMETRO sob orientação direta do CNN – Comitê Nacional de Normalização ou deste por meio do INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia , fazendo parte do SBN – Sistema Brasileiro de Normalização ( ver apostilha de Medidas Elétricas e Magnética – 6º período ) 2 NBR5 456 – ELETRICIDADE GERAL – Terminologia . 3 NBR 6509 – ELETROTÉCNICA E ELETRÔNICA – INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO (6) – Terminologia. 4 NBR 5180 – INSTRUMENTOS ELÉTRICOS INDICADORES – Especificação . 5 NBR 6590 – 4.5.13 – MULTÍMETRO . Instrumento que, mediante comutação dos circuitos internos e das escalas (13) pode ser utilizado para medir diversas grandezas . 6 NBR 6509 – 4.1.1 – INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO Dispositivo destinado a detectar ou medir uma grandeza, ou fornecer uma grandeza para fins de medição. 7 As indutâncias normalmente descarregam-se sem que haja necessidade de sua intervenção. Sua preocupação deve ser exclusivamente com as capacitâncias pois essas, normalmente, não conseguem se descarregar sem auxilio externo. UERJ – 2002 – 1º SEMESTRE – ELETRICIDADE II – APÊNDICE B – INSTRUMENTAÇÃO pag. B.8 Indutância, capacitância ( ver nota de rodapé 6) GJ Fonte CC B.8.2.e - Siga a seqüência, 1, 2, 3 indicada na figura ao lado. B.8.3 – MEDIÇÃO (8) de tensões e correntes. Métodos adequados. Instrumentos e seu emprego. B.8.4.b - O aparelho deve ser ajustado para receber a quantidade adequada, pois se receber energia ( potência ) a menos fornecerá valores imprecisos e, ou inexatos ( ver item B.8.8 à pag. B.15 ) e se receber energia ( potência ) em excesso possivelmente sofrerá danos. Obs.1 Observe uma diferença com relação a primeira experiência, isto é, na função Ohms foi o aparelho quem forneceu energia ao circuito ( ver item B.1 à pag. B-2 e B.8.2 à pag. B-8 ) e nas próximas experiências o aparelho receberá energia do circuito. Obs.2 Funcionalmente ( além da ausência da bateria explicada acima ) o esquema ao lado do VOM na função CC difere do esquema na função OHMS no bloco do miliamperímetro pela ausência do resistor variável ( potenciômetro ) que permite o ajuste de 0 ( zero ) ohms. B.8.5 – Voltímetros: posição no circuito, conseqüências para o circuito . I µA circuito equivalente de um voltímetro Z um bom voltímetro, quando comparado com o circuito, deve ocasionar o menor I , isto é, deve possuir o maior |Z| possível Em CC Z≡R Em CA |Z|≡|R+jX| 8 Ao extrair ou receber uma pequena amostra da energia existente no circuito elétrico, voltímetros e amperímetros são cargas e, portanto, os fabricantes sempre procuram fazê-los de modo a perturbarem o mínimo possível o circuito em que venham a ser conectados. Os voltímetros são conectados de modo a sentirem a ddp entre dois nós, ficando portanto, em paralelo com qualquer coisa que esteja ligada entre esses dois nós onde desejamos medir o potencial, e são feitos com a maior impedância (9) possível para não “ roubarem “ muita energia, pois, por exemplo, para um voltímetro na função CC onde Z = R , P = V2 / R e para P ser o menor possível, para qualquer V, R necessita ser o maior possível. ESQUEMA DO MULTÍMETRO MINIPA ET-304 NA FUNÇÃO VOLTS CC DC 1kV 21,4 MΩ +, V, A, Ω 4,6 kΩ 21,4 kΩ 43 kΩ 214 kΩ 1,14 MΩ 5,7 MΩ -, COM 0,25 1 2,5 10 50 bloco miliamperímetro B.8.4.a - O aparelho de medição quando na função Volts ou Ampères é uma carga pois extrai ( recebe ) uma pequena amostra da energia existente no circuito elétrico. circuito em exame • Réguas de terminais 1 - desligue o gerador 2 - desconecte o gerador 3 - descarregue os parâmetros (geralmente só os capacitivos B.8.4 – Princípios de funcionamento de voltímetros e amperímetros: ligação de voltímetro a um circuito .. :::: :::: Resistores do divisor de tensão N ON OFF Chave para ajuste de alcance ( fundo de escala ) • Nas próximas experiências mediremos grandezas elétricas diferentes daquelas que tratamos na 1ª . A forma de fazê-lo também é diferente. Compare o que será, e como será feito com aquilo que realizou na primeira experiência: fique atento. VOM na Função OHMS :::: :::: ... Valores de tensão de fundo de escala B.8.2.d - Agindo dessa forma você está evitando a hipótese do circuito, estando energizado, forçar para dentro do multímetro uma quantidade de energia maior que o mesmo poderá manipular e que possivelmente ocasionará danos aos mesmos. 250 & UP D2 D1 2 kΩ µA 2,6 kΩ 25 µA 0,6 A NBR 6509 – 5.2.1 – MEDIÇÃO Determinação do valor de uma grandeza, mediante o emprego de instrumentos e métodos adequados. 9 NBR 5456 – 6.1.22 – Impedância (complexa) – Grandeza complexa cujo módulo é o módulo da impedância, e cujo ângulo é igual ao ângulo de fase da tensão, menos o ângulo de fase da corrente. IMPEDÂNCIA: entenda a palavra impedância, nessa fase de seus estudos, como uma maneira algébrica prática de representar-se simultaneamente os efeitos resistivos, indutivos e capacitivos dos parâmetros elétricos em circuitos com tensões e correntes senoidais . Um conceito mais detalhado de impedância será desenvolvido posteriormente quando estudar Tensões e Correntes Senoidais . UERJ – 2002 – 1º SEMESTRE – ELETRICIDADE II – APÊNDICE B – INSTRUMENTAÇÃO pag. B.9 B.8.6 - O multímetro na função volts CC . B.8.6.a - O VOM usado, na função Volts CC ( VDC ) tem impedâncias diferentes conforme os ajustes que forem feitos. No alcance de ( até ) 1 kV todos os resistores do divisor de tensão serão usados, totalizando 28,523 MΩ enquanto que no alcance de ( até ) 0,25 Volts somente a resistência de 4,6 kΩ será utilizada. A essas impedâncias devemos adicionar a impedância resultante do conjunto que está associado ao miliamperímetro ( D1 , D2, o potenciômetro de aferição de 2kΩ, e R interno do µA = 2,6 kΩ ) , que eqüivalem a aproximadamente a 2,67 kΩ . Os demais valores estão indicados no quadro ao lado. Circuito equivalente do VOM Na função Volts CC ( VDC ) R resultante do divisor de tensão para diversos ajustes ( alcances ) B.8.6.b - O multímetro eletrônico genérico ( VOM com amplificador ) indicado na pag. B.6 , possui um comportamento diferente. Multímetros desse tipo costumam ter sua impedância praticamente constante ao longo de toda a faixa de alcances. Um dos modelos disponível no laboratório, possui uma impedância de 11 MΩ em qualquer alcance ( que vai de 1,5 Volts a 1500 Volts ) , isto é, o circuito que está sendo testado o verá sempre como uma resistência de 11 MΩ em paralelo, qualquer que seja o alcance utilizado. Consultando a tabela ao lado podemos verificar que o multímetro eletrônico é mais sensível ( possui impedância interna maior ) que o VOM até o alcance de 250 Volts, somente sendo superado ( é menos sensível ) no alcance de 1kVolt. 8,67 kΩ R equivalente do comjunto do miliamperímetro µA Miliamperímetro ideal ( R=0 ) 190 kΩ 950 kΩ 1,9 MΩ µA 2,5 10 25 100 250 D3 1000 D4 -, COM 2 kΩ D2 D1 µA 2,6 kΩ 25 µA 0,6 A circuito equivalente de um voltímetro em CA circuito em exame circuito equivalente de um voltímetro eletrônico para qualquer alcance em CC CA Z C I µA 60 pF 1 MΩ 11 MΩ B.8.7.d - Quando medimos tensões alternadas a capacitância dos cabos, além da capacitância existente entre os diversos dispositivos internos ao voltímetro, devem ser avaliadas, pois ficarão em paralelo com todo o sistema de medida. 95 kΩ 9,5 MΩ 6.8.7.b - Também o multímetro eletrônico ( VOM com amplificador indicado na pag. B.6 ) , possui um comportamento diferente em CA . Da mesma forma que em CC multímetros desse tipo costumam ter sua impedância praticamente constante ao longo de todas a faixa de alcances. O mesmo modelo citado acima, disponível no laboratório, possui uma impedância composta de uma resistência de 1 MΩ em paralelo com uma capacitância C = 60 pF , em qualquer alcance ( que também vai de 1,5 Volts a 1500 Volts ) , isto é, o circuito que está sendo testado o verá sempre como uma resistência de 1 MΩ em paralelo com XC ( que dependerá da freqüência ) qualquer que seja o alcance utilizado ( figura ao lado ). Consultando a tabela acima podemos verificar que o multímetro eletrônico é mais sensível ( possui impedância interna maior ) que o VOM até o alcance de 25 Volts, sendo superado ( é menos sensível ) nos alcances de 100 Volts, 250 Volts e 1kVolt. Mas enquanto o VOM foi projetado para operar somente em freqüências industriais ( 50 Hz ou 60 Hz ) o multímetro eletrônico ( conforme o manual do fabricante ) pode fazer medições em freqüências até 100 kHz . B.8.7.c - Nas medições de tensões CA, subtende-se que a forma de onda seja sempre senoidal, caso contrário as medidas fornecidas por esses aparelhos não terão significado. 23 kΩ bloco função da função CA 1 kV=> 12,658 MΩ 250 V=> 3,158 MΩ 100 V=> 1,258 MΩ 25 V=> 0,308 MΩ 10 V=> 0,118 kΩ 2,5 V=> 23,000 kΩ +, V, A, Ω bloco miliamperímetro R resultante do divisor de tensão para diversos ajustes ( alcances ) ESQUEMA DO MULTÍMETRO MINIPA ET-304 NA FUNÇÃO VOLTS CA Valores de tensão de fundo de escala ( alcance ) Circuito equivalente do VOM Na função Volts CA ( VAC ) µA Miliamperímetro ideal ( R=0 ) Chave para ajuste de alcance ( fundo de escala ) B.8.7.a - Da mesma forma que na função Volts CC, o VOM quando usado, na função Volts CA ( VAC ) tem impedâncias diferentes conforme os ajustes que forem feitos. No alcance de ( até ) 1 kV todos os resistores do divisor de tensão serão usados, totalizando 12,658 MΩ enquanto que no alcance de ( até ) 2,5 Volts somente a resistência de 23 kΩ será utilizada. A essas impedâncias devemos adicionar a impedância resultante do conjunto que está associado ao miliamperímetro ( D1 , D2, o potenciômetro de aferição de 2kΩ, R interno do µA = 2,6 kΩ ) , além dos diodos D3 e D4 que na função CA são usados na retificação da senóide e eqüivalem a aproximadamente 8,67 kΩ . Os demais valores estão no quadro ao lado. 2,67 kΩ R equivalente do comjunto do miliamperímetro Resistores do divisor de tensão B.8.7 - O multímetro na função volts CA . 1 kV=> 28,253 MΩ 250 V=> 7,123 MΩ 50 V=> 1,423 MΩ 10 V=> 0,283 MΩ 2,5 V=> 69,000 kΩ 1 V=> 23,000 kΩ 0,25 V=> 4,600 kΩ µA B.8.7.e - O VOM que utilizamos é indicado para medições CA , em freqüências industriais, 50 ou 60 Hz. A reatância de C indicado na figura ao lado é muito alta ( XC ≈ ∞ ) e seu efeito é desprezível . Efeito da capacitância dos cabos nas medições em CA UERJ – 2002 – 1º SEMESTRE – ELETRICIDADE II – APÊNDICE B – INSTRUMENTAÇÃO pag. B.10 B.8.7.f - Observe como ambos os multímetros possuem em CC impedâncias maiores ( 4,6 kΩ a 28,253 MΩ e 11 MΩ respectivamente ) que em CA ( 23 kΩ a 12,658 MΩ e 1 MΩ respectivamente ) , isto é são mais sensíveis ( possuem impedância maior ou exigem menos energia, ou potência, do circuito ) para medições em CC . ligação de amperímetro a um circuito B.8.8 - Amperímetros: posição no circuito: conseqüências para o circuito. V • Para conseguir os diversos ajustes ( alcances ) os fabricantes usam o conceito de divisor de corrente onde “ as correntes em um circuito paralelo dividem-se inversamente proporcionais às impedâncias de cada braço do paralelo ”. As impedâncias colocadas em paralelo com o Amperímetro para aumentar o alcance da medida têm o nome particular de “ impedâncias SHUNTS ” Ramo de circuito aberto para medição de corrente um bom amperímetro, quando comparado com o circuito, deve ocasionar a menor diferença de potencial V entre os pontos onde é inserido, isto é, deve possuir o menor |Z| possível Em CC Z≡R Em CA |Z|≡|R+jX| B.8.9 - O multímetro na função ampères CC • O VOM usado, na função ampères CC ( DCA ) tem impedâncias diferentes conforme os ajustes que forem feitos. No alcance de ( até ) 6 A um único resistor ( R26 ) (10) estará em paralelo com um circuito série formado por R=6,8 kΩ + R≈4,7/2 kΩ + o bloco do miliamperímetro ( R≈2,67 kΩ ). No alcance de ( até ) 0,5 A um único resistor ( do divisor de corrente ) de 0,62 Ω estará em paralelo com um circuito série formado por R=9,0 kΩ ( os outros resistores do divisor de corrente ) + o bloco do miliamperímetro. No alcance de ( até ) 50 µA um total de 6,3 kΩ ( todos os resistores do divisor de corrente, exceto o de 2,7 kΩ ) estará em paralelo com um circuito série formado por este mesmo resistor e o bloco do miliamperímetro. Lembrar que a impedância resultante do bloco do miliamperímetro resulta da presença de D1 , D2, o potenciômetro de aferição de 2kΩ, e R interno do µA = 2,6 kΩ , que eqüivalem a aproximadamente a 2,67 kΩ . O motivo pelo qual o projetista colocou alguns dos resistores do divisor de corrente em série com o bloco do amperímetro fogem um pouco do programa e por isso não serão apresentados. • ESQUEMA DO MULTÍMETRO MINIPA ET-304 NA FUNÇÃO AMPERES +, V, A, Ω 2,7 kΩ 50 µA 5,7 kΩ 5 mA 570 Ω 50 mA 57 Ω 0,5 A 5,7 Ω DC 6A R26??Ω SHUNT 0,6 A 0,62 Ω -, COM 4,7 KΩ I1 I = 2 1 1 Z1 Z2 Z2 µA Z bloco miliamperímetro D2 6,8 KΩ I2 Z1 I bloco divisor de corrente Ι I1 • Os amperímetros são conectados de modo a receberem toda a corrente de um braço de circuito que une dois nós, ficando portanto, em série com qualquer coisa que esteja nesse braço onde desejamos medir a corrente, e são feitos com a menor impedância possível para não “ roubarem ” muita energia, pois, por exemplo, para um amperímetro na função CC onde Z = R , P = I2 R e para P ser o menor possível, para qualquer I, R necessita ser o menor possível. circuito em exame Divisor de corrente D1 2 kΩ µA 2,6 kΩ 25 µA O multímetro eletrônico na medição de correntes é implementado de uma forma peculiar. Normalmente uma única “ impedância SHUNT ” é utilizada, e o multímetro mede a ddp nesse de “ SHUNT ”, e então, da mesma forma que nas medições de tensões costumam ter sua impedância praticamente constante ao longo de toda a faixa de alcances. B.8.10 - O multímetro na função ampères -CA • Não faremos esse tipo de medição, diretamente, nesse período. Ver experiência nº 5 . B.9 – RISCOS, CAUTELAS E ALGUMAS PARTICULARIDADES : B.9.1 – Não sobrecarregue o instrumento. • Sempre que for usar um voltímetro ou um amperímetro e antes de conectá-lo ao circuito, verifique se o mesmo está ajustado (11) para uma faixa ( alcance ) superior ao da maior tensão ou corrente que possam ser encontrados em qualquer parte do circuito em estudo. Caso não saiba qual será a maior tensão ou corrente possíveis de ocorrer no seu circuito ( e você ainda não tem conhecimentos teóricos para isso, e somente, no futuro, os que se dedicarem à engenharia elétrica poderão fazer uma análise mais exata do fato ) coloque no maior alcance possível. • Se o voltímetro ou amperímetro estiver ajustado (11) para uma faixa ( alcance ) inferior, a energia ( potência ) que receberá do circuito ao qual for conectado será maior que a permitida pelo ajuste feito e o mesmo poderá ser danificado pois não está em condições de a manipular com segurança. 10 O fabricante não informa o valor de R26, porém você já tem condições de fazer uma estimativa de seu valor, com base nas informações que seguem no parágrafo. 11 NBR 6509 – 5.9.2 – AJUSTE Conjunto de operações especificadas pelo fabricante, que devem ser feitas antes de se utilizar um instrumento (5) UERJ – 2002 – 1º SEMESTRE – ELETRICIDADE II – APÊNDICE B – INSTRUMENTAÇÃO pag. B.11 N N Considera-se que nesse período todos os alunos ( não há exceções ) não tem conhecimentos teóricos e práticos suficientes e deverão iniciar qualquer medida, de tensão ou corrente, sempre pela maior faixa ( alcance ) existente no instrumento que estiver usando. Somente após a conclusão de todas as experiências e observando o que lá ocorreu poderá o aluno avaliar melhor o significado desta obrigação. Forma de onda CC B.9.2 – A forma de onda ( ver B.8.7.c ) • • Os instrumentos de medições são sensíveis à forma de onda. Os instrumentos apropriados ( ou ajustados ) para medições em CC não fornecem valores corretos e, ou podem danificar-se quando usados em CA senoidais, e vice-versa. E quando tratar-se de formas alternadas, somente as senoidais serão “ bem recebidas ” , isto é, corretamente interpretadas. Portanto verifique sempre se o circuito que vai examinar possui tensões contínuas, ou alternadas senoidais, ou as duas, ou outra forma de onda qualquer e ajuste detidamente e corretamente o aparelho para a função adequada. • Medições de formas de ondas compostas ( CC + CA ) como a terceira da figura ao lado necessitam de alguns cuidados para que possam ser feitas pelos instrumentos comumente usados em medidas elétricas • Voltímetros e amperímetros não costumam ser projetados para medir formas de ondas tais como, na figura ao lado, a penúltima ( que é contínua ) e, ou a última ( que é alternada ) . Normalmente somente medem formas contínuas constantes ( 1º gráfico ) e, ou alternadas senoidais . • O galvanômetro, o elemento principal que compõe o miliamperímetro existente na maioria dos instrumentos analógicos, mede somente grandezas contínuas. Para poder executar a função CA são colocados díodos cujo objetivo é modificar a forma alternada para uma forma contínua Identifique os díodos que executam esta atividade na 2ª figura da pag. B.8 e na 2ª figura da pag. B.10 . B.9.3 – Cuidados na conexão do instrumento ao circuito: B.9.3.a – Conectando: • Forma de onda alternada senoidal Forma de onda alternada senoidal+CC Deslocamento CC Forma de onda “ dente de serra ” Forma de onda alternada “ qualquer ” PONTA REFERIDA: COR VERMELHA PONTA DE REFERÊNCIA: COR PRETA Somente mexa na ponta de prova referida enquanto a de referência estiver conectada ao circuito em exame. • • • Ao iniciar a medição conecte ao circuito primeiro a ponta de prova de referência ( 1 ) e depois a referida (2). Ao terminar proceda de maneira inversa: desconecte primeiro a ponta de prova referida ( 3 ) e por último a ponta de prova de referência ( 4 ) . No amperímetro de painel a ponta de prova de referência será aquela conectada ao borne marcado com polaridade negativa. 2 ÚLTIMA A SER CONECTADA 3 PRIMEIRA A SER RETIRADA 1 PRIMEIRA A SER CONECTADA 4 ÚLTIMA A SER RETIRADA B.9.3.b – A polaridade em CC: • Os instrumentos de medições de grandezas elétricas contínuas são sensíveis à polaridade. Caso o que esteja examinando seja um circuito de tensão contínua, quando conectar as pontas de provas verifique a polaridade dos nós onde pretende medir. Se a polaridade não for obedecida o instrumento tentará a fornecer valores negativos ou, como acontece na maioria das vezes por não ter esse recurso, nada conseguirá informar. • Alguns alunos já aprenderam que deve-se inverter as pontas de provas quando o instrumento não indica alguma leitura ou tenda fornecer valores negativos. Trata-se de um comportamento errado, e indica o grau de ignorância do aluno com relação ao experimento. Todos os alunos já têm condições de determinar a polaridade que encontrará no circuito e fazer corretamente as ligações dos instrumentos sem usar o método de “tentativa e erro ” . • Alguns instrumentos analógicos modernos, e também os digitais, já possuem meios de detectar qual a polaridade que encontrou no circuito em exame, e conseguem se ajustar informando que está fazendo uma leitura negativa. B.9 3.c. – O aterramento em CA: • Alguns instrumentos de medições, principalmente aqueles que necessitam de energia elétrica para alimentar seus circuitos internos ( seus amplificadores eletrônicos, por exemplo ) podem possuir algumas de suas partes elétricas, internas, conectadas a um referencial elétrico denominado “ BARRA ELÉTRICA COMUM ” que costuma ser conectada ao neutro e, ou aterramento da rede elétrica. • Além da carcaça externa, o terminal de referência ( o negativo ) do instrumento acima poderá estar também ligado a esse barramento comum. Aparelho de medição referida referência Barramento “ comum ” UERJ – 2002 – 1º SEMESTRE – ELETRICIDADE II – APÊNDICE B – INSTRUMENTAÇÃO Aterramento ou “ ground ” pag. B.12 • Tome cuidado quando examinar circuitos elétricos que não possuam isolamento galvânico da rede elétrica, e caso algum ponto desse circuito que esteja a um potencial elevado com relação a terra venha ser usado como referência de potenciais para medições, pois você poderá causar um curto circuito. Z1 poderá ser danificada se não conseguir suportar a potência que passará a desenvolver. • O fio da ponta de prova de referência e o circuito “ comum ” interno ao instrumento de medições e seus acessórios, em geral, não são projetados para manipular intensidade de correntes ( e conseqüentes potências ) muito elevadas. Z1 Z2 1 Z3 • 2 N Os amperímetros são os maiores causadores de problemas nas situações acima. Z3 Z do aluno Z2 curto circuito provocado pelo instrumento Z2 • Evite “ abrir ” ( interromper ) o circuito que possua um parâmetro indutivo, ou “ fechar ” ( curtocircuitar ) trechos de circuitos que possuam parâmetro capacitivos quando qualquer instrumento de medição estiver ligado ao circuito. Ver itens 2.1.2 às pag. 2 e 3 da parte teórica Parâmetros . Z3 B.9.3.d – Cuidado com dispositivos que armazenam energia. Z1 Na hipótese do instrumento não estar aterrado, todo aquele que encostar na CIRCUITOS EQUIVALENTES ponta de prova de referência e, ou nas partes metálicas da carcaça ( e alguns instrumentos possuem uma caixa metálica como envoltório ) e não estiver devi2 1 damente isolado da terra, levará um choque pois servirá de aterramento para o instrumento (2). Z1 N No circuito da figura ao lado (1), caso um instrumento similar ao descrito acima esteja aterrado, Z2 e Z3 estão curtocircuitadas pela ligação à terra que existe internamente no instrumento . Somente Z1 receberá toda a tensão aplicada originalmente ao circuito e devemos prever duas possíveis conseqüências, ambas perigosas: 127 Volts RMS • Aparelho de medição • Quando estiver trabalhando com amperímetros redobre os seus cuidados pois: • Como possuem impedância praticamente igual a zero, caso sejam conectados ao local errado poderão provocar um curto circuito e se houver um capacitor com grande capacidade ligado aos mesmos nós do amperímetro o resultado poderá ser pior ainda que um “ simples curto circuito ” ( A ) . • Quando for necessária a modificação de ajuste do amperímetro, durante a comutação dos componentes internos do aparelho, normalmente o circuito do amperímetro é interrompido ( B ) e como os amperímetros são ligados em série forçosamente esta interrupção será percebida pelo circuito externo no qual estiver sendo usado. Se o circuito onde estiver conectado for muito indutivo poderão ocorrer centelhamentos na chave que faz a comutação resultando em algum dano. • Este segundo caso ocorrerá na 3ª experiência porém fique tranqüilo pois foi prevista uma proteção para evitar-se danos aos equipamentos e, ou materiais ( e claro, a você também ) desde que a sua montagem esteja correta. • Amperímetros com vários alcances, de boa procedência, costumam ter esse problema resolvido internamente por meio de uma chave comutadora especial ( C ) que quando é acionada não interrompe o circuito interno do amperímetro Z µA ≅ 0 A µA Zµa I Z Z >> 0 Z está curtocircuitada pelo amperímetro B µA o acionamento da chave interrompe o circuito C chave especial que não interrompe o circuito UERJ – 2002 – 1º SEMESTRE – ELETRICIDADE II – APÊNDICE B – INSTRUMENTAÇÃO pag. B.13 B.10 – Leitura • Realize um processo de leitura para determinar qual o melhor alcance do instrumento, similar ao da 1ª experiência. B.10.1 – comece pelo maior alcance ( ver item B.9.1 à pag. B.11 ) . Para cada mudança de alcance e respectiva leitura marque um ponto no seu gráfico “ alcance x tolerância visual ” conforme exemplo a seguir. • Exemplo: ao tentar medir 1,5 Volts ( conforme mostrado no desenho do multímetro a baixo ), um aluno montou o gráfico e tabela ao lado. • Nesse exemplo após as leituras feitas nos alcances de 250, 50, 10 e 2,5, o aluno TEM QUE PERCEBER que no alcance de ( até ) 2,5 Volt o aparelho já indica um valor, para a grandeza em exame, maior que o maior valor mensurável no próximo alcance ( 1 Volt ) E PORTANTO não poderá mais tentar executar a medida neste próximo alcance de ( até ) 1 Volt . N ASSIM SENDO SEJA CUIDADOSO E: B.10.2 – após cada leitura verifique se ao ajustar o instrumento para o próximo, menor, alcance o INDICE (12) não irá ultrapassar o fim da ESCALA (13) . O gráfico nas funções Volts ou Ampères tem diferenças sensíveis com relação ao da função ohms. • O melhor ajuste ( melhor precisão ) sempre ocorrerá no último alcance possível de se executar uma leitura, enquanto na função ohms foi possível observar, em algumas medidas, o gráfico passar por um mínimo. N No exemplo acima o alcance correto já é o de ( até ) 2,5 Volts. • Não existe alcance inferior. Não é possível leitura em alcance inferior pois o índice ultrapassa o fim da escala . N Não será possível medir no próximo, menor, alcance pois então o fim de escala só permitirá valores de ( até ) 1 volt . • 3 0 kΩ / VDC 1 0 kΩ / VAC 0dB=1mW600Ω FUSE &DIODE PROTECTION O nome do eixo horizontal é ALCANCE, diferente do nome dos eixos horizontais dos gráficos que você traçou em sua 1ª experiência ( MULTIPLICADOR ). TAUT BAND RANGE db ACV ADD 25 8 100 20 250 28 1000 40 B.10.3 - MEDIDA14 : • Entenda como medida o valor obtido no alcance correto considerando-se o erro garantido pelo fabricante na classe de exatidão15 ou índice de classe16 do instrumento. Nos voltímetros e amperímetros, o erro garantido pelo fabricante ( exatidão ) é obtido como um percentual do maior valor existente na escala, e o valor desse percentual acompanha a leitura feita em qualquer posição que esteja o índice ( ponteiro ). 12 NBR 6509 – 4.12.19 – ÍNDICE ( DE UM INSTRUMENTO ANALÓGICO ) Parte móvel ou fixa do dispositivo indicador ( ponteiro, agulha, ponto luminoso, ranhura, etc. ) cuja posição em relação à escala permite a determinação do valor da grandeza medida. 13 NBR 6509 – 4.12.19 – ESCALA ( DE UM INSTRUMENTO ANALÓGICO ) Série de números e, ou marcas no dispositivo indicador e que, combinada com o índice, permite a leitura do valor da grandeza medida. 14 NBR 6509 – 5.2.2 – MEDIDA Valor de uma grandeza física obtido por medição . 15 NBR 6509 – 5.4.2 – CLASSE DE EXATIDÃO Característica comum aos instrumentos ou medidas materializadas cuja exatidão está dentro de um conjunto de exigências especificadas, às quais eles devem satisfazer. NBR 6509 – 4.1.5 – MEDIDA MATERIALIZADA Dispositivo para fins de medição destinado a reproduzir de maneira permanenter, durante a sua vida útil, um ou mais valores conhecidos de uma grandeza. NBR 6509 – 5.4.11 – EXATIDÃO Característica de um instrumento ou medida materializada, que exprime a sua aptidão de efetuar medições com resultados próximos dos valores aceitos como verdadeiros. 16 NBR 6509 – 5.4.12 – ÍNDICE DE CLASSE Designação convencional de uma classe de exatidão, por um número ou um símbolo. UERJ – 2002 – 1º SEMESTRE – ELETRICIDADE II – APÊNDICE B – INSTRUMENTAÇÃO pag. B.14 B.8 – MEDIDAS DE TENSÕES E CORRENTES . B.8.1 – Nomenclatura e disposições técnicas em instrumentação e medições. A ABNT. B.8.2 – Últimas observações sobre a função OHMS . B.8.3 – MEDIÇÃO de tensões e correntes: Métodos adequados; Instrumentos e seu emprego B.8.4 – Princípios de funcionamento de voltímetros e amperímetros: B.8.5 – Voltímetros: posição no circuito: conseqüências para o circuito . B.8.6 - O multímetro na função volts CC . B.8.7 - O multímetro na função volts CA . B.8.8 - Amperímetros: posição no circuito: conseqüências para o circuito. B.8.9 - O multímetro na função ampéres CC B.8.10 - O multímetro na função ampères –CA B.9 – RISCOS, CAUTELAS E ALGUMAS PARTICULARIDADES : B.9.1 – Não sobrecarregue o instrumento. B.9.2 – A forma de onda B.9.3 – Cuidados na conexão do instrumento ao circuito: B.9.3.a – Conectando: B.9.3.b – A polaridade em CC: B.9 3.c. – O aterramento em CA: B.9.3.d – Dispositivos que armazenam energia. B.10 – Leitura UERJ – 2002 – 1º SEMESTRE – ELETRICIDADE II – APÊNDICE B – INSTRUMENTAÇÃO pag. B.15 UERJ – 2002 – 1º SEMESTRE – ELETRICIDADE II – APÊNDICE B – INSTRUMENTAÇÃO pag. B.16 B.8 – MEDIDAS DE TENSÕES E CORRENTES . B.8.1 – Nomenclatura e disposições técnicas em instrumentação e medições. A ABNT. B.8.2 – Últimas observações sobre a função OHMS . B.8.2.a B.8.2.b B.8.2.c B.8.2.d B.8.2.e B.8.3 – MEDIÇÃO de tensões e correntes: Métodos adequados; Instrumentos e seu emprego B.8.4 – Princípios de funcionamento de voltímetros e amperímetros: B.8.5 – Voltímetros: posição no circuito: conseqüências para o circuito . B.8.6 - O multímetro na função volts CC . B.8.7 - O multímetro na função volts CA . B.8.8 - Amperímetros: posição no circuito: conseqüências para o circuito. B.8.9 - O multímetro na função ampéres CC B.8.10 - O multímetro na função ampères –CA B.9 – RISCOS, CAUTELAS E ALGUMAS PARTICULARIDADES : B.9.1 – Não sobrecarregue o instrumento. B.9.2 – A forma de onda B.9.3 – Cuidados na conexão do instrumento ao circuito: B.9.3.a – Conectando: B.9.3.b – A polaridade em CC: B.9 3.c. – O aterramento em CA: B.9.3.d – Dispositivos que armazenam energia. B.10 – Leitura UERJ – 2002 – 1º SEMESTRE – ELETRICIDADE II – APÊNDICE B – INSTRUMENTAÇÃO pag. B.17