24º Cap. - Ramo Reis
24.º Capitulo - Ramo Reis
Tal como o ramo Nunes, também os descendentes do ramo Reis se
ligaram por vários casamentos a descendentes dos irmãos da Serra
dos Mendes. Apesar da família Reis não ser minha ascendência,
para melhor compreensão dessas ligações apresento esta família
como ramo complementar.
A investigação nos registos paroquiais deste ramo foi feita pelo
genealogista João Malta, ainda não publicados, que os cedeu para a
genealogia que se apresenta. A Dr.ª Maria da Conceição Reis publicou o livro “O Monte Alentejano – a transformação no século XX”
na sua dissertação de mestrado em História, hoje esgotado, do qual
foram colhidos, em colaboração com a autora, alguns dados que
pertencem à história desta família.
Ambos os meus co-autores são descendentes deste ramo Reis.
1 - Manuel Cordeiro, nasceu cerca de 1650 na freguesia de N.ª Sr.ª
das Ciladas em Vila Viçosa e faleceu na mesma freguesia a
3.11.1684. Casou em 1681 com Joana Rodrigues, da mesma freguesia, e tiveram dois filhos (ver Nota 1):
Igreja de N. Sra das Cyladas, Registo de casamento:
Aos vinte e seis dias do mês de Janeiro de 1681 eu o Padre Manuel
Mendes, Cura na Igreja de N.ª Sr.ª das Cyladas, recebi in facie
ecclesia a Manuel Cordeiro e a Joana Rodrigues, foram padrinhos
Manuel Lourenço e André Salvador de que fiz este termo, mês, ano
ut supra.
Registo de óbito:
Aos três dias do mês de Novembro de 1684 faleceu Manuel Cordeiro, cazado, morador na Torre do Cabedal, marido de Joana Rodrigues, recebeu todos os Sacramentos e foi enterrado nesta Igreja de
N.ª Sr.ª das Ciladas de que fiz este termo que assinei, dia, mês e
ano ut supra.
O Licenciado Luís Mendes de Azevedo
2 - Manuel Cordeiro, batizado na freguesia de N.ª Sr.ª das Ciladas
em Vila Viçosa a 22.11.1682, casou a 23.9.1716 com Ângela Maria
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Rodrigues, natural da freguesia da Matriz de Montemor-o-Novo,
filha de Francisco Rodrigues e Maria Gomes. Tiveram três filhos
(ver Nota 2):
Igreja de N. Sr.ª das Cyladas, Registo de Baptismo:
Aos vinte e dois dias do mês de Novembro de 1682 eu o padre
Manuel Mendes, Cura nesta Igreja de Nossa Senhora das Cyladas,
baptizei e pus os Santos Óleos a Manuel, filho de Manuel Cordeiro
e de Joana Rodrigues. Foram padrinhos Belchior Casem (?) e
Maria Lopes, de que fiz este termo, dia, mês e ano ut supra.
Montemor-o-Novo, Sta Maria do Bispo, Registo de casamento:
Em os vinte e três dias do mês de Setembro de 1716 de Mandado
do Reverendo Juiz dos Casamentos e Licença do Reverendo Pároco desta Igreja, assisti ao Sacramento do Matrimónio que entre si
contraíram Manuel Cordeiro, solteiro, natural do termo de Vila
Viçosa, freguesia de N.ª Srª das Cyladas, filho de Manuel Cordeiro
e de Joana Rodrigues, natural da freguesia de São Tiago de Rio de
Moinhos e Ângela Maria, solteira, filha de Francisco Rodrigues e
Maria Gomes, natural desta vila. Foram testemunhas o Reverendo
Padre Manuel Lopes Pegas e Jorge Lopes Gallego e mais pessoas
que presentes estavam, em verdade fiz este termo que assinei, era,
dia, mês, ut supra.
O Bacharel José Rodrigues Gallego
3 - António José dos Reis, nasceu cerca de 1725 e casou a
29.9.1757 em N.ª Sr.ª do Bispo, Matriz de Montemor-o-Novo com
Francisca Maurícia de Oliveira, nascida em N.ª Sr.ª do Bispo, Montemor-o-Novo, filha de António das Neves e de Brázia Maria Gonçalves. Tiveram quatro filhos (ver Nota 3):
Montemor-o-Novo, Matriz de N. Sra do Bispo, Registo de Casamento:
Em vinte e nove dias do mês de Setembro de 1757 nesta Igreja
Matriz de Santa Maria do Bispo de mandado do Reverendo Senhor
Doutor Juiz dos Casamentos assisti ao matrimónio que in facie
ecclesia por palavras do presente de marido e mulher conforme
manda o Sagrado Concílio Tridentino e Constituições deste Arcebispado entre si contraíram António dos Reys, viúvo de Brázia
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24º Cap. - Ramo Reis
Margarida, natural e morador desta vila e Francisca Maurícia de
Oliveira, moça solteira, natural desta freguesia, filha legítima de
António das Neves, natural também desta freguesia e de Brázia
Maria também natural desta vila e desta freguesia, assistiram
como testemunhas que presentes estavam com outras mais pessoas
Filipe Rodrigues Sameyro e António Martins Ferreira, de que fiz
este termo que assinei, dia, mês e era ut supra.
O beneficiado Vicente Rodrigues Sameyro
4 - João de Deus Reis, foi batizado a 7.1.1783 em N.ª Sr.ª do Bispo,
Montemor-o-Novo e casou com Maria Rosa Rodrigues, batizada a
17.5.1779 em São Bento de Ana Loura, Estremoz, filha de António
Rodrigues e de Francisca Maria Figueira, ambos naturais de Arcos,
Estremoz. Tiveram quatro filhos (ver Nota 4):
Montemor-o-Novo, Santa Maria, Matriz, Registo de Baptismo:
Em os sete dias do mês de Janeiro de 1783 em esta Paroquial Igreja de Santa Maria, Matriz, desta vila de Montemor-o-Novo, baptizei e pus os Santos Óleos a João, filho legítimo de António dos
Reys e de Francisca das Neves, ambos naturais desta freguesia,
neto paterno de Manuel Cordeiro, natural de Olivença e de Ângela
Maria, natural desta freguesia, neto materno de António das Neves
e de Brázia Maria, ambos naturais desta freguesia, é o segundo
deste nome e segundo matrimónio da parte dos pais. Foram padrinhos Jerónimo dos Reys e Joana Ignácia, em fé de que fiz este termo, dia, mês, ano ut. supra.
O Cura João da Roza
Estremoz, Registo de casamento:
Aos vinte e três dias de Setembro de 1799 nesta Igreja de Stº André
da vila de Estremoz, feitas as diligências do estillo na forma do
Sagrado Concílio Tridentino e Constituições deste Arcebispado,
por Mandado e Licença do Reverendo Juiz dos Casamentos, na
presença de mim Pároco, contraíram o Sacramento do Matrimónio
João de Deos, filho de António dos Reis e de Francisca Maria,
natural da Matriz da vila de Montemor-o-Novo, com Maria Roza,
filha de António Rodrigues e de Francisca Maria, natural da freguesia de São Bento de Ana Loura, termo desta vila, ambos soltei3
ros e moradores desta freguesia de Stº André. Foram testemunhas
Manuel Fragozo Amado de Brito Cavalinho, cadete do Regimento
que guarnece esta Praça e José António Pinto, soldado do mesmo
Regimento e moradores desta freguesia, em fé de que fiz este termo
que comigo assinaram.
O Pároco Fr. Francisco António Cordeiro
5 - 1 - José Maria Reis, batizado em N.ª Sr.ª do Bispo, Montemor-oNovo a 13.11.1820, nasceu a 1.11.1820, lavrador e proprietário de
várias herdades em Montemor o Novo: Amoreira de Cima, Gilblaceira, Sancha Cabeça, Telheiro de Sta Margarida e Carrola, Arranhadouro Corta Rabos de Cima, Olheiros e Abreus, Sobral dos
Ricos e de muitas fazendas e, olivais. Faleceu em 1892. Casou com
Maria José do Carmo, nascida em S. Mateus, Montemor-o-Novo a
28.10.1811, filha de Narciso Luís, nascido em 1774 e de Ana Gertrudes,
nascida em 1778. Tiveram dois filhos:
Ver Nota 3 – Outros filhos de 4 – João de Deus Reis e de Maria
Rosa Rodrigues:
Montemor-o-Novo, St.ª Maria do Bispo, Registo de Batismo
Aos treze dias do mês de Novembro de 1820, nesta Paroquial Igreja de Stª Maria do Bispo, Matriz desta vila de Montemor-o-Novo,
baptizei e pus os Santos Óleos a José, filho legítimo de João de
Deos Reys, natural desta freguesia Matriz e de Maria Roza, natural da freguesia de Stº André da vila de Estremoz, neto paterno de
António dos Reys e de Francisca Maurícia, ambos naturais desta
freguesia Matriz, neto materno de António Rodrigues e de Francisca Maria, naturais da freguesia dos Arcos da vila de Estremoz,
nasceu em o primeiro dia do corrente e é o primeiro de nome e
primeiro matrimónio de ambos. Foi padrinho Ângelo José Nevi,
Tabelião de Notas, morador na rua Direita, de que fiz este termo
que assinei dia, mês e ano,ut. supra.
O Pároco Joaquim José Gião
6.1- 11 - Feliciano do Carmo Reis, batizado a 24.4.1848, nasceu a
8.4.1848, lavrador e proprietário das herdades de Gilblaceira, Amoreira de Cima, Pinheiro, Picote, Quinta do Pinheiro, olivais e fazendas.
Foi Vereador da Câmara e do Concelho Municipal de Montemor-o-
24º Cap. - Ramo Reis
Novo. Casou com Maria José de Mira, sem descendência. VER
FOTO.
Montemor-o-Novo, S. Matheus, Registo de batismo
Aos vinte e quatro dias do mês de Abril de 1848 nesta Paroquial
Igreja de S. Matheus, termo da vila de Montemor-o-Novo, baptizei
solenemente e pus os Santos Óleos a Feliciano, que nasceu a oito
do mesmo mês, filho legítimo de José Maria Reis, natural da
Matriz de Montemor-o-Novo, e Maria José, desta de S. Mateus,
neto paterno de João Reis, da Matriz de Montemor-o-Novo e
Maria Rosa, de S. Bento, termo de Estremoz, e materno de Narciso
Luís e Anna Gertrudes, desta de S. Matheus, hé o primeiro de nome
e primeiro matrimónio de ambos. Foi padrinho Feliciano do Carmo e tocou com a prenda de N.ª Sr.ª da Vizitação Joaquim José,
ambos tios maternos do recém-baptizado e assistentes nesta freguesia, e para o constar fiz este termo que assinei em dia, mês e
anno ut. supra.
O pároco José António das Dôres Correia
Feliciano do Carmo Reis teve de Rosalina Augusta, nascida cerca
de 1860, quatro filhos:
7.1 - 111 - José Feliciano do Carmo Reis, nasceu a 10.5.1886 na
Amoreira de Cima, Montemor-o-Novo e faleceu a 7.2.1951 em
Montemor-o-Novo. Casou com Custódia de Jesus Carvalho, nascida em S. Cristóvão, Montemor-o-Novo a 21.6.1890, filha de João
Vicente Alves de Carvalho, nascido a 31.1.1866 e de Maria José de
Jesus Cartaxo, nascida a 24.9.1869. Tiveram sete filhos.
A sua descendência segue em no 4º Cap., ramo S. Cristóvão, 341.
7.2 - 112 – Feliciano do Carmo Reis Júnior, nasceu em Giblacira,
N.ª Sr.ª da Vila, Montemor-o-Novo a 13.6.1889 e faleceu em 1960
em Montemor-o-Novo, proprietário e lavrador da herdade da herdade da Amoreira de Cima, casou com Maria da Conceição de Carvalho Alface, nascida em Montemor-o-Novo 27.10.1889 e falecida
em 1917. VER FOTOS. Tiveram três filhos:
Nota: Feliciano do Carmo Reis Júnior, casou 2ª vez com a sua
cunhada Maria Feliciana Alface, nascida cerca de 1905 e falecida em
Agosto de 1993. VER FOTO. Tiveram uma filha que faleceu criança.
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24º Cap. - Ramo Reis
8.1 - 1121 - Feliciano José Alface Reis, nasceu a 13.11.1921, Médico Veterinário, forcado fundador do Grupo de Montemor, casou
com Maria de Lourdes Romeiras Pascoal, nascida a 8.5.1922 em
Montemor-o-Novo, filha de Raul Octávio Pascoal e de Eugénia
Varela Romeiras. VER FOTOS. Tiveram quatro filhas:
Nota: Feliciano José Alface Reis casou 2ª vez com Alexandra
Saraiva, sem descendência.
9.1 - 1121.1 - Maria da Conceição Pascoal Reis, nasceu a
24.7.1950, licenciada em História com o Mestrado de Culturas
Regionais Portuguesas, casou com Henrique Manuel Ribeiro da
Silva Barnabé. Tiveram um filho:
10.1 - 1121.11 - Nuno Alberto Reis Barnabé, nasceu a 12.9.1976
em Évora.
Maria da Conceição Pascoal Reis casou 2ª vez com João Ranita
Nazaré, nascido a 3.4.1936 em Portalegre, Professor Universitário,
sem descendência.
9.2 - 1121.2 - Maria José Pascoal Reis, nasceu a 16.4.1952, Médica, casou com António Manuel Correia Pires. Tiveram um filho:
10.1 - 1121.21 - António Manuel Reis Pires, nasceu a 2.7.1981 em
Évora.
Casou 2ª vez com Francisco Barata, natural de Angola, Médico
Cirurgião, sem descendência.
9.3 - 1121.3 - Maria de Lurdes Pascoal Reis, licenciado em Economia, nasceu a 12.10.1953, Mestra em Valorização do Património
Cultural, casou com João Manuel Aleixo Vacas de Carvalho, nascido a 30.1.1943 em Montemor-o-Novo. Tiveram quatro filhos.
A sua descendência segue no 8º Cap., ramo Vacas de Carvalho,
347.4.
9.4 - 1121.4 - Maria Helena Pascoal Reis, nasceu a 2.7.1958, licenciada em Matemáticas, casou com João Eduardo Morais Gomes
Rabaça, nascido a 12.1.1958 em Lisboa, licenciado em Biologia,
Professor Universitário. Tiveram uma filha:
10.1 - 1121.41 - Joana Reis Morais Rabaça, nasceu a 19.7.1992 em
Évora.
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24º Cap. - Ramo Reis
8.2 - 1122 - Maria José Alface Reis, nasceu a 5.12.1917 no monte
de Giblacira, Montemor-o-Novo e faleceu a 24.10.2001 em Évora.
Casou a 30.12.1962 em Fátima com Adriano Eugénio dos Santos,
sem descendência. VER FOTO.
8.3 - 1123 - Gertrudes Alface Reis, nasceu a 20.10.1920 em Montemor-o-Novo e faleceu a 4.7.1993 em Évora. VER FOTO.
7.3 - 113 - Ana Gertrudes Reis, nasceu a 25.10.1889 na Amoreira
de Cima, Represa, Montemor-o-Novo, casou a 29.9.1910 com
João Manuel da Veiga Malta, nascido a 6.5.1881 em N.ª Sr.ª do
Bispo, Montemor-o-Novo, lavrador, criador de toiros e proprietário, Presidente da Câmara de Montemor-o-Novo, cavaleiro tauromáquico amador, falecido a 11.4.1959. VER FOTOS. Tiveram 5
filhos:
8.1 - 1131 - Francisco Manuel Reis Malta, nasceu a 12.1.1912 em
N.ª Sr.ª da Vila, Montemor-o-Novo, lavrador e proprietário da
herdade da Parreira, Cibôrro, Montemor-o-Novo e faleceu a
15.1.1971 em Lisboa. Casou com Maria Elvira Fernandes de Castro, nascida a 10.11.1917, co-proprietária da herdade do Gradil,
Cabrela. Tiveram duas filhas.
A sua descendência segue no 19º Cap., ramo Castro, 161.
8.2- 1132 - Verdiana Rosa Reis Malta, nasceu a 25.10.1913 em N.
Sra da Vila, Montemor-o-Novo e casou com José Nunes Vacas,
nascido a 4.7.1908 em S. Mateus, Médico, Presidente da Câmara
de Montemor-o-Novo e Proprietário Agrícola. Tiveram doze filhos.
A sua descendência segue no 18º Cap., ramo Malta Vacas, 23.
8.3 - 1123 - Feliciano Reis Malta, nasceu em 1916 em N.ª Sr.ª da
Vila, Montemor-o-Novo e faleceu em 1934, solteiro, sendo estudante.
8.4 - 1124 - Simão Luís Reis Malta nasceu a 22.5.1920 em Montemor-o-Novo e faleceu a 19.5.1996 num acidente em Montemoro-Novo, lavrador, cabo fundador do Grupo de Forcados de Montemor em 1939. Casou com Maria Helena Morgado Palhavã, nascida a 13.3.1927 em Cabrela, proprietária da herdade dos Cofenos.
Tiveram uma filha.
A sua descendência segue no 12º Cap., ramo Morgado, 5.11.
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8.5 - 1125 - João Manuel Reis Malta, nasceu a 24.6.1922 em N.ª
Sr.ª da Vila, Montemor-o-Novo, Médico-Veterinário, proprietário
e lavrador da herdade de João Paes, Vereador da Câmara de Montemor-o-Novo, forcado fundador do Grupo de Forcados de Montemor. Casou a 5.5.1948 em S. Geraldo com Mariana Leonor de
Jesus Freixo. Tiveram uma filha.
7.4 - 114 - João do Carmo Reis, nasceu cerca de 1892 em Montemor-o-Novo. Casou com Susana Taborda Falcão sem descendência. Faleceu em Montemor-o-Novo.
Feliciano do Carmo Reis teve ainda de Inocência N. dois filhos:
7.5 - 115 - Feliciano José do Carmo Reis
7.6 - 116 - Camilda Reis
6.2 - 12 - Maria do Rosário Reis, nasceu em 1845 e casou com
José António Pereira, nascido em 1840, lavrador e proprietário da
herdade da Casa Branca em Montemor-o-Novo. Foi proprietária
das herdades de Corta Rabos de Cima, Aranhadouro, Sobral dos
Ricos, Telheiro de Santa Margarida, Carrola e Sancha Cabeça.
Tiveram três filhos:
7.1 - 121 - Gertrudes Maria Pereira Reis, nasceu em 1875 e faleceu em 1909. Casou com Leopoldo Augusto César Carvalho
Sameiro, nascido em 1874 e falecido em 1940, licenciado em
Direito (U.C.), Conservador do Registo Civil e Advogado. Tiveram duas filhas.
7.2 - 122 - Hipólito José Pereira Reis, nasceu em 1877, lavrador,
proprietário e Vereador da Câmara de Montemor-o-Novo de 1901
a 1906. Casou com Joana Maria Correia de Castro, nascida em
1877 e falecida em 1958, filha de Francisco António Correia de
Castro, nascido em 1828 e de Maria Joana Calção, batizada em
29.12.1850. Tiveram dois filhos.
A sua descendência segue no 19º Cap., ramo Castro, 13.
7.3- 123 - João José Pereira Reis, nasceu a 20.5.1878 em Montemor-o-Novo, proprietário e lavrador da herdade de Sancha Cabeça, S. Mateus. Foi Vereador da Câmara de Montemor-o-Novo.
Casou com Efigénia da Conceição Caldas de Lemos Lopes Tavares, nascida a 4.11.1883, proprietária da herdade de Mata-Ladrões,
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filha de Joaquim José Lopes Tavares, nascido a 8.6.1850 e de Isabel Maria Caldas de Lemos, nascida a 3.5.1862. Tiveram quatro
filhos:
8.1 - 1231 - Maria Carolina Lopes Tavares Pereira Reis, natural da
Matriz de Montemor-o-Novo, casou a 26.7.1924 em Montemor-oNovo José Valério Nunes, nascido a 9.6.1902 no monte da Relva
de Cima em Safira.
A sua descendência segue no 14º Cap., ramo Lecas-Nunes, 34.
8.2 - 1232 - Efigénia Lopes Tavares Pereira Reis, natural de Montemor-o-Novo, casou com João Coelho da Costa, natural do
Redondo, com descendência.
8.3 - 1233 - Isabel Lopes Tavares Pereira Reis, nasceu em Montemor-o-Novo, proprietária da herdade de Sancha Cabeça. Casou
com Manuel Vidigal de Oliveira, licenciado em Direito e Notário,
com descendência.
8.4 - 1234 - João José Pereira Reis Júnior, nasceu a 7.4.1916 em
Montemor-o-Novo, Engenheiro Silvicultor, proprietário da herdade de Mata-Ladrões, Técnico do Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Secretaria Geral da FAO, casou com Gertrudes Maria
Martins Romão, proprietária da herdade de Corta-Rabos de Cima,
com descendência.
NOTA 1 – Outros filhos de 1 - Manuel Cordeiro e Joana Rodrigues:
- João Cordeiro, batizado a 15.10.1684 em n.ª Sr.ª das Ciladas,
Vila Viçosa.
NOTA 2 – Outros filhos de 2 - Manuel Cordeiro e Ângela Maria
Rodrigues:
- Ângela Cordeiro, batizada a 30.12.1717 em St.ª Maria do Bispo,
Matriz de Montemor-o-Novo.
- Luís Cordeiro, batizado a 16.9.1720 em St.ª Maria do Bispo,
Matriz de Montemor-o-Novo.
NOTA 3 – Outros filhos de 3 – António José dos Reis e de Francisca Maurícia de Oliveira:
- José Joaquim dos Reis, casou com Maria Felizarda natural da
freguesia de S. Salvador (Matriz) das Alcáçovas. Tiveram uma
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24º Cap. - Ramo Reis
filha, Maria dos Reis, batizada a 18.8.1816 na Matriz de Montemor-o-Novo.
- Jerónimo dos Reis, batizado a 29.4.1800 em Sta. Maria do Bispo
(Matriz) de Montemor-o-Novo, tendo como padrinhos António
Joaquim Freire de Villalobos e Vasconcellos e Thomaz Francisco
Perdigão.
- Flamínio Ignácio dos Reis, natural da Matriz de Montemor-oNovo, casou com Ana Perpétua. Tiveram um filho, José dos Reis,
batizado em 1806 na Matriz de Montemor-o-Novo.
NOTA 4 – Outros filhos de 4 – João de Deus Reis e de Maria
Rosa Rodrigues:
- João dos Reis, batizado em 1810 em N.ª Sr.ª dos Bispo, Matriz
de Montemor-o-Novo.
- António dos Reis, batizado a 20.1.1818 em N.ª Sr.ª do Bispo,
Matriz de Montemor-o-Novo.
- Joaquim Reis, natural da freguesia de St.º André, Estremoz,
casou a 27.11.1827 em Safira, Montemor-o-Novo, com Francisca
Herculana, filha de José Anacleto, natural de Évora e de Margarida Rosa, natural de Santarém.
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11
Feliciano do Carmo Reis
111
José Feliciano do Carmo Reis e sua
mulher, Custódia de Jesus Carvalho
11
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112 – Feliciano do Carmo Reis Júnior
112
Maria da Conceição de Carvalho Alface
112
Montemor-o-Novo, S. Mateus, torneio de tiro aos pratos em 1955:
António Manuel Padeira Nunes, o autor, Feliciano do Carmo Reis
Júnior, Manuel Nunes, António Marques dos Santos e Virgílio Palhavã
de Almeida
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24º Cap. - Ramo Reis
112
Maria Feliciana Alface
1121 – Feliciano José Alface Reis
1121 - Maria de Lourdes Romeiras Pascoal e seus irmãos, Maria
Helena, Raul e Eugénia
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24º Cap. - Ramo Reis
1121
Feliciano José Alface Reis e sua
mulher, Maria de Lourdes
Romeiras Pascoal
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Maria José Alface Reis
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Gertrudes Alface Reis
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24º Cap. - Ramo Reis
113
Ana Gertrudes Reis e seu marido, João Manuel da Veiga Malta
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24º Cap. - Ramo Reis
História
Aquisição da propriedade e a transmissão do património na
família Reis
Informação colhida do livro da Dr.ª Maria da Conceição Reis, “O
Monte Alentejano – a transformação no século XX”, editado pela
Associação de estudos Rurais da Universidade Nova de Lisboa,
escrito com a colaboração da autora:
A propriedade e monte da Amoreira de Cima, a escassos cinco km
de Montemor-o-Novo, pertencem, ainda hoje, à família Reis. Foi
adquirida pelo bisavô dos proprietários, José Maria Reis, o qual
tendo comprado em primeiro lugar o “domínio útil” a Francisco
António Gião em 1866, adquiriu depois em 1869 o “domínio
directo” aos Marqueses de Alvito.
Quer isto dizer que existiam dois direitos sobre a mesma propriedade: o dos Marqueses de Alvito, uma vez que a herdade fazia
parte dos bens vinculados à sua família e que constitui o chamado
domínio eminente e o direito que era adquirido através da enfiteuse, que era o direito de propriedade útil, ou seja, de exploração.
O primeiro enfiteuta vendeu, em 1866, o dito “domínio útil”a José
Maria Reis, por cinco contos de réis, e a 13 de Fevereiro de 1869
foram pagos aos Marqueses mais cinco mil quinhentos e cinquenta e dois escudos pela posse plena da propriedade.
José Maria Reis era, certamente, de origem humilde. Diz no seu
segundo testamento ser filho de João de Deus Reis e de Maria
Rosa. Maria Rosa era de Estremoz e João de Deus Reis ou Reys,
como aparece nos documentos mais antigos, era de Montemor, tal
como o seu pai António dos Reys, o primeiro a usar este apelido
Reys. Com efeito, este ultimo, avô de José Maria, era filho de
Manuel Cordeiro, de Vila Viçosa, o qual casou em Montemor-oNovo a 23.9.1716 com Ângela Maria Rodrigues natural desta
localidade. Não sabemos porque tinha o apelido Reys, sendo a
explicação mais plausível ter nascido ou ter sido batizado no dia
de Reis, uso comum nessa época. Na família Carvalho existe um
apelido Reis assim obtido, tal como no ramo Mendes um inesperado apelido Santos por nascimento no dia e Todos os Santos.
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24º Cap. - Ramo Reis
José Maria Reis desde 1855, quando contava 35 anos de idade,
vende “quinhões” impostos sobre herdades, compra e vende casas,
arrenda olivais e herdades e compra sobretudo herdades. Foi uma
pessoa considerada pelo grande património que constituiu.
Este era formado pelas seguintes herdades, todas do concelho de
Montemor-o-Novo: Giblacira, (esta herdade tem, nos documentos
mais antigos do concelho, o nome de Javalicira, adquirida por
José Maria Reis a 21.7.1865), Sancha Cabeça, Amoreira de Cima,
Capelinha, Arranhadouro, Abreus, Corta-Rabos, Barradas, Sobral
e Carrola.
Calculamos que de todas estas herdades a que valia mais era a
Amoreira de Cima. No arrendamento que fez em 1880 ao seu
filho, recebia por ela o dobro da renda de qualquer das outras: 300
mil reis na altura.
Vejamos como se processou a transmissão do seu património.
José Maria Reis tinha dois filhos de seu casamento: Feliciano, de
nome completo Feliciano do Carmo Reis, e Maria do Rosário. Em
1880, quando tinha 60 anos de idade, faz um arrendamento, por
20 anos, das herdades que possuía ao filho Feliciano, na altura
com 33 anos e que o acompanhava na lavoura.
Feliciano do Carmo Reis era residente na herdade da Amoreira de
Cima, mas o seu pai tinha a residência na fazenda do Estanco, na
herdade de Sancha-Cabeça e também na vila de Montemor-o-Novo.
Em 1891, um ano antes de falecer, José Maria fez o seu segundo e
ultimo testamento. Deixa aos seus filhos legítimos as duas terças
dos seus bens e a terça a Filipe e Maria, os dois filhos não perfilhados. Em 1895, dando cumprimento ao testamento, os herdeiros
legítimos partilharam, ficando Feliciano do Carmo Reis com a
herdade da Amoreira de Cima e Capelinha, e Maria do Rosário
com as herdades de Sancha Cabeça e Arranhadouro.
Feliciano do Carmo Reis foi um grande lavrador mas teve uma
vida privada irregular. Separou-se da mulher, Maria José de Mira
não tendo tido filhos do casamento. Teve depois seis filhos, mas
só reconheceu três, sendo este filhos de Rosalina Augusta com
quem viveu a maior parte dos seus dias no monte da Amoreira de
Cima. Era eles José, Ana e Feliciano (Júnior). Teve ainda de
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24º Cap. - Ramo Reis
Rosalina Augusta um outro filho, João, que recebeu 50 contos do
pai, estudou e empregou-se em Lisboa, afastado da agricultura.
Teve ainda mais dois filhos e outra mulher, Inocência, que foram
Feliciano José do Carmo Reis e Camilda.
Os dois irmãos José e Feliciano do Carmo Reis Júnior integraramse na estrutura da lavoura do seu pai. José, o mais velho, assumia
funções de administração “andava a cavalo de herdade em herdade, a ver como as coisas corriam”, Feliciano era “o homem das
lavouras, das sementeiras, que tomava a seu cargo a organização
das searas”.
Feliciano do Carmo Reis faleceu em 9 de Novembro de 1922 e
deixou as herdades aos seus filhos: a herdade de Giblacira a José
Feliciano e a herdade da Amoreira de Cima a Feliciano Júnior.
Sendo a irmã Ana Gertrudes casada com um grande lavrador, João
Manuel da Veiga Malta, pode dar tornas aos seus irmãos para
ficar com outras herdades do seu pai, o Pinheiro e o Picote.
As duas principais herdades, Giblacira e a Amoreira de Cima,
hoje divididas, ainda são propriedade dos descendentes Reis.
Cordeiros das Cyladas de Vila Viçosa
(por João Baptista Malta)
Coexistiam na freguesia das Cyladas, pertencendo ao concelho de
Vila Viçosa, várias pessoas de apelido Cordeiro, na época de
Manuel Cordeiro, o primeiro desta linha genealógica que lá nasceu, viveu e faleceu ainda novo em 1684.
Se os assentos paroquiais contivessem mais informações, como
sucedeu nos séculos posteriores, certamente que agruparíamos
estas pessoas em parentescos muito chegados. Uma dessas famílias Cordeiro foi mais conhecida por ter descendência próxima
que recebeu mercês nobiliárquicas. Assim: Isabel Cordeira, falecida em 1703, lavradora com seu marido António Lourenço, falecido em 1701, da herdade de Sancha Gracia, foram pais de Brites
Cordeira, batizada a 27.7.1672 na mesma freguesia das Cyladas e
mulher do capitão Francisco Rodrigues de Mattos, este batizado
em 1669 em St.º António doa Arcos e falecido no ano de 1745 nas
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24º Cap. - Ramo Reis
Cyladas. Deste casal foi filho o Capitão Manuel Álvares Cordeiro, lavrador em St.º António dos Arcos e avô materno com sua
mulher Rosa Micaella de Joaquim José Cordeiro de Mattos Zagallo, Juiz e Vereador em Estremoz. Familiar do Santo Ofício, Fidalgo de Cota de Armas em 1775, tendo recebido carta de brazão de
Zagallos, Silvas, Mattos e Cordeiros, estas ultimas provenientes
sem dúvida da sua ascendência Cordeiro agora descrita.
Na maioria das cartas de brasão as testemunhas só atestavam que
o requerente, seus pais e avós viviam nobremente e eram das antigas famílias dos apelidos, sendo esta afirmação muito vaga, pois
não sabiam exatamente para trás desses avós, se eles entroncavam
nas famílias dos apelidos ou não.
Não se tem qualquer certeza da ascendência remota destes Cordeiros das Cyladas, conhecendo-se que foram lavradores alentejanos,
portanto com estatuto compatível com o estado de viver à lei da
nobreza e assim eles receberam do Rei as armas dos Cordeiros;
daí em diante têm todo o direito histórico a usá-las. Seria Manuel
Cordeiro, o antepassado da família Reis, irmão ou primo de Isabel
Cordeira, ascendente de Joaquim José Cordeiro de Mattos Zagallo? Estas hipóteses são cronologicamente possíveis na família
Cordeiro e se percorrermos os livros de Batismo das Ciladas
encontramos muitos batizados com nomes de Manuel e Isabel.
A informação que aqui se apresenta poderá servir para um futuro
esclarecimento, encontradas que sejam outras fontes.
Bibliografia:
Principalidade por Nuno Doupiás d’Alcochete
Noticias Genealógicas da família Zagallo, por M.C.R., Évora, sem
data.
Nobiliário de famílias de Portugal - Felgueiras Gaio, Titulo Zagallos.
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24.º Capitulo - Ramo Reis - livro Lavradores de Montemor