A BELA E A FERA (ROBINSON, Joan. (1978). Contribuições à economia moderna. Rio de Janeiro: Zahar Editores S.A. pp. 306-13.) Era uma vez um grande mercador bem-sucedido que vivia no próspero Estado comercial de Urbânia. Ele desempenhava com êxito o papel de comerciante e organizador da produção, pois invariavelmente tratava com ponderação os difíceis e vitais problemas de seu negócio, estudando os movimentos mais amplos dos mercados, os resultados ainda não totalmente desenvolvidos dos acontecimentos correntes, dentro e fora do país, e conseguiu melhorar a organização das relações internas e externas de sua empresa. Por seu esforço ousado e incansável, ele havia feito uma rica colheita daquela recompensa material que é o motivo mais constante da atividade comercial comum. Não obstante, na acumulação de sua riqueza ele era, como muitos outros comerciantes, freqüentemente estimulado mais pela esperança de vitória sobre seus rivais do que pelo desejo de acrescentar alguma coisa à sua fortuna. Além disso, como todas as pessoas que valem alguma coisa, ele levava sua natureza superior para seus negócios, e neles, como em tudo mais, era influenciado por suas afeições, por suas concepções do dever e seu respeito pelos ideais elevados. A empresa a que havia dedicado tanto trabalho, energia e precisão estava localizada na capital de Urbânia, mas o desenvolvimento de possibilidades de vida longe dos centros de indústria e comércio permitiu-lhe residir num subúrbio, onde um excelente sistema de esgotos, água e eletricidade, juntamente com boas escolas e oportunidades de vida ao ar livre, ofereciam condições tão capazes de conduzir à boa saúde quanto as existentes no campo. Essas considerações lhe haviam sido de particular importância, já que era pai de três filhas. Esse número pode parecer indevidamente pequeno, mas, embora em juventude ele houvesse, muitas vezes, refletido que os membros das famílias grandes são em geral mais alegres e brilhantes, e freqüentemente mais vigorosos sob todos os aspectos do que os membros de uma família pequena, ainda assim era certo que o benefício adicional que uma pessoal obtém de determinado estoque de alguma coisa diminui com todo o aumento nesse estoque. Isto é, a utilidade marginal decresce, e o comerciante havia observado que a utilidade marginal das filhas diminui com surpreendente rapidez. A educação dessas três filhas ele havia dedicado sempre a maior atenção pessoal, pois, embora tivesse sido criado por pais de caráter forte e íntegro, e educado pela sua influência pessoal e pelas lutas com as dificuldades, estava preocupado em que suas filhas, nascidas depois que ele havia enriquecido, pudessem ficar demasiado ao cuidado dos empregados domésticos, que certamente não teriam a mesma fibra forte dos pais sob cuja influência ele fora educado; pois ele tinha consciência de que, embora existam muitas naturezas excelentes entre os empregados domésticos, aqueles que vivem em casas ricas inclinam-se a hábitos de auto-indulgência, a superestimar a importância da riqueza, e em geral colocam os objetivos inferiores da vida acima dos objetivos superiores. A companhia na qual os filhos de algumas de nossas melhores casas passam grande parte de seu tempo é menos enobrecedora do que a de uma casa modesta média, embora nas casas ricas nenhum criado que não tenha qualificações especiais possa encarregar-se de um cão de busca ou de um potro. Na determinação de que isso não aconteceria em sua família, ele havia tido o cuidado de regular seu negócio de forma a poder passar seus momentos de lazer com sua família e, pelo exemplo e ensinamentos, formar um caráter forte e íntegro em suas filhas. Chegou, porém, o momento em que elas se aproximavam da idade adulta, e tornou-se evidente para ele que havia uma oportunidade para dirigir seus negócios para canais novos e mais proveitosos. Isso porque, graças aos seus próprios meios, ele já havia levado o investimento de capital internamente ao que parecia, ao seu juízo, o limite máximo, ou margem, de lucratividade; 1 isto é, os lucros resultantes de qualquer novo investimento naquela direção não lhe compensariam o dispêndio. Em outras palavras, o princípio de substituição levou-o a investir capital e esforço pessoal em levar a venda de seus produtos a um campo no qual a recompensa lhe parecia maior do que a possível em qualquer ampliação do ramo de comércio no qual ele estava, naquele momento, empenhado. Por isso, reuniu as filhas e, comunicando-lhes sua intenção, falou-lhes da maneira seguinte: “Minhas filhas, como negociante tenho procurado meus interesses próprios, mas de modo geral beneficiei meu país; minhas convicções pessoais, bem como meu patriotismo, até agora me levaram a dar preferência à produção de mercadorias no meu país, em condições de igualdade com outros. Mas surgiu agora uma oportunidade promissora e eu pretendo ir a Bagdá, para superintender ali a expansão dos meus negócios”. “Tendo em vista esse novo empreendimento”, continuou ele, “gostaria que vocês se lembrassem de que os homens de negócios, no passado, foram pioneiros de novos caminhos que com freqüência trouxeram à sociedade benefícios desproporcionais aos seus próprios lucros, embora tivessem morrido milionários. Uma observação minuciosa e cuidadosa das vantagens e desvantagens dos diferentes cursos de ação levou-me a prever um lucro considerável da iniciativa que estou em vias de tomar, mas nunca foi meu costume permitir que as exigências do comércio predominassem sobre as exigências da minha natureza superior. Pretendo, por isso, comprar para cada uma de vocês um presente, e inclino-me ainda mais a isso quando penso que o sacrifício será relativamente pequeno, devido ao decréscimo na utilidade marginal do dinheiro, que ocorrerá com o aumento de meus rendimentos”. “Peço-lhes, portanto”, continuou o comerciante, “que me informem, depois de refletirem devidamente, qual a natureza dos presentes que vocês desejam”. Em seguida, afastou-se para os preparativos de sua viagem e as filhas entregaram-se à discussão sobre a escolha. A decisão da primeira filha foi influenciada pelo conhecimento de que a satisfação total é maximizada quando as utilidades marginais são iguais, e sua escolha recaiu sobre uma jóia, pois estava animada do desejo de exibição, que é acentuado entre as classes superiores pelo hábito e pela emulação, e, embora as jóias possam ser consideradas como luxo, sua procura entre essas pessoas tende a ser intensiva. Mas a segunda filha, lançando os olhos sobre seu estoque de bens, concluiu que uma necessidade mais urgente, no seu caso, era de roupas, e que a utilidade marginal das jóias seria, portanto, menor para ela do que a utilidade de roupas. Em conseqüência, resolveu pedir um belo e útil vestido. Podemos supor, disso, que ela descontou o futuro a uma taxa maior do que sua irmã mais velha, pois se admite geralmente que a renda da satisfação a ser proporcionada por um vestido se esgotará dentro de um período mais curto do que o previsto para uma jóia. Quando chegou a vez da terceira filha, ela examinou as várias satisfações que poderia obter, e seus desejos voltaram-se ora para uma, ora para outra, mas ela recordou-se, depois de certo tempo, de que presentes em escala tão luxuosa provavelmente reduziriam a capacidade aquisitiva de seu pai, e compreendeu que sua escolha estava entre a satisfação pessoal e a obediência aos ditames da afeição filial. Podemos notar, aqui, que os economistas não pretendem medir qualquer afeição do espírito, em si, ou diretamente, mas apenas indiretamente pelos seus efeitos, e eles estudam os estados mentais através de suas manifestações e não em si mesmos, sem procurar pesar as afeições superiores de nossa natureza, contra as inferiores, que não comparam o amor da virtude com o desejo de posses agradáveis, e que só calculam seus incentivos à ação pelos seus efeitos. 2 Quando, portanto, a filha mais nova finalmente escolheu não presentes extravagantes como suas irmãs, mas uma simples rosa, temos razão em supor que ela considerava o bem-estar de seu pai como mais importante do que qualquer satisfação que pudesse obter para si mesma. Feitas as escolhas de suas três filhas, o comerciante partiu para ser o pioneiro de seus novos mercados no Oriente, aproveitando-se da crescente rapidez e conforto das viagens ao estrangeiro, que levaram muitos homens de negócios e artesãos qualificados a transportar suas habilidades para junto dos consumidores dispostos a comprar suas mercadorias. Basta dizer que seus esforços foram amplamente recompensados, pois sua rara capacidade e sua rara sorte, tanto nos incidentes particulares da empresa especulativa como no encontro de oportunidades favoráveis para o desenvolvimento geral de seu negócio, levaram-no a obter grande êxito. Não só seu comércio lhe proporcionou o aumento de capital que o induziu a continuar naquelas atividades, mas além e acima disso, proporcionou um excedente que ele considerou como um pagamento pelos riscos e pela sua capacidade excepcional. Na viagem de volta, não se esquecendo da afeição familiar em meio às muitas preocupações da empresa comercial, buscou o mercado mais adequado no qual comprar para suas filhas os presentes que haviam escolhido. Pode, do outro lado do Mediterrâneo, encontrar jóias para a primeira e roupas para a segunda filha, a preços que, levando em conta os negócios que havia feito e seu rendimento atual, não lhe pareceu excessivos. Quanto à rosa para a terceira, porém, ele tinha em mente não só a preferência devida aos produtos nacionais (em condições de igualdade com outras coisas), mas as dificuldades e o custo envolvido no transporte de bens perecíveis. Portanto, foi somente quando chegou ao litoral de Urbânia que começou a pensar seriamente nessa compra. Ao indagar, descobriu que a produção de rosas estava sujeita a flutuações sazonais e que durante aquele mês, embora empregados fossem usados em certos processos preparatórios, o produto final não podia ser encontrado. Nos jornais comerciais, as rosas eram cotadas a preço de escassez, mas a cifra era apenas nominal, pois não havia, na realidade, rosas no mercado. Tendo em vista a insatisfação (para ele) que representaria sua incapacidade de encontrar uma rosa, ele estava disposto não só a oferecer um preço considerável, como também a incorrer em certas fadigas na busca do artigo desejado. Nesse sentido, a desutilidade do trabalho pode ser considerada como parte do preço que estava disposto a pagar. Duvidando que o mercado de rosas fosse tão bem organizado que as comunicações entre as localidades vizinhas fossem completas, partiu para lá, na esperança de encontrar algum mercado isolado ao qual não se houvesse ainda transmitido a procura de escassez das rosas. Não teve êxito, porém, constatando que, nos poucos casos em que um pequeno número de rosas havia sido produzido naquela estação, os produtores haviam conseguido lucrar rapidamente com elas, graças aos altos preços predominantes em outras partes. Finalmente, porém, ele chegou a uma localidade onde lhe informaram que certo dono de terras dispunha de um jardim de rosas. Dirigiu-se para lá e sua observação confirmou a informação sobre as rosas. Estava admirando a respectiva qualidade de várias espécies, quando surgiu o proprietário do jardim. Seu aspecto era incomum, pois tinha a aparência de uma besta-fera. O negociante tinha consciência de que estava cometendo um ato de invasão de propriedade, e tentou reduzir a indignação manifestada pelo proprietário, indagando o preço das rosas. A fera, sabendo que estava em situação de monopolista, procurou por isso maximizar de forma excepcional o seu lucro. Em lugar de pedir um alto preço em dinheiro, como poderia ter feito naquelas circunstâncias, pediu ao negociante, em troca da rosa, que lhe desse o primeiro objeto que seus olhos encontrassem, ao retornar ao seu lar. O negociante, consciente de que o preço pedido era excepcionalmente duro e que sua posição de barganha era fraca, aceitou a oferta um tanto rara. Treinado no curso de seus negócios a julgar com cautela e correr riscos com ousadia, achou que a recompensa certa não era compensada por uma perda que poderia ser insignificante. Nisso evidenciou aquela coragem e confiança que havia, aos poucos, estabelecido uma tradição íntegra e honrada na conduta dos negócios em todo o mundo civilizado. Mas devemos lembrar que, embora certos homens abram seu 3 caminho pelo uso apenas de qualidades nobres, outros devem sua prosperidade a qualidades nas quais muito pouco há que seja admirável, exceto a sagacidade e a força de vontade. Dessa natureza era a besta que, sem que o comerciante o soubesse, tinha conhecimento detalhado do futuro, e não teve escrúpulos em colher uma recompensa que não havia conquistado pelo trabalho construtivo nem pela função de risco que é a característica da atividade especulativa. Já se disse que o especulador, que por uma previsão brilhante antecipa o futuro, e que obtém seus lucros por compras e vendas ousadas, presta com isso um serviço público de certa importância, mas que, quando a um grau normal de previsão se acrescenta a informação sobrenatural, o especulador está em condições de aumentar seus lucros às expensas dos membros menos esclarecidos da comunidade. Essas formas indignas da especulação são um obstáculo sério ao progresso. O comerciante, porém, não tinha consciência das circunstâncias especiais que tornavam o caso um exemplo um tanto raro da atividade especulativa, e por isso concluiu a barganha e entrou imediatamente na posse da rosa. Tendo assim adquirido o objeto que lhe havia causado um dispêndio tão grande de energia e trabalho, dirigiu-se para casa por uma estrada que o moderno desenvolvimento das comunicações havia tornado cômoda e rápida. A chegada à sua cidade inspirou ao comerciante uma sensação de prazer, que todos os homens de sensibilidade experimentam depois de uma prolongada ausência dos ambientes familiares de sua terra natal, e ele ansiava, numa agradável expectativa, pelos confortos e luxos da vida doméstica, que iluminam a vida do homem e estimulam seus pensamentos. Uma certa preocupação, experimentada em conseqüência do possível resultado de sua mais recente especulação, roubou um pouco da sua sensação de satisfação, mas ele pensou que os grandes progressos só podem ser obtidos pela ousadia, e que a segurança pode ser comparada a um preço demasiado alto. Ao se aproximar de casa, porém, esse sentimento de preocupação deu lugar a outro, de alarma mesmo, quando via sua filha mais nova, e a preferida, sair de casa e ir ao seu encontro. Compreendeu logo que esse era o preço que teria de pagar pela rosa, cumprindo o contrato feito com o proprietário forasteiro. Nunca havia considerado suas filhas como um capital ou como um objeto de comércio, e esse pagamento era, sob todos os aspectos, excepcional e exorbitante. Teve por isso um momento de dúvida sobre a possibilidade de repudiar suas obrigações – mas, formado naquela escola de tradição honrada que deu ao mundo mercadores que se distinguiram pela lisura de suas transações e pela mais rigorosa integridade, refletiu que a estrutura da indústria moderna só poderia ser mantida pela observação rígida de contratos, que é a base de todo progresso comercial. Ele sempre fora de opinião de que o crescimento maravilhoso, nos tempos recentes, de um espírito de honestidade e integridade nas questões comerciais e o progresso que a moralidade havia trazido ao comércio só poderiam ser mantidos pela integridade escrupulosa com a qual todos os membros da comunidade comercial deveriam abster-se de ceder às enormes tentações de fraude, que surgem no seu caminho. Mas os males do comércio temerário podem, sempre, estender-se além das pessoas que dele participam diretamente, e essa verdade foi percebida imediatamente por sua filha mais jovem quando o comerciante revelou-lhe o papel que lhe cabia desempenhar na consumação da transação que, em obediência aos ditames de sua natureza superior, ele próprio se sentia obrigado a cumprir. Com a coragem e determinação que lhe haviam sido inculcadas pela disciplina de uma educação realmente liberal, a jovem passou a examinar imediatamente a situação. Depois de uma ponderação cuidadosa, uma análise da posição revelou que a desutilidade do trabalho que ela deveria realizar dificilmente seria ultrapassada pela satisfação de ajudar seu pai, que seria a recompensa. Isso porque o desconforto do trabalho pode resultar da fadiga mental ou corporal, ou pelo fato de ser ele desempenhado em ambientes insalubres, ou com companheiros pouco simpáticos, e o emprego que ela estava na iminência de assumir oferecia, sem dúvida, possibilidades desta última característica, bem como da primeira. 4 Realmente, relações conjugais com a fera lhe pareciam de natureza tão desagradável que a satisfação da afeição filial dificilmente poderia constituir uma remuneração suficiente, como um preço de oferta efetivo. Pois o preço que é suficientemente atraente para provocar um dispêndio de esforço é o preço de oferta efetivo para esse volume de esforço, e no caso de empregos degradantes, desagradáveis, ou irritantes, o número de pessoas dispostas a aceita-los pode ser tão reduzido que o baixo preço não constitui, com freqüência, um estímulo aos esforços exigidos. A questão parecia, portanto, depender da inconveniência representada pelo emprego em questão, e ela concluiu suas reflexões com a seguinte pergunta: “Pai, você tem certeza de que a fera era cabeluda?” O comerciante, que sempre havia cultivado as faculdades de observação e memorização em alto grau, foi capaz de assegurar-lhe que o grau de capilosidade não estava acima do normal, para tal classe de pessoas. Pesando rapidamente os fatores relevantes à situação, à luz dessa informação adicional, ela finalmente respondeu: “Nessas circunstâncias, estou disposta a aceitar a barganha”. Nesse momento, eles compreenderam, simultaneamente, que ela estava à margem, pois não deixaram de perceber que um incremento adicional (pequeno) de desutilidade teria ultrapassado a satisfação a ser obtida pela obediência ao dever filiar. O contrato foi assim ratificado por todas as partes em causa e, quando chegou o dia do vencimento, a filha do comerciante se apresentou pontualmente à residência da fera. Quando esta se adiantou para recebê-la, ela forçou-se a enfrentar, ousadamente, o fato de que estava na iminência de entrar a serviço de um empregador que provavelmente seria duro e exigente. Tão logo ele a pegou pela mão, porém, transformou-se num lindo príncipe. Essas súbitas transições são raras na natureza e, embora ela estivesse habituada à contemplação do surpreendente progresso das realizações científicas e das numerosas maravilhas tornadas possíveis pela invenção humana, ainda assim ficou surpresa com esse fenômeno pouco comum. Compreendeu imediatamente que a barganha, longe de ter sido a transação marginal que havia suposto, iria proporcionar-lhe um grande excedente do produtor. A situação era, na verdade, excepcional, pois a desutilidade do trabalho havia caído a uma quantidade negativa. Era, na verdade, um caso paralelo ao das empresas intelectuais onde, depois de superado o penoso esforço exigido no início, o prazer e excitação, depois de entrarem em cena, muitas vezes aumentam até que o progresso seja detido, pela necessidade e prudência. Com prazer mútuo, eles passaram então a discutir a transação que havia proporcionado a ambos um grau de satisfação tão grande: pois ele entrava na posse de um grande excedente de consumidor pela aquisição de uma esposa bela e útil, ao preço de uma simples rosa, ao passo que ela, ao custo de um esforço que agora prometia ser agradável, havia obtido um prêmio para cuja obtenção estaria disposta a um trabalho difícil e desagradável. Com essa feliz união dos excedentes do produto e do consumidor, eles viveram então felizes para sempre, tendo sempre presentes seus ideais superiores e maximizando sua satisfação pela equalização da utilidade marginal de cada objeto de dispêndio. 5