INSTRUMENTAÇÃO E CONTROLO CAPÍTULO VII Revisões sobre Sistemas de Controlo Contínuo 2012/2013 Bibli Bibliografia fi •Katsuhiko Ogata, Engenharia do controlo moderno Editora Prentice moderno, Prentice-Hall Hall do Brasil, Brasil 3º Edição, 1997 •Curtis D. D Johnson, Johnson Controlo de Processos Tecnologia da Instrumentação, Edição da Fundação Calouste Gulbenkian, Gulbenkian 1991 • Marlin, T., Process Control: Designing Processes and Control Systems for Dynamic Performance, Edição da McGraw Hill, New York York, 2000 2000. © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 2 Í di Índice d do capítulo ít l • Introdução ç • Bases matemáticas • Transformada de Laplace • Função de transferência • Diagramas de blocos • Resposta transitória de sistemas © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 3 Conceitos fundamentais Introdução Diagrama de blocos detalhado de um sistema em anel fechado -> > É necessário utilizar ferramentas matemáticas para efectuar a sua análise teórica © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 4 Conceitos fundamentais Introdução Objectivos de um Sistema de Controlo Automático Manter a variável controlada o mais próximo possível do valor de referência (set-point p p ) Situação ideal: o erro ser sempre nulo O critério de controlo responde p à seguinte g questão: Até que ponto é eficiente? A estabilidade e o amortecimento são os parâmetros chave da análise de sistemas © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 5 Conceitos fundamentais Introdução Respostas típicas de um sistema a uma entrada degrau (1): (2) sobreamortecida (3) críticamente amortecida (4)Subamortecida (5)Oscilatória (6) Oscilatória ((instável) s á e) © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 6 Conceitos fundamentais Análise do gráfico anterior Entrada degrau – sinal de entrada usado para testar o desempenho de sistemas de controlo Saída sobreamortecida – não oscila; resposta bastante lenta Críticamente amortecida – Não oscila; resposta mais rápida Subamortecida – resposta com oscilações (overshoot); em certos casos é aceitável © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 7 Conceitos fundamentais Análise do gráfico anterior Oscilatória com amplitude constante (instável) á – resposta oscilatória ó em torno de um ponto médio; não é desejável Resposta oscilatória com crescimento da amplitude (instável) – resposta inaceitável; sistema instável ou sem controlo Como analisar estas situações? Utilizar a teoria de controlo contínuo/digital © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 8 Conceitos fundamentais Introdução Para estudar os sistemas de controlo do ponto de vista teórico, ó é necessário á compreender os fundamentos matemáticos á relativos a: Variáveis e funções complexas Equações diferenciais lineares Transformada de Laplace Transformada de Laplace inversa Função ã de d transferência f ê i 9 © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM Conceitos fundamentais Introdução Para que é necessário usar ferramentas matemáticas em controlo? Entrada degrau caudal do fluido de arrefecimento PROCESSO Evolução da temperatura E Exemplo l Porquê usar ferramentas matemáticas? © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM Como é que o processo influencia a resposta? • Tempo de resposta p da resposta p • Rapidez • Tipo de resposta 10 Conceitos fundamentais Para conhecer a resposta do sistema, sistema é necessário conhecer a dinâmica do processo. Porquê? Zona perigosa Conhecer C h a di dinâmica â i do processo é importante para a SEGURANÇA! © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 11 Conceitos fundamentais Bases Matemáticas para análise a á se de Sistemas S ste as de Controlo © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 12 B t áti Bases matemáticas Variáveis e funções complexas Uma variável complexa s é definida por: jω S ω1 ϑ1 1 ε R ϑ1,ω1 ϑ1 ϑ 13 © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM B Bases matemáticas t áti Variáveis e funções complexas Uma função complexa G(s) é definida por: G(s) ( ) = G x + jjG y O módulo e o argumento, são definidos por: 2 G( ) = G x + G y G(s) © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 2 ⎛ Gx ⎞ ⎟ arg(G(s)) = arctg⎜ ⎜G ⎟ ⎝ y⎠ 14 Bases matemáticas Variáveis e funções complexas Representação gráfica do módulo e do argumento Im θ R l Real © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 15 Bases matemáticas Variáveis e funções complexas Dada a função G(s): G(s) = G x + jG y Complexo conjugado de G(s): G (s) = G x − jG y Pontos do plano s em que a função G(s) é analítica –> pontos ordinários; pontos onde a função não é analítica -> > pontos singulares © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 16 Bases matemáticas Variáveis e funções complexas Polos da função G(s): Os pontos onde G(s) ou as suas derivadas tendem para o infinito designam-se por pólos Exemplo: k(s + z) G(s) ( )= (s + p1 )(s + p 2 ) 2 Zero da função: s=-z s= z (ponto onde G(s) se anula) Polos: s=-p1, s=-p2 (pontos onde G(s) tende para infinito). (NOTA: s=-p2 -> pólo de 2ª ordem) © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 17 B Bases matemáticas t áti Equações lineares Eq ações diferenciais dife enciais linea es Forma canónica compacta di y m di x a1 i = ∑ bi i ∑ dt dt i =0 i =0 n Forma F canónica ó i d desenvolvida l id ((m<=n)) dn y d n −1 y dy a n n + a n −1 n −1 + ... + a a + a0y = dt dt dt dmx d m −1x b m m + b m −1 m −1 + ... + b 0 x dt dt © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 18 Bases matemáticas Equações diferenciais lineares Solução geral de uma equação diferencial Solução S l ã homogénea h é (resposta ( t livre) li )– solução da equação diferencial quando a entrada x(t) é nula, nula ou seja seja, é a solução da equação: i n dy ai i = 0 ∑ dt i =0 19 © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM Bases matemáticas Equações diferenciais lineares Solução geral de uma equação diferencial Solução S l ã particular ti l (resposta ( t forçada) f d ) Definindo um operador diferencial D, dado por: n d D = n dt n © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 20 Bases matemáticas Equações diferenciais lineares Solução geral de uma equação diferencial Solução homogénea (cont (cont.): ): a n D n y + a n −1D n −1 y + ... + a 1Dy + a 0 y = 0 (a n D n + a n −1D n −1 + ... + a 1D + a 0 )y = 0 Polinómio característico: a n D n + a n −1D n −1 + ... + a 1D + a 0 Equação característica: n n −1 n n −1 a D +a D + ... + a 1D + a 0 = 0 © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 21 Bases matemáticas Equações diferenciais lineares Solução geral de uma equação diferencial Solução homogénea (cont (cont.): ): As raízes ou soluções, soluções são D1 , D 2 ,...D n Forma geral da solução: • Solução homogénea - yh(t) • Solução particular -> yp(t): solução da equação diferencial, quando todas as condições iniciais são nulas ou seja, nulas, seja a solução particular depende apenas da entrada x(t) y(t) = y(t) h + y(t) p © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 22 Bases matemáticas Equações diferenciais lineares Solução geral de uma equação diferencial A solução geral pode ainda ser decomposta noutras duas soluções: • Solução em regime estacionário (resposta estacionária) - é a parte da equação geral que não se aproxima de zero quando o tempo tende para infinito. © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 23 Bases matemáticas Equações diferenciais lineares Solução geral de uma equação diferencial • Solução em regime não estacionário (resposta transitória) - é a parte da equação ã gerall que tende t d para zero quando o tempo tende para infinito • A solução l ã da d equação ã é dada d d por: y(t) ( ) = y(t) ( )estacionária + y(t) ( )transitória © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 24 Bases matemáticas Equações diferenciais lineares Solução geral de uma equação diferencial Exemplo: Considere a seguinte solução de uma equação diferencial y(t) = e −2 t + sin(πt ) A resposta em regime transitório e estacionário, são: yrt (t ) = e −2t ; yre (t ) = sin((πt ) © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 25 B Bases matemáticas t áti Equações diferenciais lineares Solução geral de uma equação diferencial Exemplo E emplo (cont.): (cont ) yrt (cima) e yre (baixo) (bai o) © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 26 B Bases matemáticas t áti Equações diferenciais lineares Solução geral de uma equação diferencial Solução Sol ção completa ((y=yre e + yrt) t) © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 27 B Bases matemáticas t áti Equações diferenciais lineares Código fonte do exemplo em MATLAB % calculo da resposta p de um sistema % vector de tempos – 0 a 6 seg. com intervalos de 0.01 seg. t=0:0.01:6; % calculo da resposta de um sistema yt exp( 2*t); yt=exp(-2*t); ye=sin(pi*t); % resposta transitória e estacionária p ( ) subplot(211) plot(t,yt),grid,ylabel('amplitude') subplot(212) plot(t,ye),grid,xlabel('tempo [s]'),ylabel('amplitude') pause % resposta total subplot(111) plot(t,ye,'-.',t,yt,'--',t,ye+yt),grid, p ( ,y , , ,y , , ,y y ),g , xlabel('tempo [s]'),ylabel('amplitude') © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 28 Bases matemáticas Transformada de Laplace Vantagem da sua utilização: transforma uma equação diferencial no domínio do tempo numa equação algébrico no domínio complexo (s) -> > mais fácil de manipu manipular do que uma equação diferencial Definição matemática: ∞ ∞ 0 0 L[f(t)] = F(s) = ∫ e −st dt[f(t)] = ∫ f(t)e −st dt 29 © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM Bases matemáticas Transformada de Laplace Exemplo de aplicação: função exponencial ⎧ f(t) = 0 ⎨ − at f(t) = Ae ⎩ t<0 t≥0 Aplicação da Transformada de Laplace ∞ ∞ L{A } = ∫ Ae L{Ae A e dt d = A∫ e − at 0 © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM − at −st 0 − (s + a)t A d = dt s+a 30 Bases matemáticas Transformada de Laplace Tabelas de Transformadas de Laplace © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 31 Bases matemáticas Transformada de Laplace Tabelas de Transformadas de Laplace (cont.) © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 32 Bases matemáticas Transformada de Laplace Propriedades da Transformadas de Laplace (I) © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 33 Bases matemáticas Transformada de Laplace Propriedades p da Transformadas de Laplace p (II) © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 34 Bases matemáticas Transformada de Laplace Exemplo de aplicação: Aplique a T.L. à seguinte equação diferencial, supondo condições iniciais nulas: 2 d y dy − 2t + 3 + 2y = 12e dt 2 dt Resolução ⎧d2y ⎫ 2 L⎨ 2 ⎬ = s Y(s) ⎩ dt ⎭ ⎧ dy ⎫ L⎨ ⎬ = sY(s) ⎩ dt ⎭ L{2y} = 2Y(s) 1 L 12e-2t = 12 s+2 { } (propriedade 4) (propriedade 3) (propriedade 2) (função 6 - Tabela) 35 © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM Bases matemáticas Transformada de Laplace Resolução (cont.) ⎛ 1 ⎞ s 2 Y(s) + 3sY(s) + 2Y(s) = 12⎜ ⎟ ⎝s+2⎠ ⎛ 1 ⎞ Y (s) * s 2 + 3s + 2 = 12⎜ ⎟ s + 2 ⎝ ⎠ ( ) 12 Y(s) = 2 (s + 2)(s + 3s + 2) © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 36 Bases matemáticas Transformada de Laplace inversa Equação ã diferencial no tempo Equação algébrica em T.L. s T.L. inversa Solução no tempo da q ç diferencial equação © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 37 Bases matemáticas Transformada de Laplace inversa Operação: determinação de f(t) a partir da Transformada de Laplace F(s) L [F(s)] = f(t) −1 Definição ç matemática 1 c+∞ st f(t) = ∫ F(s)e ds 2πj c−∞ © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 38 Bases matemáticas Transformada de Laplace inversa Forma de aplicação: 1 Aplica-se 1. A li a Transformada T f d d de L Laplace l a cada termo da equação diferencial linear dada 2. Converte-se a equação diferencial numa equação algébrica em s, s e obtêmse a expressão da transformada de Laplace da variável dependente através de um rearranjo da equação algébrica © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 39 Bases matemáticas Transformada de Laplace inversa Forma de aplicação: 3. Obtêm-se a solução temporal da equação diferencial, ou seja f(t), através d aplicação da li ã da d transformada t f d d de Laplace inversa à variável dependente © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 40 Bases matemáticas Transformada de Laplace inversa Exemplo: Considere um sistema físico que é descrito pela seguinte equação algébrica em s a seguir indicada. Supondo que se aplica uma entrada degrau de amplitude 10, determine a evolução da grandeza física ao longo do tempo p Resposta: 1 ⎛ ⎞ Y(s) = ⎜ ⎟ × U(s) ⎝ 200s + 450 ⎠ ⎛1⎞ U(s) ( ) = 10 × ⎜ ⎟ ⎝s⎠ ⎧U(s) − entrada no sistema ⎨ ⎩ Y(s) − saída do sistema ((entrada degrau g − > ppropriedad p e 2)) 41 © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM Bases matemáticas Transformada de Laplace inversa Resposta (cont.) Manipulando a equação algébrica de modo a obter uma expressão análoga à da tabela, tem - se : 10 1 1 1 = = Y(s) = s(200s + 450) s(20s + 45) 20 s(s + 2.25) 1 1 → 1 − e −at , log o : Da tabela de T.L. − > s(s ( + a)) a 1 1 1 y( t ) = 1 − e − 2.25 t = 1 − e − 2.25 t 20 2.25 45 ( ( © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM ) ( ) ) 42 Teoria do Controlo Função de transferência Relação entrada-saída de um sistema Aplica-se A li somente t a sistemas i t lineares li ini variantes no tempo, ou seja considera-se que os parâmetros do sistema físico não variam ao longo do tempo Representação gráfica Entrada Função F ã d de transferência (em s ou t) Saída © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 43 T Teoria i d do C Controlo t l Função de transferência (F.T.) (F T ) Porquê usar funções de transferência dos processos? Exemplo: Num permutador de calor, a bomba de água de arrefecimento falha. falha Quanto tempo irá decorrer até que o permutador fique p q em situação ç de ficar destruído? Para termos uma previsão do tempo que a t temperatura t atinge ti valores l insuportáveis i tá i para o material, é necessário saber o modelo dinâmico do permutador (F.T.), (F T ) e simular a situação de avaria 44 © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM T Teoria i d do C Controlo t l Função de transferência Zona perigosa Conhecer a função que caracteriza a dinâmica do processo é importante para a SEGURANÇA! © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 45 Teoria do Controlo Função de transferência Representação matemática Equação Eq ação diferencial dife encial do sistema físico (n>m) a 0 y (n) + a 1 y (n −1) + ... + a n −1 y (1) + a n y = b 0 x m + b1x (m −1) + ... + b m −1x (1) + b m Função de transferência G(s): Y(s) b 0s m + b1s m −1 + ... + b m −1s + b m = G(s) = X(s) a 0s n + a 1s n −1 + ... + a n −1s + a n © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 46 Teoria do Controlo Função de transferência Exemplo 1: sistema mecânico de translação Considere um sistema massa-mola-amortecedor viscoso viscoso. Determine a função de transferência do sistema, considerando como entrada a força aplicada u(t) e a saída o deslocamento da massa y(t). y(t) 47 © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM Teoria do Controlo Função de transferência Exemplo 1: sistema mecânico de translação Resolução: d2y m × a = m 2 = ∑ f (Lei de Newton) dt d2y dy m 2 = − b − Ky + u dt dt d2y dy m 2 + b + Ky = u dt dt ms 2 Y(s) + bsY(s) + KY(s) = U(s) G(s) = © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM Y(s) 1 = U(s) ms 2 + bs + K 48 Teoria do Controlo Função de transferência Exemplo 2: sistema mecânico massa-mola Considere C id um sistema i t mecânico. â i Suponha S h que o sistema é posto em movimento por uma força do tipo impulso unitário (t). (t) Determine a resposta (oscilação) resultante da aplicação desta força. força Suponha que o sistema está inicialmente em repouso e que o coeficiente de atrito viscoso b pode ser considerado nulo. © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 49 Teoria do Controlo Função de transferência Exemplo 2: sistema mecânico massa-mola © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 50 T Teoria i d do C Controlo t l Função de transferência Exemplo 2: sistema mecânico massa-mola Resolução: d2 x m 2 + kx = δ(t) dt Aplicando a Transformada de Laplace 1 ms 2 + k Aplicando a Transformada de Laplace inversa ms 2 X(s) + kX(s) = 1 ⇒ X(s) = x(t) = ⎛ k ⎞ 1 ⎟t sin ⎜⎜ ⎟ m km ⎝ ⎠ © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 51 T Teoria i d do C Controlo t l Função de transferência Exemplo 2: sistema mecânico massa-mola Resolução: Resol ção A oscilação é um movimento harmónico simples (não há atrito) A - Amplitude de oscilação 1 ( ) (m) km ω - Frequência angular de oscilação A= ω= k m (rad/s) © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 52 T Teoria i d do C Controlo t l Função de transferência Exemplo 2: sistema mecânico massa-mola Gráfico da resposta (m=10 Kg; K=200 N/m) © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 53 T Teoria i d do C Controlo t l Listagem do código fonte em Matlab % calculo da resposta de um sistema massa-mola % vector de tempos t=0:0.01:5; % características do sistema m 10; m=10; k=200; % função de transferência do sistema massa-mola num=1;; den=[10 0 200]; sys=tf(num,den); % obtenção da saída por aplicação de uma entrada impulso [y]=impulse(sys,t); % gráfico da saida plot(t,y), xlabel('tempo [s]'),grid,ylabel('amplitude x [m]') © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 54 T Teoria i d do C Controlo t l Função de transferência Exemplo 3: sistema eléctrico RLC Dete Determine mine a função f nção de transferência t ansfe ência entre ent e a tensão de entrada ei e a tensão de saída eo R ei L i C eo=ec 55 © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM T Teoria i d do C Controlo t l Função de transferência Exemplo 3: sistema eléctrico RLC Resol Resolução ção (I) - Equações Eq ações do ci circuito c ito (Leis de Kirchoff) ∑V = 0 (L i das (Lei d malhas) lh ) VL + VR + VC = e i 1 ⎛ di ⎞ L⎜ ⎟ + Ri + ∫ idt = e i C ⎝ dt ⎠ © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 56 T Teoria i d do C Controlo t l Função de transferência Resolução (II) T ã de Tensão d saída íd e 0 = VC 1 idt ∫ C Aplicando a Transformada de Laplace e 0 = VC = 1 LsI(s) ( ) + RI(s) ( )+ I(s) ( ) = E i ((s)) C Cs 1 I(s) = E 0 (s) Cs © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 57 T Teoria i d do C Controlo t l Função de transferência Resolução (III) 1 ⎞ ⎛ ⎜ Ls + R + ⎟I(s) = E i (s) Cs ⎠ ⎝ I(s) = Cs × E 0 (s) Substituin b i i do d I(s) ( ) na equação de d E i (s), ( ) tem - se : G(s) = E 0 ((s)) 1 = E i (s) LCs 2 + RCs + 1 (sistema de 2 2ª ordem) © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 58 T Teoria i d do C Controlo t l Diagramas de blocos Um sistema de controlo é composto por diversos componentes -> > representação através de um diagrama de blocos © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 59 Teoria do Controlo Diagramas de blocos Funções de transferência típicas: obtêm-se a partir das Regras da Álgebra de Blocos Função de transferência em anel aberto: B(s)) B( = G(s)H(s) E(s) Função de transferência do ramo directo C(s) = G(s) E(s) © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 60 Teoria do Controlo Diagramas de blocos Função de transferência em anel fechado: C(s)) = G(s)E(s) C( G( )E( ) E(s) ( ) = R(s) ( ) − B(s) () B(s) = H(s)C(s) E(s) ( ) = R(s) ( ) − H(s)C(s) () () C(s) = G(s)[R(s) − H(s)C(s)] C(s) G(s) = R(s) 1 + G(s)H(s) © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 61 Teoria do Controlo Diagramas de blocos Função de transferência em anel fechado: diagrama de blocos completo e simplificado de um sistema em anel fechado C(s) G(s) = R( ) 1 + G(s)H(s) R(s) G( )H( ) © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 62 Teoria do Controlo Diagramas de blocos Função de transferência em anel fechado: diag ama de blocos completo e simplificado diagrama de um sistema em anel fechado R(s) E(s) G(s) C(s) R(s) G(s) C(s) 1+G(s)H(s) _ H(s) 63 © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM T Teoria i d do C Controlo t l Diagramas de blocos Função de transferência em anel fechado: Caso especial: sistema com realimentação unitáunitá ria (H(s)=1) © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM C(s) G(s) = R(s) 1 + G(s) 64 Teoria do Controlo Diagramas de blocos Regras de construção de diagramas de blocos Exemplo: construir o diagrama de blocos de um circuito RC 65 © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM Teoria do Controlo Regras de construção de diagramas de blocos Exemplo: circuito RC (cont (cont.)) Escrevem-se as equações do circuito e aplica-se aplica se a respectiva Transformada de Laplace ei − e0 i= R 1 e0 = ∫ idt C © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM Ei (s)− E0(s) I(s)= R I(s) E0(s)= C Cs 66 Teoria do Controlo Regras de construção de diagramas de blocos Exemplo: circuito RC (cont.) (cont ) Representa-se cada equação na forma de bloco. E (s)− E0(s) I(s)= i R I(s) E0(s)= C Cs © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 67 Teoria do Controlo Regras de construção de diagramas de blocos Exemplo: circuito RC (cont.) (cont ) Ligam-se os elementos num diagrama de blocos completo © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 68 Teoria do Controlo Diagramas de blocos Regras de simplificação de diagramas de blocos 1 Eliminar 1. Eli i todos d os blocos bl em cascata 2. Eliminar todas os anéis activos 3. Eliminar todos os anéis é de realimentação ã secundários 4 Permutar 4. P t os pontos t de d soma para a esquerda d e os pontos de junção para a direita dos anéis principais 5. Repetir estes passos até obter a forma canónica. © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 69 Teoria do Controlo Diagramas de blocos Regras de Álgebra de Blocos (I) © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 70 Teoria do Controlo Diagramas de blocos Regras de Álgebra de Blocos (II) © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 71 Teoria do Controlo Diagramas de blocos Regras de Álgebra de Blocos (III) © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 72 Teoria do Controlo Diagramas de bl blocos Di d Exemplo: Reduza o seguinte diagrama de blocos à sua forma mais simples (G(s)=C(s)/R(s)). (G(s)=C(s)/R(s)) © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 73 Teoria do Controlo Diagramas de blocos Exemplo: Resolução do exercício (I). © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 74 Teoria do Controlo Diagramas de blocos Exemplo: Resolução do exercício (II). © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 75 Teoria do controlo Resposta transitória Os sistemas físicos, desde que seja conhecida h id a sua ffunção ã d de ttransferência, f ê i podem ser testados para diversos tipos de entradas entradas. Assim, Assim tem-se: ⎧ ⎧impulso ⎪ ⎪ aperiódico iódi s d ⎨ degrau ⎪ ⎪ rampa ⎪⎪ ⎩ Tipos p de sinais ⎨ d sinusoidal i id l ⎧onda ⎪ ⎪periódicos⎪⎨ onda quadrada ⎪ ⎪ onda triangular ⎪⎩ ⎩ © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 76 T Teoria i d do C Controlo t l Resposta transitória Sinais aperiódicos – permitem obter a resposta transitória de um sistema (é muito importante em controlo) p Formas dos sinais aperiódicos Impulso δ(t) 1(t) Degrau t Rampa Aceleração ç t2 © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 77 Teoria do Controlo Resposta transitória Critério de escolha dos sinais de teste Entradas gradualmente variáveis no tempo ⇒ função rampa Perturbações bruscas ⇒ função degrau Entradas bruscas ⇒ função impulso © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 78 Teoria do Controlo Resposta transitória Gráfico de resposta a uma entrada degrau 2 entra ada 1.5 1 0.5 0 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 0 0.5 1 1.5 2 tempo [s] 2.5 3 3.5 4 0.4 saída 0.3 0.2 0.1 0 79 © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM Teoria do Controlo R Resposta de t transitória t itó i – Sistemas Si t d primeira ordem R(s) + E(s) - C(s) 1 Ts C(s) 1 = R (s) Ts + 1 a) R(s) 1 Ts + 1 C(s) b) © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 80 Teoria do Controlo Resposta transitória – Sistemas de primeira ordem Resposta a um m degrau deg a unitário nitá io ⎛ 1 ⎞1 C(s) = ⎜ ⎟ ⎝ Ts + 1 ⎠ s Aplicando a Transf. de Laplace inversa c(0) = 0 ⎧ ⎪ c(t) = 1 − e − t/T t≥0 ⎨ c(∞) = 1 ⎪c(t 0 632 ⎩ ( = T) = 0.632 © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 81 Teoria do Controlo Resposta transitória – Sistemas de primeira ordem Resposta a um m degrau deg a unitário nitá io © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 82 T Teoria i d do C Controlo t l Resposta transitória – Sistemas de segunda ordem R(s) + E(s) - ω n2 s( s + 2ξω n ) C(s) ω n2 C(s) = R (s) s 2 + 2ξω n s + ω 2n a) R(s) ω n2 s 2 + 2ξω n s + ω n2 C(s) b) © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 83 T Teoria i d do C Controlo t l Resposta transitória – Sistemas de segunda ordem Características dos sistemas de 2ª ordem ωn → - frequência natural não amortecida, ou seja a f frequência ê i a que o sistema i t oscilaria, il i se o amortecit i mento fosse nulo ξ → - coeficiente de amortecimento do sistema ξ × ω n → - atenuação Tipos p de sistemas de 2ª ordem Sobreamortecido (ξ >1) -> não oscila Críticamente amortecido (ξ =1) -> não oscila Sub-amortecido (ξ < 1) -> oscila © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 84 T Teoria i d do C Controlo t l Resposta transitória – Sistemas de segunda ordem Sistema sub-amortecido: resposta ao degrau ⎛ ω 2n C(s) = ⎜⎜ 2 2 ⎝ s + 2ξωn s + ω n ⎞1 ⎟⎟ ⎠s −ξ t e ωn 1 − ξ2 sin(ω d t + arctan g ) c( t ) = 1 − 2 ξ 1− ξ ,t ≥ 0 ωd = ωn 1 − ξ 2 85 © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM T Teoria i d do C Controlo t l Resposta transitória – Sistemas de segunda ordem Sistema críticamente amortecido: resposta ao degrau ⎛ ω 2n ⎞1 ⎟ C(s) = ⎜⎜ 2 ⎟ ⎝ (s + ω n ) ⎠ s t ω n c( t ) = 1 − e (1 + ω n t ) − © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 86 T Teoria i d do C Controlo t l Resposta transitória – Sistemas de segunda ordem Sistema sobreamortecido: resposta ao degrau C(s) = ω 2n (s + ξξωn + ω n ξ 2 − 1)(s + ξξωn − ω n ξ 2 − 1) ⎛ e −s1 t e −s 2 t ⎞ ⎜⎜ ⎟⎟ c( t ) = 1 + − 2 s s 2 ξ −1 ⎝ 1 2 ⎠ ωn ) ) ( ( ⎧⎪s = ω ξ + ξ 2 − 1 1 n ⎨ ⎪⎩s 2 = ω n ξ − ξ 2 − 1 © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 87 T Teoria i d do C Controlo t l Resposta transitória – Sistemas de segunda ordem Gráficos de resposta ao degrau g © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 88 T Teoria i d do C Controlo t l Especificações da resposta transitória 89 © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM T Teoria i d do C Controlo t l Especificações da resposta transitória Tempo de atraso (td) Tempo de subida (tr) Tempo de pico (tp) π tp = ωd Máximo sobre sobre-impulso impulso Mp (overshoot) Mp = c( t p ) − c(∞ ) c(∞ ) © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM ×100% Mp = e − ξπ 1− ξ 2 90 T Teoria i d do C Controlo t l Especificações da resposta transitória Tempo de acomodação: tempo que o sistema demora a entrar em regime estacionário Existem dois critérios para caracterizar o tempo de acomodação (critérios de 2 % e 5%). Deste modo, tem-se: 4 4 t s = 4T = = σ ξω n (Criterio de 2%) 3 3 = σ ξξω n (Criterio de 5%) t s = 3T = © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 91 T Teoria i d do C Controlo t l Exemplo de aplicação A Figura seguinte representa um sistema mecânico â massa-mola-amortecedor, que corresponde por exemplo ao modelo simplificado f de uma suspensão ã de automóvel. Quando se aplica uma entrada d em d degrau P = 8.9 N, este sistema oscila de acordo com o gráfico representado d na Figura. i Determine os valores de m, b e k do sistema a partir da curva de resposta. © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 92 T Teoria i d do C Controlo t l Exemplo de aplicação entra ada P [N] 10 9.5 9 85 8.5 8 7.5 0 1 2 0 1 2 3 4 5 3 4 5 saíd ída x [m] 0.04 0.03 0.02 0.01 0 tempo [s] © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 93 T Teoria i d do C Controlo t l Exemplo de aplicação A função de transferência do sistema é dada por: © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 94 T Teoria i d do C Controlo t l Exemplo de aplicação O valor em regime estacionário de x(t) é dado por aplicação ã do Teorema do Valor Final, ou seja: © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 95 T Teoria i d do C Controlo t l Exemplo de aplicação O sobre-sinal máximo, obtêm-se através do gráfico á e é dado por Mp=9.66%, o que corresponde a ξ=0.6, ou seja: © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 96 T Teoria i d do C Controlo t l Exemplo de aplicação Como: © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 97 T Teoria i d do C Controlo t l Exemplo de aplicação Deste modo, a função de transferência do sistema mecânico, â será á dada por: © Luis Filipe Baptista – ENIDH/MEMM 98