0 PREFEITO MUNICIPAL DE JUARA Edson Miguel Piovesan PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE JUARA João Cândido de Oliveira SECRETÁRIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Marinês Pellizzari do Nascimento COORDENADOR DA SASE/MEC Carlito Pereira da Rocha CONSELHO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO Presidente Ana Paula Pereira da Silva ASSESSORIA PEDAGÓGICA DE JUARA Cervan Gomes Ferreira CENTRO DE FORMAÇÃO E ATUALIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA – CEFAPRO Edilamar da Silva Brandini 1 EQUIPE TÉCNICA Ana Maria Giroto Zapata Ana Nunes Almeida Rodrigues Ana Paula Pereira da Silva. Ângela Maria Bueno Camargo Celso Antonio Rezende Cervan Gomes Pereira Edilamar da Silva Brandini Eliane Almeida Maynardes Elizabete de Jesus Furlan Evânia Francielli Colet Mendonça Evaristo José dos Santos Fernanda Alves Ribas dos Santos Karla Cristina de Moraes Lenir Maria Castanho Marinês Pellizzari do Nascimento Marli Kemmer Aragão Olivia Maria Silva de Jesus Pedro Cesar Mazutti Zélia Regina Camargo Ribeiro 2 EQUIPE DE REVISÃO Drª. Albina Pereira de Pinho Silva Drª. Angela Rita Christofolo de Melo Drª. Waldineia Antunes de Alcântara Ferreira Especialista Ana Nunes Almeida Rodrigues Especialista Ana Paula Pereira da Silva Especialista Cervan Gomes Ferreira Especialista Elias do Nascimento Especialista Elizabete de Jesus Furlan Especialista Evania Maria Colet Mendonça Especialista Evaristo Jose dos Santos Especialista Fernanda Alves dos Santos Ribas Especialista Leandro Escobar de Oliveira Especialista Lenir Maria Castanho Especialista Luciana Ferreira da Silva Moraes Scariot Especialista Marli Solangela Tardivo Especialista Olivia Maria Silva de Jesus Especialista Rosalina Ananias Pinheiro Neves Especialista Valdirene Cavichiolli Especialista Professor Isac Pintor Especialista Dirlei Perin Ms. Maria do Carmo Barros Hata Ms. Rosana Maria Christofolo de Souza 3 COLABORADORES Agradecemos a todos profissionais da Educação Básica e Superior da rede municipal, estadual e privada, diversos segmentos do CDCE, alunos, pais e sociedade civil organizada que contribuíram nos estudos, discussões, análise e aprovação das Metas, Estratégias e Diretrizes do Plano Municipal de Educação para os próximos dez anos. Adélia Gomes da Silva Ana Maria Tondim Claudemir Pereira Marques Adeliana C. S. de Melo Rocha Ana Nunes Almeida Rodrigues Claudia Borges da Costa Adeliane Tomaz da Silva Ana Paula Peixoto Claudia Martins G.V. Cardoso Ademir Carlos Andrade Ana Paula Pereira da Silva Claudiane Crixi Ademir Souza Santos Anajara Saw Burum Claudiane da Silva Bueno Adriana Angelina Steindorff Anderlei Mani da Silva Cleiton Francisco Alves Adriana Barbosa Soares Anderson Jose Grizão Araujo Cleomildes Vieira dos Santos Adriele Jung Pergher Andréia Neves Barros Cleusa Apª. da Silva Oliveira Ailton Francisco da Silva Angela Maria Bueno Camargo Cleusa Regina Balan Taborda Alaíde Aparecida Costa Ângela Rita C. De Melo Cristiane Aparecida da Silva Albina Pereira de Pinho Silva Angelo Krixi Crislaine de Souza S. Novais Alessandra Aparecida Macedo Antônia de Souza Silveira Cristiane R. dos Santos Alessandra G. da Silva Aparecida C. Valadares Cristina Apª. Rissotti Silva Aline C.T.D. Martins Aparecida Tejada Ferneda Cristina Chaves Aline Ferreira da Silva Aparecido dos Reis Teixeira Cristina Leite Tukumã Alzira Angelica Francischini Arlene Francisca Santana Cristina Monteiro da Silva Alzira Leite Lourenço Ataisa da Costa Albane Cynthia Eline A. de Oliveira Alzira Maria Piva Berenice Dalla Costa Daiane Cristina A. Lisboa Amanda Lima Giacomelli Berenice de Paula Silva Daiane da Silva Lima Amarildo Bertasso Carlito Pereira da Rocha Daniel Alves de Souza Amauricio Alves Cordeiro Carlos Amadeu Sirena Daniele Paezzano Ana Cássia P. dos Santos Carlos Henrique Engelman Danielli Mendes Montesuma Ana Lucia Tavares Celia Regina Salles Barbon Danubio Apº. da Silva Dias Ana Maria C. de Souza Lima Celso Antonio Rezende Dayane Cristine Santos Vieira Ana Maria Giroto Zapata Cely Regina N.da Silva Souza Débora Camargo Machado Ana Maria Rodrigues Cervan Gomes Perreira Denílson Brito de Almeida Ana Maria Sirena Cezarina Krey Leite Tukumã Devair de França 4 Devanir Mairayup Eloina Maria Ilma Rodrigues P. Silva Diely de Almeida Eloizinalda B. N. da Cunha Ines Terezinha S. da Silva Dileuza Magalhães Elza Dionisia Morimã Iracema Cristina F. da Silva Dilma Maria Mani Emerson Jose Belo de Souza Iraci Belarmino dos Santos Dílson da Mata Dias Neto Erica Maria da Silva Iraci dos S.S. Ferreira Dimarilza dos Santos Esmeraldo Myau Kayabi Ireni Prestes Coutinho Rodrigues De Rezende Eva Rodrigues de Souza Irenita da Silva Dinair Auxiliadora P. de Goes Evânia F. Colet Mendonça Isac Pintor Dineva Maria Kayabi Evaristo José dos Santos Ismael Figueiredo Souza Dionisio Mairayup Kayabi Ezequiel Leandro da Silva Ivanete Krixi Dirce Neide Formigoni Fabiana A. dos Santos Ivanilda Alves de O. Pereira Dirlei Perin Fernanda A. Ribas dos Santos Ivone Jesus Alexandre Dr. Daniel Balan Zappia Fernanda Silveira Vaz Izabel Cristina Cavichioli Edneusa M. de Brito Correia Flavia Ferreira Muniz Izabel Figueiredo de Sousa Ednéia Aparecida da Silva Fortunata Bonfim de Castro Jaime Manoel de Lima Edilamar de Silva Brandini Francieli R Kunze Jakeline Cristiane dos Santos Edivânia Bertoncello Martins Francisca C. de Souza Janaina Aparecida da Silva Edeivi Venâncio Lima Francisca Severino da Silva Jeuza Graciela V. dos Santos Elaine Cristina Oliveira Francisco Valtenio S. Ferreira Joana Cardozo Migliavacca Elcio Ferreira de Souza Gabriel de AraujoC. Martins João Luiz Pascoski Eleni Lucia Jung Damasceno Gabrielle Luzes Galvão Joaquim Krixi Elenice da Silva Xavier Geneilda de Souza Silva Joceli Gomes Ferreira Eliana Regina Moraes Franco Geralda Apª. da Silva Pereira Jocemara dos Santos Eliane Almeida Maynardes Gessica Pessoa Jocenira da Silva Eliane F.C. Nunes Gigenilda Krixi Joel Pereira da Hora Eliane Fernandes da Silva Gilmar do C.Kutap Kayabi Joelcio M. C. dos Santos Eliane Francisco Jurukatu Gilson da Krixi Joice Emanuele da Costa Eliane Ribeiro Coutinho Gislene de Souza Jones A. Manhuari Crixi Elias do Nascimento Silva Gisele P. Coelho Jorge Mariano Elinalda B. dos S. Rodrigues Graça Regina Cardoso Jose Antº. dos S.R.de R. Neto Elisangela F. da Silva Oliveira Grasiele Bonetti Rocha José Silva Matos Sobrinho Elivan Morimã Krepu Greicieli Ferreira Jose Vicente F. de Oliveira Elivelton Fernandes França Gressiele Pereira De Oliveira Joselene S. A. Goeldner Elizabete de Jesus Furlan Haroldo Coutinho Josimar Morimã Elizabete Dilenburg Heidilene Coutinho Josino Saú Burum Elizabete Xavier dos Santos Helena A. B. dos Santos Jovenita de Souza Elizangela Borges da Silva Helida Hormung da Silva Jucieli Bertoncello Elizângela Gouveia Souza Hélio Francisco Castão Jucimara Mariano Elizeu Von Anken Hizabelly Brandalise da Silva Juliana Damasio de S. Martins Elma Aparecida Pereira Iago Cardoso Mendes Juliana Rodrigues de Lira 5 Juninho Krixi Luzia Mathias dos Santos Maria Emilia Salviano Jussimara Souza da Silva Luzinete Israel Dos Santos Maria Francisca F. Silvani Karina Bartolomeu Alves Luzinete L. Sampaio Maria Gislane da Silva Karla Cristina de Moraes Manoel Francisco S. Filho Maria Gislene da C. Barbosa Katia Bartolomeu Alves Manoel Messias R. da Costa Maria Helena Medeiros Katia Francisca Kayabi Marcelo Kayabi Maria Ivone P. Guimarães Katiane Alves Arruda Marcelo Manhuari Munduruku Maria Ivonete da Silva Kely Cristina Ferneda Marcia Alves da Silva Maria Izaura V. Marchioli Kelly Cristina R. Correa Marcia Andreia Araujo Maria Jose da Silva Laide Gomes Batista Maria Apª. Sales Guimarães Maria Lenice Wernier Matos Leandro Escobar de Oliveira Marcia Regina F. de Araujo Maria Leticia M. Lourenço Leila Cibeli da Silva Marcio Antonio Jorfi Maria Lucia da Silva Lenir Maria Castanho Marcio Henrique Cordeiro Maria Lucia da Silva Oliveira Leni Rosa Marcio Roberto de Matos Maria Lucia Smith Leonice R. C. dos Santos Marcos Antonio Paula Paim Maria Luiza dos S. Carrenho Leticia Aparecida F. Pelegrini Marcos Jose da Silva Maria Madalena Bento Leticia de Fátima Lima Arruda Maria Angela Felix Ferreira Maria Madalena Krug Letícia Nascimento Morais Maria Aparecida Rocha Maria Marta Ola Prestes Leticia Paula dos Santos Maria Apª. da S. Bassiquete Maria Mercedes Liliane Amarante da Silva Maria Aparecida da Silva Maria Regina Mariot Quintela Lindomar Aparecido Riceto Maria Aparecida das Chagas Maria Socorro S. Souza Lino Cesar Morais Maria Aparecida dos Santos Maria Suzana do C. Kujajup Lisangela Apª.da Silva Santos Maria Aparecida Ribas Barbon Maria Valdecilde Saú Livrada Fernandes de Aquino Maria Apª. Sales Guimarães Maria Valdenize S. Munduruku Lori Hack de Jesus Maria Aparecida Smith Costa Mariana Ribeiro Lisboa Lourença Godoi de Moraes Maria Aparecida Zumba Marinalva Aparecida Benossi Lucelia Dominski Maria Bernadete Vieira Bueno Marinês P. do Nascimento Lucélia Tondim Coutinho Maria Celestina Pereira Goes Marinha F. da Silva Lucia da Silva Lourenço Maria Cleonice M. de Souza Marli Kemmer Aragão Luciana F. da Silva M. Scariot Maria Cordeiro Rodrigues Marli Lauro Luciana Maria da Silva Maria C. Cordeiro da Silva Marli Pereira Luciana Mendes Tamaná Maria da Fátima da Silva Marli Solangela Tardivo Luciangela Batista Carneiro Maria de Fátima Berton Marta Lúcia P. de S. Sinhorin Lucilene R. Costa Maria de F.Reguine G. Lobato Mauriza P. Batista Lucimeire Silva O. Ferreira Maria de Fátima V. da Silva Mauro Cesar dos Santos Lucinda do Carmo S.Kayabi Maria do C. Aparecida Oliveira Maxilene Gonçalves Silva Lucineide Aquino Silva Maria do Carmo Barros Hata Michele Vitoriano Xavier Luiz Carlos de Souza Maria Elena Medeiros da Silva Micheli Carvalho Borges Luiz Carlos Nunes Maria Eliane R. dos Santos Milton Lameu de Azevedo Luiz Eduardo de Brito Correa Maria Elizete Spinelli da Silva Mircéli Pontel D. Bassiquete 6 Miriam Aparecida R. S. Borba Renato Lopes Rodrigues Silene F. dos S. Brizola Miriam Regina Fuhr Robenilson Manhuari Silvanice Barbosa Lobo Natalina da Silva Robertinho Morimã Silvanirde Miranda Lopes Natalino de Souza Breves Roberto Burum Kerepu Silvio Crispin Vitorino Neide Alves dos Santos Rodrigo Abreu dos Santos Sinara Pereira Arruda da Silva Neide de Melo Correia Roliane dos Santos Arcanjo Solange Hildebrand Neide Oliveira Silva Roneide Vieira da Silva Solange P. da Silva Neiva Cristina Tardivo Ronelia do Nascimento Solange Pereira Neiva Maria dos Anjos Ronilda M. da Silva Sonia Bernardes Zacarias Nelcy Paniagua Correa Rosa Gonçalves de Oliveira Sueli Costa Nerissi Cassemiro Rosa Terezinha Tondim Sueli F. Gonçalves dos Santos Neurides Tomaz da Silva Rosalina Ananias P. Neves Sueli Galdino dos Santos Neusa K. Uno Giacomazzi Rosana M. C. da Silva Suzana Aparecida V. Damin Neuza Brizola de Lima Rosana R. Tossi Tania Mara Tossi Neuza Katsuko Uno Giacomaz Rosangela Amarante da Costa Tatiane Luzia Vasselli Neuza Rodrigues do P. Kosty Rosangela de Sousa Rocha Tatiane Vieira Nilça Ferraz de Araujo Rosangela Maria Siqueira Tatiany Gouveia Nilza da Rocha e Carmo Dias Rosangela Pelegrini Santos Tereza Tavares Nilza da Silva Costa Roseane Aparecida Tereza Paula do Nascimento Nilza dos Santos Oliveira Benevento de Andrade Terezinha Bevilacqua Olivia Maria Silva de Jesus Roseane S. da Silva Terezinha Lourenço Alves Osmar Gomes Mariano Roseli Barbosa Thiago A. Bezerra Gracia Paulo Andre Rosemeire Bachega Vagner Lucas Pimentel Patricia Aparecida Caetano Rosiene Claudia da Silva Valdemira Apª. S. Tanassof Pedro Cezar Mazutti Rosilene Magalhães Castão Valdenildo Saú Pedro Martins Silveira Rosimar Correia da Silva Valderice Aparecida Marani Rafael Rodrigo da Silva Rosimeire Conceição Valdeson Paula Portela Raiane Manhuari Francischini de Oliveira Valdineia Aparecida Raimundo J. Kwuasiari Rosimeire da S. Sabino Magalhães Raquel Sirayp Rozeane Manhuari Valdinete Angélica Rodrigues Regiane Caetano dos Santos Rozenir Vilela Nunes Valdir Aparecido da Silva Regiane de Paulo Rosicler Vieira Dias Valdirene Cavichioli Regiane Scheffer Kestring Rozimeire Fagundes da Silva Valéria Grein Regina Celi V. de Brito Correia Samara Juliana da Costa Valeria Piccin Regina Maria de Freitas Sandra Aparecida Cavallari Valnice Carvalho dos Santos Regina Pereira da Silva Sandra Magna de Oliveira Vanda Aparecida de S.Rupolo Reginaldo José dos Santos Sandra Tossi Pinto Signori Vanderlei C. dos Santos Rejane Maria Silva Sandreni Paleci Aceli Vanderlei Ferreira Bezerra Renata Fernandes Tuchinski Sebastião Pereira Vanessa Patussi M. Dalpiaz Renata Sirajup M. Tamaná Selma Fernandes França Vanessa Silveiro 7 Vanilza Oliveira de Souza Valquiria Ribeiro da Silva Vera Luiz Vera Lucia Nascimento Viviane Saldanha Negrizoli Wagner Fanini B. de J. Santos Wagner Lucas Pimentel Waldineia Antunes de Alcântara Ferreira Wesley Manuel da Silva Wilson M. Silva Yele Kesia de Souza Santos Zélia Regina Camargo Ribeiro Zelia Regina C. Ribeiro Zequistilene Aparecida Lobo 8 CANÇÃO ÓBVIA Escolhi a sombra desta árvore para repousar do muito que farei, enquanto esperarei por ti. Quem espera na pura espera vive um tempo de espera vã. Por isto, enquanto te espero trabalharei os campos e conversarei com os homens Suarei meu corpo, que o sol queimará; minhas mãos ficarão calejadas; meus pés aprenderão o mistério dos caminhos; meus ouvidos ouvirão mais, meus olhos verão o que antes não viam, enquanto esperarei por ti. Não te esperarei na pura espera porque o meu tempo de espera é um tempo de quefazer. Desconfiarei daqueles que virão dizer-me, em voz baixa e precavidos: É perigoso agir É perigoso falar É perigoso andar É perigoso, esperar, na forma em que esperas, porquê esses recusam a alegria de tua chegada. Desconfiarei também daqueles que virão dizer-me, com palavras fáceis, que já chegaste, porque esses, ao anunciar-te ingenuamente , antes te denunciam. Estarei preparando a tua chegada como o jardineiro prepara o jardim para a rosa que se abrirá na primavera. Paulo Freire “Se as coisas são inatingíveis... Ora, não é motivo para não querê-las... que tristes os caminhos que não fora a presença distante das estrelas...”. Mário Quintana “Porque para Deus nada é impossível” Lucas 1:37 9 LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS AIS - Agentes de Saúde Indígena ANDIFES - Associação dos Dirigentes Federais de Ensino CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal da Educação Superior CAQ - Custo Aluno Qualidade CAQ - Custo Qualidade Aluno CE - Constituição Estadual CEB - Câmara de Educação Básica CEE - Conselho Estadual de Educação CEI - Conselho Estadual Indígena CEFAPRO - Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica CF - Constituição Federal CME - Conselho Municipal de Educação CNE - Conselho Nacional de Educação COEDI - Coordenação Geral de Educação Infantil CONAE - Conferencia Nacional de Educação CONEPE - Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão CONSUNI - Conselho Universitário DCNEI - Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil EA - Educação Ambiental EaD - Educação a Distancia ECA - Estatuto da Criança e do Adolescente EJA - Educação de Jovens e Adultos EJA - Educação de Jovens e Adultos EMIEP - Ensino Médio Integrado à Educação Profissional ENADE - Exame Nacional de Desempenho de Estudantes ENEM - Exame Nacional de Ensino Médio IES - Instituto Ensino Superior IFET - Instituto Federal de Educação e Tecnologia IGC - Índice Geral de Cursos ISA - Instituto Socioambiental FNDE - Fundo Nacional Desenvolvimento da Educação 10 FPM - Fundo de Participação dos Municípios FUNAI - Fundação Nacional do Índio FUNDEB - Fundo Desenvolvimento de Educação Básica IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ICMS - Imposto sobre Circulação Mercadorias e Serviços IES - Instituto de Ensino Superior INEP - Instituto Nacional Ensino e Pesquisa INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia Qualidade Tecnologia IPTU - Imposto sobre propriedade predial e territorial urbana IPVA - Imposto sobre propriedade de veículos automotores IRRF - Imposto de Renda Retido na Fonte dos servidores ISS - Imposto sobre serviço de qualquer natureza ITBI - Imposto sobre transmissão de bens imóveis ITCMD - Imposto de Transmissão de Causa Mortis e Doação ITR - Imposto Territorial Rural LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Básica LDO - Lei de Diretrizes orçamentárias LOA - Lei Orçamentária Anual MDE - Manutenção e Desenvolvimento do Ensino MEC - Ministério da Educação MF - Ministério da Fazenda ONGs - Organizações não Governamentais OPRINT - Organização dos Professores Indígenas de Mato Grosso PAR - Plano de Ações Articuladas PDDE - Programa Dinheiro Direto na Escola PEC - Proposta de Emenda Constitucional PEE - Plano Estadual de Educação PIB - Produto Interno Bruto PIBID - Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência PME - Plano Municipal de Educação PNAD - Pesquisa Nacional por Amostra e Domicilio PNUD - Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento 11 PNE - Plano Nacional de Educação PPA - Plano Plurianual PRODEAGRO - Programa de Desenvolvimento do Agronegócio PROMAT - Programa Universitário de Mato Grosso RFB - Receita Federal do Brasil SEDUC - Secretaria de Estado de Educação SEPLAN - Secretaria de Planejamento SINTEP - Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública SISU - Sistema de Seleção unificada SMEC - Secretaria Municipal de Educação e Cultura SUS - Sistema Único de Saúde UAB - Universidade Aberta do Brasil UFMT - Universidade Federal de Mato Grosso UNDIME - União dos Dirigentes Municipais de Educação UNEMAT - Universidade Estadual de Mato Grosso UNICEF - Fundo das Nações Unidas para Infância 12 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Alunos da Educação Infantil nas creches de 0 a 3 anos - Parcial e Integral/Rede Municipal/Zona Urbana/2010-2011-2012-2013. Gráfico 2- Alunos da Educação Infantil na Pré-Escola 4 a 5 anos - Rede Municipal/Zona Urbana/2010-2011-2012-2013. Gráfico 3 - Alunos da Educação Infantil na Pré-Escola (4 a 5 anos) Rede Municipal/Zona Rural/2010-2011-2012-2013. Gráfico 4 - Alunos da Educação Infantil (4 a 5 anos)/Rede Particular/Zona Urbana/ 2010-2011-2012-2013. Gráfico 5 - Alunos da Educação Infantil (4 a 5 anos)/Rede Conveniada/Zona Urbana/ 2010-2011-2012-2013. Gráfico 6 - Alunos do Ensino Fundamental- Rede Municipal/Zona Urbana/2010. Gráfico 7 - Alunos do Ensino Fundamental - Rede Municipal/Zona Urbana/2011. Gráfico 8 - Alunos do Ensino Fundamental/Rede Municipal/Zona Urbana/2012. Gráfico 9 - Alunos do Ensino Fundamental Rede Municipal-Zona Urbana 2013. Gráfico 10 - Alunos do Ensino Fundamental/Rede Estadual/Zona Urbana/2010. Gráfico 11 - Alunos do Ensino Fundamental/Rede Estadual/Zona Urbana/2011. Gráfico 12 - Alunos do Ensino Fundamental/Rede Estadual/Zona Urbana/2012. Gráfico 13 - Alunos do Ensino Fundamental/Rede Estadual/Zona Rural/2013. Gráfico 14 - Alunos do Ensino Fundamental/Rede Particular/Zona Urbana – 2010. Gráfico 15 - Alunos do Ensino Fundamental/Rede Particular/Zona Urbana/2011. Gráfico 16 - Alunos do Ensino Fundamental Rede Particular/Zona Urbana/2012. Gráfico 17-Alunos do Ensino Fundamental/Rede Particular/Zona Urbana/2013. Gráfico 18 - Percentual dos Alunos do Ensino Fundamental por Nível de Proficiência Língua Portuguesa e Matemática da Rede Estadual/2013. Gráfico 19 - Percentual dos Alunos do Ensino Fundamental por Nível de Proficiência Língua Portuguesa e Matemática da Rede Municipal/2013. Gráfico 20 - Alunos do Ensino Médio/Rede Estadual/Zona Urbana/2010. Gráfico 21 - Alunos do Ensino Médio/Rede Estadual/Zona Urbana/2011. Gráfico 22 - Alunos do Ensino Médio/Rede Estadual/Zona Urbana/2012. Gráfico 23 - Alunos do Ensino Médio/Rede Estadual/Zona Urbana/2013. Gráfico 24 - Alunos do Ensino Médio Inovador/Rede Estadual /Zona Urbana/2012. Gráfico 25 - Alunos do Ensino Médio Inovado/ Rede Estadual/Zona Urbana/2013. Gráfico26 - Alunos do Ensino Médio/Rede Estadual/Zona Rural/2011. Gráfico 27 - Alunos do Ensino Médio/Rede Estadual/Zona Rural/2012. Gráfico 28 - Alunos do Ensino Médio/Rede Estadual/Zona Rural/ 2013. 13 Gráfico 29 - Alunos do Ensino Médio/Rede Privada /Zona Urbana/2010. Gráfico 30 - Alunos do Ensino Médio/Rede Privada/Zona Urbana/2011. Gráfico 31 - Alunos do Ensino Médio/Rede Privada/Zona Urbana/2012. Gráfico 32 - Alunos do Ensino Médio/Rede Privada /Zona Urbana/2013. Gráfico 33 - Alunos da Educação Especial/2013. Gráfico 34 - Alunos Matriculados no Ensino Fundamental com atendimento em Sala de Recurso/2014. Gráfico 35 - Ensino Fundamental Educação Escolar Indígena- Rede Estadual/Zona Rural/Área Indígena/2010. Gráfico 36 - Ensino Fundamental Educação Escolar Indígena/Rede Estadual/Zona Rural/Área Indígena 2011. Gráfico 37 - Ensino Fundamental Educação Escolar Indígena/Rede Estadual/Zona Rural Área Indígena/2012. Gráfico 38 - Ensino Fundamental Educação Escolar Indígena/Rede Estadual/Zona Rural Área Indígena/2013. Gráfico 39 - Ensino Médio Educação Escolar Indígena/Rede Estadual/Zona Rural/Área Indígena/2011. Gráfico 40 - Ensino Médio Educação Escolar Indígena/Rede Estadual/Zona Rural/Área Indígena/2012. Gráfico 41 - Ensino Médio Educação Escolar Indígena/Rede Estadual/Zona Rural/Área Indígena/2013. Gráfico 42 - Ensino Fundamental Educação Escolar Indígena/2ºSEG./EJA-Área de Linguagens, Ciências Naturais e Matemática e Ciências Humanas/Rede Estadual/ Zona Rural/Área Indígena/2013. Gráfico 43 - Professores efetivos e interinos da Educação Escolar Indígena/Rede Estadual/Zona Rural/Área Indígena/2014. Gráfico 44 - Profissionais interinos da Educação Escolar Indígena/Rede Estadual/Zona Rural/Área Indígena/2014. Gráfico 45 - Alunos do 1º Seg./EJA Zona Rural/Rede Municipal/2012 e 2013. Gráfico 46 - Alunos do 2º Seg./EJA Zona Rural/Rede Estadual/2010 a 2013/Área Ciências Humanas. Gráfico 47 - Alunos do 2º Seg/EJA Zona Rural/Rede Estadual/2010 a 2013/Área Ciências Naturais e Matemática. Gráfico 48 - Alunos do 2º Seg/EJA Zona Rural/Rede Estadual/2010 a 2013/Área de Linguagens. Gráfico 49 - Alunos do 1º Seg/EJA Zona Urbana/Rede Estadual/2010 a 2013. Gráfico 50 - Alunos do 2º Seg/EJA Zona Urbana/Rede Estadual/2010 a 2013/Área de Linguagens. Gráfico 51 - Alunos do 2º Seg/EJA Zona Urbana/Rede Estadual/2010 a 2013/Área Ciências Naturais e Matemática. 14 Gráfico 52 - Alunos do 2º Seg/EJA Zona Urbana/Rede Estadual/2010 a 2013/Área de Ciências Humanas. Gráfico 53 - Alunos do Ensino Médio/EJA Zona Urbana/Rede Estadual/2010 a 2013/Área de Linguagens e suas Tecnologias. Gráfico 54 - Alunos do Ensino Médio/EJA Zona Urbana/Rede Estadual 2010 a 2013/Área de Ciências Naturais e Matemática e suas Tecnologias. Gráfico 55 - Alunos do Ensino Médio/EJA Zona Urbana/Rede Estadual 2010 a 2013/Área de Ciências Humanas e suas Tecnologias. Gráfico 56 - Alunos do Ensino Fundamental/Rede Municipal /Zona Rural/2010. Gráfico 57 - Alunos do Ensino Fundamental/Rede Municipal/Zona Rural/2011. Gráfico58 - Alunos do Ensino Fundamental/Rede Municipal/Zona Rural/2012. Gráfico 59 - Alunos do Ensino Fundamental/Rede Municipal/Zona Rural/2013. Gráfico 60 - Alunos do Ensino Fundamental/Rede Estadual/Zona Rural/2010. Gráfico 61 - Alunos do Ensino Fundamental/Rede Estadual /Zona Rural/2011. Gráfico 62 - Alunos do Ensino Fundamental/Rede Estadual/Zona Rural/2012. Gráfico 63 - Alunos do Ensino Fundamental/Rede Estadual/Zona Rural/2013. Gráfico 64 - Distribuição da População por Sexo, segundo os Grupos de IdadeJuara/IBGE/2010. Gráfico 65 - Alunos do Ensino Médio Integrado a Educação Profissional Técnico em Informática/Rede Estadual/ 2010. Gráfico 66 - Alunos do Ensino Médio Integrado a Educação Profissional Técnico em Informática/Rede Estadual/2011. Gráfico 67- Alunos do Ensino Médio Integrado a Educação Profissional Técnico em Informática/Rede Estadual/2012. Gráfico 68 - Alunos do Ensino Médio Integrado a Educação Profissional Técnico em Informática/Rede Estadual/2013. Gráfico 69 - Alunos do Ensino Médio Cursos Técnicos/Rede Particular/2010. Gráfico 70 - Alunos do Ensino Médio Cursos Técnicos/Rede Particular/2011. Gráfico 71 - Alunos do Ensino Médio Cursos Técnicos/Rede Particular/2012. Gráfico 72 - Profissionais/efetivos/interinos Educação Básica/Rede Municipal/Zona Urbana/2013. Gráfico 73 - Profissionais/efetivos/interinos Educação Básica /Rede Municipal/Zona Rural/2013. Gráfico 74 - Profissionais/efetivos/interinos Educação Básica /Rede Estadual /Zona Urbana/2013. Gráfico 75 - Profissionais/efetivos/interinos Educação Básica /Rede Estadual/Zona Rural/2013. Gráfico 76 - Profissionais Indígena/interinos Educação Básica/Rede Estadual/Zona Rural/2013. 15 Gráfico 77 - Profissionais da Educação Básica/Rede Privada e Conveniada/Zona Urbana/2013. Gráfico 78 - Professores/efetivos/interinos Graduação/Rede Municipal/Zona Urbana e Campo/2013. Gráfico 79 - Professores/efetivos/interinos-Graduação + Pós Graduação/Rede Municipal/Zona Urbana e Campo/2013. Gráfico 80 – Professores / efetivos / interinos-Graduação + Pós Graduação / Mestrado / Rede Estadual/Zona Urbana/2013. Gráfico81- Professores/efetivos/interinos-Graduação Estadual/Zona Rural/2013. + Pós Graduação/Rede Gráfico 82 – Professores Indígenas / efetivos / interinos-Rede Estadual/Zona Rural/2013. Gráfico 83 - Professores Contratados/Rede Privada/Conveniada/Zona Urbana/2013. 16 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Pirâmide populacional do Municipio de Juara em conformidade ao IBGE/censo 2010. Figura 2 - Projeção Educação Infantil de 0 a 3 anos. Figura 3 - Projeção de Educação Infantil de 4 e 5 anos. Figura 4-Evolução do Aprendizado Prova Brasil de Português dos alunos 5º ano da Rede Pública de Ensino referente ao ano letivo 2009,2011 e 2013. Figura 5 - Evolução do Aprendizado Prova Brasil de Matemática dos alunos 5º ano da Rede Pública de Ensino referente ao ano letivo 2009,2011 e 2013. Figura 6 - Evolução do Aprendizado Prova Brasil de Português dos alunos 9º ano da Rede Pública de Ensino referente ao ano letivo 2009, 2011 e 2013. Figura 7 - Evolução do Aprendizado da Prova Brasil de Matemática dos alunos 9º ano da Rede Pública de Ensino referente aos anos letivos 2009, 2011 e 2013. Figura 8 - Evolução do Aprendizado da Prova Brasil Português dos alunos 5º Ano da Rede Estadual referente aos anos letivos 2009, 2011 e 2013. Figura 9 - Evolução do Aprendizado da Prova Brasil de Matemática dos alunos 5º Ano da Rede Estadual referente aos anos letivos 2009, 2011 e 2013. Figura 10 - Resultado Prova Brasil de Português dos alunos do 9º ano da Rede Estadual, referente aos anos letivos 2009, 2011 e 2013. Figura 11 – Resultado Prova Brasil de Matemática dos alunos do 9º ano da Rede Estadual, referente aos anos letivos 2009, 2011 e 2013. Figura 12 - Evolução do Aprendizado do Resultado da Prova Brasil de Português dos alunos 5º Ano da Rede Municipal referente ao ano letivo 2009, 2011 e 2013. Figura 13 - Evolução do Aprendizado do Resultado da Prova Brasil de Matemática dos alunos 5º Ano da Rede Municipal referente ao ano letivo 2009, 2011 e 2013. Figura 14 - Evolução do Aprendizado do Resultado da Prova Brasil de Matemática dos alunos 9º Ano da Rede Municipal referente ao ano letivo 2009, 2011 e 2013. Figura 15 - Evolução do Aprendizado do Resultado da Prova Brasil de Português dos alunos 9º Ano da Rede Municipal referente aos anos letivos de 2009, 2011 e 2013. Figura 16 - Distribuição por nível Proficiência Resultado da Prova Brasil de Português e Matemática dos alunos 5º Ano da Rede Pública referente aos anos letivos de2009, 2011 e 2013. Figura 17 - Distribuição por nível Proficiência Resultado da Prova Brasil de Português e Matemática dos alunos 9º Ano da Rede Pública referente aos anos letivos de2009, 2011 e 2013. Figura 18 - Distribuição por nível Proficiência Resultado da Prova Brasil de Português e Matemática dos alunos 5º Ano da Rede Estadual de ensino referente aos anos letivos de 2009, 2011 e 2013. Figura 19 - Distribuição por nível Proficiência Resultado da Prova Brasil de Português e Matemática dos alunos 9º Ano da Rede Estadual de ensino referente aos anos letivos de 2009, 2011 e 2013. 17 Figura 20 - Distribuição por nível Proficiência Resultado da Prova Brasil de Português e Matemática dos alunos 5º Ano da Rede Municipal de ensino referente aos anos letivos de 2009, 2011 e 2013. Figura 21 - Distribuição por nível Proficiência Resultado da Prova Brasil de Português e Matemática dos alunos 9º Ano da Rede Municipal de ensino referente aos anos letivos de 2009, 2011 e 2013. 18 LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Histórico de oferta da Educação Infantil em Juara/MT. Tabela 2 - Nascimentos por ano em Juara/MT. Tabela 3 - IDEB 2005 a 2013 - Projeções para o BRASIL/Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Tabela 4 - IDEB 2005 a 2013 - Projeções para o BRASIL/Anos Finais do Ensino Fundamental. Tabela 5 - IDEB 2005 a 2013 - Projeções para o Estado de Mato Grosso – 4ª Série/5º ano. Tabela 6 - IDEB 2005 a 2013 - Projeções para o Estado de Mato Grosso – 8ª Série/9ºano. Tabela 7 - IDEB 2005 a 2013 - Projeções para as Escolas Estaduais de Juara – 4ª Série/5º ano. Tabela 8 - IDEB 2005 a 2013 - Projeções para as escolas estaduais de Juara – 8ª Série/9º ano. Tabela 9 - IDEB 2005 a 2013 - Projeções para o Município de Juara -4ª Série/5ºano. Tabela 10 - IDEB 2005 a 2013 - Projeções para o Município de Juara - 8ª Série/9º ano. Tabela 11 - IDEB 2005 a 2013 - Projeções para o Município de Juara por escola – 4ªsérie/5º ano. Tabela 12 - IDEB 2005 a 2013 - Projeções para o Município de Juara por escola – 8ªsérie/9º ano. Tabela 13 - Resultado do SAEB/Prova Brasil 5º Ano Escolas da Rede Municipal e Estadual 2011 e 2013. Tabela 14 - Resultados do SAEB/Prova Brasil 9º Ano Escolas da Rede Municipal e Estadual 2011 e 2013. Tabela 15 - Níveis da Escala de Língua Portuguesa. Tabela 16 - Níveis da Escala de Matemática. Tabela17 - Crescimento Populacional do Município nos últimos três anos. Tabela 18 - Formação Étnica do Município. Tabela 19 - Comunidades Tradicionais existentes no Município. Tabela 20 - População de Juara por faixa etária. Tabela 21 - Matrículas de alunos de 15 anos a 24 anos-CEJA - Jose Dias. Tabela 22 - Matrículas de alunos de 25 anos a29 anos- CEJA José Dias. Tabela 23 - Matrículas de alunos de 30 anos a 45 anos-CEJA José Dias. Tabela 24 - Matrículas de alunos de 46 anos ou mais – CEJA José Dias. 19 Tabela 25 - Crescimento Populacional do Município de Juara MT nos últimos quatro anos. Tabela 26 - Formação Étnica de Juara/MT. Tabela 27 - Comunidades Tradicionais de Juara/MT. Tabela 28 - Temáticas abordadas pelas escolas com relação à educação ambiental (ano base: 2004). Tabela 29 - Projetos Escolas Municipais Urbanas De Juara. Tabela 30 - Projetos Escolas Municipais Do Campo/Juara. Tabela 31 - Projetos Escolas Estaduais-Zona Urbana/Juara. Tabela32 - Projeto Escolas Estaduais- Zona Rural/Juara. Tabela33 - Projetos Escolas Privadas-Zona Urbana/Juara. Tabela 34 - Projetos Escolas Conveniadas-Zona Urbana/Juara. Tabela 35 - Projetos Escolas Estaduais Indígenas – Campo/Juara. Tabela 36 - Cursos e Alunos de Educação Superior a Distância – JUARA – 2011/2012/2013. Tabela 37 - Acadêmico do Curso de Pedagogia no Período de 2010/1–2014/2. Tabela 38 - Perfil do Curso de Administração da UNEMAT – Campus de Juara. Tabela 39 - Acadêmico do Curso de Administração no período de 2012–2014/2. Tabela 40 - Repasse do Salário Educação para o Município. Tabela 41 - Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar. Tabela 42 - PDDE. Tabela 43 - Programa Nacional de Merenda Escolar. Tabela 44 - FUNDEB. Tabela 45 - Demonstrativo do recurso da Educação do Município 2010 e 2011. Tabela 46 - Demonstrativo do recurso da Educação do Município 2012 e 2013. 20 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO ASPECTOS HISTÓRICOS ASPECTOS GEOGRÁFICOS ASPECTOS EDUCACIONAIS 1 EDUCAÇÃO INFANTIL 1.1 Históricos do Surgimento da Educação Infantil no Brasil, Estado de Mato Grosso e no município de Juara 1.2 Diagnóstico 1.3 Diretrizes 1.4 Metas e Estratégias 2 ENSINO FUNDAMENTAL 2.1 Diagnóstico 2.2 Diretrizes 2.3 Metas e Estratégia 3 ENSINO MÉDIO 3.1Diagnóstico 3.2 Diretrizes 3.3 Metas e Estratégia 4 EDUCAÇÃO ESPECIAL 4.1 Diagnóstico 4.2 Diretrizes 4.2 Metas e Estratégias 5 EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA 5.1Diagnóstico/Histórico 5.2 Diretrizes 5.3 Metas e Estratégia 6 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 6.1Diagnóstico 6.2 Diretrizes 6.3 Metas e Estratégia 7 EDUCAÇÃO DO CAMPO 7.1Diagnóstico 7.2 Diretrizes 7.3 Metas e Estratégia 8 EDUCAÇÃO EM RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 8.1Diagnóstico 8.2 Diretrizes 8.3 Metas e Estratégia 9 EDUCAÇÃO AMBIENTAL 9.1 Diagnóstico 9.2 Diretrizes 9.3 Metas e Estratégia 10 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA 10.1 Diagnóstico 10.1 Diretrizes 10.2 Metas e Estratégia 11 FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA 23 26 31 33 38 42 42 46 52 53 57 57 89 92 100 100 108 110 113 113 119 120 126 126 137 139 141 141 150 154 158 158 164 166 172 172 177 180 184 184 189 191 194 194 199 202 21 EDUCAÇÃO 11.1 Diagnóstico 11.2 Diretrizes 11.3 Metas e Estratégia 12 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA EAD E TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS 12.1Diagnóstico 12.2 Diretrizes 12.3 Metas e Estratégia 13 EDUCAÇÃO SUPERIOR 13.1Diagnóstico 13.2 Diretrizes 13.3 Metas e Estratégia 14 GESTÃO E FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO 14.1Diagnóstico 14.2 Diretrizes 14.3 Metas e Estratégia ACOMPANHAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO 204 204 212 216 222 222 226 229 232 232 244 244 247 247 256 259 MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE JUARA 274 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS 276 ENDEREÇOS ELETRÔNICOS 287 22 APRESENTAÇÃO O Plano Municipal de Educação de Juara – PME é um importante instrumento de planejamento das políticas públicas educacionais e de articulação do regime de colaboração. O desafio é que os entes federados (União, Estado e o Município) mantenham diálogo permanente, planejamento adequado e adoção de ações mútuas comprometidas com a gestão pública. A importância do PME requer dos entes federados, o cumprimento do regime de colaboração preconizado na norma constitucional. Sendo assim, por se tratar de um acordo democrático entre diferentes setores sociais, é também um compromisso de todos. O Plano Municipal de Educação do município de Juara foi articulado pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura juntamente com o Conselho Municipal de Educação e elaborado a partir de amplas parcerias: o CEFAPRO, a Assessoria Pedagógica, as escolas públicas e privadas, as universidades, as instituições e a Sociedade Civil Organizada, estabelecendo compromissos educacionais coletivos, conforme legislação vigente, alinhado com as metas e estratégias do Plano Nacional de Educação e Plano Estadual de Educação. O Plano Municipal não é um plano do sistema ou da Rede Municipal de Ensino, mas um plano de educação do município que além de integrado define políticas públicas educacionais que promovem a formação, a inclusão social, o respeito a diversidade e acessibilidade, dentro da expectativa de uma educação inclusiva. Assim têm-se como objetivo a defesa da educação pública, gratuita, democrática, laica e de qualidade para todos. Considerando a Constituição Federal e a Lei Orgânica do município, a educação escolarizada terá como base os seguintes princípios: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III – pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; V – valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e 23 com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos da rede pública; VI – gestão democrática e descentralizada do ensino público, garantida a participação de representantes da comunidade, na forma da lei; VII – garantia de padrão de qualidade, Concordando com a CF, em seu Art. 214, e ampliando para a realidade do município de Juara, que em seu primeiro PME tem como Diretrizes: I – erradicação do analfabetismo; II – universalização do atendimento escolar; III – melhoria da qualidade da educação; IV – formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; V – superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; VI – promoção humanística, científica, cultural e tecnológica; VII – promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; VIII – estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto - PIB, que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade; IX– valorização dos profissionais da educação; X – promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental; XI – Educação Inclusiva. No início de 2014, foi realizada uma formação com o representante da SASE/MEC, tendo como referência teórica o documento “Plano Nacional de Educação: Proposta da Sociedade Brasileira”. A partir desse encontro, houve uma articulação para constituição de uma Comissão de Estudos e Formação da Equipe Técnica para elaboração do PME de Juara MT, instituída no Decreto nº 858, de 18 de junho de 2014. Inicia-se, portanto, um processo democrático de discussão com diferentes segmentos da sociedade, com maioria de representações do setor educacional. A Comissão de Elaboração e a Equipe Técnica organizaram um documento chamado Texto Base para iniciarmos o processo de discussão e construção de um 24 Plano para atender as demandas do município referente à educação. Em setembro de 2014, todas as instituições envolvidas receberam o documento para análise, reconstrução, discussão e elaboração de novas propostas, e este texto teve como base principal o texto do Plano Estadual de Educação, contendo algumas metas e estratégias. Em outubro de 2014, após a sistematização das sugestões das escolas e dos diferentes segmentos sociais, realizou-se a I Conferência Municipal de Educação que analisou 14 Eixos Temáticos, aprovando em Plenária o Plano Municipal de Educação para o decênio 2015-2024. O PME está organizado em 14 (catorze) eixos temáticos composto de Metas e Estratégias I. Educação Infantil II. Ensino Fundamental III. Ensino Médio IV. Educação Especial V. Educação Escolar Indígena VI. Educação de Jovens e Adultos VII. Educação do Campo VIII. Educação em Relações Etnicorraciais IX. Educação Ambiental X. Educação Profissional e Tecnológica XI. Formação e Valorização dos Profissionais da Educação XII. Educação a Distancia (EAD) e Tecnologias Educacionais XIII. Educação Superior XIV. Gestão e Financiamento A metodologia utilizada foi democrática, participativa e sistemática, envolvendo todos os segmentos da sociedade por meio de levantamento de dados, pesquisas, conferências internas (discussões, debates e estudos de grupos) nos órgãos envolvidos, até consolidar-se na I Conferência Municipal de Educação, com a participação de aproximadamente 150 pessoas. Esse é um Plano que contempla a educação em todas as etapas e modalidades de ensino, portanto supera as atribuições da Secretaria Municipal de Educação. Isso implica na compreensão de que apresentamos um Plano que transcende aos desejos e princípios de um governante, expressando os anseios da população, alicerçados a toda conjuntura política, econômica, social e cultural. Nesta perspectiva, a execução, o monitoramento e a avaliação deste Plano poderão superar o histórico da descontinuidade das políticas públicas e contribuir de forma efetiva para o acesso, permanência e o sucesso escolar. 25 INTRODUÇÃO O município de Juara dá um grande avanço ao elaborar o Plano Municipal de Educação – PME, para os próximos dez anos, de forma democrática, coletiva e participativa envolvendo a rede pública/ privada de Educação Básica, Educação Superior e a sociedade civil organizada, alinhado com as metas e estratégias do Plano Nacional de Educação e Plano Estadual de Educação conforme legislação vigente. O PME trata do conjunto da educação no âmbito Municipal, expressando uma política educacional para todas as etapas e modalidades de educação e de ensino. É um Plano do município e não um Plano de Governo. Sua elaboração está preconizada no Plano Nacional de Educação - PNE, aprovado pela Lei nº 13.005/2014, que em seu art. 8º declara: “Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão elaborar seus correspondentes planos de educação, ou adequar os planos já aprovados em lei, em consonância com as Diretrizes, metas e estratégias previstas neste PNE, no prazo de 1 (um) ano contado da publicação desta Lei”. O Plano Municipal é institucionalizado por meio de Lei Municipal, trata-se, pois, do principal instrumento da política pública educacional. Obedecendo ao princípio constitucional de gestão democrática do ensino público, preconizada na Constituição Federal Art. 206, Inciso VII, observando a gestão democrática de ensino e da educação, a garantia de princípios de transparência e impessoalidade, a autonomia e a participação, a liderança e o trabalho coletivo, a representatividade e a competência, foi construído o Plano que nos aponta para um caminho em que a educação é alicerce para o desenvolvimento de uma sociedade plena. O PME preconiza o que está posto no Plano Nacional de Educação. De forma resumida, os principais aspectos norteadores abordados são: a universalização, a qualidade do ensino, a valorização dos profissionais, a democratização da gestão e o financiamento da educação. Apresentamos nesse texto os aspectos históricos, geográficos e educacionais do município de Juara. Essa construção histórica 26 necessitou de apoio de diferentes entidades, como Câmara de Vereadores, Secretaria Municipal de Educação e Prefeitura Municipal. O PME se integrará aos Planos e Programas dando-lhes coerência teórica e ideológica e garantindo a efetividade de todas as políticas públicas educacionais. O Plano está organizado em 14 (catorze) eixos temáticos composto de Metas e Estratégias. A Educação Infantil é a primeira etapa da Educação Básica e tem por objetivo o desenvolvimento integral da criança até 5 (cinco) anos de idade, em seus aspectos físico, afetivo, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade. Tem como meta ampliar a oferta de Educação Infantil de forma a atender no mínimo 50%(cinquenta por cento) das crianças de 0 (zero) a 3 (três ) anos até o final da vigência deste Plano e universalizar o atendimento em 100% de 4 e 5 anos. O Ensino Fundamental, enquanto segunda etapa da Educação Básica, obrigatória e gratuita, tem como meta principal a universalização da oferta de Educação de Qualidade da população escolarizável na idade apropriada, de responsabilidade do Município e Estado, de acordo com as atribuições definidas na Constituição Federal e LDB. No município de Juara, o Ensino Fundamental é organizado em Ciclos de Formação Humana, assegurando o agrupamento por idade, a articulação pedagógica e o atendimento educacional especializado. O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica e de responsabilidade do Estado. É um processo educativo trabalhado junto aos adolescentes e jovens, que vivem momentos de transição entre a adolescência e a fase adulta, necessitando de um forte apoio para maior estruturação de suas ideias, relações pessoais e sociais, envolvendo a necessidade de diálogo, orientação, visando a construção coletiva e individual de rumos para inserir-se no mundo do trabalho. A meta do PME é articular junto a SEDUC/MT, Assessoria Pedagógica e CEFAPRO a ampliação da oferta do Ensino Médio da demanda no campo e na cidade. A Educação Especial é uma modalidade de ensino transversal a toda etapas e modalidades como parte integrante da educação regular. A meta principal dessa modalidade é expandir o acesso e atendimento educacional a todos os educandos com deficiências, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação. 27 A Educação Escolar Indígena ocorre em unidades educacionais inscritas em suas terras e culturas, as quais têm uma realidade singular, requerendo uma pedagogia própria em respeito à especificidade étnico cultural de cada povo ou comunidade. A meta fundamental é articular, apoiar e incentivar no atendimento da população indígena, em todas as etapas e modalidades de ensino, a execução de atividades educativas, esportivas e culturais. A Educação de Jovens e Adultos destina-se para todos aqueles que não tiveram acesso a escola na idade própria ou não puderam dar continuidade aos estudos. A meta é elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais, com finalidade de erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir a taxa de analfabetismo funcional. A Educação do Campo é uma modalidade de ensino destinada para as populações do campo, deve fornecer adaptações necessárias às peculiaridades e seus modos de vida. A identidade desse ensino é definida pela sua vinculação com questões inerentes à sua realidade, valorizando a temporalidade e saberes próprios dos educandos, tendo como meta principal à universalização a oferta da Educação Básica a toda população escolarizável que mora no campo. A Educação em Relações Etnicorraciais contemplam a diversidade como dimensão humana, deve ser entendida como a construção histórica, social, cultural e política das diferenças que se expressa nas complexas relações sociais e de poder. Deste modo, as políticas educacionais voltadas ao direito e ao reconhecimento à diversidade estão interligadas à garantia dos direitos sociais e humanos e à construção de uma educação inclusiva orientada nos valores humanizadores, como a dignidade da pessoa, a liberdade, a igualdade, a justiça, a paz, a reciprocidade entre povos e cultura, servindo de parâmetro ético-político para a reflexão dos modos de ser e agir individual, coletivo e institucional. A meta é criar condições de igualdade de acesso permanência e sucesso na Educação Básica para todos os grupos. A Educação Ambiental envolve o entendimento de uma educação cidadã, responsável, crítica, participativa em que cada sujeito aprende com conhecimentos científicos e com o reconhecimento dos saberes tradicionais. A educação ambiental avança na construção de uma cidadania responsável voltada para culturas de sustentabilidade socioambiental, tendo como meta principal promover a EA em 28 todas as etapas e modalidades, como direito de toda comunidade escolar à construção de sociedades sustentáveis, através de um enfoque critico e complexo. A Educação Profissional Tecnológica está centrada num conceito de competência, e será exigido do profissional tanto uma escolaridade básica sólida quanto uma formação mais ampla e polivalente e a qualificação para o trabalho ocorrem na oferta de cursos de formação inicial, continuada ou qualificação profissional. A meta primordial é articular junto à Assessoria Pedagógica, SEDUC e CEFAPRO, implantação de cursos de educação profissional técnica e nível médio conforme demanda e interesse da região do vale do Arinos. A Formação e Valorização dos Profissionais da Educação requerem políticas que assegurem às metas que contemplam a formação/profissionalização/ carreira/jornada/piso e condições de trabalho dignas aos profissionais da educação1. Ela está diretamente relacionada à educação de qualidade social que defendemos. A Educação a Distância como uma das modalidades de ensinoaprendizagem ocorre com a utilização de recursos tecnológicos e de rede, seja nos moldes presenciais e semipresenciais ou completamente à distância. A sua meta fundamental apoiar junto ao governo Federal e estadual oferta de Educação Superior a distancia com qualidade buscando junto aos órgãos responsáveis pela EAD a garantia de seu financiamento. A Educação Superior tem por finalidade formar profissionais em diferentes áreas do saber, promovendo a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos através do ensino. Ela pode ser ministrada em instituições de ensino, público ou privada; tem como meta contribuir para a democratização do acesso a Educação Superior. A Gestão e Financiamento têm como finalidade central a aplicabilidade integral dos recursos financeiros públicos, conforme previsto em Lei, destinados à Educação bem como promover a implantação do Sistema Único de Ensino. A gestão adequada dos recursos educacionais é condição necessária para a consagração do direito à educação no Brasil. O artigo 206 da CF/1988, ao listar os princípios sobre os quais o ensino deve ser ministrado, define o princípio da gestão 1 Lei Federal nº 12.014/2009- Reconhece os funcionários como profissionais da educação. Lei Federal nº11. 738 /2008- Instituição do Piso salarial Profissional. 29 democrática como instrumento de construção pedagógica e controle social dos recursos na área. O financiamento da educação é elemento estruturante para a organização e o funcionamento das políticas públicas educacionais, é condição necessária para a universalização do direito à educação pública de qualidade. Portanto, espera-se que o Plano Municipal de Educação de Juara seja propulsor da cultura de planejamento democrático, científico e sistêmico que aponte para uma Educação Plena, que contribua para a formação de cidadãos, com uma nova visão de mundo, em condições de interagir na contemporaneidade de forma construtiva, solidária, participativa e sustentável. 30 ASPECTOS HISTÓRICOS No início do século XX, com a navegação Paranista, também denominada de Carreira do Pará, deu-se início a ocupação do território, onde hoje se encontra o município de Juara e que, em função da qualidade do clima e do solo, era motivo de disputa entre os índios Kayabi que dominavam a região e outras etnias indígenas. Os registros históricos destacam como maior atrativo a abundância em taquara e pedra sílex, que serviam de matéria prima para fabricação de flechas, lanças, machados e outros artefatos, usados no cotidiano, tanto na agricultura, quanto na caça e fins bélicos. Portanto, foi durante o século XX, que diversos movimentos migratórios ocorreram nas terras dos Kayabis. A década de 70 através do processo migratório foi importante para a região norte do Estado de Mato Grosso. Na tentativa de novas oportunidades de trabalho pessoas de diferentes estados buscaram outras perspectivas de ganhos na região noroeste do estado. A primeira motivação que tinham era a agricultura e mesmo com as limitações de insumos tecnológicos e a falta de rodovias, o sonho continuou e os imigrantes perseveraram até se adaptarem ao novo espaço. A trajetória político-histórica de Juara, um dos municípios da região do Vale do Arinos, tem como principal empreendedor a SIBAL (Sociedade Imobiliária da Bacia Amazônica LTDA), que deu seu primeiro nome de Gleba Taquaral, adquirindo em 23 de setembro de 1971 uma área de 35.900 hectares de terras selecionadas para finalidades colonizatórias. As primeiras famílias chegaram à citada Gleba em maio de 1971. Nesse período, marcado por fortes chuvas, as viagens eram feitas pelo rio Arinos, e todos os produtos alimentícios e farmacêuticos eram trazidos de Cuiabá. Já nos períodos de seca, o caminho era outro, passando pela conhecida “estrada de baiana”, que encurtava muito a distância entre Juara a Cuiabá, desviando do município de Tapurah. Em 1972 José Olavo Girardis inspirado em um livro, falava sobre índios da região amazônica, renomeou a gleba, dando-se o nome de Juara, o qual possui duas explicações: a primeira seria o resultado da combinação dos nomes de dois 31 dos principais rios, que banham a região - o Juruena e o Arinos, que formam a palavra “Juarinos”, que depois foi simplificada para Juara; já a segunda de origem tupi, significa “menina-moça”- em alusão a juventude e o vigor do lugar. A SIBAL investiu em infraestrutura, construindo pontes e estradas para facilitar o processo migratório e contou com um importante protagonista, que era responsável pela administração de toda empreitada, a fim de que a área fosse ocupada. José Pedro Dias – o conhecido Zé Paraná – foi o primeiro grande empreendedor, que colonizou as áreas, onde hoje se encontram as cidades de Juara e Tabaporã. Portanto, a história de José Pedro Dias (Zé Paraná) se confunde com história do próprio município de Juara. O marco inicial da colonização foi o córrego de Água Boa, aonde ele e um grupo de pessoas chegaram no dia 8 de outubro de 1970 para, a partir daí, consolidarem a cidade. A primeira atividade de destaque econômico foi o cultivo do café, seguida pela produção da madeira. Em 1973 foi marcado pela grande produção de madeira destinada à construção das primeiras residências, com a inauguração do primeiro armazém atacadista da região e a primeira atividade religiosa. Em 1976, através da Lei 3.725, foi criado o distrito denominado Juara, subordinado ao município de Porto dos Gaúchos. Desde essa época o movimento emancipatório ganhou força, culminando em 14 de julho de 1981, com o Plebiscito, que contou com a maioria absoluta de votos a favor do desmembramento de Porto dos Gaúchos, formalizado na Lei Estadual 4.349/81, que elevou Juara a categoria de município, assegurando sua autonomia política. Em 14 de dezembro de 1981, Zé Paraná foi nomeado prefeito municipal, em reconhecimento ao seu protagonismo e pioneirismo. No ano seguinte, no dia 15 de novembro, realizou-se a primeira eleição municipal, na qual foi eleito Prefeito de Juara, o senhor José Geraldo Riva. Outros fatos, que merecem registro histórico ocorreram em 4 de julho de 1985, ocasião em que Juara foi elevada à condição de comarca, instalada oficialmente em 29 de novembro de 1986, através da Lei Estadual Nº 4.060, e depois em 2001, quando nova divisão foi efetivada, passando o município a englobar os distritos de Águas Claras, Catuaí e Paranorte. 32 ASPECTOS GEOGRÁFICOS O Município de Juara pertence à Mesorregião Norte Matogrossense, que tem o Município de Sinop como pólo regional e está delimitado ao norte pelos estados do Amazonas e do Pará, a leste pelo Rio Xingu, ao sul pelo divisor de águas das bacias dos rios Amazonas e Paraguai e a oeste pela Bolívia e o Estado de Rondônia, está localizado na porção setentrional dessa mesorregião e seu território, com uma superfície de 21.387,00km². Está delimitado ao norte pelos municípios de Nova Bandeirantes, Nova Monte Verde e Alta Floresta, a leste por Tabaporã, Novo Horizonte do Norte e Porto dos Gaúchos, ao sul pelo Município de Nova Maringá e a oeste por Brasnorte e Castanheira. Além da ligação com Cuiabá através da Estrada Baiana, Juara também pode conectar-se à Capital do Estado pelo eixo MT-220/BR-163, passando por Sinop, bem como pelo eixo MT-325/MT-170/BR- 364/MT-358, por meio de Brasnorte, Campo Novo dos Parecis, Tangará da Serra e Barra do Bugres, da mesma forma que através do eixo MT-160/MT-010/BR-364/BR-163, passando por Juara é a Microrregião 5, Plano Diretor Municipal, 2006. Brianorte, Nova Maringá, São José do Rio Claro e Diamantino. Juara está situada aproximadamente a 730 km da capital Cuiabá, sendo as rodovias de acesso Br 163, MT 338 Juara a Cuiabá e MT 220, ligando Juara a Sinop, possui 3.000Km de estradas públicas. Localiza-se a uma latitude 11º15'18" sul e a uma longitude 57º31'11" - oeste, estando a uma altitude de 292 metros. Segundo o Censo 2010, a população estimada do município é de 32.769 habitantes, sendo que a população fica assim distribuída: 33 Figura 1 - Piramide Populacional do Municipio de Juara em Conformidade ao IBGE/Censo 2010. Fonte: IBGE/Censo 2010. Juara é sede de Comarca e, além do distrito-sede, conta com os distritos administrativos de Catuaí, Águas Claras e Paranorte. Existem no Município duas reservas indígenas, o Território Indígena Apiaká-Kayabi, com a presença das etnias Apiaká, Kayabi e Munduruku, e o Território Indígena Japuíra da etnia Rikbaktsa. Geologia O Município de Juara situa-se em uma área de transição entre a segunda faixa de rochas sedimentares, que corresponde ao Planalto dos Parecis, e a segunda faixa de rochas cristalinas, pertencente ao Cráton Amazônico, estando a extremidade sul 34 do Município sobre a citada faixa de rochas sedimentares, ao passo que as porções central e norte do seu território repousam sobre a referida faixa de rochas cristalinas, que compreende as serras dos Apiacás e dos Caiabis. Geomorfologia O Município de Juara abrange três tipos de compartimentos geomorfológicos, pertencendo a sua porção sul ao Planalto dos Parecis, no qual o relevo é pouco dobrado e a rede hidrográfica bastante densa, enquanto a porção central - onde se localiza a sede municipal - repousa na Depressão do Norte do Mato Grosso, sendo que a sua porção norte contém uma ramificação do Planalto dos Parecis, circundada por terrenos pertencentes ao Planalto Residual do Norte do Mato Grosso, os quais compõem os sistemas das serras dos Apiacás e dos Caiabis, onde o relevo é mais enérgico e os rios bastante jovens e encachoeirados. Hidrografia O território municipal de Juara está inserido no sistema hidrográfico da bacia do Rio Amazonas, subbacia do Rio Tapajós. O Município situa-se majoritariamente na bacia do Rio Arinos, que é tributário pela margem direita do Rio Juruena, o qual, junto com o Rio Tele Pires, é um dos formadores do Rio Tapajós. Clima O Município de Juara está localizado na área de clima equatorial, quente e úmido, com apenas três meses secos, no período de junho a agosto. A temperatura média anual é de 24ºC, com a média das máximas em torno de 30ºC e máximas de 40ºC em setembro, e com a média das mínimas de 18ºC 35 e mínima de 0ºC em julho. As chuvas são desigualmente distribuídas durante o ano, com maior concentração nos meses de novembro a abril, em torno de 300 mm por mês, e menor ocorrência entre maio e outubro, sendo a média anual de precipitações é de aproximadamente 2.500mm. Vegetação Na área do Município de Juara coexistem dois tipos de biomas, sendo as porções centrais e noroeste do seu território caracterizado pela presença de Floresta Ombrófila, densa ou aberta, enquanto as porções sul, leste e nordeste do mesmo constituem sistemas de tensão ecológica, ou transição entre os biomas da Amazônia e do Cerrado, apresentando elementos de ambos simultaneamente. No presente, observa-se que boa parte da cobertura florestal primitiva do Município foi erradicada, estimando-se que ainda restem 60% dessa cobertura, concentrados nas duas reservas indígenas e extremos sul, norte e nordeste do território municipal Solo No Município de Juara se observam três situações distintas quanto à aptidão dos solos. Nas suas porções sul e central os solos possuem baixa fertilidade, porém apresentam boas características físicas, quanto a textura, profundidade, estrutura e consistência. Tais solos estão associados a terrenos de topografia plana a suave ondulada, tendo como principal limitação a baixa disponibilidade de nutrientes, que requer a aplicação de fertilizantes. Ainda na porção central do território de Juara, ocorre uma reduzida mancha de solos de fertilidade média alta, com boas características físicas, porém tendo como principal limitação o fato de estarem associados a terrenos com altas declividades que restringem a 36 mecanização agrícola. Já na porção norte do Município a agricultura é desaconselhada, pela presença de restrições como baixa fertilidade, alta salinidade, pouca profundidade, textura arenosa (ocorrência de areia quartzosa), pedregosa ou rochosa e topografia montanhosa ou escarpada. Economia A economia de Juara baseia-se na pecuária, agricultura e extração de madeira. O cenário econômico do município passa por um processo de transformação. Com a chegada da agricultura, grandes empresas do ramo tem se instalado na cidade. A expectativa de crescimento tem atraído investidores, diversificando a economia e gerando novos empregos. Aspectos Culturais e Turísticos A região é rica em rios, cachoeiras e atrativos naturais. Os principais pontos turísticos da cidade são a Ilha do Netinho e a cachoeira Teodoro. Conta com as tradicionais festas folclóricas, religiosas, eventos de Exposição da Agropecuária do Vale do Arinos (EXPOVALE) e o Festival de Pesca no Rio Arinos, ambos figuram entre os maiores eventos da categoria no estado. Destaca-se também a Festa de São Cristóvão, colocando-se entre os principais atrativos da região e propiciando entretenimento à comunidade. 37 ASPECTOS EDUCACIONAIS Em 1974, pelo Decreto n° 2.237, de 18 de setembro de 1974, D.O. 20/09/1974, p. 02, criou-se a Escola Estadual de 1º Grau, em Juara, no município de Porto dos Gaúchos. O processo histórico educacional do município de Juara iniciouse com a contratação, por parte da Imobiliária SIBAL, de professores sem formação específica para iniciar a escolarização. A mesma foi autorizada e mantida pela Imobiliária, no período 01/03/1976 a 01/03/1980. Conforme relato de um documentário elaborado e baseado no depoimento do senhor José Pedro Dias: [...] no setor Educacional vale a pena salientar que desde o início da colonização, a firma SIBAL pagava professor para alfabetizar as crianças, (filhos dos colonos que aqui se estabeleciam) nunca medindo esforços para dar melhores condições escolares à população Infantil. (FILHO, 1982, p. 14) A gestão pedagógica e administrativa era efetuada por autoridades educacionais do município de Porto dos Gaúchos. A preocupação e a assistência da Imobiliária com a educação associavam-se também a questão de manter aqui os colonos já instalados e atrair novas famílias, para garantir a prosperidade do projeto de colonização, uma vez que para os pais era bom que tivesse educação para os filhos. O Decreto nº 319, de 21/12/1979, publicado em D.O. de 26/12/1979, p.26 elevou o nível e passou a denominar-se Escola Estadual de 1º e 2º Graus Oscar Soares. Os currículos inicialmente eram fornecidos por Porto dos Gaúchos e elaborados pela antiga Secretaria Estadual de Educação e Cultura, situada em Cuiabá. A remuneração dos professores passou a ser efetivada pelo Governo do Estado, demorando até nove meses para o recebimento dos salários, após a contratação. Sendo assim, em 1979, inaugura-se o primeiro prédio escolar com seis salas de aula, cozinha e secretaria. Com autorização legalizada e passa a ser dirigida por freiras católicas com formação em educação. A partir de 1980 a Secretaria de Estado de Educação autorizou o Ensino Fundamental, de 1ª à 8ª série, e no Ensino Médio iniciou o curso de Magistério e 38 Básico em Agropecuária. A partir de 1982 autorizou o curso Técnico em Contabilidade e em 1986, inicia o 2º Grau não profissionalizante. A Escola Estadual de 1º e 2º Graus Oscar Soares mantinha salas anexas em outras dependências da cidade e atendia também a zona rural. A gênese da Educação do Campo em Juara está ligada a esta escola. A Educação Infantil inicia seu funcionamento no ano de 1980, na Escola Estadual de 1º e 2º Graus Oscar Soares, através de turmas de pré-escola. Nesse tempo estudavam os alunos que tinham condições de comprar o material. A Secretaria Municipal de Educação e Cultura inicia suas atividades a partir de 1983, na Lei Municipal 0036/83, de 05 de setembro de 1983, que estrutura o funcionamento da Prefeitura, organizando as Secretarias. Nesse tempo era chamado Departamento Municipal de Educação. A Lei Municipal nº 146/87, de 06 de abril de 1987, no Art. 12, reorganiza a estrutura administrativa e passa a ser Secretaria de Educação e Cultura. A Legislação atual, no Decreto nº 289, de 31 de agosto de 2009, nomeia o órgão de Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC). As primeiras escolas da Rede Municipal de Educação iniciam em 1983, com a criação de 32 escolas, das quais até hoje funcionam as Escolas Municipais Santo Antônio e Bairro Machado. Os primeiros registros de atendimento à Educação Especial aconteceram em 1985, na Escola Estadual José Alves Bezerra, atualmente Escola Estadual Luiza Nunes Bezerra. Havia salas especializadas separadas pelo tipo de deficiência: Deficiência Múltipla (DM), Deficiência Visual (DV) e Deficiência Auditiva (DA). A partir de 1989, instituiu-se no município a Delegacia Regional de Educação e Cultura (DREC), que atendia Juara, Porto dos Gaúchos, Tabaporã e Novo Horizonte do Norte. Por meio das legislações educacionais houve alterações de nomenclatura, passando para Assessoria Pedagógica. Com a descentralização hierárquica, atualmente auxilia Juara e Novo Horizonte do Norte. A Educação de Jovens e Adultos iniciou no Núcleo de Educação Permanente - NEP como escola anexa à Escola Oscar Soares, atendendo turmas de Ensino Fundamental e o Logos II. Posteriormente, em 1991, criou-se a Escola Estadual de Suplência Irmã Wanda Mazzei. Nessa época, era atendido o Programa de Educação Básica – PEB de 1ª à 4ª série. 39 No ano de 1992 inicia a atividade da Escola Pestalozzi Raio de Sol, exclusiva para atendimento da Educação Especial e nesse ano inicia também o atendimento da Educação Infantil na rede municipal, na Escola Municipal Pingo de Gente. A Educação Escolar Indígena inicialmente era atendida pelo Município de Diamantino, e houve um período em que os alunos eram matriculados na Escola Estadual Iara Maria Minotto Gomes e recebiam atendimento na própria Aldeia, pelas religiosas. A partir de 1989 o atendimento passa para a Rede Municipal. A partir de 2007 a educação escolar indígena passa para o estado e foram criadas as escolas: Escola Estadual Indígena de Educação Básica Leonardo Crixi Apiaká (Aldeia Mairob, Povo Apiaká), Escola Estadual Indígena de Educação Básica Juporijup (Aldeia Tatui, Povo Kaiaby) e Escola Estadual Indígena Krixi Barompô (Aldeia Nova Munduruku, Povo Munduruku). A última escola indígena a ser estadualizada foi a Escola Estadual Indígena Pé de Mutum (Aldeia Pé de Mutum, Povo Rikbaktsa) no ano de 2009. Em 1994 foi criada, através da Lei Municipal nº 638/94, a Escola Municipal de 1º e 2º Graus Agropecuária de Juara, e em 1996, passou a chamar-se Escola Agrícola Municipal Artur Pinoti (ESAMAP) que funcionou até 2010. A Educação Profissional Técnica de Ensino Médio foi ofertada na Escola Estadual Oscar Soares no período de 1980 a 1995. Atualmente no município, há alguns cursos técnicos sendo ofertado pela rede pública e privada em parcerias e outros através do SENAI. Em 1999 a Secretaria de Estado de Educação (SEDUC) instalou no município o Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica (CEFAPRO) para atendimento do Pólo de Juara (Juara, Tabaporã, Novo Horizonte do Norte e Porto dos Gaúchos), desenvolvendo atividades educacionais, assessoramento e acompanhamento da formação continuada e implementação das Políticas Educacionais. A Educação Superior tem seu marco inicial entre os anos 1993 e 1995, com o curso na modalidade parcelada em Licenciatura Plena em Pedagogia, ofertado pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), e com o Núcleo de Educação Aberta a Distância (NEAD), com o curso Licenciatura Plena Pedagogia em Educação Básica: 1ª a 4ª série (2000 – 2003). A partir de 2003, instala-se no município de Juara a Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT) com cursos de Pedagogia, Letras, Administração e Ciências Contábeis. 40 Atualmente no município as instituições de Educação Superior pública e privada ofertam cursos nas modalidades Semi Presencial, Presencial e Educação a Distância, entre estes estão os cursos: Pedagogia, Administração, Letras, História, Geografia, Matemática, Ciências Contábeis, Recursos Humanos, Gestão Ambiental, Comercial, Produção Industrial e Pública, Marketing e Propaganda, Processos Gerenciais, Tecnologia em Serviços Jurídicos e Notariais, Química e Tecnologia em Sistemas para Internet e outros. A educação do município de Juara está em processo de desenvolvimento e atende a todas as etapas e modalidades da Educação Básica e Superior na Rede Pública e Privada. 41 1 EDUCAÇÃO INFANTIL 1.1 Históricos do Surgimento da Educação Infantil no Brasil, Estado de Mato Grosso e no Município de Juara. Atualmente a Educação Infantil atende aos preceitos de educar e cuidar. Essa construção política educativa esta ligada a compreensão do significado da infância e seus direitos. Anteriormente a infância foi compreendida conforme o tempo histórico vivenciado. No período Medieval, a sociedade não apresentava uma organização em que houvesse a divisão entre infância, adolescência e vida adulta. Ou seja, o sentimento de infância era inexistente (ÁRIES, 1973). Ainda conforme Áries (1973) foi a partir do Séc. XII que surgiu a escola, e, foi essa instituição que provocou a ruptura entre a infância e a vida adulta. É certo dizer que a educação das crianças pequenas se deu no início do século XVII, resultantes do reconhecimento e valorização que passaram a ter no meio em que viviam. Vários estudiosos contribuíram para o desenvolvimento da educação. Inclusive para a educação da infância, João Amós Comênio (1592 – 1657) reconhecia o valor das experiências afetivas e os interesses como aspectos, que deveriam ser levados em conta ao se planejar um currículo. Preocupava-se com a importância da saúde, sono, alimentação e vida ao ar livre para o crescimento completo e sadio da criança, mesmo sabendo que esses princípios não eram aceitos. Portanto, foi a partir do início da modernidade que a criança passou a ser vista como adulto em miniatura. No século XVIII a infância é observada com a ideia de inocência e de proteção, apontado no pensamento de Jean Jacques Rousseau (1712 - 1772), este estudioso centralizou a questão da infância na educação, evidenciando a necessidade de não mais considerar a criança como um homem pequeno, mas que ela vive em um mundo próprio, cabendo ao adulto compreendê-la (MATO GROSSO, 2001). No final do século XIX e no decorrer do século XX, aconteceram mudanças na educação e os desejos infantis presentes na infância passaram a fazer parte 42 deste contexto com mais força. As primeiras iniciativas de atendimento às crianças pequenas tinham objetivo meramente assistencial e compensatório ou cognitivo, desta forma não assegurava as finalidades do cuidar e do educar da Lei de Diretrizes de Bases atual, Lei nº 9.394/96. Uma evolução dessa forma de atendimento, já com o objetivo educativo, ocorre no século XIX, com a criação dos “jardins de infância”, que surgem com base em uma ideia romântica e ingênua de criança. Vários fatores contribuíram para a expansão da Educação Infantil no mundo, entre os quais se destacaram os avanços do conhecimento científico sobre o desenvolvimento da criança, a participação crescente da mulher na força de trabalho extra domiciliar, a consciência social sobre o significado e o reconhecimento da infância por parte da sociedade sobre o direito e importância da educação em seus primeiros anos de vida. Em meados da década de 70, aumentaram as reivindicações populares por creches nos grandes centros, tornando-se um direito do trabalhador. Esses movimentos populares e feministas da época conquistaram resultados significativos em relação ao aumento de creches gerenciadas pelo poder público. Esses fatores provocam o surgimento da necessidade de um novo sistema de instrução, e a Constituição Federal Brasileira (1988), passa a ser um referencial de suma importância na afirmação dos direitos da criança inserindo, pela primeira vez na história, o direito à educação em creches e pré-escolas. No Art. 208, Inciso IV afirma: “O dever do Estado com a educação será efetivada mediante garantia de (...) atendimento Educação Infantil, em creche e pré-escola, às crianças de zero a seis anos de idade”. Em 1990, O Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA assegura os direitos da infância e da adolescência, mais especificamente no mundo dos Direitos Humanos. Passam a ser reconhecidas “como pessoas em condições peculiares de desenvolvimento...”. A Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) considerou este Estatuto como uma das legislações mais avançadas do mundo, no que se refere ao direito da criança e do adolescente, ao enfatizar a vida, a educação, a saúde, a proteção, a liberdade, a convivência familiar e o lazer. O Ministério de Educação (MEC), em 1994, assume o papel de propor a formulação de uma Política Nacional de Educação Infantil. Neste período, a Coordenação Geral de Educação Infantil (COEDI) da Secretaria de Educação 43 Fundamental do MEC publicou uma série de documentos para a Educação Infantil no Brasil, entre os quais se destacam: “Por uma Política de Formação do Profissional de Educação Infantil” (1994), “Política Nacional de Educação Infantil” (1994), “Critérios para um atendimento em creches e pré-escolas que respeitem os direitos fundamentais das crianças” (1995). A Lei de Diretrizes e Bases, nº 9394/96, em conformidade com as mudanças nas legislações, estabelece o atendimento de crianças de 0 a 3 anos em creches, e de 4 a 5 anos para a pré-escola. A educação para crianças com menos de seis anos é considerada a primeira etapa da educação básica, destaca-se a ideia de desenvolvimento integral e o dever do Estado e municípios com o atendimento gratuito em creches e pré-escolas. Atualmente em vigor se encontra a Resolução nº 5 de 17 de Dezembro de 2009 do Conselho Nacional de Educação (CNE) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Infantil (DCNEI), os mesmos respeitam a pluralidade e a diversidade da sociedade brasileira, com o intuito de nortear as propostas curriculares e os projetos pedagógicos para a Educação Infantil. A Resolução nº 01 de 10 de Março de 2011, fixa normas de funcionamento das unidades de Educação Infantil ligadas à administração federal direta as suas autarquias e fundações. Segundo os dados do INEP coletados no censo escolar de 2001, a Educação Infantil no Brasil, cresceu significativamente na década de 90, com isso o atendimento dessa modalidade passou a ser prioridade dos municípios, uma vez que, está mais próximo das famílias e cumpre com responsabilidade constitucional. O processo histórico da Educação Infantil do estado de Mato Grosso não é diferente da realidade do país. Conforme Sá (2012), a primeira iniciativa do estado de Mato Grosso voltada para a escolarização da criança foi através do Decreto nº 533 de 1910, este autorizava a reorganização da instrução pública e o atendimento seria feito às crianças de 03 a 06 anos de idade. Atualmente o atendimento a Educação Infantil no estado de Mato Grosso é na sua maioria de responsabilidade dos municípios. A Educação Infantil foi ofertada em Juara de acordo com a Tabela 1: 44 Tabela 1 - Histórico de Oferta da Educação Infantil em Juara/MT. ESCOLA E.E. Oscar Soares E.E. Luiza Nunes Bezerra E.E. Iara Maria Minotto Gomes E.E. Comendador José Pedro Dias E.E. José Dias Fundação Beneficente Paulo de FUMBEP Núcleo Educacional DELTA E.M. Pingo de Gente CNEC Escola Raio de Sol Pestalozzi Creche Madre Paulina Educandário Recanto Infantil E.M. Pres. Costa e Silva E.M. Maria Pirovani Riva Colégio Alfa Instituto de Educação Atheneun Centro de Ensino Moderno– CEM E.M. Francisco Sampaio Educandário Auta de Souza E.M. Maria Malfacini Riva Creche Luiz Inácio do Nascimento E.M. Jardim Califórnia E.M. Cantinho Mágico Tarso PERÍODO 1981-1997 1988-1997 1990-1997 1990-1997 1989-1997 – 1990-1995 1990-2009 1991-até a presente data 1990-até a presente data 1991-até a presente data 1989-até a presente data 1992-1999 1995-até a presente data 1996-até a presente data 1997-2002 1998-2001 1998- até a presente data 2002 - até a presente data 2009 - até a presente data 2000 - até a presente data 2004 - até a presente data 2009 - até a presente data 2011 - até a presente data Fonte: SMEC/Assessoria Pedagógica – Juara/MT. Até 1997, a Educação Infantil era atendida por Estado e Município e a partir de 1998, ficou sob responsabilidade exclusiva do município. Historicamente no período inicial da Educação Infantil em Juara, só frequentava a escola aqueles alunos que os pais tinham condições de comprar o material escolar. Não havia recursos para o atendimento das escolas. Compreender, conhecer e reconhecer o jeito particular das crianças serem e estarem no mundo é o grande desafio da Educação Infantil, de seus profissionais e gestores. Hoje, a realidade do município encontra-se com avanços, atende sem distinção a todas as esferas sociais e os profissionais da educação em sua maioria, possuem formação superior. Transformar a visão de educação assistencialista, em especial nas creches, para atendimento educacional, levou a Secretaria Municipal de Educação a vencer muitas barreiras, numa perspectiva de buscar entendimento sobre as mudanças que 45 a Educação Infantil vinha passando, através de sensibilização tanto para os profissionais da educação quanto a sociedade civil organizada. Assumir a responsabilidade da Educação Infantil significa principalmente, assumir as relações entre as classes sociais, as responsabilidades (da família, das instituições e dos poderes constituídos), nas três instâncias e o papel de cada um diante das crianças. Conforme a Resolução nº 150/99/CEE/MT, Artigo 10, as instituições de cada município deveriam ser integradas ao respectivo sistema de ensino até dezembro de 1999, ajustando-se para tal, aos preceitos da Lei n° 9.394/96 e demais normas específicas, atualmente a Resolução Normativa n° 002/2009. CEE/MT. A Educação Infantil vem sendo implantada em nosso município, com ampliação dos espaços, melhoria e adequações na infraestrutura, abertura de novas vagas e de práticas específicas para essa faixa-etária. Atualmente a rede municipal de educação de Juara atende nesta modalidade as crianças na Creche, de 0 a 3 anos e na Pré-escola, de 4 e 5 anos, contando com a maioria dos profissionais efetivos e habilitados. 1.2 Diagnóstico O município de Juara, situado no noroeste de Mato Grosso, à 640 Km de Cuiabá, via Tangará da Serra, conta com aproximadamente 33 mil habitantes no ano de 2014. De acordo com dados do IBGE de 2010, havia 32.791(trinta e dois mil, setecentos e noventa e um) habitantes. Em um levantamento realizado junto à Secretaria de Saúde Municipal o número de nascimento nos últimos 4 anos, se apresenta na Tabela 2: Tabela 2 - Nascimentos por ano em Juara/MT. ANO Nº DE NASCIDOS 2010 643 2011 579 2012 591 2013 608 2014 Até outubro – 490 Fonte: Secretaria Municipal de Saúde- Juara/MT. 2014. 46 A Tabela 2 apresenta dados de nascimentos por ano, das crianças nascidas nos hospitais particulares e públicos e nos mostra que há um equilíbrio no número de nascidos. De acordo com o PNE, o município precisará atender à 50% das crianças de 0 a 3 anos. Atualmente atendemos 19,7%, e assim necessita de um crescimento de 30,3% nos próximos 10 anos. Portanto ao realizar uma projeção, percebemos que um crescimento de 1,82%, acrescenta nas creches uma demanda crescente de 17 alunos por ano e só alcançaríamos a meta de 50% em 2031. No entanto, também pensamos que para que nos próximos 10 anos, seja atendido esse percentual, teríamos que ter um crescimento de 79 alunos por ano. Isso significa, praticamente, a construção de uma unidade educativa a cada ano, conforme a projeção a seguir: Figura 2 – Projeção Educação Infantil de 0 a 3 anos. Fonte: Equipe Técnica do PME e http://simec.mec.gov.br/pde/graficopne.php Uma fonte de recursos possível é através do Plano de Ações Articuladas – PAR. No planejamento realizado, monitorado e apresentado ao governo federal via sistema, já existe uma Creche Proinfância em processo final de construção, que atenderá aproximadamente 250 alunos de 0 a 3 anos. 47 Para os alunos de 4 e 5 anos, o atendimento previsto no PNE é de 100% a partir de 2016. Atualmente, Juara atende 885 crianças, que corresponde à 81,2% da demanda existente no município. Se o crescimento do atendimento continuar dentro da porcentagem dos últimos 4 anos, a meta será alcançada em 2019. Na Figura 2, apresentamos a projeção para o atendimento da demanda de alunos de4 e 5 anos. Para a meta ser alcançada até 2016, será necessário um aumento de 48 vagas por ano. Figura 3 - Projeção de Educação Infantil de 4 e 5 anos. Fonte: Equipe Técnica do PME e http://simec.mec.gov.br/pde/graficopne. php. Para essa demanda temos que considerar ainda a problemática das escolas do campo, as quais precisarão adequar o espaço físico para esse atendimento. No entanto, sabemos que ainda será necessária melhoria na qualidade da oferta de transporte escolar, adequado para a faixa etária. Pensamos que isso será possível mediante diálogo/parceria com o Ministério da Educação – MEC. Realizamos um levantamento minucioso, a partir de 2010, que registra o atendimento aos alunos da Educação Infantil. Um dado diagnóstico importante a ser considerado em respeito à evolução do atendimento e apresenta no histórico de matrícula do município, nos gráficos a seguir: 48 Gráfico 1 – Alunos da Educação Infantil nas creches de 0 a 3 anos Parcial e Integral/Rede Municipal/Zona Urbana/2010-2011-2012-2013. 350 300 250 200 150 100 50 0 2010 2011 2012 2013 Parcial 177 273 301 245 Integral 100 88 98 164 Fonte: Atas de resultados finais/Escola/SMEC. O Gráfico 1 apresenta uma variável no atendimento à matrícula parcial, que evolui expressivamente em relação à matrícula integral. Gráfico 2- Alunos da Educação Infantil na Pré-Escola 4 e 5 anos -Rede Municipal/Zona Urbana/2010-2011-2012-2013. 500 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 2010 2011 2012 2013 Pré I 359 328 335 376 Pré II 416 407 415 440 Fonte: Atas de resultados finais/Escola/SMEC. 49 O Gráfico 2 apresenta um movimento de matrícula com fluxo, e um aumento expressivo em 5% (cinco por cento), entre 2010 e 2013. Gráfico 3 - Alunos da Educação Infantil na Pré-Escola (4 e 5 anos) Rede Municipal/Zona Rural/2010-2011-2012-2013. 40 35 30 25 20 15 10 5 0 2010 2011 2012 2013 Pré I 18 31 20 18 Pré II 24 29 37 21 Fonte: Atas de resultados finais /Escola/SMEC. No Gráfico 3, os dados apresentam o número de matrículas da Educação Infantil na zona rural oferecido no distrito de Paranorte, onde parte da população encontra-se localizada nas proximidades da escola e o crescimento no atendimento é referente ao aumento do número populacional. Gráfico 4 - Alunos da Educação Infantil (4 e 5 anos) Rede Particular/Zona Urbana/2010-2011-2012-2013. 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 2010 2011 2012 2013 Pré I 28 29 39 32 Pré II 38 32 32 36 Fonte: Atas de resultados finais/Escola/SEDUC 50 Gráfico 5 - Alunos da Educação Infantil (4 e 5 anos) Rede Conveniada/Zona Urbana/ 2010-2011-2012-2013. 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 2010 2011 2012 2013 Pré I 15 39 39 17 Pré II 17 15 20 24 Fonte: Atas de resultados finais. Escola/SEDUC. O Gráfico 5, apresenta dados das escolas Pestalozzi Raio de Sol e do Educandário Auta de Souza. Apesar de o município ter apresentado uma expansão de oferta no atendimento de crianças de zero a cinco anos de idade, ainda não é o ideal, tendo em vista a demanda para essa etapa de educação que reside no campo. Portanto, atender a Educação Infantil de 0 a 3 anos de forma satisfatória, e de 4 e 5 anos urbana em sua totalidade e no campo, ainda é um desafio a ser enfrentado pelo município. Uma questão importante a ressaltar, refere-se à qualidade de atendimento que não foge a realidade de outros municípios. Conforme o Plano Nacional de Educação, isso é resultado de uma expansão inesperada, imposta pelos entes federados aos municípios sob a obrigatoriedade do atendimento a Educação Infantil sem nenhum investimento governamental financeiro e pedagógico. Ao se referir a número de alunos por turmas, é direito da criança e dever dos entes federados, no entanto, os municípios precisam adequar o atendimento por meio de infraestrutura e recursos humanos, visando o atendimento qualitativo, conforme estabelecido na LDB o cuidar e educar. 51 Com a integração da Educação Infantil na Educação Básica, existe a inclusão permanente de professores para atuarem como docentes, o que torna necessária uma análise de perfil e da qualificação dos mesmos, conforme o Artigo 62 da LDB. 1.3 Diretrizes A Educação Infantil, primeira etapa da Educação Básica, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os 6 anos, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social da criança, complementando a ação da família e da comunidade. Os fundamentos legais que amparam a educação infantil são: Constituição Federal de 1988, EC. n° 53/2006 e 59/2009, Resolução Nacional nº 6/2010 bem como demais legislação em vigor. Durante a vigência do Plano Municipal de Educação, fica estabelecido, como direito de toda criança e dever do Estado, conforme a Constituição Federal, 1988, no seu artigo 208, inciso IV, a implementação, junto ao Poder Público Municipal de políticas que garantam a oferta da Educação Infantil de forma a atender 50 % das crianças de 0 a 3 anos e a 100% das crianças de 4 e 5 anos. A gestão democrática no âmbito educacional, como exercício da cidadania garante à sociedade, exercer seu direito à informação e à participação no processo de organização da estrutura e do funcionamento das instituições de Educação Infantil, bem como estabelecendo relações com os órgãos envolvidos no atendimento aos direitos e necessidades das crianças, na faixa etária de 0 (zero) a 6 (seis) anos. A formação e valorização dos profissionais dessa etapa de educação requerem uma atenção especial, dada à relevância de sua atuação como mediadores no processo de desenvolvimento e aprendizagem integral da criança. Ressaltamos que a formação deverá contemplar a elaboração de uma proposta pedagógica voltada à realidade das unidades escolares, em conformidade com a política de formação continuada, estabelecidas por meio das legislações vigentes, com foco na ação educativa nas dimensões do cuidar e do educar. Considerando, a realidade do município, este plano propõe ações e parcerias entre os entes federados de forma a atender a demanda nos aspectos de infraestrutura e de recursos humanos, proporcionando uma educação inclusiva e com qualidade social. 52 1.4 Metas e Estratégias Meta 1 – Ampliara oferta de Educação Infantil de qualidade em creches de forma a atender, no mínimo, 50 % (cinquenta por cento) das crianças de até 3(três) anos até o final da vigência deste plano e universalizar a Educação Infantil com qualidade para 100% (cem por cento) das crianças de 04 e 05 anos. Estratégia 1 – Realizar, em regime de colaboração, levantamento anual da demanda da população de 0 a 3 anos, criando banco de dados e publicizando-o para planejar a oferta e verificar o atendimento da demanda. Estratégia 2 – Garantir relação professor/criança, infraestrutura e materiais didáticos pedagógicos adequados e em quantidades suficientes ao processo educativo, considerando as características das distintas faixas etárias, conforme os padrões do Custo Aluno Qualidade - CAQ. Estratégia 3 – Autorizar, a partir da aprovação deste plano, construção de instituições de Educação Infantil, públicas ou privadas, somente se atenderem aos requisitos previamente definidos no projeto arquitetônico do Pró Infância. Estratégia 4 – Assegurar que o município tenha definido sua política para a Educação Infantil, com base nas Diretrizes e sugestões de referenciais curriculares nacionais e nas normas complementares estaduais e municipais. Estratégia 5 – Garantir que, no prazo de 01 (um) ano, a partir da aprovação deste plano, todas as instituições que ofertam a Educação Infantil tenham reformulado seu projeto político pedagógico, com a participação dos profissionais de educação e comunidade escolar, observando a política de Educação Infantil e os fundamentos norteadores, de acordo com a Lei vigente. 53 Estratégia 6 – Ampliaras creches já existentes, para atendimento conjunto de crianças de 0 a 3 anos, em tempo integral, conforme padrões mínimos exigidos pela Legislação, considerando a demanda do município com a contrapartida do Estado e União. Estratégia 7 – Garantir que todas as unidades escolares de Educação Infantil recebam as devidas adequações estabelecidas nos padrões mínimos de qualidade para funcionamento, atendendo as necessidades da comunidade em que estão inseridas. Estratégia 8 – Garantir alimentação escolar adequada, inclusive respeitando suas especificidades de saúde, para todas as crianças atendidas nos estabelecimentos públicos e conveniadas de Educação Infantil. Estratégia 9 – Garantir ações complementares, programas de orientação e apoio as famílias, por meio da articulação das áreas de educação, saúde e assistência social, com foco no desenvolvimento integral das crianças de 0 (zero) a 3(três) anos de idade. Estratégia 10 – Admitira partir de dois anos da aprovação e vigência deste plano, somente profissionais que possuam a titulação em Pedagogia, para atuarem na Educação Infantil, em conformidade com a legislação vigente. Estratégia 11 – Estabelecer no primeiro ano de vigência do plano, autonomia administrativa, pedagógica e financeira, no cumprimento da Lei Municipal n° 2.052/2009 e Lei Estadual n° 7.040/98. Estratégia 12 – Envolver na distribuição de competências referentes à Educação Infantil a União e o Estado, corresponsabilizando cada uma das esferas com a manutenção e principalmente, apoio técnico e financeiro ao município, constante no Art. 30, inciso VI da Constituição Federal brasileira. 54 Estratégia 13 – Implantar até o segundo ano de vigência deste plano a Avaliação da Educação Infantil, a ser realizada a cada dois anos, com base em parâmetros nacionais de qualidade, a fim de aferir a infraestrutura, o quadro de pessoal, as condições de gestão, os recursos pedagógicos, a situação de acessibilidade, entre outros indicadores relevantes apontados por documentos oficiais. Estratégia 14 – Criar nas Instituições de Educação Infantil, procedimentos para acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do desenvolvimento das crianças, sem objetivo de seleção, promoção ou classificação, em conformidade com as Diretrizes Curriculares Nacionais. Estratégia 15 – Implantar e implementar gradativamente política de educação em tempo integral, garantindo a manutenção adequada para toda a etapa da Educação Infantil, conforme estabelecidos nas Diretrizes Curriculares Nacionais. Estratégia 16 – Renovar periodicamente e/ou ampliar os acervos bibliográficos e referência literária das escolas de Educação Infantil de acordo com as leis vigentes. Estratégia 17 – Implementar e assegurar em todas as Instituições que atendam Educação Infantil, a existência de políticas educacionais que incentivam a leitura para o professor, o aluno e os profissionais da educação. Estratégia 18 – Estimulara utilização de processos, programas, ferramentas e materiais pedagógicos pré-qualificados pelo MEC, com vistas a buscar nova Estratégia para o fortalecimento da Educação Infantil com continuidade no Ensino Fundamental. Estratégia 19 – Estimular e dar condições para a realização de práticas pedagógicas fora do espaço escolar, com ampliação das oportunidades de aprendizagem, (atividades culturais, de educação ambiental e de integração com a comunidade do entorno), conforme orientações legais. 55 Estratégia 20 – Fortalecer as parcerias existentes com instituições de atenção a crianças e adolescentes, organizações e lideranças locais para fortalecimento da Rede de Proteção, prevenindo a violação dos direitos preconizados no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA. Estratégia 21 – Realizar, em regime de colaboração, levantamento anual da demanda da população de 04 (quatro) e 05 (cinco) anos, criando banco de dados e publicizando-o para planejar a oferta e verificar o atendimento da demanda. Estratégia 22 – Adequara infraestrutura das unidades escolares que atendam conjuntamente as etapas da Educação Básica sendo Educação Infantil e Ensino Fundamental com acesso e espaço exclusivo para o atendimento de cada etapa. Estratégia 23 – Garantir ações complementares, programas de orientação e apoio as famílias, por meio da articulação das áreas de educação, saúde e assistência social, com foco no desenvolvimento integral das crianças de 04 (quatro) a 05(cinco) anos de idade. Estratégia 24 – Ofertar transporte escolar apropriado, em parceria com a União e Estado, às crianças residentes em áreas rurais ou de difícil acesso, para que as mesmas frequentem, permaneçam e tenham sucesso nas salas de pré-escola. Estratégia 25 – Estabelecer no primeiro ano de vigência do plano, autonomia administrativa, pedagógica e financeira, no cumprimento da Lei Municipal n° 2.052/2009 e Lei Estadual n° 7.040/98. Estratégia 26–Preservaras especificidades da Educação Infantil na organização das redes escolares, garantindo o atendimento da criança de 4 (quatro) e 5 (cinco)anos em estabelecimentos que atendam aos parâmetros nacionais de qualidade, e articulação com a etapa escolar seguinte, visando o ingresso do aluno de 6 anos de idade no Ensino Fundamental. 56 2 ENSINO FUNDAMENTAL 2.1 Diagnóstico O Ensino Fundamental é a etapa da Educação Básica e de acordo com o Ciclo de Formação Humana que compreende as fases do desenvolvimento dos educandos na infância (6 a 9 anos), pré-adolescência (9 a 12 anos) e adolescência(12 a 14 anos). Dois autores mencionados em Mato Grosso (2000): Piaget e Vygotsky, os quais pensaram as teorias do desenvolvimento e da aprendizagem, por isso temos essa organização nos grupos por idade, não mais por níveis cognitivos, como historicamente vivenciamos na seriação. Um dos princípios necessários à organização do Ensino Fundamental é a superação da distorção idade/série, da evasão escolar e da retenção, como formas excludentes de prática educativa. Esse pensamento vem ao encontro da necessidade de desenvolver um currículo para a diversidade humana e para a inclusão. (PEE/CEE/MT – 2008 a 2017, p. 13). A Constituição Federal em seu Art. 208 e a LDB (1996), no seu Art. 32, determinam a obrigatoriedade e gratuidade do Ensino Fundamental. Estes dispositivos delegam, ao poder público, a responsabilidade de assegurar o desenvolvimento da educação com base no tripé, acesso, permanência e aprendizagem conforme o potencial de cada um, em observância às necessidades de escolarização e à formação pluricultural da população juarense. A reflexão sobre estes princípios foi incluída nos objetivos e metas governamentais em Mato Grosso, inclusive com tentativas de reorganização do ensino público considerando os Ciclos de Formação Humana, desde 1998. Essa forma de organização já incluiu o Estado na realidade do Ensino Fundamental de nove anos, hoje confirmada pelas alterações da LDB através das Leis n° 11.114, de 16/05/05 e n° 11.274 de 06/02/06, constituindo-se, portanto, em uma política nacional de ampliação do tempo necessário para a finalização desta etapa de ensino. Atualmente a Secretaria Municipal de Educação atende, através das escolas 57 municipais, aos alunos do Ensino Fundamental, na zona urbana, nos anos iniciais e as escolas estaduais, atendem aos alunos do 1º ao 3º Ciclo. O Município atende o Ensino Fundamental de 9 anos na proposta pedagógica do Ciclo de Formação Humana. Apresentamos a seguir os dados quantitativos que nos levam as reflexões diagnósticas para nosso Plano Municipal de Educação: Nº de Alunos Gráfico 6 – Alunos do Ensino Fundamental Rede Municipal/Zona Urbana/2010. 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano 134 128 141 139 140 5 33 29 4 2 Aprovado Retido Evadido 0 0 0 0 0 Transferido 34 37 43 45 36 Fonte: Atas de resultados finais Escola/SMEC Juara – MT. Nº de Alunos Gráfico 7 – Alunos do Ensino Fundamental Rede Municipal/Zona Urbana/2011. 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano 118 153 135 140 123 Retido 0 20 7 1 0 Evadido 3 0 1 0 0 Transferido 26 26 30 35 41 Aprovado Fonte: Atas de resultados finais Escola/SMEC Juara – MT. 58 Nº de Alunos Gráfico 8 – Alunos do Ensino Fundamental Rede Municipal/Zona Urbana/2012. 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano 121 122 147 124 108 Retido 0 0 0 0 2 Evadido 1 0 0 0 0 Transferido 31 30 34 39 49 Aprovado Fonte: Atas de resultados finais Escola/SMEC Juara – MT. Nº de Aluons Gráfico 9 – Alunos do Ensino Fundamental Rede Municipal/Zona Urbana/2013. 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano 125 102 102 117 96 Retido 0 0 0 0 0 Evadido 0 0 0 0 0 Trasnferido 37 37 28 31 25 Aprovado Fonte: Atas de resultados finais Escola/SMEC Juara – MT. Nos gráficos 6, 7, 8 e 9 apresentamos os dados aprovado, retido, evadido e transferido dos alunos do Ensino Fundamental da Rede Municipal, zona urbana referente aos anos 2010, 2011, 2012 e 2013. Podemos perceber que a retenção foi sendo gradativamente superada, apresentando ainda altos índices nas transferências, revelando uma transformação econômica que interfere no trabalho das famílias. 59 Nº de Alunos Gráfico 10 - Alunos do Ensino Fundamental Rede Estadual/Zona Urbana/2010. 1º C 1ª Fase 1º C 2ª Fase 1º C 3ª Fase 2º C 1ª Fase 2º C 2ª Fase 2º C 3º Fase 3º C 1ª Fase 3º C 2ª Fase 3º C 3ª Fase 246 239 308 313 342 428 389 339 255 Retido 0 0 6 0 0 18 0 0 10 Evadido 0 0 0 0 0 3 2 3 4 Transferido 62 55 60 57 40 70 73 56 33 Aprovado Fonte: Atas de resultados finais Escola/SMEC Juara – MT. Nº de Alunos Gráfico 11 – Alunos do Ensino Fundamental Rede Estadual/Zona Urbana/2011. 1º C 1ª Fase 1º C 2ª Fase 1º C 3ª fase 2º C 1ª Fase 2º C 2ª Fase 2º C 3ª Fase 3º C 1ª Fase 3º C 2ª Fase 3º C 3ª Fase 254 227 277 322 306 459 461 398 332 Retido 0 0 9 0 0 26 0 0 17 Evadido 0 0 0 0 0 1 0 0 7 Transferido 48 61 63 57 59 79 86 69 58 Aprovado Fonte: Atas de resultados finais Escola/SMEC Juara – MT. 60 Nº de Alunos Gráfico 12 – Alunos do Ensino Fundamental/Rede Estadual/Zona Urbana/2012. 1º C 1ª Fase 1º C 2ª Fase 1º C 3ª Fase 2º C 1ª Fase 2º C 2ª Fase 2º C 3ª Fase 3º C 1ª Fase 3º C 2ª Fase 3º C 3ª Fase 275 262 236 269 325 392 460 411 355 Retido 0 0 0 0 0 1 0 0 0 Evadido 0 0 0 0 0 2 3 1 2 Transferido 62 46 67 50 74 89 93 92 102 Aprovado Fonte: Atas de resultados finais Escola/SMEC Juara – MT. Nº de Alunos Gráfico 13 – Alunos do Ensino Fundamental Rede Estadual/Zona Rural/2013. 1º C 1ª Fase 1º C 2ª Fase 1º C 3ª Fase 2º C 1ª Fase 2º C 2ª Fase 2º C 3ª fase 3º C 1ª Fase 3º C 2ª Fase 3º C 3ª Fase 232 267 251 222 294 377 414 415 397 Retido 0 0 0 0 0 2 0 0 2 Evadido 0 0 0 0 0 0 0 2 8 Transferido 84 86 73 79 88 100 120 140 140 Aprovado Fonte: Atas de resultados finais Escola/SMEC Juara – MT. Nos gráficos 10,11, 12, e 13 apresentamos os dados aprovado, retido, evadido e transferidos dos alunos do Ensino Fundamental da rede Estadual, zona urbana. Houve superação da retenção por causa da enturmação e pequenos índices de 61 retenção por falta no final do ciclo. Esses números revelam algumas dificuldades na transição da seriação para o Ciclo de Formação Humana, uma vez que as escolas foram obrigadas a realizar a enturmação somente em 2010, e até recentemente questionam a implantação do Ciclo que aconteceu em 2001. Nº de Alunos Gráfico 14 - Alunos do Ensino Fundamental Rede Particular/Zona Urbana/2010. 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano Aprovado 34 17 29 35 36 34 29 39 35 Retido 0 0 0 0 0 0 1 0 1 Evadido 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Tranferido 3 2 4 5 2 4 1 1 2 Fonte: Atas de resultados finais Escola/SMEC Juara – MT. Nº de Alunos Gráfico 15 – Alunos do Ensino Fundamental Rede Particular/Zona Urbana/2011. 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano Aprovado 33 33 15 27 35 36 36 31 35 Retido 2 0 0 0 0 0 0 2 0 Evadido 0 0 0 0 0 0 0 1 1 Transferido 3 4 2 2 2 2 0 1 1 Fonte: Atas de resultados finais Escola/SMEC Juara – MT. 62 Nº de Alunos Gráfico 16 – Alunos do Ensino Fundamental Rede Particular/Zona Urbana/2012. 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano Aprovado 33 33 33 17 29 37 31 29 33 Retido 2 0 1 1 0 2 0 1 3 Evadido 0 0 1 0 0 0 2 2 2 Transferido 0 2 3 2 2 3 4 0 0 Fonte: Atas de resultados finais Escola/SMEC Juara – MT. Nº de Alunos Gráfico 17 - Alunos do Ensino Fundamental Rede Particular/Zona Urbana/2013. 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano Aprovado 39 37 39 32 13 31 30 39 26 Retido 0 0 0 1 0 0 1 0 2 Evadido 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Transferido 1 0 1 0 0 1 1 0 1 Fonte: Atas de resultados finais Escola/SMEC Juara – MT. Nos gráficos 14, 15, 16 e 17 apresentamos os dados aprovado, retido, evadido e transferido dos alunos do Ensino Fundamental da Rede Particular zona urbana. O sistema privado ainda apresenta alguns índices de retenção. As escolas do município de Juara iniciaram sua participação nas avaliações 63 externas que dão origem ao IDEB desde 2005. O município mostra desenvolvimento das aprendizagens medidas a partir dessa avaliação e avanço nos índices ao longo dos anos, conforme os dados a seguir: Tabela 3 - IDEB 2005 a 2013 - Projeções para o BRASIL/Anos Iniciais do Ensino Fundamental. IDEB Observado Metas 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2021 Total 3.8 4.2 4.6 5.0 5.2 3.9 4.2 4.6 4.9 6.0 Dependência Administrativa Pública 3.6 4.0 4.4 4.7 4.9 3.6 4.0 4.4 4.7 5.8 Estadual 3.9 4.3 4.9 5.1 5.4 4.0 4.3 4.7 5.0 6.1 Municipal 3.4 4.0 4.4 4.7 4.9 3.5 3.8 4.2 4.5 5.7 Privada 6.0 6.4 6.5 6.7 6.0 6.3 6.6 6.8 7.5 5.9 Fonte: Copyright MEC - INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Tabela 4 - IDEB 2005 a 2013 - Projeções para o BRASIL/Anos Finais do Ensino Fundamental. IDEB Observado Metas 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2021 Total 3.5 3.8 4.0 4.1 4.2 3.5 3.7 3.9 4.4 5.5 Dependência Administrativa Pública 3.2 3.5 3.7 3.9 4.0 3.3 3.4 3.7 4.1 5.2 Estadual 3.3 3.6 3.8 3.9 4.0 3.3 3.5 3.8 4.2 5.3 Municipal 3.1 3.4 3.6 3.8 3.8 3.1 3.3 3.5 3.9 5.1 Privada 5.8 5.9 6.0 5.9 5.8 6.0 6.2 6.5 7.3 5.8 Fonte: Copyright MEC - INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. 64 Tabela 5 - IDEB 2005 a 2013 - Projeções para o Estado de Mato Grosso – 4ª Série/5º ano. IDEB Observado Estado Metas Projetadas 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 Mato 3.5 4.3 Grosso 4.8 4.9 5.2 3.6 3.9 4.3 4.6 4.9 5.2 5.5 5.7 Fonte: Copyright MEC - INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Tabela 6 - IDEB 2005 a 2013 - Projeções para o Estado de Mato Grosso – 8ª Série/9º ano. IDEB Observado Metas Projetadas Estad 200 200 200 201 201 200 200 201 201 201 201 201 202 o 5 7 9 1 3 7 9 1 3 5 7 9 1 Mato Gross 3.0 o 3.7 4.2 4.3 4.2 3.0 3.1 3.4 3.8 4.2 4.4 4.7 5.0 Fonte: Copyright MEC - INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Tabela 7- IDEB 2005 a 2013 - Projeções para as Escolas Estaduais de Juara – 4ª Série/5º ano. IDEB Observado Escola CEJA DIAS Metas Projetadas 2005 2007 2009 2010 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 JOSE 4.3 4.5 EE COMJOSE 4.0 PEDRO DIAS 5.6 5.5 EE DAURY RIVA 5.9 5.3 4.7 5.1 4.3 4.7 5.1 5.3 5.6 5.9 6.1 6.4 4.0 4.4 4.8 5.1 5.3 5.6 5.9 6.1 5.0 5.3 5.6 5.8 6.1 EE IARA MARIA 2.9 MINOTTO GOMES 4.9 5.8 5.5 5.0 3.0 3.3 3.7 4.0 4.3 4.6 4.9 5.2 EE LUIZA NUNES 4.8 BEZERRA 5.4 6.0 6.7 6.7 4.8 5.1 5.5 5.8 6.0 6.3 6.5 6.8 EE NIVALDO FRACAROLLI 4.8 5.1 5.7 5.4 5.0 5.3 5.6 5.8 6.1 6.3 6.6 Fonte: Copyright MEC - INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira 65 Tabela 8 - IDEB 2005 a 2013 - Projeções para as Escolas Estaduais de Juara –8ª Série/9º ano. IDEB Observado Escola CEJA JOSE DIAS Metas Projetadas 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 2.6 4.0 EE COMJOS E 2.5 PEDRO DIAS 4.1 4.2 EE DAURY RIVA *** 2.6 2.9 3.2 3.7 4.2 4.4 4.7 5.0 4.4 4.1 2.6 2.8 3.2 3.7 4.1 4.3 4.6 4.9 4.9 4.8 5.1 5.4 5.6 5.9 6.1 EE IARA MARIA MINOTT 2.6 O GOMES 3.7 4.4 4.7 4.6 2.6 2.8 3.2 3.6 4.0 4.3 4.6 4.8 EE LUIZA NUNES 4.8 BEZERR A 4.3 6.0 6.3 5.8 4.9 5.0 5.3 5.6 6.0 6.2 6.4 6.6 EE NIVALDO FRACAR OLLI 3.9 4.3 4.5 4.7 4.0 4.2 4.5 4.9 5.1 5.4 5.6 EE OSCAR 4.0 SOARES 4.7 4.2 4.5 4.9 5.2 5.5 5.7 6.0 *** 4.1 Fonte: Copyright MEC - INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Tabela 9 - IDEB 2005 a 2013 - Projeções para o Município de Juara - 4ª Série/5º ano. IDEB Observado Metas Projetadas Município 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 JUARA 3.5 4.0 4.7 5.1 4.9 3.6 4.0 4.4 4.7 4.9 5.2 5.5 5.8 Fonte: Copyright MEC - INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. 66 Tabela 10 – IDEB 2005 a 2013 - Projeções para o Município de Juara - 8ª Série/9º ano. IDEB Observado Metas Projetadas Município 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 JUARA 3.9 3.8 *** 4.0 4.2 4.5 4.8 5.1 5.3 5.6 Fonte: Copyright MEC - INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira Tabela 11 - IDEB 2005 a 2013 - Projeções para o Município de Juara por escola – 4ªsérie/5º ano. IDEB Observado Escola Metas Projetadas 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 EM JARDIM CALIFOR NIA 3.9 EMPG FRANCIS CO SAMPAI O 4.8 5.0 5.0 5.0 4.5 4.1 4.5 4.8 5.0 5.3 5.6 5.9 5.3 5.5 5.8 6.0 6.3 6.5 EMPG MARIA PIROVA NI RIVA 3.8 4.3 4.7 5.3 5.5 3.8 4.2 4.6 4.9 5.2 5.4 5.7 6.0 EMPG PRESIDE NTE COSTA E SILVA 3.4 3.8 4.7 5.0 4.1 3.4 3.8 4.2 4.5 4.8 5.0 5.3 5.6 Fonte: Copyright MEC - INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. 67 Tabela 12 - IDEB 2005 a 2013 - Projeções para o Município de Juara por escola – 8ªsérie/9º ano. IDEB Observado Escola 2005 2007 2009 2011 2013 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021 EMPG FRANCI SCO SAMPAI O ESCOLA AGRIC MUN. ARTUR PINOTI Metas Projetadas 3.8 4.0 3.8 3.9 4.1 4.0 4.3 4.6 4.8 5.1 5.4 4.3 4.7 5.0 5.3 5.5 5.7 Fonte: Copyright MEC - INEP - Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Tabela 13 - Resultado do SAEB/Prova Brasil 5º Ano Escolas da Rede Municipal e Estadual 2011 e 2013. 5º Ano Língua Portuguesa Matemática Nº 01 02 03 04 05 06 07 08 09 Escolas 2011 2013 2011 2013 3 2 4 2 E.M. Maria Pirovani Riva E.M. Jardim California 3 4 4 4 3 2 4 3 E.M. Francisco Sampaio E.E. Luiza Nunes Bezerra E.E. Comendador Jose Pedro Dias E.E. Daury Riva 3 - 4 - 5 5 5 5 4 3 5 4 3 3 3 3 E.E.Iara Maria Minotto Gomes E.E. Nivaldo Fracarolli 3 3 4 3 4 3 4 4 E.M. Costa e Silva Fonte: INEP/SAEB/MEC. 68 Tabela 14 - Resultados do SAEB /Prova Brasil 9º Ano Escolas da Rede Municipal e Estadual 2011 e 2013. 9º Ano Língua Portuguesa Nº Escolas 04 E.M. Francisco Sampaio E.E. Luiza Nunes Bezerra E.E. Comendador Jose Pedro Dias E.E. Daury Riva 5 - 5 - 7 7 7 6 5 5 6 4 6 5 6 5 E.E.Iara Maria Minotto Gomes E.E. Nivaldo Fracarolli 5 5 5 5 5 6 5 5 05 06 07 08 09 2011 2013 Matemática 2011 2013 Fonte: INEP/SAEB/MEC. Tabela 15 - Níveis da Escala de Língua Portuguesa. Nível0 0 a 125 Nível 1 125 a 150 Nível 2 150 a 175 Nível 3 175 a 200 Nível 4 200 a 225 Nível 5 225 a 250 Nível 6 250 a 275 Nível 7 275 a 300 Nível 8 300 a 325 Nível 9 325 a 350 Nível 10 350 a 375 Nível 11 375 ou mais Fonte: INEP/SAEB/MEC. Tabela 16 - Níveis da Escala de Matemática Nível 0 0 a 125 Nível 1 125 a 150 Nível 2 150 a 175 Nível 3 175 a 200 Nível 4 200 a 225 Nível 5 225 a 250 Nível 6 250 a 275 Nível 7 275 a 300 Nível 8 300 a 325 Nível 9 325 a 350 Nível 10 350 a 375 Nível 11 375 a 400 Nível 12 400 a 425 Nível 13 425 ou mais Fonte: INEP/SAEB/MEC. 69 Figura 4 - Evolução do Aprendizado Prova Brasil de Português dos alunos 5º ano da Rede Pública de Ensino referente ao ano letivo 2009, 2011 e 2013. Fonte: http://www.qedu.org.br/cidade/111-juara/evolucao. Acessadoem09/04/15. Figura 5 - Evolução do Aprendizado Prova Brasil de Matemática dos alunos 5º ano da Rede Pública de Ensino referente ao ano letivo 2009,2011 e 2013. Fonte: http://www.qedu.org.br/cidade/111-juara/evolução. Acessadoem09/04/15. 70 Figura 6 - Evolução do Aprendizado Prova Brasil de Português dos alunos 9º ano da Rede Pública de Ensino referente ao ano letivo 2009,2011 e 2013. Fonte: http://www.qedu.org.br/cidade/111-juara/evolucao. Acessadoem09/04/15. Figura 7 - Evolução do Aprendizado da Prova Brasil de Matemática dosalunos 9º ano da Rede Pública de Ensino referente aos anos letivos 2009,2011 e 2013. Fonte: http://www.qedu.org.br/cidade/111-juara/evolução. Acessado em 09/04/15. 71 Figura 8 - Evolução do Aprendizado da Prova Brasil Português dos alunos 5º Ano da Rede Estadual referente aos anos letivos 2009, 2011 e 2013. Fonte: http://www.qedu.org.br/cidade/111-juara/evolucao. Acessadoem09/04/15. Figura 9 - Evolução do Aprendizado da Prova Brasil de Matemática dos alunos 5º Ano da Rede Estadual referente aos anos letivos 2009, 2011 e 2013. Fonte: http://www.qedu.org.br/cidade/111-juara/evolucao. Acessado em 09/04/15. 72 Figura 10 – Resultado Prova Brasil de Português dos alunos do 9º ano da Rede Estadual, referente aos anos letivos 2009, 2011 e 2013. Fonte: http://www.qedu.org.br/cidade/111-juara/evolucao. Acessadoem09/04/15. Figura 11 - Resultado Prova Brasil de Matemática dos alunos do 9º ano da Rede Estadual, referente aos anos letivos 2009, 2011 e 2013. Fonte: http://www.qedu.org.br/cidade/111-juara/evolucao. Acessado em 09/04/15. 73 Figura 12 - Evolução do Aprendizado dos Resultados da Prova Brasil de Português dos alunos 5º Ano da Rede Municipal referente ao ano letivo 2009, 2011 e 2013. Fonte: http://www.qedu.org.br/cidade/111-juara/evolucao. Acessadoem09/04/15. Figura 13 - Evolução do Aprendizado dos Resultados da Prova Brasil de Matemática dos alunos 5º Ano da Rede Municipal referente ao ano letivo 2009, 2011 e 2013. Fonte: http://www.qedu.org.br/cidade/111-juara/evolucao. Acessado em 09/04/15. 74 Figura 14 - Evolução do Aprendizado dos Resultados da Prova Brasil de Matemática dos alunos 9º Ano da Rede Municipal referente ao ano letivo 2009, 2011 e 2013. Fonte: http://www.qedu.org.br/cidade/111-juara/evolucao. Acessado em 09/04/15. Figura 15 - Evolução do Aprendizado dos Resultados da Prova Brasil de Português dos alunos 9º Ano da Rede Municipal referente aos anos letivos de2009, 2011 e 2013. Fonte: http://www.qedu.org.br/cidade/111-juara/evolucao. Acessado em 09/04/15. 75 Figura 16 - Distribuição por nível Proficiência Resultado da Prova Brasil de Português e Matemática dos alunos 5º Ano da Rede Pública referente aos anos letivos de2009, 2011 e 2013. Fonte: http://www.qedu.org.br/cidade/111-juara/evolucao. Acessado em 09/04/15. Figura 17 - Distribuição por nível Proficiência Resultado da Prova Brasil de Português e Matemática dos alunos 9º Ano da Rede Pública referente aos anos letivos de2009, 2011 e 2013. Fonte: http://www.qedu.org.br/cidade/111-juara/evolucao. Acessado em 09/04/15. 76 Figura 18 - Distribuição por nível Proficiência Resultado da Prova Brasil de Português e Matemática dos alunos 5º Ano da Rede Estadual de ensino referente aos anos letivos de2009, 2011 e 2013. Fonte: http://www.qedu.org.br/cidade/111-juara/evolucao. Acessado em 09/04/15. Figura 19 - Distribuição por nível Proficiência Resultado da Prova Brasil de Português e Matemática dos alunos 9º Ano da Rede Estadual de ensino referente aos anos letivos de2009, 2011 e 2013. Fonte: http://www.qedu.org.br/cidade/111-juara/evolucao. Acessado em 09/04/15. 77 Figura 20 - Distribuição por nível Proficiência Resultado da Prova Brasil de Português e Matemática dos alunos 5º Ano da Rede Municipal de ensino referente aos anos letivos de2009, 2011 e 2013. Fonte: http://www.qedu.org.br/cidade/111-juara/evolucao. Acessado em 09/04/15. Figura 21 - Distribuição por nível Proficiência Resultado da Prova Brasil de Português e Matemática dos alunos 9º Ano da Rede Municipal de ensino referente aos anos letivos de2009, 2011 e 2013. Fonte: http://www.qedu.org.br/cidade/111-juara/evolucao. Acessado em 09/04/15. A partir de agora o texto traz a distribuição do percentual dos alunos do Ensino Fundamental por Nível de Proficiência - Língua Portuguesa e Matemática da Rede Estadual 2013. 78 Gráfico 18 - Percentual dos Alunos do Ensino Fundamental por Nível de Proficiência - Língua Portuguesa e Matemática da Rede Estadual 2013. ESCOLA ESTADUAL COMENDADOR JOSÉ PEDRO DIAS. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. 79 Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. EE NIVALDO FRACAROLLI. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. 80 Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. 81 Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. E E IARA MARIA MINOTTO GOMES. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. 82 Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. 83 EE DAURY RIVA. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. 84 Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. EE LUIZA NUNES BEZERRA. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. 85 Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boetim Desempenho.seam. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. 86 Gráfico 19 - Percentual dos Alunos do Ensino Fundamental por Nível de Proficiência - Língua Portuguesa e Matemática da Rede Municipal 2013. EMPG PRESIDENTE COSTA E SILVA. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. 87 EMPG MARIA PIROVANI RIVA. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. 88 EM JARDIM CALIFÓRNIA Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. Fonte:http://sistemasprovabrasil.inep.gov.br/provaBrasilResultados/view/boletimDesempenho/boletim Desempenho.seam. 2.2 Diretrizes A universalização da oferta de Ensino Fundamental, assegurando a permanência dos alunos e a qualidade social do ensino e da aprendizagem nas 89 escolas do campo e da cidade, deve ser compromisso maior do poder público em Mato Grosso, por intermédio de colaboração entre estado e municípios, com complementação da União. Para isto, é necessária a regularização dos percursos escolares, como uma das Diretrizes prioritárias, garantindo que as crianças e adolescentes permaneçam na escola o tempo necessário para concluir este nível de ensino, eliminando mais rapidamente o analfabetismo e elevando gradativamente a escolaridade da população brasileira. As legislações que regulam o funcionamento do Ensino Fundamental nacionalmente são: • A Resolução nº 1 de 14 de Janeiro de 2010 (CEB), a qual define Diretrizes Operacionais para Implantação do Ensino Fundamental de 9 anos; • A Resolução nº 4, de 13 de Julho de 2010 (CEB), que define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para Educação Básica; • A Resolução Nacional nº 06, de 20 de Outubro de 2010 que fixa Diretrizes para a matrícula no Ensino Fundamental e na Educação Infantil; • A Resolução nº 7 de 14 de dezembro de 2010 (CEB), a qual fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 anos; • A Lei nº 11.525, de 25 de setembro de 2007, no § 5º, inclui conteúdo sobre os Direitos da Criança e do Adolescente no currículo escolar, tendo como diretriz a Lei Nº 8.069, de 13 de julho de 1990 – ECA; • O Decreto n° 6.094, de 24 de abril de 2007, que é a implementação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação. No Estado de Mato Grosso, a organização do Ensino Fundamental se dá através do Ciclo de Formação Humana, regido pelas seguintes legislações: • Resolução n° 262/02 – CEE/MT, de 05 de novembro de 2002, que estabelece as normas aplicáveis para a organização curricular por Ciclos de Formação no Ensino Fundamental e Médio no Sistema Estadual de Ensino de Mato Grosso. • Parecer n° 289/02– CEE/MT, de 05 de novembro de 2002, que apresenta a análise e parecer sobre a Proposta Pedagógica de Escola Ciclada de Mato Grosso. • Resolução Normativa nº 002/2009 – CEE/MT, de 22 de setembro de 2009, publicada em D.O. de 23/11/2009, página 21, que estabelece Normas aplicáveis para a Educação Básica no Sistema Estadual de Ensino e dá outras providências. 90 • Portaria nº 867 de 04 de julho de 2012 institui o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, e demais legislação em vigor. A implantação de escolas em tempo integral é uma meta significativa, na tentativa de garantir a universalização do ensino por meio do acesso, permanência e qualidade, para tanto precisamos minimizar a repetência e a evasão. A ampliação da jornada escolar, a oferta de estratégias didáticas pedagógicas diversificadas e de qualidade, a orientação no cumprimento dos deveres escolares, práticas de esportes, desenvolvimento de atividades artísticas e alimentação adequada é um avanço significativo na diminuição das desigualdades sociais e na ampliação democrática das oportunidades de aprendizagem. Outra forma de garantia dos direitos de aprendizagem se verifica por meio da criação, revisão, fortalecimento e ampliação de programas e projetos que visem a permanência e sucesso do aluno na escola. Além disso, garantir serviços de apoio especializado para os alunos com deficiência, visando à efetiva aprendizagem de todos os alunos, ao longo da sua escolaridade, promove a qualidade social a todos. Neste aspecto, o cumprimento dos dispositivos do FUNDEB é fundamental, preferencialmente em regime de colaboração Municípios, Estado e União, como propõe o Plano Nacional de Educação. Para aperfeiçoar a organização escolar na definição dos seus projetos educativos, devem-se viabilizar recursos e acompanhamento, num processo interativo de gestão entre as escolas e o órgão central das respectivas redes de ensino. Neste sentido, o projeto político-pedagógico deve ser redimensionado, dando maior objetividade à tomada de decisões, ao destino da escola e à administração de recursos. A gestão democrática implementa e fortalece a autonomia na atuação do Conselho Deliberativo da Comunidade Escolar (CDCE), em conformidade com a Lei n° 7.040/98 e Lei Municipal n° 2.052/2009, pois a exigência de qualidade, tanto das metas como dos objetivos propostos neste Plano, envolvem comunidade: alunos, pais e profissionais da educação, fortalecendo, portanto, o processo participativo democrático, tendo por base a melhoria dos indicadores escolares e a melhoria qualitativa das dimensões pedagógica, administrativa e financeira das escolas e seus respectivos órgãos gestores. Deve-se assegurar também, a melhoria da infraestrutura das escolas na cidade, no campo e nos territórios indígenas, ampliando inclusive, as condições para 91 a utilização das diversas tecnologias educacionais. As instalações físicas devem ser contempladas com adequações de acessibilidade, garantindo espaços de atividades artístico-culturais, esportivas, recreativas, além da necessária adequação de equipamentos. A ampliação do quadro de Apoio Administrativo Educacional independente do numero de alunos, condizente com a realidade da infraestrutura existente e também ampliação nas parcerias para o atendimento pedagógico previsto em lei: salas de recursos multifuncionais, articulação e salas de superação. Um dos parceiros presentes atualmente neste aspecto é o PIBID – UNEMAT, no entanto essa parceria necessita de divulgação dos resultados e atender as escolas de acordo com diagnósticos do número de alunos com desafios de aprendizagem. 2.3 Metas e Estratégias META 01 - Universalizar a oferta de educação de qualidade a 100% (cem por cento) da população escolarizável no Ensino Fundamental de 9 (nove) anos, na idade apropriada, das crianças não matriculadas e não frequentes, a partir da aprovação do plano, observando a Emenda Constitucional 59/2009. Estratégia 1 - Realizar e publicar anualmente, em parceria com o Estado, o mapeamento da população escolarizável em idade escolar obrigatória que se encontra fora da escola, como forma de planejar e verificar o atendimento. Estratégia 2 - Aderir e implementar programas e projetos educacionais governamentais ou não governamentais a fim de garantir que todas as crianças sejam alfabetizadas, no máximo até o final do terceiro ano do Ensino Fundamental. Estratégia 3 - Estruturar os processos pedagógicos de alfabetização, nos anos iniciais do Ensino Fundamental, articulando-os as estratégias desenvolvidas na Educação Infantil, com práticas pedagógicas inovadoras e apoio/recursos pedagógicos diversos. 92 Estratégia 4 - Garantir práticas educativas de qualidade, infraestrutura e material didático adequado e em quantidade suficiente ao processo educativo, considerando as características das distintas faixas etárias. Estratégia 5 - Informatizar o sistema de matrícula com recursos de identificar os educandos com distorção idade/ano, redirecionando-os aos anos/fases adequados a sua idade. Estratégia 6 - Assegurar apoio pedagógico e materiais para as escolas que promovam projetos que visem o desenvolvimento significativo dos educandos, bem como a participação e/ou realização de mostras pedagógicas, didáticas, científicas e similares. Estratégia 7 - Incentivar a participação dos pais ou responsáveis no acompanhamento das atividades escolares dos filhos por meio do estreitamento das relações entre as escolas e as famílias. Estratégia 8 - Aderir e utilizar os mecanismos nacionais/estaduais criados para o acompanhamento individualizado de educandos do Ensino Fundamental. META 2 - Assegurar a qualidade da educação e garantir a melhoria dos índices de proficiências na rede pública de ensino de acordo com a Lei nº 13.005/2014 – PNE. Estratégia 1- Assegurar aos profissionais da educação, a capacitação e o uso das tecnologias e materiais pré-qualificados pelo MEC no Ensino Fundamental. Estratégia 2 - Elevar o índice de Proficiência em Língua Portuguesa dos anos iniciais (5º Ano) do Nível 2 para o Nível 12 até 2024. Estratégia 3 - Elevar o índice de Proficiência em Língua Portuguesa dos anos finais (9º Ano) do Nível 5 para o Nível 12 até 2024. 93 Estratégia 4 - Implementar as estratégias de alfabetização e letramento por meio da adesão aos programas do MEC e FNDE. Estratégia 5 - Aumentar Proficiência em Matemática dos educandos do Ensino Fundamental nos anos iniciais (5º Ano) do Nível 2 para o Nível 12 até 2024. Estratégia 6 - Aumentar Proficiência em Matemática dos educandos do Ensino Fundamental nos anos finais (9º Ano) do nível 3 para o nível 12 até 2024. Estratégia 7 - Implantar e implementar estratégias pedagógicas para os educandos do 3° Ano a atingir a proficiência de Nível 4 em Língua Portuguesa (leitura e escrita), até 2024. Estratégia 8 - Implantar e implementar estratégias pedagógicas para os educandos do 3° Ano a atingir a proficiência de Nível 4 em Matemática, até 2024. Estratégia 9 - Garantir de forma individualizada a aprendizagem dos educandos com desafios de aprendizagem. Estratégia 10 - Elevar o índice do IDEB do Ensino Fundamental anos iniciais (5º Ano) de 4.1 para 6.0 até 2024. Estratégia 11 - Elevar o índice do IDEB do Ensino Fundamental anos finais (9º Ano) de 4.7 para 6.0 até 2024. Estratégia 12 - Oferecer subsídios técnicos para as escolas e qualificar professores e outros profissionais da educação para desenvolverem atividades para prevenção e monitoramento da distorção idade-ano/fase/ciclo, considerando as especificidades e garantindo qualidade na aprendizagem. Estratégia 13 - Promover anualmente encontros das escolas com a comunidade escolar para abordar questões que afetam o acesso, a permanência e a conclusão 94 com sucesso na escola, para discussão da universalização do ensino obrigatório e das medidas para reestruturação da rede pública, agregando a participação do Poder Público local, dos gestores de programas sociais que focalizam a Educação e a Saúde. Estratégia 14 - Apoiar e dar condições para estruturação de fóruns de ética e cidadania nas escolas, com a participação da comunidade escolar, visando criar espaços para o diálogo e a mediação de conflitos e demais desafios do contexto escolar. Estratégia 15 - Firmar parcerias com instituições de atenção a crianças e adolescentes, organizações e lideranças locais para fortalecimento da Rede de Proteção prevenindo a violação dos direitos e descumprimento dos deveres preconizados no Estatuto da Criança e do Adolescente. Estratégia 16 - Reduzir em 100% (cem por cento) a evasão no Ensino Fundamental, primando pela qualidade da Educação. Estratégia 17 - Implementar e aderir políticas permanentes de monitoramento do fluxo escolar com vistas a proteção da criança e do adolescente. Estratégia 18 - Promover debates/encontros com as escolas da rede pública sobre a implementação progressiva de Educação em Tempo Integral. Estratégia 19 - Aderir e implementar, a partir do regime de colaboração, a implantação dos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento que configurarão a Base Nacional Comum Curricular do Ensino Fundamental de Nove Anos. Estratégia 20 - Mobilizar e garantir que os educandos das escolas de Ensino Fundamental alcancem o nível suficiente e ou desejável de aprendizado em relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo. 95 Estratégia 21 - Garantir a oferta de Ensino Fundamental de Nove Anos para atender os filhos de profissionais que se dedicam à atividade de caráter itinerante. META 3 - Assegurar o cumprimento, o monitoramento e a atualização das práticas pedagógicas em 100% das escolas da rede pública de acordo com a organização curricular em vigência, a partir da aprovação deste plano. Estratégia 1 - Estimular e dar condições para a realização de práticas pedagógicas dentro e fora do espaço escolar, com ampliação das oportunidades de aprendizagem, como exemplo as atividades culturais, de educação ambiental e de integração com a comunidade do entorno. Estratégia 2 - Organizar, orientar e divulgar o processo de escolha do livro didático de modo a propiciar momentos de reflexão coletiva e democrática entre os participantes, em todas as escolas de Ensino Fundamental, para a escolha adequada às realidades locais. Estratégia 3 - Promover reuniões com a comunidade escolar para a apresentação da proposta pedagógica, embasando as escolhas metodológicas da instituição e legislação que ampara a oferta. Estratégia 4 - Acompanhar, monitorar e intervir na avaliação da aprendizagem dos educandos e o tempo para assistência individual/coletiva aos educandos que apresentam desafios de aprendizagem. Estratégia 5 - Garantir e divulgar os espaços previstos na Resolução nº 262/2002, CEE/MT, e os recursos pedagógicos necessários para a oferta do tempo de apoio pedagógico individual/coletivo aos educandos que apresentam desafios de aprendizagem em turno complementar, durante todo o ano letivo nas escolas. 96 Estratégia 6 - Garantir atividades de apoio às tarefas escolares de todas as escolas que implantarem carga horária de 07 horas, com previsão de espaço físico, recursos financeiros e profissionais da educação em número suficiente. Estratégia 7 - Atualizar continuamente as equipes pedagógicas/gestores e professores da Educação Básica sobre critérios/instrumentos para avaliação dos educandos, considerando práticas interdisciplinares e inclusivas. Estratégia 8 - Promover a reestruturação pedagógica da rede pública de ensino, a partir da discussão sobre currículo, tempo e espaço para o fortalecimento da organização curricular em consonância com as Diretrizes curriculares nacionais/estaduais. Estratégia 9 - Garantir a organização flexível do trabalho pedagógico, incluindo adequação do calendário escolar de acordo com a realidade local, a identidade cultural e as condições climáticas da região. META 4 - Oferecer educação em tempo integral de forma a atender os educandos da Educação Básica até o final da vigência deste plano. Estratégia 1 - Assegurar estrutura física adequada, materiais pedagógicos, recursos financeiros e profissionais da educação necessários para o atendimento da escola em tempo integral. Estratégia 2 - Fomentar a articulação das escolas da rede pública com os diferentes espaços educativos culturais e esportivos e equipamentos públicos, como centros comunitários, bibliotecas, praças, parques, teatros e cinemas. Estratégia 3 - Estruturar as escolas da rede pública com os diferentes espaços educativos culturais e esportivos, como bibliotecas, quadras poliesportivas e anfiteatro. 97 Estratégia 4 - Utilizar o sistema de acompanhamento e avaliação disponibilizado pelo MEC ou SEDUC para monitorar os resultados obtidos na implementação do currículo das escolas que atendem em tempo integral, objetivando se necessário o replanejamento das ações implementadas. Estratégia 5 - Garantir, no mínimo, 03 (três) refeições diárias com recursos suficientes para uma refeição de qualidade nutricional e quantidades adequadas, em todas as escolas que atenderem tempo integral. Estratégia 6 - Atender a demanda de transporte escolar (oriundos da zona rural), em regime de colaboração entre União, Estado e Município, observando aos princípios básicos de segurança exigidos pelo Departamento Nacional de Trânsito, e ainda, levando em consideração: a) Tempo de permanência e idade mínima dos educandos que se beneficiarão dele; b) Capacitação para o motorista saber como lidar com as crianças. Estratégia 7 - Promover o reordenamento/redimensionamento das matrículas do Ensino Fundamental a partir de estudos prévios de acordo com a legislação vigente, atribuindo responsabilidades e compromissos dos entes federados com os educandos e os profissionais de educação da rede pública de ensino. Estratégia 8 - Debater, avaliar e implementar, a partir da implantação deste Plano, a organização do Ensino Fundamental de 9 (nove) anos, conforme previsto na legislação vigente, priorizando a qualidade do ensino-aprendizagem, a universalização do ensino e a gestão democrática. Estratégia 9 - Implementar e acompanhar progressivamente o Ciclo de Formação Humana nas escolas de Ensino Fundamental da rede municipal. Estratégia 10 - Garantir formação, em parceria com CEFAPRO, para a equipe de gestores, profissionais da educação e SMEC com o objetivo de orientar e 98 acompanhar a implementação do Ciclo de Formação Humana. Estratégia 11 - Garantir que todas as escolas organizadas em Ciclo de Formação Humana tenham o Coordenador Pedagógico por ciclo e o Professor Articulador da Aprendizagem com espaço físico específico e adequado para atender a demanda de acordo com a necessidade educativa. Estratégia 12 - Estimular a utilização de processos, ferramentas e materiais pedagógicos pré-qualificados pelo MEC com vistas a buscar novas estratégias para o fortalecimento da educação pública. Estratégia 13 - Garantir a 30% das escolas de Ensino Fundamental de 9 anos, que atendam em tempo integral, professores de língua estrangeira e de Educação Física, com formação na área, atuando a partir dos anos iniciais do Ensino Fundamental em toda rede pública de educação, até a vigência do PME. 99 3 ENSINO MÉDIO 3.1 Diagnóstico O Ensino Médio é a última etapa da Educação Básica. Constitui-se em um direito social de cada pessoa, e dever do Estado na sua oferta pública e gratuita a todos. O PEE/MT, de 2014 afirma que o Ensino Médio passa a integrar a etapa do processo educacional que a nação considera básica para o exercício da cidadania, e este é base para o acesso às atividades produtivas, inclusive para o prosseguimento nos níveis mais elevados e complexos de educação, e para o desenvolvimento pessoal. O Plano Estadual de Educação preconiza que são três importantes eixos que norteiam o diagnóstico do Ensino Médio: a) a continuidade nos estudos, b) a qualificação profissional c) e o exercício da cidadania da população jovem e adulta Essas questões básicas dependem da universalização, da expansão e qualidade do Ensino Médio. Portanto, investir no Ensino Médio é assegurar o processo de crescimento do ser humano, imprescindível ao desenvolvimento das pessoas e da sociedade. Os desafios são a universalização e o aumento da qualidade, adequando currículos à realidade do jovem, que precisa ser preparado para a continuidade dos estudos e para o mundo do trabalho. Em Juara, os desafios são grandes considerando que apesar de se verificar aumento anual na oferta de vagas, muito jovens ainda deixam de ser atendidas, em especial as populações do campo, enquanto outros, que representam também uma parcela significativa da população escolarizável, não permanecem na escola, sendo muito baixo o percentual de concluintes do Ensino Médio no município. Esta realidade pode ser visualizada ao se analisar os dados dos Gráficos: 100 Gráfico 20 - Alunos do Ensino Médio/Rede Estadual/Zona Urbana 2010. 600 Nº DE ALUNOS 500 400 300 200 100 0 1º ANO 1º ANO 2º ANI 2º ANO 3º ANO 3º ANO Aprovado 373 76% 200 64% 175 83% Retido 53 10% 40 13% 20 10% Evadido 48 10% 54 17% 11 5% Transferido 18 4% 18 6% 4 2% Total Matricula 493 100% 312 100% 210 100% Fonte: Ata de resultados finais Escola/SIGEDUCA/MT. Gráfico 21 - Alunos do Ensino Médio/Rede Estadual/Zona Urbana/2011. 600 Nº DE ALUNOS 500 400 300 200 100 0 1º ANO 1º ANO 2º ANO 2º ANO 3ºANO 3ºANO Aprovado 295 53% 246 54% 167 59% Retido 91 16% 54 12% 41 14% Evadido 12 2% 2 0% 1 0% Transferido 160 29% 155 34% 76 27% Total Matricula 558 100% 457 100% 285 100% Fonte: Ata de resultados finais Escola/SIGEDUCA/MT. 101 Gráfico 22 - Aluno do Ensino Médio/Rede Estadual/Zona Urbana/2012. 300 Nº DE ALUNOS 250 200 150 100 50 0 1º ANO 1º ANO 2º ANO 2º ANO 3º ANO 3º ANO Aprovado 144 54% 107 46% 91 69% Retido 31 12% 37 16% 21 16% Evadido 28 11% 45 19% 0 0% Transferido 61 23% 46 19% 20 15% Total Matricula 264 100% 235 100% 132 100% Fonte: Ata de resultados finais Escola/SIGEDUCA/MT. Gráfico 23 - Alunos do Ensino Médio/Rede Estadual/Zona Urbana/2013. 350 300 Nº DE ALUNOS 250 200 150 100 50 0 Aprovado 1º ANO 1º ANO 2º ANO 2º ANO 3º ANO 3º ANO 100 34% 115 51% 111 62% Retido 26 9% 22 10% 8 4% Evadido 121 40% 46 20% 31 17% Transferido 52 17% 42 19% 31 17% Total Matricula 299 100% 225 100% 181 100% Fonte: Ata de resultados finais Escola/SIGEDUCA/MT. Nos Gráficos 20, 21, 22 e 23 apresentamos os dados do Ensino Médio Regular, a partir de 2010 a 2013, mostrando uma variação no número de retidos muito expressiva, após a conclusão do 3º ano, ainda temos índices negativos. Outra preocupação do Ensino Médio, claramente expressa nesses gráficos, é a evasão. Durante os anos de 2010 a 2012, aparentemente, esteve com índices 102 aceitáveis, mas um agravante em 2013 apresentou 40% de evasão nas turmas de 1º ano. É um dado preocupante e que demonstra fragilidade estrutural e pedagógica. Para isso as ações de investigação na forma de pesquisa e formação continuada precisam ser repensadas. No Ensino Médio os alunos têm dificuldade maior em dar sequência normal à sua trajetória escolar por diversas causas. Entre elas está o fato de que parte do contingente divide seu tempo entre trabalho e estudo; há também o problema de aprendizagem, que exige um currículo voltado para a superação dessas dificuldades com outros tempos e espaços previstos para o atendimento com qualidade de todos os alunos. Com vistas a superação dessa problemática, algumas iniciativas já foram sendo realizadas, como formação continuada nas temáticas da evasão e retenção escolar, e adesão ao programa nacional Ensino Médio Inovador, conforme vemos nos Gráficos a seguir: Gráfico 24 - Alunos do Ensino Médio Inovador/Rede Estadual/Zona Urbana /2012. Nº DE ALUNOS 300 250 200 150 100 50 0 1º ANO 1º ANO 2º ANO 2º ANO 3º ANO 3º ANO Aprovado 151 59% 122 74% 99 86% Retido 63 24% 20 12% 7 6% Evadido 0 0% 0 0% Transferido 44 17% 22 14% 9 8% Total de Marticula 258 100% 164 100% 115 100% 0% Fonte: Ata de resultados finais Escola/SIGEDUCA/MT. 103 Gráfico 25 - Alunos do Ensino Médio Inovador/Rede Estadual/Zona Urbana /2013. Nº DE ALUNOS 350 300 250 200 150 100 50 0 1º ANO 1º ANO 2º ANO 2º ANO 3º ANO 3º ANO Aprovado 177 56% 93 78% 70 66% Retido 43 14% 8 6% 8 7% Evadido 46 15% 6 5% 5 5% Transferido 47 15% 14 11% 23 22% Total de Marticula 313 100% 121 100% 106 100% Fonte: Ata de resultados finais Escola/SIGEDUCA/MT. Nos Gráficos 24 e 25, apresentamos os dados do Ensino Médio Inovador, e com um número expressivo de evadidos e retidos, o que pode significar uma continuação de métodos pedagógicos não condizentes à transformação necessária à implantação do Programa. As questões relacionadas à evasão se agravam ainda mais nas escolas do campo, como podemos observar nos gráficos: Nº DE ALUNOS Gráfico26 - Alunos Ensino Médio/Rede Estadual/Zona Rural/2011. 1º ANO 1º ANO 2º ANO 2º ANO 3º ANO 3º ANO Aprovado 20 50% 26 93% 20 61% Retido 0 0% 0 0% 3 9% Evadido 18 45% 0 0% 6 18% Transferido 2 5% 2 7% 4 12% Total de Marticula 40 100% 28 100% 33 100% Fonte: Ata de resultados finais Escola/SIGEDUCA/MT. 104 Gráfico 27 – Alunos do Ensino Médio/Rede Estadual/Zona Rural/2012. Nº de Alunos 40 35 30 25 20 15 10 5 0 1º Ano 21 1º Ano 57% 2º Ano 17 2º Ano 68% 3º Ano 13 3º Ano 50% Retido 7 19% 1 4% 1 4% Evadido 8 22% 3 12% 9 35% Transferido 1 2% 4 16% 3 11% Total de Matrícula 37 100% 25 100% 26 100% Aprovado Fonte: Ata de resultados finais Escola/SIGEDUCA/MT. Gráfico 28 - Alunos do Ensino Médio/Rede Estadual/ZonaRural/2013. Nº DE ALUNOS 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 1º ANO 1º ANO 2º ANO 2º ANO 3º ANO 3º ANO Aprovado 25 58% 13 42% 14 54% Retido 2 4% 0 0% 0 0% Evadido 8 18% 9 29% 9 35% Transferido 9 20% 9 29% 3 11% Total de Marticula 44 100% 31 100% 26 100% Fonte: Ata de resultados finais Escola/SIGEDUCA/MT. Apesar dos números serem extremamente reduzidos na Rede Particular, não se descarta a presença do insucesso escolar através da retenção. 105 Gráfico 29 - Alunos do Ensino Médio/Rede Privada/Zona Urbana/2010. Nº DE ALUNOS 40 35 30 25 20 15 10 5 0 1º ANO 1º ANO 2º ANO 2º ANO 3º ANO 3º ANO Aprovado 27 75% 31 87% 21 78% Retido 1 2% 0 0% 0 0% Evadido 2 6% 1 2% 1 3% Transferido 6 17% 4 11% 5 19% Total de Matricula 36 100% 36 100% 27 100% Fonte: Ata de resultados finais Escola/SIGEDUCA/MT. Gráfico 30 - Alunos do Ensino Médio/Rede Privada/Zona Urbana/2011. 35 Nº DE ALUNOS 30 25 20 15 10 5 0 1º ANO 1º ANO 2º ANO 2º ANO 3º ANO 3º ANO Aprovado 28 90% 22 96% 23 92% Retido 2 7% 0 0% 0 0% Evadido 0 0% 0 0% 0 0% Transferido 1 3% 1 4% 2 8% Total de Matricula 31 100% 23 100% 25 100% Fonte: Ata de resultados finais Escola/SIGEDUCA/MT. 106 Gráfico 31 - Alunos do Ensino Médio/Rede Privada/Zona Urbana/2012. 35 30 Nº DE ALUNOS 25 20 15 10 5 0 1º ANO 1º ANO 2º ANO 2º ANO 3º ANO 3º ANO Aprovado 30 91% 25 78% 16 77% Retido 2 6% 1 3% 1 5% Evadido 0 0% 0 0% 2 9% Transferido 1 3% 6 19% 2 9% Total de Matricula 33 100% 32 100% 21 100% Fonte: Ata de resultados finais Escola/SIGEDUCA/MT. Gráfico 32 - Alunos do Ensino Médio/Rede Privada/Zona Urbana/2013. 45 40 Nº DE ALUNOS 35 30 25 20 15 10 5 0 1º ANO 1º ANO 2º ANO 2º ANO 3º ANO 3º ANO Aprovado 36 90% 39 96% 36 100% Retido 3 8% 1 2% 0 0% Evadido 0 0% 0 0% 0 0% Transferido 1 2% 1 2% 0 0% Total de Matricula 40 100% 41 100% 36 100% Fonte: Ata de resultados finais Escola/SIGEDUCA/MT. 107 3.2 Diretrizes O Ensino Médio, etapa final da Educação Básica, necessita de redobrada atenção para cumprir o seu papel. As metas de expansão da oferta e de melhoria da qualidade do Ensino Médio devem estar associadas a Diretrizes que levem à correção do fluxo. Nesse sentido, nos referenciamos no Parecer 5/2011 – CNE/CEB e na Resolução CNE/CEB n° 02/2012 de 30 de janeiro de 2012 que estabelecem a necessidade de adequação do Projeto Político Pedagógico conforme a LDB na apresentação das finalidades da etapa: I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento posteriores; III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico; IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática. É indispensável que o aluno adquira conhecimentos básicos, considerados estruturais e fundamentais à continuidade dos estudos. Segundo o PEE/MT, 2014, a correção de fluxo deve ter início no Ensino Fundamental, continuando na etapa seguinte, ampliando-se o atendimento aos alunos que estão em distorção idade/ série, possibilitando a inclusão social ao jovem e adulto por meio da educação, seja através da EJA, Ensino Médio Noturno ou outras modalidades. De acordo com as Orientações Curriculares da Educação Básica disponíveis no site da SEDUC/MT, entende-se que o Ensino Médio Noturno é um direito assegurado ao educando, com suas características e espaços pensados para essa modalidade específica e ainda “a escola noturna precisa ser repensada para ter uma política específica que leve em conta a principal característica dos seus alunos, ou seja, cidadãos que tentam conciliar duas atividades produtivas como estudo e trabalho, além de alunos que não trabalham porque estão numa situação de desemprego ou em trabalhos informais. Também é preciso levar em conta a 108 formação de seus profissionais, suas condições de trabalho, seu projeto pedagógico.” Esse projeto ainda não está completamente em vigor. Ainda no PEE/MT, 2014, considera-se que o Ensino Médio atende a uma faixa etária que demanda uma organização escolar adequada à sua maneira de usar o espaço, o tempo e os recursos. Pautados nas Diretrizes Nacionais, será necessário enfrentar o desafio de uma escolarização de qualidade a toda a demanda, inclusive com diferenciais para o Ensino Médio Noturno. No sentido de transformar a prática pedagógica para que os educandos tenham sucesso nessa etapa escolar, implantou-se em 2012, no período diurno, o Ensino Médio Inovador, na Escola Estadual Oscar Soares, e as bases legais para o funcionamento está prescrito no Parecer nº 11/2009 – CNE/CP. O documento enfatiza que a identidade do Ensino Médio se define na superação do dualismo entre propedêutico e profissionalizante e que ganha identidade unitária, ainda que assuma formas diversas e contextualizadas. Entende que a base unitária implica as dimensões trabalho, ciência, tecnologia e cultura, na perspectiva da emancipação humana, de forma igualitária, para todos os cidadãos. Sendo assim, o Ensino Médio Inovador tem como objetivo a melhoria da qualidade do Ensino Médio nas escolas públicas, sinalizando para os seguintes impactos: • Superação das desigualdades de oportunidades educacionais; • Universalização do acesso e permanência dos adolescentes de 15 a 17 anos no Ensino Médio; • Consolidação da identidade desta etapa educacional, considerando a diversidade de sujeitos; • Oferta de aprendizagem significativa para jovens e adultos, reconhecimento e priorização da interlocução com as culturas juvenis. Segundo o PEE/MT, 2014, a oferta do Ensino Médio de qualidade deve assegurar definições pedagógicas e administrativas fundamentais a uma formação geral sólida e medidas econômicas que garantam recursos financeiros para seu financiamento, visando expansão e garantia de Ensino Médio gratuito, sob responsabilidade do Estado. Quando necessário atendimento especializado, serão observadas Diretrizes específicas contidas na Educação Especial. 109 Com a instituição do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio – Portaria nº 1.140, de 22 de novembro de 2013, os Estados e o Distrito Federal firmaram compromisso com o MEC para garantir a oferta de Formação Continuada aos professores de Ensino Médio, ação articulada ao Redesenho Curricular, proposto pelo Programa Ensino Médio Inovador – PROEMI. As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (Resolução CNE/CEB nº 2, de 30 de janeiro de 2012), são a base, tanto para a Formação Continuada de professores, como para a elaboração dos projetos de Redesenho Curricular, no âmbito do Programa Ensino Médio Inovador - PROEMI. As propostas curriculares devem também incluir propostas específicas para alunos do campo, a oferta de Ensino Médio Integrado, o Ensino Médio Noturno adequado às necessidades e características desse alunado e programas e projetos especiais de Educação Ambiental e Relações Étnicorraciais. É necessária, também, a definição de projetos e programas que proporcionem atendimento específico às populações indígenas, nas aldeias, preferencialmente com professores índios, bem como a formação específica e continuada aos profissionais da educação para atendimento a pessoas com necessidades especiais. A garantia da qualidade no Ensino Médio também passa pela valorização profissional e por uma formação inicial e continuada dos professores que leve em conta as Diretrizes curriculares do Ensino Médio e seja focada no conteúdo a ser ministrado. No município de Juara o Ensino Médio Inovador e o Ensino Médio Noturno, zona urbana, são atendidos pela EE Oscar Soares e EE Nivaldo Fracarolli. O Ensino Médio Rural funciona em salas anexas e são atendidos pela EE Dom Aquino Correa, todos de responsabilidade da SEDUC/MT. 3.3 Metas e Estratégias META 1 - Articular junto à Assessoria Pedagógica, SEDUC e CEFAPRO, a ampliação da oferta de Ensino Médio a 100% da demanda, no campo e na cidade, durante a vigência do PME. 110 Estratégia 1 - Articular junto ao CME/Assessoria Pedagógica e às escolas do estado que oferta salas anexas do Ensino Médio a garantia da merenda, e do repasse de recursos referente ao número de educandos que estudam nessas salas, conforme os padrões do CAQ – Custo Aluno Qualidade, bem como espaço físico, equipamentos e recursos humanos. Estratégia 2 - Apoiar o redimensionamento da oferta de Ensino Médio nos turnos diurno e noturno, bem como a distribuição territorial das escolas de Ensino Médio, de forma a atender toda demanda urbana e campo, de acordo com as necessidades específicas dos educandos. Estratégia 3 - Articular junto à Assessoria Pedagógica e SEDUC, uma organização curricular para o Ensino Médio urbano e do campo no período noturno, para atender as especificidades do aluno trabalhador, a exemplo das organizações modular, com professor itinerante e/ou carga horária diferenciada. Estratégia 4 - Articular junto à SEDUC a implantação e ampliação da oferta do Ensino Médio Integrado à Educação Profissional para atender a demanda do mercado de trabalho por meio de pesquisa. Estratégia 5 - Apoiar a Assistência Social, Secretaria de Saúde e Conselho Tutelar no fortalecimento, acompanhamento e o monitoramento do acesso e da permanência dos jovens beneficiários de programas de transferência de renda, no Ensino Médio, quanto à frequência, ao aproveitamento escolar e à interação com o coletivo, bem como das situações de discriminação, preconceitos e violências; práticas irregulares de trabalho, consumo de drogas, gravidez precoce; em colaboração com as famílias. Estratégia 6 - Articular juntamente com a Assessoria Pedagógica/CME/SEDUC/MEC parcerias no transporte escolar gratuito para atender todos os educandos do Ensino Médio da educação do campo e da educação urbana, nos períodos matutino, vespertino e noturno, garantindo a renovação e padronização integral da frota de veículos de acordo com as especificidades 111 definidas pelo Instituto Nacional de Metrologia e Qualidade Industrial (Inmetro), visando reduzir a evasão escolar e o tempo médio de deslocamento, a partir de cada situação local. Estratégia 7 - Articular com a Assessoria Pedagógica/CEFAPRO/SEDUC/MEC e o Fórum Municipal de Educação, planos e programas de fortalecimento do Ensino Médio urbano e campo para que reduza o número de reprovação e evasão de educandos nessa etapa de ensino. Estratégia 8 - Mapear e articular, juntamente com a Assessoria Pedagógica /CEFAPRO/SEDUC/MEC, políticas públicas voltadas ao fortalecimento e permanência dos educandos de Ensino Médio no campo, dando condições necessárias para o seu desenvolvimento integral. Estratégia 9 - Mobilizar o Fórum Permanente de Educação, CME, as famílias e setores da sociedade civil, articulando a educação formal com experiências de educação popular e cidadã, para que a educação seja assumida como responsabilidade de todos, e ampliar o controle social no cumprimento das políticas públicas educacionais. Estratégia 10 - Incentivar o intercâmbio dos educandos fora dos espaços escolares, assegurando que as escolas se tornem pólos de difusão cultural em articulação com outras instituições educativas e movimentos culturais. 112 4 EDUCAÇÃO ESPECIAL 4.1 Diagnóstico. Conforme o Plano Estadual de Educação do Estado de Mato Grosso 2008 - 2017, os principais dispositivos legais, políticos e filosóficos internacionais que norteiam o atendimento educacional especializado são: a Declaração Mundial de Educação para Todos (JOMTIEN, Tailândia1990), a Declaração de Salamanca (Espanha-1994) e Declaração de Guatemala (Honduras-2001), dos quais o Brasil é signatário. Todos estes documentos têm como concepção comum a equiparação de oportunidades, a criação de condições efetivas nas escolas e a valorização da diversidade na vida escolar, social e econômica (PEE/MT, 2008 2017p. 42). Afirma ainda que em âmbito nacional, são diversos amparos legais: Constituição Federal (artigos 208 e 227); Lei nº. 7.853/89 (art.8º); Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB nº 9.394/96, a Resolução CNE/CEB nº 02/2001 – (Diretrizes Nacionais para Educação Especial na Educação Básica), a Resolução CNE/CEB nº 04/2009 que institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade da Educação Especial e no Estado de Mato Grosso a Resolução Normativa nº 001/2012 - CEE/MT, D.O. de 03 de dezembro de 2012, que fixa normas para a oferta da Educação Especial na Educação Básica do Sistema Estadual de Ensino . O PEE/MT 2008 - 2017 afirma que, o princípio constitucional do “direito de todos à educação”, no que se refere às pessoas com deficiência, tem sua perspectiva atendida no Artigo 208, inciso III, da Constituição Federal, que estabelece que o atendimento educacional a essa população deve ser especializado e acontecer, preferencialmente, na rede regular de ensino. Este princípio constitucional norteia a legislação infraconstitucional. A Resolução CNE/CEB n° 02/2001, especifica que para a inclusão educacional desta parcela da população, este direito deverá ser garantido a todos, no acesso contínuo ao espaço comum da vida em sociedade. Tal fato deverá ser orientado por relações de acolhimento à diversidade humana na aceitação das diferenças individuais, de esforço coletivo na 113 equiparação de oportunidades de desenvolvimento com qualidade e em todas as dimensões da vida (PEE/MT, 2008 – 2017 p. 42). Como afirma o PEE/MT 2008 - 2017, mesmo que em tese esteja estabelecida a obrigatoriedade de atendimento às pessoas com deficiências no Brasil e em Mato Grosso sua inclusão escolar ainda encontra resistências de cunho estrutural, que se expressam em barreiras e limitações arquitetônicas e culturais. Estas limitações são traduzidas pela concepção de que nem todos têm garantia de acesso à escola comum, uma concepção gerada pelos estereótipos e preconceitos que têm levado à rotulação destes indivíduos com os deficientes e incapazes. Por último, encontramos as barreiras que dizem respeito aos aspectos político-pedagógicos: pouca disseminação da política de educação especial, carência de profissionais especializados na área, falta de material didático específico, ausência de definição curricular e ainda, tímida iniciativas de formação inicial e continua para professores e demais profissionais envolvidos no processo pedagógico (PEE/MT, 2008 – 2017 p. 42). No Brasil, as primeiras informações sobre a atenção às pessoas com deficiência remontam à época do Império. Seguindo o ideário e o modelo vigente na Europa, chamado Modelo de Institucionalização, foram criadas as primeiras instituições especiais para a educação, que caracteriza a década de 60, associado às críticas contundente são Modelo da Institucionalização, determinou novos rumos às relações das sociedades com esses segmentos populacionais. Começaram a serem implantados os serviços de Reabilitação Profissional, especialmente, embora não exclusivamente, voltados para pessoas com deficiência, visando prepará-las para a integração ou a reintegração na vida da comunidade (PEE/MT, 2008 – 2017 p. 43). O PEE/MT 2008 - 2017 argumentam que, nos anos 60 e 70, grande parte dos países, tendo como horizonte a Declaração Universal dos Direitos Humanos, passou a buscar um novo modelo no trato da deficiência. A proposição do princípio da normalização contribuiu com a idéia de que as pessoas diferentes podiam ser normalizadas, ou seja, capacitadas para a vida no espaço comum da sociedade. Este modelo caracterizou-se, gradativamente, pela desinstitucionalização e pela oferta de serviços de avaliação e de reabilitação globalizada, em instituições não residenciais, embora ainda segregadoras. A esta concepção-modelo denominou-se 114 Paradigma de Serviços (PEE/MT, 2008 - 2017 p. 43). Argumenta ainda que, na década de 90, ainda à luz, da defesa dos direitos humanos, pode-se constatar que a diversidade enriquece e humaniza a sociedade, quando reconhecida, respeitada e atendida em suas peculiaridades. Passou, então, a ficar cada vez mais evidente que a manutenção de segmentos populacionais minoritários em estado de segregação social, ainda que em processo de atenção educacional ou terapêutica, não condizia como respeito aos seus direitos de acesso e participação regular no espaço comum da vida em sociedade, como também impedia a sociedade de aprender administrar a convivência respeitosa e enriquecedora, com a diversidade de peculiaridades que a constituem. Começou, então, a ser delineada a idéia da necessidade de construção de espaços sociais inclusivos, ou seja, espaços sociais organizados para atender ao conjunto de características e necessidades de todos os cidadãos, inclusive daqueles que apresentam necessidades educativas especiais. Estavam aí postas as bases de um novo modelo, denominado Paradigma de Suportes. Este paradigma associou a idéia da diversidade com o fator de enriquecimento social e o respeito às necessidades de todos os cidadãos como pilar central de uma nova prática social, de forma a garantir o acesso imediato e favorecer a participação de todos os equipamentos e espaços sociais, independente das suas necessidades educacionais especiais, do tipo de deficiência e do grau de comprometimento que estas apresentem. Atualmente, os novos paradigmas estão mudando as representações sociais em torno das pessoas com deficiência, evidenciando que elas podem ser participativa e capazes, desde que sejam propiciadas as condições e oportunidades e o respeito às diferenças. A prática da exclusão reflete-se fortemente ainda hoje na escola, pois como instituição social, reproduz os mesmos mecanismos de exclusão que a sociedade tem praticado historicamente (PEE/MT, 2008 - 2017 p. 43). O PEE/MT 2008 - 2017 afirma que o Censo Demográfico de 2000, do IBGE, mostra que 246 milhões de pessoas apresentam pelo menos uma das deficiências: visual, motora, auditiva, mental ou física, o que corresponde aproximadamente a 14,5% da população brasileira. Atualmente, segundo a Cartilha da Deficiência 2012, este número aparece alterado constando que 23,9% da população é deficiente, sendo 18,60% (Censo 2010) pessoas com visual, 5,10 auditivo, 7% motora e 1,40% intelectual (Cartilha do censo 2010, p. 8). Esses números, porém não representam a 115 realidade, pois muitos educandos não possuem laudos ou se possuem não apresentam o CID que é o que os caracterizam para que o censo escolar identifique educandos com deficiência. Atualmente, Juara atende aproximadamente 170 educandos com deficiência nas redes estadual, municipal, particular e filantrópica, sendo que o educando da educação especial é composto por pessoas com deficiência: intelectual mental, auditiva, visual, físico-motora, deficiências múltiplas, com condutas típicas e com altas habilidades/superdotação. Segundo o PEE/MT 2008 – 2017 pessoas com deficiência intelectual caracterizam-se por registrar um funcionamento intelectual geral significativamente abaixo da média, oriundo do período de desenvolvimento, concomitante com limitações associadas a duas ou mais áreas da conduta adaptativa ou da capacidade do indivíduo em responder adequadamente às demandas da sociedade, nos seguintes aspectos: comunicação, cuidados pessoais, habilidades sociais, desempenho na família e comunidade, independência na locomoção, saúde e segurança, desempenho escolar, lazer e trabalho. As pessoas com deficiência auditiva apresentam perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da capacidade de compreender a fala através do ouvir. Pessoas com deficiência visual, por sua vez, apresentam perda total ou parcial da acuidade visual, em um ou ambos os olhos, após a melhor correção óptica. As limitações funcionais estabelecem-se como baixa visão (subnormal) e cegueira (p. 43). O PEE/MT 2008 – 2017 afirmam ainda que, a deficiência físico/motora é apresentada por pessoas que, dependendo de uma variedade de condições não sensoriais, podem ter limitações no aparelho locomotor, na coordenação motora geral ou da fala, como decorrência de amputações, má formação congênita ou adquirida ou de lesões sejam neurológicas, neuromusculares ou ortopédicas. Pessoas com deficiências múltiplas apresentam, associadas, duas ou mais deficiências (mental, psíquica, sensorial, físico-motora), com comprometimentos que acarretam atrasos no desenvolvimento global e na capacidade adaptativa. Pessoas com condutas típicas apresentam síndromes neurológicas, psiquiátricas e quadros psicológicos graves que ocasionam perturbações profundas no desenvolvimento, prejuízos no relacionamento com os outros e alterações na capacidade de utilizar a linguagem com o meio de comunicação social. Devido à natureza do 116 comprometimento dessas pessoas, necessitam de tratamento clínico e atendimento educacional especializado. As pessoas com altas habilidades/superdotação, por outro lado, são aquelas que apresentam notável desempenho e ou elevada potencial idade em qualquer dos seguintes aspectos, isolados ou combinados: capacidade intelectual, aptidão acadêmica específica, pensamento criativo ou produtivo, capacidade de liderança, talento especial para artes visuais, dramáticas e musicais, capacidades psicomotoras (p. 44). Conforme o censo escolar de 2014, em Mato Grosso houve 7.646 matrículas nas redes federal, estadual, municipal e privada de ensino, sendo que 09 na federal, 2.154 na estadual, 5.071 na municipal e 412 na rede privada de ensino. Levando em conta estas informações entende-se que a maior parte dos educandos com deficiência matriculados está cursando o ensino fundamental, pois estão na rede municipal de ensino, a qual é responsável por esta etapa. Segundo consta no PEE/MT 2008 - 2017, além destes que tradicionalmente é educandos da educação especial, o novo conceito de necessidades educacionais, na abordagem inclusiva, considera que “todo e qualquer educando pode apresentar, ao longo de sua aprendizagem, alguma necessidade educacional especial, temporária ou permanente” (Parecer CNE/CEB nº 17/01, p. 44). o Brasil, segundo a Revista Escola Pública, houve aumento da matrícula dos educandos com necessidades educacionais especiais na educação básica. Em cinco anos, ou seja, de 2007 a 2012, passou de 306 para mais de 620 mil matrículas o que representa um aumento de 102,78%. Com base nos dados do Censo Escolar (MEC/2010), observa-se que esses educandos se encontram majoritariamente, na Educação Infantil, Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos. É pouco expressivo, ainda, o atendimento a esses educandos no Ensino Médio, Educação Profissional e Educação Superior, o que pode estar vinculado à baixa oferta de apoio especializado, à falta de políticas públicas integradas e de práticas pedagógicas que apresentem perspectivas de progresso escolar para o educando com necessidades educacionais especiais. Segundo o PEE/MT 2008 - 2017, a falta de dados estatísticos sobre o quantitativo da demanda reprimida do atendimento educacional dificulta a implementação das ações favorecedoras da inclusão. Atualmente Juara conta com o atendimento especializado da Escola Raio de Sol, atendendo uma média de 68 educandos, é mantida pela Associação Pestalozzi, possui salas amplas, arejadas, atendendo dentro das normas específicas, 117 procurando desenvolver um trabalho voltado aos educandos com necessidades educativas especiais. Esta instituição possui convênio de recurso financeiro com a SEDUC, para pagamento de professores (as), com a Prefeitura Municipal, para a manutenção e pagamento do Apoio Educacional e, os recursos humanos através de Secretaria Municipal de Educação e Secretaria Municipal de Saúde. Nesta instituição há pessoas com deficiências com as seguintes classificações: DIE – Deficiente Intelectual Educável: o qual poderá ser trabalhado e inserido nas classes de ensino regular como atendimento específico em salas de recursos. DIT – Deficiente Intelectual Treinável: se encontra em um patamar diferente; sua capacidade de memorização não alcança os objetivos educacionais normais, o trabalho educacional é bem diferenciado, possui outras habilidades e o único meio de inseri-lo na sociedade é através do trabalho, quer individual ou coletivo. PCS – Paralisia. Sua capacidade de memorizar é bem maior. DM – Múltipla Deficiência: A Deficiência Múltipla refere-se à associação de duas ou mais deficiências. As Escolas Estaduais, Municipais, Filantrópicas e Privadas de Juara atendem educandos matriculados no ensino Fundamental e em sala de Recursos, conforme dados apresentados nos gráficos 31 e 32. Gráfico 33 - Alunos da Educação Especial/2013. 50 45 Nº de Alunos 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Educação Infantil Ensino Fudamental Ens. Fund.1º Seg/EJA Deficiência Mental 2 1 43 Deficiência Múltiplas 0 3 19 Fonte: Ata de resultados finais/Escola/SigEduca/MT. 118 No gráfico 33 apresenta os dados dos educandos da Escola Pestalozzi Raio de Sol de Juara da Educação Infantil, Ensino Fundamental e do 1º Segmento EJA, referente ao ano letivo de 2013. Gráfico 34 - Alunos Matriculados no Ensino Fundamental com atendimento em Sala de Recurso – 2014. 30 Nº de Alunos 25 20 15 10 5 0 Escolas Escolas Escolas Escolas Escolas Escola Escolas Escolas Estadua Municip Municip Estadua Conveni Estadua Particul Estadua is ais Zona ais Zona is adas l EJA ares is Rurais Indigen Urbana Rural Urbana as Ens.Fund.Anos Iniciais 1 13 6 0 2 23 1 2 Ens.Fund. Anos Finais 0 0 2 0 0 27 2 1 2º seg/Eja 0 0 0 11 0 0 0 0 Fonte: Ata de resultados finais/Escola/SigEduca/MT. No gráfico 34 apresenta os dados na Educação Inclusiva dos educandos das Escolas Estaduais, Municipais, Privada e Conveniada da zona urbana e rural matriculados no ensino regular com atendimento em Sala de Recursos referente ao ano letivo de 2014. 4.2 Diretrizes. De acordo com o PEE/MT 2008 - 2017, a Educação Especial é fundamentada na concepção da inclusão, respeitando a diversidade humana, tendo como princípio a garantia do acesso e a permanência de todos na escola. Essa concepção sinaliza para a melhoria das condições de aprendizagens e construção de uma sociedade que reconhece a singularidade humana (p. 44). Argumenta ainda que nessa perspectiva, a Educação Especial no Estado de Mato Grosso buscar significar as suas ações, ampliando sua abrangência, 119 oferecendo respostas educativas às necessidades dos educandos em todas as etapas e modalidades de ensino, provendo a continuidade da oferta de apoio serviços especializadas tanto no contexto inclusivo, quanto nos centros de atendimento especializados (p. 45). O Plano Municipal de Educação assim como o PEE/MT 2008 - 2017 contemplam a premissa e que o processo de inclusão exige um enfoque intersetorial de políticas públicas integradas, que fortaleçam parcerias, com mudanças sistêmicas desde o âmbito político-administrativo até o âmbito da sala de aula, cabendo, portanto, ao poder público, universalizar a Educação Especial. Do mesmo modo, tem-se como meta dar continuidade ao processo de expansão, provendo serviços e apoios educacionais especializados em todas as áreas na rede pública de ensino (p. 45). Como consta no PEE/MT 2008 - 2017, a oferta da educação aos educandos com necessidades educacionais especiais, seja pelo sistema regular de ensino, através de classes especiais, classes comuns com apoio pedagógico de salas e recursos, atendimento domiciliar, classes hospitalares, professores itinerantes e intérpretes de Sinais ou por Escola Especial, Centro de Educação Especial, necessita, em suas prioridades, da provisão de pessoas qualificadas em materiais específicos para a implementação de práticas pedagógicas pautadas no perfil biopsicossocial dos educandos, possibilitando o pleno desenvolvimento das suas potencialidades sensoriais, afetivas e intelectuais. Garantir recursos destinados à Educação Especial, vinculados à manutenção e desenvolvimento do ensino, e garantir a qualidade deste atendimento, devem constituir-se em compromissos de todos sistema educacional, pautando-se na concepção curricular superadora da discriminação que envolve as diversidades e diferenças humanas (p.45). 4.3 Metas e Estratégias META 1 - Expandir o acesso e Atendimento Educacional Especializado aos educandos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, atendendo gradativamente a 100% (cem por cento) da demanda até 2024. 120 Estratégia 1 - Estabelecer parcerias Estado/Município para a realização de mapeamento e busca ativa de pessoas com deficiência fora da escola, em parceria com as áreas de assistência social e saúde, por residência ou local de trabalho. Estratégia 2 - Oferecer espaços físicos com adequação de acessibilidade aos diversos tipos de deficiências, além de incluir os profissionais da educação que tenham algum tipo de necessidade especial. Estratégia 3 - Garantir Salas de Recursos nas escolas da rede pública de Educação Básica sempre que se fizer pertinente ou necessário, independente do número de educandos a serem atendidos. Estratégia 4 - Ampliar e assegurar a oferta de Educação de Jovens e Adultos, no período diurno para contemplar os educandos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento, altas habilidades ou superdotação e outras necessidades educativas especiais. Estratégia 5 - Fortalecer o atendimento especializado aos educandos da Educação Especial inclusos na Educação de Jovens e Adultos. Estratégia 6 - Ampliar e fortalecer o atendimento individualizado aos educandos que tenham impedimento comprovado por meio de laudo médico, garantindo toda assistência pedagógica, material e profissional que se fizer necessária para seu desenvolvimento educacional. Estratégia 7 - Atender a demanda pelos serviços e apoios especializados como complementação do processo de escolarização. Estratégia 8 - Expandir o atendimento às pessoas com surdez garantindo intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras) para educandos surdos nas salas regulares, investindo na formação de recursos humanos, em parcerias com as Instituições de Educação Superior pública e organizações não-governamentais. 121 Estratégia 9 - Garantir transporte adaptado para educandos com necessidades especiais das escolas urbanas e do campo. Estratégia 10 - Promover em parceria com as Universidades, SMEC, SEDUC e CEFAPRO a capacitação da equipe gestora e dos profissionais da educação das unidades escolares estaduais e municipais, bem como assessores pedagógicos estaduais e municipais, para que se assegure, na proposta pedagógica, a inclusão dos educandos com necessidades educacionais especiais. Estratégia 11 - Formação e capacitação dos profissionais da Educação no ensino do Braille. Disponibilizando livros de literatura e didáticos em Braille, falados e em caracteres ampliados, às escolas que têm educandos com deficiência visual, baixa visão, bem como livros adaptados para educandos com deficiência física, por intermédio de parcerias com instituições de assistência social, cultura e organizações não governamentais, União, Estado e Município. Estratégia 12 - Estabelecer parcerias com a área de saúde e assistência social do Estado e Município, previdência e outras instituições civis afins, para aplicar testes de acuidade visual, auditiva e demais exames especializados nos educandos das instituições de Educação Básica, disponibilizando recursos necessários. Estratégia 13 - Implantar, parceria com as Secretarias de Saúde e de Assistência Social do Município e do Estado, programas de orientação e acompanhamento às famílias dos educandos com necessidades educacionais especiais. Estratégia 14 - Articular o atendimento dos serviços de classes hospitalares em hospitais públicos ou conveniados ao SUS aos educandos com necessidades educativas especiais. Estratégia 15 - Buscar o financiamento de ações e programas de inclusão digital às pessoas com necessidades educacionais especiais. 122 Estratégia 16 - Oferecer qualificação profissional aos educandos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, considerando as demandas locais e visando sua colocação e permanência no mercado de trabalho, em parceria com organizações governamentais e não governamentais. Estratégia 17 - Garantir professor auxiliar em turmas que tenham educandos com necessidades de apoio nas atividades de higienização, alimentação e locomoção entre outras, que exijam auxílio constante no cotidiano escolar. Estratégia 18 - Ofertar treinamentos e equipamentos esportivos adequados aos educandos com deficiências em parceria com as demais Secretarias. Estratégia 19 - Assegurar serviços de apoio especializado e de estimulação precoce (interação educativa adequada) para as crianças com necessidades educacionais especiais, em instituições especializadas ou públicas de Educação Infantil de crianças de 0 a 5 anos. Estratégia 20 - Proporcionar via Plano de Ações Articuladas, curso de formação continuada para profissionais de escolas que atendem educandos com necessidades especiais. Estratégia 21 - Promover parcerias com a Secretaria de Saúde para obter diagnóstico dos educandos com os profissionais: psicopedagogo, neurologista, fonoaudiólogo, psicólogo, psiquiatra, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, assistente social, oftalmologista; no sentido de garantir uma equipe multifuncional, a qual venha atender todas as Salas de Recursos Multifuncionais ou educandos incluídos em classes regulares do município, quer pública ou filantrópica. Estratégia 22 - Articular junto a Secretária de Assistência Social e Secretária de Saúde o atendimento aos educandos com deficiência auditiva/visual, que necessitem de aparelho com amplificação sonoro e outros equipamentos que facilitem a aprendizagem. 123 Estratégia 23 - Articular programas sociais destinados ao atendimento de educandos com deficiências, transtornos globais de desenvolvimento ou superdotação/altas habilidades, junto à Assistência Social e Secretaria de Saúde na esfera Federal, Estadual e Municipal. Estratégia 24 - Apoiar campanhas preventivas, desde o pré-natal, que esclareçam sobre as possíveis causas de deficiências e como evitá-las. Estratégia 25 - Estabelecer cooperação com a área de saúde, previdência e assistência social para tornar disponíveis órteses, próteses e atendimento especializado de saúde para os educandos que necessitarem. Estratégia 26 - Articular uma equipe multifuncional responsável pela Educação Especial, para que possa atuar em parceria com os setores de saúde, assistência social, trabalho e previdência e com as organizações da sociedade civil e estadual. Estratégia 27 - Implantar e implementar gradativamente, a partir do 1º (primeiro) ano de vigência deste plano, ações de atendimento aos educandos com altas habilidades nas áreas artísticas, intelectuais ou psicomotora. Estratégia 28 - Promover o envolvimento familiar e principalmente da comunidade no processo de desenvolvimento da personalidade do educando. Estratégia 29 - Promover o ingresso do educando com deficiência e condutas típicas em turmas do ensino regular, sempre que possível. Estratégia 30 - Promover a integração técnica e pedagógica entre educadores que atuam na Educação Básica em salas regulares e os que atendem em Salas de Recursos. Estratégia 31 - Assegurar aos acadêmicos de licenciaturas, estágio supervisionado com atuação prática na área de Educação Especial em Salas de Recursos. 124 Estratégia 32 - Adquirir e assegurar equipamentos desportivos, profissionais e Incentivar à prática com vistas a proporcionar oportunidades aos educandos com deficiência. Estratégia 33 - Realizar avaliação institucional permanente dos serviços de Educação Especial em salas de recursos. Estratégia 34 - Aderir e implementar programas sociais que visem assegurar o acesso, o monitoramento e a permanência dos educandos com deficiência, na escola. Estratégia 35 - Implementar e manter coordenador responsável pela Educação Especial nos órgãos públicos de formação estadual e municipal. Estratégia 36 - Articular junto ao PAR, disponibilidade de recursos de tecnologia assistiva, serviços de acessibilidade e formação continuada de professores, para o atendimento educacional especializado complementar, nas escolas urbanas e do campo. Estratégia 37 - Garantir Salas de Recursos Multifuncionais, o funcionamento e atendimento ao educando. 125 5 EDUCAÇÃO ESCOLAR INDÍGENA 5.1 Diagnóstico/Histórico O Brasil é o país da diversidade étnica. Dentro desse contexto, 0, 26% da população brasileira são indígenas que se distribuem em 305 etnias com o registro de 274 línguas indígenas. Conforme o censo nacional do IBGE (2010) 817.963 mil pessoas são indígenas, destes, 502.783 vivem na zona rural e 315.180 habitam as zonas urbanas brasileiras. Hoje há 462 Terras Indígenas oficialmente reconhecidas pelo território nacional (site da FUNAI/2015). No Estado de Mato Grosso, a população indígena é de aproximadamente 30.000 pessoas, subdividindo-se em 42 povos (site do ISA) destes, 04 se encontram também no município de Juara-MT (Kayabi/Kawayweté, Apiaká, Munduruku e Rikbaktsa). O povo Kayabi faz parte do troco linguístico Tupi. Até meados do século XX, os Kayabi resistiram à entrada dos não índios em seu território. Nessa época habitavam a bacia do Rio dos Peixes, tributário do Rio Arinos e o Rio Verde, tributário do Teles Pires e ainda às margens do rio Batelão. Em 1966 algumas famílias foram levadas pelos irmãos Villas Boas, para o Parque Nacional do Xingu. O Rio dos Peixes não é o território tradicional dos Kayabi, pois o original é a Área Batelão, onde se encontra os restos mortais dos ancestrais. O povo Kayabi em geral, quer seu território para nele habitar e preservar o espaço sagrado. Temos aqui no Rio dos Peixes a Cachoeira Sagrada, nela morreu e vive um grande pajé muito forte. (Povo indígena Kayabi/Kawayweté, em reunião, na construção do Plano Municipal de Educação, aldeia Tatuí, 2014). O povo Kayabi está no Estado de Mato Grosso, no Xingu e no Rio dos Peixes em Juara-MTna Terra Indígena Apiaká-Kayabi. Apresentam um número populacional de 2.202 pessoas (ISA, 2015). Na Terra Indígena Apiaká-Kayabi a população está em torno de 456 pessoas (Posto de Saúde local/2014). O povo indígena Kayabi continua a falar a língua materna, principalmente, os mais velhos, a dançar e a cantar o Kawayweté e o yawosi-festa típica e também ainda pratica a pajelança. Ainda hoje os Kayabi vivem da coleta, caça agricultura e 126 demais meios de sobrevivência. O povo Apiaká pertence ao tronco Tupi. O povo Apiaká não é como qualquer povo Tupi. Possui uma base forte de subsistência na agricultura e até hoje vivem de caça, pesca e coletas. Cultivam vários tipos de mandioca, milho, cará, mangarito, batata-doce, vagem e diversos tipos de feijão, algodão, cabaça e pimenta de várias qualidades e usam muito a castanha-do-pará. A preocupação atual do povo é revitalizar a língua, porque com o contato e com os massacres fomos impedidos de continuar falando o idioma. Também estamos resgatando as pinturas corporais e nossas danças (Povo indígena Apiaká em reunião na construção do Plano Municipal de Educação, aldeia Mayrob, (2014). Os Apiaká moravam ao longo dos grandes rios navegáveis e com o ciclo da seringa entre 1840 a 1916 foram envolvidos nessa atividade, havia inclusive no território tradicional Apiaká seringais com donos que escravizaram os indígenas, utilizando-os como guias, pilotos e mão-de-obra. Para os Apiaká não se articularem entre si, os seringalistas nunca colocavam dois Apiaká juntos na mesma estrada. Eram proibidos de falar a língua e realizar rituais. Como a seringa exigia longo tempo longe da aldeia, eram impedidos de realizar suas atividades agrícolas e culturais... Os relatos evidenciam que eram torturados... Reagiram e mataram um seringalista e o dono do seringal. Essa situação resultou em grandes massacres e sobreviveram 32 Apiaká, sendo a maioria mulheres e crianças. Estes encontraram refúgio na missão Cururu e com os coletores de impostos da borracha, porém, um grupo fugiu para o interior antes do último massacre e continua isolado até hoje. Outro grupo subiu o rio Teles Pires e todos teriam morrido de sarampo, e assim o povo Apiaká se dispersou. O povo Apiaká foi tido como extinto na década de 50. Mas nessa mesma época alguns subiu os rios Juruena e Arinos em direção à Gleba Ária, atual município de Porto dos Gaúchos, onde encontraram com missionários da Missão Anchieta, pediram ajuda, e assim vieram parar na aldeia Tatuí. Com os Kayabi viveram por dois anos. Também fizeram roças do outro lado do Rio dos Peixes, ocasião em que foi encaminhado à criação de uma área indígena Apiaká. O que de fato ocorreu. Em 1968 a área foi demarcada e em 1974 os Apiaká fundaram a aldeia Nova Esperança. Em 1982, sob a liderança de Álvaro Morimã fundou-se a aldeia Mayrob (JUARA, Documento da Secretaria Municipal de Educação e Cultura). 127 Dados Históricos dos Grupos Indígenas Kayabi, os Munduruku, Apiaká e os Rikbaktsa. Juara: Prefeitura de Juara, (Gestão 2001-2004). Atualmente o povo Apiaká, aldeia Mayrob, no Rio dos Peixes tem 56 famílias. O povo Munduruku pertence ao tronco linguístico Tupi, da família Munduruku. É tradicionalmente situada na região do Alto Tapajós no Estado do Pará. Distribuemse nos estados do Amazonas, Pará e Mato Grosso. Tem uma população de 11.630 indígenas Munduruku (Site do ISA, 2015), em Mato Grosso 109 pessoas estão na Terra Indígena Kayabi – Apiaká, na aldeia Nova Munduruku (Posto de Saúde local/2014). Os primeiros contatos surgiram em 1768, na região do Rio Madeira, antiga capitania do Rio Negro-AM, este povo, como outros tantos foram submetidos pelos colonizadores, aos missionários, a exploração das chamadas “drogas do sertão”, a borracha. O povo Mundurukué extrativista da castanha, no passado, fizeram muitas trocas pelos produtos manufaturados como o açúcar e o trigo por borracha e outros produtos da floresta. No século XX, com o estabelecimento da missão São Francisco no Rio Cururu, em 1911, e, mais tarde, em 1940 com a criação do posto indígena de atração Munduruku, solidificou-se junto a essas instituições a empresa extrativista entre os indígenas e não indígenas, atividade que se estende até que ocorre a queda do preço da borracha, em decorrência da Segunda Guerra Mundial. Com a construção da rodovia Transamazônica em 1972, e o seu auge no período de 1975 a 1990 viabilizando o transporte de recursos naturais para outros países, os Munduruku, passam a participar desse processo, arregimentados, para os trabalhos de exploração aurífera, fato que ocorre, com maior intensidade a partir da década de 80. Conforme relatou na época a Senhora Marilândia Apiaká, o senhor Solano Munduruku foi o primeiro índio a chegar nessa área (Mato Grosso/ Rio dos PeixesJuara) em 1975. Depois voltou para buscar seus parentes que moravam no estado do Pará, veio em 1976 duas famílias, a do senhor Olavo e do senhor Pedrinho Apiaká e ficou morando na mesma área. Em 1982, Solano retorna para o estado do Pará, e dessa vez, veio uma família Munduruku, a família do senhor Joaquim Munduruku. Visitou a família e gostando do lugar, no ano de 1985, no mês de agosto ele volta novamente para Mato Grosso dessa vez trouxe mais duas famílias 128 Munduruku, o irmão de Joaquim, o senhor Celestino Crixi e família e o senhor Osmarino Munduruku e família; e foram morar na aldeia Mayrob (JUARA, Documento da Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Dados Históricos dos Grupos Indígenas Kayabi, os Munduruku, os Apiaká e os Rikbaktsa. Juara: Prefeitura de Juara, Gestão 2001-2004). A partir de 1985 as famílias foram ampliando. No ano de 1988, no dia 24 de junho é fundada uma aldeia do povo Munduruku pelo Sr. Joaquim Munduruku, atual Cacique. Preservamos a nossa língua e cultura, ensinamos nosso idioma para nossas crianças, contamos histórias dos nossos antepassados para que no dia de amanhã eles contem também para seus filhos e assim por diante. Apesar de alguns estarem falando mais o português, o esforço da comunidade é frequente no intuito de ensinar as crianças a falarem a língua (Povo indígena Munduruku em reunião na construção do Plano Municipal de Educação, aldeia Nova Munduruku, 2014). O povo Rikbaktsa aparece pela primeira vez na história, na ocasião da abertura dos seringais do terceiro ciclo da borracha. A população geral do povo Rikbaktsa é de 1.324 habitantes (Site ISA/2015). A língua falada é o magro-gê. O povo Rikbaktsa se organiza socialmente por clãs que são representados por arara amarela, arara vermelha, arara cabeçuda, Umahãtsa ``figueira macuquinho, pacova, Bistsiuktsa ``imbirici´´, Dururuk ``onça preta, Zeohopytsajenipapo (JUARA, Documento da Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Dados Históricos dos Grupos Indígenas Kayabi, os Munduruku, os Apiaká e os Rikbaktsa. Juara: Prefeitura de Juara, Gestão 2001-2004). Baseiam-se em plantios de milho, mandioca, banana e coleta de Castanha do Pará. É um povo que pratica a caça. Uma das grandes qualidades deste povo é que são hábeis manejadores de canoa. Por isso, também são conhecidos como canoeiros. É um povo conhecedor das plantas medicinais da mata. Quando a criança fica doente a mãe e o pai pega remédio do mato e dá o banho na criança com estas ervas. Após o banho mãe pega a água e o remédio que a criança tomou banho e joga no ninho do carregador (saúvas), para levar a doença da criança e não ficar doente muito fácil. A erva que é usada para passar no umbigo é chamado pelos Rikbaktsa de Wipipik, e pelos não índios de escorrega macaco. O caramujo que é usado é da água. (JUARA, Documento da Secretaria Municipal de 129 Educação e Cultura. Dados Históricos dos Grupos Indígenas Kayabi, os Munduruku, os Apiaká e os Rikbaktsa. Juara: Prefeitura de Juara, Gestão 2001-2004). Essa realidade é que leva à necessidade de se construir uma educação escolar intercultural, bilíngue e/ou multilíngue, diferenciada e específica para o povo indígena. Direito assegurado em 1988 no texto constitucional, cujo regulamento encontra-se em vários textos legais infraconstitucionais. Na LDB nº 9394 de 20 de dezembro de 1996, na Resolução CNE/CEB nº 3 de 17/11/1999 do Conselho Nacional de Educação. Essa resolução fixa Diretrizes nacionais para o funcionamento das escolas indígenas, a Resolução CNE/CEB nº 05/2012 que Define as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na Educação Básica. No Estado de Mato Grosso, é a Resolução nº 201/04-CEE/MT que fixa normas estaduais para a estrutura, funcionamento e organização das Escolas Indígenas no Sistema Estadual de Ensino e dá outras providências. Esses documentos são resultados das lutas dos povos indígenas. A responsabilidade da ação educativa dos povos indígenas pertencia à Fundação Nacional do Índio/FUNAI, depois passou para o MEC/Ministério da Educação e Cultura pelo Decreto nº 26/1991. A Lei Federal nº 13.005 de 25/06/2014 aprova o Plano Nacional de Educação. E a Lei n° 10.111 de 06 de junho de 2014 aprova o Plano Estadual de Educação e nesta se encontra registradas a meta 13 e as 15 estratégias direcionadas a educação escolar indígena. O Plano Nacional aponta que por não haver clareza na distribuição da responsabilidade entre os entes federados: União, Estados e Municípios, esta modalidade de ensino não teve o avanço esperado e a estadualização e/ou a municipalização nem sempre se efetivou com garantias dos direitos prescritos na legislação. Um aspecto positivo da educação escolar indígena em Mato Grosso refere-se ao vínculo institucional das escolas e dos professores ao Estado e municípios. Conforme o Banco de dados do Censo/SEDUC-MT/2013, Mato Grosso conta com 108 Escolas Indígenas, sendo 41 Escolas Municipais com 8.820 alunos, e, 67 Escolas Estaduais com 10.386 alunos. Totalizando 19.206 alunos. Deste total, 579 pertencem ao Município de Juara. Conforme o Plano Estadual de Educação (2008-2017) o atendimento escolar teve um aumento de demanda e oferta no Estado. Alunos índios matriculam-se em 130 escolas não indígenas e não são atendidos dentro das perspectivas das especificidades e diferenças indígenas. Estando em escolas não indígenas não são contabilizados no censo escolar como alunos indígenas. O Estado de Mato Grosso, através da SEDUC/MT, vem ao longo de dezenove anos acolhendo as lutas e os anseios das sociedades indígenas, promovendo a formação de professores indígenas. O Projeto TUCUM, Programa de Formação de Professores indígenas para o Magistério, funcionou nos anos de 1995 e 1996 e esteve presente em 16 municípios do Estado de Mato Grosso, habilitou 176 indígenas na modalidade de ensino parcelado e em serviço. Dentre as 11 etnias atendidas estão: o povo Kayabi, Apiaká, Munduruku e Rikbaktsa. Gazzetta (1998). Foi coordenado pela Secretaria de Estado de Educação e pela Coordenadoria de Assuntos Indígenas em parcerias e apoio de prefeituras, PNUD/PRODEAGRO, FUNAI, UNEMAT, UFMT e ONGs. O Projeto Pedra Brilhante-Urucum, inicialmente coordenado pelo ISA e posteriormente pela SEDUC e FUNAI possibilitou a formação de 50 professores, de 15 etnias xinguanas. O Projeto Mebengôkrê contemplou 53 professores indígenas do povo Panará/Tapajuna coordenado pela SEDUC / FUNAI, até 2006. O Projeto Haiyô – Curso de Formação de Professores Indígenas Magistério Intercultural, que teve início em 2005, coordenado pela Secretaria de Estado de Educação, em parceria com MEC, FUNAI, municípios e outras instituições, atendeu a 200 professores indígenas (Fonte: Plano Estadual de Educação 2008 – 2017). Essas experiências de formações específicas em magistério com os povos indígenas no Estado de Mato Grosso contribuíram para a formalização da proposta do Terceiro Grau Indígena, portanto, foi dentro desta modalidade diferenciada que nasce o projeto específico de universidade para professores/as indígenas. “Os professores/as indígenas da TI Apiaká-Kayabi concentram a sua formação em ensino superior na UNEMAT” (Ferreira, p. 119, 2014). A participação dos professores/as indígenas nesses projetos é resultante da própria insistência e mobilização das respectivas etnias e se ancorava num movimento que já era nacional, além de ser uma exigência da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, pois o estado de Mato Grosso via SEDUC, procura atender as exigências da LDB/96. As formações específicas tem se efetivado por intermédio da Secretaria de 131 Educação e da parceria firmada com a Universidade Estadual de Mato Grosso, FUNAI, FUNASA e Prefeitura Municipal de Barra do Bugres. Atualmente a parceria é feita via Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia. A formação de professores em nível superior iniciou-se oficialmente em 2001. Até os dias atuais a UNEMAT, em parceria com outros órgãos continua com as atividades de formação de professores indígenas. São os professores indígenas com formação nos respectivos projetos e ainda em formação que atuam na Educação Escolar Indígena no Município de Juara, que é atendida pela rede Estadual sob a responsabilidade da Secretaria Estadual de Educação, situada em Cuiabá/MT. Nos gráficos 35, 36, 37 e 38. Apresentam os dados dos alunos da Educação Escolar Indígena do Ensino Fundamental de 2010, 2011, 2012 e 2013 da Educação Escolar Indígena das seguintes Escolas: 1-EEIEB. Leonardo Crixi Apiaká, aldeia Mayrob, Etnia Apiaká; 2-EEIEB. Juporijup, aldeia Tatuí, Etnia Kayabi; 3-EEI., aldeia Munduruku, Etnia Munduruku. Gráfico 35 - Ensino Fundamental Educação Escolar Indígena/Rede Estadual Zona Rural/Área Indígena/2010. 70 60 Nº DE ALUNOS 50 40 30 20 10 0 1ºC/1ªF 1ºC/2ªF 1ºC/3ªF 2ºC/1ªF 2ºC/2ªF 2ºC/3ªF 3ºC/1ªF 3ºC/2ªF 3ºC/3ªF Aprovado 24 26 34 31 20 22 58 36 20 Retido 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Evadido 0 0 0 0 0 2 0 0 7 Transfêrido 1 0 0 0 0 1 2 0 2 Fonte: Ata de resultados finais/ Escola/Sigeduca/MT. 132 Gráfico 36 - Ensino Fundamental Educação Escolar Indígena/Rede Estadual/Zona Rural/Área Indígena 2011. Nº DE ALUNOS 60 50 40 30 20 10 0 1ºC/1ªF 1ºC/2ªF 1ºC/3ªF 2ºC/1ªF 2ºC/2ªF 2ºC/3ªF 3ºC/1ªF 3ºC/2ªF 3ºC/3ªF Aprovado 23 25 27 34 30 35 3 55 35 Retido 0 0 0 0 0 0 0 0 4 Evadido 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Transfêrido 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Fonte: Ata de resultados finais/ Escola/Sigeduca/MT. Gráfico 37 - Ensino Fundamental Educação Escolar Indígena/Rede Estadual/Zona Rural/Área Indígena/2012. 60 50 Nº DE ALUNOS 40 30 20 10 0 1ºC/1ªF 1ºC/2ªF 1ºC/3ªF 2ºC/1ªF 2ºC/2ªF 2ºC/3ªF 3ºC/1ªF 3ºC/2ªF 3ºC/3ªF Aprovado 37 24 8 30 31 53 39 21 46 Retido 0 2 0 0 0 0 0 0 0 Evadido 1 0 0 0 3 0 2 6 0 Transfêrido 2 0 0 0 0 0 1 1 1 Fonte: Ata de resultados finais/ Escola/Sigeduca/MT. 133 Gráfico 38 - Ensino Fundamental Educação Escolar Indígena/Rede Estadual/Zona Rural/Área Indígena/2013. 45 40 35 Nº DE ALUNOS 30 25 20 15 10 5 0 1ºC/1ªF 1ºC/2ªF 1ºC/3ªF 2ºC/1ªF 2ºC/2ªF 2ºC/3ªF 3ºC/1ªF 3ºC/2ªF 3ºC/3ªF Aprovado 30 20 22 25 29 35 40 35 8 Retido 0 0 0 0 0 0 2 5 0 Evadido 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Transfêrido 0 0 0 0 0 1 1 1 0 Fonte: Ata de resultados finais/ Escola/Sigeduca/MT. Nos gráfico 39,40 e 41. Quadro de Alunos da Educação Escolar Indígena do Ensino Médio de 2011, 2012 e 2013 da Educação Escolar Indígena das seguintes Escolas: 1-EEIEB. Leonardo Crixi Apiaká, aldeia Mayrob, Etnia Apiaká; 2- EEIEB. Juporijup, aldeia Tatuí, Etnia Kayabi; 3-EEI. Krixi Barompô, aldeia Munduruku, Etnia Munduruku. Gráfico 39 - Ensino Médio Educação Escolar Indígena/Rede Estadual/Zona Rural/Área Indígena /2011. Nº DE ALUNOS 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 1º ANO 1º ANO 2º ANO 2º ANO 3º ANO 3º ANO Aprovado 35 90% 1 100% 0 0% Retido 4 10% 0 0% 0 0% Evadido 0 0% 0 0% 0 0% Transferido 0 0% 0 0% 0 0% Total de Matricula 39 100% 1 100% 0 0% Fonte: Ata de resultados finais/ Escola/Sigeduca/MT. 134 Gráfico 40 - Ensino Médio Educação Escolar Indígena/Rede Estadual/Zona Rural/Área Indígena/2012. Nº DE ALUNOS 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 1º ANO 1º ANO 2º ANO 2º ANO 3º ANO 3º ANO Aprovado 33 79% 19 91% 2 100% Retido 1 2% 0 0% 0 0% Evadido 6 14% 2 9% 0 0% Transferido 2 5% 0 0% 0 0% Total de Matricula 42 100% 21 100% 2 100% Fonte: Ata de resultados finais/ Escola/Sigeduca/MT. Gráfico 41 - Ensino Médio Educação Escolar Indígena/Rede Estadual/Zona Rural/Área Indígena/2013. 80 70 Nº DE ALUNOS 60 50 40 30 20 10 0 1º ANO 1º ANO 2º ANO 2º ANO 3º ANO 3º ANO Aprovado 52 70% 31 84% 11 48% Retido 1 1% 1 3% 9 39% Evadido 19 26% 3 8% 1 4% Transferido 2 3% 2 5% 2 9% Total de Matricula 74 100% 37 100% 23 100% Fonte: Ata de resultados finais/ Escola/Sigeduca/MT. No gráfico 42 apresenta os dados dos alunos da Educação Escolar Indígena de 2013 do 2º segmento – EJA da EEIEB. Juporijup, aldeia Tatuí, Etnia Kayabi. 135 Gráfico 42 - Ensino Fundamental Educação Escolar Indígena/2ºSEG./EJA-Área de Linguagens, Ciências Naturais e Matemática e Ciências Humanas/Rede Estadual/Zona Rural/Área Indígena/2013. Nº de Alunos 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 Aprovado Retido Evadido Transferido Total de Matrículas 2º Seg/EJA-2013 14 0 3 0 17 2º Seg/EJA-2013 82% 0 18% 0 100% Fonte: Ata de resultados finais/ Escola/Sigeduca/MT. No gráfico 43 apresenta o Quadro de Professores efetivos e interinos da Educação Escolar Indígena de 2014 das seguintes Escolas: 1-EEIEB. Leonardo Crixi Apiaká, aldeia Mayrob, Etnia Apiaká; 2- EEIEB. Juporijup, aldeia Tatuí, Etnia Kayabi; 3-EEI. Krixi Barompô, aldeia Munduruku, Etnia Munduruku. Sendo 09 professores com Ensino Fundamental, 13 com Ensino Médio, 09 Ensino Médio Projeto Tucum e Projeto Haiyô, 02 de Letras, 01 História e 01 de MatemáticaGraduação Específica para Professores Indígenas, ministrado pela UNEMAT de Barra do Bugres. Nº de Professores Gráfico 43 - Professores efetivos e interinos da Educação Indígena/Rede Estadual/Zona Rural/Área Indígena/2014. 14 12 10 8 6 4 2 0 Magistér Ens.Fund Ens.Médi io amental o Intercult ural Letras Matemá tica História Efetivo superior 0 0 0 1 0 0 Interino Ens.Fundamental 9 0 0 0 0 0 Interino Ens.Médio 0 13 0 0 0 0 Interino Magistério Intercultural 0 0 9 0 0 0 Interino Superior 0 0 0 1 1 1 Fonte: Quadro de lotação Escola /SEDUC/MT. 136 No gráfico 44. Quadro de Profissionais da Educação Escolar Indígena de 2014 das seguintes Escolas: 1-EEIEB. Leonardo Crixi Apiaká, aldeia Mayrob, Etnia Apiaká; 2- EEIEB. Juporijup, aldeia Tatuí, Etnia Kayabi; 3-EEI. Krixi Barompô, aldeia Munduruku, Etnia Munduruku. Sendo 03 Técnico Administrativo com Ensino Médio, 05 AAE/Infraestrutura com Ensino Médio, 05 AAE/Nutrição com Ensino médio e 3 AAE/Infraestrutura/vigia com Ensino médio . Gráfico 44 - Profissionais interinos da Educação Escolar Indígena/Rede Estadual/Zona Rural/Área Indígena/2014. 6 5 Nº DE ALUNOS 4 3 2 1 0 TAE AAE/INFRAESTRU AAE/NUTRIÇÃO TURA AAE/VIGIA Ensino Fundamental 0 0 0 0 Ensino Médio 3 5 5 3 Fonte: Quadro de lotação Escola /SEDUC/MT 5.2 Diretrizes Durante o ano de 1988, o movimento indígena e o movimento de apoio aos índios se articularam para conduzir as iniciativas referentes aos direitos indígenas na futura constituição do país. Além de participar das discussões de temas correlatos, assessoraram os parlamentares na elaboração de propostas e emendas constitucionais em favor dos índios. (GRUPIONI, 1993, p.33) A Constituição Federal de 1988 e no texto da LDB (1996) asseguram no Art. 32, no parágrafo 3º que: “O ensino fundamental regular será ministrado em língua 137 portuguesa, assegurada às comunidades indígenas a utilização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem”. Fica sob a responsabilidade do Ministério da Educação que atribui aos Estados e Municípios a sua execução. A educação escolar bilíngue, adequada às peculiaridades culturais dos diferentes povos, será atendida por professores indígenas. A formação inicial e continuada dos próprios indígenas, que devem ser os professores de suas comunidades, deve ocorrer em serviço e concomitantemente à sua própria escolarização, contemplando: a elaboração de currículos e programas específicos para escolas indígenas; o ensino bilíngue, no que se refere à metodologia e ensino de segundas línguas e ao estabelecimento e uso de um sistema ortográfico das línguas maternas; e a elaboração de materiais didático-pedagógicos, bilíngues ou não, para uso nas escolas instaladas em suas comunidades e suas escolas devem ser fortalecidas financeiras, técnica e estruturalmente, primando pelo aperfeiçoamento e o reconhecimento de uma Educação diferenciada e de qualidade, garantindo assim, sua consolidação. (Plano Estadual de Educação, 2007-2018) A consolidação das escolas indígenas será efetivada mediante o seu fortalecimento pedagógico. E para que ocorra este desejo dos povos indígenas, necessário se faz que os cursos de formação de professores indígenas sejam específicos, e que haja formação continuada nos moldes da formação inicial. Que haja a produção de materiais didáticos específicos conforme a realidade de cada povo. Que estes sejam conforme aponta o Plano Estadual de Educação (20072018),elaborado no contexto dos cursos de formação de professores e nas oficinas pedagógicas, em parceria com a FUNAI, MEC, CEFAPRO, universidades, organizações indígenas e não indígenas, SEDUC e secretarias municipais, estimulando a avaliação, através da Comissão Nacional de Educação Escolar Indígena do MEC. Apontam-se como Diretrizes os princípios a serem trabalhados da Educação Escolar Indígena, são eles: a afirmação étnica, linguística e cultural das sociedades indígenas; defesa da autonomia, das terras indígenas e de seus projetos societários; articulação e intercâmbio entre os conhecimentos das diferentes sociedades indígenas e não indígenas. Temáticas organizadas no Referencial Curricular Nacional Para Escolas Indígenas (1998). É também diretriz que as escolas indígenas garantam em seus projetos 138 políticos pedagógicos, a vontade e as necessidades da comunidade em que está inserida, deve-se garantir que as representações da comunidade sejam consideradas nas decisões relativas ao funcionamento da escola, e respeitando estas decisões, cabe ao poder público implantar programas de profissionalização com as especificidades socioculturais, que contribuam para a superação da demanda nutricional e de renda da população indígena. Todos os setores educacionais precisam valorizar e divulgar a cultura indígena como parte da cultura brasileira, (Lei n° 11.645/2008) seus costumes, como seus conhecimentos, artesanatos, mitos e crenças. Especificamente nas universidades, devem-se garantir, nos currículos dos cursos de licenciatura, discussões sobre a diversidade cultural, incluindo a pluralidade cultural como um dos eixos dos currículos escolares. 5.3. Metas e Estratégias Meta 1 - Articular, apoiar e incentivar no atendimento a população indígena (em 100%), em todos os níveis de ensino, apoiando a execução de atividades educativas, esportivas e culturais. Estratégia 1 - Articular Anualmente junto a Secretaria Municipal de Esporte e Lazer a realização das olimpíadas intercultural indígena para atendimento da educação escolar indígena. Estratégia 2 - Divulgar a cultura indígena e atividades interculturais nas festividades que o município promove e junto as instituição educacionais de Educação Básica e Ensino Superior. Estratégia 3 - Realizar em parceria Secretaria Municipal de Educação, Secretaria de Assistência social, Secretaria de Saúde, AIS (AGENTE INDÍGENA DE SAÚDE) e Assessoria pedagógica o mapeamento da população escolarizável que se encontra fora da escola. 139 Estratégia 4 - Articular junto a Assessoria Pedagógica/SEDUC via PAR e FUNAI a aquisição de transporte escolar para alunos e professores, para formação inicial e continuada, bem como, atividades educacionais. Estratégia 5 - Colaborar com as escolas indígenas no transporte para os profissionais da educação em eventos científicos, culturais e esportivos, nos períodos de recebimentos de salários e inserção de documentação de contratação junto a assessoria pedagógica. Estratégia 6 - Articular junto a Assessoria Pedagógica e SEDUC a autorização da EJA para ensino fundamental e ensino médio e que as mesmas seja ofertadas na própria escola indígena. Estratégia 7 - Articular junto a Secretaria Municipal de Assistência Social e de Agricultura e os cursos de qualificação ofertada pelo SENAR. Estratégia 8 - Articular junto às escolas públicas e privadas, no preenchimento do censo escolar, os alunos indígenas com necessidades Especiais, beneficiários do BPC (Benefício de Prestação Continuada) e o transporte escolar. Estratégia 9 - Apoiar projetos de extensão e de formação em nível superior para professores indígenas junto às universidades públicas do estado. Estratégia 10 - Apoiar o movimento indígena junto a OPRINT (Organização dos Professores Indígenas de Mato Grosso), CEI (Conselho Estadual Indígena) e Organização Indígena do Noroeste do Estado de Mato Grosso na construção de um Sistema Educacional Indígena que comporte as especificidades da educação escolar indígena, com plano de carreira e concurso específico para professores indígenas conforme CONEI 2010. Estratégia 11 - Assegurar a permanência dos alunos indígenas através de incentivo para os anos finais do Ensino Fundamental e Ensino Médio com a contratação de professores articuladores. 140 6 EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 6.1 Diagnóstico A Constituição Federal de 1988 assegura o direito de todos à Educação Básica o exercício da cidadania. O Artigo 6º institui a educação como um dos direitos sociais do cidadão, o Artigo 205 ratifica-a o direito de todos. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nos Artigos 84, 85 e 87, respalda esses direitos, ao considerar que a educação é dever do Estado. Estes princípios também são referendados na Declaração Universal dos Direitos Humanos. Estas determinações legais indicam às instâncias governamentais o compromisso da criação e implementação de políticas educacionais que assegurem a toda demanda potencial da EJA o acesso, a permanência e a conclusão da Educação Básica. Em atenção às orientações nacionais, o Estado de Mato Grosso regulamentou a Educação de Jovens e Adultos por meio da Lei Complementar nº 49/98. O Conselho Estadual de Educação a normatizou por meio da Resolução Normativa nº 005/2011 – CEE/MT, publicada no D.O 28 de dezembro de 2011. Enfrentar a erradicação do analfabetismo e a baixa escolarização da população brasileira requer ousadia para superar uma dívida social que se acumula a década em nosso país. Erradicar o analfabetismo pressupõe, necessariamente, investir na Educação de Jovens e Adultos (EJA), considerada hoje uma modalidade da Educação Básica. A EJA deve constituir-se numa prática pedagógica interdisciplinar que possibilite apropriação dos conhecimentos construídos pela humanidade. Condição necessária para que a realidade seja compreendida e os problemas sociais amenizados. A proposta pedagógica deve considerar as vivências e experiências dos jovens e adultos e, por meio de trabalho pedagógico, buscar a relação teoria e prática. Tal procedimento fundamenta-se no reconhecimento de cada pessoa como produtora do conhecimento necessário à interpretação do seu cotidiano e de suas 141 práticas domésticas, familiares, artísticas, sociais, econômicas e políticas que constituem à sua cultura. A Educação de Jovens e Adultos, apesar da carga horária reduzida, em função do reconhecimento e valorização das experiências e dos saberes acumulados pelos alunos, não pode caracterizar-se como uma educação de menor qualidade. Assim, na EJA, é importante a presença dos diferentes componentes curriculares, associada à formação adequada dos professores, para garantir um diálogo que permita considerar os conhecimentos anteriores do aluno adulto. Não cabe, em nome da redução de recursos, agregarem componentes curriculares por meio da unidocência correspondente aos níveis de Ensino Fundamental e Ensino Médio, como vem ocorrendo em programas realizados pelas centrais sindicais com recursos do Fundo de Apoio ao Trabalhador do Ministério do Trabalho (FAT/MT). Número de Alunos Gráfico 45 - alunos do 1º Seg./EJA Zona Rural/Rede Municipal - 2012 e 2013. Aprovado Retido Evadido Transferido Total de Matricula 2012 49 0 12 0 61 2012 80% 0% 20% 0% 100% 2013 1700% 0 2300% 0 40% 2013 42% 0% 5800% 0% 100% Fonte: Atas de resultados finais Escola/SMEC/MT. 142 Gráfico 46 - Alunos do 2º Seg./EJA Zona Rural/Rede Estadual - 2010 a 2013/Área Ciências Humanas. 60 Número de Alunos 50 40 30 20 10 0 2010 2010 2011 2011 2012 2012 2013 2013 Aprovado 30 91% 20 100% 18 100% 33 63% Retido 3 9% 0 0% 0 0% 0 0% Evadido 0 0% 0 0% 0 0% 18 35% Transferido 0 0% 0 0% 0 0 1 1% Total de Matricula 33 100% 20 100% 18 100% 52 100% Fonte: Atas de resultados finais Escola/SMEC/MT. Número de Alunos Gráfico 47 - Alunos do 2º Seg./EJA Zona Rural/Rede Estadual– 2010 a 2013/Área Ciências Naturais e Matemática. 2010 2010 2011 2011 2012 2012 2013 2013 Aprovado 7 50% 6 100% 74 87% 19 79% Retido 7 50% 0 0% 2 2% 0 0% Evadido 0 0% 0 0% 9 11% 4 17% Transferido 0 0% 0 0% 0 0% 1 4% Total de Matricula 14 100% 6 100% 85 100% 24 100% Fonte: Atas de resultados finais Escola/SMEC/MT. 143 Número de Alunos Gráfico 48 - Alunos do 2º Seg./EJA Zona Rural/Rede Estadual - 2010 a 2013/Área de Linguagens 2010 2010 2011 2011 2012 2012 2013 2013 Aprovado 16 70% 0 0% 71 89% 24 75% Retido 7 30% 0 0% 5 6% 0 0% Evadido 0 0% 0 0% 4 5% 8 25% Transferido 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% Total de Matricula 23 100% 0 0% 80 100% 32 100% Fonte: Atas de resultados finais Escola/SMEC/MT. Número de Alunos Gráfico 49 - Alunos do 1º Seg./EJA Zona Urbana/Rede Estadual 2010 a 2013 2010 2010 2011 2011 2012 2012 2013 2013 Aprovado 77 51% 54 55% 0 0% 23 29% Retido 75 49% 17 17% 0 0% 3 4% Evadido 0 0% 26 26% 0 0% 55 67% Transferido 0 0% 2 2% 0 0% 0 0% 152 100% 97 100% 0 0% 81 100% Total de Matricula Fonte: Atas de resultados finais Escola/SMEC/MT. No gráfico nº 49 não aparece os dados de 2012, porque o CEJA José Dias não ofertou o 1º segmento EJA. 144 Numero de Alunos Gráfico 50 - Alunos do 2º Seg./EJA Zona Urbana/Rede Estadual 2010 a 2013/Área de Linguagens. 2010 2010 2011 2011 2012 2012 2013 2013 Aprovado 459 88% 347 64% 247 50% 163 51% Retido 64 12% 70 13% 52 10% 46 14% Evadido 0 0% 120 22% 187 38% 107 33% Transferido 0 0% 2 1% 10 2% 5 2% 523 100% 539 100% 496 100% 321 100% Total de Matricula Fonte: Atas de resultados finais Escola/SMEC/MT. Numero de Alunos Gráfico 51 - Alunos do 2º Seg/EJA Zona Urbana/Rede Estadual 2010 a 2013/Área Ciências Naturais e Matemática 2010 2010 2011 2011 2012 2012 2013 2013 Aprovado 391 80% 286 59% 250 51% 135 51% Retido 96 20% 63 13% 57 12% 39 15% Evadido 0 0% 131 27% 172 36% 88 33% Transferido 0 0% 5 1% 3 1% 3 1% 489 100% 485 100% 482 100% 265 100% Total de Matricula Fonte: Atas de resultados finais Escola/SMEC/MT. 145 Numero de Alunos Gráfico 52 - Alunos do 2º Seg./EJA Zona Urbana/Rede Estadual 2010 a 2013/Área de Ciências Humanas. 2010 2010 2011 2011 2012 2012 2013 2013 Aprovado 393 80% 240 56% 274 58% 156 49% Retido 95 19% 68 16% 53 11% 36 11% Evadido 0 0% 115 27% 139 29% 124 39% Transferido 1 1% 5 1% 8 2% 2 1% 489 100% 428 100% 474 100% 318 100% Total de Matricula Fonte: Atas de resultados finais Escola/SMEC/MT. Numero de Alunos Gráfico 53 - Alunos do Ensino Médio/EJA Zona Urbana/Rede Estadual 2010 a 2013/Área de Linguagens e suas Tecnologias. 2010 2010 2011 2011 2012 2012 2013 2013 Aprovado 202 85% 244 68% 329 65% 195 66% Retido 36 15% 25 7% 32 6% 22 7% Evadido 0 0% 85 24% 135 27% 77 26% Transferido 0 0% 2 1% 10 2% 2 1% 238 100% 356 100% 506 100% 296 100% Total de Matricula Fonte: Atas de resultados finais Escola/SMEC/MT. 146 Numero de Alunos Gráfico 54 - Alunos do Ensino Médio/EJA Zona Urbana/Rede Estadual 2010 a 2013/Área de Ciências Naturais e Matemática e suas Tecnologias. 2010 2010 2011 2011 2012 2012 2013 2013 Aprovado 196 73% 321 67% 338 58% 217 69% Retido 74 27% 58 12% 35 6% 11 3% Evadido 0 0% 96 20% 205 35% 88 28% Transferido 0 0% 3 1% 7 1% 0 0% 270 100% 478 100% 585 100% 316 100% Total de Matricula Fonte: Atas de resultados finais Escola/SMEC/MT. Numero de Aluno Gráfico 55 - Alunos do Ensino Médio/EJA Zona Urbana/Rede Estadual 2010 a 2013/Área de Ciências Humanas e suas Tecnologias. 2010 2010 2011 2011 2012 2012 2013 2013 Aprovado 190 80% 264 69% 309 62% 185 56% Retido 47 20% 52 14% 55 12% 43 13% Evadido 0 0% 60 16% 120 24% 99 30% Transferido 0 0% 5 1% 12 2% 3 1% 237 100% 381 100% 496 100% 330 100% Total de Matricula Fonte: Atas de resultados finais Escola/SMEC/MT. . 147 Tabela 17- Crescimento Populacional do Município nos últimos três anos. 2010 2011 2012 2013 POPULAÇÃO TOTAL 32.791 32.948 33.100 33.353 URBANA 26.020 26.160 26.260 26.615 RURAL 6.771 6.788 6.840 6.738 Fonte: Agenda Territorial/SEDUC/2013. TABELA 18 - FORMAÇÃO ÉTNICA DO MUNICÍPIO. FORMAÇÃO ÉTNICA Brancos Negros Mestiços Indígenas Outros ABSOLUTOS 14.392 2.076 14.801 1.522 0 PORCENTAGENS 43.89% 6.33% 45.14% 4.64% 0% Fonte: Agenda Territorial/SEDUC/2013. TABELA 19 - COMUNIDADES TRADICIONAIS EXISTENTES NO MUNICÍPIO. Quilombola Ribeirinhas Pescadores Seringueiros Pantaneiros Assentados Atingidos por barragens Egressos de trabalhos escravos ABSOLUTOS 0 0 0 0 0 150 0 0 PORCENTAGEM 0% 0% 0% 0% 0% 0,45% 0% 0% Fonte: Agenda Territorial/SEDUC/2013. 148 TABELA 20 - POPULAÇÃO DE JUARA POR FAIXA ETÁRIA. 15 A 19 ANOS 20 A 29 ANOS 30 A 49 ANOS 50 A 59 ANOS 60 A 74 ANOS 74 OU MAIS POPULAÇÃO TOTAL 3.128 5.963 9.788 2.705 1.939 559 URBANA 2.471 4.711 7.733 2.137 1.532 442 RURAL 657 1.252 2.055 568 407 117 Fonte: Agenda Territorial/SEDUC/2013 TABELA 21- Matrículas de alunos de 15 anos a 24 anos-CEJA - Jose Dias. 15 a 24 anos Total HOMEM MULHER ZONA URBANA 2010 2011 2012 2013 1.246 580 456 581 748 348 282 305 498 232 172 276 1246 576 442 564 0 04 08 17 ZONA RURAL Fonte: Agenda Territorial/SEDUC/2013. TABELA 22- Matrículas de alunos de 25 anos a29 anos- CEJA José Dias. 25 a 29 anos Total HOMEM MULHER ZONA URBANA ZONA RURAL 2010 2011 2012 2013 192 172 147 92 70 58 27 105 102 89 56 197 163 141 78 0 09 06 05 83 Fonte: Agenda Territorial/SEDUC/2013. 149 TABELA 23 - Matrículas de alunos de 30 anos a 45 anos-CEJA José Dias. 2010 2011 2012 732 401 248 176 110 88 95 556 291 160 206 732 388 248 284 0 13 52 17 Total 30 a 45 anos 2013 301 HOMEM MULHER ZONA URBANA ZONA RURAL Fonte: Agenda Territorial/SEDUC/2013. TABELA 24 - Matrículas de alunos de46 anos ou mais – CEJA José Dias. 46 anos ou mais Total 46 anos ou mais HOMEM MULHER ZONA URBANA ZONA RURAL 2010 237 60 177 237 0 2011 89 17 72 86 03 2012 108 45 63 66 42 2013 108 28 80 87 21 Fonte: Agenda Territorial/SEDUC/2013. 6.2 Diretrizes A Educação de Jovens e Adultos – EJA, legalmente reconhecida como uma modalidade de ensino da educação básica, destinada àqueles que não tiveram acesso ou condições de continuidade de estudos no ensino fundamental ou médio na idade certa, precisa ser assumida como uma política educacional pelas esferas municipais e estaduais. A EJA em Mato Grosso deverá conjugar quantidade com qualidade, comprometendo-se com os mesmos objetivos do Plano Nacional de Educação. Sua missão é formar pessoas para seu tempo, capacitando-as a construir autonomamente seu futuro, com redução de desigualdades sociais e regionais. A construção de uma proposta diferenciada que reconheça a identidade de Jovens e Adultos passa também pela distinção desta modalidade de ensino, que comumente é encarada como ensino regular, sem características próprias. O reconhecimento das especificidades da EJA por meio da oferta de uma educação diferenciada, com metodologia e organização curricular específica no tocante à sua 150 demanda, abarca as peculiaridades educacionais dos Povos Indígenas, do Campo, Quilombolas e privados de liberdade. A perspectiva orientadora da Educação de Jovens e Adultos implementada nos sistemas educacionais advém da educação não formal, ligada aos movimentos sociais. Portanto, em princípio, está mais ligada às questões emancipatória, tanto no aspecto filosófico quanto na sua estruturação. Neste sentido, a organização dos Currículos pode se dar a partir dos princípios pedagógicos dos “círculos de cultura” orientado pela concepção de educação defendida por Paulo Freire, nos anos de 1960. Entretanto, ao se transformar em uma política pública que tem como centro a escolarização, a EJA passou, necessariamente, a ser regrada e normatizada, uma vez que, na medida em que é oferecida em escolas, toda a carga regulatória da escola passa a fazer parte de sua concepção. Em outras palavras, na EJA se colocam em dialogo duas tradições opostas: a tradição da educação popular, ligada ao conhecimento como emancipação e o tempo flexível, e a tradição dos sistemas educativos, ligada ao conhecimento como regulação e o tempo como disciplina. Nesse sentido, é preciso oferecer condições de adaptabilidade aos sistemas, para serem capazes de alcançar a realidade dessa demanda educacional, superando burocracias e a cultura organizacional da escola. Assim, a flexibilização de tempo e espaço para o atendimento da EJA é necessário e urgente. O pensamento de Paulo Freire é colocado nessa dimensão pública de responsabilidade no atendimento desta demanda educacional, possibilitando flexibilizar os tempos e espaços na escola, para atender aos princípios norteadores da institucionalização da EJA e o necessário compromisso com a cidadania e a emancipação. O lastro popular epistemológico fundamentado na pedagogia freireana impõe aos sistemas educacionais um desafio metodológico, tendo em vista as regras burocráticas que regulamentam e autorizam o funcionamento. A demanda da EJA é heterogênea. É comum alunos acima de 15 anos apresentarem históricos de fracassos escolares. Esta realidade impõe compromisso dialógico por parte dos docentes que precisam se aproximar desta demanda e conhecê-la. Reconhecer as especificidades deste público é condição para que o professor possa desenvolver uma atuação docente exitosa. A forma de trabalhar os conteúdos, estabelecendo conexões com a realidade, defendida por muitos na área da educação, é aplicável nas salas de aula de EJA, pois os alunos tendem a ser 151 mais participativos, trazendo consigo uma bagagem de vida muito rica e interessante, extrapolada os créditos formais do currículo. A preparação não é apenas com a trajetória escolar, mas principalmente com as trajetórias pessoais e humanas, de homens e mulheres sem distinção de raças ou cor; do trabalho, da construção social e da cidadania. Para que os resultados esperados sejam alcançados, é preciso incluir, efetivamente, nos planejamentos e orçamento do órgão executivo da Educação estadual e municipal, a educação e a formação profissional continuada dos educadores das suas redes, em ações não pontuais, nem descontinuadas. As escolas do Ensino Fundamental e Médio autorizadas a oferecer atendimento aos jovens e adultos devem organizar suas classes e elaborar a proposta pedagógica de forma diferente do ensino regular, na estrutura, no regime escolar, na metodologia, no procedimento de avanço e duração. Esta diferença torna-se necessária, pois os cursos na modalidade EJA visam atender a uma demanda especificamente constituída de alunos que não puderam completar seu processo de escolarização na idade certa. Portanto, a proposta pedagógica deve orientar que o ponto de partida deste processo e a história de vida do jovem e adulto e os conhecimentos que estes possuem. Estes conhecimentos articulam-se às políticas culturais e precisam ser trabalhados de forma que possam ampliar os horizontes culturais dos educandos. É essencial que os enfoques da educação de jovens e adultos estejam baseado no patrimônio, na cultura, nos valores e nas experiências anteriores das pessoas, e que as distintas maneiras de pôr em pratica estes enfoques facilitem e estimulam a ativa participação e expressão do estudante. (Declaração de Hamburgo sobre Educação de Adultos. Item 5, 1997). A proposta da EJA deve estar inserida na proposta Pedagógica da escola e deve observar as normas vigentes do Conselho Nacional de Educação - CNE, do Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso - CEE/MT e da Secretaria de Estado de Educação. Deve contemplar em sua organização e desenvolvimento, além dos valores, princípios e finalidades previstos nas Diretrizes curriculares nacionais para o Ensino Fundamental, Ensino médio e Educação de Jovens e Adultos. 152 Os mesmos aspectos da educação regular: situação de aprendizagem que proporcionem ao aluno o desenvolvimento de habilidade socialmente significativo, com vistas à construção de identidades solidárias, autônimas, competentes e responsáveis; ambiente inovador da curiosidade, do questionamento, do diálogo, da criatividade e da originalidade; regime de progressão parcial nos períodos letivos, de forma a proporcionar o tempo necessário para a consecução dos objetivos fundamentais propostos, nos termos da Resolução; tratamento dos conteúdos curriculares adequados à idade dos alunos e aos ciclos de desenvolvimento humano; aproveitamento de conhecimentos e habilidades adquiridas pelos educandos por meios formais com temas adequados à sua faixa etária; metodologias e estratégicas diversificadas de aprendizagem apropriadas às necessidades e interesses dos alunos; uso de recursos audiovisuais, bibliotecas, materiais didáticos, laboratórios e das novas tecnologias de informação e comunicação; formação continuada do professor direcionada para o trabalho com jovens e adultos; avaliação diagnóstica e contínua do desempenho do aluno como instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades, possibilidades e necessidades ao longo do processo de aprendizagem. As formas de atendimento crescente das populações de jovens e adultos residentes ou trabalhadores nas cidades e no campo deve-se fundamentar na partilha de responsabilidade do Estado e dos Municípios na oferta e no financiamento, com complementação da União, sempre em regime de colaboração, de tal forma que no final da década todos tenham completado a escolaridade fundamental com qualidade. Para tal, devem ser buscadas alternativas financeiras (ex. FNDE/MEC para oferta, manutenção ou projeto especial da (EJA), com a participação de toda a sociedade e acompanhamento social da aplicação desses recursos. Além disto, empresas públicas e privadas devem ser estimuladas a firmarem parcerias em programas permanentes de educação de jovens e adultos para os seus trabalhadores, garantindo-lhes a permanência na escola, sem prejuízo no seu posto de trabalho e de sua remuneração. De forma complementar, também as instituições de Ensino Superior e as organizações não-governamentais deve ser incentivado pelo poder público a oferecer cursos dirigidos à melhor idade. 153 De fundamental importância é a articulação da oferta de Educação de Jovens e Adultos com os órgãos de proteção e geração de empregos, aspecto que poderá facilitar a inserção dos trabalhadores estudantes no mundo do trabalho, sem desconsiderar o direito de todos os seres humanos a uma educação ao longo da vida. 6.3 Metas e Estratégias Meta 1- Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2024 e, até o final da vigência deste PME, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 80% a taxa de analfabetismo funcional. Estratégia 1 - Assegurar a oferta gratuita da Educação de Jovens e Adultos a todos os que não tiveram acesso à Educação Básica na idade própria. Estratégia 2 - Estabelecer parcerias entre Estado/Município para realização de mapeamento e busca ativa de jovens e adultos fora da escola, com as áreas de assistência social, saúde e proteção à juventude, por residência ou local de trabalho, visando identificar a demanda e programar a oferta da EJA desde a alfabetização até o Ensino Médio. Estratégia 3 - Realizar chamadas públicas regularmente, para a Educação de Jovens e Adultos, promovendo-se busca ativa em regime de colaboração entre entes federados e em parceria com organizações da sociedade civil. Estratégia 4 - Alfabetizar todos os jovens e adultos no município de Juara e articular junto ao CEJA José Dias e a SEDUC a garantia de continuidade do 2º Segmento e Ensino Médio no Campo. 154 Estratégia 5 - Garantir infraestrutura e material didático adequado ao processo educativo, em atenção às características da demanda da EJA, conforme os padrões do CAQ – Custo Aluno Qualidade e com a Agenda Territorial Estadual. Estratégia 6 - Estabelecer parcerias entre União, Estado e municípios que envolvam Secretarias de Educação, de Saúde, de Bem Estar Social, Ambiental, de Cultura, de Ação Social, com a finalidade de desenvolver ações de atendimento ao estudante da EJA com a oferta de transporte alimentação e saúde gratuita, que inclui atendimento oftalmológico e fornecimento gratuito de óculos. Estratégia 7 - Garantir a diversificação no currículo da EJA com vistas a integrar a educação formal à preparação para o mundo do trabalho por meio da inter-relação entre teoria e prática nos eixos da ciência, do trabalho, da tecnologia, da cultura e cidadania, com formas de ofertas flexíveis e espaço adequado às características desses educandos. Estratégia 8 - Democratizar a gestão do ensino público na modalidade EJA, a partir de um efetivo esforço entre as diferentes esferas de governos, escola e sociedade. Estratégia 9 - Realizar parcerias entre as instâncias governamentais e não governamentais para o aproveitamento dos espaços ociosos existentes na comunidade, preferencialmente em espaços com recursos de iluminação e acomodação adequada aos educandos, vinculados a uma escola pública que oferte EJA em 100 % (cem por cento) no período de 10 anos. Estratégia 10 - Apoiar o Fórum Estadual Permanente de Debates de Educação de Jovens e Adultos para que realize, anualmente, em todos os sistemas de ensino a partir da aprovação deste plano, levantamento e avaliação de experiências em alfabetização e demais etapas da Educação de Jovens e Adultos, para o contínuo aperfeiçoamento dos programas públicos oferecidos. 155 Estratégia 11 - Garantir imediatamente, após a aprovação deste plano, a participação contínua do Fórum Permanente de Debates de Educação de Jovens e Adultos, nas discussões de propostas e Diretrizes para EJA, bem como, nos processos de avaliação e acompanhamento de programas, assegurando o cumprimento das metas deste plano. Estratégia 12 - Garantir a efetivação e cumprimento das políticas públicas voltadas para a Educação de Jovens e Adultos. Estratégia 13 - Articular junto a SEDUC e os entes federados alternativas de atendimento das demandas de EJA do campo e urbano, a exemplo da oferta modular e professor itinerante. Estratégia 14 - Fomentar, articular, e avaliar a formação continuada de profissionais que atuam na EJA, para que a qualidade da Educação de Jovens e Adultos atinja os objetivos propostos pela Constituição Federal e Estadual e pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Estratégia 15 - Articular anualmente, políticas de formação inicial e continuada para que os profissionais de educação sejam devidamente qualificados para atuação nesta modalidade de educação. Estratégia 16 - Considerar, nas políticas públicas de jovens e adultos, as necessidades dos idosos, com vistas à promoção de políticas de erradicação do analfabetismo, ao acesso a tecnologias educacionais e atividades recreativas, culturais e esportivas, à implementação de programas de valorização e compartilhamento dos conhecimentos e experiência dos idosos e à inclusão dos temas do envelhecimento e da velhice nas escolas. 156 Estratégia 17 - Estabelecer mecanismos e incentivos que integram os segmentos empregadores, públicos e privados, e os sistemas de ensino para promover a compatibilização de jornada de trabalho dos empregados com a oferta das ações de alfabetização e de Educação de Jovens e Adultos. Estratégia 18 - Articular programas de capacitação tecnológica para a população jovem e adulta, direcionados aos segmentos com baixos níveis de escolarização formal e aos educandos com deficiência, para a implementação de extensão desenvolvidas em centros vocacionais tecnológicos, com tecnologias assistiva que favoreçam a efetiva inclusão social e produtiva. 157 7 EDUCAÇÃO DO CAMPO 7.1 DIAGNÓSTICO O Brasil se caracteriza por intensos fluxos migratórios externos e internos, e Mato Grosso não foge as características desse processo. Sendo um Estado essencialmente agrícola, muitos assentamentos agrários se efetivaram principalmente a partir da década de 1960-1970, quando também foi intenso o início da ocupação do espaço por cooperativas e empresas. Simultaneamente ao processo de colonização existiam comunidades tradicionais, posseiros e pequenos agricultores. Nesse contexto ocorreu o fluxo migratório campo-campo e campo-cidade, caracterizado pela falta de estrutura que na maioria das vezes o movimento aconteceu ora pela ausência de uma escola no campo, ora por falta de uma política educacional específica de educação voltada para esta realidade. A proclamação da Constituição Federal de 1988 garantiu a educação como um direito de todos os brasileiros conforme preconizado no art. 205;... “a Educação é direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. A partir da instituição das Diretrizes operacionais da Educação Básica do campo através Resolução de CNE-CEB nº 03, de abril de 2002, e a Resolução n° 126/CEE/MT/ 2003, no parágrafo único do artigo 4, ficou definido que: A universalização incluirá a educação infantil e o ensino fundamental e médio inclusive para os que a eles não tiveram acesso na idade própria, cabendo, em especial, ao Estado, garantir as condições necessárias para o acesso ao ensino médio e a educação profissional de nível técnico. A base legislativa da Educação do Campo passa pelas esferas nacional e estadual: a Resolução CNE/CEB nº 2 de 28 de abril de 2008 Estabelece diretrizes complementares, normas e princípios para o desenvolvimento de políticas públicas de atendimento a Educação Básica do Campo, o Decreto n° 7.352 de 04 de 158 novembro de 2010 Dispõe sobre a Política de Educação do Campo e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária – PRONERA e a Resolução CNE/CEB nº 579 de 02 de julho de 2013 que institui a Escola da Terra, soma-se a isso também toda legislação em vigência na Educação Básica. E mais, a Resolução Normativa n° 003/2013-CEE/MT de 24 de julho de 2013 em seu Art. 1º - Estabelece que a oferta da Educação do Campo, nos níveis de Educação Básica e Superior, destina-se à formação integral das populações do campo, em escola do campo. A educação do campo é uma especificidade prevista na legislação para ser atendida prioritariamente no campo, em todas as etapas da educação básica. Hoje no município de Juara o cenário de atendimento configura-se da seguinte forma: o ensino fundamental de 9 (nove) anos é ofertado a maioria no campo pela rede pública de ensino e a minoria tem acesso a escola na zona urbana por meio do transporte escolar público; já o ensino médio o atendimento é inverso a minoria nas escolas do campo e a maioria é atendido nas escolas da zona urbana com uso do transporte, esta etapa de ensino ainda não é contemplada em todas as escolas do campo. O transporte escolar é direito público do estudante do campo amparado na legislação e nos programas educacionais, porém, existem fatores sociais, humanos e territoriais que interferem na educação escolar: a organização das instituições escolares com perfil de campo, a sobrevivência dos povos do campo, a extensão territorial do município de Juara e a distância percorrida pelos estudantes até as escolas. A educação do campo foi conceituada como sendo o exercício da cultura, das práticas sociais, que buscam construir uma educação de qualidade resultante de políticas que valorizem o povo do campo, respeitando sua sabedoria e reconhecendo-o como “guardião da terra” vinculado a um processo de nação. Nesse sentido, é importante buscar a real situação no que tange à Educação do Campo em nível de demanda, abandono escolar, evasão e repetência, para que se possa traçar uma política educacional significativa e coerente com a atual realidade. De acordo com os levantamentos realizados através do Censo Escolar, os gráficos abaixo apresentam os dados dos alunos do Ensino Fundamental de 9(nove) anos da rede pública de ensino (municipal e estadual). Observa-se que tanto na 159 rede municipal quanto na estadual de ensino existe um número considerável de transferência de 2010 a 2013, por outro lado no ano de 2010 e 2011, há alguns alunos retidos e evadidos a rede municipal com números maiores e a rede estadual com menor incidência. O caminho percorrido pela rede municipal de ensino no que se refere à repetência foi mais impactante devido a implantação progressiva do Ensino Fundamental de 9 (nove) anos, já a rede estadual avançou na implementação da ação educativa apresentando alunos retidos somente no final de cada ciclo. Gráfico 56 - Alunos do Ensino Fundamental/Rede Municipal/Zona Rural/2010. 80 70 60 50 40 30 20 10 0 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano Aprovado 59 73 65 76 55 58 64 60 43 Retido 0 12 9 0 0 7 1 6 1 Evadido 3 3 0 0 3 8 9 7 8 Transferido 14 16 22 17 15 14 15 10 4 Fonte: Ata de Resultados Finais Escola/ SMEC/Juara–MT. Gráfico 57- Alunos do Ensino Fundamental/Rede Municipal/Zona Rural/2011. 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano Aprovado 77 75 73 55 68 61 48 45 40 Retido 0 4 9 4 5 2 5 4 4 Evadido 1 1 2 2 2 11 6 9 6 Transferido 11 25 17 19 12 19 7 12 10 Fonte: Ata de Resultados Finais Escola/ SMEC/Juara–MT. 160 Gráfico 58 - Alunos do Ensino Fundamental/Rede Municipal/Zona Rural/ 2012. 80 70 60 50 40 30 20 10 0 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano 6º Ano 7º ANO 8º Ano 9º Ano Aprovado 59 64 69 68 59 65 49 40 38 Retido 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Evadido 0 1 0 0 2 1 2 4 1 Transferido 18 19 27 24 29 24 23 14 14 Fonte: Ata de Resultados Finais Escola/ SMEC/Juara–MT. Gráfico 59 - Alunos do Ensino Fundamental/Rede Municipal/Zona Rural/ 2013. 70 60 50 40 30 20 10 0 1º Ano 2º Ano 3º Ano 4º Ano 5º Ano 6º Ano 7º Ano 8º Ano 9º Ano Aprovado 58 58 61 61 54 56 58 48 57 Retido 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Evadido 0 1 0 0 0 0 0 0 4 Transferido 12 23 13 15 12 11 8 16 7 Fonte: Ata de Resultados Finais Escola/ SMEC/Juara–MT. 161 Gráfico 60 - Alunos do Ensino Fundamental/Rede Estadual/Zona Rural/ 2010. 40 35 Nº DE ALUNOS 30 25 20 15 10 5 0 1ºC/1ª FASE 1ºC/2ª FASE 1ºC/3ª FASE 2ºC/1ª FASE 2ºC/2ª FASE 2ºC/3ª FASE 3ºC/1ª FASE 3ºC/2ª FASE 3ºC/3ª FASE Aprovado 31 25 16 23 27 23 35 22 35 Retido 0 0 2 0 0 1 0 0 0 Evadido 0 0 1 0 0 0 0 0 0 Transferido 7 4 1 13 3 6 11 6 7 Fonte: Ata de Resultados Finais Escola/ SMEC/Juara–MT. Gráfico 61 - Alunos do Ensino Fundamental/Rede Estadual/Zona Rural/ 2011. 30 Nº DE ALUNOS 25 20 15 10 5 0 1ºC/1ª FASE 1ºC/2ª FASE 1ºC/3ª FASE 2ºC/1ª FASE 2ºC/2ª FASE 2ºC/3ª FASE 3ºC/1ª FASE 3ºC/2ª FASE 3ºC/3ª FASE Aprovado 22 20 23 16 24 25 23 28 16 Retido 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Evadido 0 0 0 0 0 1 0 0 5 Transferido 4 3 8 8 5 10 8 11 10 Fonte: Ata de Resultados Finais Escola/ SMEC/Juara–MT. 162 Gráfico 62 - Alunos do Ensino Fundamental/Rede Estadual/Zona Rural/ 2012. 35 30 Nº DE ALUNOS 25 20 15 10 5 0 1ºC/1ª FASE 1ºC/2ª FASE 1ºC/3ª FASE 2ºC/1ª FASE 2ºC/2ª FASE 2ºC/3ª FASE 3ºC/1ª FASE 3ºC/2ª FASE 3ºC/3ª FASE Aprovado 19 26 17 25 21 25 24 20 29 Retido 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Evadido 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Transferido 9 1 7 8 8 2 10 6 8 Fonte: Ata de Resultados Finais Escola/ SMEC/Juara–MT. Gráfico 63 - Alunos do Ensino Fundamental/Rede Estadual/Zona Rural/ 2013. 30 25 Nº DE ALUNOS 20 15 10 5 0 1ºC/1ª FASE 1ºC/2ª FASE 1ºC/3ª FASE 2ºC/1ª FASE 2ºC/2ª FASE 2ºC/3ª FASE 3ºC/1ª FASE 3ºC/2ª FASE 3ºC/3ª FASE Aprovado 8 20 25 15 21 12 24 22 14 Retido 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Evadido 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Transferido 5 3 3 2 6 6 10 7 9 Fonte: Ata de Resultados Finais Escola/ SMEC/Juara–MT. 163 7.2 Diretrizes Para programar políticas públicas educacionais que fortalecem a sustentabilidade dos povos/populações 2 do campo os sujeitos devem estar atentos para o fato de que existem diferenças de ordem diversas entre estes povos. Essa heterogeneidade possui duas implicações: a primeira é que não pode se construir uma política de educação idêntica para todos os povos do campo; a segunda, por ser heterogênea, deve ser articulada as políticas nacionais e estaduais, e estas, devem-se articular às demandas e às especificidades de cada espaço ou território que situam as populações do campo. Uma política pública de Educação do Campo deve respeitar todas as formas e modalidades de educação que orientem pela existência do campo como um espaço de vida e de relações vividas, e ao mesmo tempo produto e produtor de cultura, um espaço de criação do novo e do criativo. As Diretrizes orientadoras da política pública da Educação do Campo devemse pautar pelos seguintes princípios: da qualidade; do respeito às organizações e aos movimentos sociais e seus saberes; da identidade e da localidade; da cultura; e, da formação dos sujeitos. A Educação do Campo tem como princípios: I. respeito à diversidade, nos aspectos: sociais, culturais, ambientais, políticos, econômicos, geracional, de raça e etnia; II. valorização da identidade da escola do campo e no campo, como espaço público de investigação, socialização de experiências e saberes, construção de conhecimentos objetivando o desenvolvimento sociocultural, economicamente justo e ambientalmente sustentável; III. flexibilidade na organização escolar: por meio de adequação do calendário escolar às fases sazonais e às condições climáticas; formas diversas de organização curricular, inclusive da pedagogia da alternância, de acordo com a realidade da comunidade; 22 Populações do campo: acampados, arrendatários, assalariados rurais, assentados, comunidades camponesas, comunidades negras rurais, meeiros, agricultores, extrativistas, pescadores, posseiros, povos das florestas, reassentados, atingidos por barragens, ribeirinhos e comunidades tradicionais, vilas rurais, agrovilas e outros que produzam suas condições materiais de existência a partir do trabalho no meio rural; 164 IV. articulação da educação com o mundo do trabalho, de acordo com as Diretrizes curriculares vigentes, as metas e objetivos estabelecidos no Plano Nacional e Estadual de Educação e o disposto nesta Resolução; V. formação de profissionais da educação, articulada à especificidade do Campo, considerando-se a realidade sócio-histórico-cultural da comunidade; VI. controle da qualidade da educação escolar, mediante a efetiva participação da comunidade, dos movimentos populares e sociais. A Educação do Campo de qualidade é um direito social dos povos do campo, capaz de nortear-se enquanto organizadora e produtora da cultura. Quanto ao princípio do respeito às organizações e aos movimentos sociais e seus saberes, podendo ocorrer tanto em espaços escolares quanto fora deles. Envolve saberes, métodos, tempos e espaços físicos diferenciados. O princípio da identidade e da localidade passa pela concepção de que construir educação do campo significa também construir uma escola do campo. Enquanto direito, a escola precisa estar onde os sujeitos estão. Por isso, a escola tem que ser construída e organizada no campo. O fato de estar no campo interfere positivamente na produção dos conhecimentos, porque contextualiza os saberes conceituais com os vivenciais da realidade dos sujeitos. Portanto, compreende-se que a Educação do Campo deve estar vinculada a uma cultura que se produz por meio de relações mediadas pelo trabalho na terra, a evolução tecnológica, a vida social e a economia entendendo a produção cultural como fruto da existência humana. Para isso, a escola precisa investir em uma interpretação da realidade que possibilite a construção de conhecimentos potencializadores, inovadores, flexíveis, solidários e científicos. A formação dos sujeitos na Educação do Campo deve compreender situações históricas de vivências e lutas pela terra, movimento social, sonhos, lembranças e da prática do respeito as etnias e demais diversidades. Fazer a efetivação deste currículo significa também que o poder público deve apoiar projetos pedagógicos que ampliem a permanência do educando na escola e na comunidade com atividades educativas voltadas à realidade do campo, de modo que toda a comunidade participe das práticas oferecidas. Esse currículo deve considerar as discussões sobre os direitos humanos, a adequação do calendário 165 escolar às fases sazonais (do ciclo agrícola), às condições climáticas, a diversidade, formas diversas de organização curricular e de com a realidade da comunidade. Em se tratando de financiamento e gestão, propõe se o controle social dos recursos da educação, por intermédio da comunidade escolar, organizadas por meio de colegiados amparados na legislação vigente, bem como, autonomia da escola tendo como foco principal a aprendizagem do aluno. Cabe ao poder público normatizar a educação básica do campo, de modo a preservar as escolas no meio rural imbuídas dos seus valores. Assim como, assegurar o desenvolvimento das políticas educacionais integradas através do regime de cooperação intersetorial nas áreas de saúde, educação, cultura, meio ambiente, agricultura e promoção social, em conjunto com os sindicatos, entidades e movimentos sociais, a fim de equacionar os problemas da educação, da sustentabilidade dos povos do campo e da qualidade de vida, garantindo aos alunos e professores do campo o atendimento e o acompanhamento de multiprofissionais especializados. A Educação do Campo somente deixará de ser fator que contribui para o fenômeno migratório, quando estiver estruturada e organizada para oferecer um ensino de qualidade, capaz de um diálogo cultural com seus alunos e a comunidade de referência; quando puder capacitá-los e interpretar as suas realidades materiais e culturais e sobre elas agir com autonomia e criatividade, com respeito aos seus saberes e fazeres. Para o avanço e consolidação da qualidade é imprescindível que se garanta a ampla participação das populações do campo na proposição, acompanhamento e avaliação das políticas públicas educacionais. 7.3 Metas e Estratégias Meta 1 - Universalizar a oferta da Educação Básica a toda população escolarizável que mora no campo, em escolas do e no campo até 2024. Estratégia 1 - Estabelecer parcerias Estado/Municípios para a realização de mapeamento e busca ativa de educandos fora da escola em parceria com as áreas de assistência social, saúde e demais instituições de assistência ao homem do campo, por residência ou local de trabalho. 166 Estratégia 2 - Universalizar a oferta da Educação Básica no e do campo, respeitando as peculiaridades de cada região/comunidade, com infraestrutura apropriada, estimulando a prática agrícola e tecnológica com base na agroecologia e na socioeconômica solidária. Estratégia 3 - Garantir relação professor/criança, infraestrutura e materiais didáticos adequados ao processo educativo, considerando as características das distintas faixas etárias, conforme os padrões do CAQ (Custo Aluno Qualidade). Estratégia 4 - Instituir comissão formada pelo Comitê Municipal da Educação do Campo, SEDUC, SMEC e UNDIME/MT, para que, no prazo de um ano, sejam definidos os padrões mínimos de infraestrutura para a escola do campo, compatíveis com as realidades regionais, incluindo: a) Espaço, iluminação, verificação e insolação dos prédios escolares; b) Instalações sanitárias e condições para manutenção da higiene em todos os espaços escolares; c) Articulação de espaço coberto para esporte, recreação e lazer; d) Adaptação dos espaços escolares para o atendimento dos educandos com deficiências; e) Instalação e manutenção de laboratórios de informática, e equipamento multimídia, incluindo aquisição de impressoras; f) Implantação, atualização e ampliação de mobiliário e acervo da sala de leitura para atender professores e educandos; g) Disponibilização de infraestrutura básica como: fornecimento e manutenção de energia elétrica, saneamento, água potável, alimentação adequada e transporte escolar de qualidade entre campo; h) Estabelecimento de estratégia em consonância com o PAR prevendo que as novas construções e ampliações atendam às especificidades do ensino, das características geográficas e climáticas; 167 i) E de outras condições necessárias ao funcionamento as escolas do campo. Estratégia 5 - Construir, reformar e ampliar todas as escolas do campo, iniciando pelas que mais necessitam segundo diagnóstico de equipe técnica, a partir do primeiro ano de vigência do PME, de forma que sejam sanadas as situações precárias, sendo cada gestor responsável pela sua rede, buscando parcerias com a União através do PAR. Estratégia 6 - Equipar todas as escolas do campo com aparelhos multimídia e laboratório de informática com internet de qualidade permitindo a inclusão tecnológica e digital de educandos e professores a partir do primeiro ano de vigência do PME seguindo uma escala de 25% ao ano, de forma que em quatro anos todas já possuam estes equipamentos, sendo cada gestor responsável pela sua rede, buscando parcerias com a União. Estratégia 7 - Criar, ampliar e atualizar em 25% ao ano o acervo dos ambientes de leitura do campo, principalmente, para aquisição de livros paradidáticos, materiais de pesquisa e recursos tecnológicos, transformando-as em um lugar de referência cultural para a comunidade local, a partir da aprovação do plano, visando atender 100% das escolas até o final deste PME. Estratégia 8 - Garantir profissionais de nível técnico para dar suporte nos laboratórios de informática, em 100% das escolas do campo a partir do primeiro ano de vigência deste plano, sendo cada gestor responsável pela sua rede. Estratégia 9 - Equipar todas as escolas com materiais desportivos a partir do primeiro ano de aprovação do plano. Estratégia 10 - Garantir transporte escolar para 100% dos educandos do campo a partir, do 1º ano deste Plano conforme a legislação vigente, que assegure o direito 168 aos educandos em todas as etapas/modalidades de ensino, o acesso e a permanência na escola, garantindo padrões adequados de segurança, conforme a Lei Nacional de Trânsito. Estratégia 11 - Garantir transporte escolar do campo para atender as necessidades dos Projetos Políticos Pedagógicos das escolas do campo garantindo qualidade e segurança para o deslocamento dos educandos e profissionais da educação. (Conforme Resolução Normativa n° 003/2013-CEE/MT D.O 24 de julho de 2013 pag.15 e 16). Estratégia 12 - Assegurar o atendimento do transporte escolar, nas comunidades situadas nos limites entre municípios, que poderá ser efetuado mediante consorcio sob a responsabilidade do ente estadual em parceria com esses municípios. (Conforme Resolução Normativa n° 003/2013-CEE/MT D.O 24 de julho de 2013 pag.15 e 16). Estratégia 13 - Articular junto a SEDUC e garantir a 100% das escolas do campo com extensões do Ensino Médio, a partir da aprovação deste PME, o fornecimento da merenda escolar em regime de cooperação entre Estado, Município e União. Estratégia 14 -Garantir em 10 anos, o mínimo de 10% das escolas do campo funcionando em tempo integral com oferecimento de no mínimo três refeições diárias aos educandos de todas as etapas de ensino. Estratégia 15- Construir com as comunidades escolares locais uma proposta pedagógica voltada à realidade, superando a fragmentação do currículo e respeitando as diferentes metodologias que consideram os sujeitos com suas histórias e vivências, de acordo com a legislação vigente. 169 Estratégia 16 - Apoiar anualmente e de forma gradativa o atendimento às escolas do campo, em parceria com o CEFAPRO, IES, SEDUC e Assessoria Pedagógica, a elaboração coletiva das propostas pedagógicas, a partir da aprovação deste plano. Estratégia 17 - Garantir o cumprimento do calendário escolar da Educação do Campo, flexibilizando-o, independente do ano civil, considerando as condições climáticas, as fases de produção agrícola, os tempos formativos e atividades práticas apropriadas às reais necessidades e interesses do Projeto Político Pedagógico das escolas. Conforme Resolução Normativa n° 003/2013-CEE/MT D.O. 24 de julho de 2013 pag.15 e 16. Estratégia 18 - Garantir formação continuada e permanente dos profissionais da educação que deverá ser garantida por intermédio de concepção e metodologia própria, atendendo as especificidades do campo, por meio de atividades de ensino, pesquisa e extensão. Estratégia 19 - Apoiar a participação em cursos e eventos que ampliem os saberes profissionais e se articulem com a formação continuada. Estratégia 20 - Instituir o Comitê Interinstitucional Permanente da Educação do Campo, instância colegiada de debate, de proposição e de formação, tendo em vista o atendimento das necessidades comuns e a superação dos problemas que possam interferir na Educação do Campo. Estratégia 21 - Instituir o Fórum Permanente da Educação do Campo no município articulando-o com o fórum estadual, organizando plenárias regionais a cada ano, a partir da aprovação deste plano. Estratégia 22 - Identificar anualmente, a partir da aprovação deste plano, processos pedagógicos inovadores e experiências bem-sucedidas de educação do campo 170 (escola da terra, escola itinerante, com regimes de alternância, etc.), tornando-os acessíveis para divulgação nos fóruns regionais. Estratégia 23 - Promover formação continuada em Educação Ambiental de trabalhador rural e agricultor familiar para a conservação, agroecologia e a sustentabilidade ambiental, reflorestamento, culturas adequadas à região e conservação do solo, por intermédio de parcerias entre diferentes esferas de governo e outros órgãos e instituições. Estratégia 24 - Garantir área específica às práticas agroecológicas, oportunizando ação pedagógica nas escolas do campo. Estratégia 25 - Assegurar na escola do campo, a partir da aprovação deste plano, um professor para os anos iniciais e outro professor para os anos finais em salas multi/ano de acordo com o número de educandos, com objetivo de melhorar a qualidade de ensino. Estratégia 26 - Construir ou alocar espaço adequado para realização das formações dos profissionais do campo na sede do município. Estratégia 27 - Articular espaço de alojamentos (dormitório, cozinha e banheiros) aos profissionais que atuam na educação do campo a fim de subsidiar a participação em cursos e formações. Estratégia: 28 - Garantir aos educandos que dependem do transporte escolar sua permanência na escola durante todo o período das atividades escolares inclusive o Programa “Mais Educação” a partir da aprovação deste plano. Estratégia: 29 - Garantir aos educandos do campo transporte escolar adequado para as escolas mais próximas de sua residência, valorizando essa modalidade de ensino e evitando o desgaste físico e mental, exceto quando a escola não oferece o nível ou modalidade pretendida. 171 8 EDUCAÇÃO EM RELAÇÕES ETNICORRACIAIS 8.1 Diagnóstico As diversidades étnica, racial e cultural constituem os aspectos mais fortes e ricos do processo construtivo da identidade mato- grossense. Contudo, não podemos deixar de reconhecer que a nossa realidade, bem como a do país, é marcada por preconceitos e discriminações, particularmente em relação às populações negra e indígena. Nesse contexto, a educação torna-se um dos instrumentos mais importantes para desconstruir preconceitos e promover mudanças positivas nas relações já referidas. (PEE /MT, p. 62). Cuiabá apresenta um percentual de 55%, conforme o censo da população negra em Mato Grosso, realizado pela SEPLAN/TER/2004, apontando queda populacional do Estado que se auto reconhece como negra. Existem municípios em que este percentual passa dos 80%, como são os casos de Poconé, Acorizal, Alto Paraguai, Barão de Melgaço, Jangada, Rosário Oeste e Santo Antônio de Leverger. Os dados do IBGE - 2010 apontam um total de 3.035.122 habitantes em Mato Grosso. Destes, 1.820.597 se declararam pretos e pardos, o que corresponde a 90 milhões de pessoas, constituindo assim, a maioria da população atingindo 60%, uma porcentagem maior que a média nacional, sendo o segundo maior contingente de afrodescendentes do Brasil. No município de Juara, de acordo como o Censo do IBGE 2010, a população se declarou: 2.076 (6,33%) negros absolutos, 14.801 (45,14%),mestiços absolutos, 1.522 (4,64%) indígenas absolutos. Um dos aspectos da resistência e luta do movimento negro no Estado até os dias atuais configura-se nos Quilombos. Entretanto, a população negra não está restrita às comunidades quilombolas. Ela se faz presente em todos os âmbitos populacionais urbanos e rurais, configurando-se como um dos elementos constitutivos da população brasileira deste Estado e, quantitativamente, majoritária. O Estado de Mato Grosso abriga atualmente em seu território 42 povos indígenas, configurando-se como o segundo Estado da União em número de etnias. 172 As populações indígenas fazem parte do patrimônio da humanidade. São sociedades distintas entre si, com organização político-familiar particular, com línguas, culturas, cosmologia, tecnologia e conhecimento do meio ambiente de valor incalculável. O território indígena no município de Juara se constitui dos povos Kayabi (Kawaiveté), Apiaká, Mundurukue Rikbaktsa. Esses grupos representam 4,64 % da população do município. Os povos indígenas não se restringem ao espaço das aldeias, há um número significativo de alunos de algumas etnias frequentando escolas do campo e urbanas. Os grupos sociais que migram em Mato Grosso trazem consigo um universo simbólico e cultural que, muitas vezes, silencia ou nega as expressões e eixos culturais locais. No entanto, cultura não se compara não se mede não se hierarquiza, ela existe na sua singularidade, na sua diferença e o desconhecimento da história local produz preconceito e discriminação. No Brasil, as relações de discriminação ocorrem em função de origens étnicas, classes e/ou crença. Muito embora a escola não seja meramente produtora dessas relações, acaba por refletir as tramas sociais existentes no espaço macro da sociedade. Pesquisas e estudos recentes realizados na área de Educação, em nosso Estado, por instituições como a UFMT, UNEMAT e entidades que lutam em defesa dos direitos do negro vêm apontando que as relações Etnicorraciais no contexto escolar são marcadas por preconceitos e discriminação racial, demonstrando um cotidiano escolar bastante hostil para o educando negro: tratamento diferenciado; percepção negativa; veiculação de preconceitos em livros didáticos (através de textos verbais e não verbais); inculcação de inferioridades do segmento negro, através de estereótipos nos quais relaciona os atributos físicos dos negros a coisas, animais e outros, não deixando dúvidas quanto às desigualdades nas relações raciais no Brasil. Nesse contexto restringem-se ao segmento negro os piores índices de acesso aos setores, como: trabalho, saúde, educação, habitação, entre outros. (PEE/MT, p. 63) No contexto local algumas iniciativas, voltadas para a formação inicial e continuada de professores, vêm sendo desenvolvidas no contexto educacional com finalidade de desconstruir o preconceito, a discriminação racial e valorizar as 173 diferenças como: cursos de extensão pela UFMT, Especialização em Diversidades pela UNEMAT e cursos de aperfeiçoamento por outras instituições. Em relação aos Movimentos sociais, temos o Movimento Negro Instituto Ilê Axé. No campo pedagógico, as escolas desenvolvem projetos e outras ações por meio da implementação das Leis n° 10. 639/03 e n° 11.645/2008. Também já está na III edição o Kalunga, cujo objetivo é valorizar a cultura negra. No ano de 2011 foi criado o Fórum Cultural das Relações Étnicorraciais, porém este precisa ser revigorado. No campo educacional podemos mencionar como contribuição para a reparação da desigualdade de escolarização da população negra do município, a oferta da Educação de Jovens e Adultos e o Ensino Médio Inovador, enquanto educação pública. A maioria da população do município é formada por uma diversidade cultural por razões de migração, tendo pessoas oriundas de todas as regiões do Brasil. Também compõe a população povos indígenas que já habitava esta região no período anterior ao processo de ocupação pelos não indígenas. Apesar de haver uma convivência pacífica, há uma resistência de aproximação e de reconhecimento dos direitos, bem como da valorização do patrimônio material e imaterial desses povos. Estão presentes em nossa sociedade as desigualdades, sendo muito frequente a violência contra as mulheres, principalmente negras e indígenas. A homofobia também é uma realidade que exclui pessoas da escola, do trabalho e do meio social. Nesse contexto, é função das escolas implementar currículos voltados para atender a essa diversidade no sentido de educar para as relações com o outro e o reconhecimento das diferenças. É importante acrescentar que no trabalho referente às temáticas de Educação relações etnicorraciais, deve-se reconhecer e realizar a educação como um direito humano e a Educação em Direitos Humanos como um dos eixos fundamentais do direito à educação, exige posicionamentos claros quanto à promoção de uma cultura de direitos. Essa concepção de Educação em Direitos Humanos é refletida na própria noção de educação expressa na Constituição Federal de 1988, na LDB (Lei nº 9.394/96) e na Resolução CNE/CP nº 01 de 30 de Maio de 2012, Estabelece as Diretrizes Nacionais para a Educação em Direitos Humanos. 174 Gráfico 64 - Distribuição da População por Sexo, segundo os Grupos de Idade. Juara/IBGE/2010. 0 a 4 anos 5 a 9 anos 10 a 14 anos 15 a 19 anos 20 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 34 anos 35 a 39 anos 40 a 44 anos 45 a 49 anos 50 a 54 anos 55 a 59 anos 60 a 64 anos 65 a 69 anos 70 a 74 anos 75 a 79 anos 80 a 84 anos 85 a 99 anos mais 100 anos mais 85 a 99 80 a 84 75 a 79 70 a 74 65 a 69 60 a 64 55 a 59 50 a 54 45 a 49 40 a 44 35 a 39 30 a 34 25 a 29 20 a 24 15 a 19 10 a 14 5 a 9 100 anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos anos MULHERES PERCENTUAL HOMENS PERCENTUAL 0a4 anos 3 36 64 140 239 318 349 536 701 1033 1140 1242 1348 1401 1493 1493 1590 1379 0% 0,1% 0,2% 0,4% 0,7% 1,0% 1,1% 1,6% 2,1% 3,2% 3,5% 3,8% 4,1% 4,3% 4,6% 4,6% 4,8% 4,2% 1330 1,1% - 43 112 176 277 354 402 620 848 1082 1241 1315 1387 1554 1515 1635 1620 1392 1383 0% 0,1% 0,3% 0,5% 0,8% 1,1% 1,2% 1,9% 2,6% 3,3% 3,8% 4,0% 4,2% 4,7% 4,6% 5,0% 4,9% 4,2% 4,20% Fonte: Pirâmide Etária-Juara/MT/2010. Tabela 25 - Crescimento Populacional do Município de Juara MT nos últimos quatro anos. 2010 2011 2012 2013 POPULAÇÃO TOTAL 32.791 32.948 33.100 33.353 URBANA 26.020 26.160 26.260 26.615 6.771 6.788 6.840 6.738 RURAL Fonte: IBGE 2010/Agenda Territorial/2013 175 TABELA 26 - FORMAÇÃO ÉTNICA DE JUARA/MT. ETNIAS NÚMEROS PERCENTUAL BRANCOS ABSOLUTOS 14.392 43.89% NEGROS ABSOLUTOS 2.076 6.33% MESTIÇOS ABSOLUTOS 14.801 45.14% INDÍGENAS ABSOLUTOS 1.522 4.64% 0 0% OUTROS ABSOLUTOS Fonte: IBGE 2010. TABELA 27 - COMUNIDADES TRADICIONAIS DE JUARA/MT. COR/RAÇA NÚMEROS PERCENTUAL QUILOMBOLAS ABSOLUTOS 0 0% RIBEIRINHOS ABSOLUTOS 0 0% PESCADORES ABSOLUTOS 0 0% SERINGUEIROS ABSOLUTOS 0 0% PANTANEIROS ABSOLUTOS 0 0% ASSENTADOS ABSOLUTOS 150 0,45% 0 0% 0 0% 0 0% ATINGIDOS POR BARRAGEM ABSOLUTA EGRESSOS DE TRABALHOS ESCRAVOS ABSOLUTO OUTROS ABSOLUTOS Fonte: Sindicato Rural de Juara. 176 8.2 Diretrizes As políticas para a Educação das Relações Etnicorraciais devem ter como objetivo reafirmar os direitos humanos de todos os cidadãos mato-grossenses e valorizar a diversidade etnicorracial, fazendo com que todos se orgulhem de suas raízes, seja ela indígena africana, orientais, europeias ou asiáticas e respeitem o direito do outro de ser diferente. Deve levar ao reconhecimento de que muitas das desigualdades raciais entre negros e brancos têm raízes nos mais de 350 anos de escravidão no Brasil, são refletidas cotidianamente no contexto das relações sociais até os dias de hoje. A política para uma Educação que contemple as questões étnico-raciais deve prever a implementação de currículos escolares, concebidos nos princípios da inclusão social, direito à diversidade cultural, respeito ao ensino público, respeito à democracia e ao bem comum. As Diretrizes político pedagógicas que norteiam a Proposta de Linhas Políticas de Educação Étnico-Racial consideram os aspectos legais previstos na Constituição Federal, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação e na Constituição Estadual. Outros aspectos legais como: Lei Estadual nº 7.775 de 26 de novembro de 2002, tendo em vista o que dispõe o artigo da Constituição Estadual, que institui o Programa de Resgate Histórico e Valorização das Comunidades Remanescentes de Quilombos em Mato Grosso; Lei Estadual nº 7.970 de 01 de outubro de 2003 e, particularmente a Lei Federal nº 10.639 de 09 de janeiro de 2003 se constituem em uma resposta institucionalizada às denúncias de que, somente em função da cor, o Brasil desvaloriza e exclui sistematicamente mais de 40% de sua população e às reivindicações do Movimento Negro em favor de políticas de ação afirmativa no combate ao racismo na sociedade brasileira. No entanto, somente as Leis e as Diretrizes não bastam. Após os três anos da Lei Federal nº 10.639/03e dos dois anos de constituição das Diretrizes, não se tem visto chegar às escolas ações concretas em nível de Estado, municípios, universidades e rede privada em favor da implantação da Lei, bem como das Diretrizes em prol da construção de um novo currículo escolar que valorize e respeite a diversidade nacional conforme assegura a Constituição Federal de 1988. A Resolução n° 01 do Conselho Nacional de Educação/Conselho Pleno/DF, de 17 de junho de 2004, publicada no Diário Oficial da União em 22 de julho de 2004, Seção 1, p. 1, que “Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação 177 das Relações Etnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana”, em seu Art1º, parágrafo primeiro, define que: A Educação das relações raciais tem por objetivo a divulgação e produção de conhecimentos, bem como de atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico-racial, tornando-os capazes de interagir e de negociar objetivos comuns que garantam, a todos, respeito aos direitos legais e valorização de identidade, na busca da consolidação da democracia brasileira. Para que tal objetivo chegue a termo, é necessário que o processo educativo valorize as contribuições dos diversos povos que construíram e constrói este país, atualização dos materiais didáticos em todas as áreas do conhecimento tratando da temática continuamente. Formação especifica gratuita que trate sobre a temática para todos os profissionais das unidades escolares, destaque também o negro, focalizando-o como protagonista na história e no cotidiano da vida brasileira. Nesse sentido, o parágrafo segundo desse mesmo artigo estabelece que: O Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana tem por objetivo o reconhecimento e valorização da identidade, história e cultura dos afrobrasileiros, bem como a garantia de reconhecimento e igualdade de valorização das raízes africanas da nação brasileira, ao lado das indígenas, europeias, asiáticas. Assim, o Estado (Governos Estaduais e Municipais) deve elaborar políticas educacionais específicas para a inclusão da diversidade étnico-racial na educação, não apenas no ensino formal, mas como uma oportunidade de reflexão cotidiana, oportunizando cursos em parcerias com instituições públicas de qualificação profissional para formação dos funcionários públicos do Estado e municípios, sobre as relações étnico-raciais (violência, discriminação e preconceito) conforme a Resolução Normativa CEE/MT n° 001/2013. A Educação Etnicorracial deve configurar-se como uma luta política, compreendida em seu nível mais poderoso de transformação: a construção de relações sociais democráticas, que garantam a inclusão de grupos historicamente marginalizados e vitimados pela discriminação racial. Considera ainda, um processo de reconhecimento da Diversidade Etnicorracial e Cultural, com a proposição de políticas reparatórias e antirracistas. De forma complementar à política educacional 178 formal, o poder público deve ampliar parcerias entre Estado, municípios e União, visando implementar políticas afirmativas no atendimento das demandas do Movimento Negro e demais movimentos sociais com o mesmo viés político de inclusão. Busca-se mudança de atitudes e valores diante da comunidade escolar e das minorias culturais ou das culturas em desvantagens sociais, permitindo a reelaboração e adoção sistemática de atitudes que permitam o reconhecimento e a valorização da diversidade cultural como uma das maiores riquezas do patrimônio comum da humanidade e deve ser reconhecida e consolidada em benefício das gerações presentes e futuras. Como já mencionado, para uma reeducação das Relações Etnicorraciais são necessárias mudanças de atitudes e comportamentos em relação aos que são diferentes. Nesse sentido, a escola tem a responsabilidade legal de inclusão dos conteúdos curriculares tanto conceituais como temáticos. Neles deverão ser propostas situações nas quais sejam trabalhados valores éticos, históricos e culturais que visem à reeducação, cujo intuito será subverter a lógica do racismo que orienta nossa percepção sobre o negro e o índio e assim, desconstruir preconceitos e estabelecer respeito à diversidade etnicorraciais que compõe nossa sociedade. Nesse sentido o Estado de Mato Grosso aponta sua leitura sobre as relações etnicorraciais, haja vista sua configuração cultural. Há em seu território o encontro de migrantes advindos dos estados brasileiros pertencentes a várias matrizes culturais como: italianos, alemães, japoneses, espanhóis, latino-americanos, bolivianos, peruanos, portugueses, uruguaios, paraguaios, sírio-libaneses, turcos, ciganos, russos, muçulmanos e a população afrodescendente e indígena que aqui vive. Para eficácia de uma educação que resulte em relações mais justas, aspectos do contexto escolar, como material didático, currículo e interações sociais/etnicorraciais devem sofrer mudanças de acordo com as diversas etapas e modalidades de ensino e devem ser adequados às fases de desenvolvimento psicossocial humano (infância, adolescência, adulto e velhice), pois esses elementos muitas vezes constituem os mecanismos intra-escolares que reproduzem e veiculam ideias racistas que acabam dificultando a inclusão (acesso, permanência e sucesso) do educando negro na escola. 179 Portanto, esse processo de reeducação não deve significar confrontos, acusações e ódios, mas uma retomada histórica como mecanismo necessário para repensar as problemáticas contemporâneas em relação às situações socioeconômicas dos grupos etnicorraciais bem como o fortalecimento dos direitos humanos dando vez e voz as diferenças por meio do direito, do respeito e do diálogo. 8.3 Metas e Estratégias META 1 - Criar condições de igualdade de acesso permanência e sucesso na Educação Básica para todos os grupos de cor e raça declarados ao IBGE, até o final da vigência deste plano. Estratégia 1 - Estabelecer políticas de ações afirmativas a partir de pesquisas, junto ao censo escolar sobre reprovação, evasão/abandono escolar, fazendo um recorte de cor/raça, renda e nível de escolaridade dos pais. Estratégia 2 - Articular junto a SEDUC e órgãos afins, formação específica gratuita, sobre a temática educação das relações etnicorraciais para todos os profissionais das instituições educacionais. Estratégia 3 - Manter e ampliar programas e ações de correção de fluxo por meio do acompanhamento individualizado do educando com rendimento escolar defasado e em condição socialmente vulnerável. Estratégia 4 - Promover ações de valorização e revitalização da Referência Educacional/Artístico-Cultural dos grupos etnicorraciais no município, em parceria com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura, CEFAPRO, Assessoria Pedagógica, IES, SEMATUR e órgãos afins. 180 Estratégia 5 - Apoiar tecnicamente e assegurar junto a LDO e LOA do município, recursos para projetos inovadores que visem ao desenvolvimento de ações educativas, visando à promoção humana dos educandos e comunidade, contemplando as diversidades Etnicorracial. Estratégia 6 – Apoiar projeto de intercâmbio educacional e cultural entre escolas indígenas de Mato Grosso, por meio de parcerias entre instituições governamentais e não governamentais. Estratégia 7 - Instituir oficialmente a Semana da Consciência Negra na Educação do Município de Juara, dentro do cronograma oficial e do calendário escolar das redes educacionais, pública e privada, oportunizando a avaliação da implementação da Lei Federal nº 10.639/03. Estratégia 8 - Garantir a equidade de etnia e raça na representatividade do Conselho Municipal de Educação, bem como representação do Movimento Social Negro, como uma das medidas de implementação das Leis nº 10.639/03 e nº 11.645/08. Estratégia 9 - Realizar pesquisa sócia antropológica, no prazo máximo de três anos após a aprovação deste plano, sobre a reprovação, evasão/abandono escolar, fazendo um recorte de cor/raça, renda familiar e escolaridade dos pais, para orientar ações afirmativas para negros e indígenas. Estratégia 10 - Assegurar que, imediatamente, após a aprovação deste plano, a Educação das Relações Etnicorraciais seja contemplada em todos os espaços de formação continuada (seminários, fóruns, cursos, capacitações, encontros, conferências, projetos e programas) das redes educacionais em parceria com o Estado de Mato Grosso, conforme estabelecem as Leis nº 10.639/03 e nº. 11.645/08. Estratégia 11 - Ativar e regulamentar o Fórum Municipal da Igualdade Racial, para fortalecer a participação da comunidade escolar e demais segmentos referentes às 181 questões etnicorraciais na educação. Estratégia 12 - Organizar, anualmente, campanha para estimular a cultura de paz e respeito à diversidade etnicorracial, do município de Juara. Estratégia 13 - Elaborar as Orientações Curriculares para Educação das Relações Etnicorraciais, Ensino da História, Cultura Afro-Brasileiras, Africana e Indígena, e os conteúdos propostos nas Leis nº 10.639/03 e n° 11.645/08, que garantam práticas pedagógicas de valorização. Estratégia 14 - Estabelecer parcerias com o Estado de Mato Grosso e instituições de ensino superior referente a projetos nas escolas públicas, que propiciem o fortalecimento e conhecimento das diversidades etnicorracial e cultural do município de Juara e Estado. Estratégia 15 - Orientar as escolas para que o ensino da educação religiosa e as solenidades escolares sejam realizados com base na laicidade do ensino, primando pelo direito democrático da religiosidade de todos os povos e culturas, conforme Parecer CNE/CP nº 04/97, em 11.03.1997. Estratégia 16 - Garantir formação continuada de todos os profissionais da educação na Educação das Relações Etnicorraciais. Estratégia 17 - Garantir estratégias para a participação dos profissionais da educação das redes pública e privada – em fóruns, seminários e grupos de estudos – relativos à temática das diversidades etnicorraciais. Estratégia 18 - Adquirir acervo bibliográfico, imagético e didático que contemple as diversidades etnicorraciais e culturais. 182 Estratégia 19 - Orientar as escolas para escolha e adoção de livros e materiais didáticos, acervo das bibliotecas escolares, observando as especificidades das Relações Etnicorraciais na rede pública de educação. Estratégia 20 - Promover anualmente um calendário que contemple as temáticas: Educação e Racismo, História Afro-Brasileira, Indígena e Sustentabilidade. Estratégia 21 - Criar estratégias de valorização e divulgação de Instituições Educacionais que se destaquem em projetos e propostas educacionais que enfoquem as Relações Etnicorraciais e Sustentabilidade. Estratégia 22 - Articular e assegurar através da SMEC e SMAS a criação do Conselho Municipal da Igualdade Racial junto ao Poder Legislativo. 183 9 EDUCAÇÃO AMBIENTAL 9.1 Diagnóstico. A qualidade de vida de uma população perpassa pelas Historicamente condições as práticas socioambientais. de EA foram compreendidas dentro da perspectiva ecológica, e esta ganhou nova interpretação, principalmente, a partir da realização da ECO-92 que ocorreu no Brasil, Rio de Janeiro. Este evento protagonizou uma discussão e o estabelecimento de metas socioambientais do bem viver indissociáveis à Educação. A conferência da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento reconhecem que a Educação, via instituições escolares em diferentes etapas e modalidades, é fundamental para a construção de uma sociedade sustentável. A geração atual encontra-se em meio a um consumo desenfreado e desperdício de bens não renováveis, de maneira que só através de uma transformação cultural será possível reverter o quadro atual. É urgente a tomada de atitudes diante do cenário mundial: falta água, poluição em altos níveis, mudanças climáticas drásticas, aquecimento global, populações sem mínimas condições de sobrevivência e vivendo em situações de risco. Tais impactos ambientais constituem um panorama crítico de constante desgaste socioambiental. É preciso mobilizar todas as esferas educativas para contribuir com a construção de uma sociedade sustentável. Estamos produzindo um mundo que nenhum de nós deseja (DIAS, 2010). O sonho, o desejo, é um mundo equilibrado e compartilhado entre os diferentes seres que o habita. Mas, o capital tem produzido pelas mãos humanas o uso desenfreado dos recursos naturais. Inúmeras experiências mundiais revelam que a Educação Ambiental (EA) é uma das táticas mais revolucionárias para sensibilizar as pessoas e promover a práxis de transformação aos modelos insustentáveis de consumo. Há no Brasil uma Política Nacional de Educação Ambiental prescrita na Lei n° 9.795 de 27 de abril de 1999, e também o Programa Nacional de Educação 184 Ambiental, documentos que direcionam as ações dos Estados e Municípios. O Estado de Mato Grosso e seus municípios têm assumido a responsabilidade nas proposições de EA em ações escolarizadas e não escolarizadas. Desenvolveram-se neste Estado várias ações de EA em parceria com diversos municípios. O conceito mais atualizado que se tem de EA apresenta-se nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental em que: [...] Educação Ambiental envolve o entendimento de uma educação cidadã, responsável, crítica, participativa, em que cada sujeito aprende com conhecimento científico e com o conhecimento dos saberes tradicionais, possibilitando a tomada de decisões, transformadora, a partir do meio ambiente natural ou construído, no qual as pessoas se integram. A educação ambiental avança na construção de uma cidadania responsável voltada para culturas de sustentabilidade socioambiental. (p. 535) O município de Juara foi beneficiado e parceiro na realização de projetos de formação de professores em serviço, estes, resultados das metas estabelecidas na ECO-92, contemplado também no Plano de Metas do Estado de Mato Grosso, 19952006. Os cursos foram organizados em pólos e pensados dentro de uma lógica ambiental, subsidiando a formação de educadores do campo e indígenas, o projeto Geração (1995-1998) e o Projeto Tucum (1996 – 1999), respectivamente. Outra ação significativa no que se refere à formação e práticas de Educação Ambiental se deu com o Projeto de Educação Ambiental – PREA (2004), organizado em livros que apresentam as Diretrizes Educacionais para a Educação Ambiental como a construção de Projetos Ambientais Escolares e Comunitários (PAEC). O PREA incentivou a elaboração de vários projetos de Educação Ambiental em consonância com os Parâmetros Curriculares Nacionais (1998) de Meio Ambiente e Saúde. Uma das ações exitosas foi a dinâmica das instituições de ensino elaborarem seus Projetos Políticos Pedagógicos com a inclusão de práticas de Educação Ambiental. O PEE/2014 observa que as dificuldades para inclusão da EA nos currículos escolares estão relacionadas à ausência de materiais pedagógicos e um segundo problema concentra-se na escassez de processos formativos, iniciais e continuados para os professores. Isso acarreta diversos outros problemas, como: inabilidade em se trabalhar em grupo ou formar parcerias; redimensionar o currículo às temáticas transversais; compreender os conceitos subjacentes ão campo da EA; fomentar 185 participação comunitária nos projetos da escola; e a enorme dificuldade em se avaliar a aprendizagem no âmbito da EA. Outros aspectos são apontados como obstáculos à EA, como a ausência de recursos e infraestrutura escolar precária. O PEE/2014 apresenta uma análise de temáticas abordadas nas escolas e teve como fundamento a Agenda 21. Essa agenda era composta por diferentes temáticas, distribuídas entre: • Agenda Verde – vivências relacionadas com a biodiversidade, preocupações com a queimada, com proteção da a integridade dos ecossistemas; cuidados com as matas ciliares ou a preocupação com as indústrias madeireiras e a monocultura. • Agenda Marrom – atividades relacionadas ao saneamento, lixo ou esgoto. • Agenda Social – cuidados com a comunidade do entorno escolar e valorização da cultura através de mitos ou expressões artísticas. • Agenda Azul – a água, as nascentes, rios e olho d’água. Sendo assim, verificamos que a Agenda Verde apresentou o maior índice de projetos, o que nos indica que outras áreas ainda precisam ser abrangidas, discutidas em projetos ou dentro dos currículos nas escolas. Tabela 28 – Temáticas abordadas pelas escolas com relação à educação ambiental (ano base: 2004). Agendas 21 % de abordagem Agenda Verde 35 Agenda Marrom 30 Agenda Social 21 Agenda Azul 13 Outros 1 Fonte: SEDUC – SUEC/PREA A partir de 2008 as escolas fortaleceram a elaboração de projetos de Educação Ambiental, o que colaborou para que houvesse maior financiamento e várias escolas de Juara conseguiram implantar significativamente práticas educativas para a sustentabilidade. As tabelas abaixo apresentam os projetos desenvolvidos nas escolas da rede pública de ensino. 186 TABELA 29 - PROJETOS ESCOLAS MUNICIPAIS URBANAS DE JUARA. Nº Escolas Municipais Urbanas Projetos Desenvolvidos Horta- Alimentação Saudável; 01 E. M. Maria Pirovani Riva Meio Ambiente-sustentabilidade; Lixo: Recicle suas idéias. Projeto Mais Educação-Horta; 02 E. M. Presidente Costa e Silva 03 E. M. Jardim Califórnia Educação Ambiental: lixo e nutrição saudável. 04 E. M. Pingo de Gente Meio Ambiente, Dengue e Lixo. E. M. Educação Infantil Maria Homem e suas relações com a natureza 05 06 07 08 Reciclagem do lixo, economia de água e luz. Malfacini Riva Creche M. Madre Paulina Reciclando brincando Creche M. Inácio Luiz do Meu Meio Ambiente depende de mim Nascimento E. M. Cantinho Mágico. Meio Ambiente: Alimentação saudável. Fonte: SMEC, 2014. TABELA 30 - PROJETOS ESCOLAS MUNICIPAIS DO CAMPO/JUARA. Escolas do Campo 01 02 03 E.M Rui Barbosa E.M. Francisco Sampaio E.M. Ellen Buckup Projetos Canteiro sustentável; Reflorestamento (sala anexa-Fazenda Zilda). Lixo. Reciclagem do lixo; Horta escolar. 04 E.M. Bairro Machado Horta escolar pedagógica: lixo escolar. 05 E.M. Nossa Srª de Lourdes Horta escolar pedagógica: lixo escolar. 06 E.M. Santo Antonio Meio Ambiente e Sustentabilidade. 07 E.M Tancredo Neves Horta escolar pedagógica: lixo escolar. 08 E.M. Renascer Meio Ambiente e Sustentabilidade: lixo escolar. 09 E.M. Gairova Horta escolar pedagógica: lixo escolar. 10 E.M. Paredão Meio Ambiente e Sustentabilidade. 11 E.M. Santa Clara Horta escolar pedagógica. 12 E.M. Marabá Horta escolar pedagógica: lixo escolar. Fonte: SMEC, 2014 187 TABELA 31 - PROJETOS ESCOLAS ESTADUAIS - ZONA URBANA/JUARA. Escolas Estaduais 01 02 E.E. Oscar Soares CEJA José Dias Projetos Jardinagem; Material reciclado. A gente cuida da escola; Educação Ambiental. Norteador-Horta Pedagógica; 03 E.E. Iara Maria Minotto Gomes Projeto Meio Ambiente Atitude. Conservação dos espaços físicos escolares. Nossas mãos podem salvar o planeta; 04 E.E. Luiza Nunes Bezerra Dia das idéias sustentáveis; “Lixo” transformando em arte e solidariedade. 05 E.E. Comendador José Pedro Dias Reciclagem do Lixo 06 E.E. Nivaldo Fracarolli *********** 07 E.E. Daury Riva Horta Pedagógica; Gincana Cultural – Reciclagem do lixo. TABELA 32 - PROJETO ESCOLAS ESTADUAIS-ZONA RURAL/JUARA. Escolas Projetos 01 E.E Dom Aquino Horta Escolar Pedagógica. 02 E.E. Cecília Castro Barbosa Horta Escolar Pedagógica. TABELA 33 - PROJETOS ESCOLAS PRIVADAS-ZONA URBANA/JUARA. Escolas Projetos 01 Escola Cenecista de Juara ********** 02 Centro de Ensino Moderno 03 Instituto Absoluto Preservação do Meio Ambiente. ********** TABELA 34- PROJETOS ESCOLAS CONVENIADAS-ZONA URBANA/JUARA. Escolas Projetos 01 02 Escola Pestalozzi Raio de Sol Educandário Auta de Souza Alimentação Saudável – Horta Escolar. Conscientização Ambiental 188 TABELA 35 - PROJETOS ESCOLAS ESTADUAIS INDÍGENAS – CAMPO/JUARA. Escolas 01 02 Projetos E.E.I.E.B. Juporijup Projeto Timbó E.E.I.E.B. Leonardo Crixi Apiaká Projeto Timbó Projeto Timbó; 03 E.E.I. Krixi Barompô Wyrapat, Up, patrocinado pela Petrobrás- Formar representantes cidadãos indígenas para melhorar a qualidade dos povos indígenas, Apiaká, Kayabi e Munduruku. Fonte: Coordenação Pedagógica das escolas – 2015. A partir desses dados destacamos que a EA em Juara apresentou-se nos espaços escolarizados por meio dos projetos financiados e não financiados. Destacam-se também os estudos de formação continuada que proporcionaram vivências pedagógicas de educação ambiental. 9.2 Diretrizes A Educação Ambiental está fundamentada na valorização da vida e na convivência pacífica entre seres humanos e ambientes, de maneira que conceitos como sustentabilidade, preservação, consumo consciente e responsabilidade socioambiental sejam interdependentes. Atualmente no Brasil está em vigor a Lei 9.795/99, que dispões sobre a Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), legitimada em Mato Grosso pela Lei 7.888 de 09 de janeiro de 2003. Sendo assim o Art. 1º define que a Educação Ambiental é: Processo por meio do qual o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências, voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. 189 Nesse contexto a EA é um componente essencial e permanente à Educação, devendo estar presente, articuladamente, em todas as etapas e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não formal. Os princípios da EA, descritos no Art. 4º, da Lei n° 7.888/2003, são: I – o enfoque humanista, holístico, democrático e participativo; II – a concepção de meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre o meio natural, o socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade; III – o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas na perspectiva da INTER, MULTI e TRANSDISCIPLINARIDADE; IV – a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais; V – a garantia de continuidade e permanência do processo educativo; VI – a permanente avaliação crítica do processo educativo; VII – abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais; VIII – o reconhecimento e o respeito à pluralidade e a diversidade individual e cultural. Dentre os objetivos da EA estão compreensão integrada entre meio ambiente e suas complexas relações, democratização das informações ambientais, fortalecimento de uma consciência crítica sobre a problemática ambiental, incentivo individual e coletivo na preservação do equilíbrio do meio ambiente, a cooperação entre as diversas regiões do estado para a construção de uma sociedade ambientalmente equilibrada, por meio de princípios de liberdade, igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade, integração entre a ciência e tecnologia e o fortalecimento da cidadania e autodeterminação dos povos e solidariedade como fundamento para o futuro da humanidade (Art. 5º, Lei n° 7.888/2003), a Resolução CNE/CP nº 2 de 15 de junho de 2012 estabelece diretrizes curriculares para Educação Ambiental. No PEE/2014 observa-se que a diretriz fundamental está no reconhecimento do caráter não neutro da EA em suas estruturas políticas, que devem objetivar transformação social e a proteção ambiental no território mato-grossense. Sendo assim no PEE/2014 consta que para a consolidação desta concepção no Estado, outra diretriz undamental é o reconhecimento da importância do trabalho 190 específico a ser desenvolvido para que a EA seja, na escola, ao mesmo tempo, um instrumento de reflexão e de prática cidadã. Para intensificar este debate e para a construção desta realidade, é importante a sensibilização do poder público local para a criação de equipes de Educação Ambiental nas Secretarias de Educação e Meio Ambiente municipal, atendendo ao disposto em Lei. Ainda destaca-se que no âmbito da escola, é preciso fortalecer as Políticas Públicas que favoreçam a construção dos Projetos Ambientais Escolares e Comunitários, que ali em a dimensão escolarizada ao saber popular, e que resgate uma função inovadora do processo. Entende-se que algumas ações para o caminho da sustentabilidade ambiental são importantes nesse processo. 9.3 Metas e Estratégias META 1 - Promover a Educação Ambiental em todas as idades, níveis, modalidades e território, como direito de toda comunidade escolar à construção de sociedades sustentáveis, através de um enfoque crítico e complexo. Estratégia 1 - Promover discussões na temática da EA, em parceria com a Secretaria de Turismo e Meio Ambiente, CEFAPRO e IES, com a comunidade escolar, em todas as instituições educacionais, sobre alternativas de sustentabilidade econômica, para superação das práticas que resultam em degradação socioambiental, por meio da formação continuada em serviço. Estratégia 2 - Articular e implementar no currículo educacional a EA, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal, devendo ser contemplada na transversalidade, a partir da aprovação deste plano. Estratégia 3 - Apoiar ações de educação ambiental articuladas com os projetos políticos pedagógicos das escolas que contribuam ou promovam o desenvolvimento local sustentável. Estratégia 4 - Garantir meios e espaços permanentes de divulgação, discussão e compartilhamento de vivência de Educação Ambiental. 191 Estratégia 5 - Apoiar as escolas da rede pública que apresentem iniciativas relacionadas à dinâmica de coletivos educadores, a COM-VIDA, coletivos jovens, redes de EA, centros de EA, agremiações, associações ou estruturas educadoras envolvidas com a EA popular, fomentando a cooperação, solidariedade e justiça ambiental. Estratégia 6 - Viabilizar mecanismos normativos que orientem a destinação de parte dos recursos financeiros oriundos do Fundo Municipal de Bens Lesados e/ou outros fundos para apoiar ações para apoiar a EA desenvolvidas pelas unidades escolares públicas. Estratégia 7 - Fomentar parcerias com órgãos gestores da política ambiental estadual e municipal para abertura de editais anuais de apoio a projetos de EA visando sua concretização nas escolas e em espaços não escolarizados. Estratégia 8 - Orientar, de forma contextualizada 100% das escolas para que na elaboração de seus projetos político-pedagógicos e projetos ambientais escolares e comunitários sejam ressaltados os aspectos culturais, promovendo diálogos de saberes, cooperação e tolerância às diversas formas de vida e de diferentes grupos étnicos. Estratégia 9 - Promover intercâmbio entre escolas do campo e urbanas que desenvolvam ações de EA através de projetos que contribuam ou promovam o desenvolvimento local sustentável. Estratégia 10 - Capacitar anualmente os conselhos escolares para que exerçam seu papel de controle social acompanhando a aplicação dos recursos financeiros, pedagógicos, técnicos relativos às ações desenvolvidas na educação ambiental na escola. Estratégia 11 - Buscar parcerias com IES para produzir e publicar livro/outro material pedagógico local, evidenciando os saberes biorregionais e expressões culturais de Mato Grosso. 192 Estratégia 12 - Promover intercâmbios e diálogos locais e estaduais, para socializar os projetos e ações desenvolvidos anualmente sobre a EA. Estratégia 13 - Realizar, anualmente, campanhas de mídia/fórum/seminários/oficinas para dar visibilidade às diversas atividades e vivências em EA, integrando as múltiplas referências de populações biorregionais e diversos campos do saber científico, abordando temas como desenvolvimento e sustentabilidade, em parceria com SEMATUR, CEFAPRO, Assessoria Pedagógica, IES, instituições afins, e comunidades interessadas. Estratégia 14 - Estabelecer ações conjuntas entre Secretaria Municipal de Educação e Cultura, Sindicato dos Produtores Rurais, SEMATUR e Secretaria Municipal de Agricultura no sentido de apoiar iniciativas de atividades produtivas de pequenos produtores e artesãos agregando valores a educação e trabalho, desenvolvendo um trabalho integrado comunidade e educação. Estratégia 15 - Apoiar e divulgar iniciativas de atividades de sustentabilidade de pequenos produtores e artesãos. Estratégia 16 - Apoiar e articular parcerias com instituições, para o desenvolvimento de projetos voltados para uma cultura de reaproveitamento, reciclagem de resíduos sólidos e líquidos com destinação adequada para o lixo gerado em nosso município. Estratégia 17 - Articular-se com organizações não governamentais para o desenvolvimento de ações educativas na área ambiental no Município, incluindo a formação e capacitação de recursos humanos para formar multiplicadores. Estratégia 18 - Promover ações que estimulem comportamentos costume posturas, práticas sociais e econômicas de proteção, preservação, defesa, conservação e recuperação do Meio Ambiente. Estratégia 19 - Promover cultura individual e coletiva para prevenção da poluição em todos os aspectos sociais, morais e físicos. 193 10 EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA 10.1Diagnóstico A Educação Profissional e Tecnológica, como uma modalidade da Educação Básica, integra-se aos diferentes níveis e modalidades de educação, às dimensões do trabalho, da ciência e da tecnologia e articula-se com o ensino regular e outras modalidades educacionais: Educação de Jovens e Adultos – EJA, Educação Especial e Educação a Distância – EAD, conforme preconiza o Art. 1º da Resolução. Resolução Normativa nº 001/2014-CEE/MT(**) Fixa normas para a oferta da Educação Básica, na modalidade de Educação Profissional Técnica de Nível Médio, para o Sistema Estadual de Ensino. A industrialização trouxe uma necessidade/obrigatoriedade dos cursos técnicos para as pessoas atuarem no mercado de trabalho na década de 1960. Nesse momento histórico surgiu a LDB n° 5.692/71, que reconhecia a integração completa entre os cursos profissionalizante e o propedêutico. Após a implementação da LDB 9394/96 apresentou inovações como qualificação e requalificação de trabalhadores a fim de “melhorar a performance brasileira neste mundo competitivo”, segundo Nascimento e Collares, (2005). Nacionalmente, a Educação Profissional e Tecnológica é regulamentada pelo Decreto Presidencial n° 5.154/2004, e no Estado de Mato Grosso está em vigência a Resolução Normativa nº 001/2014-CEE/MT, ambas amparadas pelo Art. 39, da LDB/1996. De acordo com o PEE/MT, 2014, o mundo do trabalho vai se modificando, exigindo também um novo perfil do trabalhador. Tomada de decisões, trabalho em equipe, comunicação oral e escrita são habilidades requeridas no mercado de trabalho real. Portanto, a Educação Profissional e Tecnológica, articulada com a Educação Básica, deve garantir uma formação voltada para a formação do cidadão-trabalhador crítico, político e com condições de intervir na sua realidade e transformá-la. Para isso, é fundamental superar a mera compreensão de 194 que a Educação Profissional e Tecnológica capacita para a empregabilidade ou simplesmente preparam o trabalhador para executar tarefas instrumentais. Nas décadas de 1980 e 1990, no município de Juara, foram implantados cursos de Ensino Médio, Técnico em Contabilidade, Magistério e Básico em Agropecuária, na EE Oscar Soares. Na comunidade “20 Famílias” havia o curso de Técnico em Agropecuária, funcionando como sala anexa da EE Iara Maria Minotto Gomes, assim como na EE José Dias havia o curso de Técnico em Contabilidade. A partir de 1995, os cursos técnicos foram paralisados, regidos pelas legislações implementadas pelo ex-ministro da Educação, Paulo Renato de Souza, conforme o site Rede Brasil Atual (2010). O argumento do então Ministro era que o antigo 2º Grau atendia interesses elitistas e assinou o Decreto nº 2.208 de 17 de abril de 1997, que separou o Ensino Médio da Educação Técnica, causando divergências quanto ao resultado. Portaria do MEC 646 de 14 de maio de 1997. Em 2004, o Decreto n° 5.154 de 23 de julho de 2004, recompôs o ensino técnico, voltando a reuni-lo ao Ensino Médio, permitindo atualmente a Educação Profissional e Tecnológica separada ou conjunta. Lei nº 11.741 de 16 de julho de 2008. Em 2010, no município de Juara reiniciou-se o curso Técnico em Informática, dentro do Programa Ensino Médio Integrado à Educação Profissional – EMIEP, na EE Oscar Soares com duração de 4 anos, e os dados numéricos se apresentam nos gráficos 65, 66, 67 e 68 a seguir: Gráfico 65 - Alunos do Ensino Médio Integrado a Educação Profissional Técnico em Informática/Rede Estadual/2010. 35 Nº de Alunos 30 25 20 15 10 5 0 Aprovado Percentua l Retido Percentua l Evadido Percentua Trasnferid Percentua l o l 1º Ano 16 62% 6 23% 0 0% 4 15% 2º Ano 31 76% 0 0% 1 2% 9 22% Fonte: Ata de Resultados Finais/EE. Oscar Soares - Juara – MT. 195 Gráfico 66 - Alunos do Ensino Médio Integrado a Educação Profissional Técnico em Informática/Rede Estadual/2011. 30 Nº de Alunos 25 20 15 10 5 0 Aprovado Percentua l Retido Percentua l Evadido Percentua Transferid Percentua l o l 1º Ano 17 68% 2 8% 0 0% 6 24% 2º Ano 13 100% 0 0% 0 0% 0 0% 3º Ano 26 87% 4 13% 0 0% 0 0% Fonte: Ata de Resultados Finais/E E. Oscar Soares - Juara – MT. Gráfico 67- Alunos do Ensino Médio Integrado a Educação Profissional Técnico em Informática/Rede Estadual/2012. 25 Nº de Alunos 20 15 10 5 0 Aprovado Percentua l Retido Percentua l Evadido Percentua Transferid Percentua l o l 1º Ano 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 2º Ano 15 100% 0 0% 0 0% 0 0% 3º Ano 16 100% 0 0% 0 0% 0 0% 4º Ano 23 92% 0 0% 0 0% 2 8% Fonte: Ata de Resultados Finais/EE. Oscar Soares - Juara – MT. 196 Gráfico 68 - Alunos do Ensino Médio Integrado a Educação Profissional Técnico em Informática/Rede Estadual/2013. 12 Nº de Alunos 10 8 6 4 2 0 Aprovado Percentua l Retido Percentua l Evadido Percentua Transferid Percentua l o l 1º Ano 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 2º Ano 0 0% 0 0% 0 0% 0 0% 3º Ano 6 100% 0 0% 0 0% 0 0% 4º Ano 11 92% 1 8% 0 0% 0 0% Fonte: Ata de Resultados Finais/EE. Oscar Soares - Juara – MT. Gráfico 69 – Alunos de Ensino Médio – Cursos Técnicos/Rede Particular/2010. Nº de Alunos 25 20 15 10 5 0 Técnico em Enfermagem Aprovad Percentu Percentu Percentu Transferi Percentu Retido Evadido o al al al do al 21 73% 0 0% 8 27% Técnico em Agropecuaria 9 69% 0 0% 4 31% Fonte: Ata de Resultados Finais/Absoluto Instituto Educacional Juara – MT. 0 0% 0 0% 197 Gráfico 70 - Alunos de Ensino Médio – Cursos Técnicos/Rede Particular/2011. Nº de Alunos 30 25 20 15 10 5 0 Aprova Percent Percent Desiste Percent Tranferi Percent Retido do ual ual nte ual do ual Técnico em Enfermagem 28 59% 5 10% 14 29% 1 2% Técnico em Agropecuaria 15 58% 0 0% 10 38% 1 4% Técnico em Radiologia 13 65% 0 0% 5 25% 2 10% Técnico em Segurança 11 46% 5 21% 8 33% 0 0% Fonte: Ata de Resultados Finais/Absoluto Instituto Educacional Juara – MT. Gráfico 71 - Alunos de Ensino Médio – Cursos Técnicos/Rede Particular/2012. 25 Nº de Alunos 20 15 10 5 0 Aprova Percent Percent Percent Transfe Percent Retido Evadido do ual ual ual rido ual Técnico em Enfermagem 16 33% 11 21% 23 45% 1 1% Técnico em Agropecuaria 0 0% 6 30% 14 70% 0 0% Técnico em Segurança no trabalho 6 28% 4 18% 12 54% 0 0% Fonte: Ata de Resultados Finais/Absoluto Instituto Educacional Juara – MT. 198 10.2 Diretrizes As Diretrizes Políticas de Educação Profissional e Tecnológica requerem a definição de expansão do atendimento da demanda, a reestruturação curricular, a formação continuada dos profissionais da educação, a valorização profissional, a melhoria das condições materiais dos estabelecimentos de ensino e a ampliação da capacidade de investimentos financeiros. O desafio se constitui, portanto, em romper com modelos de políticas que privilegiam apenas parte da demanda, garantindo aos cidadãos o acesso à Educação Profissional e Tecnológica com democratização da oferta e qualidade social. A oferta deverá ser de forma integrada à educação básica, pois “A Educação Profissional e tecnológica, garantida aos trabalhadores como um direito, não pode ser entendida como substitutiva da Educação Básica”. (MEC - Políticas Públicas para a Educação Profissional e Tecnológica). Portanto, a formação profissional voltada para si mesma já não possui mais sentido. É necessária uma integração com a Educação Básica, visando a formação geral do trabalhador. No contexto estadual haverá atenção especial a oferta de cursos de Ensino Médio Integrado à Educação Profissional, viabilizando a aprendizagem por meio do estágio supervisionado. A Educação Profissional assume um papel complementar a Educação a partir da LDB, que no Art. 39, afirma que deve ser integrada às diferentes formas de educação, ao trabalho, à ciência e à tecnologia, conduzindo ao permanente desenvolvimento de aptidões para a vida produtiva. Além disto, preceitua que o aluno matriculado ou egresso do Ensino Fundamental, Médio e Superior, bem como o trabalhador em geral, jovem ou adulto, contará com a possibilidade de acesso à Educação Profissional, que deve ser desenvolvida em articulação com o ensino regular em instituições especializadas ou no ambiente de trabalho. Prevê-se, ainda, a integração de dois tipos de formação: a formal, adquirida em instituições especializadas, e a não formal, adquirida por meios diversos, inclusive no trabalho. O Decreto Presidencial nº 5.154/04, legitimado pela Resolução n° 004/11 – CEE/MT apresenta eixos tecnológicos e possibilita a construção de diferentes percursos formativos, e abrange os seguintes cursos e programas: 199 I. Formação Inicial e Continuada ou Qualificação Profissional - Os cursos de formação inicial e continuada ou qualificação profissional, destinados a jovens e adultos e oferecidos segundo itinerários formativos, podem ser desenvolvidos inclusive no ambiente de trabalho, independentemente de escolarização anterior, não estando sujeitos à regulamentação e à autorização prévia do Sistema Estadual de Ensino; II. Educação Profissional Técnica de Nível Médio - Os cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio são destinados a estudantes matriculados no Ensino Médio, ou dele egressos, com o objetivo de proporcionar habilitação profissional técnica ou qualificação profissional técnica, segundo perfil profissional de conclusão e, ainda, aperfeiçoamento profissional técnico e especialização profissional técnica. III. Educação Profissional Tecnológica, de Graduação e Pós-Graduação Os cursos de Educação Profissional Tecnológica, de nível superior de graduação e pós-graduação, são destinados a egressos do Ensino Médio ou de graduação, obedecendo à regulamentação específica. Conforme a legislação federal e estadual, para a oferta dos cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio, serão observadas a presente normas: as Diretrizes Curriculares Gerais para a Educação Básica e para a Educação Profissional Técnica de Nível Médio e o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos – CNCT/MEC. Sendo assim, os cursos de Educação Profissional Técnica de Nível Médio poderão ser desenvolvidos em Instituições de Educação, públicas ou privadas, em instituições especializadas ou no ambiente de trabalho nas seguintes formas: I. Articulada com o Ensino Médio, na forma integrada – oferecida a quem já tenha concluído o Ensino Fundamental, conduzindo o estudante à habilitação profissional técnica de nível médio, na mesma instituição de educação, com matrícula única para cada estudante; II. Articulada com o Ensino Médio, na forma concomitante – oferecida a quem esteja matriculado no Ensino Médio, com dupla matrícula e dupla certificação, podendo ocorrer: 200 a) Na mesma ou distinta instituição de educação, aproveitando as oportunidades educacionais disponíveis; b) Em instituições de educação distintas, mediante convênios de Inter complementaridade, visando ao planejamento e ao desenvolvimento de proposta pedagógica unificada. c) Subsequente, em cursos destinados a quem já tenha concluído o Ensino Médio. Os cursos que integram a Educação Profissional Técnica de Nível Médio: I. Qualificação Profissional Técnica – cursos ou módulos de cursos técnicos, que tenham o caráter de terminalidade compatível com qualificações profissionais identificadas no mercado de trabalho; II. Habilitação Profissional Técnica – cursos destinados à proporcionar Habilitação Profissional Técnica de Nível Médio, ministrados à estudantes matriculados e /ou concluíram o Ensino Médio; III. Especialização Profissional Técnica – cursos destinados ao atendimento de demandas específicas, posteriores a uma determinada Habilitação Profissional Técnica; IV. Atualização/Aperfeiçoamento Profissional Técnico – cursos de livre oferta e destinadas à demandas de formação continuada para estudantes matriculados ou egressos da Educação Profissional Técnica de Nível Médio. De acordo com a Resolução n° 004/11, no Art. 8º, §1º, entende-se por competência profissional a capacidade de mobilizar, articular e colocar em ação conhecimentos, habilidades e valores necessários para o desempenho eficiente e eficaz de atividades requeridas pela natureza do trabalho. As competências requeridas pela educação profissional, considerada a natureza do trabalho são: I. Competências básicas, constituídas no ensino fundamental e médio; II. Competências profissionais gerais, comum aos técnicos em função da estrutura sócio-ocupacional e tecnológica; III. Competências profissionais específicas de cada qualificação profissional técnica e habilitação profissional técnica. Os currículos deverão ser definidos com respeito aos itinerários de formação, de modo a avançar no sentido de superar a constituição de parte da classe trabalhadora altamente qualificada e a maioria com formação compensatória. 201 Portanto, entende-se que a Educação Profissional e Tecnológica deve ser parte do processo de formação integral. A Educação enquanto processo formativo não pode se descuidar do contexto histórico-social em que ela se realiza. As transformações ocorridas no mundo do trabalho devem ser instrumentos de estudo e elemento balizador das ações da Educação Profissional e Tecnológica. Esta deve ser vista como um instrumento importante na vida do trabalhador, possibilitando ao aluno abertura suficiente para reformular seus conhecimentos frente aos novos desafios. Daí decorre a necessidade de buscar uma total integração entre a Educação Profissional e Tecnológica com o mundo do trabalho. É preciso buscar uma integração com a política de desenvolvimento econômico, política de geração de emprego e renda que possibilite ao trabalhador a conquista e a manutenção de seu emprego, colaborando para a melhoria de sua qualidade de vida. Com relação ao financiamento, devem ser estabelecidas parcerias entre os sistemas federal, estadual, municipal e a iniciativa privada regulamentadas de acordo com a legislação vigente para incentivar a oferta de Educação Profissional e Tecnológica. As Instituições de Educação Profissional devem ser credenciadas de acordo com a Resolução Normativa 002/11 – CEE/MT, e listadas de acordo com a Portaria nº 094/11 GAB-CEE/MT e fica sujeitas a avaliação do CEE/MT. Todos os demais processos em trâmite no CEE-MT estão abrangidos pelo procedimento descrito no artigo 22, 23 e 24 da presente norma, até que a Resolução Normativa nº 02/2013CEE-MT seja revista. 10.3 Meta e Estratégias Meta 1 – Articular junto à Assessoria Pedagógica, SEDUC e CEFAPRO, implantação de cursos de educação profissional técnica de nível médio conforme demanda e interesse da região do Vale Arinos no prazo de 2 (dois) anos. 202 Estratégia 1 - Articular junto ao CME e Assessoria Pedagógica, o levantamento das demandas sociais, para implantação de novos cursos de educação profissional técnica de nível médio. Estratégia 2 - Articular junto ao CME, Assessoria Pedagógica, SMEC e Governo Federal, a conclusão do Instituto Federal de Educação Tecnológica (IFET) em Juara, e seu efetivo funcionamento. Estratégia 3 - Articular junto à SEDUC, CEE, Assessoria Pedagógica, programas para garantir o acesso e a permanência dos jovens e adultos em cursos de Educação Profissional e Tecnológica. Estratégia 4 - Articular junto à SEDUC, CEE, Assessoria Pedagógica, a implementação de políticas de Educação Profissional e Tecnológica, buscando a inclusão dos educandos com deficiências no mercado de trabalho. Estratégia 5 - Articular junto às instituições privadas que oferta educação profissional e tecnológica, a implantação do regime de bolsas de estudos para 5% dos educandos até o 5º ano da vigência do PME, e 10% até o final da vigência do PME. 203 11 FORMAÇÃO E VALORIZAÇÃO DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO 11.1 Diagnóstico A Reforma Educacional capaz de transformar a sociedade brasileira e de construir formas de valorização permanente da Educação, perpassa pela Formação e pela Valorização dos Profissionais da Educação Básica. O PME tratará das metas e estratégias que dialogam com a formação inicial e continuada, de planos de cargos e carreiras e da remuneração dos profissionais da educação. É importante ressaltar a necessidade de mobilização dos setores e segmentos sociais comprometidos com a efetivação do direito à educação de qualidade social, pois essa é uma medida para garantir a materialização de políticas de Estado que asseguram valorização efetiva dos Profissionais da Educação. Leda Scheibe (2013) afirma que Formação, Remuneração, Carreira e Condições de Trabalho são eixos indissociáveis no que diz respeito à valorização desses profissionais e na democratização do conhecimento necessário para o desenvolvimento da nação. As ações necessárias a efetivação de uma política pública educacional de qualidade depende de um regime de colaboração. Esse regime requer o apoio das secretarias estaduais e municipais aos seus professores e demais profissionais em processo de qualificação. Muitas vezes, estes não encontram a necessária dispensa para a realização dos cursos e carecem de auxílio para deslocamentos e hospedagem, o que traz como consequência um alto índice de evasão nos programas. Em se tratando de programas de formação, destacamos a importância do PIBID3- Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência, que oferece bolsas 3 O PIBID é um Programa do Ministério da Educação, gerenciado pela Capes, com o objetivo de incentivar a formação de professores para a educação básica e de elevar a qualidade da escola pública. Os participantes são alunos dos cursos de Licenciatura que, inseridos no cotidiano das escolas da rede pública, planejam e participam de experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar, e que buscam a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem. Em 2012, participavam 195 Instituições de Educação Superior, desenvolvendo 288 projetos de iniciação à docência em aproximadamente 4 mil escolas públicas de educação básica. O número de bolsas concedidas atingiu 49.321. 204 de estudo para estudantes das licenciaturas, contribuindo significativamente para a garantia da permanência e sucesso dos acadêmicos de áreas educacionais. O Município de Juara, assim como muitos municípios brasileiros, convive ainda com uma situação que origina planos de carreira muito distinta, salários diferenciados, além de duplicação de jornada em carreiras diferentes: estadual/municipal; pública/privada; Educação Básica/Educação Superior, e como afirma Oliveira (2010) precisa cumprir e fazer cumprir o que diz o discurso da Lei, para garantir os planos de carreira, piso salarial nacional para os profissionais da educação, estabelecimento de estatutos e planos de carreira do magistério público, bem como obrigatoriedade de formação superior para todos os docentes, previstos na Constituição Federal de 1988 e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996. (p. 17). De acordo com o PNE – 2014 “é preciso que os profissionais possam vislumbrar perspectivas de crescimento profissional e de continuidade de seu processo de formação”. Acerca dessa reflexão pondera o PEE/MT – 2014, concordando que nessa perspectiva, a atualização constante dos conhecimentos do profissional da educação compõe o campo das condições necessárias à realização da qualidade do ensino, uma vez que a sociedade atual exige, do educador e do sistema educacional, respostas condizentes com as necessidades sociais dos indivíduos na coletividade. Dessa forma, a continuidade do processo de formação do profissional da educação compõe o quadro das questões relevantes para a efetivação da qualidade do sistema educacional no desempenho de suas múltiplas funções. Outros fatores que interferem diretamente na qualidade da Educação são condições de trabalho desiguais na escola, refletidas nas diferenças salariais, as múltiplas jornadas de trabalho e a queda da autoestima decorrentes da desvalorização profissional. Acompanhar os avanços tecnológicos, dos quais são decorrentes de avanços em pesquisas e estudos científicos exige do profissional da educação uma postura diferenciada, que precisa romper com paradigmas educacionais de sua formação inicial. Apresentamos os números que compõem o quadro de profissionais no Município de Juara em 2013: 205 Nº DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO Gráfico 72 – Profissionais/efetivos/interinos/Educação Básica/Rede Municipal/Zona Urbana/2013. 30 25 20 15 10 5 0 Ens.Medio Graduação Pós-Grad. Ens.Medio Graduação Pós-Grad. TDI Efetivo 20 Efetivo 10 Efetivo 14 Interino 3 Interino 0 Interino 0 TAE 5 3 4 0 0 0 AAE/INFRAESTRURURA 27 3 0 4 0 0 AAE/NUTRIÇÃO 21 2 1 4 0 0 AAE/VIGIA 1 0 0 0 0 0 Fonte: Quadro de Lotação da Escola, Censo Escolar, Ano Base 2013. Nº DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO Gráfico 73 – Profissionais/efetivos/interinos-Educação Básica/Rede Municipal/Zona Rural/2013. 6 5 4 3 2 1 0 E. MÉDIO GRADUAÇÃO PÓS-GRAD. E. FUND. E. MÉDIO EFETIVO 4 EFETIVO 1 EFETIVO 2 INTERINO 0 INTERINO 6 AAE/INF. ESTRUTURA 0 0 0 3 2 AAE/NURTIÇÃO 1 1 0 0 0 AAE/VIGIA 0 0 0 0 0 TAE Fonte: Quadro de Lotação da Escola, Censo Escolar, Ano Base 2013. 206 Gráfico 74 – Profissionais/efetivos/interinos-Educação Básica/Rede Estadual/ Zona Urbana/2013. 25 Nº DE PROFISSIONAIS 20 15 10 5 0 EN. MEDIO GRADUAÇÃO PÓS GRAD. EN. MEDIO GRADUAÇÃO EVETIVO EFETIVO EVETIVO INTERINO INTERINO TAE 4 6 15 14 0 AAE/INF. ESTRURTURA 18 4 3 22 0 AAE/NURTIÇÃO 15 8 0 10 0 AAE/VIGIA 5 5 0 8 0 Fonte: Quadro de Lotação da Escola, Censo Escolar, Ano Base 2013. Gráfico 75 – Profissionais/efetivos/interinos-Educação Básica/Rede Estadual/ Zona Rural/2013. Nº DE PROFISSIONAIS 8 7 6 5 4 3 2 1 0 E. MÉDIO GRADUAÇÃO PÓS GRAD. E. MÉDIO GRADUAÇÃO EFETIVO EFETIVO EFETIVO INTERINO INTERINO TAE 0 0 0 5 0 AAE/INF. ESTRURTURA 1 0 0 7 0 AAE/NURTIÇÃO 1 0 1 7 0 AAE/VIGIA 3 1 0 5 0 Fonte: Quadro de Lotação da Escola, Censo Escolar, Ano Base 2013. 207 Gráfico 76 – Profissionais Indígena/interinos-Educação Básica/Rede Estadual/ Zona Rural/2013. Nº DE PROFISSIONAIS 6 5 4 3 2 1 0 TAE AAE/INFRAESTRUTUR A AAE/NUTRIÇÃO AAE/VIGIA ENS.FUND 0 0 0 0 ENS.MEDIO 3 5 5 3 Fonte: Quadro de Lotação da Escola, Censo Escolar, Ano Base 2013. Gráfico 77 – Profissionais-Educação Básica/Rede Privada e Conveniada/Zona Urbana/2013. 3 Nº DE PROFISSIONAIS 2,5 2 1,5 1 0,5 0 TAE Ens.Fun Ens.Méd Graduaç Pos.Gra d io ão d. Ens.Fun Ens.Méd Graduaç Pos.Gra d io ão d. Conveni Conveni Conveni Conveni Particula Particula Particula Particula ada ada ada ada r r r r 0 0 1 1 0 2 2 1 AAE/INFRAEST. 1 2 0 0 3 2 0 0 AAE/NUTRIÇÃO 1 1 0 0 0 0 0 0 AAE/VIGIA 0 0 0 0 1 0 0 0 Fonte: Quadro de Lotação da Escola, Censo Escolar, Ano Base 2013. 208 Gráfico 78 - Professores/efetivos/interinos-Graduação/Rede Municipal/Zona Urbana e Campo/2013. 12 Nº DE PROFESSORES 10 8 6 4 2 0 ENS. MÉDIO 0 MAGIS. PEDAG. LETRAS HIST. MAT. QUIM. 0 7 0 0 0 0 ED.INF.INTERINO..URBANO 0 0 1 0 0 0 0 ED.INF.INTERINO.CAMPO 1 0 1 0 0 0 0 ENS.FUND.EFETIVO .URBANO 0 1 3 1 1 0 0 ENS.FUND.INTERINO .URBANO 0 0 7 0 0 0 0 ENS.FUND.EFETIVO .CAMPO 0 1 2 0 0 0 1 ENS.FUND.INTERINO .CAMPO 12 2 6 1 0 1 0 ED.INF.EFETIVO.URBANO Fonte: Quadro de Lotação da Escola, Censo Escolar, Ano Base 2013. Gráfico 79- Professores/efetivos/interinos-Graduação + Pós Graduação/Rede Municipal/Zona Urbana e Campo/2013. 70 Nº DE PROFESSORES 60 50 40 30 20 10 0 EFETIVO EFETIVO EFETIVO INTERINO INTERINO ED. INTANTIL 64 EN. FUND. 24 E. F/CAMPO 10 ED. INTANTIL 1 EN. FUND. 1 LETRAS+PÓS 0 2 2 0 0 MATEMATICA+PÓS 0 1 1 0 0 MESTRADO 2 0 0 0 0 PEDAGOGIA+PÓS Fonte: Quadro de Lotação da Escola, Censo Escolar, Ano Base 2013. 209 Nº DE PROFESSORES Gráfico 80 - Professores/efetivos/interinos-Graduação + Pós Graduação/Mestrado/Rede Estadual/Zona Urbana/2013. 50 45 40 35 30 25 20 15 10 5 0 Ped. 3 Port 4 E.Fis 4 Arte 0 Infor 1 Mat 1 Cien 0 Bio 1 Qui 0 Fis 0 His 1 Geo 0 Soc 0 Fil 0 Efetivo Pós 46 20 5 2 0 11 3 3 1 0 6 5 1 1 Interino Grad 24 6 7 0 0 4 3 2 3 0 0 4 0 0 Interino Pós 35 9 0 0 0 6 0 4 0 0 0 1 0 1 Mestrado 2 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 Efetivo Grad. Fonte: Quadro de Lotação da Escola, Censo Escolar, Ano Base 2013. Gráfico 81 - Professores/efetivos/interinos-Graduação + Pós Graduação/Rede Estadual/Zona Rural/2013. 7 Nº DE PROFESSORES 6 5 4 3 2 1 0 PEDAGOGIA LETRAS MATEMATICA EDUCAÇÃO FÍSICA EFETIVO GRADUAÇÃO 0 0 0 0 EFETIVO PÓS GRADUAÇÃO 5 1 0 0 INTERINO GRADUAÇÃO 6 0 0 1 INTERINO PÓS GRADUAÇÃO 4 0 2 0 Fonte: Quadro de Lotação da Escola, Censo Escolar, Ano Base 2013. 210 Gráfico 82 – Professores Indígenas/efetivos/interinos/Rede Estadual/Zona Rural/2013. 14 Nº de Professores 12 10 8 6 4 2 0 Magistéri Ens.Fund Ens.Médi o amental o Intercult ural Letras Matemát ica História Efetivo superior 0 0 0 1 0 0 Interino Ens.Fundamental 9 0 0 0 0 0 Interino Ens.Médio 0 13 0 0 0 0 Interino Magistério Intercultural 0 0 9 0 0 0 Interino Superior 0 0 0 0 1 1 Fonte: Quadro de Lotação da Escola, Censo Escolar, Ano Base 2013. Gráfico 83 - Professores Contratados/Rede Privada/Conveniada/Zona Urbana/2013. Nº DE PROFESSORES 12 10 8 6 4 2 0 EN. MEDIO PED ING CIEN MAT PED +PÓS CONVENIADA 1 4 0 0 0 3 PRIVADA 0 9 3 3 5 12 PORT+ ED.FIS. MAT. + HIST. + Geog. outros PÓS + PÓS PÓS PÓS +pós niveis sup 1 0 0 0 0 0 5 3 2 2 1 12 Fonte: Quadro de Lotação da Escola, Censo Escolar, Ano Base 2013. 211 11.2 Diretrizes Assim como o PNE, 2014, o PME de Juara/MT, considera que para agregar qualidade à educação é de fundamental importância implementar a valorização do profissional da educação, tendo em vista que a mesma se caracteriza como fator decisivo para o desenvolvimento do processo educacional. Inicialmente a Formação e Valorização dos Profissionais da Educação tiveram repercussão legislativa a partir da LDB/1996, no Título VI, nos artigos 61 a 67, antecedida pela Valorização Profissional no Art. 3º, inciso VII. Alguns anos depois, Araújo (2009) afirma que o Brasil possui aproximadamente dois milhões de profissionais na Educação Básica, que enfrentam em seu cotidiano a indiferença dos governos, o descumprimento das legislações que asseguram direitos aos trabalhadores, a prevalência de políticas de formação aligeiradas e a avaliação de desempenho meritocrática e punitiva. (P. 19). A partir do Decreto nº 6.755, de janeiro de 2009 (BRASIL4, 2009), o MEC instituiu uma Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica e avança na questão do regime de colaboração entre os entes federados, que não estão, até agora, suficientemente articulados na execução das políticas públicas destinadas ao desenvolvimento desses objetivos. (P. 17) A importância da efetivação do PME se estabelece na medida em que se propõe a cumprir as legislações que fundamentam a formação e a valorização, responsabilizando a todos por essa efetivação. A Lei n° 12.014, de 6 de agosto de 2009, alterou o artigo 61, da LDB, dizendo que Profissionais da Educação são: I - Professores habilitados em nível médio ou superior para a docência na Educação Infantil e nos Ensinos Fundamental e Médio; 4 Salto para o Futuro - ISSN 1982 – 0283, Ano XXIII - Boletim 18 - SETEMBRO 2013, Valorização dos Profissionais da Educação. Disponível em: http://www.tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/16490418_ValorizacaoDosProfissionais.pdf Acesso dia 03/02/2015. 212 II - Trabalhadores em Educação portadores de diploma de Pedagogia, com habilitação em Administração, Planejamento, Supervisão, Inspeção e Orientação Educacional, bem como com títulos de mestrado ou doutorado nas mesmas áreas; III - Trabalhadores em Educação, portadores de diploma de curso técnico ou superior, em área pedagógica ou afim. Essa alteração pressupõe igualdade de condições de trabalho para todos os profissionais da educação, sem distinção de cargos, com base no Plano de Carreira. Sendo assim há uma necessidade de avaliação desse plano em nosso município, corroborando com a importância de construir uma política de Valorização Profissional de acordo com as Diretrizes nacionais, uma vez que profissionais de redes diferentes tem salários diferentes e essa disparidade se estende para o enquadramento de cargos e salários. Apesar de se tratar de um tema polêmico, contribui para o rompimento da barreira ideológica que separa professores dos demais profissionais da educação e para a superação da visão de que os professores eram diferentes dos demais trabalhadores, inclusive os da educação, o que dificultava o diálogo e a integração entre os diversos segmentos que compõem a Educação. Essa política iniciou-se a partir de experiências em Mato Grosso e Acre em Programas de Formação Profissional em Nível Médio (exemplo Arara Azul), que estabeleceram as condições para que fosse criado, no âmbito do Ministério da Educação, o Programa Pró-funcionário. Essa experiência de realizar cursos que integraram conteúdos pedagógicos e técnicos deu suporte fundamental para que o CNE editasse a Resolução nº 5/2009, criando a 21ª Área de Educação Profissional (Serviços de apoio escolar), mas o salto de qualidade aconteceu à atual elaboração das Diretrizes para o Plano de Carreira e Remuneração para os profissionais não docentes da Educação Básica Pública, encontra-se na Lei n° 12.014/2009. A partir dessa legislação os profissionais são incentivados a buscar formação técnica em sua área de atuação e formação exigida pela Lei. Isso possibilita o reconhecimento desses funcionários como profissionais da educação, desde que devidamente habilitados, tanto em nível médio, quanto superior. Seu reconhecimento final se deu na CONAE de 2010 e no PNE, 2014, conforme as Metas: 213 17 - Valorizar os profissionais do magistério, das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do 6º ano de vigência deste PNE. 18 – Assegurar no prazo de 2 anos a existência de Planos de Carreira para os profissionais da Educação Básica e Superior Pública de todos os Sistemas de Ensino e, para o plano de carreira dos profissionais da educação básica pública, tomar como referencia o piso salarial nacional, definido em Lei Federal, nos termos do inciso VIII, do Art. 206 da Constituição Federal. No estado de Mato Grosso, com a aprovação do PEE/2014, a Meta 4 assegura a existência de um Plano de Carreira para os profissionais da Educação Básica Pública, e a Lei Federal nº 11.738, de 16 de julho de 2008, como patamar mínimo de referência para a elaboração do Plano de Carreiras, Cargos e Salários para os profissionais da Educação Básica. A Lei nº 12.014 de 6 de agosto de 2009, altera o artigo 61 da Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996, com a finalidade de discriminar as categorias dos trabalhadores que se devem considerar profissionais da educação. Lê-se na CONAE/2010 que a intencionalidade de um Sistema Nacional de Educação perpassa pelo combate às desigualdades regionais, e este deve ser perseguido através da continuidade das políticas sistêmicas voltadas à interação dos níveis básico e superior; do protagonismo do trabalho e das relações sociais no currículo; da expansão do financiamento; da consolidação da gestão democrática; da implementação de uma cultura positiva para avaliação dos sistemas, das redes, das escolas/instituições, dos estudantes e dos profissionais; da efetiva valorização da carreira dos profissionais da educação (com Diretrizes nacionais que assegurem formação, salário, carga horária e condições de trabalho); da reestruturação das escolas (infraestrutura, tecnologias, espaços, tempos e métodos pedagógicos); da regulamentação da oferta subsidiária do setor privado; do chamamento da sociedade à defesa da educação pública. No indicador “Condições de Trabalho para Valorização dos Profissionais da Educação”, o parágrafo 3º, do Artigo 212 da Constituição Federal, além de determinar que a distribuição dos recursos públicos assegure prioridade ao atendimento das necessidades do ensino obrigatório, no que se refere à universalização, determina que deve ser garantido o padrão de qualidade e 214 equidade, nos termos do PNE e isso só será possível mediante o cumprimento das legislações assegurando a Formação e Valorização dos Profissionais da Educação. E os caminhos que farão as mudanças necessárias para colocar a educação como prioridade nacional, garantindo o acesso e a permanência de todos na escola, o direito dos educandos de aprender e a valorização dos profissionais não se efetivará de outra forma. Na Emenda Constitucional n° 59/09 obriga a vincular o percentual do PIB para investimentos na educação. Configura-se assim uma fonte nova para projetos de readequação dos Planos de Carreiras, Cargos e Salários. Estes recursos novos, que podem vir do Fundo Social do Pré-Sal, da vinculação das contribuições sociais e dos royalties, deverão ser utilizados para organizar a infraestrutura escolar, proporcionando repensar o tempo, o espaço e o currículo escolar da educação básica; garantir a jornada de trabalho exclusiva e integral do profissional da educação em uma única escola, com salário digno e desenvolvimento na carreira; investir na ampliação da hora atividade e no fortalecimento da gestão democrática da escola, da rede e dos sistemas de ensino. (BRASIL, 2009, p.23) Dois avanços significativos na direção da Formação e Valorização dos Profissionais são: a elaboração do PME e instituição do Fórum Permanente de Educação no Município de Juara. A base legislativa da rede pública de ensino está amparada nas Leis listadas abaixo e suas alterações através das emendas bem como a legislação vigente: • Lei Complementar nº 50, de 01 de Outubro de 1998, que dispõe sobre a Carreira dos Profissionais da Educação Básica de Mato Grosso. • Lei Complementar Municipal nº 068, de 30 de dezembro de 2009,que dispõe sobre a Carreira dos Profissionais da Educação Pública Básica do Município de Juara. • Lei Complementar nº 49, de 01 de Outubro de 1998, dispõe sobre a Instituição do Sistema Estadual de Ensino de Mato Grosso. • Lei Complementar nº 04, de 15 de Outubro de 1990, que dispõe sobre o Estatuto dos Servidores, Públicos da Administração Direta das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais. • Lei Complementar Municipal nº 028, de 26 de dezembro de 2007, que dispões sobre o Estatuto dos Servidores Públicos do município de Juara. 215 Seguindo as Diretrizes do estado, a formação continuada do magistério é parte essencial da estratégia de melhoria permanente da qualidade da educação, e visará à abertura de novos horizontes na atuação profissional. Essa formação terá como finalidade a reflexão sobre a prática educacional e a busca de seu aperfeiçoamento técnico, ético e político. Para os profissionais da educação pública a formação deverá ser garantida pelas secretarias estaduais e municipais de educação, cuja atuação incluirá o planejamento, a coordenação, o financiamento e a manutenção dos programas como ação permanente e a busca da parceria com universidades e instituições de ensino superior. Aquela relativa aos professores que atuam na esfera privada será de responsabilidade das respectivas instituições. A CONAE/2010 reconheceu que o Brasil tem uma enorme dívida com os profissionais da educação e que a sua valorização requer políticas que associem: condições de trabalho, formação, salários justos, carreira e desenvolvimento profissional. 11.3 Metas e Estratégias Meta 1 - Oportunizar formação inicial e continuada com qualidade, promovendo o acesso de todos os profissionais da educação, por intermédio de cursos específicos na área de atuação, na Educação Básica. Estratégia 1 - Promover em parcerias com o CEFAPRO e Instituições de Ensino Superior, cursos de qualificação para os cargos de: Técnico Administrativo e Apoio Administrativo Educacional. Estratégia 2 - Promover anualmente a formação de todos os técnicos administrativos educacionais da Rede Municipal para trabalhar com a informática educacional/inclusão digital em laboratórios apropriados. Estratégia 3 - Garantir anualmente a formação continuada dos profissionais das escolas da Rede Municipal por intermédio dos cursos oferecidos pelo 216 PAR/MEC/SEDUC, nas modalidades alimentação escolar, gestão, multimeios didáticos, infraestrutura, Técnicas de Desenvolvimento Infantil e outras modalidades. Estratégia 4 - Articular em regime de colaboração, parcerias que garantam a participação dos profissionais da educação em curso de programas de mestrado e doutorado público na modalidade de férias. Estratégia 5 - Assegurar formação continuada articulada no contra turno sem prejuízo na carga horária trabalhada para todos os profissionais da educação, no local de trabalho. Estratégia 6 - Ampliar as relações de formação entre CEFAPRO e escolas municipais através do regime de colaboração com o Estado. Estratégia 7 - Articular junto a SUFP e SEDUC, em cooperação técnica, vagas para profissionais do município realizar seletivos com a possibilidade de se tornarem professores formadores no CEFAPRO. Estratégia 8 - Constituir fórum permanente, com representação dos sindicatos, da sociedade civil organizada e dos trabalhadores da educação, para estudos e acompanhamento da atualização do valor do piso salarial nacional para os profissionais da Educação Básica do município intermediada pelo Conselho Municipal de Educação. Estratégia 9 - Constituir como tarefa do fórum permanente o acompanhamento da evolução salarial por meio de indicadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD, periodicamente, divulgado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. Estratégia 10 - Implementar e garantir, no âmbito municipal, plano de carreira para os (as) profissionais da educação municipal, observados os critérios estabelecidos na Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008, com implantação gradual do cumprimento da jornada de trabalho em um único estabelecimento escolar. 217 Estratégia 11 - Garantir e ampliar assistência financeira recebida da União específica para implementação de políticas de valorização dos profissionais da educação, em particular, equiparando o piso salarial nacional. Estratégia 12 - Proporcionar via PAR curso de formação continuada a todos os profissionais da escola para o Atendimento Educacional Especializado. Meta 2 - Realizar concursos públicos e assegurar direitos de carreira aos profissionais da rede pública de educação. Estratégia 1 - Realizar 03 concursos públicos de acordo com a necessidade para a Rede Municipal de ensino no período de 10 anos, respeitando o plano de carreira, a habilitação e as qualificações exigida para os cargos, e garantindo a posse imediata dos aprovados. Estratégia 2 - Articular as avaliações de desempenho dos profissionais em estágio probatório de acordo com as legislações vigentes. Estratégia 3 - Implantar e implementar o sistema de acompanhamento dos profissionais da educação com o intuito de melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem. Estratégia 4 - Assegurar o direito à licença por assiduidade, pelo período de 90 dias a cada 5 anos (licença prêmio). Respeitando a escala de vencimento por funcionário dentro da instituição. Meta 3 – Garantir direitos e condições dignas de atendimento ao profissional da educação e agilidade nos processos de aposentadoria. Estratégia 1 - Garantir aos profissionais do sistema municipal de ensino, o atendimento imediato da perícia médica. 218 Estratégia 2 - Elaborar, imediatamente após a aprovação deste plano, instrumentos legais que amparem o profissional da educação preservando a integridade física, psíquica e moral em caso de agressões de natureza verbal, física e psicológica, raciais, religiosas, denúncias sem provas, punições sem justa causa, para que este profissional receba o respeito social que sua função é merecedora. Estratégia 3 - Garantir, em 2 (dois) anos, após aprovação deste plano o acesso à Seguridade Social conforme a legislação vigente a 100% dos profissionais da educação, de modo a garantir assistência médica ao tratamento dos problemas adquiridos no exercício da profissão. Estratégia 4 - Tomar providências imediatas após a aprovação deste plano para garantir que os processos de aposentadoria dos profissionais do sistema municipal de ensino tramitem e sejam concluídos em no máximo 3 (três) meses. Meta 4 - Assegurar o piso salarial aos profissionais da educação, visando à garantia do trabalho com qualidade. Estratégia 1 - Articular junto ao SINTEP, a partir da aprovação desse plano, a equiparação salarial dos profissionais da Educação do sistema municipal com o do sistema estadual. Estratégia 2 - Garantir, em 2 (dois) anos, que 100% dos professores interinos recebam salário proporcional ao seu nível de formação escolar. Estratégia 3 - Garantir de imediato a 100% dos docentes interinos, o mínimo de um terço da jornada para hora atividade de trabalho pedagógico. Estratégia 4 - Garantir, de imediato incentivo financeiro a 100% dos profissionais que trabalham em local de difícil acesso. Estratégia 5 - Garantir, de imediato a remuneração proporcional de férias e décimo terceiro a 100% dos interinos. 219 Estratégia 6 - Articular, o acesso a programas de aquisição de moradia para os profissionais da educação. Estratégia 7 - Assegurar imediatamente pagamento dos vencimentos salariais no último dia útil de cada mês trabalhado. Meta 5 - Garantir estratégias de valorização de produção pedagógica, primando pela profissionalização docente e qualidade de vida no trabalho. Estratégia 1 - Estimular o desenvolvimento de projetos de pesquisa nas escolas, como forma de fortalecimento da qualidade do processo ensino-aprendizagem. Estratégia 2 - Apoiar projetos de profissionais que forem contemplados em editais estaduais ou nacionais. Estratégia 3 - Criar imediatamente, em todas as escolas da Rede Municipal de ensino, um livro de registro de projetos desenvolvidos nas escolas para incentivo a quem desenvolveu os projetos, pesquisas, publicações no sentido de validar e valorizar o profissional. Estratégia 4 - Garantir imediatamente 01 coordenador pedagógico para escolas que tenham de 5 a 12 turmas e 02 para as escolas que atendam de 13 turmas acima. Estratégia 5 - Articular junto a Secretaria Municipal de Administração a contratação em substituição a 100% de técnicos e profissionais de apoio, quando estiverem afastados por motivos amparados por lei. Estratégia 6 - Assegurar, num prazo máximo de 02 (dois) anos,1 (um) técnico para o Laboratório de Informática. 220 Estratégia 7 - Induzir processo contínuo de auto avaliação das escolas da Educação Básica, por meio da constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas, destacando-se a elaboração de planejamento estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional, formação continuada dos profissionais da educação e aprimoramento da gestão democrática. Estratégia 8 - Articular com CME, SINTEP, Fórum de Educação, a revisão da legislação referente ao trabalho das TDIs e Apoio, no sentido de rever a valorização profissional, o trabalho pedagógico, a aposentadoria e o plano de carreira. 221 12 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA (EAD) E TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS 12.1 Diagnóstico A Educação a Distância, de acordo com o Relatório da Comissão Assessora para Educação Superior à Distância, de 2002, deve ser compreendida como a atividade pedagógica que é caracterizada por um processo de ensino- aprendizagem realizado com mediação docente e a utilização de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes tecnológicos de informação e comunicação, os quais podem ser utilizados de forma isolada ou combinadamente, sem a frequência obrigatória de alunos e professores, nos termos do art. 47, § 3º, da LDB. A própria história da Educação a Distância no Brasil mostra um passado de experiências voltadas para as classes menos favorecidas e a grande maioria dos projetos não logrou êxito ou continuidade. (MEC, p. 9, 2002). Antes de sua legalização, afirma o PEE/MT de 2014, havia cursos por correspondência. Em Mato Grosso, é expressivo o número de cursos voltados para Licenciatura, e a UFMT e UNEMAT foram pioneiras no Brasil em projetos de Licenciaturas à Distância. Em Juara, a Educação a Distância apresentou experiências nos cursos de Educação Superior em “Licenciatura Parcelada em Pedagogia”, 1993 – 1995, e posterior com o NEAD – Núcleo de Educação Aberta a Distância, com o curso “Licenciatura Plena em Educação Básica: 1ª a 4ª série”, entre 2000 – 2003. (PRETI, p. 48, 2005).5 Para compreendermos as características desses cursos, vemos as diferenças entre as nomenclaturas: 5 PRETI, Oreste. O Núcleo de Educação aberta e a Distância da Universidade federal de Mato Grosso: marcas de uma travessia(1992 – 2005).2005 222 • Educação aberta – critérios de acesso ao sistema educacional e flexibilidade de tempo, espaço e ritmo. • Educação a Distância – separação professor-aluno e uso de meios técnicos para a comunicação. (RODRIGUES, p. 167, 2000)6. Em Juara contamos com a FACINTER (Particular) que oferta cursos a distância de Educação Superior. A mesma funciona no município desde 2006 e atualmente atendem aproximadamente em média 300 (trezentos) alunos. A maior representante de Educação a Distância no município é a UAB, a mesma atende a uma parcela expressiva da Educação Superior da região do Vale do Arinos, e os municípios de Juara, Novo Horizonte do Norte, Porto dos Gaúchos e Tabaporã, há ainda a participação de populações do campo de Paranorte, Águas Claras, Jaú, Catuaí e Nova Fronteira. Os cursos de pós-graduação atendem acadêmicos de Aripuanã, Juína, Castanheira e Brasnorte com os seguintes objetivos: - Oferecer, prioritariamente, cursos de licenciatura e de formação inicial e continuada a professores da Educação Básica: - Oferecer cursos superiores para capacitação de dirigentes, gestores e trabalhadores em educação básica dos estado se municípios; -Oferta cursos superiores nas diferentes áreas de conhecimento, ampliando o acesso à Educação Superior pública; - Reduzir as desigualdades de oferta de Educação Superior entre as diferentes regiões do país; -Estabelecer um amplo sistema nacional de Educação Superior a distância; -Fomentar o desenvolvimento institucional para a modalidade a distância, bem como a pesquisa em metodologias inovadoras de ensino superior apoiadas em tecnologias de informação e comunicação. No município de Juara esses objetivos se cumprem na medida em que a maioria dos cursos é voltada para a formação de professores, e atende uma população que não teria acesso a um curso superior regular por residir no campo. O Polo da UAB – Universidade Aberta do Brasil, foi implantado em 2007 no município, localiza-se atualmente à Rua Piracicaba, 105-W, Centro, atendendo aproximadamente 370 alunos. Há ainda algumas fragilidades para serem superadas e elencamos algumas como: 6 RODRIGUES, Rosangela Schwarz. Modelos de Educação a Distância. 2000 223 - Espaço insuficiente para atendimento dos acadêmicos; - Capacidade de internet abaixo do necessário para as especificidades dos cursos; - Falta quadro de profissionais da educação para atendimento exclusivo do Polo; - Faltam técnicos de laboratório especializados para manutenção dos equipamentos; - Não conta com equipamentos como computadores, scaner, projetor multimídia, fotocopiadora suficientes para atendimento de todos os acadêmicos; - A biblioteca ainda não conta com todos os exemplares indicados nos cursos e em número suficiente para o atendimento da demanda; - Atualmente, se faz necessária uma reforma para adequação do espaço e melhoria na qualidade do atendimento para toda comunidade. O atendimento com qualidade é prioridade dos cursos a distância, no entanto, os recursos para essa ampliação demandam parcerias e priorização por parte dos dirigentes do município. Inclusive a implantação de novos cursos depende de uma avaliação positiva por parte da CAPES – Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Organizamos o número de acadêmicos, nos anos de 2011, 2012 e 2013, atendidos em Universidades a Distância no Município de Juara, onde podemos observar a importância dos cursos nessa modalidade. 224 Tabela 36 – Cursos e Alunos de Educação Superior a Distância – JUARA – 2011/2012/2013 INSTITUIÇÃO CURSO TOTAL DE MATRÍCULAS ANO UAB UFMT 2011 2012 2013 50 50 50 150 50 50 50 50 40 30 - 100 90 80 116 87 80 283 158 114 85 357 75 40 40 40 275 90 90 90 260 70 80 65 610 200 210 195 Pós/Enfermagem 40 - - 40 Pós/Saúde Indígena 40 - - 40 60 8 21 2 8 16 14 6 2 12 3 4 8 164 173 13 80 8 37 34 26 6 5 22 8 9 27 448 Pós/Educação para relações etnicorraciais Gênero e Diversidade na Escola Pedagogia Administração IFMT Licenciatura em Química Tecnologias em Sistema para Internet UNEMAT Bacharelado em Administração Pós/Gestão Pública Municipal Pós/Gestão Pública Pós/Gestão em Saúde UNIFESP UNIVERSIDADES PARTICULARES UNINTER Pedagogia 58 55 Letras 5 Gestão Pública 32 27 Gestão Comercial 4 2 Processos Gerenciais 19 10 Administração 4 14 Ciências Contábeis 12 Gestão de Produção Industrial Secretariado 1 2 Recursos Humanos 10 Marketing 2 3 Gestão Ambiental 5 Gestão Financeira 8 11 TOTAL 128 156 Fonte: UAB e FACINTER, 2014. A Educação a Distância e seus métodos, recursos, ferramentas e tecnologias aplicados à otimização do ensino presencial preserva todas as qualidades de uma boa educação para o desenvolvimento de capacidades cognitivas, sociais, emocionais profissionais e éticas, e para poder viver em sociedade, exercitando a cidadania plena. Um curso superior à distância não deve ter conteúdos curriculares 225 reduzidos ou objetivos truncados. Enfim, todos os esforços e recursos disponíveis devem ser utilizados na Educação a Distância para que seja garantida uma formação de qualidade. (MEC, p.10 e 11, 2002) Este documento do Ministério da Educação estabelece, ainda, que para a Educação Básica na faixa etária obrigatória, a oferta de EaD será exclusivamente para complementação de aprendizagem ou em situações emergenciais. De acordo com o PEE/MT – 2014 se existiam resistências e preconceitos quanto a EaD, na atual conjuntura econômica e política a mesma é vista como uma alternativa viável, uma opção às exigências sociais e pedagógicas, contando como apoio dos avanços das tecnologias da informação e da comunicação. No entanto, há que se considerar que a expansão das vagas desta modalidade, sem respeitar as reais necessidades locais e sem atender a padrões mínimos de qualidade, acarreta prejuízos e colabora para o descrédito da EaD. Uma das prioridades de atendimento da EAD é a formação de profissionais da educação. Como historiciza o PEE/MT - 2014, quando diz que o próprio MEC, hoje, tem uma política consistente de apoio às universidades públicas para qualificar cerca de 1 milhão de professores em exercícios em habilitação em nível superior, via modalidade a distância. A Universidade Aberta do Brasil (UAB) é um projeto construído (ANDIFES) no ano de 2006, para a oferta de cursos e programas de Educação Superior à distância, em parceria com as Universidades Públicas, por meio de consórcios com municípios e estados da Federação. Nesse sentido, a UAB – Polo de Juara se apresenta como a alternativa para atendimento público da demanda de EAD do município e região. 12.2 Diretrizes Os recentes e constantes avanços das tecnologias de informação e comunicação relativizaram os conceitos de espaço geográfico e tempo, reduzindo virtualmente as distâncias globais e otimizando o tempo gasto para acessar o vasto acervo da produção cultural da humanidade, que ora é disponibilizado na internet. As Diretrizes para a Educação a Distância têm seu início em 1996, a partir do Artigo 80 da LDB. Atualmente vigora no país o Decreto Presidencial nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005, alterado em seus Artigos 10, 12, 14, 15 e 25 pelo Decreto nº 6.303 de 12 de dezembro de 2007. E em Mato Grosso, a EaD é regulamentada a 226 partir da Resolução Normativa nº 004/12-CEE/MT. Esses textos legislativos confirmam que a EaD é de responsabilidade da União, bem como o credenciamento e autorização de cursos estão previstos nos termos dos Art 8º, 9º, 10 e 11 da LDB. Sendo assim o credenciamento, autorização e recredenciamento de cursos de Educação Superior são de responsabilidade do MEC. Os cursos a distância de Educação Básica nas modalidades: Educação de Jovens e Adultos, Educação Especial e Educação Profissional - competem às instituições de ensino estadual – o Conselho Estadual de Educação é o órgão regulador. Resolução Normativa nº 004/12-CEE/MT. No PEE/MT, 2014, a modalidade de EaD foi potencializada, culminando em uma educação cada vez mais perto e mais personalizada, na qual os sujeitos envolvidos têm o relativo privilégio de escolher a melhor forma de ensinar (ou de aprender), além de privilegiar a permuta de conhecimento em rede. A EaD é uma importante estratégia de superação das desigualdades e promove a inclusão social. Todavia, é imprescindível ampliar o conceito de EaD para todos os níveis e modalidades. Uma questão pertinente é o alcance cada vez maior das populações residentes no Estado de Mato Grosso, uma vez que algumas localidades são de difícil acesso em alguns períodos do ano, e mesmo se tratando de cidades do interior do Estado, temos grandes distâncias para percorrer. Considerando a importância da Educação como transformadora de uma sociedade, precisamos não incorrer no risco de substituir as relações entre educador e educando, conferindo à EaD uma educação humanizada como qualquer outra. O Programa de Qualificação Inicial e Continuada a Distância poderá ser desenvolvido através de parcerias entre as Prefeituras Municipais, o Estado, a União, e Instituições de Educação Profissional e Superior, priorizando as públicas. Com base nas Diretrizes e legislação nacional, para o desenvolvimento de suas ações há a perspectiva de se garantir duas dimensões do processo educativo: a dimensão técnica-científica e a dimensão sociocultural política. Para se garantir que a interlocução entre instituições seja permanente, concorrendo-se, assim, para maior qualidade do processo educativo, a Educação a Distância precisa contar com uma rede de estrutura física, humana e material 227 estrutural que dê suporte a esse processo. De acordo com o PEE/MT, 2014, os recursos para o funcionamento dos cursos ofertados em qualquer nível ou modalidade devem estar claramente delineados nos projetos de qualificação, de forma a garantir a execução de todas as etapas envolvidas no processo de Educação a Distância. Para fazer face às necessidades orçamentárias e financeiras dos projetos, as universidades consorciadas devem buscar financiamento nos sistemas federal, estadual e municipal, bem como em outras fontes, compondo parcerias com consórcios existentes. Sendo assim enunciamos os princípios que orientam os cursos em EaD: • Planejamento das ações pedagógicas e tecnológicas, considerando as necessidades de aprendizagem, o perfil cultural dos alunos e as demandas locais por programas de formação, aperfeiçoamento ou atualização; • Elaboração de currículos, segundo o perfil que se deseja para o aluno, considerando uma metodologia de ensino, que privilegie a atitude de pesquisa como princípio educativo; • Acompanhamento tutorial e processo avaliativo nas formas presencial e a distância; • Articulação da teoria e da prática no percurso curricular, com predominância da experiência sobre a informação e contemplando a indissociabilidade e a complementaridade entre ensino, pesquisa e extensão; • Formação do ser integral, capaz de atuação profissional ética e competente e de participação nas transformações da sociedade; • Manutenção de processos de avaliação contínua, considerando o desempenho dos alunos e a ação pedagógica, com vistas ao constante aperfeiçoamento dos currículos. A EaD, no Plano Estadual de Educação de Mato Grosso, de 2014, pode ser concebida como uma modalidade de organização da prática pedagógica que pode contribuir para a formação de cidadãos críticos e, ainda, como uma modalidade que oportuniza uma (res) significação de paradigmas educacionais, sobre tudo no que diz respeito: • À compreensão da educação como um sistema aberto; • O conhecimento como processo; • À dimensão tempo/espaço escolar, como construção subjetiva; 228 • À autonomia do estudante no processo da aprendizagem; • À interlocução no processo de comunicação dos sujeitos da ação educativa; • À compreensão da educação como processo permanente; • À compreensão do conhecimento em rede. 12.3 Metas e Estratégias META 1 - Apoiar junto ao Governo Federal e Estadual a oferta de Educação Superiora distância com qualidade buscando junto aos órgãos responsáveis pela EAD a garantia do seu financiamento. Estratégia 1 - Apoiar, incentivar junto ao Governo Federal e Estadual a ampliação e diversificação da oferta de vagas na Educação Superior pública à distância. Estratégia 2 - Articular junto ao Governo Federal e Estadual a redução das desigualdades de oferta de ensino superior à distância, ampliando vagas e instituindo novos cursos para o Polo de Juara. Estratégia 3 - Articular junto ao Governo Federal e Estadual a garantia do quadro docente permanente do Polo da UAB, um percentual mínimo de 75% (setenta e cinco por cento) com titulação de mestre/doutor, sendo do total, no mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) com titulação de doutor. Estratégia 4 - Articular junto ao Governo Federal e Estadual os projetos de equipamentos e/ou recursos para Laboratório de Informática e Química, junto à CAPES, de acordo com o curso ofertado na UAB. Estratégia 5 - Articular junto ao Governo Federal e Estadual a oferta de graduação e pós-graduação às pessoas privadas de liberdade em estabelecimentos penais. Estratégia 6 - Cumprir na íntegra o Termo de Cooperação Técnica entre CAPES e Mantenedor, que assegure o quadro de lotação previsto na Lei de Criação do Pólo da UAB de Juara. 229 Estratégia 7 - Articular junto ao Governo Federal e Estadual ampliação de cursos em nível de pós-graduação na modalidade de Educação Especial na UAB. Estratégia 8 - Elaborar em parceria com o Fórum Permanente de Educação do Município, propostas para programas e ações afirmativas que incluam bolsas, assistência estudantil, alimentação, auxílio-moradia, para o acesso e a permanência dos acadêmicos no ensino superior da EaD. Estratégia 9 - Articular junto ao Governo Federal e Estadual na implementação e divulgação da Lei nº 8.699, de 09 de agosto de 2007, que institui o Programa Universitário de Mato Grosso - PROMAT, destinado à concessão de bolsas de estudo a acadêmicos universitários de baixa renda. Estratégia 10 - Incentivar e apoiar o desenvolvimento de Educação Superior à distância, para ampliar o acesso à Educação Superior de diferentes parcelas da população do campo, assentados e indígenas. Estratégia 11 - Apoiar e garantir convênios com o Governo Federal e Estadual para assegurar as condições necessárias para o funcionamento do Polo da UAB no Município de Juara, assim como garantir junto ao PPA e LDO do Município orçamento para construção, reforma e ampliação do Polo como também aquisição de materiais permanentes e de consumo necessários ao funcionamento. Estratégia 12 - Articular junto às instituições de educação a organização e a realização dos estágios supervisionados e a pesquisa e prática profissional dos acadêmicos, de acordo com a legislação vigente. Estratégia 13 - Assegurar a infraestrutura e acessibilidade dentro dos padrões de funcionamento dos cursos ofertados no Polo de Apoio Presencial da UAB. 230 Estratégia 14 - Garantir a melhoria do acesso à internet banda larga, com configuração acima de 2,0 MB e número pontos compatível com a demanda das atividades acadêmicas do polo, via rádio ou outros meios. Estratégia 15 - Adquirir acervo bibliográfico básico e complementar para os cursos ofertados na UAB. 231 13 EDUCAÇÃO SUPERIOR 13.1 Diagnóstico A Educação Superior, “será ministrada em instituições de ensino superior, públicas ou privadas, com variados graus de abrangência ou especialização” conforme preconiza a LDB(1996). Seu papel se efetiva na garantia da articulação entre a graduação e a pósgraduação, por uma formação acadêmica inclusiva, centrada nos processos de pesquisa e de produção de conhecimento. Nesse contexto, é fundamental garantir a adoção de políticas públicas, a ampliação do financiamento e a efetivação do regime de colaboração entre os entes federados. O ensino superior em nosso município é oferecido por universidades presenciais e a distância, públicas e privada. O cidadão juarense pode optar por dois tipos de graduação: bacharelado e licenciatura. Atualmente há cursos de pósgraduação lato sensu (especializações) presenciais e à Distância em instituições públicas e privadas. A Universidade atende às necessidades e solicitações do espaço social a que serve nesse sentido a Educação Superior e, em especial, a universidade pública, em Juara é considerada espaço principal da formação dos profissionais da educação, incluindo a pesquisa como base formativa, em sua associação com o ensino e a extensão. A responsabilidade da Educação Superior e sua organização, bem como credenciamento de cursos, pertence ao Ministério da Educação e o financiamento de projetos à Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal da Educação Superior (Capes). Para medir a qualidade dos cursos de graduação no país, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) e o Ministério da Educação (MEC) utilizam o Índice Geral de Cursos (IGC), divulgado uma vez por ano, logo após a publicação dos resultados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE).Em Juara/MT, a Educação Superior está diretamente ligada à 232 implantação da Universidade do Estado de Mato Grosso na região do Vale do Arinos se deu, inicialmente, mediante a implantação do Núcleo Pedagógico de Juara em 2001, na cidade de Juara Mato Grosso, por meio da expansão do Campus Universitário de Sinop, com vistas a atender as demandas de formação de nível superior da população desta região, que se encontrava desprovida de um espaço de formação acadêmica. O Projeto de implantação do Núcleo Pedagógico foi concebido e encaminhado pelo Campus Universitário de Sinop, em 1999, e homologado no mesmo ano pelas instâncias deliberativas da UNEMAT: Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONEPE) através da Resolução nº 035/99 e o Conselho Universitário (CONSUNI) por meio do Decisum 059/99 de 01 de outubro de 1999 aprovaram, por unanimidade, a Criação do Núcleo Pedagógico de Juara. Para atender às necessidades regionalizadas do Vale do Arinos, criaram-se três cursos: Bacharelado em Administração, Bacharelado em Ciências Contábeis e Licenciatura em Letras. Para os três cursos foram ofertadas, de acordo com Resolução nº 035/99 e nº 070/2001 – CONEPE – 150 vagas anuais, cinquenta para cada curso. Esses cursos se apresentaram na modalidade de turmas especiais. No ano de 2002, no segundo semestre ingressaram, via vestibular, mais 100 alunos no Núcleo Pedagógico, sendo cinquenta para o curso de Administração e cinquenta para o curso de Ciências Contábeis. A infraestrutura inicial para o funcionamento do Núcleo Pedagógico foi garantida mediante Convênio firmado com Administração Municipal que ofereceu o espaço físico e uma equipe técnica que pudesse dar suporte ao funcionamento do Núcleo. A instalação do Núcleo Pedagógico da UNEMAT em Juara tornou possível a formação profissional universitária a uma população carente de espaços institucionais de ensino superior, a qual, em condições diferenciadas, teria pouca ou nenhuma chance. O Compromisso assumido pela UNEMAT em Juara, fez com que a população buscasse junto à instituição a garantia do direito à educação universitária a um número maior de pessoas, reivindicando, assim, a implantação de um Campus Universitário em Juara para a consolidação da presença da Universidade na região. Efetivando o sonho de duas décadas da população que compõe o Vale do Arinos que esperava poder contar com uma educação universitária pública. Através da 233 Portaria Interna nº 11/2002 de 09 de outubro de 2002 foi constituída a Comissão para discutir, planejar, avaliar e realizar encaminhamentos referentes ao projeto de criação do Campus Universitário de Juara. Visando oferecer um espaço para a instalação definitiva da UNEMAT no município a Prefeitura municipal de Juara através da Lei Municipal nº 1.368 de 28 de Novembro de 2002, realiza a doação à Fundação Universidade do Estado de Mato Grosso, de uma área de terra de 7.92 ha (sete vírgula noventa e dois hectares) com uma área construída de 2.256,94 m². O Colegiado Superior do Campus Universitário de Sinop em reunião realizada em 11 de Junho de 2003 concede parecer favorável com relação à implantação do Campus Universitário de Juara. O projeto de implantação do Campus Universitário de Juara é entregue a Reitoria da UNEMAT em 16 de Junho de 2003. Na primeira Sessão Ordinária do Conselho Universitário, realizada em 17 e 18 de junho 2003, foi aprovada a alteração na denominação de Núcleo Pedagógico para Campus Universitário de Juara. Através da Resolução nº 014/2003 do CONSUNI. O Conselho de Ensino Pesquisa e Extensão, em 24 de Outubro de 2003, por meio da Resolução nº 240/2003 aprovou o Projeto Político Pedagógico do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia do Campus Universitário de Juara com o ingresso semestral de 40 acadêmicos. O Curso de Pedagogia foi criado em 17 de Dezembro de 2004 por meio da Resolução nº 028 do CONSUNI e homologado pela Resolução nº 005/2005 de 17 de dezembro de 2005. A abertura das atividades do Curso de Pedagogia no Campus Universitário de Juara aconteceu em 25 de Agosto de 2005 com o ingresso semestral de 40 acadêmicos. A implantação do Campus da UNEMAT em Juara sinalizou o comprometimento da Universidade do Estado de Mato Grosso frente às exigências de democratização do ensino superior, imprimindo alternativas de viabilização de projetos de ensino, de extensão e de produção científica, voltados a fomentar o espírito crítico-reflexivo, proporcionando a valorização da cidadania, a identificação dos problemas socioeconômicos da região e a criação de alternativas de superação. 234 Curso de Pedagogia A finalidade da Universidade é traduzir o conhecimento historicamente elaborado a partir dos conteúdos a serem ensinados para que o aluno o apreenda e possa processá-lo como caminho do exercício de sua cidadania, pois o acesso ao conhecimento é um dos requisitos primeiros para estabelecer as inter-relações no campo sócio-político. O Pedagogo é entendido como um profissional capaz de exercer a função docente na Educação Infantil e Séries Iniciais do Ensino Fundamental, bem como, um profissional capaz de integrar-se técnica, humana e criticamente no processo de transformação sócio-político-cultural de seu/nosso tempo, permitindo-lhe questionar, analisar temas e práticas educacionais; propor, coordenar projetos e pesquisas; gestão e planejamento de ações ou atividades educacionais em ambientes escolares e não escolares e, responder as necessidades da escola e da sociedade. Objetivos Gerais O Curso de Pedagogia pretende formar educadores comprometidos com o ensino-aprendizagem em diferentes contextos, conforme o disposto na Lei nº 9394/96 de 20/12/96 em seus artigos 29 e 30 que trata da finalidade e oferta da Educação Infantil e o artigo 32 que trata dos objetivos do Ensino Fundamental, para: • Compreender a função social da escola, da pedagogia na Educação Infantil, anos iniciais do Ensino Fundamental e responder profissionalmente as suas demandas, de acordo com as Orientações Curriculares Nacionais e a Política Educacional do Mato Grosso, assim como, eleger as competências expressas no Parecer CNE/CP 009/2001 de 08/05/2001 que atendem ao Projeto Pedagógico do Curso. • Atuar em diferentes contextos de trabalho: escolares, não escolares e sua articulação interdisciplinar; • Desenvolver projetos de ensino, pesquisa e extensão educacional que possibilitem o acesso ao conhecimento socialmente produzido e historicamente 235 acumulado pela humanidade, que promova a construção de conhecimentos pedagógicos; • Corresponder com a educação da maioria da população brasileira por meio de práticas pedagógicas em consonância com o respeito ao ser humano e ao exercício de sua cidadania. O Perfil Profissional Portanto, em conformidade com a Resolução CNE/CP nº 01, o egresso do curso de Pedagogia do Campus Universitário de Juara deverá estar apto a: a. Atuar com ética e compromisso com vistas à construção de uma sociedade justa, equânime, igualitária; b. Compreender, cuidar e educar crianças de zero a cinco anos, de forma a contribuir, para o seu desenvolvimento nas dimensões, entre outras, física, psicológica, intelectual e social; c. Fortalecer o desenvolvimento e as aprendizagens de crianças do Ensino Fundamental, assim como daqueles que não tiveram oportunidade de escolarização na idade própria; d. Trabalhar, em espaços escolares e não escolares, na promoção da aprendizagem de sujeitos em diferentes fases do desenvolvimento humano, em diversos níveis e modalidades do processo educativo; e. Reconhecer e respeitar as manifestações e necessidades físicas, cognitivas, emocionais, afetivas dos educandos nas suas relações individuais e coletivas; f. Ensinar Língua Portuguesa, Matemática, Ciências, História, Geografia, Artes, Educação Física, de forma interdisciplinar e adequada às diferentes fases do desenvolvimento humano; g. Relacionar as linguagens dos meios de comunicação à educação, nos processos didático-pedagógicos, demonstrando domínio das tecnologias de informação e comunicação adequadas ao desenvolvimento de aprendizagens significativas; 236 h. Promover e facilitar relações de cooperação entre a instituição educativa, a família e a comunidade; i. Identificar problemas socioculturais e educacionais com postura investigativa, integrativa e propositiva em face de realidades complexas, com vistas a contribuir para superação de exclusões sociais, étnico-raciais, econômicas, culturais, religiosas, políticas e outras; j. Demonstrar consciência da diversidade, respeitando as diferenças de natureza ambiental-ecológica, étnico-racial, faixas geracionais, classes sociais, religiões, necessidades especiais, entre outras; k. Desenvolver trabalho em equipe, estabelecendo diálogo entre a área educacional e as demais áreas do conhecimento; l. Participar da gestão das instituições contribuindo para elaboração, implementação, coordenação, acompanhamento e avaliação do projeto pedagógico; m. Participar da gestão das instituições planejando, executando, acompanhando e avaliando projetos e programas educacionais, em ambientes escolares e não-escolares; n. Realizar pesquisas que proporcionem conhecimentos, entre outros: sobre alunos e alunas e a realidade sociocultural em que estes desenvolvem suas experiências não escolares; sobre processos de ensinar e de aprender, em diferentes meios ambiental-ecológicos; sobre propostas curriculares; e sobre organização do trabalho educativo e práticas pedagógicas; o. Utilizar, com propriedade, instrumentos próprios para construção de conhecimentos pedagógicos e científicos; p. Estudar, aplicar criticamente as Diretrizes curriculares e outras determinações legais que lhe caiba implantar, executar, avaliar e encaminhar o resultado de sua avaliação às instâncias competentes, e, q. Compreender a escola como organização complexa que tem a função de promover a educação para e na cidadania. Campo de Atuação Profissional 237 O Curso de Pedagogia tem como enfoque a formação do profissional para atuar na Educação Infantil, nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental e na Educação de Jovens e Adultos. Um profissional capaz de integrar-se técnica, humana e criticamente ao processo de transformação sócio-político-cultural de seu/nosso tempo, permitindo-lhe questionar, analisar temas e práticas educacionais; propor, coordenar projetos e pesquisas; gestão e planejamento de ações ou atividades educacionais em ambientes escolares e não escolares e, responder as necessidades educacionais da escola e da sociedade (PARECER CNE/CP, nº 1/2006). Essa formação fundamenta-se na interdisciplinaridade, contextualização, democratização, pertinência e relevância social, ética e sensibilidade afetiva e estética. A partir desses princípios, concebe-se uma formação que tem como fio condutor a articulação indissociável entre a pesquisa e a prática docente, num processo constante de trocas, conexões e construções de saberes sobre a educação, interligado ao processo de constituição da identidade do pedagogo. De acordo com os dados disponibilizados pela Secretaria Acadêmica da UNEMAT – Campus Universitário de Juara construiu-se a tabela 01, que demonstra a demanda atendida no curso de pedagogia no período de 2010/1 a 2014/2, conforme segue: Tabela 37 - Acadêmicos do Curso de Pedagogia no Período de 2010/1–2014/2. 2010/1 2010/2 2011/1 2011/2 2012/1 2012/2 2013/1 2013/2 2014/1 2014/2 INGRESSANTES 42 37 30 29 27 27 27 31 40 40 PIER * AMPLA CONCORRÊNCIA SEXO MASCULINO 5 2 7 10 3 5 9 9 09 13 35 38 33 30 37 35 6 6 9 18 12 9 7 8 7 7 7 6 59 59 SEXO FEMININO APROVEITAMENT O 30 28 23 21 20 20 20 25 232 232 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 DESISTENTES 3 4 0 0 0 0 1 0 0 0 TRANSFERIDOS 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 REPROVADOS 1 1 2 2 0 1 0 3 0 0 TRANCADOS 0 1 0 0 0 0 1 0 5 5 263 256 281 273 287 281 279 276 291 251 28 21 21 29 26 36 31 28 CONCLUINTES Fonte: Secretaria Acadêmica da UNEMAT – Campus Universitário de Juara (2014) 17 0 MATRICULADOS 238 PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO E INCLUSÃO ÉTNICO-RACIAL O Curso de Administração O curso de Administração foi implantado no campus de Juara para atender as especificidades locais e regionais, em atenção à solicitação da sociedade do Vale do Arinos. O curso de Administração atende aos anseios da sociedade do Vale, e vai ao encontro dos anseios e aspirações da demanda potencial. A sua implantação representou uma vitória que poderá ampliar a qualificação e o desenvolvimento intelectual de sua população. O curso de Administração foi aprovado pela Resolução nº 049/2011 – CONEPE, de 13 de setembro de 2011 e, da Resolução nº 041/2011 – CONSUNI, de 15 de setembro de 2011, com turmas semestrais de 40 alunos e iniciou suas atividades no segundo semestre de 2012. O Departamento de Administração do Campus Universitário de Juara é Coordenado pelo Professor Mestre Gildete Evangelista da Silva, sendo que para ministrar as disciplinas do Curso o departamento conta com professores do curso de Pedagogia, professores efetivados no concurso público 001/2013 - UNEMAT e, outros contratados temporariamente por meio de seletivos. Todavia, existe na cidade um banco de dados de profissionais, formados pela UNEMAT e por instituições particulares, que podem prestar serviços temporariamente no curso, cuja seleção é realizada quando há necessidade. O quadro 02 apresenta uma síntese do perfil do Curso e de seus principais parâmetros operacionais de funcionamento. 239 Tabela 38 - Perfil do Curso de Administração da UNEMAT – Campus de Juara. Nome do Curso Habilitação Graduação em Administração Bacharel em Administração Área do conhecimento Ciências Sociais Aplicadas Ano de início 2012 Tipo de curso Regular Regime escolar Seriado semestral Número de vagas anuais 80 vagas (40/semestre) Turno Noturno Integralização Mínimo 04 anos – máximo 6 anos Carga horária total 3.270 h Número de turmas por ano 2 Ingresso Vestibular e ENEM/SISU Conforme disposto no capítulo II, seção II da Regime de Matrícula normatização acadêmica, respeitando a aprovação nas disciplinas pré-requisitos. Fonte: Departamento de Administração (2012/1) Objetivos do Curso Em consideração as peculiaridades locais e regionais, a matriz curricular do curso de Administração do Campus Universitário de Juara foi elaborada com a intenção de despertar a vocação de profissionais com amplos valores morais e éticos, dotados de visão estratégica para os negócios, com formação básica sustentada em várias áreas administrativas, de modo que os administradores formados no curso sejam profissionais capazes de identificar e resolver problemas, que exerçam suas lideranças dentro de princípios e valores morais e éticos, bem como sejam agentes de transformações sociais. Além disso, para atender a vocação econômica, política e social do Vale do Arinos o profissional administrador deverá ser capaz de portar-se com sociabilidade, exercendo sua capacidade de expressão e comunicação, bem como apresentar aptidão analítica e numérica. Deverá ser capaz de aplicar seus conhecimentos no 240 seu ambiente, promovendo as mudanças necessárias para que haja uma sociedade mais justa e igualitária. O Curso de Administração pretende formar profissionais comprometidos com as Ciências Administrativas nos seus diferentes contextos, conforme dispõe a Lei nº 9394/96 de 20/12/96 (LDB) e as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração, instituídas pela Resolução CNE/CES nº 4, de 13 de julho de 2005. Nesse sentido, o artigo 4º da referida resolução expõe que: O Curso de Graduação em Administração deve possibilitar a formação profissional com as seguintes competências e habilidades: I - reconhecer estrategicamente, e introduzir definir problemas, modificações no equacionar processo soluções, pensar produtivo, atuar preventivamente, transferir e generalizar conhecimentos e exercer, em diferentes graus de complexidade, o processo da tomada de decisão; II - desenvolver expressão e comunicação compatíveis com o exercício profissional, inclusive nos processos de negociação e nas comunicações interpessoais ou intergrupais; III - refletir e atuar criticamente sobre a esfera da produção, compreendendo sua posição e função na estrutura produtiva sob seu controle e gerenciamento; IV - desenvolver raciocínio lógico, crítico e analítico para operar com valores e formulações matemáticas presentes nas relações formais e causais entre fenômenos produtivos, administrativos e de controle, bem assim expressando-se de modo crítico e criativo diante dos diferentes contextos organizacionais e sociais; V - ter iniciativa, criatividade, determinação, vontade política e administrativa, vontade de aprender, abertura às mudanças e consciência da qualidade e das implicações éticas do seu exercício profissional; VI - desenvolver capacidade de transferir conhecimentos da vida e da experiência cotidianas para o ambiente de trabalho e do seu campo de atuação profissional, em diferentes modelos organizacionais, revelando-se profissional adaptável; VII - desenvolver capacidade para elaborar, implementar e consolidar projetos em organizações; e 241 VIII - desenvolver capacidade para realizar consultoria em gestão e administração, pareceres e perícias administrativas, gerenciais, organizacionais, estratégicos e operacionais. Os princípios que fundamentam as relações teórico prática no âmbito da ação curricular proposta são: formação crítico-analítica e formação para formação, ou seja, criação de habilidades para prosseguir edificando conhecimento a partir da análise crítica das próprias vivências e experiência profissionais do dia a dia nas organizações. Deste modo, o curso de Administração de Juara contempla em sua matriz curricular a possibilidade de um maior relacionamento da prática com o conhecimento e o saber, propondo ações que possibilitem aos discentes a construção de conhecimentos teórico/prático com vistas às ações transformadoras de suas realidades e do mundo, num sentido de construção e crescimento ético e humano. Diante do fato de que o curso de Administração de Juara vislumbra a formação de profissionais críticos, democráticos e socialmente ativos, e qualificados para o mundo do trabalho uma consequência das atividades do ensino/aprendizagem, pode elencar de duas maneiras os objetivos do Curso: 1) fornecer subsídios para que os discentes se tornem capazes de analisar criticamente sua realidade de trabalho, de modo contextualizado e em sintonia com as necessidades da sociedade mato-grossense e brasileira, de modo que não sejam apenas capazes de reproduzir boas práticas de gestão, mas que também sejam capazes de compreender as limitações dessas práticas, bem como suas implicações para todos os envolvidos na vida organizacional; 2) fornecer subsídios intelectuais para a aprendizagem contínua, dado que o conhecimento gerencial é dinâmico e, por isso, mais importante do que dominar técnicas administrativas estáticas é desenvolver meios analíticos holísticos para sua apreensão dinâmica na própria realidade de trabalho. Ademais, é esperado que o egresso seja capaz de transpor as barreiras técnicas da formação do Administrador e se torne também capaz de compreender, não importa onde atue as implicações econômicas, sociais, morais e éticas mais 242 amplas do trabalho do Administrador na sociedade contemporânea, de modo a se fazer apto para contribuir para a melhoria do bem-estar social sem abdicar de seu papel de cidadão. Perfil do Egresso do Campo de Atuação Profissional Tal como define o artigo 3º da Resolução CNE/CES nº 4, de 13 de julho de 2005 que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração, o Curso de Graduação em Administração deve ensejar como perfil: • capacitação e aptidão para compreender as questões científicas, técnicas, sociais e econômicas da produção e de seu gerenciamento, observados níveis graduais do processo de tomada de decisão; • capacitação e aptidão para desenvolver gerenciamento qualitativo e adequado, revelando a assimilação de novas informações e apresentando flexibilidade intelectual e adaptabilidade contextualizada no trato de situações diversas, presentes ou emergentes, nos vários segmentos do campo de atuação do administrador. Frente aos desafios e demandas profissionais apresentadas pelo Pólo Regional de Juara e pela Mesorregião na qual o Curso de Administração se insere, é esperado que o egresso seja capaz de atuar em organizações diversas, sem, entretanto, abrir mão da sua especialidade que, desde Henri Fayol, se liga ao planejamento, organização, direção e controle das atividades de trabalho, a saber: empresas de pequeno, médio e grande porte; hospitais, hotéis, entidades esportivas, bancos e instituições financeiras, empresas atacadistas, varejistas e de serviços e organizações do agronegócio; cooperativas, associações e organizações nãogovernamentais (ONGs); órgãos públicos municipais, estaduais e federais; e empresas prestadoras de serviços e consultoria na área de administração e negócios. De acordo com os dados disponibilizados pela Secretaria Acadêmica da UNEMAT – Campus Universitário de Juara construiu-se o Quadro 03, que 243 demonstra a demanda atendida no curso de Administração no período de 2012/2 a 2014/2, conforme segue: Tabela 39 - Acadêmicos do Curso de Administração no Período de 2012/2– 2014/2. 2012/2 INGRESSANTES PIIER * ESCOLA PÚBLICA AMPLA CONCORRÊNCIA SEXO MASCULINO SEXO FEMININO INGRESSANTE POR VAGA REMANESCENTE DESISTENTES TRANSFERIDOS TRANCADOS CONCLUINTES 2013/1 40 4 --25 15 0 1 0 0 -- 40 9 20 11 46 32 1 7 0 3 -- 2013/2 39 7 0 32 54 53 0 5 1 2 -- 2014/1 2014/2 40 7 16 17 59 75 2 5 1 0 -- 42 11 16 15 83 87 0 0 0 6 -- Fonte Secretaria Acadêmica UNEMAT - Campus Universitário de Juara (2014). 13.2 Diretrizes A Educação Superior ofertada no município de Juara tem como compromisso a promoção e o desenvolvimento de ações para a construção e socialização do conhecimento, de maneira a promover a formação humana, social, cultural, política e, por conseguinte, a inserção no mundo do trabalho. 13.3 Metas e Estratégias Meta 1 - Contribuir para a democratização do acesso à Educação Superior Estratégia 1 - Apoiar iniciativas de instituições públicas e privadas de ensino superior, para que no período de até 10 anos a partir da aprovação do PME, a oferta de Educação Superior atenda pelo menos 50 % da demanda potencial da população do Vale do Arinos. 244 Estratégia 2 - Articular parcerias com as instituições públicas de ensino superior a fim de ampliar a oferta de vagas na Educação Superior em 25% nos primeiros cinco anos, com vistas a atingir 50% em 10 anos, por meio de convênios que atendam as especificidades de cada instituição parceira. Estratégia 3 – Incentivar a criação de Programas de formação inicial e continuada para atender os diferentes contextos loco-regionais. Estratégia 4 - Estabelecer parcerias com a União, Estado e as Instituições de Ensino Superior (IES), a partir da aprovação do PME, para um amplo sistema interativo de educação com os mecanismos da educação a distância, utilizando-o, inclusive, para ampliar as possibilidades de atendimento nos cursos presenciais, regulares ou de educação continuada, que atenda a demanda de 50% do município, na vigência do PME. Estratégia 5 - Articular junto às instituições de ensino superior do município de Juara para diversificar a oferta e incentivar a criação de cursos que atendam os perfis e caraterísticas loco-regionais, em diferentes modalidades, áreas de conhecimento e em turnos diferenciados, para maior flexibilidade na formação, ampliação e diversificação da oferta, em consonância com o planejamento estratégico do MT+20. Meta 2 - Contribuir na implementação de centros de referência de Ensino, Pesquisa e Extensão das IES do município que potencialize meios e formas de divulgar e socializar os conhecimentos construídos e, ao mesmo tempo, colaborar com a melhoria infraestrutural destas IES. Estratégia 1 - Promover parcerias para a oferta gratuita de transporte aos acadêmicos das IES do município para participação nas atividades de ensino, pesquisa e extensão em conformidade com o calendário acadêmico. 245 Estratégia 2 - Garantir a qualidade e manutenção das vias de acesso às IES, no que se refere à pavimentação, sinalização, iluminação, entre outros. Estratégia 3 - Firmar parcerias com as IES para programas de treinamentos e aperfeiçoamentos aos profissionais técnicos municipais. Estratégia 4 - Firmar parcerias com as IES para promover programas de formação inicial e continuada aos profissionais da educação. Estratégia 5 - Formar parcerias com as IES públicas e privadas para o desenvolvimento de programas de formação inicial de professores, em modalidades especiais, que atendam as escolas do campo. Estratégia 6 - Incentivar e Apoiar ações culturais, de ensino, pesquisa e extensão promovidas pelas IES. Estratégia 7 - Formar parcerias com as IES públicas para o desenvolvimento de ações de Estágios Curriculares supervisionados e pesquisas nas instituições públicas municipais. Estratégia 8 - Apoiar as IES na aproximação com as empresas do Vale do Arinos, com vistas a viabilizar parcerias e intercâmbio de conhecimentos. 246 14 GESTÃO E FINANCIAMENTO DA EDUCAÇÃO 14.1 Diagnóstico A educação pública vem sendo produzida historicamente nos embates político-sociais, a partir da luta em prol da ampliação, da laicidade, da gratuidade, da obrigatoriedade, da universalização do acesso, da gestão democrática, da ampliação da jornada escolar, da educação de tempo integral, da garantia de padrão de qualidade. A educação com qualidade social e a democratização da gestão implicam a garantia do direito à educação para todos, por meio de políticas públicas, materializadas em programas e ações articuladas, com acompanhamento e avaliação da sociedade, tendo em vista a melhoria dos processos de organização e gestão dos sistemas e das instituições educativas. A gestão democrática da educação nas instituições educativas e nos sistemas é um dos princípios constitucionais do ensino público, segundo o art. 206 da Constituição Federal de 1988, que deve ser estendido ao setor privado de ensino com as necessárias alterações legais. O pleno desenvolvimento da pessoa, a garantia da educação como dever de Estado e da família e direito do cidadão, conforme o art. 205 ficará incompleto se não se realizar em práticas concretas no espaço da escola. A Constituição Federal de 1988 estabeleceu que a educação é um direito social e definiu que os/as responsáveis pelo seu provimento são o poder público e a família. Para resguardar o direito à educação. Ao determinar a vinculação de recursos financeiros para a educação, a Constituição garantiu percentuais mínimos da receita, resultantes de impostos, à manutenção e desenvolvimento do ensino: 18% da receita de impostos da União e 25% da receita de impostos dos estados, Distrito Federal e municípios, incluindo-se as transferências ocorridas entre esferas de governo e o salário-educação. O conceito expresso na Constituição Federal assevera, portanto, que o financiamento adequado das políticas educacionais se traduz em alicerce para 247 assegurar o alcance das metas e estratégias contidas no Plano Municipal de Educação. O financiamento e a gestão da educação têm como fundamento legal a Constituição Federal. Contudo, somente com o advento da Emenda Constitucional nº 14 de setembro de 1996 e com a edição da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96 de 20 de dezembro de 1996, definiu-se para o país uma política ordenadora de gestão e financeira para a educação. Seguindo a determinação normativa nacional, o Estado de Mato Grosso editou a Lei Complementar nº 49/98 e a Lei de Gestão Democrática nº 7.040/98 e no município a Lei Municipal de Gestão Democrática nº 2.052 de 30 de dezembro de 2009.Seus textos abrangem fatores financeiros e tratam de questões relacionadas a área pedagógica e à gestão democrática escolar, fatores fundamentais para implementação eficaz da política governamental de ensino. No tocante ao financiamento da educação brasileira, destaca-se, nos últimos anos, a criação do FUNDEB, ocorrida com forte participação da sociedade civil organizada, iniciativa importante na implantação da política nacional direcionada à articulação dos entes federados, na descentralização do sistema educativo, bem como na valorização do magistério público. A implantação do FUNDEB representa a visão sistêmica da educação, ao financiar todas as suas etapas, da educação infantil ao ensino médio, e ao reservar parcela importante dos recursos para a educação de jovens e adultos. E mais é a expressão de uma visão de ordenamento do território e de desenvolvimento social e econômico. Algumas inovações foram incorporadas ao financiamento da educação básica, referentes ao FUNDEB mencionamos aqui a de maior relevância para a educação: 1) a diferenciação dos coeficientes de remuneração das matrículas não se dá apenas por etapa e modalidade da educação básica, mas também pela extensão do turno: a escola de tempo integral recebe 25% a mais por estudante matriculado/a. O FUNDEB se pauta ainda pela universalização do atendimento à educação, no acréscimo de 15% para 20% do FPE, FPM, ICMS, IPI, EXP, Lei Complementar n° 87, IPVA, ITBI e ITR e o acompanhamento e avaliação da sociedade, realizado por meio dos conselhos do fundo, tendendo a melhorar a transparência e a fiscalização dos recursos aplicados em educação. Ainda como recursos da 248 educação, devem ser acrescentados os 5% dos mesmos impostos do fundo que não foram vinculados e os 25% dos impostos próprios, estaduais, distrital e municipais. Entretanto, o FUNDEB, como visto, não é suficiente para garantir a universalização da oferta de vagas na educação básica e tampouco a permanência do/da estudante na escola até a conclusão do ensino médio com qualidade, o que exige a aplicação de recursos financeiros na educação básica para além desse fundo. Nesse sentido, em perspectiva, entende-se a importância de transformar o FUNDEB em um fundo nacional, com igual per capita para todos os Estados, com a aplicação de parte ainda mais significativa dos recursos vinculados à educação e incorporando também outras formas de arrecadação, não só os impostos. Deve-se, também, tomar como referência o maior per capita existente no País, com o objetivo de unificar o valor aluno por ano executado no Brasil, acabando com as desigualdades por Estado. O FUNDEB, para isso, deve ter como referência o estabelecimento de um Custo Aluno - Qualidade (CAQ), nivelando todos os CAQs, a partir do valor máximo alcançado e praticado nos estados com maior arrecadação. Para se fazer com que o FUNDEB possa colaborar efetivamente para elevar a qualidade da educação, a referência de investimento por estudante/ano do fundo deve, necessariamente, passar a ser uma verdadeira política de implementação do custo-aluno-qualidade, ancorada pela União. O valor mínimo do FUNDEB, em cada nível, etapa e modalidade de educação, deve assim garantir a presença, em todas as escolas públicas do País, dos padrões mínimos de qualidade previstos no PNE e na LDB, além de outros que precisam ser articulados no regime de colaboração. Como alternativa à oferta de educação básica pública de qualidade, o financiamento à educação deve tomar como referência, o mecanismo do custo aluno-qualidade (CAQ). Previsto no ordenamento jurídico brasileiro, o CAQ deve ser definido a partir do custo anual por estudante dos insumos educacionais necessários para que a educação básica pública adquira e se realize com base em um padrão mínimo de qualidade. A construção do CAQ exige amplo debate sobre o número de estudantes por turma, remuneração adequada e formação continuada aos/às profissionais da educação, condições de trabalho aos/às professores e funcionários/as, materiais necessários à aprendizagem dos/das estudantes (como salas de informática, 249 biblioteca, salas de leitura, salas de ciência, quadra poliesportiva, oficinas de música e de artes, mobiliário adequado, além de sala de recursos para apoio pedagógico a estudantes com dificuldade de aprendizagem etc.). Em suma, deve considerar o conjunto dos insumos exigidos para a adequada relação de ensino-aprendizagem nas escolas públicas que oferecem a educação básica. No esforço para a implementação do CAQ as escolas com menos acesso a esses recursos devem ser tornadas prioritárias, levando em consideração, principalmente, a diversidade e as desigualdades e suas peculiaridades. Ressaltem-se, mais uma vez, que a vivência do regime de colaboração entre os sistemas de ensino é uma luta histórica dos educadores e de toda a sociedade brasileira e que precisa ser aprimorado e devidamente financiado. Essa política deve fortalecer o relacionamento entre os órgãos normativos, permitindo uma equivalência nas diretrizes próprias de valorização dos profissionais, bem como na definição de instrumentos básicos para o perfeito desenvolvimento do ensino, em todas as suas necessidades. Deve-se destinar cinquenta por cento (50%) dos créditos advindos do pagamento de royalties decorrentes de atividades de produção energética (extração, tratamento, armazenagem e refinamento de hidrocarbonetos) à manutenção e desenvolvimento do ensino (MDE). Como outra nova e importante fonte de recursos para a área educacional, os valores financeiros que compõem o Fundo Social advindos da exploração da camada pré-sal devem ter uma destinação na ordem de 50% de suas receitas para a educação, tendo, desse modo, vinculação imediata ao orçamento do MEC, ou seja, não devem passar por deliberação do Comitê Gestor do Fundo Social. Desse total acumulado, 30% devem ficar com a União, para o desenvolvimento de programas relativos ao ensino superior e profissionalizante e 70% devem ser transferidos a estados, distrito federal e municípios, para o desenvolvimento de programas de educação básica por meio de uma política de transferências equivalente ao salário educação. É importante ressaltar que serão priorizados os estados e municípios com baixo IDH. É importante dizer que este novo projeto de educação de qualidade social para o Brasil, o Estado e prioritariamente o município está estreitamente ligado às 250 necessidades de se implementar um Plano Municipal de Educação que permita concretizar-se em políticas públicas educacionais que sejam: a) financiado integralmente com recursos públicos; b) administrado pela conjugação de formas de gestão, em que os segmentos da sociedade implicados no seu funcionamento sejam também os seus gestores; c) avaliado pela sua capacidade de realizar os objetivos em relação à educação básica das classes populares, assegurando-lhes a possibilidade real de progressão nas etapas subsequentes. Juara é um município com aproximadamente 33 mil habitantes. Apesar de um crescimento significativo na arrecadação nos últimos anos, esse percentual é ainda baixo em relação a outros municípios do Estado de Mato Grosso. Entretanto, houve também um crescimento significativo na demanda educacional e nas despesas com a manutenção e desenvolvimento do ensino. Cabe ressaltar que o estabelecimento das metas neste plano depende da definição dos recursos assim como a identificação das fontes dos mesmos e as estratégias para a sua ampliação. Na elaboração do PME viabilizou-se formação aos interessados com objetivo de que todos conhecessem a importância e necessidade do PME e mais, verificar e acompanhar os recursos financeiros da educação. Neste sentido a participação popular melhora a qualidade das decisões tomadas na área da educação e tem um papel fundamental na democratização da gestão municipal. Visando garantir a participação foi criado a Gestão Democrática da Rede Municipal de Juara no ano de 2009, através da Lei Municipal nº 2.052, de 31 de dezembro de 2009, onde no seu artigo 1º indica que: A Gestão Democrática do Ensino Público Municipal, princípio inscrito no Art. 206, inciso VI da Constituição Federal, e Art. 14 da Lei Federal nº 9.394/96 será obedecida na forma desta Lei obedecendo aos seguintes preceitos: I – Corresponsabilidade entre poder público e sociedade na gestão da escola; II – Autonomia pedagógica, administrativa e financeira da escola, mediante organização e funcionamento dos Conselhos Deliberativos da Comunidade Escolar do rigor na aplicação dos critérios democráticos para escolha do diretor de escola e transferência automática e sistemática de recursos às unidades escolares; III – Transparência dos mecanismos administrativos, financeiros e pedagógicos; 251 IV – Eficiência no uso dos recursos financeiros. Para tanto o financiamento do recurso público educacional deve ir além da visão de valores numerários, deve proporcionar ações que visem à melhoria da qualidade de vida populacional e consequentemente diminuir a desigualdade social no município. Neste sentido, é preciso colocar as políticas públicas educacionais como prioridade, tanto na sua implantação como na implementação. Ao propor discussões referentes a financiamento desta pasta é primordial considerar a situação sócio econômica do Brasil, tendo em vista que os recursos originam-se da arrecadação dos mais diversos impostos e fontes, considerando que uma ação não é isolada a outra, uma vez que as decisões políticas econômicas afetam diretamente as políticas de arrecadação e consequentemente na aplicação destes na educação. Os percentuais legalmente constitucional referentes à manutenção e desenvolvimento do ensino, são considerados como ponto de partida para a implementação e formulação das metas educacionais em nosso município. Financiamento e gestão estão indissoluvelmente ligados, isto é, a transparência da gestão de recursos financeiros e o exercício do controle social permitirão a efetiva aplicação dos recursos destinados à educação. Nesse sentido, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional facilita essa tarefa ao enfatizar no § 5ºdo art. 69, o repasse automático dos recursos ao órgão gestor e ao regulamentar quais as despesas admitidas como gastos de manutenção e desenvolvimento do ensino. Recursos garantidos pela constituição brasileira desde 1934 previam que a União e os Municípios deveriam destinar 10% e os Estados 20% da renda resultante de impostos para a manutenção e o desenvolvimento da educação. Com a Constituição/1937, foi retirado esse percentual, retornando após a promulgação da Constituição/1946, em que Municípios e Estados deveriam aplicar 20%, ficando para a União a aplicação de 10% da renda resultante de impostos com a Manutenção e o Desenvolvimento do Ensino (MDE). No ano de 1961 com a LDB aumentou o percentual da União para 12%, tornando lei morta a constituição de 1967. Na sequência a emenda constitucional chamada junta militar designou para os municípios a destinação de 20% do montante, o qual deveria ser destinado para o curso primário. 252 Com a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) no ano 1983, a União deveria destinar 13% e os Estados e Municípios 25% da receita líquida resultante de impostos para esse fim. Sendo que na Constituição de 1988 o percentual atribuído à União foi elevado para 18%, cabendo aos Estados e Municípios aplicar, no mínimo, 25% dos recursos provenientes dos impostos, na Manutenção e Desenvolvimento do Ensino (MDE). De acordo com a Emenda à Lei Orgânica nº 009/2012 do Município de Juara os recursos para a Manutenção e Desenvolvimento do Ensino compreenderão 25%, no mínimo da receita resultante de imposto, compreendida e proveniente de transferências. Salário-Educação Conforme as informações do FNDE, à contribuição social do salário- educação (QESE) está prevista no artigo 212, § 5º, da Constituição Federal, regulamentada pelas leis nº 9.424/96, nº 9.766/98, Decreto nº 6003/2006 e Lei nº 11.457/2007. É calculada com base na alíquota de 2,5% sobre o valor total das remunerações pagas ou creditadas pelas empresas, a qualquer título, aos segurados empregados, ressalvadas as exceções legais, e é arrecadada, fiscalizada e cobrada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, do Ministério da Fazenda (RFB/MF). São contribuintes do salário-educação as empresas em geral e as entidades públicas e privadas vinculadas ao Regime Geral da Previdência Social, entendendose como tal qualquer firma individual ou sociedade que assuma o risco de atividade econômica, urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, sociedade de economia mista, empresa pública e demais sociedades instituídas e mantidas pelo poder público, nos termos do § 2º, art. 173 da Constituição. Ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE compete à função redistributiva da contribuição social do salário-educação. Do montante arrecadado e após as deduções previstas em lei (taxa de administração dos valores arrecadados pela RFB, devolução de receitas e outras), o restante é distribuído em cotas pelo FNDE, observada em 90% (noventa por cento) de seu valor a arrecadação realizada em cada estado e no Distrito Federal, da seguinte forma: 253 • Cota federal – correspondente a 1/3 do montante dos recursos, é destinada ao FNDE e aplicada no financiamento de programas e projetos voltados para a educação básica, de forma a propiciar a redução dos desníveis sócios educacionais entre os municípios e os estados brasileiros. • Cota estadual e municipal – correspondente a 2/3 do montante dos recursos, é creditada mensal e automaticamente em favor das secretarias de educação dos estados, do Distrito Federal e dos municípios para o financiamento de programas, projetos e ações voltados para a educação básica. A cota estadual e municipal da contribuição social do salário-educação é integralmente redistribuída entre os estados e seus municípios, de forma proporcional ao número de alunos matriculados na educação básica das respectivas redes de ensino apurado no censo escolar do exercício anterior ao da distribuição. Os 10% restantes do montante da arrecadação do salário-educação são aplicados pelo FNDE em programas, projetos e ações voltados para a educação básica. Para elucidação do financiamento da educação pública municipal segue tabelas demonstrativas: Tabela 40 - Repasse do Salário Educação para o Município. ANO 2010 2011 2012 2013 VALOR 261.968,90 306.246,43 335.566,24 382.136,65 Fonte: FNDE. PIB de Juara/MT - O valor do PIB per capita a preços correntes 24.971,957 reais Tabela 41-Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar. ANO 2010 2011 2012 2013 PNATE 98.421,95 79.384,71 126.098,11 99.045,41 REPASSE DA COTA DO SE A EST. DF E MUNICIPIOS. 261.968,90 306.246,43 335.566,24 382.136,65 Fonte: http://www.tesouro.gov.br/ 7 Gasto público em relação ao estado e municípios vizinhos. http://www.amm.org.br/ 254 Tabela 42 - PDDE. 2010 2011 2012 2013 196.519,40 172.752,61 336.174,40 459.774,75 ANO VALOR Fonte: http://www.tesouro.gov.br/ Tabela 43 - PROGRAMA NACIONAL DE MERENDA ESCOLAR. 2010 2011 2012 2013 186.000,00 181.020,00 219.300,00 237.580,00 ANO VALOR Fonte: http://www.tesouro.gov.br/ Tabela 44 - FUNDEB ANO VALOR 2010 2011 2012 2013 1.469.930,00 1.820.981,55 1.784.700,72 1.861.029,22 Fonte: http://www.tesouro.gov.br/ Tabela 45 - Demonstrativo do recurso da Educação do Município 2010 e 2011. Total Geral Descrição do Orçamento 2010 Previsão Atualizada Receitas Realizadas Receitas Orçadas 2011 Previsão Atualizada Receitas Realizadas Receitas Orçadas • Receitas Correntes • Receita Tributária • Imposto sobre a produção e a circulação • Receita de contribuições • Receita Patrimonial • Transferências correntes • Receita de capital e transferências • Transferências de capital • Receitas Correntes intra-orçamentárias • Outros serviços. 44.162.729,84 47.592.802,34 50.166.017,43 50.166.017,43 52.099.696,37 55.197.172,92 Fonte: www.fnde.gov.br/siope/dadosinformadosmunicipio 255 Tabela 46 - Demonstrativo do recurso da Educação do Município 2012 e 2013. Descrição do Orçamento Total Geral 2012 Previsão Receitas Receitas Atualizada Realizadas Orçadas >Receitas Correntes >Receita Tributária > Imposto sobre a produção e a circulação >Receita de contribuições >Receita Patrimonial >Transferências diretas correntes > Receita de capital e transferências > Transferências de capital > Receitas Correntes intra-orçamentárias > Outros serviços. 55.197.172,92 60.157.731,86 60.386.282,36 2013 Previsão Atualizada 60.386.282,36 Receitas Realizadas Receitas Orçadas 65.219.474,51 73.815.133,07 Fonte: www.fnde.gov.br/siope/dadosinformadosmunicipio 14.2 Diretrizes Nas últimas décadas, portanto, no âmbito das políticas educacionais, destacaram-se as modificações de ordem jurídico-institucional. Após a aprovação da Constituição Federal de 1988, cinco textos legais foram de grande importância para a área educacional: a aprovação da LDB (Lei nº 9.394/96) e do PNE (Lei nº 10.172/01), bem como a instituição do FUNDEF, alterado pela aprovação da Emenda Constitucional (EC) nº 53/2006 e da Lei nº 11.494/2007, que respectivamente criaram e regulamentaram o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos/das Profissionais da Educação (FUNDEB), além da EC 59/2009. De acordo com o artigo 23 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, com as modificações dadas pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006, União, estados, Distrito Federal e municípios possuem competências comuns. Segundo o parágrafo único desse artigo, as “leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional”. Tal dispositivo veio para assegurar o regime de colaboração entre os entes federados. E essa regulamentação é fundamental para as políticas públicas, particularmente para garantir a oferta de educação escolar com qualidade. 256 O financiamento da educação envolve a definição das condições materiais e de recursos para a formulação, implantação e avaliação das políticas educacionais e dos programas e ações a elas relacionados. Também envolve os processos de gestão, acompanhamento, controle e fiscalização dos recursos. A política nacional com base na Constituição Federal de 1988 preconiza que os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática de ensino público e assegurarão progressivo grau de autonomia e de gestão financeira às unidades escolares públicas (art. 14 e 15). Conselhos deliberativos, eleição de diretores ou quaisquer novas práticas ou dispositivos que facilitem a democratização da gestão escolar. Neste sentindo, cabe ao poder público fortalecer os programas de Gestão da Educação Pública, orientado pelos princípios de democratização e cooperação, de modo a assegurar a participação dos diferentes segmentos das instituições educacionais no desenvolvimento de suas políticas. Outros fundamentos que amparam o financiamento da Educação Básica são: • A Resolução nº 4, de 13 de Julho de 2010 (CEB), que define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para Educação Básica; • O Decreto n° 6.094, de 24 de abril de 2007, que é a implementação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação. • Resolução nacional CNE/CEB nº1 de 23 de janeiro de 2012, dispõe sobre a implementação do regime de colaboração mediante Arranjo de Desenvolvimento da Educação (ADE) como instrumento de gestão publica para a melhoria da qualidade social da educação. • Resolução Nacional CNE/CEB n° 01 de março de 2008, que define os Profissionais do Magistério. • Lei Federal PNE nº 13.005 de 25 de junho de 2014. • Lei Estadual PEE/MT n° 10.111 de 06 de junho de 2014. • Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008, institui o Piso Salarial Nacional Profissional. • Resolução CNE/CEB nº5 de 03 de agosto de 2010, que fixa as Diretrizes Nacionais dos Planos de Carreira e Remuneração dos Funcionários da Educação Básica Pública. 257 • Lei Nacional nº 11.947 de 16 de junho de 2009, que dispões sobre PDDE que foi ampliado para toda a educação básica, passando a abranger escolas de ensino médio e a educação infantil. • Lei nº 1.656 de 20 de abril de 2005, que institui o Regime de Previdência Social do município de JUARA-MT. • Lei Municipal nº 2.052 de 30 de dezembro de 2009, que institui a Gestão Democrática na educação municipal. • Lei nº 2.372 de 07 de novembro de 2013, dispõe sobre a destinação para as áreas de educação e saúde de receitas municipais decorrentes da participação ou da compensação financeira pela exploração de petróleo e gás natural conforme previsto na Lei Federal nº 12.858, de 09 de setembro de 2013. • Lei Estadual n° 10.051/2014 que dispõe sobre a transferência de recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (FETHAB). • Lei Complementar nº 114, de 23 de Outubro de 2013. Altera a Lei Complementar nº 118 de 25 de agosto de 2013, que altera dispositivo e amplia aplicabilidade da Lei Complementar nº 066/2009 ao Micro Empreendedor Individual. • Lei Orgânica do Município de Juara. Mesa Diretora da Câmara Municipal de Juara, Estado de Mato Grosso, em 28 de dezembro de 2012. • Lei Complementar nº 314, de 29 de Abril de 2008, que Acrescenta dispositivos à Lei Complementar nº 50, de 1º de outubro de 1998, que dispõe sobre a Carreira dos Profissionais da Educação Básica do Estado de Mato Grosso. • Lei Complementar nº 206, de 29 de Dezembro de 2004, que dispõe sobre alterações na Lei Complementar nº 50, de 1º de outubro de 1998. • Resolução Nacional CDCE/FNDE nº 45 de 20 de novembro de 2013, que dispõe sobre os critérios para utilização dos veículos do Transporte Escolar adquiridos no âmbito do Programa Caminho da Escola. • Resolução Normativa nº 002/2009 CEE/MT, Estabelece Normas Aplicáveis para a Educação Básica no Sistema Estadual de Ensino. • Resolução Normativa nº 002/2013 CEE/MT, fixa as normas para da Educação Básica no Sistema Estadual de Ensino de Mato Grosso. • Instrução Normativa nº 013/2014 GS/SEDUC/MT, estabelece normas de operacionalização critérios e forma de transferência de recursos aos municípios para realização do Transporte Escolar. 258 • Instrução Normativa nº 010/2014, GS/SEDUC/MT, dispõe sobre o critério para utilização dos veículos do Transporte Escolar. • Instrução Normativa nº 001/2015, GS/SEDUC/MT, que estabelece normas de operacionalização, critérios e forma de transferência de recursos aos municípios para realização de transporte escolar de alunos da rede estadual de ensino residente na zona rural do estado de Mato Grosso. 14.3 Metas e Estratégias META 1 - Promover a implantação do Sistema Único de Ensino de acordo com os encaminhamentos na esfera estadual. Estratégia 1 - Promover e garantir o cumprimento do regime de colaboração e cooperação com o Estado por meio de instrumentos legais definindo os objetivos e as responsabilidades comuns no atendimento da escolarização básica, na sua universalização, na qualidade do ensino e na gestão democrática. Estratégia 2 - Implantar e atualizar sistema informatizado de gestão escolar visando integração das redes de ensino. Estratégia 3 - Implementar/discutir e aplicar Diretrizes curriculares de ensino em todas as etapas e modalidades de acordo com as orientações nacionais e estaduais. Estratégia 04 - Garantir a efetivação da gestão democrática na revisão das políticas públicas educacionais com a participação da sociedade civil organizada. Estratégia 05 - Cumprir os dispositivos legais de participação da comunidade escolar e sociedade civil organizada na elaboração/discussão e publicação dos instrumentos democratizantes da gestão educacional. Estratégia 06 - Assegurar a interlocução dos instrumentos (PAR, LDO, PPA e LOA) na definição dos programas governamentais. 259 Estratégia 7 - Realizar o levantamento anual da demanda existente de educação infantil e ensino fundamental para planejar o atendimento e o remanejamento quando necessário. Estratégia 08 - Definir em regime de colaboração com o estado/união ações de solução dos problemas com o transporte escolar enfrentado no município em relação ao gerenciamento e pagamento de despesas. Estratégia 9 - Promover o reordenamento/redimensionamento das matriculas da educação básica a partir de estudos prévios de acordo com a legislação vigente, atribuindo responsabilidades e compromissos dos entes federados através do regime de colaboração com os estudantes e os profissionais de educação da rede pública de ensino. Meta 2 - Garantir, a partir da aprovação deste plano, a aplicabilidade integral dos recursos financeiros públicos, conforme previsto em Lei, destinados à Educação ampliando gradativamente em 1% ao ano até atingir o limite de 30%. Estratégia 1 - Garantir, imediatamente, a aplicabilidade integral dos recursos financeiros públicos destinados à educação, conforme aprovado neste Plano. Estratégia2 - Elaborar estudos para que se assegure a utilização do PIB como referência de financiamento para a educação, conforme preconiza a Emenda Constitucional nº 59/2009. Estratégia 3 - Utilizar imediatamente o piso salarial profissional nacional pautado na Lei Federal nº 11.738 de 16 de julho de 2008, como patamar mínimo de referência para atualizar e executar o Plano de Carreira Cargos e Salários para os profissionais da Educação. 260 Estratégia 4 - Implantar, no prazo de 2 anos, um padrão de gestão (PDE Escola Municipal) que priorize a destinação de recursos para as atividades-fim, a descentralização, a autonomia da escola, a equidade, o foco na aprendizagem dos alunos e a participação da comunidade. Estratégia 5 - Realizar o acompanhamento periódico da aplicação dos recursos da educação através do Conselho Municipal de Educação em parceria com os mecanismos de controle social. Estratégia 6 - Garantir condições necessárias para o planejamento democrático da aplicação dos recursos do FUNDEB e a atuação do conselho responsável pelo controle social. Estratégia 7 - Cumprir o regime de colaboração previsto na legislação educacional por meio do programa nacional de construção e reestruturação de escolas, bem como de aquisição de equipamentos, visando à expansão e à melhoria da rede física de escolas públicas. Estratégia 8 - Assegurar parcerias com o MEC e SEDUC para capacitação permanente dos conselhos escolares, do FUNDEB e de Educação para acompanhar, avaliar e executar o controle social dos recursos vinculados a educação. Estratégia 9 - Informatizar integralmente a gestão das escolas públicas e da secretaria municipal de educação, mantendo programa de formação inicial e continuada para o pessoal técnico. Estratégia 10 - Organizar a secretaria municipal de educação como unidade orçamentária, em conformidade com o art. 69 da LDB, com a garantia de que o dirigente municipal de educação seja o ordenador de despesas e gestor pleno dos recursos educacionais, com o devido acompanhamento, controle e fiscalização de suas ações pelos respectivos conselhos de educação, tribunais de contas e demais órgãos fiscalizadores. 261 Estratégia 11 - Democratizar a elaboração e a execução do orçamento, planejamento e acompanhamento das políticas educacionais, de forma a promover o acesso de toda a comunidade local e escolar aos dados orçamentários e a transparência na utilização dos recursos públicos da educação. Estratégia 12 - Fortalecer os mecanismos e os instrumentos na transparência e no controle social na utilização dos recursos públicos aplicados em educação, especialmente a realização de audiências públicas, a criação de portais eletrônicos de transparência e a capacitação dos membros de conselhos de educação, de escola, de acompanhamento e de controle social e outros, em parceria com MEC, SEDUC e os tribunais de contas do estado. Estratégia 13 - Garantir a partir do regime de colaboração os parâmetros mínimos de qualidade dos serviços da educação básica, a serem utilizados como referência para infraestrutura das escolas, recursos pedagógicos, entre outros insumos relevantes, bem como instrumento para adoção de medidas para a melhoria da qualidade do ensino. Estratégia 14 - Aderir e manter, em regime de colaboração, programa nacional de reestruturação e aquisição de equipamentos para escolas públicas, visando à equalização das oportunidades educacionais; Estratégia 15 - Garantir a reorganização interna e externa da Secretaria Municipal de Educação, bem como a estruturação dos setores de acordo com as mudanças da legislação educacional. Estratégia 16 - Aderir e implementar, em regime de colaboração o conjunto nacional de indicadores de avaliação institucional com base no perfil do alunado e do corpo de profissionais da educação, nas condições de infraestrutura das escolas, nos recursos pedagógicos disponíveis, nas características da gestão e em outras dimensões relevantes, considerando as especificidades das modalidades de ensino. 262 Estratégia 17 - Estimular e garantir processo contínuo de auto avaliação das escolas de educação básica, por meio da constituição de instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas, destacando-se a elaboração de planejamento estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional, a formação continuada dos profissionais da educação e o aprimoramento da gestão democrática. Estratégia 18 - Garantir a execução dos Planos de Ações Articuladas (PAR) dando cumprimento às metas de qualidade estabelecidas para a educação básica pública e às estratégias de apoio técnico e financeiro voltadas à melhoria da gestão educacional, à formação de professores e professoras e profissionais de serviços e apoio escolares, à ampliação e ao desenvolvimento de recursos pedagógicos e à melhoria e expansão da infraestrutura física da rede escolar. Estratégia 19 - Garantir, em regime de colaboração com a União e o Estado, transporte gratuito para todos os estudantes da educação do campo na faixa etário da educação escolar obrigatória, mediante renovação e padronização integral da frota de veículos de acordo com especificações definida pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO, visando a reduzir a evasão escolar e o tempo médio de deslocamento a partir de cada situação local. Estratégia 20 - Universalizar, em regime de colaboração o acesso à rede mundial de computadores em banda larga de alta velocidade e triplicar, até o final da década, a relação computador/aluno nas escolas da rede pública de educação básica, promovendo a utilização pedagógica das tecnologias da informação e da comunicação. Estratégia 21 - Garantir a participação em regime de colaboração na ampliação de programas e ações de atendimento ao aluno, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde. 263 Estratégia 22 - Assegurar em regime de colaboração, a todas as escolas públicas de educação básica o acesso a energia elétrica, abastecimento de água tratada, esgotamento sanitário manejo dos resíduos sólidos, garantirem o acesso dos alunos a espaços para a prática esportiva, a bens culturais e artísticos e a equipamentos em cada edifício escolar, bem como a acessibilidade às pessoas com deficiência. Meta 3 - Ampliar progressivamente o investimento público em educação pública, de forma a atingir, no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto (PIB) do País no quinto ano de vigência deste plano e, no mínimo, o equivalente a 10% (dez por cento) do PIB ao final do decênio, observado o disposto nos §§ 5º e 6º do art. 5º da Lei n° 13.005/2014 e assegurados mecanismos de gestão e critérios de repartição que visem a combater a ineficiência e as desigualdades educacionais. Estratégia 1 - Articular recursos permanentes para atendê-la as demandas educacionais em conformidade com padrão de qualidade nacional em acordo com art.75 da LDB n° 9394/96. Estratégia 2 - Aplicar de forma transparente o salário-educação. Estratégia 3 - Investir em manutenção e desenvolvimento do ensino os repasses nacionais resultados de compensação financeira conforme lei específica. Estratégia 4 - Aderir e buscar insumos através do regime de colaboração para manter o Custo Aluno-Qualidade inicial – CAQI no município, como parâmetro para o financiamento da educação de todas as etapas e modalidades da educação básica, a partir do cálculo e do acompanhamento regular dos indicadores de gastos educacionais com investimentos em qualificação e remuneração do pessoal docente e dos demais profissionais da educação pública, em aquisição, manutenção, construção e conservação de instalações e equipamentos necessários ao ensino e 264 em aquisição de material didático-escolar, alimentação e transporte escolar referenciado no conjunto de padrões mínimos estabelecidos na legislação educacional. Estratégia 5 - Aderir Lei de Responsabilidade Educacional, assegurando padrão de qualidade na educação básica, em cada sistema e rede de ensino, aferida pelo processo de metas de qualidade aferidas por institutos oficiais de avaliação educacionais; Meta 4 – Garantir a qualidade da Educação Básica Estratégia 1 - Assegurar que todas as escolas de educação básica em todas as modalidades atualizem seu projeto político-pedagógico, com observância das Diretrizes Curriculares e/ou políticas estadual e municipal, com efetiva participação da comunidade. Estratégia 2 - Regulamentar e publicar os instrumentos legais que assegurem eleição direta de Assessor Pedagógico. Estratégia 3 - Definir direitos de aprendizagem para a educação básica, com vista a garantir formação geral comum. Estratégia 4 - Garantir condições para ampliação e oferta regular de transporte escolar de qualidade para os alunos da rede pública de ensino. Estratégia 5 - Assegurar ações nos programas de governo que visem à reestruturação/adaptação/ampliação e melhorias do espaço físico das escolas públicas. 265 Estratégia 6 - Firmar e implementar periodicamente parcerias externas para realização de atividades complementares que visem à formação integral dos estudantes. Estratégia 7 - Aferir/publicar/utilizar periodicamente os resultados/ os rendimentos/ os índices educacional com vistas a monitoramento do fluxo escolar, da aprendizagem e da qualidade educacional dos estudantes da educação básica. Estratégia 8 - Articular recursos para ampliação e qualificação das matrículas na Educação Básica através da União e do Estado por meio de recursos e da assessoria técnica aos municípios para a construção, ampliação e reforma dos equipamentos públicos e para o desenvolvimento da educação de qualidade social. Estratégia 9 - Promover ações que vise a participação da comunidade na formulação dos projetos político-pedagógicos, currículos escolares, planos de gestão escolar e regimentos escolares por profissionais da educação, estudantes, pais e/ou responsáveis. Estratégia 10 - Promover ações que visem à interação entre família e escola. Estratégia 11 - Incentivar políticas educacionais de combate à violência na escola e a promoção da cultura de paz no ambiente escolar. Estratégia 12 - Implantar e implementar rede de comunicação contínua e eficiente entre unidades escolares, estadual, municipal e unidades administrativas centrais e descentralizadas públicas. 266 Estratégia 13 - Promover espaços permanentes de divulgação, discussão e compartilhamento de vivências e experiências exitosas de todas as etapas e modalidades da educação básica. Estratégia 14 - Disponibilizar transporte escolar, obedecendo a padrões de legislação de trânsito, para alunos e professores do ensino fundamental, educação de jovens e adultos, médio do campo, e assentados que necessitem de atendimento. Estratégia 15 - Estabelecer parcerias entre União, Estado e municípios, envolvendo as Secretarias de Educação, de Saúde, de Bem Estar Social, Ambiental, de Cultura, de Ação Social, Conselhos Tutelares e Conselhos Municipais de Educação para o pleno atendimento das necessidades dos estudantes da educação básica, incluindo equipe multiprofissional (pedagogos, assistente social, fonoaudiólogos e outros), sem ônus para a educação. Estratégia 16 - Garantir a renovação e manutenção periódica dos equipamentos de multimídia, informática e laboratoriais nas unidades escolares. Estratégia 17 - Apoiar ações de Educação Ambiental articuladas com os projetos político-pedagógicas das escolas que contribuam ou promovam o desenvolvimento local sustentável. Estratégia 18 - Regulamentar a destinação de parte dos recursos financeiros oriundos do Fundo Municipal da Criança e do Adolescente para apoiar projetos que visem ao desenvolvimento significativo dos estudantes. Estratégia 19 - Estimular a participação e a consulta de profissionais da educação, alunos e seus familiares na formulação dos projetos político-pedagógicos, currículos 267 escolares, planos de gestão escolar e regimentos escolares, assegurando a participação dos pais na avaliação de docentes e gestores escolares. Estratégia 20 - Estabelecer políticas de estímulo às escolas que melhorarem o desempenho no IDEB, de modo a valorizar o mérito do corpo docente, da direção e da comunidade escolar. Estratégia 21 - Estabelecer ações efetivas especificamente voltadas para a promoção, prevenção, atenção e atendimento à saúde e à integridade física, mental e emocional dos profissionais da educação, como condição para a melhoria da qualidade educacional. Estratégia 22 - Aderir e participar ativamente do sistema nacional/estadual de avaliação da educação básica, para orientar as políticas públicas e as práticas pedagógicas, com o fornecimento das informações às escolas e à sociedade. Estratégia 23 - Garantir políticas de combate à violência na escola, inclusive pelo desenvolvimento de ações destinadas à capacitação de educadores para detecção dos sinais de suas causas, como a violência doméstica e sexual, favorecendo a adoção das providências adequadas para promover a construção da cultura de paz e um ambiente escolar dotado de segurança para a comunidade. Estratégia 24 - Mobilizar as famílias e setores da sociedade civil, articulando a educação formal com experiências de educação popular e cidadã, com os propósitos de que a educação seja assumida como responsabilidade de todos e de ampliar o controle social sobre o cumprimento das políticas públicas educacionais. Estratégia 25 - Debater, avaliar e implementar, a partir da implantação deste Plano, outras formas de organização da Educação Básica, conforme previsto na legislação 268 vigente, priorizando a qualidade do ensino-aprendizagem, a universalização do ensino e a gestão democrática. Estratégia 26 - Implementar e acompanhar progressivamente o Ciclo de Formação Humana nas escolas de educação básica. Estratégia 27 - Implantar e implementar progressivamente a jornada de tempo integral nas escolas de educação básica. Estratégia 28 - Aderir e manter, em regime de colaboração o programa de construção de escolas com padrão arquitetônico e de mobiliário adequado para atendimento em tempo integral. Estratégia 29 - Aplicar prioritariamente o repasse de transferências voluntárias da União na área da educação a partir da aprovação em legislação específica que regulamente a matéria na área de sua abrangência, respeitando-se a legislação nacional. Estratégia 30 - Garantir a participação na ampliação dos programas de apoio e formação aos conselheiros dos conselhos de acompanhamento e controle social do FUNDEB, dos conselhos de alimentação escolar, dos conselhos e de outros e aos (às) representantes educacionais em demais conselhos de acompanhamento de políticas públicas, assegurando a esses colegiados recursos financeiros, espaço físico adequado, equipamentos e meios de transporte para visitas à rede escolar, com vistas ao bom desempenho de suas funções. Estratégia 31 - Efetivar em regime de colaboração, Fóruns Permanentes de Educação, com o intuito de coordenar as conferências municipais, bem como efetuar o acompanhamento da execução deste PME e demais ações relacionadas à educação. 269 Estratégia 32 - Estimular a relação das escolas com instituições e movimentos culturais, a fim de garantir a oferta regular de atividades culturais para a livre fruição dos alunos dentro e fora dos espaços escolares, assegurando ainda que as escolas se tornem pólos de criação e difusão cultural. Estratégia 33 - Estimular a oferta de atividades voltadas à ampliação da jornada escolar de alunos matriculados nas escolas da rede pública de educação básica por parte das entidades e órgãos não governamentais em articulação com a rede pública de ensino. Estratégia 34 - Aderir e implantar, mediante pactuação inter federativa, as Diretrizes pedagógicas para a educação básica e a base nacional comum dos currículos, com direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento dos alunos para cada ano do ensino fundamental e médio, respeitados a diversidade local. Estratégia 35 - Assegurar nos currículos escolares conteúdos sobre a história e as culturas afro-brasileira e indígenas e implementar ações educacionais, nos termos das Leis n° 10.639, de 9 de janeiro de 2003, e n° 11.645, de 10 de março de 2008, assegurando-se a implementação das respectivas Diretrizes curriculares nacionais, por meio de ações colaborativas com fóruns de educação para a diversidade étnicorracial, conselhos escolares, equipes pedagógicas e a sociedade civil. Estratégia 36 - Promover a articulação dos programas da área da educação, com saúde, trabalho e emprego, assistência social, esporte e cultura, possibilitando a criação de rede de apoio integral às famílias, como condição para a melhoria da qualidade educacional. 270 Estratégia 37 - Apoiar medidas para otimizar o tempo de permanência dos alunos na escola, direcionando a expansão da jornada para o efetivo trabalho escolar, combinado com atividades recreativas, esportivas e culturais. Estratégia 38 - Assegurar que as escolas de educação básica tenham infraestrutura adequada de acordo com a etapa escolar atendida, conforme os padrões mínimos estabelecidos em documentos oficiais. Estratégia 39 - Assegurar em 1 (um) ano a existência de profissional nos ambientes destinados à atividade de leitura (bibliotecas e salas de leitura) de acordo com a necessidade e a proposta pedagógica da unidade. Estratégia 40 - Assegurar junto aos órgãos competentes ações para a melhoria da INTERNET existente em nosso Município. Estratégia 41 - Implantar e atualizar sistema informatizado de gestão escolar visando integração das redes de ensino. Estratégia 42 - Prever ampliação do atendimento de transporte escolar para os alunos do Município por meio de parcerias de financiamento com o estado conforme a necessidade. Estratégia 43 - Articular junto ao Estado a continuidade e ampliação das ações do Programa e Saúde na Escola – PSE, assegurando recursos financeiros e humanos (oftalmologista, neurologista, psicólogo, pediatra, fonoaudiólogo, nutricionista e fisioterapeuta), para contribuir com a melhoria da qualidade de vida dos alunos visando o sucesso na aprendizagem. 271 Meta 5 - Assegurar condições, no prazo de 01(um) ano, para efetivação integral da gestão democrática tal qual preconizada na Lei n° 2.052/09. Estratégia 1 - Assegurar em regime de colaboração condições, para a efetivação da gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas públicas, a partir de recursos e apoio técnico da União. Estratégia 2 - Estimular, em todas as redes de educação básica, a constituição e o fortalecimento dos conselhos deliberativos da comunidade escolar, grêmio estudantil e colegiado similares. Estratégia 3 - Estimular o fortalecimento de conselhos escolares e conselhos municipais de educação, como instrumentos de participação e fiscalização na gestão escolar e educacional, inclusive por meio de programas de formação de conselheiros, assegurando-se condições de funcionamento autônomo. Estratégia 4 - Estimular a participação e a consulta de profissionais da educação, alunos e seus familiares na formulação dos projetos político-pedagógicos, currículos escolares, planos de gestão escolar e regimentos escolares, assegurando a participação dos pais na avaliação de docentes e gestores escolares. Estratégia 5 - Favorecer processos de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira nos estabelecimentos de ensino da educação básica. Estratégia 6 - Aderir e implementar em regime de colaboração aos programas de formação de diretores e gestores escolares, bem como aplicar prova nacional específica, a fim de subsidiar a definição de critérios objetivos. 272 Estratégia 7 - Planejar e aplicar democraticamente os recursos oriundos de transferência direta à escola, garantindo a participação da comunidade escolar, visando à ampliação da transparência e ao efetivo desenvolvimento da gestão democrática; Estratégia 8 - Estimular processos de autonomia pedagógica, administrativa e de gestão financeira nos estabelecimentos de ensino da educação básica. Estratégia 9 - Estimular e apoiar processo contínuo de auto avaliação das escolas de educação básica, por meio da adesão aos instrumentos de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas, destacando-se a elaboração de planejamento estratégico, a melhoria contínua da qualidade educacional, a formação continuada dos profissionais da educação e o aprimoramento da gestão democrática. Estratégia 10 - Programar e assegurar em todas as escolas, a existência de políticas educacionais que incentivam a leitura para o professor, o aluno e os profissionais da educação. Estratégia 11 - Assegurar que todas as atividades educativas na Educação Básica que envolva questões religiosas, embasada em cultura, precisam de autorização prévia de pais e ou responsáveis e isso deve ser articulado nas revisões dos regimentos escolares, visando o respeito às diversidades religiosas. 273 ACOMPANHAMENTO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE JUARA O Plano Municipal de Educação, conforme definido pela sociedade e aprovado pelos poderes competentes, poderá sofrer adequações em sua forma de execução, na medida em que novas circunstâncias e exigências forem se configurando no âmbito educacional. Para o cumprimento do PME, impõe-se a necessidade de garantir mecanismos de acompanhamento, monitoramento e avaliação dos trabalhos por parte dos órgãos responsáveis por cada etapa e modalidade de ensino da Educação Básica e Superior de acordo com a legislação vigente, sob a coordenação do Fórum Permanente de Educação, juntamente com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura – SMEC e Conselho Municipal de Educação – CME, de forma a apontar correções, dar publicidade e transparência ao Estado e à União da parte que cabe a cada esfera. O acompanhamento da execução das Metas e Estratégias é de fundamental importância, deverá ser realizado através do funcionamento do regime de colaboração entre União, Estado e Município em cada sistema de ensino como determina a Legislação vigente. É necessário que existam grupos que monitorem, auxiliem, proponha, estudem e pesquisem os objetos de trabalho deste Plano para que sua atualização permaneça dinâmica e se auto ajustem as necessidades dos educandos, da escola e da sociedade juarense. As avaliações serão periódicas e sistemáticas, sendo a primeira dentro de quatro anos a partir da aprovação deste plano passando, por reajustes, e a segunda quando houver necessidade de correções ao longo de seu período decenal de vigência. • O processo de acompanhamento e monitoramento das metas e estratégias propostas nos Eixos Temáticos serão realizados por meio da coleta de dados, através dos sistemas informatizados e documental de cada instituição sob a responsabilidade da Assessoria Pedagógica, SMEC e FUNDEB; 274 • O processo de avaliação do PME será realizada a cada 4 (quatro) anos, por meio da reunião de dados do processo de acompanhamento e monitoramento das metas e estratégias de cada eixo temático, sendo assim, cabe ao Fórum Permanente de Educação e ao CME a análise e emissão de parecer/relatório do cumprimento e das alterações necessárias no PME, conforme legislação vigente; • Após finalização do processo de avaliação será divulgado resultado nas mídias locais e em documentos oficiais do Município. É imprescindível a criação de condições concretas, tanto técnicas, quanto orçamentárias e financeiras dos entes federados para que o acompanhamento e a avaliação do Plano aconteçam de forma satisfatória, o que implica na realização de estudos, conferências municipais, e principalmente, ações que resultem em intervenções quando necessário. 275 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS Parecer CNE/CP 3/2004, de 10 de março de 2004. ARIÉS, Philippe. História social da criança e da família. 2ª ed., Rio de Janeiro: Guanabara: 1973. BRASIL. Resolução CNE/CP 1/2004. Seção 1, p.11. D.O. U. de 22 de junho de2004,BRASIL, Relatório do Comitê Nacional para a Preparação da Participação Brasileira na III Conferência Mundial das Nações Unidas Contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata. Brasília, 2001. _______, Altera dispositivos da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para redimensionar, institucionalizar e integrar as ações da educação profissional técnica de nível médio, da educação de jovens e adultos e da educação profissional e tecnológica. Brasília, 16 de julho de 2008; 187o da Independência e 120o da República. _______, Lei nº 11.947 de 16 de Junho de 2009. Dispõe sobre PDDE que foi ampliado para toda a Educação Básica, passando a abranger escolas de Ensino Médio e a Educação Infantil. Brasília, junho/2009 _______, Dispõe sobre a destinação para as áreas de educação e saúde de parcela da participação no resultado ou da compensação financeira pela exploração de petróleo e gás natural, com a finalidade de cumprimento da meta prevista no inciso VI do caput do art.214 e no art.196 da Constituição Federal; altera a Lei nº 7.990, de 28 de dezembro de 1989; e dá outras providencias. Brasília, 9 de setembro de 2013; 192º da Independência e 125º da República. _______, Lei Federal PNE nº 13.005 de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação. Brasília, junho/2014. _______, Parecer CNE/CP nº 11/2009de 30/6/2009. Proposta de experiência curricular inovadora do Ensino Médio. Proposta de experiência curricular inovadora do Ensino Médio. Brasília (DF), 30 de junho de 2009. _______, Parecer-CNE/CEB nº 5/2011 de 4 de maio de 2011.Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília, maio/2011. _______, Decreto n° 2.208 de 17 de abril de 1997. Regulamenta o parágrafo 2º do art. 36 e os artigos 39 a 42 da Lei nº 9.394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. _______, Decreto nº 5.154 de 23 de julho de 2004. Regulamenta o parágrafo 2º do art. 36 e os art. 39 a 41 da Lei nº 9.394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. _______, Lei nº 5.692/71 - de 11 de agosto de 1971. Fixa a diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º graus, e dá outras providências. In: Habilitações profissionais no ensino de 2º grau, Diretrizes, normas e legislação. Brasília: Editora Expressão e Cultura, 1972. _______, Lei nº 7.044/82 - Altera a Lei n° 5.692/71. _______, Lei n° 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes da educação nacional. 276 _______, Portaria MEC n° 646 de 14 de maio de 1997. Regulamenta a implantação do dispositivo nos artigos 39 a 42 da Lei 9.394/96 e no Decreto 2.208/97 e dá outras providências. _______, Projeto de Lei nº 1.604 de 1996. Dispõe sobra a Educação Profissional, a organização da Rede Federal de Educação Profissional, e dá outras providências. Câmara dos Deputados, Brasília, 1996. _______, Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena”. Brasília, 10 de março de 2008; 187o da Independência e 120o da República. _______, Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira". Brasília, 9 de janeiro de 2003; 182o da Independência e 115o da República. _______, Altera o art. 61 da Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996, com a finalidade de discriminar as categorias de trabalhadores que se devem considerar profissionais da educação. Brasília, 6 de agosto de 2009, 188º da Independência e 121º da República. _______, Decreto n° 6.094 de 24 de abril de 2007. Dispõe sobre a implementação do Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação, pela União Federal, em regime de colaboração com Municípios, Distrito Federal e Estado, e a participação das famílias e da comunidade, mediante programas e ações de assistência técnica e financeira, visando a mobilização social pela melhoria da qualidade da educação básica. Brasília, 24 de abril de 2007; 186o da Independência e 119 º da República. _______, Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Ministério da Educação, Secretária de Educação Básica. Diretoria de Currículos e Educação Integral. Brasília, MEC, SEB,DICEI,2013. _______, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais: 1994-2001. Brasília, 2001. Disponível em: http://inep.org.br. Acesso em: 11/11/2014. _______ ,Lei n° 4.024 de 20 de dezembro de 1961. Fixa as diretrizes e bases da educação nacional. In: Habilitações profissionais no ensino de 2º grau, Diretrizes, normas e legislação. Brasília: Editora Expressão e Cultura, 1972. _______, Lei nº 11.457, de 16 de março de 2007.Dispõe sobre a Administração Tributária Federal; altera as Leis nº10.593, de 6 de dezembro de 2002, 10.683, de 28 de maio de 2003, 8.212, de 24 de julho de 1991, 10.910, de 15 de julho de 2004, o Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, e o Decreto no 70.235, de 6 de março de 1972; revoga dispositivos das Leis nos 8.212, de 24 de julho de 1991, 10.593, de 6 de dezembro de 2002, 10.910, de 15 de julho de 2004, 11.098,de13 de janeiro de 2005, e 9.317,de 5 de dezembro de 1996; e dá outras providências _______, MEC, Resolução n°01 do Conselho Nacional de Educação/Conselho Pleno/DF, de 17 de junho de 2004, publicada no Diário Oficial da União em 22 de julho de 2004, A Seção 1, p. 1, que “Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnicorraciais e para o Ensino de História e Cultura AfroBrasileira e Africana”. 277 _______, Resolução CNE/CEB nº 1 de 23 de janeiro de 2012. Dispõe sobre a implementação do regime de colaboração mediante Arranjo de Desenvolvimento da Educação (ADE) como instrumento de gestão publica para a melhoria da qualidade social da educação. Brasília, janeiro/2012. _______, Resolução CNE/CEB nº 5 de 03 de agosto de 2010, que Fixa as Diretrizes Nacionais dos Planos de Carreira e Remuneração dos Funcionários da Educação Básica Pública. Brasília, agosto/2010. _______, Resolução CNE/CP nº 2, de 15 de junho de 2012. Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Ambiental. Brasília, junho/2012. _______, Resolução nº 2, de 30 de Janeiro 2012. Define Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília, Janeiro/2012. _______, Acrescenta § 3º ao art. 76 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias para reduzir, anualmente, a partir do exercício de 2009, o percentual da Desvinculação das Receitas da União incidente sobre os recursos destinados à manutenção e desenvolvimento do ensino de que trata o art. 212 da Constituição Federal, dá nova redação aos incisos I e VII do art. 208, de forma a prever a obrigatoriedade do ensino de quatro a dezessete anos e ampliar a abrangência dos programas suplementares para todas as etapas da educação básica, e dá nova redação ao § 4º do art. 211 e ao § 3º do art. 212 e ao caput do art. 214, com a inserção neste dispositivo de inciso VI. Brasília, em 11 de novembro de 2009. _______, MEC, Parecer CNE/CP nº04 Aprovado em 11.03.97, 1997. Proposta de resolução referente ao programa especial de formação de Professores para o 1º e 2º graus de ensino - Esquema I(HOMOLOGADO EM 17/06/97, PUBLICADO NO DOU DE 17/06/97 - SEÇÃO I P. 12506). _______, Portaria nº 1.140, de 22 de Novembro de 2013 (*) Institui o Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio e define suas diretrizes gerais, forma, condições e critérios para a concessão de bolsas de estudo e pesquisa no âmbito do ensino médio público, nas redes estaduais e distrital de educação _______, Resolução nº 1, de 27 de março de 2008 (*) (**) Define os profissionais do magistério, para efeito da aplicação do art. 22 da Lei nº 11.494/2007, que regulamenta o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – FUNDEB. Brasília, março/2008. _______, Acrescenta§ 5o ao art. 32 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para incluir conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adolescentes no currículo do ensino fundamental. Brasília, 25 de setembro de 2007; 186o da Independência e 119o da República. _______, Conferência Internacional sobre a Educação de Adultos (V: 1997: Hamburgo, Alemanha): Declaração de Hamburgo. Agenda para o futuro. – Brasília: SESI/UNESCO, 1999. _______, Constituição da Republica Federativa do Brasil: 1988. 11. ed. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de publicações, 1999. _______,Decreto nº 26, de4de fevereiro de 1991. Dispõe sobre a Educação Indígena no Brasil. Brasília, 04 de fevereiro de 1991; 170º da Independência e 103º da República. 278 _______, Decreto nº 5.622, de 19 de Dezembro de2005. V ide Lei n o 9.394, de 1996 Regulamenta o art. 80 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 19 de dezembro de 2005; 184o da Independência e 117o da República. _______, Decreto nº 6.003 de 28 de dezembro de 2006. Regulamenta a arrecadação, a fiscalização e a cobrança da contribuição social do salário-educação, a que se referem o art., da e as Leis nos, de 24 de dezembro de 1996, e, de 18 de dezembro de 1998, e dá outras providências. Brasília, 28 de dezembro de 2006; 185 o da Independência e 118 o da República. _______, Decreto nº 6.303, de 12 de dezembro de 2007. Altera dispositivos dos Decretos nos 5.622, de 19 de dezembro de 2005, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e 5.773, de 9 de maio de 2006, que dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e avaliação de instituições de Educação Superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema federal de ensino. Brasília, 12 de dezembro de 2007; 186o da Independência e 119o da República. _______, Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - Corde, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências. _______, Lei n° 10.639, de 9 de janeiro de 2003. D.O.U de 10/01/2003. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de história e Cultura Afro-Brasileira. _______, Lei nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006.Altera a redação dos arts. 29, 30,32 e 87 da Lei 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, dispondo sobre a duração de 9 (nove) anos para o ensino fundamental, com matricula obrigatória a partir dos 6 (seis) anos de idade. _______, Lei nº 12.796 de 4 de Abril de 2013. Altera a Lei 9.394 de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para dispor sobre a formação dos profissionais da educação e dar outras providencias. Brasília, 4 de abril de 2013; 192º da Independência e 125º da República. _______, Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que dispõe sobre a Educação Ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário Oficial, Brasília. _______, MEC. Decreto nº 7.352 de 4 de novembro de 2010.Dispõe sobre política de educação do campo e o Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária PRONERA. Brasília, 4 de novembro de 2010; 189º da Independência e 122º da Republica. _______, MEC. Portaria nº 481 de 11 de outubro de 2013. Estabelece procedimentos e orientações sobre criação, composição, funcionamento e cadastramento dos Conselhos de Acompanhamento e Controle Social do FUNDEB, de âmbito Federal, Estadual, Distrital e Municipal. Brasília, outubro/2013. _______, MEC. Portaria nº 867 de 4 de julho de 2012. Institui o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa. Brasília, julho/2012. 279 _______, MEC. Resolução nº 1, de 10 de Março de 2011. Fixa normas de funcionamento das unidades de Educação Infantil ligadas à Administração Pública Federal direta, suas autarquias e fundações. Brasília, Março/2011. _______, MEC. Resolução nº 1, de 14 de Janeiro de 2010. Define Diretrizes Operacionais para Implantação do Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Brasília, Janeiro/2010. _______, MEC. Resolução nº 2 de 28 de abril de 2008(*).Estabelecem diretrizes complementares, normas e princípios para o desenvolvimento de políticas públicas de atendimento da Educação Básica do Campo. Brasília, abril de 2008. _______, MEC. Resolução nº 4, de 13 de Julho de 2010. Define Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Básica. Brasília, julho/2010. _______, MEC. Resolução nº 4, de 2 DE Outubro de 2009 (*) Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial. Brasília, outubro/2009. _______, MEC. Resolução nº 45 de 20 de novembro de 2013. Dispõe sobre os critérios para utilização de veículos de transporte escolar adquiridos no âmbito do Programa Caminho da Escola. Brasília, novembro/2013. _______, MEC. Resolução nº 579 de 2 de julho de 2013. Institui Escola da Terra. Brasília, julho/2013. _______, MEC. Resolução nº 6, de 20 de Outubro de 2010 (*) Define Diretrizes Operacionais para a matrícula no Ensino Fundamental e na Educação Infantil. Brasília, outubro/2010. _______, MEC. Resolução nº 7, de14 de Dezembro de 2010. Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos. Brasília, dezembro/2010. _______, MEC. Resolução nº 5, de 17 de Dezembro de 2009. Fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília, dezembro/2009. _______, Parâmetros Curriculares Nacionais para Escolas Indígenas. Brasília: MEC/SEF, 1998. _______, Promulga a Convenção Interamericana para a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Pessoas Portadoras de Deficiência. Brasília, 8 de outubro de 2001; 180o da Independência e 113o da República. _______, Lei nº 11.738, de 16 de julho de 2008. Regulamenta a alínea “e” do inciso III do caput do art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, para instituir o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. Brasília, 16 de julho de 2008; 187o da Independência e 120o da República. _______,Resolução CEB nº 3, de 10 de novembro de 1999 (*) Fixa Diretrizes Nacionais para o funcionamento das escolas indígenas e dá outras providências. Ulysses de Oliveira Panisset. Presidente da Câmara de Educação Básica. _______, Resolução CNE/CEB 04/99 e pelo Parecer CNE/CEB 16/99; e a Educação Profissional Tecnológica de graduação e de pós-graduação. 280 _______, Resolução CNE/CEB nº 2, de 11 de Setembro de 2001. (*) Institui Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Brasília, setembro de 2001. _______, Resolução CNE/CP 03/2002. Ativa (PEA) do Estado tendo como fonte a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (PNAD) 2003. _______, Resolução n° 201/04-CEE/MT. Fixa normas estaduais para a estrutura, funcionamento e organização das Escolas Indígenas no Sistema Estadual de Ensino e dá outras providências. Cuiabá, julho/2004. _______, Resolução nº 35/1999 Estabelece a estrutura curricular do Curso de Graduação em Arte e Mídia, Habilitação Bacharelado, do Centro de Humanidades, Campus II, e dá outras providências. Agosto/99. _______, Resolução nº 4, DE 13 DE JULHO DE 2005. (*) Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Administração, bacharelado, e dá outras providências. Brasília, julho/2005. _______, Resolução nº 5, de 22 de junho de 2012 (*) Define Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Indígena na Educação Básica. Brasília, junho/2012. _______, Dá nova redação aos arts. 7º, 23, 30, 206, 208, 211 e 212 da Constituição Federal e ao art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Brasília, dezembro/2006. _______, Institui a Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, disciplina a atuação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior-CAPES no fomento a programas de formação inicial e continuada, e dá outras providências. Brasília, janeiro de 2012. _______, Lei nº 11.114 - de 16 de Maio de 2005 – D.O.U.de 7/5/2005. Altera os arts. 6o, 30, 32 e 87 da, com o objetivo de tornar obrigatório o início do ensino fundamental aos seis anos de idade. Brasília, 16 de maio de 2005; 184o da Independência e 117o da República. Brasília, 6 de fevereiro de 2006; 185o da Independência e 118o da República. FERREIRA, Waldinéia Antunes de Alcântara. Educação Escolar Indígena na Terra Indígena Apiaká - kayabi - em Juara - MT: Resistências e desafios. Tese de doutorado/UFRGS, 2014. FUNAI. O Brasil Indígena (IBGE). 2015. GAZETTA, Marineuza. Projeto Tucum: Um projeto de professores indígenas para o Magistério. In: SECHI, Darci (Org.). Ameríndia: Tecendo os Caminhos da Educação Escolar. Anais da Conferência Ameríndia de Educação, Anais do Congresso de Professores Indígenas do Brasil, 17 e 21 de novembro de 1997Cuiabá: Secretaria de Estado de Educação, Conselho de Educação escolar Indígena de Mato Grosso, 1998. ISA. Povo Kayabi. Disponível em: 2015. JUARA-MT. Lei Complementar nº 068, de 30 de dezembro de 2009. Dispõe sobre a carreira dos Profissionais da Educação Pública Básica do Município de Juara/MT, dezembro/2009. _______, Lei Complementar nº 114, de23 de outubro de2013. Altera a Lei 281 Complementar nº 118 de 25 de agosto de 2013, que altera dispositivo e amplia aplicabilidade da Lei Complementar nº 066/2009 ao Micro Empreendedor Individual. Juara, outubro/2009. _______, Lei Municipal nº 2.052, de 30 de dezembro de 2009. Dispõe sobre a Gestão Democrática da Educação do Município de Juara/MT. Brasília, dezembro/2009. _______, Lei Orgânica do Município de Juara. Mesa Diretora da Câmara Municipal de Juara, Estado de Mato Grosso, em 28 de dezembro de 2012. _______, Documento da Secretaria Municipal de Educação e Cultura. Dados Históricos dos Grupos Indígenas Kayabi, os Munduruku, os Apiaká e os Rikbaktsa. Juara: Prefeitura de Juara, Gestão 2001-2004. _______, Emenda Lei Orgânica nº 009/2012 do Município de Juara, Os recursos para a Manutenção e Desenvolvimento do Ensino compreenderão 25%. _______, Lei Municipal nº 2.372 de 07 de novembro de 2013. Dispõe sobre a destinação para as áreas de educação e saúde das receitas municipais decorrentes da participação ou da compensação financeira pela exploração de petróleo e gás natural, com a finalidade no parágrafo 1º do art. 2º Lei Federal Nº. 12.858, de 09 de setembro de 2013. _______, Lei Municipal nº 1.656 de 20 de Abril de 2005. Institui o Regime Próprio de Previdência Social do Município de Juara-MT e, dá outras providências. Gabinete do Prefeito Municipal de Juara, Estado de Mato Grosso, em 20 de Abril de 2005. _______,Lei Municipal nº 1.638 de 28 de Novembro de 2002.Dispõe sobre a doação a Fundação Universidade do Estado de Mato Grosso de uma área de terra urbano. Juara, novembro/2002. _______, Lei Complementar nº 66, de30 de dezembro de 2009. Dispõe sobre a Lei Geral da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte no Município de Juara. Dezembro/2009. _______, Lei Complementar nº 113, de 23 de Outubro de 2013. Altera a Lei Complementar nº 066 de 30 de dezembro de 2013, que dispõe sobre a Lei Geral da Microempresa e Empresa de Pequeno Porte no Município de Juara. Juara, outubro/2003. MATO GROSS0, Lei Estadual nº 7.970 de 01 de outubro de 2003. Dispõe sobre alteração da Lei nº 7.775, de 26 de novembro de 2002, e dá outras providências. _______, Constituição do Estado de Mato Grosso: 4ª Edição. _______, Instrução Normativa nº 001/2015-GS/SEDUC/MT. Altera, a Instrução Normativa Nº 013/2014, que estabelece normas de operacionalização, critérios e forma de transferência de recursos aos municípios para realização de transporte escolar de alunos da rede estadual de ensino residente na zona rural do estado de Mato Grosso. _______,Lei Complementar nº 49, de 1º de Outubro de 1998.Dispõe sobre a instituição do Sistema Estadual de Ensino de Mato Grosso e dá outras providências. Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 1º de outubro de 1998, 177º da Independência e 110º da República. 282 _______, Lei nº 7.040, de 1º de outubro de 1998 - D.O. 1de Outubro de 1998.Regulamenta os dispositivos do Artigo 14 da Lei Federal nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Diretrizes e Bases da Educação Nacional), bem como o inciso VI do Artigo 206 da Constituição Federal, que estabelecem Gestão Democrática do Ensino Público Estadual, adotando o sistema seletivo para escolha dos dirigentes dos estabelecimentos de ensino e a criação dos Conselhos Deliberativos da Comunidade Escolar nas Unidades de Ensino. Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 1º de outubro de 1998. _______, Parecer 289/02– CEE/MT, de 05 de novembro de 2002, que apresenta a análise e parecer sobre a Proposta Pedagógica de Escola Ciclada de Mato Grosso. Cuiabá, novembro de 2002. _______, Plano Estadual de Educação, 2008-2017. _______, Resolução 262/02 – CEE/MT, de 05 de novembro de 2002. Estabelece as normas aplicáveis para a organização curricular por Ciclos de Formação no Ensino Fundamental e Médio no Sistema Estadual de Ensino de Mato Grosso. Cuiabá, novembro de 2002. _______, Secretaria de Estado de Educação: LDB Lei Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Cuiabá, 1997. _______, Secretaria de Estado de Educação: Plano Estadual de Educação Lei nº 10.111 de 06/06/2014, D.O 06/06/2014 pag. 2 e Plano Nacional de Educação Lei n° 13.005/14 de 25 de junho de 2014 D.O.U 26/06/2014 pag.1.Cuiabá, Agosto/2014. _______, Lei n° 9.724 de 19 de Abril de 2012, D.O 19/04/2012. Dispõe sobre a inclusão de medidas de conscientização, prevenção, diagnose ao bullylng escolar no projeto pedagógico elaborado pelas escolas públicas e privadas em todo território matogrossense. Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 19 de abril de 2012, 191º da Independência e 124º da República. _______, Lei Estadual PEE/MT nº 10.111 de 06 de junho de 2014.Aprova o Plano Estadual de Educação. Cuiabá – MT. junho/2014. _______, Lei nº 10.051, de 09 de Janeiro de 2014.Altera a Lei nº 7.263, de 27 de março de 2000, que cria o Fundo de Transporte e Habitação - FETHAB, fixa obrigações para os contribuintes que promoverem saídas de produtos agrícolas e da pecuária e a exploração de recursos minerais indicados nas condições que especifica, bem como para os substitutos tributários nas operações com combustíveis e dá outras providências. Cuiabá, janeiro de 2014. _______, Parecer 289/02– CEE/MT, de 05 de novembro de 2002, que apresenta a análise e parecer sobre a Proposta Pedagógica de Escola Ciclada de Mato Grosso. _______, Ata de resultados finais / Escola/Sigeduca/MT, 2013. Paz e Terra, 1992. _______, CEE/MT. Resolução Normativa 001/2013. Dispõe sobre a oferta obrigatória da Educação das Relações Étnicas e Raciais e do estudo da História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena, nos estabelecimentos de Educação Básica, públicos e privados do Sistema Estadual de Ensino. Cuiabá, fevereiro de 2013. _______, CEE/MT. Resolução Normativa 002/2009. Estabelece Normas Aplicáveis para a Educação Básica no Sistema Estadual de Ensino. Cuiabá, setembro de 2009. 283 _______, CEE/MT. Resolução Normativa n° 002/2013. Fixa normas para oferta da Educação Básica no Sistema Estadual de Ensino de Mato Grosso. Cuiabá, abril de 2013. _______, CEE/MT. Resolução Normativa n° 003/2013. Dispõe sobre oferta da Educação do Campo, no Estado de Mato Grosso. Cuiabá, julho de 2013. _______, CEE/MT. Resolução Normativa n° 005/2011. Fixa normas para oferta da Educação Básica na modalidade Educação de Jovens e Adultos no Sistema Estadual de Ensino. Cuiabá, dezembro de 2011. _______, Escola Ciclada de Mato Grosso: Novos tempos e espaços para ensinaraprender a sentir, ser e fazer. Cuiabá: SEDUC, 2001. _______, Instrução Normativa n° 013/2014. Estabelece normas de operacionalização, critérios e forma de transferência de recursos aos municípios para realização do transporte escolar. Cuiabá 08 de maio de 2014. _______, Instrução Normativa n° 126/03-CEE/MT. Institui as Diretrizes Operacionais para a Educação Básica do Campo no sistema Estadual de Ensino de Mato Grosso. Cuiabá, 12 de agosto de 2003. _______, Instrução Normativa n° 010/2014. Dispõe o critério para a utilização de veículos de transporte escolar. Cuiabá 09 de abril de 2014. _______, Lei Complementar n° 04, de 15 de outubro de 1990 - D.O. 15.10.90. Dispõe sobre o Estatuto dos Servidores Públicos da Administração Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas Estaduais. Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 15 de outubro de 1990. _______, Lei Complementar nº 206, de 29 de Dezembro de 2004 - D.O. 29.12.04. Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 29 de dezembro de 2004. _______, Lei Complementar nº 30, de 15 de Dezembro de 1993 - D.O. 15.12.93.Cria a Universidade do Estado de Mato Grosso, extingue a Fundação de Ensino 0Superior de Mato Grosso, cria cargos e dá outras providências. Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 15 de dezembro de 1993. _______, Lei Complementar nº 30, de 15 de Dezembro de 1993. Cria a Universidade do Estado de Mato Grosso, extingue a Fundação de Ensino Superior de Mato Grosso, cria cargos e dá outras providências. Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 15 de dezembro de 1993, 172º da Independência e 105º da República. _______, Lei Complementar nº 50, de 1º de Outubro de 1998.Dispõe sobre a Carreira dos Profissionais da Educação Básica de Mato Grosso. Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 1º de outubro de 1998, 177º da Independência e 110º da República. _______, Lei Complementar nº 314, de 29 de Abril de 2008 - D.O. 29.04.08.Acrescenta dispositivos à Lei Complementar nº 50, de 1º de outubro de 1998, que dispõe sobre a Carreira dos Profissionais da Educação Básica do Estado de Mato Grosso. Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 29 de abril de 2008. _______, Plano Estadual de Educação 2008-2017. Cuiabá: SEDUC, 2008. _______, Regulamento da Escola Normal de 1910 – Decreto n° 533 de 04 de Junho de1910. APMT – 1910. 284 _______, Resolução nº 150. Conselho Estadual de Educação de Mato Grosso. BATARU. Ed. 2008. _______, Resolução nº 014/2003 – CONSUNI. Dispõe sobre a alteração do Núcleo Pedagógico de Juara para Campus Universitário de Juara. Sala da Sessão do Conselho Universitário, em Cáceres/MT, 18 de junho de 2003. _______, Resolução n° 240/2003 – CONEPE de 24 de Outubro de2003.Aprova o Projeto Político Pedagógico do Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia do Campus Universitário de Juara. Sala das Sessões do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão, em Cáceres-MT, 24 de outubro de 2003. _______, Resolução Normativa nº 001/2012-CEE/MT. Fixa normas para oferta da Educação Especial na Educação Básica do Sistema Estadual de Ensino de Mato Grosso. Cuiabá, fevereiro de 2012. _______, Lei nº 7.888, de 09 de janeiro de 2003 - D. O. 09.01.03. Dispõe sobre a educação ambiental, a política estadual de educação ambiental. Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 09 de janeiro de 2003. _______, Resolução Normativa nº 001/2014-CEE/MT(**)Fixa normas para a oferta da Educação Básica, na modalidade de Educação Profissional Técnica de Nível Médio, para o Sistema Estadual de Ensino, e dá outras providências. Cuiabá, junho/2014. _______, Resolução Normativa nº 004/2012-CEE/MT Fixa normas para a oferta de cursos na modalidade e Educação a Distância, nível de Educação Básica, no âmbito do Sistema Estadual de Ensino. Cuiabá, dezembro/2012 _______, Lei n° 7.775, de 26 de novembro de 2002 - D.O. 26.11.02. Institui o Programa de Resgate Histórico e Valorização das Comunidades remanescentes de Quilombos em Mato Grosso. Palácio Paiaguás, em Cuiabá, 26 de novembro de 2002. _______, Resolução nº 005/2005 – CONSUNI - Homologa a Resolução nº 028/2004 Ad Referendum do CONSUNI, que cria o Departamento de Pedagogia do Campus Universitário de Juara. Sala das Sessões do Conselho Universitário, em Barra do Bugres/MT, 17 de dezembro de 2005. Pirâmide populacional: http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/webservice/frm_piramide.php?codigo=51 0510. PRETI, Oreste. O Núcleo de Educação aberta e a Distância da Universidade federal de Mato Grosso: marcas de uma travessia (1992 – 2005). 2005 Revista HISTEDBR On-line, Campinas, n.20, p. 76 - 85 dez. 2005 - ISSN: 1676-2584 Maria Isabel Moura Nascimento – UEPG Solange Apa de Oliveira Collares – UNICENTRO. RODRIGUES, Rosangela Schwarz. Modelos de Educação a Distância. 2000. 285 SÀ, Elizabeth Figueiredo de. As primeiras iniciativas de educação pré-primária em Mato Grosso. In. ANDRADE, Daniela B. S. Freire e LOPES, Jader Janer M.(Org). Infâncias e crianças: lugares em diálogos. Cuiabá: EduFMT, 2012. 286 ENDEREÇOS ELETRÔNICOS http://censo2010.ibge.gov.br/ http://juara.unemat.br/ http://pt.slideshare.net/SoraiaPrietch/sntese-de-dados-do-inep-e-seducmt-sobreeducao-especial. http://www.fnde.gov.br/financiamento/salario-educacao/salario-educacaoentendendo-o http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/areaterritorial/resolucao.shtm http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/default_dtb_int.shtm http://www.novoportal.unemat.br/?pg=campus&idc=7 http://www.pnud.org.br/IDH/Default.aspx?indiceAccordion=1&li=li_AtlasMunicipios Juara-MT, 23 de junho de 2015 287