Análise genética do escore visual de musculosidade – Modelo linear e não linear
Genetic analysis of the visual score of muscling - Model linear and nonlinear
Amanda Machi Maiorano1, Érika Tagino Marcelo1, Émerson Guimarães de Moraes3,
Leonardo F. N. Souza3, Lucia G. de Albuquerque2, Josineudson Augusto II de V. Silva1
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Unesp, Botucatu, SP
Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinária, Unesp, Jaboticabal, SP
Programa Nelore Qualitas, Goiânia, GO.
Metodologias específicas são utilizadas para análise de dados categóricos. Os modelos
usados para predição da variabilidade genética podem ser lineares e não lineares. A
musculosidade tem importância para os programas de melhoramento devido
proporcionar a seleção de animais com maiores índices de massa muscular. Por
apresentar distribuição discreta, o escore visual de musculosidade, deveria ser analisado
por procedimentos não lineares, com melhor determinação da estimativa de
herdabilidade. Porém, autores utilizam para análise de dados descontínuos o modelo
linear, ignorando diferenças no procedimento de análise. O modelo linear de caráter
contínuo assume distribuição normal para os dados, ignorando sua natureza discreta. No
modelo não linear, conjunto fixo de limiares conecta a variável discreta e a escala
continua subjacente assumindo distribuição normal não observável para a variável
mensurada. O objetivo da pesquisa foi comparar a estimativa da herdabilidade da
característica musculosidade obtida por meio de modelo linear e não linear, com
propósito de contribuir na discussão da correta estimação. O arquivo analisado continha
40.284 animais, nascidos entre 1998/2009, de rebanhos pertencentes ao Programa
Nelore Qualitas. A característica musculosidade foi obtida ao sobreano atribuindo notas
de 1 a 6 em que maior nota reflete em maior desenvolvimento muscular. A matriz de
parentesco consistia de 184.643 animais. A musculosidade foi analisada com modelo
animal linear e não linear com Inferência Bayesiana considerando os efeitos de grupo
contemporâneo (fazenda, ano e época de nascimento, sexo e grupo de manejo) e idade
como covariável linear. Os valores das estimativas de herdabilidade obtidas foram 0,28
± 0,01 e 0,26 ± 0,02, para o modelo não linear e linear, respectivamente. Valores
considerados similares, pela pequena diferença, mas demonstra que o modelo não linear
foi mais eficiente em detectar a variabilidade genética. O próximo passo sa pesquisa
será comparar os valores genéticos dos animais obtidos pelos dois modelos.
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