Revista de Odontologia da Universidade Cidade de Sao Paulo 2005 maio-ago ; 17(2):171-176 DIAGNOSTICO DA CARIE OCLUSAL : CONSIDERATOES COMPARATIVAS ENTRE OS METODOS DA INSPEcAO VISUAL, INSPECAO TATI L E EXAME RADIOGRAFICO CONVENCIONA L DIAGNOSIS OF OCCLUSAL CARIES : COMPARATIVE CONSIDERATION S AMONG THE METHODS OF VISUAL INSPECTION, TACTILE INSPECTIO N AND CONVENTIONAL RADIOGRAPHIC EXAMINATIO N Patricia Valeria Bastos Faria Pecoraro ` Jose Benedicto de Mello ` * Marcos Augusto do Rego RESUM O IntrodnFao - 0 diagnostico da carie oclusal representa atualmente urn desafio para o cirurgiao-dentista . 0 us e constante de fluoretos propiciou modiflcacoes na morfologia e padrao das lesoes de cane oclusal e o exame clinic o convencional nem sempre tern sido suficiente para o diagnostico dessas lesoes . 0 objetivo do presente estudo e discutir e comparar inspecao visual, inspecao tatil e exame radiogra io interproximal convencional no diagnostic o da carie oclusal na clinica diaria . Metodo - Observou-se que a inspecdo visual ainda pode ser considerada como ur n born metodo de diagnostico da cane oclusal, principalmente ern lesoes incipientes, desde que o campo estej a limpo, seco e iluminado . Resultado - A inspecao titil nao deve ser usada, pois pode causar danos a estrutura dentari a e levar microrganismos cariogenicos de sitios infectados para nao infectados . Conclusdo - 0 exame radiogra pho apresentou-se titil em lesoes profundas . A associacao do exame visual corn o radiogra pio pode ser considerada suficiente para a deteccao precoce de lesoes de carie, desde que criteriosamente realizada . DESCRITORES : Carte dentaria - Diagnostico - Radiografia dentari a ABSTRACT Introduction - Diagnosis of occlusal caries represents a challenge for dental practitioners today . The continuous use of fluorides allowed for modifications in the morphology and pattern of occlusal caries lesions, and conventiona l clinical examination has not been always sufficient for diagnosing these lesions . The aim of this study is to discus s and compare the visual inspection, tactile inspection and conventional bitewing radiographic examination for th e occlusal caries diagnosis in the daily clinical practice . Methods - The visual inspection can still be considered a good diagnosis method for occlusal caries, mainly in incipient lesions, since the field is clean, dry and illuminated . Results - Tactile inspection should not be used, since it can cause damage to dental structure and take cariogeni c microorganisms from infected sites to non-infected ones .Conclusion - Radiographic examinations were useful i n deep lesions . The association between the visual and radiographic examinations could be considered sufficient fo r the early detection of caries lesions, since they are performed with criteria . DESCRIPTORS : Dental caries - Diagnosis - Radiography, denta l * Mestre em Dentistica pela Universidade de Taubate (UNITAU) . Professora de Odontopediatria e Dentistica da Faculdade de Odontologi a de Valenta — RJ . ** Coordenador do Programa de Mestrado em Odontologia — Area Dentistica da Universidade de Taubate (UNITAU) . ** *Professor Doutor de Odontopediatria da Universidade Cidade de Sao Paulo (UNICID), Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) , Universidade do Vale do Paraiba (UNIVAP) . Professor do Programa de POs-Graduacao em Odontologia da Universidade de Taubat e (UNITAU) . 171 Pecoraro PVBF, Mello JB, Rego MA . DiagnOstico da cane oclusal : consideragoes comparativas entre os metodos da inspegao visual , inspecao tatil e exame radiografico convencional . Revista de Odontologia da Universidade Cidade de Sao Paulo 2005 maio-ago ; 17(2) : 171-176 . INTRODUcAO A cane dentaria e uma doenca dos tecidos calcificados dos dentes caracterizada pela desmineralizacao da parte inorganica e pela destruicao da substanci a organica (Shafer et al. 30 1985) . Para seu desenvolvimento, urn hospedeiro susceptivel, uma microbiot a especifica e uma dieta cariogenica devem estar presente s e interagindo ern condicoes criticas, em determinad o periodo de tempo. Estudos epidemiologicos tern demonstrado u m declinio na prevalencia da cane dentaria (Maltz e Carvalho 19 , 1997) ; entretanto, a doenca ainda nao esta controlada e continua sendo urn problema de saud e publica (Bowen e Tabak2 , 1994) . 0 diagnostico preciso da doenca cane represents desafio para profissionais da area. As dificuldades e m diagnosticar cane (sensibilidade) e/ou a higidez d o dente (especificidade), ocorrem pelos mudancca s morfologicas da lesao e da velocidade de progressao , assim como da inexistencia de urn metodo capaz de diagnosticar tae bem a doenca como a saude d o elemento dentario (Mialhe et al. 20 2000) . Por suas caracteristicas morfologicas, as superficie s oclusais permanecem como as areas mais suscetiveis , responsaveis pela maior proporcao de experiencia d e cane. Mesmo corn os avancos tecnologicos de novo s metodos, existe muita discordancia entre grupos d e examinadores, quanto ao diagnostico da carie n a superficie oclusal sem cavitarao (Silva et al. 31 1994; Vieir a et al. 35 1998 ; Louvain et al. 13 2001 ; Peres et al. 24 2001) . Um diagnostico incorreto implica em decisao d e tratamento geralmente inadequado e, muitas vezes , irreversivel (Amaral e Silva', 2000) . Durante muito tempo, a lesao de cane oclusal s o era diagnosticada quando a ponta do explorador s e prendia na superficie de sulcos e fissuras (Jackson 10, 1950) ou corn cavidade ja instalada . Miller e Hobson2 1 (1956) foram os primeiros a criticar o exame tatil com o padrao para o diagnostico de cane . Por esses motivos, os metodos de diagnostico mai s utilizados para lesao de cane de superficie oclusal sao a inspecao visual, a radiografia interproxima l convencional e a associacao de ambas (Lussi 15 , 1993 ; Tovo 32 , 1996 ; Tovo et al. 33 1998 ; Machiulskiene et al. l ' 1999 ; Campos e Cordeiro3, 2000) . Apesar de somente 30% das lesoes oclusais questionaveis sere m corretamente identificadas por meio do metodo visual, 172 sua associacao corn a radiografia interproximal tern apresentado maior sensibilidade, porem corn aument o de registros falso-positives (Wenzel e Fejersko v 36 ,1992) . De acordo corn Pitts 26 (1991), tanto o metodo clinic o quanto o radiografico sao considerados insuficiente s para a identificacao de lesoes oclusais iniciais. 0 objetivo do presente estudo e realizar revisao d a literatura para discutir e comparar os metodos d e diagnostico da cane oclusal mais utilizados na clinic a diaria (inspecao visual, inspecao tatil e exam e radiografico interproximal convencional) . REVISTA DA LITERATUR A A superficie oclusal possui uma configuraca o anatomica especial, fator que contribui para o inicio e progressao da cane dentaria . Por esse motivo, existe m dificuldades em se diagnosticar a presenca ou nao dessa s lesoes, sendo isso encarado atualmente como urn desafio, ja que o padrao, a prevalencia e o comportamento dessa doenca se alteraram corn o uso de fluoretos (Pitt s26 , 1991 ; Wenzel et a1. 37 1993; Florio et a1. 9 2002) . 0 metodo de diagnostico da carie oclusal mai s utilizado pelos profissionais foi o metodo visua l associado ao tatil, que consistia no uso da sond a exploradora associada ao espelho bucal (Jackson 1 ', 1950) . Comprovou-se, entretanto, que a retencao d a sonda exploradora pode ocorrer por outros fatore s como a dimensao da ponta do explorador (Flaitz et al.' 1986 ; Lussi 14 , 1991) ; a pressao exercida pelo professional e a propria morfologia da fissura (Lussi 14 , 1991 ; Maltz 1 ', 1994) . A sondagem pode causar dano s irreversiveis ao esmalte desmineralizado, alem d e transmitir microrganismos cariogenicos de um sitio par a outro nao infectado (Ekstrand et al. 6 1987) . A sondage m nao parece, entretanto, melhorar o diagnostico de can e oclusal quando comparado ao exame por inspeca o visual (Lussi 14 , 1991) . Pitts26 (1991) afirmou a dificuldade de identifica r lesao de cane na dentina e na superficie oclusal pela inspecao visual . Corn isso, o autor reavaliou o valor d a radiografia interproximal e assinalou que o exam e clinico e urn born metodo para superficies lisas, ma s inadequado para superficies proximais e oclusais, a o passo que a imagem radiografica e urn born metod o para detectar pequenas lesoes proximais confinadas ao esmalte e lesoes oclusais ocultas, mas nao e adequad o para lesoes oclusais confinadas ao esmalte . Ricketts et Pecoraro PVBF, Mello JB, Rego MA . Diagnostico da cane oclusal : considerag6es comparativas entre os metodos da inspecao visual , inspecao tatil e exame radiografico convencional . Revista de Odontologia da Universidade Cidade de Sao Paulo 2005 maio-ago; 17(2): 171-176. al.. 29 (1995) e Pitts 27 (1996) comprovaram a eficacia d a radiografia interproximal na determinacao de lesoe s comprometendo a dentina, justamente quando a intervencao operatoria tornou-se imprescindivel . Ketley e Holt" (1993) avaliaram, in vitro, o diagnostico da presenca da lesao de cane em dentin a na superficie oclusal, utilizando os metodos de inspeca o visual e exame radiografico interproximal , separadamente e em conjunto. Foram examinados 100 primeiros molares permanentes . Os autores concluira m que a sensibilidade no diagnostico de cane oclusa l aumentou significativamente quando os metodo s foram utilizados em conjunto. Lussi 15 (1993) comparou a precisao de algun s metodos para diagnostico de cane na superficie oclusal . Os metodos utilizados foram inspecao visual, inspeca o visual corn o uso de lupa, radiografia interproximal , radiografia interproximal combinada corn inspeca o visual e inspecao visual combinada corn sond a exploradora . 0 autor concluiu que o uso de sond a exploradora combinada corn inspecao visual na o conduziu a uma melhora significativa no diagnostic o de lesao de cane, e que a radiografia interproxima l convencional deveria ser indicada nao so para o diagnostico proximal, mas tambem para lesao de can e oclusal. Lussi' 6 (1996) avaliou diferentes metodos par a diagnostico de cane de fissura em 37 dentes extraido s corn superficie oclusal cavitada . Os metodos utilizado s foram inspecao visual, inspecao visual corn ampliacao , radiografia interproximal, inspecao visual combinad a corn radiografia interproximal e inspecao visual combinada corn sonda exploradora sob precsao . 0 autor concluiu que ocorreu influencia significante no estado das superficies (cavitadas ou nao-cavitadas) e que essas diferencas deveriam ser consideradas ao s e compararem diferentes metodos para diagnostico de cane oclusal. Vieira et al.. 34 (1996), em analise de fissuras oclusai s corn cane questionavel e das possibilidades de seu manejo clinico, concluiram que a deteccao de caries , sejam oclusais ou proximais, deve estar em urn contexto em que a determinacao do risco a doenca de cada paciente e urn programa individual para a diminuicao dos fatores de risco sejam priorizados . Os autore s preconizaram rotina que permita a maior acuracidad e possivel do exame clinico, corn a remocao previa do biofilme dentario e a combinacao do exame visual , feito corn boa iluminacao e dentes secos e, se possivel , corn auxilio de uma lupa . Pimentel et al.. 25 (1999) estudaram, in vitro, a validade dos exames clinico visual e radiografico no diagnostico das lesoes iniciais de cane em fissuras oclusais d e molares deciduos . Os autores concluiram que o s metodos visual e radiografico nao sao suficientes par a revelar a condicao real dessas superficies, conform e demonstraram os achados histologicos . Campos e Cordeiro 3 (2000) avaliaram, in vitro, a efetividade, sensibilidade e especificidade dos metodo s de inspecao visual, radiografico e videoscopi o (microcamera intra-oral) para o diagnostico de lesa o de cane em dentes permanentes . Os autores concluiram que os metodos de exame utilizados comportaram-s e de forma igualmente eficaz para o diagnostico de can e oclusal, demonstrando tambem igual desempenho tant o para sensibilidade como para especificidade da eficaci a demonstrada pelo padrao-ouro . Segundo os autores, rotineiramente, desde que criteriosamente realizados , os exames visual e radiografico podem se r considerados suficientes para a deteccao precoce d a lesao de cane . Cortes et a1. 5 (2000) compararam o transiluminaca o por fibra otica (FOTI), inspecao visual e radiografi a interproximal para detectar caries oclusais e avaliar a profundidade das lesoes . Os autores concluiram que o FOTI, inspecao visual e radiografias interproximai s apresentaram boa correlacao, mas tiveram dificuldade s em distinguir lesoes localizadas no terco mais intern o do esmalte ou no terco externo da dentina . Pereira et al. 23 (2001) avaliaram a precisao do s metodos visual e radiografico no diagnostico de can e oclusal e concluiram ser dificil o diagnostico de can e nas cicatnculas e fissuras nos seus estagios iniciais . Existiu grande variabilidade corn relacao ao diagnostico d e cane e conduta clinica planejada entre os dentista s consultados, que ainda utilizavam a sondagem com o urn dos principais metodos de diagnostico . Mota et al. 22 (2001) em revisao de literatura sobre a diversidade de metodos de diagnostico de cane oclusa l incipiente existentes, concluiram : a) o diagnostico da s lesoes oclusais incipientes resultam de uma grand e complexidade clinica e divergencia entre os profissio . naffs ; b) no exame das faces oclusais, a sondagem , esta sendo cada vez mais questionado e substituid o 173 Pecoraro PVBF, Mello JB, Rego MA . Diagnostico da cane oclusal : consideracoes comparativas entre os metodos da inspecao visual , inspecao tatil e exame radiografico convencional . Revista de Odontologia da Universidade Cidade de Sao Paulo 2005 maio-ago ; 17(2) : 171-176. pela inspecao visual ; c) urn conhecimento profund o sobre os sinais clinicos da cane oclusal parece se r suficiente para se diagnosticar pequenas lesoes , inclusive estimando a sua profundidade, a fim d e contribuir na reducao do sobretratamento e evita r as negligencias profissionais . DISCUSSA O Os objetivos do diagnostico de cane sao : a) determinar a presenca ou ausencia da doenca ; b) avaliar sua extensao, localizacao, sinais e sintomas ; c) permitir a escolha de tratamentos mais eficazes, monitorand o o desenvolvimento da doenca; d) avaliar o efeito d a terapeutica adotada ; e, e) determinar a presenca d e fatores que possam favorecer o estabelecimento e a progressao da doenca (Ciamponi e Guedes-Pinto 4 , 1999) . Assim, o diagnostico da doenca cane, principalmente na superficie oclusal, tern se tornado cada ve z mais dificil, ja que ocorreram mudancas no padra o dessas lesoes, acarretadas pelo uso de fluoretos (Reg o et al. 28 1995 ; Vieira et al. 35 1998 ; Amaral, Silva', 2000 ; Louvain et al. 13 2000 ; Florio et a1. 9 2002) . Para diagnostico de cane, os metodos mai s tradicionalmente utilizados sao inspecao visual, exam e tatil e exame radiografico. 0 metodo de inspecao visua l e o exame radiografico atualmente sao os mai s indicados na impossibilidade do uso de outros metodo s auxiliares no diagnostico, ja que o uso da sond a exploradora nao e mais recomendado, pois pode gera r resultados falso-positivos e e considerado metod o invasivo, podendo causar danos irreversiveis e m superficies passiveis de remineralizacao e transmiti r microrganismos cariogenicos de sitios infectados par a nao infectados (Miller e Hobson21 , 1956 ; Loesche e t al. t2 1979 ; Ekstrand et al. 6 1987 ; Lussi14 , 1991 ; Luss i 75 , 1993) . A sonda exploradora deve ser utilizada apena s para remocao de biofilme, antes do exame visual , somente em casos de lesoes abertas e corn pont a romba de aproximadamente 0,4 mm de diametro, se m pressao (Lussi14 , 1991) . O exame pela inspecao visual esta sendo cada ve z mais utilizado e necessita de campo seco, limpo e bem iluminado para que o exame clinico seja mais preciso . O exame radiografico interproximal convencional , tern sido relatado na literatura como metodo auxilia r relevante no diagnostico da cane oclusal . Em 174 contrapartida nao apresenta sensibilidade para as lesoe s iniciais, onde somente 33% das lesoes em dentin a superficial foram evidenciadas na radiografi a interproximal em dentes posteriores, mas sa o especialmente eficazes se as lesoes de cane sa o profundas, revelando-as em 100% dos casos (Flaitz et al. 8 1986) . Segundo Lussi i5 (1993), o diagnostico de cane em superficies oclusais, mesmo quando avalia-se grande s populacoes (estudos epidemiologicos), deveria se r associado a inspecao visual gem de boas condicoe s de iluminacao, secagem, ausencia de placa bacteriana e exame radiografico interproximal . Campos e Cordeiro 3 (2000) revelam que os exames visual e radiografico podem ser considerados suficientes para a deteccao precoce rotineira de lesao de cane , desde que criteriosamente realizados . Ressaltando a importancia da visualizacao d o aspecto clinico da lesao, Ekstrand' (2000) confirm a que, apos o aprimoramento dos conhecimentos sobre os sinais clinicos da cane oclusal, e possivel dispensa r ate mesmo o exame radiografico de rotina . Esta observacao nos leva a refletir que o auxliao de metodo s de diagnostico mais sofisticados e onerosos para o cirurgiao dentista, nao trara grandes contribuicoes, visto que o exame pela inspecao visual mais acurado e suficiente para diagnosticar pequenas lesoes e predize r sua profundidade . Parece coerente sugerir que clinicos gerais deveria m preocupar-se mais com o estudo dos sinais clinicos da cane de superficie oclusal e na avaliacao do risco d e cane do paciente, pois gem de evitar gastos adicionai s corn equipamentos sofisticados para o diagnostico, a deteccao correta do risco de cane pode preservar o paciente de tratamento invasivo e da consequente perd a de estrutura dentaria. CONCLUSOE S Considerando-se o diagnostico de cane oclusal, d e acordo corn a revisao de literatura, e possivel concluir : 1. A inspecao visual pode ser considerada com o um born metodo de diagnostico da cane oclusal , principalmente ern lesoes incipientes, desde que o campo esteja limpo, seco e iluminado ; 2. A inspecao tatil nao deve ser usada nas superficie s oclusais para diagnostico de cane, podendo causar dano s a estrutura dentaria e levar microrganismo s Pecoraro PVBF, Mello JB, Rego MA . Diagnostico da cane oclusal : consideracoes comparativas entre os metodos da inspecao visual , inspegao tatil e exame radiografico convencional . Revista de Odontologia da Universidade Cidade de Sao Paulo 2005 maio-ago; 17(2) : 171-176. cariogenicos de sitios infectados para nao infectados ; 3 . 0 exame radiografico nao e um metodo efica z em lesoes de cane oclusal incipientes, revelando-s e entretanto muito util em lesoes mais profundas ; 4 . A associacao dos exames visual e radiografic o pode ser considerada suficiente para a deteccao precoc e da lesao de cane, desde que criteriosamente realizados . REFERENCIAS 1. Amaral DC, Silva DRP. Diagnostico e tratamento da cane oclusal sem cavitarao . Avaliarao d a concordancia entre examinadores . Rev. Fac Odontol Anapolis 2000 Jan Jun ; 2(2) :60-3 . 2. Bowen WH, Tabak LA . Cariologia para a decad a de 90 . Trad. Sergio Weyne e Rui Oppermman . Sa o Paulo : Santos ; 1994. 462 p. 3. 4. 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