Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT Ousodocinemadigitalcomouma
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municípiodeCamposdosGoytacazes‐RJ
Milleni Mendonça Pessanha Pereira Silvério de Paiva Freitas Ronaldo Novelli Vinícius Ferreira Pinto Nilza Franco Portela Resumo A sala de cinema digital iniciou sua atividade em outubro de 2009, no prédio do Centro de Convenções na UENF, com a finalidade de divulgar através de vídeos educativo‐científico a Ciência e a Tecnologia no Norte Fluminense. Entendemos como vídeo educativo‐científico aquele que é produzido com a finalidade de prestar serviços à pesquisa e de proporcionar novos conhecimentos e experiências, além de servir como poderosa ferramenta e recurso auxiliar de aprendizagem. Com o vídeo educativo é seguro que certos conhecimentos sejam aprendidos rapidamente, os quais levariam muito tempo a ser assimilados sem ele. Todas suas atividades foram voltadas para produção e divulgação científica e tecnológica. Estas se desenvolveram de forma articulada, voltada às situações regionais abordando sua biodiversidade. Palavras‐chave: Cinema digital, vídeos educativo‐científico, biodiversidade. II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178‐6135 Artigo número: 181 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT Abstract The use of digital cinema as a tool for the teach of Science in the municipality of Campos dos Goytacazes‐RJ The digital cinema room started its activity in October 2009, at the Convention Center building in UENF, with the purpose of disseminating through scientific‐educational videos the science and the technology in North Fluminense. We understand how scientific‐educational video that is produced for the purpose of providing services to search and to provide new knowledge and experiences, beyond to serve as a powerful tool and learning assistant recourse. With the educational video is safe that certain knowledge is learned quickly, which would take too long to be assimilated without it. All activities were direction to producing and disseminating of science and technology. These have proved so articulate, focused on regional situations boarding its biodiversity. Keywords: digital cinema, scientific‐educational videos, biodiversity. II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178‐6135 Artigo número: 181 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT Introdução
A formação acadêmica trás um despertar para a melhoria e aprofundamento profissional. A Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), com o curso de Licenciatura em Biologia possibilita desenvolver, discutir e renovar novas técnicas que otimizam o aprendizado, utilizando‐
se de novas tecnologias. Inspirando‐se nas aulas de Instrumentação em Zoologia dos Vertebrados onde se realizam vídeos educativos com diferentes temas dentro da área, teve‐se o interesse de trabalhar o assunto ao qual se refere o trabalho apresentado. Entendemos como vídeo educativo‐científico aquele que é produzido com a finalidade de prestar serviços à pesquisa e de proporcionar novos conhecimentos e experiências, além de servir como poderosa ferramenta e recurso auxiliar de aprendizagem. Com o vídeo educativo é seguro que certos conhecimentos sejam aprendidos rapidamente, os quais levariam muito tempo a ser assimilados sem ele. Um vídeo é, por conseguinte, aquele que fixa um processo de movimento com alto conteúdo de realidade e que é visualizado de tal forma que possa ser analisados pelos mais diversos ângulos possíveis para fins de pesquisa e ensino. Pelo seu caráter, o vídeo documental de pesquisa, num sentido amplo, apresenta um objeto que será analisado com os rigores científicos, porém explicado utilizando‐se técnicas didáticas. No século XX, surgiu maior número de técnicas e recursos didáticos do que em todos os séculos que o precederam reunidos. Como as descobertas e invenções tendem a multiplicar‐se em progressão geométrica, as novas concepções e os novos meios técnicos, em todos os setores da atividade humana, são consideráveis na época contemporânea, não fugindo à regra o campo educacional (Carvalho, 1972). Quando os professores descobriram os audiovisuais, muitos deles julgaram que tais recursos, só por si, garantiriam ótimo ensino e alta aprendizagem. Porém, as coisas não se passam bem assim. O excesso de audiovisuais e sua utilização desnecessária ou inadequada podem prejudicar em vez de auxiliar (Carvalho, 1972). Os vídeos educativos apresentam estrutura didática específica para a sala de aula, com linguagem e conceitos adequados à faixa etária a que se destinam. Utilizando as mais modernas técnicas de produção que permitem visualizar processos impossíveis de serem percebidos com outros recursos pedagógicos. Os vídeos educativos são importantes complementos na formação do aluno. Antes de aprofundarmos no assunto, o que se caracteriza um vídeo educativo? É tudo aquilo que é exibido II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178‐6135 Artigo número: 181 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT em forma de documentário, filme, animações ou desenhos com o intuito de passar conhecimento ao aluno, estimulando‐o no seu aprendizado e desenvolvimento. Ele só passará a absorver as mensagens instrutivas do vídeo quando o professor estiver presente para explicar cada acontecimento. Muitos professores utilizam novas técnicas de ensino e novos materiais didáticos, porém de forma dividida como internet, jogos educativos, TV programas de computador entre outros. A preparação das aulas com técnicas de multimídias requer do professor tempo, criatividade e disposição para programá‐las. Esta programação decorre da dedicação ao seu trabalho, onde muita das vezes está relacionada à falta de tempo e ao seu baixo nível sócio‐econômico (Melo e Souza & Siqueira, 2001). De fato, as mídias estão levando a um melhor preparo das aulas e de alguma forma chama a atenção do aluno sem que deixe a aula monótona e sem interatividade. Os exemplos dos recursos que podem ser usados são: softwares educativos, enciclopédia em CD‐ROM, bibliotecas virtuais, sites na internet, programas de televisão, vídeos, jogos educativos entre outros. Segundo Perrenoud (apud Oliveira et al., 2001) a escola não pode fechar os olhos para o surgimento das novas tecnologias, pois a relação destas com os alunos levam a um melhor rendimento na comunicação, no trabalho, no ato de pensar e decidir situações. Neste estudo procurou‐se utilizar a sala de cinema digital da UENF como auxílio informal dos conteúdos ministrados no ensino básico e superior. O uso interativo na apresentação dos vídeos educativos foi analisado. II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178‐6135 Artigo número: 181 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT Figura 1: Alunos na sala de cinema digital. Figura 2: Tela de projeção medindo 5,30m II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178‐6135 Artigo número: 181 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT Objetivosgerais
Divulgar a Ciência de uma maneira interativa. Complementar informalmente as aulas de ciências das escolas e universidades, levando os alunos a um maior entendimento do conteúdo trabalhado pelos professores em sala de aula. Testar a interatividade no uso de vídeos, com narração ao vivo. MetodologiadeAção
A sala de cinema digital da UENF se localiza no Centro de Convenção, possuindo 20x12m. Esta com equipamentos de última geração para reprodução de vídeos, DVD e HDV. Sua capacidade é para 105 pessoas. A sala de cinema digital fica aberta a visitação de 2ª feira a 6ª feira das 09:00 às 12:00 horas e das 14:00 às 17:00 horas. A visitação é franqueada, porém as visitas são marcadas antecipadamente, por agendamento. Toda visita é acompanhada por monitores, em geral, estudantes universitários treinados para receber os visitantes e dar explicação referente aos vídeos. Os visitantes assinam um livro constando a data da visitação. Quando se trata de visitas escolares e universitárias, além do procedimento anterior, o professor responsável é convidado a realizar com a turma um trabalho ou atividade, retratando os conhecimentos adquiridos pelos estudantes durante a visitação. Resultadosediscussão
Em outubro de 2009 iniciou este estudo. Uma média de 1372 visitantes passou pela sala de cinema digital. Desses, 113 foram visitantes de instituição de ensino superior e 1259 de instituições de ensino básico. As observações das visitas mostraram as distinções dos interesses entre os diferentes públicos. Os universitários mostraram maior interesse sobre os conhecimentos científicos, como nome das espécies, filogenia e práticas educativas (para licenciados), como mostra a fala de um desses em relatório: II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178‐6135 Artigo número: 181 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT “O documentário reforçou o que foi dito antes, acrescentando a dinâmica do animal em seu habitat, sons etc. e entendendo melhor o ecossistema de restinga, praia e manguezal. A parte final do documentário ressaltou como nós seres humanos podemos mudar os ambientes supracitados, degradando‐os, destruindo a fauna ali presente e principalmente levando diversas formas de vida à sua extinção.” (Alunos do 5º período do curso de licenciatura em biologia da Universidade Salgado de Oliveira ‐ UNIVERSO) Do ensino básico os principais interesses compreende conhecimentos relacionados a diversidade, aos hábitos dos animais, preservação e legislação ambiental que costuma ser titulo de maior curiosidade, como mostra a fala de um desses em relatório: “Os vídeos foram muito interessantes, neles vimos o Tamanduá mirim, o ouriço‐ cacheiro a cobra jibóia e a preguiça de coleira. Foi muito bom porque conseguimos ver seus hábitos e costumes, o que é muito difícil de ver no dia a dia.” (Aluna do 2º ano do Ensino Médio do C. E. Dr. Thiers Cardoso) Foi testada a aceitação dos alunos quanto à narração ao vivo dos vídeos. O professor ou monitor responsável pela sala de cinema digital narrava o vídeo educativo do estúdio utilizando‐
se de um microfone sem fio. Na platéia, um monitor utilizando outro microfone sem fio, ia conforme as perguntas feitas pelo narrador da apresentação, ao vivo, direcionando a quem se manifestasse á responder. Como exemplo no vídeo educativo referente ao Ouriço‐Cacheiro (Coendou villosos), foi perguntado como este namora ou como no Ouriço‐Cacheiro recém nascido os espinhos não machucavam a mãe quando ainda dentro da placenta. Este procedimento interativo numa sala de cinema permitiu trocas de informações entre professor os alunos e o conteúdo dos vídeos. No futuro o cinema interativo deverá ser uma ótima opção de metodologia de ensino, contribuindo na melhoria do ensino de ciências, por meio da maior interação entre o aluno e o objeto. Conclusão
Os conteúdos relativos à diversidade biológica, zoologia e meio ambiente ministrados em sala de aula tornaram‐se mais assimiláveis a partir do uso mais dinâmico da interatividade professor X alunos X conteúdo dos vídeos. II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178‐6135 Artigo número: 181 Universidade Tecnológica Federal do Paraná ‐ UTFPR Programa de Pós‐Graduação em Ensino de Ciência e Tecnologia ‐ PPGECT A sala de cinema digital recebeu no período de análise (outubro de 2009 a julho de 2010) uma média de 1372 visitantes, dos quais 113 universitários e 1259 estudantes de ensino básico. Assim percebemos uma grande diferença do número de estudantes de ensino básico para os universitários. ReferênciasBibliográficas
CARVALHO, I. M. O processo didático. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1972. MELLO e SOUZA, M. L. SIQUEIRA, V. H. F. Preparação das aulas de Ciências: O processo de escolha de técnicas de ensino. Anais do I EREBIO, UFF. 74‐77, 2001. OLIVEIRA, C. C. Ambientes Informatizados de Aprendizagem: Produção e Avaliação de Software educativo. Campinas: Papirus, 2001. Milleni Mendonça Pessanha Pereira. Graduanda de Licenciatura em biologia e monitora da Sala de Cinema Digital da UENF, [email protected]. Silvério de Paiva Freitas. Professor e Pesquisador do LFIT/ UENF, [email protected]. Ronaldo Novelli. Professor e Pesquisador do LCA/UENF, [email protected]. Vinicius Ferreira Pinto. Graduando de Licenciatura em Biologia da UENF. [email protected]. Nilza Franco Portela. Mestre em planejamento regional e gerência de cidades (UCAM) e coordenadora da incubadora tecnológica e empreendimentos populares da UENF, [email protected]. II Simpósio Nacional de Ensino de Ciência e Tecnologia 07 a 09 de outubro de 2010 ISSN: 2178‐6135 Artigo número: 181