DIVULGAÇÃO / CP PORTO ALEGRE, SÁBADO, 25 DE JULHO DE 2009 FOTOS PÁTRICK KOVARIK / AFP / CP Volume total com fluidez e leveza A grife Valentino, desenhada pela dupla Grazia Chiuri e Pier Paolo Piccioli, construiu sua coleção outono-inverno 2009-2010 com volume. A novidade parece surgir do próprio corpo, com perfeição, reforçando curvas ou dando um nova dimensão à silhueta, de maneira fluida e leve. As modelos apareceram com máscaras feita em renda e tule, evidenciando uma mulher cheia de mistério. A nova dupla de designers teve o desafio de criar uma coleção mais atraente que a anterior, sem deixar de ser fiel ao estilo Valentino, e com a missão de conquistar o público jovem. O volume veio com os babados, bordados, drapeados e pregas. Os bordados subiam pelo tule transparente dando a impressão de uma tatuagem na pele. O jogo de “mostra e esconde” misturou sensualidade e elegância, fórmula que a grife Valentino sabe fazer melhor do que ninguém. Os vestidos Valentinos foram destaques na passarela durante a Semana de Moda de Paris — sofisticados em verde esmeralda, vermelho e amarelo ácido intercalados pelo preto. Eles se caracterizaram por vestidos com corpetes drapeados em tons como turquesa, cravo ou vinho. Apesar de desembaraçados, eram cortados e costurados de modo interessante. Muitos mostraram fenda frontal profunda e decotes tomaraque-caia. As saias longas de largas pregas escondiam e revelavam as pernas e as formas numa brincadeira com o fundo cor pele. O volume, muitas vezes, ficou na altura dos quadris. Além dos longos, modelos curtos deram frescor à coleção. As capas e os casacos exibiram carregados punhos de raposa e profusão na decoração das superfícies, quer seja em estampas naturais ou ornamentos de cristal. Um vestido-casaco bem peludo e quente foi considerado perfeito para encarar o inverno. Os adereços de cabeça resgataram um pouco do show que costumam ser os desfiles de alta-costura. Coleção mais econômica A crise econômica também esteve presente na Semana de Alta-Costura de Paris, levando as maisons a reafirmar sua identidade e as marcas menores a desempenhar o papel de laboratório de ideias. O presidente da Christian Dior, Sidney Toledano, disse que a questão não é mais “o que há de novo?” e sim “o que há de melhor?”. A preocupação é com a duração do produto e não com o “impulso” da temporada. Focada na tradição, a Dior mostrou saias amplas e finos bordados e tailleurs de modelagem ajustada, característica da marca. Givenchy apresentou um vestuário de grande personalidade em que misturou reminiscências dos trajes tradicionais marroquinos e um toque de rock. Ana Paula Arósio é o sorriso por trás de uma novidade