ANÁLISE CLIMÁTICA DE DUAS TRANSECTAS DE TEMPERATURAS DO
ESTADO DO PARANÁ
Patrícia de Sousa1, Jonas Teixeira Nery2, Sueli Hiromi Kay Ichiba3
INTRODUÇÃO
O Estado do Paraná está inserido na região Sul. Está localizado entre 22º29’33” a
26º42’59” de latitude Sul e 48º02’24” a 54º37’38” de longitude Oeste, abrangendo uma área
de 201.000km2. Em decorrência de sua localização e extensão, o Estado ocupa posição de
transição entre regiões tropicais e subtropicais, o que lhe permitiu adquirir características
paisagísticas bem peculiares por todo o seu território. Pode-se dizer que essas paisagens são o
resultado da combinação de três elementos básicos: os climáticos; os edáficos, que dependem
das propriedades do solo e das rochas de sua base e os bióticos, ligados ao mundo vegetal e
animal. Tais elementos naturais (rios, lagos, relevo, clima, solo, vegetação) estão interligados,
com uma forte interação entre si. Essa interdependência explica a existência de diferentes
domínios morfoclimáticos no Estado do Paraná.
Em decorrência dessa diversidade de paisagem desenvolveram-se no Estado atividades
agrícolas, bem como, a produção de energia elétrica (importantes para o desenvolvimento de
outras atividades humanas). Tais atividades, tanto agrícolas quanto à produção de energia
elétrica, necessitam de planejamento adequados. Nesse sentido, o conhecimento das
características climáticas é de suma importância para o bom desenvolvimento dessas
atividades.
Sendo assim, o estudo dos fenômenos climáticos se justifica, talvez, pela forte influência
que os mesmos exercem sobre o meio que nos cerca. Segundo Neto & Zavatini (2000),
As condições climáticas têm sido consideradas como elementos
condicionadores na dinâmica do meio ambiente, pois o fornecimento de
calor e umidade, principalmente, desencadeia toda uma série de processos,
levando à formação dos solos, aos da estrutura e forma de relevo, aos
recursos hídricos, ao crescimento e desenvolvimento das atividades
econômicas, mormente na agricultura e na sociedade.
Tendo em vista que ação do homem sobre a natureza, gera efeitos contínuos e
acumulativos, surgem graves problemas entre a sociedade e o meio natural. Tais problemas
ganham uma dimensão que antes não havia obtido com tanta ênfase. Entretanto atualmente as
preocupações com essas relações estão mais eminentes devido ao acúmulo de problemas.
Dessa forma, propõe-se neste trabalho analisar as características climáticas (com ênfase
na temperatura) de duas transectas distintas dentro do Estado do Paraná, que correspondem às
Mestranda em Geografia - PGE/UEM - Universidade Estadual de Maringá, [email protected]
Prof. Dr. em climatologia - UNESP campus de Ourinhos - SP, [email protected]
3
Mestranda em Geografia - PGE/UEM - Universidade Estadual de Maringá.
1
2
regiões do Trópico de Capricórnio (23º30’S) e Centro-Sul (25º45’S), permitindo assim
observar as similaridades e/ou as discrepâncias existentes dentro do Estado, contribuindo ao
planejamento dessas atividades importantes para o Paraná.
No que tange os aspectos climáticos, segundo Troppmair (1990), o território paranaense
apresenta: a) correntes perturbadas do sul com massas polares frias e secas em
descontinuidade frontal; b) correntes marítimas de leste, tépidas e úmidas e c) correntes de
oeste, quentes e úmidas provindas do centro térmico de baixa pressão do Chaco. As massas
polares predominam nos meses de inverno, quando são registradas as mais baixas
temperaturas e umidades, enquanto as massas tropicais marítimas prevalecem no verão,
formando as correntes de norte e nordeste, com sucessivos avanços e recuos acompanhados
de instabilidade pré e pós-frontais, originando chuvas pesadas quase que diárias. As correntes
de oeste predominam nos meses de transição, principalmente no outono, formando a linha de
instabilidade tropical, originando chuvas convectivas (TROPPMAIR, 1990).
Nas tabelas 1 e 2 estão descritas as características gerais por onde foram traçados os
perfis longitudinais. Observa-se na Tabela 1 que a área de estudo está contida dentro do
Segundo e Terceiro Planalto (de leste para oeste, com maior extensão no Terceiro Planalto).
Este último se limita a leste pela Serra Geral e a oeste com o rio Paraná. Como se pode
observar esta área apresenta características mais homogêneas ao longo de todo o perfil.
Tabela 1 – Caracterização geográfica da transecta norte na área de estudo.
Unidade de
Rocha
Relevo
Segundo Planalto; Basalto;
Terceiro Planalto Arenito
Caiuá
Relevo (m) Solo
300-600;
600-800
Vegetação
Latosso vermelho escuro;
Mata latifoliada
podzólico vermelho/amarelo;
tropical; floresta
terra roxa estruturada; latossolo pluvial latifoliada
roxo; podzólico
vermelho/amarelo eutrófico
Clima
Cfah;
Cfa
Tabela 2 - Caracterização geográfica da transecta sul na área de estudo.
Unidade de
Relevo
Planície Costeira;
Serra do mar;
Primeiro Planalto;
Segundo Planalto;
Terceiro Planalto
Rocha
Relevo (m) Solo
Vegetação
Clima
Pré-Setuva/Serra
Negra;
Açungui/Setuva;
grupo Castro;
formação
Guaratubinha;
grupo Paraná;
grupos Passa Dois,
Guatá e Itararé; São
Bento; Arenito
Caiuá
800-1000;
600-300;
4-10;
Mata pluvial subtropical; mata
pluvial; matas de
Araucárias;
campos limpos;
cerrados; mata
pluvial tropical e
sub-tropical
Aft;
Cfb;
Cfa;
Cf
Terra roxa
estruturada;
latossolo vermelho
escuro; cambissolos,
latossolo Bruno,
terra bruna
estruturada;
podzólico
vermelho/amarelo
álico;
Na Tabela 2 observa-se que a transecta sul pertence a uma região mais complexa do
Paraná. Esta contempla todas as unidades de relevo classificado para o estado, permitindo
desenvolver neste um mosaico de paisagens. De modo geral, como se pode observar este
perfil incorpora características mais complexas, tanto no que diz respeito à morfologia das
unidades de relevo (considerando-se o tipo de rocha e solo) quanto à vegetação e o clima.
MATERIAL E MÉTODOS
Foram utilizados os dados fornecidos pelo Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR –
Londrina), no período de 1979 a 1998, no total de 27 estações, nas quais foram selecionadas
11 estações nas áreas de interesse, conforme a tabela 3.
Tabela 3 – Relação das estações
Nº
5
3
6
7
8
Transecta Norte
Nome
Lat.
Bela Vista do Paraíso -22.95
Paranavaí
-23.08
Londrina
-23.37
Ibiporã
-23.27
Cambará
-23.00
Long.
-51.20
-52.43
-51.17
-51.02
-50.03
Alt.
600
480
585
484
450
Nº
15
16
17
19
21
22
Transecta Sul
Nome
Lat.
Planalto
-25.70
Quedas do Iguaçu
-25.52
Laranjeiras Sul
-25.42
Fernandes Pinheiro -25.45
Pinhais
-25.42
Morretes
-25.50
Long.
-53.78
-53.02
-52.42
-50.58
-49.13
-48.82
Alt.
400
513
880
893
930
59
A primeira área selecionada corresponde às estações contidas próximas ao Trópico de
Capricórnio. A escolha dessa área está relacionada às características de transição que ocorre
nesta latitude. Já as estações próximas da latitude de Guarapuava, foram escolhidas em
detrimento das características opostas da primeira área de estudo. Estas estão mais ao sul,
permitindo dessa forma a comparação dos extremos dentro do Estado do Paraná.
Neste trabalho foram usados diversos parâmetros estatísticos tais como, média, mediana,
desvio padrão, coeficiente de variação, máximas, mínimas e amplitude.
Tabela 4 - Eventos El Niño e La Niña definidos a partir da anomalia da temperatura da
superfície do mar, para a região El Niño (1+2) e excedendo valores de 0,4ºC (positivo ou
negativo).
Período de El Niño
Jan/72 a fev/73
Mai/76 a jan/77
Jun/79 a jan/80
Jul/82 a dez/83
Out/86 a dez/87
Nov/91 a jun/92
Fev/93 a jun/93
Out/94 a fev/95
Mar/97 e out/98
Duração (meses)
14
9
8
18
15
8
5
5
20
Fonte: Baldo (2000), atualizada.
Período de La Niña
Mar/70 a dez/71
Abr/73 a fev/74
Out/74 a jan/76
Jan/85 a dez/85
Abr/88 a dez/88
Mai/89 a set/89
Mar/94 a set/94
Abr/95 a ago/95
Abr/96 a jan/97
Abr/99 a jan/2000
Jun/2000 a jan/01
Mai/01 a jan/02
Duração (meses)
22
11
16
12
9
5
7
5
10
10
8
9
Quanto ao estudo dos eventos El Niño Oscilação Sul (ENOS), segundo Baldo (2000),
foram correlacionados, de acordo com Trenberth (1997), as anomalias da temperatura do
Oceano Pacífico ao nível do mar TSM (Niño 3.4) com os índices padronizados para cada
período de El Niño. Considerando que a correlação apresentada não foi significativa, foram
utilizadas as anomalias de TSM (Niño 1+2) segundo a Tabela 4.
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Num primeiro momento foram realizados cálculos estatísticos para o período de estudo
e posteriormente para os anos com ocorrência dos fenômenos El Niño e La Niña mais
significativos.
Na Figura 1 estão representadas as altitudes do primeiro perfil. As estações de (3)
Paranavaí e (8) Cambará possuem altitudes semelhantes acima de 450 m, porém as estações
com maiores altitudes correspondem a (5) Bela Vista do Paraíso com 600 m e a estação de
Londrina (6) 585m.
Já para o segundo perfil (Figura 2), as estações (15) Planalto e (22) Morretes
contemplam as menores altitudes desse perfil.
1200
Altitude (m)
1000
800
6
600
5
3
400
7
8
200
0
-53.62
-52.30
-51.15
-50.60
Longitude (º)
Figura 1 – Perfil longitudinal sob o Trópico de Capricórnio.
1200
Altitude (m)
1000
16
17
21
19
800
600
15
400
200
22
0
-54.63
-53.49
-51.97
-50.13
-49.14
-48.76
-48.47
Longitude (º)
Figura 2 – Perfil longitudinal sob a latitude de 25º64’S (média).
Na Tabela 5 pode-se observar que as maiores temperaturas médias para o primeiro perfil
corresponde a estação 8 com 22.1ºC, enquanto para o segundo perfil Pinhais (21) apresenta
temperatura média de 21.4ºC.
Tabela 5 - Estatística básica calculada para os valores de temperatura média ( oC) do período de
1979-1998 (região do Trópico de Capricórnio).
Trans.
Norte
Sul
Est.
Méd.
Medi.
Cv
Máx.
Mín.
Ampl.
σ
5
21.3
21.3
0.02
22.0
20.6
1.4
0.36
3
21.5
21.5
0.02
22.3
20.6
1.7
0.35
6
20.9
21.0
0.02
21.5
20.2
1.4
0.37
7
21.8
21.7
0.02
22.7
21.0
1.7
0.39
8
22.1
22.0
0.02
22.6
21.3
1.3
0.34
22
20.8
20.8
0.01
21.3
20.0
1.3
0.31
15
16.7
16.7
0.02
17.2
15.9
1.3
0.32
19
17.5
17.5
0.02
17.9
16.8
1.1
0.31
17
18.8
18.7
0.02
19.3
18.1
1.2
0.34
21
21.4
21.5
0.02
22.1
20.6
1.4
0.43
16
20.3
20.3
0.02
20.9
19.6
1.3
0.35
Trans. (transectas); Est. (estações), Méd. (média), Medi. (mediana), Cv (coeficiente de variação), Máx.
(máxima), Mín. (mínima), Ampl. (amplitude) e σ (desvio padrão).
Na Tabela 6 pode-se observar que as menores temperaturas mínimas para o primeiro
perfil correspondem a estação 6 com 16.0ºC, enquanto para o segundo perfil a estação 15
apresenta temperatura mínima de 12.9ºC.
Tabela 6 - Estatística básica calculada para os valores de temperatura mínima (oC) do período de
1979-1998 (região Centro-Sul).
Trans.
Norte
Sul
Est.
Méd.
Medi.
Cv
Max.
Mín.
Ampl.
σ
5
17.1
17.2
0.02
17.5
16.4
1.2
0.34
3
16.3
16.5
0.03
16.8
15.3
1.5
0.42
6
16.0
16.0
0.02
16.6
15.2
1.4
0.37
7
17.2
17.3
0.02
17.6
16.4
1.2
0.29
8
17.7
17.8
0.02
18.2
17.0
1.2
0.34
22
17.3
17.4
0.02
17.9
16.5
1.4
0.31
15
12.9
12.9
0.03
13.3
11.9
1.4
0.35
19
13.1
13.2
0.03
13.7
12.3
1.4
0.33
17
14.3
14.3
0.03
15.0
13.4
1.6
0.37
21
16.9
16.9
0.02
17.5
16.1
1.3
0.38
16
15.6
15.7
0.02
16.4
14.9
1.5
0.34
Trans. (transectas); Est. (estações), Méd. (média), Medi. (mediana), Cv (coeficiente de variação), Máx.
(máxima), Min. (mínima), Ampl. (amplitude) e σ (desvio padrão).
No que tange ao estudo das ocorrências dos eventos ENOS, foram considerados as
temperaturas médias e mínimas aplicados para os períodos anômalos mais significativos
desse fenômeno, conforme mostram as Tabela 7 a 10. Os valores das temperaturas médias
podem ser observados nas Tabelas 7 e 8 para eventos El Niño e La Niña respectivamente.
Enquanto os valores das temperaturas mínimas estão representados nas Tabelas 9 e 10.
Tabela 7 – El Niño do período de 1982/83 para os valores de temperatura média (oC).
Trans.
Norte
Est.
5
3
6
7
Duraç.
24
24
24
24
Méd.
21.1
21.5
20.7
21.7
Medi.
21.4
22.0
21.1
22.2
Mín.
16.0
16.6
15.5
16.5
Máx.
24.4
25.0
24.1
24.9
Q.Inf.
19.5
19.0
18.7
19.6
Q.Sup.
23.0
23.5
22.8
23.8
σ
2.3
2.6
2.5
2.4
8
24
22.0
22.3
15.8
25.6
19.6
24.3
2.7
22
24
20.8
21.1
15.8
25.2
18.3
23.3
2.9
15
24
20.3
20.7
14.0
25.1
17.0
23.1
3.1
19
24
18.5
18.8
12.6
22.7
16.1
20.8
2.8
Sul
17
24
17.3
17.3
12.4
21.9
14.7
19.7
2.8
21
24
16.6
16.1
12.3
20.8
14.5
18.6
2.6
16
24
20.7
20.4
15.8
25.2
18.3
23.3
2.9
Trans. (transectas); Est. (estações), Duraç. (duração em meses), méd. (média), Medi. (mediana), Mín. (mínima),
Máx. (máxima), Ampl. (amplitude), Q. Inf. (quartil inferior), Q. Sup. (quartil superior) e σ (desvio padrão).
Tabela 8 – La Niña do período de 1988 para os valores de temperatura média (oC).
Est.
Duraç. Méd.
Medi.
Mín.
Máx.
Q.Inf.
Q.Sup. σ
5
12
21.6
22.6
15.6
25.2
19.6
24.0
3.2
3
12
22.3
23.3
15.9
26.4
20.3
24.5
3.4
6
12
21.1
21.9
15.0
24.7
18.8
23.6
3.4
Norte
7
12
22.0
22.8
16.2
25.5
19.7
24.5
3.3
8
12
21.4
22.3
15.4
25.1
19.0
23.9
3.4
22
12
20.3
20.4
14.8
26.0
17.5
23.6
3.8
15
12
20.4
20.7
13.3
25.3
17.3
23.8
4.1
19
12
18.9
19.3
12.0
23.5
16.4
21.9
3.7
Sul
17
12
17.4
17.5
11.1
22.7
14.5
20.6
3.7
21
12
16.4
16.5
11.1
21.9
13.8
19.1
3.3
16
12
20.3
20.4
14.8
26.0
17.5
23.6
3.8
Trans. (transectas); Est. (estações), Duraç. (duração em meses), méd (média), Medi. (mediana), Mín. (mínima),
Máx. (máxima), Ampl. (amplitude), Q. Inf. (quartil inferior), Q. Sup. (quartil superior) e σ (desvio padrão).
Trans.
Tabela 9 – El Niño do período de 1982/83 para os valores de temperatura mínima (oC).
Trans.
Norte
Sul
Est.
5
3
6
7
8
22
15
19
17
21
Duraç.
24
24
24
24
24
24
24
24
24
24
Méd.
17.0
17.8
16.1
17.4
16.6
17.6
15.9
14.4
13.4
13.1
Medi.
17.1
18.0
16.4
17.4
17.0
18.4
16.0
14.3
13.5
13.2
Mín.
13.0
12.9
11.9
13.2
12.2
12.9
11.0
9.6
9.0
8.8
Máx.
20.5
21.5
20.1
21.1
20.8
21.9
20.8
18.7
17.8
17.6
Q.Inf.
15.0
15.4
13.8
15.0
14.4
15.0
12.9
12.0
10.8
10.7
Q.Sup.
18.8
20.1
18.4
19.4
19.1
19.6
18.3
16.4
15.7
15.3
σ
2.3
2.5
2.7
2.5
2.8
2.8
2.9
2.6
2.8
2.8
16
24
17.5
17.8
12.9
21.9
14.9
19.7
2.8
Trans. (transectas); Est. (estações), Duraç. (duração em meses), méd. (média), Medi. (mediana), Mín. (mínima),
Máx. (máxima), Ampl. (amplitude), Q. Inf. (quartil inferior), Q. Sup. (quartil superior) e σ (desvio padrão).
Para o evento El Niño as maiores temperaturas médias foram observadas para as
estações 8 (22.0ºC) e 22 (20.8ºC), norte e sul respectivamente (Tabela 7). Na Tabela 8 podese observar que no evento La Niña as estações com as menores temperaturas médias
correspondem a estação 6 (21.1ºC) e 21 (16.4ºC), norte e sul respectivamente.
Tabela 10 – La Niña do período de 1988 para os valores de temperatura mínima (oC).
Trans.
Norte
Sul
Est.
5
3
6
7
8
22
15
19
17
21
Duraç.
12
12
12
12
12
12
12
12
12
12
Méd.
17.1
17.8
15.9
17.2
15.9
17.0
14.9
14.0
12.9
12.5
Medi.
17.5
18.3
16.5
17.7
17.2
17.1
15.5
14.5
13.3
12.8
Mín.
11.0
11.0
9.6
11.5
9.3
11.5
7.8
6.8
6.4
6.7
Máx.
21.1
22.1
20.1
21.1
20.1
21.8
19.6
19.0
18.1
17.5
Q.Inf.
15.4
16.0
13.5
14.8
13.1
14.4
12.5
12.2
10.0
9.7
Q.Sup.
19.7
20.6
19.1
20.3
19.1
20.2
18.1
17.0
16.4
15.8
σ
3.1
3.4
3.5
3.3
3.7
3.5
3.9
3.6
3.8
3.5
16
12
17.0
17.3
11.4
21.8
14.5
19.9
3.4
Trans. (transectas); Est. (estações), Duraç. (duração em meses), méd. (média), Medi. (mediana), Mín. (mínima),
Máx. (máxima), Ampl. (amplitude), Q. Inf. (quartil inferior), Q. Sup. (quartil superior) e σ (desvio padrão).
Em relação às temperaturas mínimas o evento El Niño (Tabela 9) obtiveram maiores
temperaturas as estações (3) Paranavaí (17.8ºC) e 22 (17.6ºC), norte e sul respectivamente.
No entanto, o evento La Niña as menores temperaturas mínimas são observadas para as
estações 6 e 8 (15.9ºC) ao norte e estação 21 (12.5ºC) ao sul.
CONCLUSÃO
Conclui-se dessa forma, que o Estado do Paraná apresenta, para essas duas transectas,
características muito distintas entre si, confirmando a diferenciação existente entre essas
latitudes. Entretanto, na primeira transecta observou-se que existe pouca diferença ao longo
de sua trajetória, mostrando certa homogeneidade nas temperaturas médias e mínimas
analisadas. Já para a segunda transecta pode-se dizer que corresponde a uma área muito
complexa e diversificada, observando-se uma variabilidade significativa de ano para ano e de
estação para estação.
BIBLIOGRAFIA
BALDO, M. C. et al., Análise da precipitação pluvial do Estado de Santa Catarina associada
com a anomalia da temperatura da superfície do oceano Pacífico. Revista Brasileira de
Agrometeorologia. Universidade Federal de Santa Maria. Departamento de Fitotecnia, Santa
Maria, v.8, n. 2, 2000.
PARANÁ (ESTADO), Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento. Instituto de
Terras Cartografia e Floresta. Atlas do Estado do Paraná, Curitiba, 1987.
ROSS, J. L. S. Geografia do Brasil. 2 ed., São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo,
p.549, 1998.
TROPPMAIR, H. Perfil fitoecológico do Estado do Paraná. Boletim de Geografia – UEM,
8(1): 67-81, 1990.
NETO, J.L.S., ZAVATINI, J.A. (org.). Variabilidade e Mudanças Climáticas: implicações
ambientais e socioeconômicas. Maringá: Eduem, 2000.
TRENBERTH, K. E. The definition of El Niño. Bolletin of the American Meteorology
Society, v.78, n.12, p. 2771-7, 1997.
Download

análise climática de duas transectas de temperaturas do estado do