UNEMAT Universidade do Estado de Mato Grosso INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E PREDIAIS Professora: Engª Civil Silvia Romfim INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA QUENTE 2 Instalações de água quente Generalidades As instalações de água quente destinam-se a banhos, higiene, utilização em cozinhas (na lavagem e na confecção de refeições), lavagem de roupas e a finalidade médicas ou industriais. Segundo a Norma NBR 7198/93, as instalações de água quente devem proporcionar: a) Garantia do funcionamento de água suficiente, sem ruído, com temperatura adequada e sob pressão necessária ao perfeito funcionamento das peças de utilização; b) Preservação rigorosa da qualidade da água. 3 As temperaturas usuais são: Uso Temperatura (ºC) Pessoal em banhos ou para a higiene 35 a 50 Em cozinhas (dissolução de gorduras) 60 a 70 Em lavanderias 75 a 85 Em finalidades médicas (esterilização) 100 ou + 4 Condições gerais: Pressões Sobre-pressão < 20m.c.a (200kPa) Pressão estática máxima < 40m.c.a (400kPa) Pressão mínima de serviço > 0,5m.c.a (5kPa) Não poderá a canalização ter velocidade superior a 3 m/s afim de não se produzirem ruídos excessivos ou prejuízos na instalação. Quanto à velocidade mínima nada se recomenda. 5 O abastecimento de água quente é feito em encanamentos separados dos de água fria e pode ser de através de três sistemas: a) Aquecimento individual ou local; b) Aquecimento central privado (domiciliar); c) Aquecimento central do edifício. 6 Aquecimento Individual (local): quando o sistema aquecedor atende um único aparelho ou a apenas um compartimento sanitário. Como exemplo podemos citar o chuveiro e a torneira elétrica, ou um aquecedor que atenda um banheiro unicamente. Modelo de aquecedor individual 7 Aquecimento Central Privado: quando o sistema aquecedor atende a uma unidade residencial, ou seja, alimenta os mais diversos pontos de utilização localizados em banheiros, lavanderias, cozinhas,etc. Modelo de aquecedor domiciliar 8 Modelo de aquecedor domiciliar por acumulação 9 Aquecimento Central do Edifício: Há uma instalação geral, normalmente no térreo ou subsolo, de onde partem as ligações de água quente para as diversas unidades do edifício. Sistema ascendente com retorno 10 Sistema descendente com retorno 11 Painéis solares Sistema misto : painéis solares trabalhando em paralelo com uma central de aquecimento a gás 12 Peças de utilização – Joelho 90º AQUATHERM® Curva 90º AQUATHERM® Próprio para instalação de água quente Joelho 45º AQUATHERM® Curva 45º AQUATHERM® 13 Segundo as recomendações da norma NBR 7198, tubulações de água fria que alimentam misturadores não podem estar conectados a barriletes, colunas de distribuição e ramais que alimentam válvulas de descarga. A tubulação de água fria que alimenta as instalações com aquecedores de acumulação devem ser feitas com material específico, resistente a temperatura máxima admissível da água quente, que para uso residencial, é de 70°C conforme a NBR 7198. 14 Consumo de água quente CONSUMO DE AGUA QUENTE NOS EDIFICIOS, EM FUNÇÃO DO NUMERO DE PESSOAS 15 Exemplo: Calcular o aquecimento elétrico para uma residência que atende 10 pessoas. Tipo do Edificio Água quente a 60ºC Consumo nas ocasiões de pico (l/h) Capacidade do Reservatório Capacidade do aquecimento Residência 50 litros por pessoa por dia 1/7 1/5 1/7 Totais 50 x 10 = 500 litros 500 x 1/7 = 75 l/h 500 x 1/5 = 100 l 500 x 1/7 = 75 l/h 16 Estimativa de Consumo Prédio Consumo (litros/dia) Alojamento provisório 24 por pessoa Casa popular ou rural 36 por pessoa Residência 45 por pessoa Apartamento 60 por pessoa Quartel 45 por pessoa Escola (internato) 45 por pessoa Hotel (sem cozinha e sem lavanderia) 36 por hóspede Hospital 125 por leito Restaurante e similar 12 por refeição Lavanderia 15 por kg de roupa 17 % CONSUMO DE AGUA QUENTE NOS EDIFICIOS, EM FUNÇÃO DO NUMERO DE APARELHOS, EM LITROS POR HORA, A 60ºC 18 Exemplo: Calcular o consumo máximo provável e a capacidade de reservatório, para um edifício de apartamentos, com 20 unidades residenciais, com os seguintes aparelhos por unidade: Banheira Bidê Lavatorio Chuveiro Pia de cozinha Apartamento Tipo do Edificio Aparelho Quantidade Consumo Total (l/h) Banheira 20 26 520 Bide=lavatório 20 2,6 52 Lavatório 20 2,6 52 Chuuveiro 20 97,5 1.950 Pia de cozinha 20 13 260 Total 2.834 l/h Consumo máximo provável Capacidade do reservatório 30% 125% 850 l/h 1060 l 19 Valores usuais de capacidade de reservatórios (boilers) Capacidade do reservatório (l) 60 75 115 175 230 290 Consumo diário (l) 115-230 230-380 380-760 760-1140 1140-1710 1710-2330 Familia Pequena Família Média Família Média Família Grande Família Grande Casas grandes Casa Pequena Um só banheiro Dois banheiros Loja Pequena Pequenos edifícios de aptº Pequenos edifícios de aptº Aplicações 20 Consumo diário a 70º C (Litros) Volume do Aquecedor (Litros) Resistência (kW) 60 50 0,75 95 75 0,75 130 100 1,00 200 150 1,25 260 200 1,50 330 250 2,00 430 300 2,50 570 400 3,00 700 500 4,00 850 600 4,50 1150 750 5,50 1500 1000 7,00 1900 1250 8,50 2300 1500 10,00 2900 1750 12,00 3300 2000 14,00 4200 2500 17,00 5000 3000 20,00 21 Dimensionamento da tubulação O dimensionamento das tubulações de água quente segue o mesmo procedimento adotado para o dimensionamento das tubulações de água fria, através do método dos pesos relativos. Vazão de projeto: Podem ser usadas as mesmas da água fria 22 Pesos relativos e peças de utilização: Podem ser usadas as mesmas da água fria. 23 Dimensionamento da tubulação O primeiro passo é determinar a soma dos pesos das peças de utilização para cada trecho da instalação. Em seguida, deve-se verificar no ábaco de luneta qual o diâmetro de tubo de CPVC Aquatherm® correspondente ao valor encontrado nesta soma. 24 EXEMPLO: Imagine uma residência onde os pontos de consumo de água quente serão a banheira, o chuveiro, o lavatório e a pia da cozinha. Primeiramente precisamos somar o peso destas peças de utilização da tabela A.1. Onde: Aparelho Peso Banheira 1,0 Chuveiro 0,4 Lavatório 0,3 Pia de Cozinha 0,7 Total 2,4 2,4 25 Exemplo de instalação de água quente em banheiro 26 Sistema de aquecimento elétrico 27 Aquecimento Solar Coletor com circulação natural – circuito aberto 28 Aquecimento Solar Coletor com circulação natural – circuito fechado 29 Aquecimento Solar Coletor com circulação forçada – circuito aberto 30 Aquecimento Solar Coletor com circulação forçada – circuito fechado 31 Exemplo: 32 BIBLIOGRAFIA BÁSICA NBR 7198/1993 - Instalações Prediais de Água Quente 33