64º Congresso Nacional de Botânica
Belo Horizonte, 10-15 de Novembro de 2013
CARACTERIZAÇÃO DA VEGETAÇÃO CILIAR EM RIOS TEMPORÁRIOS
DE UMA REGIÃO
DO SEMIÁRIDO
DA BAHIA,
BRASIL 2
1
2
3
1
Carlos Andre C. Queiroz , Flávio França , Glauber Catarino Rocha , Efigênia de Melo
Programa de Pós Graduação em Recursos Genéticos Vegetais – PPRGV – UEFS ([email protected])
2
Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Feira de Santana – DCBIO-UEFS
3
Bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) na Universidade Estadual de
Feira de Santana
grande numero de indivíduos encontrados nas áreas de
estudo.
Introdução
Segundo Mota (2011) [4], A. gardnerianum ocorre em
Mata ciliar é todo tipo de formação vegetacional
solos mais profundos, com maior teor de argila e mais
localizada nas margens dos rios, córregos, lagos,
férteis, caracterizando o ambiente com maior capacidade
represas e nascentes. Este tipo de vegetação é também
de retenção de água e nutrientes que são características
conhecida como mata de galeria, mata de várzea, mata
típicas de matas ciliares devido a grande acumulação de
de igapó, mata ribeirinha, beira-rio ou vegetação ripária
húmus nas margens. Esse conjunto de fatores promoveu
[3]; [5].
o grande desenvolvimento das arvores dessa espécie nas
Elas têm como função impedir o assoreamento dos
áreas de estudo contribuindo para o grande
mananciais, funciona como corredores ecológicos entre
desenvolvimento da área basal que é a variável
áreas, além de oferecer abrigo e alimento para a
preponderante para os valores de dominância.
ictiofauna.
Diante disso o objetivo desse trabalho é descrever a
Conclusões
estrutura comunitária, fisionômica e a composição
florística das matas ciliares em rios temporários na
A espécie C. yco foi a mais abundante nas duas áreas
Região de Itatim e Milagres, Bahia
As espécies com maior Dor foram no RR, mostrando que
a área apresenta espécies em estagio secundário tardias.
As espécies com maiores em relação ao índice de valor
Metodologia
de importância foram no Riacho do Sebastião indicando
As áreas estudadas estão localizadas no município de
que são espécies de grande relevância para a vegetação
Itatim e entre a divisa dos municípios de Milagres e
ciliar.
Brejões(BA): Riacho do Sebastião (RS) e Rio Ribeirão
(RR), respectivamente..
Agradecimentos
Para o estudo fitossociológico foi utilizado o método de
ponto quadrante alocados em transectos 50 m feitos
Agradeço a Universidade Estadual de Feira de Santana,
perpendicularmente ao leito dos rios. Para a inclusão dos
ao Programa Em Recursos Genéticos Vegetais, á
indivíduos utilizou-se DAS (Diâmetro a Altura do Solo) ≥
CAPES, ao PPBio.
3,0 cm e altura ≥ 1,5 m.
Para o processamento dos dados utilizou-se o programa
Referências Bibliográficas
FITOPAC 1 [6], foram analisados os seguintes
parâmetros: NI (numero de indivíduos), FR (frequência
[1] Andrade, L.A.; Pereira, I. M; Leite, U.T & Barbosa,
relativa), DeR (densidade relativa), DoR (dominância
M.R.V. 2005. Análise da cobertura de duas fisionomias de
relativa) e IVI (índice de valor de importância).
caatinga, com diferentes históricos de uso, no município
de São João do Cariri, Estado da Paraíba. Cerne, Lavras,
v.11, n. 3, p. 253 – 262, jul./set.
Resultados e Discussão
[2] Barbosa, M.D.; Maragon, L.C.; Feliciano, A.L.P.;
As espécies mais abundantes em RS foram:
Freire, F. J. & Duarte, G.M. T. 2012. Florística e
Colicodendron yco Mart. (124), Poincianella pyramidalis
fitossociologia de espécies arbóreas e arbustivas em uma
(Tul.) L. (42), Croton sp. (42). Para RR: C. yco (91), P.
área de caatinga em Arcoverde, PE, Brasil. Revista
pyramidalis (47), Senegalia bahiensis (Benth.) Seigle
Árvore, Viçosa-MG, v.36, n.5, p.851-858
(44).
[3] Mantovani, W. 1989. Conceituação e fatores
Para os valores de DeR, em RS: C. yco 22,30%, P.
condicionantes. In: Simpósio sobre Mata Ciliar, São
pyramidalis 10,34%, Croton sp. 10,34%. RR: C. yco
Paulo.
22,30%, P. pyramidalis 11,52%, S. bahiensis 10,78%.
[4] Mota, L.L.S. 2011. Heterogeneidade do substrato e
Em relação ao parâmetro FR, no RS: C. yco 21,97%, P.
suas relações com a comunidade arbustivo-arbórea do
pyramidalis 11,15%, Croton sp 11,15%, no RR: C. yco
cerrado na cadeia do espinhaço. Dissertação.
20,14%, P. pyramidalis 12,29%, S. bahiensis 8,87%.
Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e
As espécies que apresentaram os maiores valores de
Mucuri
DoR para o RS: Averrhoidium gardnerianum Baill.18,75%,
[5] Rezende, A.V. 1998. Importância das matas de
P. pyramidalis 15,45%, Ziziphus joazeiro Mart.11,27%,
galeria: manutenção e recuperação. Pp 3-16. In: J.F.
RR: Sideroxylon obtusifolium (Roem. & S) 19,55%, P.
Ribeiro, (ed.). Cerrado: matas de galeria. EMBRAPApyramidalis 13,50%, Ruprechtia laxiflora Meisn.12,80%.
CPAC, Planaltina. 164p.
Para os valores de IVI em RS: C. yco 61,70%, P.
[6] Shepherd, G.J. 1996. Fitopac 1: manual do usuário.
pyramidalis 36,94%, A. gardnerianum 31,71%, em RR: C.
Departamento de Botânica, Universidade Estadual de
yco 49,13%, P. pyramidalis 37,31%, S. bahiensis 25,62%
Campinas.
De acordo com Andrade et al. (2005) [1], a presença de
algumas espécies como C. yco pode indicar o estado de
conservação da flora de determinados ambientes, uma
vez que não são adaptadas a colonizar ambientes
fortemente antropizados.
Barbosa et al. (2012) [2], dizem que S. bahiensis e P.
pyramidalis são espécies bem adaptadas ao ambiente da
caatinga tanto nas condições edafoclimáticas quanto na
competição com as demais espécies podendo justificar o
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Resumo