Viu, M.A.O., Lopes, D.T., Ferraz, H.T. et al. Índices usados para seleção de características reprodutivas em bovinos de corte. PUBVET, Londrina, V. 2, N. 37, Art#363, Set3, 2008. PUBVET, Publicações em Medicina Veterinária e Zootecnia. Disponível em: <http://www.pubvet.com.br/texto.php?id=363>. Índices usados para seleção de características reprodutivas em bovinos de corte Marco Antônio de Oliveira Viu1, Dyomar Toledo Lopes2, Henrique Trevizoli Ferraz1, Edson Júnior Heitor de Paula3, Carina Ubirajara de Faria1, Fernando José dos Santos Dias1 1 Professores da Universidade Federal de Goiás – Campus Avançado de Jataí 2 Programa de Pós Graduação em Ciência Animal Escola de Veterinária – UFG – Goiânia 3 Professor da UNEMAT – Campus de Pontes e Lacerda RESUMO: O objetivo desta revisão é discutir as possibilidades de uso de algumas características indicadoras da eficiência reprodutiva em bovinos de corte em programas de seleção. O domínio da reprodução é importante para que haja máxima multiplicação dos indivíduos dentro de certo limite de tempo. Nesse aspecto, o progresso em fisiologia da reprodução tem de ser acompanhado pelo aprimoramento dos métodos de seleção, para maximizar o uso dos melhores animais. A avaliação da eficiência reprodutiva é um processo complexo que envolve várias características relacionadas à reprodução, tais como idade à puberdade, idade ao primeiro parto, intervalo de partos, número de serviços por concepção, entre outras. Considera-se que as características mais facilmente mensuráveis são: eficiência reprodutiva; habilidade materna Viu, M.A.O., Lopes, D.T., Ferraz, H.T. et al. Índices usados para seleção de características reprodutivas em bovinos de corte. PUBVET, Londrina, V. 2, N. 37, Art#363, Set3, 2008. mais provável; fertilidade real; produtividade ao primeiro parto e produtividade acumulada; precocidade-rusticidade-sobrevivência; e índice de produtividade total. Palavras-chave: efeito maternal, eficiência reprodutiva, manejo de rebanhos. Used indices for selection of reproductive characteristics in beef catle ABSTRACT: The goal of this review is to discuss the possibilities of using some characteristic index of the reproductive efficiency on beef catle´s in selection programs. The domain of reproduction is important for individuals' possible multiplication within certain time's limit. By this way, the progress in reproduction physiology should be accompanied by the improvement in selection methods, in order to benefit the maximum use of the best animals. The evaluation of the reproductive efficiency is a complex process which involves several characteristics related to reproduction, such as age to the puberty, age to the first calving, calving interval, number of services for conception, come in another. The follow characteristics are considered the most easily measurable: reproductive efficiency; more probable maternal ability; real fertility; productivity to the first calving and accumulated productivity; precocity-rusticity-survival, and index of total productivity. Key-words: maternal effects, reproductive efficiency, herd management. Introdução Para se ter um sistema de produção de gado de corte eficiente e economicamente viável, o aumento da produtividade do rebanho aliado à diminuição dos custos de produção torna-se o principal desafio. Vários são os fatores que estão direta ou indiretamente envolvidos neste objetivo. Dentre estes destacam-se o melhoramento genético, a qualidade da alimentação e o manejo sanitário e reprodutivo do rebanho. O pecuarista deve otimizar seus investimentos retirando deles o maior lucro possível. Para tanto deve-se Viu, M.A.O., Lopes, D.T., Ferraz, H.T. et al. Índices usados para seleção de características reprodutivas em bovinos de corte. PUBVET, Londrina, V. 2, N. 37, Art#363, Set3, 2008. buscar constantemente indivíduos mais produtivos, melhores medidas de manejo e medidas empreendimento. gerenciais compatíveis com a maior liquidez do Assim, quando se consegue aliar ciência a uma boa administração o resultado é, inevitavelmente, o sucesso na atividade. A seleção é uma das mais eficazes ferramentas que se dispõe quando o objetivo é utilizar animais aptos a produzir alimento de qualidade com o menor custo. Para tanto é fundamental que se defina as características a serem trabalhadas e sua relevância econômica no processo. Mesmo sabendo que a eficiência reprodutiva é de grande importância para sistemas de produção de bovinos de corte (BERGMANN, 1993; VIU et al., 2008), esta não tem sido contemplada como se deveria em programas de melhoramento genético animal. Rebanhos detentores de elevada precocidade sexual e fertilidade possuem maior disponibilidade de animais, tanto para venda como para seleção, permitindo maior intensidade seletiva e, conseqüentemente, progressos genéticos mais elevados e maior lucratividade (BERGMANN, 1998). A reprodução é um processo complexo. A seleção direta para características ligadas a esta é, muitas vezes, difícil de ser aplicada, tornandose necessário identificar características reprodutivas que sejam facilmente mensuradas, que apresentem variabilidade genética e que sejam correlacionadas aos mecanismos reprodutivos (VIU, 1999; DIAS et al., 2001; VIU et al.; 2002) afirmaram existir evidências substanciais de variação genética nas características envolvidas no desempenho reprodutivo de machos e fêmeas e de relações genéticas favoráveis entre estas e as características relacionadas ao desenvolvimento ponderal. Isto justificaria a complementação dos trabalhos de seleção para ganhos ponderais com o uso de seleção para eficiência reprodutiva em bovinos de corte. O objetivo desta revisão é discutir as possibilidades de uso de algumas características indicadoras da eficiência reprodutiva em bovinos de corte em programas de seleção. Viu, M.A.O., Lopes, D.T., Ferraz, H.T. et al. Índices usados para seleção de características reprodutivas em bovinos de corte. PUBVET, Londrina, V. 2, N. 37, Art#363, Set3, 2008. Principais dificuldades para se implementar um programa de seleção: Segundo GIANNONI & GIANNONI (1989) as principais dificuldades para o melhoramento genético de bovinos de corte são: reduzido número de descendentes; longo período de gestação; grande número de indivíduos a serem utilizados; elevado custo dos animais; mão-de-obra; estabelecimento de escrituração zootécnica; obtenção de informações fidedignas para alimentar um sistema gestor; cultura e tradição do pecuarista. Monitoramento da reprodução A avaliação da eficiência reprodutiva é um processo complexo, que envolve várias características relacionadas à reprodução, tais como idade à puberdade, idade ao primeiro parto, intervalo de partos, número de serviços por concepção, entre outras (KANUYA et al.; 2006; SWALI & WATHES, 2006). Conceitua-se aqui reprodução como a capacidade da fêmea em parir um produto saudável por ano de sua vida reprodutiva (JOSAHKIAN et al, 2003). Para que se possa compreender este complexo processo, deve-se entender profundamente os termos “fertilidade” e “fecundidade”. Segundo GIANONI & GIANONI (1989), a fertilidade é considerada como característica do tipo ser ou não ser, isto é, o indivíduo é fértil ou não. A rigor não existem animais com baixa fertilidade, mas indivíduos com diferentes graus de fecundidade. Para o animal ser fecundo obrigatoriamente terá de ser fértil. Entende-se por fertilidade a capacidade do indivíduo produzir gametas que dêem origem a zigotos normais. Se um reprodutor fértil (touro que pode gerar filhos) que apresenta pequena quantidade de espermatozóides viáveis for acasalado com várias vacas reprodutivamente saudáveis, obtêm-se menor número de descendentes. Neste caso diz-se que a fecundidade do touro é baixa. Sendo assim, não se deve falar em sub-fertilidade. Viu, M.A.O., Lopes, D.T., Ferraz, H.T. et al. Índices usados para seleção de características reprodutivas em bovinos de corte. PUBVET, Londrina, V. 2, N. 37, Art#363, Set3, 2008. A herdabilidade da fecundidade é bastante baixa (CAMPELLO et al., 1999; SILVEIRA et al., 2004). Isto indica que esta característica é muito afetada pela ação do meio ambiente. GIANONI & GIANONI (1989) relataram que, de modo geral, a seleção natural atua contra os indivíduos pouco fecundos ou infecundos no sentido de sua eliminação, uma vez que deixam poucos ou nenhum descendente. Por esta razão, toda a variabilidade devida à herança aditiva dos genes é praticamente nula, considerando-se que durante milhões de anos a seleção natural “guardou” apenas os indivíduos férteis e de maior fecundidade. Em casos excepcionais a pouca fecundidade pode ser vantajosa para as populações naturais, como quando os recursos ambientais são escassos e estas devem ter tamanho limitado (CURIK et al., 2001). Sabendo-se da existência e da magnitude dos efeitos ambientais e genéticos não aditivos sobre a fecundidade, deve-se estabelecer algumas metas de gestão antes de se instituir um programa de melhoramento para características reprodutivas. Dentre elas: manejo mais próximo possível do perfeito, principalmente o nutricional; diagnóstico e controle das doenças reprodutivas (adoção de calendário profilático eficiente); eliminação das fêmeas que tenham dificuldade de conceber e das estéreis; promoção de cuidadoso manejo reprodutivo; contratação de mão-de-obra qualificada; e implantação de programa de inseminação artificial, promovendo desta maneira maior intercâmbio gênico, aumentando a variabilidade genética do rebanho. Tomando-se estas medidas, pode-se esperar melhorias significativas na fertilidade e fecundidade do rebanho, além da melhor quantificação do efeito genético aditivo das mesmas. SILVEIRA et al. (2004) afirmam que a fertilidade, assim como a fecundidade, são características de grande importância para o sucesso econômico de um sistema de produção de bovinos de corte, pois afetam diretamente a pressão de seleção, uma vez que determinam o número de animais que existirá na próxima geração. Desta forma é necessário estabelecer maneiras de se medir, em termos de rebanho, estas características. Viu, M.A.O., Lopes, D.T., Ferraz, H.T. et al. Índices usados para seleção de características reprodutivas em bovinos de corte. PUBVET, Londrina, V. 2, N. 37, Art#363, Set3, 2008. Definição de critérios para um programa de seleção baseado em características reprodutivas e ponderais das matrizes O melhoramento das características de importância econômica, mediante a seleção, depende do uso efetivo da variação genética. Para o propósito de seleção e melhoramento genético animal é necessário quantificar a contribuição dos fatores genéticos, ambientais e da interação entre eles, a fim de se obter estimativas precisas da fração genética, para facilitar a identificação dos indivíduos superiores (PARNELL, 2000; VIU et al.; 2002). A reprodução é importante para que haja máxima multiplicação possível dos indivíduos dentro de certo limite de tempo. Nesse aspecto, o progresso em fisiologia da reprodução tem de ser acompanhado pelo melhoramento nos métodos de seleção, para máximo uso dos melhores animais (MILAGRES, 1986). Considera-se que as características mais fáceis de serem mensuradas, são a eficiência reprodutiva (MERCADANTE et al., 2000); habilidade materna mais provável (MUNIZ et al., 1996); fertilidade real (MCMANUS et al., 2002; VIU et al. 2008); produtividade ao primeiro parto e produtividade acumulada (LÔBO, 1996); precocidade-rusticidade-sobrevivência e índice de produtividade total (JOSAHKIAN &MACHADO, 1998). Eficiência reprodutiva São várias as maneiras de se avaliar a eficiência reprodutiva nas fêmeas: por meio do número de serviços por concepção; idade à puberdade; idade ao primeiro parto; duração do intervalo parto-monta e entre partos (MERCADANTE et al., 2000; MCMANUS et al., 2002). A relação desejável entre número de serviços por concepção é de 1:1. Porém, isto não ocorre e os melhores plantéis apresentam relação de 1,3 a 1,6 por 1. Em países em desenvolvimento esse número é superior a 2:1 (GIANONI Viu, M.A.O., Lopes, D.T., Ferraz, H.T. et al. Índices usados para seleção de características reprodutivas em bovinos de corte. PUBVET, Londrina, V. 2, N. 37, Art#363, Set3, 2008. & GIANONI, 1989), sendo isto condicionado a efeitos de manejo, alimentação, sanidade e também a fatores inerentes ao próprio animal (LÔBO, 1996). A idade ao primeiro parto em bovinos de corte também é uma importante característica econômica, devido à sua influência na produção de bezerros durante a vida útil da matriz e na eficiência reprodutiva do rebanho (MERCADANTE et al., 2000). Por isso a idade tardia ao primeiro parto das vacas é criadas nos trópicos um dos principais fatores que afetam negativamente a produção, devendo ser usada como critério de descarte (LÔBO, 1996). A diminuição desta traz vantagens como a redução do intervalo entre gerações, vida produtiva da vaca mais longa e maior intensidade de seleção de fêmeas (MCMANUS et al., 2002). O intervalo parto-monta afeta diretamente a duração do período entre partos e, conseqüentemente, a eficiência reprodutiva do plantel. Este intervalo é influenciado pelo genótipo dos animais, mês e ano do parto, idade dos animais e manejo do rebanho (FORNI et al., 2005; FORNI & ALBUQUERQUE, 2006). Em bovinos de corte, a observação da duração do intervalo de partos é fundamental, pois esta característica interfere diretamente na rentabilidade da exploração pecuária. Além disso, ela limita a intensidade de seleção, uma vez que o prolongamento do intervalo diminui o número de bezerros desmamados e aumenta o intervalo de gerações (LÔBO, 1996). O intervalo entre partos de 365 dias condiciona o nascimento de um bezerro por ano, fato que induz o aumento de produção durante a vida útil da vaca e conseqüentemente acresce o progresso genético anual. GIANONI & GIANONI (1989) citaram alguns índices com a finalidade de estimar a eficiência reprodutiva de indivíduos: WILCOX (1957), BERGER (1965) e BEZERRA & DUARTE (1980): Viu, M.A.O., Lopes, D.T., Ferraz, H.T. et al. Índices usados para seleção de características reprodutivas em bovinos de corte. PUBVET, Londrina, V. 2, N. 37, Art#363, Set3, 2008. Índice de WILCOX (1957) ER = 365 * ( N − 1) * 100 D Onde: ER = eficiência reprodutiva; N = número total de partos; D = número de dias do primeiro ao último parto; 365 = intervalo entre partos. Índice de BERGER (1965) N *K A + (K − a) ER = Onde: ER = eficiência reprodutiva; N = número de filhos produzidos; A = idade da vaca no último parto; a = idade da vaca ao primeiro parto; K = intervalo entre partos. Índice de BEZERRA & DUARTE (1980) ER = 274(n − 1) * 24 n −1 Iv ∑ Ej i =l Onde: ER = Eficiência reprodutiva; n = número de partos; Ei = i-ésimo intervalo de partos; Iv = idade da vaca, em meses. Viu, M.A.O., Lopes, D.T., Ferraz, H.T. et al. Índices usados para seleção de características reprodutivas em bovinos de corte. PUBVET, Londrina, V. 2, N. 37, Art#363, Set3, 2008. Para ilustração usaremos um exemplo de LÔBO (1996), onde uma vaca que teve sua primeira cria aos 31,2 meses e quatro parições com intervalos de partos iguais a 379 dias (primeiro para o segundo), 464 dias (segundo para o terceiro) e 398 dias (terceiro para o quarto), tem a seguinte eficiência reprodutiva ER = 274 * 3 * 24 = 0,713 1241 31,2 Fertilidade real O Programa de Melhoramento Genético da Raça Nelore (PMGRN), no início da década de 90, propôs uma maneira bastante simples e eficiente de avaliar a fertilidade total de fêmeas. Considerando-se que a comercialização dos animais na bovinocultura de corte geralmente ocorre após o desmame, foi então criado um índice incluindo a fertilidade da vaca, sua habilidade materna e a sobrevivência do bezerro até o desmame. Este índice, denominado Fertilidade Real, expressa quilogramas de bezerros desmamados por ano (LÔBO, 1996). FR = PBD * 365 IEP Onde: FR = Fertilidade real; PBD = Quilogramas de bezerros desmamados por ano; IEP = Intervalo entre partos. Ressalta-se novamente que, para avaliação de vacas de primeira cria, deve-se considerar a precocidade sexual. Como no PMGRN todos os pecuaristas adotam uma estação de acasalamento, mesmo que com duração variável (de 75 a 180 dias), o intervalo entre partos não mostrou-se como boa medida de fertilidade, pois apresentou uma distribuição assimétrica, com a maioria dos valores entre 335 e 395 dias, para uma estação de acasalamento de 60 dias (LÔBO, 1996). Viu, M.A.O., Lopes, D.T., Ferraz, H.T. et al. Índices usados para seleção de características reprodutivas em bovinos de corte. PUBVET, Londrina, V. 2, N. 37, Art#363, Set3, 2008. Exemplificando: com esta amplitude de estação de monta (60 dias), a vaca que parir no dia 1 de cada ano terá um intervalo de partos de 365 dias, enquanto que a vaca parir no dia 60 do ano 1 e no dia 1 do ano 2 terá um intervalo de 305 dias (LÔBO, 1996). Buscando solucionar esta questão de interpretação de dados, nova proposta para o cálculo da Fertilidade Real foi construída, sendo sua fórmula descrita a seguir: FR = PBD * 365 Dias para Parir Onde: FR = Fertilidade Real; PBD = Peso do Bezerro ao desmame ou peso padronizado para 240 dias; Dias para parir = Número de dias a partir do início da estação de acasalamento até a parição da vaca. Lembrando-se que esta medida é influenciada pelo período de gestação e pela fertilidade, porém, a primeira característica é pouco variável (NOTTER, 1995). Produtividade acumulada Uma outra forma de se obter índices indicadores da eficiência reprodutiva das matrizes é calcular a produtividade acumulada das mesmas. Segundo LÔBO (1996), este índice considera a produção total de bezerros desmamados (em kg), o tempo total de produção de bezerros (em meses ou dias) e o início da parição (é necessário que se estabeleçam metas). Assim, este indicador pode ser expresso como: n −1 ∑ PBD PAC = i * 365 i IVPn − 302 * 30,42 Onde: PAC = Produtividade Acumulada (kg de bezerro desmamado/ano); n = Número atual de Partos; Viu, M.A.O., Lopes, D.T., Ferraz, H.T. et al. Índices usados para seleção de características reprodutivas em bovinos de corte. PUBVET, Londrina, V. 2, N. 37, Art#363, Set3, 2008. PBDi = Peso do bezerro ao desmame no i-ésimo parto (kg); IVPn = Idade da vaca no n-ésimo parto (dias). Precocidade – Rusticidade - Sobrevivência É o índice biológico que combina características como precocidade sexual, fertilidade, instinto maternal e grau de imunidade conferido à cria. Para isso são considerados todos os filhos desmamados da matriz analisada. Considera-se uma matriz padrão aquela com índice igual a 365, o que indica que ela pariu com 36 meses, teve um intervalo entre partos de 365 dias e desmamou todos os bezerros. Quanto menor este índice melhor, pois demonstra que ao longo de sua vida a matriz apresentou alta precocidade sexual e bom instinto maternal (JOSAHKIAN & MACHADO, 1998). PRS = IDUP− 365 NDE+ 1 Onde: PRS = Índice biológico que combina características do complexo precocidade sexual, fertilidade, instinto maternal e grau de imunidade conferido à cria; IDUP = Idade em dias na data do último parto; NDE = Número de desmames efetivos. Precocidade sexual Têm-se enfatizado muito a necessidade de se selecionar animais adaptados a um sistema de produção de “ciclo curto”, sem aumento dos custos de produção. São vários os indicadores econômicos que apontam nesta direção como uma solução para viabilizar e dar poder competitivo à pecuária de corte brasileira (ALBUQUERQUE & FRIES, 1998). Para se conseguir obter um genótipo bovino adequado a um sistema de produção de ciclo curto e sem aumentar as exigências nutricionais, é Viu, M.A.O., Lopes, D.T., Ferraz, H.T. et al. Índices usados para seleção de características reprodutivas em bovinos de corte. PUBVET, Londrina, V. 2, N. 37, Art#363, Set3, 2008. necessário alterar as formas das curvas de crescimento corporal e de desenvolvimento/maturação sexual, reduzindo ou mantendo constantes os tamanhos adultos e reduzindo a idade à terminação ou acabamento de carcaça. O pressuposto desta proposta é a necessidade de alterar, geneticamente, as três precocidades em conjunto (sexual, de crescimento e de terminação), adequando-as a um outro sistema de produção, utilizando e aproveitando a estrutura de correlações entre elas e fazendo, inclusive, com que este processo de seleção seja mais eficiente. Maximizar apenas uma delas pode criar desequilíbrios (FRIES, 1995). LÔBO (1996) afirmou que a idade à puberdade é uma característica que deveria receber maior ênfase nos programas de seleção no Brasil, uma vez que é o primeiro evento reprodutivo na fêmea e tem significativo reflexo econômico. É sabido que os zebuínos atingem a puberdade 4 a 6 meses mais tarde que os taurinos, em decorrência de fatores genéticos, falta de seleção para a característica, de manejo adequado do rebanho e alimentação inadequada na fase de crescimento. A idade à puberdade é uma característica de difícil mensuração, podendo demandar altos investimentos (ultra-sonografia transretal ovariana, por exemplo). Outra maneira mais simples de se averiguar a idade à puberdade seria colocar as novilhas com touros após completarem 12 meses de idade, independentemente do peso das mesmas, assim reduziria-se os custos de mensuração da característica, mas seriam necessárias muitas adaptações aos sistemas de produção (SWALI & WATHES, 2006). Uma maneira de se contornar os problemas citados seria verificar indiretamente a idade à puberdade pela idade ao primeiro parto. No entanto, esta prática só é possível se as novilhas forem colocadas com touros entre 12 e 14 meses de idade, no caso dos zebuínos (LÔBO, 1996). A redução por seleção como nestas características também pode ser obtida reposta correlacionada, em virtude de sua associação com outras características da esfera reprodutiva. MARTINS FILHO (1991) afirmou que a diminuição da idade Viu, M.A.O., Lopes, D.T., Ferraz, H.T. et al. Índices usados para seleção de características reprodutivas em bovinos de corte. PUBVET, Londrina, V. 2, N. 37, Art#363, Set3, 2008. à puberdade e melhoramento das características reprodutivas nas fêmeas, via seleção para aumento da circunferência escrotal nos machos, pode ser viável. Diante do exposto, optou-se pela apresentação aqui de um índice que contemplasse as várias nuances deste tema, escolhendo-se, entre tantos, o índice do PMGRN calculado segundo LÔBO (1996): PPP = PBD * 30 IPP Onde: PPP = Produtividade ao primeiro parto; PBD = Peso do bezeero à desmama; 30 = a meta de idade (meses) das matrizes ao primeiro parto; IPP = a idade da vaca ao primeiro parto. Este índice penaliza as novilhas paridas com maior idade. Vale a pena ressaltar que esta é uma forma de se avaliar somente as fêmeas primíparas. Segundo GRESSLER (1998), a importância da idade ao primeiro parto como forma alternativa de mensurar-se idade à puberdade, é questionável quando os animais entram em sua primeira estação de monta tardiamente. A primeira data do parto pode ser uma alternativa para contornar este problema. Segundo BERGMANN (1998), conceitua-se primeira data do parto como o número de dias compreendidos entre a data de início da estação de parição e a data do parto de determinada fêmea. Para PONZONI (1992) o uso da data do primeiro parto tem como grande vantagem, não envolver seleção para a redução do período de gestação, que pode não ser desejável em programas de melhoramento. A primeira data do parto tem sido considerada por muitos autores como a característica de escolha para se avaliar não só a precocidade sexual, mas também a eficiência reprodutiva da matriz. Segundo BERGMANN (1998), esta característica não apresenta as limitações do intervalo de partos, além de apresentar herdabilidade (de 0,11 a 0,28) e repetibilidade (de 0,11 a 0,34) mais altas que o intervalo entre partos. Esta também pode ser considerada economicamente mais importante, pois vacas que parem mais cedo Viu, M.A.O., Lopes, D.T., Ferraz, H.T. et al. Índices usados para seleção de características reprodutivas em bovinos de corte. PUBVET, Londrina, V. 2, N. 37, Art#363, Set3, 2008. usualmente desmamam bezerros mais pesados (FORNI & ALBUQUERQUE, 2006). Diante do exposto pode-se concluir que apesar de sua importância econômica, a seleção para precocidade sexual não é fácil de ser implementada diretamente. Porém, a seleção por meio de características indicadoras pode e deve ser aplicada (BERGMANN, 1998; PARNELL, 2000). Habilidade materna mais provável Em bovinos de corte a vaca exerce grande influência sobre sua progênie, afetando características como peso ao nascer e à desmama (VIU et al., 2006). Os efeitos maternos são causados por diferenças no ambiente promovido pelas vacas durante a gestação e amamentação. Entretanto, o cuidado fornecido pela mãe, assim como a sua produção de leite, sofre influências por variação genética (McMANUS et al., 2002). A habilidade materna da vaca, o genótipo do bezerro e o meio ambiente são fatores determinantes no desempenho do nascimento à desmama. O peso à desmama é uma informação importante para a escolha de vacas que criam bezerros sadios e bem desenvolvidos (VIU et al., 2006). A habilidade materna mais provável (HMMP) possibilita a classificação das fêmeas pela habilidade materna e descarte de vacas menos produtivas, sendo desta forma de grande importância no aumento do peso à desmama e na redução da idade de abate dos animais (MUNIZ et al., 1996). Para o cálculo deste índice é necessário obter-se a estimativa de repetibilidade do peso à desmama, uma vez que o desenvolvimento prédesmama é tido também como uma característica da vaca. O maior número de bezerros produzidos por vaca aumenta a confiabilidade com que a HMMP é obtida, uma vez que se trata de medidas repetidas no mesmo animal (MUNIZ et al, 1996). Na raça Nelore as estimativas de repetibilidade para peso à desmama têm seu valor por volta de 0,32 (CARDELINO, 1987; SOUZA et al, 1994). Viu, M.A.O., Lopes, D.T., Ferraz, H.T. et al. Índices usados para seleção de características reprodutivas em bovinos de corte. PUBVET, Londrina, V. 2, N. 37, Art#363, Set3, 2008. A produção de uma vaca resulta da interação de seu potencial genético e do meio ambiente em que ela produz. Para se identificar animais geneticamente superiores é necessário também que se identifique os fatores ambientais, que têm influência sobre o fenótipo observado e estes, devidamente corrigidos, permitem que os animais possam ser comparados (MUNIZ et al, 1996). É importante ressaltar que a seleção de vacas não deve ser feita com base no primeiro produto para não se correr o risco da eliminação de uma vaca de alta produção. Segundo LÔBO (1996), para a avaliação de vacas de primeira cria deve-se levar em consideração a precocidade sexual, o que será abordado adiante. A HMMP também pode ser denominada capacidade mais provável de produção (CPP) e é estimada pela fórmula abaixo (GIANONI & GIANONI, 1989): HMMP = MR + nr * ( MV − MR) 1 + (n − 1) r Onde: HMMP = CPP = Habilidade Materna Mais Provável ou Capacidade Mais Provável de Produção; n = número de bezerros incluídos para o cálculo da média da vaca; r = repetibilidade da característica; MV = média dos bezerros da vaca; MR = média de bezerros do rebanho a desmama ou média de peso dos bezerros das contemporâneas da vaca. Exemplo: Se um rebanho tem média de peso de bezerros a desmama igual a 150 kg (média ajustada) e, se a repetibilidade para a característica for igual a 0,40, considerando que a vaca teve 3 filhos com média de 165 kg ao desmame, calcular a HMMP. Viu, M.A.O., Lopes, D.T., Ferraz, H.T. et al. Índices usados para seleção de características reprodutivas em bovinos de corte. PUBVET, Londrina, V. 2, N. 37, Art#363, Set3, 2008. HMMP = 150 + 3 * 0,40 * (165 − 150) = 150 + 10 = 160 kg 1 + (3 − 1) * 0,40 O resultado obtido neste exemplo pode assim ser interpretado: esta fêmea, durante sua vida útil, provavelmente deverá gerar produtos com peso médio à desmama de 160 kg. A HMMP deve ser empregada como ferramenta para empreender-se o descarte de fêmeas menos promissoras do rebanho. Índice de produtividade total Segundo JOSAHKIAN & MACHADO (1998), este índice permite combinar “Eficiência Reprodutiva”, “Precocidade Sexual” e “Habilidade Materna” de forma ótima, uma vez que permite que uma ligeira inferioridade em um dos indicadores acima seja compensada por uma superioridade em outro (JOSAHKIAN, 2002). Este índice seria a conclusão sobre a matriz ou sobre as matrizes. Existem situações em que vacas não parem regularmente, porém desmamam bezerros bastante pesados. Outras vacas parem todo o ano e desmamam bezerros abaixo da média (JOSAHKIAN & MACHADO, 1998). O índice de produtividade total busca um equilíbrio entre essas duas funções: parir e desmamar bons produtos. Quanto maior o índice melhor a matriz, pois se ela tiver um índice precocidade-rusticidade-sobrevivência igual a 365 e uma HMMP igual a 100, seu IPT será 100 (JOSAHKIAN & MACHADO, 1998). IPT = HMMP * 365 PRS Onde: IPT = Índice de Produtividade Total, expresso em kg de bezerros efetivamente desmamados a cada 365 dias de vida disponível para a produção; HMMP = Habilidade Materna Mais Provável; PRS = Índice biológico Precocidade-Rusticidade-Sobrevivência. Viu, M.A.O., Lopes, D.T., Ferraz, H.T. et al. Índices usados para seleção de características reprodutivas em bovinos de corte. PUBVET, Londrina, V. 2, N. 37, Art#363, Set3, 2008. Usando os índices Para melhor compreensão do que foi exposto até aqui, usar-se-á um exemplo do Manual do Programa de Melhoramento Genético das Raças Zebuínas (JOSAHKIAN & MACHADO, 1998): considere, hipoteticamente, 4 matrizes: A, B, C e D (Quadro 1); QUADRO 1 Número de partos e número de bezerros desmamados, Intervalo entre Partos (IEP), Idade da Vaca ao Primeiro Parto (IPP), Idade em Dias na Data do Último Parto (IDUP) e Índice de Peso Calculado no Grupo Contemporâneo (IPGC) de quatro matrizes da raça nelore. MATRIZ “A” Quatro partos e quatro bezerros desmamados IEP (dias) IPP (meses) IDUP (dias) IPGC (kg) 365 36 2.190 100 MATRIZ “B” Quatro partos e três bezerros desmamados IEP (dias) IPP (meses) IDUP (dias) IPGC (kg) 456 40 2.584 125 MATRIZ “C” Quatro partos e quatro bezerros desmamados IEP (dias) IPP (meses) IDUP (dias) IPGC (kg) 365 27 1.196 110 MATRIZ “D” Quatro partos e três bezerros desmamados IEP (dias) IPP (meses) IDUP (dias) IPGC (kg) 350 27 1871 90 Viu, M.A.O., Lopes, D.T., Ferraz, H.T. et al. Índices usados para seleção de características reprodutivas em bovinos de corte. PUBVET, Londrina, V. 2, N. 37, Art#363, Set3, 2008. Neste exemplo pode ser observada a dificuldade de se definir qual é a melhor matriz ou, em outras palavras, definir entre as quatro matrizes qual é a mais produtiva. Imagine a dificuldade que se teria para definir a matriz mais produtiva em uma população de 1000 rezes. Utilizando-se os conceitos de ER, PRS, HMMP e IPT (Quadro 2), é possível detectar os pontos zootécnicos falhos de cada matriz, e por meio do IPT é possível detectar a matriz mais equilibrada do lote tornando, desta maneira, o julgamento das mesmas mais justo. QUADRO 2 Eficiência Reprodutiva características do (ER); complexo Índice Biológico que precocidade sexual, combina fertilidade, instinto maternal e grau de imunidade conferido à cria (PRS); Habilidade Materna Mais Provável (HMMP) e Índice de Produtividade Total (IPT) Matriz A: Matriz B: Matriz C: Matriz D: ER = 100,0; ER = 80,0; ER = 100,0; ER = 104,3; PRS = 365; PRS = 554,8; PRS = 310; PRS = 301; HMMP = 100,0; HMMP = 116,7; HMMP = 107,3; HMMP = 92,7; IPT = 100,0 IPT = 76,8. IPT = 126,3. IPT = 112,4. Interpretação dos resultados Matriz A: pode ser considerada como sendo uma vaca padrão, ou seja, uma vaca com todos os índices de produtividade médios. Matriz B: possui o menor IPT. É mais tardia sexualmente (altos IPP e IEP) e não desmamou todos os produtos. Mesmo sendo superior às outras três matrizes no aspecto de HMMP, essa superioridade, não foi suficiente para compensar sua menor fertilidade. Viu, M.A.O., Lopes, D.T., Ferraz, H.T. et al. Índices usados para seleção de características reprodutivas em bovinos de corte. PUBVET, Londrina, V. 2, N. 37, Art#363, Set3, 2008. Matriz C: possui o menor IEP padrão e uma boa precocidade sexual (IPP) e ainda desmama bezerros um pouco acima da média do rebanho, portanto dentre as quatro matrizes é a mais equilibrada. Observe seu IPT. Matriz D: boa IPP e muito bom IEP, porém não desmama bons produtos. A baixa média dos pesos à desmama de seus filhos é compensada pela sua alta fertilidade. Dessa forma possui o segundo melhor IPT. Seleção das futuras matrizes Independentemente de qual índice preditor seja usado para as vacas, as novilhas que entrarão em reprodução necessariamente deverão ser filhas das matrizes portadoras de melhores pontuações. Porém não é só o fato de serem filhas das melhores mães que lhes dará status de futuras matrizes. Existe algo mais a ser buscado e, de certa maneira, esta característica é imponderável, imensurável, impossível de registro, refere-se aqui a “Beleza” de um animal (tipo ou conformação). Este conjunto perceptivo é transmitido ou percebido de uma forma muito pessoal e insubstituível, devendo ser levado em conta no momento da escolha das futuras mães. Existem duas razões para a seleção da conformação exterior: atender à demanda de valorização pelo mercado de um determinado tipo de animal e obter, pelo menos em parte, resposta indireta para a produtividade (LUSH, 1964). Segundo LIMA (1990), de nada adianta o emprego de fórmulas matemáticas ou esquemas estatísticos para a seleção de bovinos se também não se procurar um tipo comercialmente aceito. Sabe-se que fêmeas com disfunções hormonais apresentam cabeça grosseira, membros torácicos maiores que os pélvicos, exagerado acúmulo de gordura sobre o osso esterno, ossos das omoplatas implantados abaixo das apófises das vértebras cervicais, rabo inserido desarmoniosamente em relação a garupa e anca (muito alto), sistema mamário pouco evidente e barriga pouco volumosa, musculatura do corpo saliente e distribuição de gordura na carcaça de forma irregular, sendo notados os excessos (LIMA, 1990). Viu, M.A.O., Lopes, D.T., Ferraz, H.T. et al. Índices usados para seleção de características reprodutivas em bovinos de corte. PUBVET, Londrina, V. 2, N. 37, Art#363, Set3, 2008. A título de ilustração, sabendo que estas características também predizem o valor produtivo de uma novilha, pretere-se a escolha de novilhas com este biótipo, mesmo que as mesmas sejam filhas de mães com excelente pontuação. Considerações finais Em explorações de bovinos de corte a fertilidade ou desempenho reprodutivo deve assumir importância igual à eficiência econômica, pois a produtividade das vacas reflete a capacidade produtiva dos sistemas em razão da venda de bezerros desmamados. A produtividade materna é uma característica influenciada por vários componentes, tais como a fertilidade e peso do animal adulto, devendo ser constantemente avaliada. Combinando estes elementos em um índice permitir-se-á que uma vaca expresse seu mérito produtivo em um único valor. Quando da proposição de um índice, deve-se buscar o equilíbrio entre os fatores que determinam a fertilidade, pois essa, aliada à precocidade, elevará a taxa de natalidade favorecendo maior intensidade de seleção, além do aumento do desfrute do rebanho, resultando em maior quantidade de carne produzida por ha/ano. A escolha sobre qual índice deve ser utilizado está diretamente relacionada com o grau de controle zootécnico do(s) rebanho(s) em questão. 7. Referências bibliográficas 1- ALBUQUERQUE, L. G.; FRIES, L. A. Modelos de regressão aleatória: possível aplicação na seleção de animais precoces. In: CONGRESSO BRASILEIRO DAS RAÇAS ZEBUÍNAS, 3, 1998, Uberaba-MG. Anais... Uberaba-ABCZ, 1998. p. 129-144. 2- BERGER, S. Genetic improvement in Norway in the fertility of sheep and pigs. World Review Animal Production, v. 2, p. 81-86, 1965. 3- BERGMANN, J. A. G. Melhoramento genético da eficiência reprodutiva em bovinos de corte. 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