& Trabalho formação profissional CORREIO BRAZILIENSE • Brasília, domingo, 12 de junho de 2011 Berço dos IFICADOS OFERTAS NO CLASS 123 OFERTASSDEDECUEMRSPROSEGOS 978 OFERTA Editor: Marcelo Agner [email protected] [email protected] Tel: 3214 1182 ÃO: E MAIS NESTA EDIÇ SOS 110 OFERTATAS DES DECOESNCTÁURGIO 477 OFER ERTAS DE EMPREGO 1.034 OF BONS NEGÓCIOS O nascimento e o desenvolvimento de uma empresa demandam muito cuidado de seus proprietários. As incubadoras auxiliam nesse processo e ajudam a evitar a morte precoce de empreendimentos inovadores. No DF, existem três delas A sobrevivência de uma empresa depende da capacidade que ela tem de se adaptar a mudanças. Para isso, conhecimento é essencial. E não basta entender apenas do que se vende. É necessário saber o que o cliente procura, como promover o produto e como medir os resultados, enfim, ter uma visão de mercado. É justamente esse o objetivo das incubadoras de empresas: ajudar quem tem uma ideia nova e impedir que o empreendimento seja um dos 25% que fecham as portas até dois anos depois de terem começado a atuar — esse número é divulgado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A incubadora é um mecanismo que estimula o surgimento e o amadurecimento de novas empresas. O presidente da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas (Anprotec), Guilherme Plonky, explica que ela é “uma solução para o empreendedorismo inovador e reduz a perda de bons negócios”. Para isso, elas oferecem vários serviços e muitas vezes espaço físico para as empresas selecionadas. Mas não basta querer para entrar em um desses organismos. O empenho é obrigatório, pois há um processo seletivo e a concorrência costuma ser grande. As especificidades de cada um variam de acordo com a incubadora, mas todas pedem que o candidato traga algo novo. “Não faz sentido incubar uma padaria, por exemplo, que faz tudo como as outras. Seria concorrência desleal, já que há dinheiro público”, explica Plonky. De acordo com a Anprotec, 85% das incubadoras estão ligadas a universidades ou centros de pesquisa, muitos deles públicos. Essa situação é especialmente brasileira, já que esse não é o cenário mundial do movimento. A explicação está na raiz da incubação no Brasil. O mecanismo surgiu em 1984, na esteira da criação pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) do programa brasileiro de parques tecnológicos. Ele visava melhorar a cooperação entre o mercado e as universidades para aumentar o aproveitamento do saber que elas desenvolvem. Assim, a inovação e o empreendedorismo começaram a ser disseminados a partir desses polos de conhecimento. Movimento na capital O Distrito Federal conta com três incubadoras, todas ligadas a universidades. A mais antiga delas é a do Centro de DesenvolvimentoTec- Ronaldo de Oliveira/CB/D.A Press Proprietários e equipe da Mux Tecnologia: antes de ser incubada, empresa foi preparada no “hotel de projetos” 85% das incubadoras estão ligadas a universidades ou centros de pesquisa, muitos deles públicos Viabilidade Plano de negócio é um documento que mostra se o empreendimento é viável. Para isso, ele analisa todos os aspectos da criação da empresa. nológico (CDT) da Universidade de Brasília. Ela foi criada em 1989 e demorou para ver surgir uma companheira. Apenas 13 anos depois, em 2002, a Universidade Católica de Brasília (UCB) montou a Incubadora Tecnológica de Empresas e Cooperativas (Itec). Logo depois veio a Casulo, vinculada ao Centro Universitário de Brasília (UniCEUB). Juntas, as três já graduaram 81 em- .! #*& (0&/* "( -" *(")!! +"'*. ("0. *'"$. !" /-'%* ,0" #&2"-( 0-.*. ) .! &1&)" &"' &"&- ./&)& .."..*- ) * !* -.&' presas e contam com 27 outras em incubação. O número de instituições, porém, é baixo diante das mais de 400 existentes no Brasil. O gestor da Itec, Clodoaldo Pereira, é otimista quanto ao futuro da incubação em Brasília. “O DF tem um grande potencial de crescimento. Aqui há várias instituições de ensino superior interessadas”, afirma. Diferentemente das empresas, as incubadoras não são concorrentes entre si. Pereira acredita que quanto mais, melhor. Para ele, a pressão para que o governo ofereça mais ajuda só acontecerá quando o número delas engrossar. As três também têm um funcionamento parecido. Elas lançam um edital contendo os requisitos e o que é necessário fazer para participar. Eles são abertos para qualquer pessoa. Não é necessário que o inscrito estude ou tenha estudado na universidade vinculada à incubadora pleiteada. O melhor é que os interessados tenham o projeto da empresa consolidado, mas o plano de negócio, caso não exista, pode ser concebido com a ajuda do órgão, que oferece capacitação nesse sentido para os inscritos. Depois de aprovadas, as empresas ganham espaço físico e capacitação em áreas como marketing, conhecimentos jurídicos, contabilidade. Todas servem para mostrar o outro lado de se ter uma empresa para o selecionado. Segundo Tatyana Aranda, funcionária da Gerência de Desenvolvimento Empresa- 0-.*. !" ".+" &'&2* 65:863(,680( - ;,0:680( 05(5(9 -9:6 478-9(80(3 -9:6 ,- #861-:69 (82-:05. %-+;8969 ;4(569 -9:6 # )30+( rial do CDT, isso é necessário poque os empreededores chegam ao CDT com muito conhecimento técnico sobre a área de atuação da empresa, mas nenhuma ou pouca experiência de mercado. As instituições também oferecem ajuda para a participação em projetos de fomento e feiras empresariais. Mas esse auxílio não é de graça. Nas três possibilidades, é necessário pagar uma taxa de condomínio abaixo dos preços de mercado. Receita As empresas incubadas têm despesas, logo, também precisam de receitas. Por isso, já atuam no mercado e contam com clientes que pagam pelo serviço. Esse é o caso da Mux Tecnologia. Ela já existe formalmente desde 2007. Antes disso, os três sócios, Luis Antônio Barbosa, 39 anos, Vagner dos Santos, 25, e Edson Hung, 31, já tinham o projeto e a ideia central do empreendimento, mas não faziam parte do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Isso porque eles participaram de uma outra parte da incubadora do CDT que é única no DF: o hotel de projetos. Ele funciona como um preparatório para a incubação e dura um ano. Após o término do prazo, a empresa deve tirar um CNPJ e possuir um plano de negócios. Para ajudar, o CDT fornece uma estação de apoio, composta por um espaço com compu- tador em um sala dividida por todos os hóspedes. Em 2008, a Mux passou pela banca que avalia os projetos e foi para a próxima etapa. Desde então, eles ocupam uma sala na sede do CDT, onde otimizam o sistema de telefonia de seus clientes e reduzem custos com a tecnologia que desenvolvem ali. O plano, até o fim do ano, é continuar no câmpus da UnB, onde fica o CDT. “Depois, vamos reavaliar e planejar os próximos passos. Aí decidiremos se vamos para uma sede própria ou não”, conta Luis. E planejamento é essencial dentro de uma incubadora. Isso porque periodicamente a empresa é avaliada. O objetivo é ver se a empresa pode se graduar, ou seja, deixar para trás a instituição e caminhar com as próprias pernas. As outras opções são continuar na incubação, caso percebam que a empresa ainda não está madura o suficiente para o mundo exterior, ou pedir o desligamento, se concluírem que o empreendimento é inviável. Não há tempo máximo de permanência para uma empresa em uma incubadora. Cada uma avalia o tempo ideal, que costuma variar entre dois e três anos para as instituições do DF. Enquanto essa hora não chega, a Mux continua os planos para o futuro. Seus proprietários contam com um funcionário remunerado e estão à procura de um estagiário. Além disso, a Mux já fornece equipamento para que outra empresa revenda. Em relação à incubação, eles não se arrependem: “ Vir para cá foi o caminho natural, nem imaginamos outra opção”. A Wise Indústria de Telecomunicação foi fundada em 1989, mas só entrou na incubadora do CDT em 1991. Ela passou três anos lá, período de grande aprendizado para a fundadora Suely Silva, 54 anos.“A experiência foi muito boa. Saímos mais capacitados e aprendemos a reduzir os custos da empresa”, lembra. O que mais a marcou foi a ajuda na participação de editais de fomento que colaboraram com o desenvolvimento financeiro da companhia. Hoje, ela já conta com mais de 50 funcionários. Os números comprovam a eficácia do mecanismo. Segundo o presidente da Anprotec, Guilherme Plonks, 90% das empresas que se graduam em uma incubadora continuam atuantes depois dos dois primeiros anos de voo solitário. A estimativa é que mais 10 mil empresas cheguem ao mercado nos próximos nove anos. E ele é só otimismo: “Quando começou tudo isso, o tema da inovação era muito distante da sociedade. Hoje, está muito presente e a tendência é só melhorar”. *1*. 0-.*. !" .-!0 * "( !(&)&./-* '& 0+0:(-9 - 65:8(:69 "8(4-5:69 - 05(5(9 -9:6 ,- (:-80(3 - #(:804506 ;,0:680( - 65:863-9 ").'&!!". ( 7(8:08 ,%* (:;:056 / 9 / ( 7(8:08 ,%* !6:;856 / 9 / ( 7(8:08 ,%* 65<5069 - #8-9:(6 ,- 65:(9 &)(,6 / 9 / $;05=-5(3 0( ! .! " !"-&)!* * (!0'* )/"-) &*)' 1* -" "" * "-/&#& !* !" )/"-) &*)' "(&/&!* +"' .! " 0( "-/&#& !* !" +-/& &+* )* -*$-( "(&/&!* +"' )&1"-.&// 0/)*( !" - "'*) &-"* "-' -*# - "'* - ")&