Caracterização ecológica do povoamento de Chanfuta (Afzelia quanzensis Welw.): Oportunidades para as espécies em conservação ex situ Jetimane J.L.1, Maquia I.2, Goulão L.F.3, Ribeiro A.3 e Ribeiro N.S.1 1 Department of Forest Engineering, Faculty of Agronomy and Forestry Engineering, UEM 2 Centro de Biotecnologia – UEM, Moçambique. 3 Centro BioTrop – Instituto de Investigação Científica Tropical, Portugal. Maputo, Abril de 2014 1. Introdução Dinâmica das florestas naturais; Sustentabilidade; Armazenamento CO2. GEE: Combustíveis Fosseis e Actividades Antrópicas. Manutenção e Recuperação Afizelia quanzensis Diversidade, Qualidades; Perturbações; Conservação ex situ e in situ. 1.1. Objectivos Avaliar a composição florística e a estrutura do povoamento de Chanfuta (Afizelia quanzensis); Ajustar e selecionar uma equação alométrica para estimar a biomassa acima do solo da espécie chanfuta (Afizelia quanzensis); e Estimar a biomassa e carbono da espécie chanfuta (Afizelia quanzensis) existente no povoamento com base na equação alométrica seleccionada. 2. Matérias e Métodos Latitude: 250 41’ 20’’ S Longitude: 320 40’ 30’’ E Plantação TMA: 23,2º C HR: acima de 65% PMA: 600 a 800 mm Solos: pobres com baixo teor de material orgânico Plantação de Chanfuta 1930-1960 Estabelecimento Área 1000 ha n=30 (10,2%) Afzelia quanzensis Pterocarpus angolensis Millettia stuhlmannii Ambligonocarpus andogensis Bambusa vulgaris. Matérias e Métodos Biomassa da Chanfuta Composição Florística R2aj Syx Resíduos Inventário (n=30) Ajuste Estimativa Analise de dados MVSP Excel Microsoft 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Composição Florística Arbóreo-arbustivas Ni (arv) 2092 Famílias 23 Espécies 37 Géneros 39 Gramíneas ou herbáceas Ni 606 Famílias 24 Poaceae Cyperaceae Commelinaceae Fabaceae Amaranthaceae Espécies 41 Géneros 46 Nantakota (1996) Fabaceae Euphorbiaceae Rubiaceae Anacardiaceae Loganiacea Verbenaceae 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Arbóreo-arbustiva Gramíneas ou herbáceas 100% 60 90% 50 80% 70% 40 3,31 4,97 12,91 6,29 10,93 4,80 6,29 6,13 4,47 60% 30 50% 49 40% 20 30% 10 20% 14.2 6.84 0 5.26 4.35 4.35 2.49 5,44 6,88 8,02 7,16 5,73 5,44 4,87 4,87 4,30 10% 0% Fr AB% 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Distribuição diamétrica da abundancia (arv/ha) 12000 6000 9090 Abundância (Ni/ha) Abundância (Ni/ha) 10000 7000 Povoamento 8000 6000 4000 4000 3000 2000 800 1000 530 280 210 0 130 5690 5000 2150 2000 A. quanzensis 70 1410 630 480 250 210 130 70 0 [5-10[ [10-15[ [15-20[ [20-25[ [25-30[ [30-35[ [35-40[ >=40 Classes Diamétricas (cm) Classes Diamétricas (cm) Estrutura Horizontal Nome Científico Afizelia quanzensis Albizia adianthifolia Albizia versicolor Pterocarpus anglolensis Sclerocarya birrea Sapium integerrimum Trichilia emetica Tabernaemontana elegans Securidaca longipedunculata Pseudolachnostylis maprouneifolia Olax dissitiflora Commiphora africana Eucalyptus camaldulensis Psydrax locuples Coffea sp. Strychnos spinosa Vernonia colorata 17 Espécies AB% 76,44 9,86 4,81 2,16 1,44 1,2 0,48 0,48 0,72 0,48 0,48 0,24 0,24 0,24 0,24 0,24 0,24 100 Dom% 87,45 4,38 2,74 1,32 1,75 0,44 0,17 0,16 0,33 0,24 0,17 0,35 0,19 0,09 0,08 0,07 0,07 100 FR 39,19 17,57 8,11 8,11 4,05 5,41 2,7 2,7 1,35 1,35 1,35 1,35 1,35 1,35 1,35 1,35 1,35 100 IVI% 203,08 31,81 15,66 11,6 7,25 7,05 3,35 3,34 2,4 2,08 2,01 1,94 1,78 1,68 1,67 1,66 1,66 300 Estrutura Vertical Posição sociológica Regeneração natural Olax dissitiflora 0.56 Sapium integerrimum Sclerocarya birrea 1.23 Garcinia livingstonei Sapium integerrimum 1.4 Pterocarpus anglolensis 2.29 Albizia versicolor 4.93 Albizia adianthifolia 11.02 Afizelia quanzensis 0 50 Posição sociológica 6.09 Psydrax locuples 6.92 Albizia adianthifolia 6.98 Strychnos spinosa 7.16 Strychnos madagascariensis 76.65 3.27 14.81 Afizelia quanzensis 100 33.06 TRN% Analise da Componente Principal 2.3 11 1.8 21 Garcinia livingstonei 9 28 23 1.4 3 22 27 5 0.9 Pseudolachnostylis maprouneifolia Albizia versicolor -1.8 -1.4 -0.9 -0.5 0.5 Afizelia quanzensis 2 1.4 1.8 6 16 0.9 -0.5 Albizia adianthifolia 12 10 Sapium integerrimum Tabernaemontana elegans -0.9 -1.4 13 14 4 -1.8 1 25 Axis 1 Vector scaling: 6.59 7 17 15 24 18 -2.3 8 30 Strychnos madagascariensis Strychnos spinosa -2.3 29 20 Psydrax locuples Axis 2 0.5 19 26 2.3 Dendrograma Afizelia quanzensis Albizia adianthifolia Albizia versicolor Garcinia livingstonei Pseudolachnostylis maprounei Sapium integerrimum Strychnos spinosa Tabernaemontana elegans Psydrax locuples Strychnos madagascariensis 4.8 4 3.2 2.4 1.6 0.8 0 Biomassa da Chanfuta Contribuição das componentes 30% 24% 46% Tronco Ramos Copa Factores: Arquitetura, idade, qualidade de sitio (Sitoe et al. (2013; Caldeira et al. (2001); Barichello (2003) Autor Local Tronco Ramos Copa Tomo (2012) Miombo 35,76 59,47 4,76 Cotta (2005) Havea brasiliensis 16,35 56.55 27,01 Miranda (2008) Plantacao nativas 34,1 38,7 7,2 Caldeira et al. (2001) Acacia mearnisii 61,05 20,73 18,21 14 3 Barichello A. mearnissi 70,6 (2003) Ajuste do Modelo de Biomassa PST exp( 2,2941 2,4153 ln DAP) R2aj. 0,91; Syx 18,04% 150 % Residuos 100 50 R2aj. Syx (%) Autor Local Wandelli (2008) Vismia 0,96 guianensis 18,8 Nogueira et Floresta al. (2008) aberta 0,96 0,306 Ratchune (2010) 0,43 248,76 0 0 10 20 -50 -100 DAP (cm) 30 40 Floresta Ombrófila Estimativa de Biomassa e Carbono Variável Mínimo Média Máximo Total Biomassa (t/ha) 0,78 17,3 95,16 508,62 Carbono (t/ha) 0,39 8,65 47,83 254,31 141 91 83 80 78 71 63 55 61 48 45 42 30 27 25 40 39 36 21 13 7 [10-15[ [15-20[ [20-25[ Ni [25-30[ Biomassa (t/ha) [30-35[ Carbono (t/ha) [35-40[ >=40 Conclusão Com base nas informações obtidas a partir da composição florística pode se concluir que o povoamento tomou o comportamento de uma floresta natural, diversidades de espécies e diferentes idades. O ajuste da equação de regressão forneceu melhores resultados para a aplicação na estimativa da biomassa da chanfuta e os resultados considerados satisfatórios, A estimativa da biomassa e carbono total encontrou-se abaixo (17,3 e 8,6 t/ha resp.). Uma aplicação de métodos para maneio sustentável do povoamento. A plantação de A. quanzensis Michafutene, continua sendo uma área para conservação desta espécie, porém, deve se envidar esforços para evitar a sua perda. RECOMENDAÇÕES • Que realizem um estudo similar por forma a incluir a analise de solos para a profunda avaliação da composição florística; • Para a estimativa da biomassa que o estudo se realize numa época que tenham folhas, por forma a aumentar a precisão. • Aplicação de tratamento culturais e silviculturais no povoamento, com vista a eliminar espécies com menor IVI, potenciando as remanescente Prespectiva para a conservação Aplicação de técnicas de criopreservação por forma a conservar o gemoplasma a longo prazo; Rigorosidade na fiscalização das áreas de conservação; Estabelecimento de Jardins botânicos. Obrigada pela atenção dispensada!!!