CLIPPING DO PEDROSA
16 a 20/03/11
S
Seleção das principais noticias
de trânsito e transporte
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A Critica Online – MS – 17/03/11
Giroto é escolhido coordenador da Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro
A Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro da Câmara dos Deputados elegeu o deputado federal
Giroto (PR) coordenador do colegiado em Mato Grosso do Sul e também para a função de Secretário Geral
da Frente.
De acordo com o presidente da Frente, Hugo Leal, o
objetivo do colegiado “é evitar as mortes. Temos
recursos, agora temos de buscar o comprometimento da
utilização dos recursos para salvar vidas”
Leal complementou também que “cada parlamentar que
chega aqui acrescenta o seu conhecimento, sua
experiência na administração pública. O deputado Giroto
está trazendo viés de um olhar que é importante para
sabermos como são partilhados os recursos, porque há
má utilização dos recursos”.
Giroto sugeriu apurar onde são aplicados os recursos do DPVAT (Seguro Obrigatório de Danos Pessoais
causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres), pois “é muito importante para reduzir as mortes
no trânsito e essa Comissão ajudará e muito alcançar isso”. A solenidade de instalação do colegiado e
eleição de sua diretoria ocorreu na noite de ontem (16), no plenário 14, da Casa.
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REDE GLOBO - Mais Você/Ana Maria Braga - 16/03/2011
Multas no trânsito: um mal necessário?
Você está preocupado com as multas no trânsito que
não param de chegar? O Mais Você desta quarta, 16 de
março, recebeu o engenheiro de tráfego Sérgio
Ejzenberg para esclarecer as dúvidas mais freqüentes
de motoristas com pontos na carteira
Mestre em transportes pela Universidade de São Paulo
e perito em acidentes de trânsito, Sérgio estuda os
congestionamentos há mais de 30 anos. “Tem que
educar mais o nosso povo e exigir de quem dirige. A
arma está com quem dirige”, disse.
Em São Paulo, no ano passado, pela primeira vez o
número de multas foi maior que o número de carros
emruas.
circulação.
dez quase
anos, o65
aumento
doMas,
número
deos
Em 2000, eram quase 26 milhões de carros nas
Já em Em
2010,
milhões!
para
veículos
no
Brasil
cresceu
119%
.
especialistas a quantidade de carros e de pessoas dirigindo não tem ligação com o aumento do número de
infrações já que estudos comprovaram que 70% dos motoristas nunca levaram multa, ou seja, geralmente
são sempre as mesmas pessoas que estão sendo multadas por aí. “Quanto mais você fiscaliza, mais
infrações você tem”, disse Sérgio.
Antes do novo código de trânsito, o infrator apenas pagava a multa. Hoje ele leva pontos e pode perder a
habilitação. Multa leve significa 3 pontos na carteira. Média vale 4 pontos. Grave, 5 pontos. E gravíssima, 7
pontos. Com 20 pontos, adeus ao volante. “Os pontos duram 1 ano na carteira, 365 dias corridos. Fica no
prontuário, mas não soma mais 20 pontos”, esclareceu. Se você pensa que demora pra chegar aos vinte
pontos, está enganado. O repórter Fabrício Battaglini montou uma encenação para mostrar como é fácil
acumular pontos. Ele convidou um ator que fez o personagem de um motorista "sem noção" que - em
apenas meia hora poderia perder a carteira. Qualquer semelhança com muitos motoristas que circulam por
aí, não é mera coincidência.
Fizemos um plantão com câmera em ruas do Rio de Janeiro para flagrar motoristas no "cambalacho". Em
apenas uma hora, nossa equipe registrou muita coisa errada: carros estacionados em cima de calçada,
motoristas fazendo conversões proibidas e entrando na contramão como se fosse a coisa mais natural do
mundo. “As condenações existem e são várias”, garantiu Sérgio. “A punição sempre vem”. O engenheiro
informou ainda que antes de receber uma notificação de cassação, o motorista recebe outra carta
informando que ele está sofrendo processo administrativo para tal. “O motorista tem que se informar no
DETRAN. “Quando existe esse processo, o cidadão tem direito constitucional de defesa. Depois que a
carteira é cassada, vira um problema sério. Se a pessoa teve sua carteira cassada, é muito mais barato ir
para um transporte coletivo ou táxi, senão fica muito caro resolver. E se não resolver, a pessoa se
transforma num criminoso social”, disse.
Sérgio deu ainda uma dica para quem vendeu o carro e recebeu uma multa por infração cometida pelo
novo dono do veículo. “Depois da venda, se deve ir em cartório para passar o carro para o nome do
comprador”, o que leva, no máximo, um mês para acontecer. “Deve-se tirar cópia de todos os
documentos”, alertou. Com eles em mãos, o motorista pode ir ao DETRAN, que vai bloquear o veículo.
Assim, o infrator vai responder pelas multas.
O engenheiro contou ainda para onde vai todo o dinheiro arrecadado com as multas. “O órgão que autua
fica com 95% para ficar em trânsito, que deveria ser usado em sinalizações. Deveria ser aplicados
exclusivamente em trânsito, mas acaba sendo aplicado na caixa comum da prefeitura”, disse. Os outros 5%
ficam guardados em um fundo federal, em Brasília. “Fica guardado fazendo caixa”, informou.
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ZERO HORA - RS - 17/03/2011
Nova resolução sobre uso obrigatório do bafômetro entra em vigor
Entrou em vigor nesta quinta-feira a resolução do Conselho Estadual de
Trânsito que torna mais rígida a fiscalização de embriaguez ao volante. A
norma permite que, a partir de agora, os agentes de trânsito utilizem o
bafômetro em todas as ações de fiscalização e não somente quando
suspeitarem da conduta do motorista.O motorista que se recusar a fazer o
teste terá a carteira de motorista recolhida e será multado em R$ 957,00.
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R7 - SP - 19/03/2011
Ex-coordenador de lombadas eletrônicas do RS é preso
Ex-servidor estaria envolvido em fraudes na licitação para instalação de radares
Está preso desde as 21h desta sexta-feira (18), em
Tupanciretã (cidade localizada a 395 km de Porto Alegre)
Paulo Aguiar (no centro da foto), ex-coordenador do Setor
de Lombadas Eletrônicas e Radares do DAER
(Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem) do Rio
Grande do Sul. O ex-funcionário do DAER teve a prisão
preventiva decretada pelo juiz Luís Felipe Paim Fernandes,
da 5ª Vara Criminal de Porto Alegre, que acatou pedido
feito pelo Ministério Público. Segundo o delegado José dos
Santos Araújo, responsável pelo plantão da delegacia da
cidade, Aguiar será transferido para o presídio da cidade de
Júlio de Castilhos.
O ex-servidor, que estaria envolvido em fraudes na licitação para instalação de 70 radares nas rodovias
gaúchas, apresentou-se espontaneamente na delegacia após ficar ciente do mandado de prisão expedido
pela Justiça.
Aguiar foi exonerado na última segunda-feira (14), após a reportagem de programa Fantástico, da TV
Globo, apontá-lo como dono de uma empresa supostamente envolvida em direcionamento de licitações
para instalar radares e lombadas eletrônicas.
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DIÁRIO CATARINENSE - SC - 19/03/2011
Morre 29ª vítima da tragédia na BR-282 em Santa Catarina
Magnus Joel Schmidt, 24 anos, é a 29ª vítima do acidente entre um ônibus e uma carreta, na BR-282 em
Descanso, Santa Catarina. Ele faleceu às 17h30min desta sexta-feira. Schmidt estava internado na UTI do
hospital de Xanxerê desde o dia do acidente.
Na tragédia, morreram também seu pai, Ildo José Schmidt, 56 anos, e sua namorada Keli Regina Kraemmer,
23 anos. Seu irmão Maikel José Schmidt, 30 anos, também estava no ônibus, mas sobreviveu. Schmidt era
morador de Linha Salto, interior de Santo Cristo.
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ZERO HORA - 19/03/2011
Blitz Balada Segura termina com quatro condutores detidos na Capital (com foto)
A EPTC, em conjunto com a Brigada Militar e
o Detran, realizou mais uma blitz do projeto
Balada Segura nesta madrugada. Apesar da
nova resolução do Conselho Estadual de
Trânsito (Cetran), que prevê penalidades aos
motoristas que se negarem a realizar o
bafômetro, a determinação não foi adotada
nesta ação. O motivo alegado pela empresa é
a falta de estrutura para aplicar a nova
disposição.
Pelo menos 16 motoristas foram flagrados
embriagados em diversos pontos de Porto
Alegre.
Quatro condutores foram detidos depois que o teste do bafômetro indicou consumo de álcool acima de 0,3
décimos de miligrama por litro de ar expelido. Três deles foram liberados após pagamento de fiança. O
outro motorista foi encaminhado ao Presídio Central, segundo a polícia.
Os agentes de trânsito abordaram 26 condutores. Três deles se negaram a fazer o teste do bafômetro. O
equipamento indicou que 10 condutores não tinham consumido álcool ou ingeriram menos que o tolerado
(0,1 décimos de miligrama por litro de ar expelido).
A operação foi realizada entre 23h de sexta-feira e 4h30min da manhã de hoje nas ruas 24 de Outubro, no
bairro Moinhos de Vento, Lima e Silva, na Cidade Baixa, e também na zona sul de Porto Alegre.
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ABETRAN - MT - 19/03/2011
Estado lança projeto inédito para acabar com mortes no trânsito
A campanha “Trânsito Consciente” foi lançada nesta terça-feira (15.03), no Salão Nobre 'Secretário Cloves
Vettorato', no Palácio Paiaguás, pelo Governo de Mato Grosso
É a primeira vez que o Estado toma a iniciativa de colocar em prática um projeto permanente de redução
de acidentes e mortes nas cidades de Mato Grosso.
O lançamento da campanha começou com um vídeo mostrando tragédias noticiadas de acidentes de
aviões, terremotos entre outros tipos de catástrofes ou acidentes naturais nos quais milhares de pessoas
perdem a vida. Mas do outro lado, o vídeo chama a atenção para um problema social que cresce de forma
silenciosa. A morte crescente no trânsito brasileiro.
O Governo gasta por ano cerca de 31 bilhões de reais com acidentes de trânsito no País. Um acidente sem
vítima custa em média R$ 3.000,00, já um acidente com mortes chega ao patamar de R$ 144.000,00. Por
dia, no País, cerca de 150 pessoas perdem a vida. Neste projeto do Governo do Estado, o objetivo é tirar
Mato Grosso do segundo lugar do ranking de mortes no trânsito, segundo dados do Ministério da Justiça.
No lançamento, o piloto de MotoCross, Gilmar Flores, o Joaninha, que é o garoto propaganda da
campanha, falou sobre a importância desta iniciativa do Governo do Estado e disse que vai trabalhar nessa
parceria para ajudar a diminuir essa estatística negativa do Estado. O presidente do Departamento Estadual
de Trânsito (Detran-MT), Teodoro Moreira Lopes, o Dóia, disse que a campanha “Trânsito Consciente” é um
projeto que tem a coordenação do órgão, mas que se trata de um trabalho macro de Governo do Estado.
“Na semana passada, o Ministério da Justiça disse que Mato Grosso está em segundo lugar em número de
mortes. Este projeto vai colocar o Estado em último lugar”, comentou Lopes.
E uma das ações já adotadas pelo Detran é o envio esta semana de técnicos, juntamente com oficiais do
Batalhão de Trânsito Urbano e Rodoviário, para o Rio de Janeiro. Lá, eles vão conhecer de perto como
funciona o projeto da Lei Seca que é um sucesso na capital fluminense. O Vice-governador Chico Daltro,
que representou o Governador Silval Barbosa no lançamento da campanha, disse que esse projeto vai
contar com o apoio necessário de todas as secretarias do Estado. Daltro também comentou que o será
necessário fazer parcerias com as prefeituras para que a campanha “Trânsito Consciente” tenha sucesso
nas cidades do interior do Estado.
Participaram também do lançamento o secretário de Segurança Pública, Diógenes Curado, o comandante
Geral da PM, Osmar Lino Farias, o secretário municipal de Trânsito de Cuiabá, Edivá Alves, os diretores do
Detran, Carlos Miranda, Carlos Santana e Eugênio Destri, entre outras autoridades.
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ABRAMCET – Notícias - 20/03/2011
Comunicado da ABRAMCET
Diante de notícias publicadas esta semana na mídia, a ABRAMCET (Associação Brasileira de Monitoramento
e Controle Eletrônico de Trânsito), que reúne as principais empresas no território nacional, vem a público
esclarecer:
1 - Morrem no Brasil 53 mil pessoas todos os anos, vítimas de acidentes de trânsito. Os custos atualizados
desses acidentes e suas conseqüências são da ordem de R$ 32 bilhões/ano, de acordo com estudos feitos
pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada)
2 - Os equipamentos de monitoramento de velocidade fabricados no país, antes de começarem a registrar
infrações, passam por intensos testes de conformidade conduzidos pelo Inmetro (Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial) e a instalação e operação obedecem a legislação de
trânsito vigente no país.
3 - Estudos mostram que, quando bem-instalados, os sistemas de segurança e monitoramento eletrônico de
trânsito reduzem em até 70% os acidentes e suas conseqüências, com diminuição entre 25% e 30% nos
registros de mortes.
4 - As empresas que operam os equipamentos de monitoramento de velocidade trabalham com banco de
dados de placas de veículos que é repassado pelo órgão público contratante, e não é possível às empresas
retirarem placas ou registros de infração do sistema.
5 - A retirada de infrações do sistema ocorre em casos previstos na legislação para ambulâncias e veículos
de segurança pública e o agente de trânsito é obrigado a autorizar, através de senha, que registra a
movimentação feita no sistema. Em qualquer auditoria, sempre aparecerá o autor do registro
6 - O sistema de monitoramento e controle eletrônico de trânsito está consagrado no mundo todo e a
ABRAMCET se orgulha de o Brasil ter a mais bem-sucedida experiência de fiscalização eletrônica no mundo,
de acordo com relatório do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).
7 - Os sistemas de monitoramento eletrônico de velocidades quando fiscalizam indistintamente todos os
veículos ajudam a promover conceitos de cidadania e respeito à vida e às regras de circulação nas cidades e
estradas. A ABRAMCET acredita que os brasileiros podem participar do cotidiano do trânsito sem cometer
infrações.
8 - Os sistemas de fiscalização eletrônica foram desenvolvidos com objetivo de salvar vidas e auxiliar na
gestão do trânsito. Qualquer distorção desse objetivo não é bem-vinda nem tolerada pela Associação.
9 - A ABRAMCET, ciente da sua responsabilidade com a sociedade, acompanhará os desdobramentos das
notícias veiculadas pela imprensa e se coloca à disposição para qualquer esclarecimento necessário.
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TERRA – Trânsito - 20/03/2011
Projeto de lei para profissão de motorista tramita há 23 anos
Há 23 anos, tramita na Câmara dos Deputados projeto para a regulamentação do motorista
De autoria do deputado Vivaldo Barbosa (PDT-RJ), o PL 1.113, foi apresentado em 26 de outubro de 1988.
Prevê, por exemplo, a jornada de trabalho limitada e o revezamento de motoristas em viagens de longa
distância, e vem ao encontro de críticas e discussões acerca do transporte de cargas e passageiros,
suscitadas desde o último dia 5 de março, quando um choque entre um ônibus e uma carreta, no meio da
madrugada, matou 27 pessoas em Santa Catarina.
Parado na Mesa Diretora desde 6 de agosto de 2010, o projeto de lei do pedetista está longe de ser uma
ideia isolada. Outro projeto pela regulamentação da profissão de motorista tramita no Senado, o PL
319/2009. A matéria foi recebida pela Comissão de Serviços de Infraestrutura no dia 11 de janeiro e, desde
então, aguarda a indicação de um relator.
O senador Paulo Paim (PT-RS) promete retomar a discussão a partir de abril - graças a outro projeto, de sua
autoria. Este, para a criação de um Estatuto do Motorista Profissional. A proposta foi apresentada em julho
de 2008, e também tem como proposta regulamentar a atuação dos motoristas profissionais, empregados
ou autônomos no mercado de trabalho, além de prever medidas de segurança para motoristas e
passageiros.
A proposta recebeu 33 emendas naquele ano. "Os empresários e os trabalhadores são unânimes em
afirmar que é preciso regulamentar essa questão. O Estatuto pretende tratar de direitos, mas também de
deveres dos motoristas. A nossa arrancada será uma audiência pública, ainda em março, onde reuniremos
diversos setores para discutir o alto número de acidentes no trânsito", afirma Paim.
"Essa situação não vai se resolver de uma hora para a outra, mas não podemos deixar um projeto
tramitando 23 anos na Câmara", afirma Luis Antonio Festino, diretor de assuntos trabalhistas, saúde e
segurança no trabalho da Nova Central Sindical de Trabalhadores. "O que defendemos é a regulamentação
única da profissão. O setor empresarial, de cargas, quer regulamentar o seu setor. O de passageiros
também. Com isso você chega a mais de 30 projetos de regulamentação da profissão na Câmara e nada é
concluído", critica Luis Antonio Festino, diretor de assuntos trabalhistas, saúde e segurança no trabalho da
Nova Central Sindical de Trabalhadores e coordenador do grupo de trabalho da Confederação Nacional dos
Trabalhadores em Transporte Terrestre (CNTTT).
De acordo com Flávio Benatti, presidente da NTC&Logística, atualmente os empresários do setor propõem
que a jornada de trabalho seja regulada pelo Código de Trânsito Brasileiro (CBT) e não pela Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT). Isso porque a CLT inclui os motoristas profissionais e deixa de fora os motoristas
autônomos, que representam 50% da força de trabalho da categoria e circulam pelas cidades e rodovias
sem o amparo da lei.
"Nós entendemos que o tempo de direção tem que ser trabalhado pelo Código de Trânsito e que isso valha
para todos os motoristas. Seja motorista de caminhão ou de ônibus, motorista particular ou motorista que
venha de outros países para trabalhar no Brasil", explica Benatti.
Mas ele lembra que a jornada de trabalho excessiva não é a única causa de acidentes, citando as condições
precárias das estradas brasileiras. "Não podemos jogar total responsabilidade em cima do motorista ou
quem opera o transporte no Brasil. Embora o governo tente melhorar isso, através do PAC, é um processo
ainda muito lento para nossas necessidades", afirma.
NOTA: Foi recriada na Comissão de Viação e transportes a Subcomissão de revisão do Código de Trânsito Brasileiro
e o Deputado Hugo Leal eleito, novamente, presidente. Ele aproveitará boa parte do relatório do ex deputado
Marcelo Almeida, Relator da subcomissão na legislatura passada que, inclusive contempla a definição do tempo de
direção que alcance tanto os motoristas empregados quanto os autônomos.
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ESTADÃO - SP - 20/03/2011
Donos de carrões põem na internet flagrantes de irresponsabilidade na rua
Qual é a sensação de estar em uma Ferrari F430 Coupé, andando a 140 km/h no Túnel Max Feiffer? Ou
como é pisar fundo num Corvette Z06 na Marginal do Pinheiros e na Avenida dos Bandeirantes, cortando os
carros pela direita, pela esquerda, e por onde mais houver um espacinho? Não é preciso muito para
descobrir: basta uma rápida pesquisa na internet.
Na web é possível deparar-se com vários vídeos de ricaços se arriscando nas ruas paulistanas. Grande parte
foi postada em sites como o YouTube pelos próprios autores das manobras. O público-alvo são os
aficionados por carros exclusivos - tanto aqueles que têm veículos do mesmo nível e fazem vídeos
parecidos quanto os meros curiosos. Os comentários se dividem: muitos aplaudem, mas também não falta
quem critique as ultrapassagens arriscadas, feitas muito acima da velocidade permitida nos locais.
Um dos vídeos traz a Ferrari F430 Coupé vermelha. Ele é gravado do banco do passageiro. Começa andando
normalmente pela Avenida Europa, nos Jardins. Ao entrar no Túnel Max Feiffer, sob a Brigadeiro Faria Lima,
o motor começa a roncar forte.
Em 20 segundos, o motorista ultrapassa cinco carros pela direita e pela esquerda e atravessa os 760 metros
do túnel, em uma velocidade média de 140 km/h. O limite permitido, entretanto, é de 60 km/h. Uma das
170 mil pessoas que já viram o vídeo comentou: "O carro é maravilhoso, mas fazer isso aí na rua cheio de
motoristas... E se uma criança ou uma bicicleta entrar na frente?"
Apesar do rosto do motorista não aparecer, é possível visualizar o nome e sobrenome do usuário que
postou as imagens e seu endereço de e-mail. Procurado, não atendeu a reportagem.
O Comando de Policiamento de Trânsito (CPTran) da Polícia Militar já tomou conhecimento desses vídeos e
passou a realizar operações em algumas avenidas propícias à alta velocidade, como a recém-inaugurada
Jacu-Pêssego. "As vias mais favoráveis para esse exibicionismo têm radares de velocidade. O problema é
que são pessoas de alto poder aquisitivo, que usam aparelhos para identificar os radares", diz o capitão do
CPTran Paulo Sérgio Oliveira.
O fato de as placas de alguns desses automóveis aparecerem nos vídeos não pode resultar em punições
para os motoristas. Isso porque o Código de Trânsito exige que um agente ou equipamento capte o
momento da irregularidade. "Mas é possível apurar questões criminais. Tirar racha é crime e a polícia pode
usar os vídeos nas investigações", diz o especialista em legislação e presidente da Associação Brasileira de
Profissionais do Trânsito, Julyver Modesto de Araújo.
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Jornais O Globo e o Estado de São Paulo – 16/03/11
Roberto Damatta
Trânsito: Choque de realidade
Terminado o reino fantasioso do carnaval, somos obrigados a lidar com o real, que chega como um tiro nas
costas. Tsunami no Japão, ao lado de um vergonhoso recorde de mortos nos acidentes de trânsito
Algo equivalente a uma catástrofe com um dado terrível e que escondemos de nós mesmos: esse estilo
agressivo de dirigir que rotineiramente mata mais do que epidemias e guerras e com o qual temos uma
relação de absurda tolerância.
Escrevi sobre o assunto muitas vezes e reuni minhas reflexões num livro recém-publicado: Fé em Deus e Pé
na Tábua - Ou Como e Por Que o Trânsito Enlouquece no Brasil. Nele, eu argumento que os acidentes são o
resultado de uma combinação explosiva: um aumento gigantesco de veículos, todos poderosos; estradas
lastimáveis em matéria de sinalização e asfaltamento; e eis o último e mais importante dado da equação:
nossa alergia à igualdade que obriga a esperar a vez e a aguardar (ou "pegar", como falamos
significativamente no Brasil) numa fila. A onipotência do nosso lado de meninos mimados pela família ou
pelo cargo (que nos torna isentos de cumprir a lei) numa sociedade onde cada qual tem o seu lugar (e o
nosso, obviamente, não é numa imensa e igualitária fila) é brutalmente desmantelado pelo trânsito. Esse
organizador do espaço público que, sem nenhum respeito ou consideração (vejam que coisa!), diz que
todos os carros (e com eles os seus motoristas - nós - imaginem!) são iguais perante as rodovias e os sinais!
Esse choque entre cabeças que se pensam em termos de mais ou menos prestígio, num ambiente
absolutamente igualitário, cria um sentimento de intolerância, de tal intensidade que acaba promovendo a
ultrapassagem agressiva e a qualquer preço. Ele torna invisíveis os outros veículos e nos convence de que a
nossa importância social dispensa a igualdade da espera que experimentamos como sinal de inferioridade.
Não suportando seguir a lei que inferioriza (pois não foi feita para nós), reafirmamos nossa superioridade
ultrapassando. O resultado é esse triste número de mortes (e de acidentes), revelador de um país que imita
todo mundo, mas não prepara a sua sociedade para essas imitações. Pois de nada vale uma estrada à
Estados Unidos ou Alemanha se não temos ianques bem comportados (que babacas!) e alemães (nazistas
que, vejam só, param em todos os sinais!) para nelas circular! A causa do acidente tem a ver, sim, com falta
de educação. Mas é preciso distinguir o tipo de educação que está faltando, pois para com os nossos
comparsas de partido e de amizade, somos ultra bem-educados. No trânsito, porém, o que falta e o que
estamos a dever, é uma educação para a igualdade - para o outro: o anônimo que está do nosso lado! Essa
é a educação que, como acentuo no livro, precisamos discutir, politizar e ensinar. Nosso problema é que
em todas as instâncias, somos produtores inveterados de desigualdade e com ela temos um denso caso de
amor. Se ela não existe, não hesitamos em recriá-la. E o Estado à brasileira está aí para isso. Quando, então,
nos vemos numa situação de relativa ou obrigatória igualdade, nosso coração, ansioso de hierarquia, nos
obriga a diferenciar e a desigualar. Na vida e na política, o desobedecer (e o enganar e mentir) para "subir"
ou "enricar", é trivial; mas, no trânsito, pegamos um alto preço pelos nossos desvios. Pois diferentemente
do mundo público, onde a desigualdade que enriquece jamais é descoberta, no carro em velocidade o
rompimento com a regra cobra imediatamente seu preço na forma do acidente fatal.
É, sugiro neste livrinho, esse encontro negativo entre a igualdade necessária das ruas e a desigualdade
inscrita nas casas e nos corações que nos torna propensos ao risco e aos surtos de agressividade, conforme
testemunhamos na cena absurda de um sujeito atropelando ciclistas que caíam como moscas e eram, de
fato, moscas, do ponto de vista do motorista embriagado por sua própria importância social, somente
porque estava de carro. Carro que no Brasil ainda é coisa de rico e de autoridade. Que aristocratiza, como
faz prova todo cargo público que o contém como sinecura. Como, ademais, obedecer, se ter poder ainda é,
no Brasil, desobedecer e ser imune às leis?
Ao lado disso, eis que a família Roriz volta à cena reiterando esses aspectos. Pois o que é o "grande"
político nacional (guardando, claro, as devidas e honrosas exceções que vão ficando cada vez mais
excepcionais!) senão esse trapezista que pula de um governo para outro e é louvado pela malandragem
felina com a qual sobrevive às suas notáveis ultrapassagens morais e, depois de um salto mortal triplo, cai
no colo dos governantes?
O problema do trânsito é que ele obriga a tomar providências reais e imediatas. Como a moeda, a dengue,
o crime e a escolaridade, mas um tanto diferentemente dessas mazelas, ele tem muito mais pressa. Um
sujeito pode fazer um discurso sem entender das regras de gramática ou comer de boca cheia; mas
ninguém pode trafegar nessas cidades e rodovias vergonhosamente sem manutenção, sem policiais e
cheias de crateras, dirigindo como um político: burlando regras e usando o sabe com quem está falando ou
o jeitinho. Pois se assim faz, a punição encarnada no acidente chega de modo imediato. Em contraste com
o mundo político (movido a interesses e mensalões), o desastre surge com a indiferença típica da realidade,
ceifando vidas. O trânsito faz o que a política esconde: torna o outro real e desperta compaixão. Faz com o
que aquele sujeito invisível, sempre imaginado como inferior, fique igual a nós!
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ABETRAN – Notícias - 18/03/2011
Alerta: Motorista Responsável não teme radares... Certo?
Motorista que cumpre suas obrigações não precisa se preocupar com multas de radares, certo? Em BH nem sempre
José Aparecido Ribeiro *
Os radares são necessários para frear os apressadinhos, evitar colisões e atropelamentos, isso ninguém
discute. Porém, o que está acontecendo aqui em BH é que eles estão sendo instalados onde não precisa,
costumam ficar escondidos atrás das árvores, mas onde eles são necessários, não estão.
O modelo utilizado é o "pardal", que pune depois que a infração foi cometida. O que teoricamente não
cumpre a função de evitar acidentes onde eles são recorrentes. O correto nestes locais seriam os radares
do tipo barreiras ou lombadas eletrônicas. Outro detalhe é que os limites da cidade estão equivocados em
10KM/h para menos, com o intuito de pegar os motoristas desatentos e nem sempre imprudentes.
70% das multas por "excesso" de velocidade acontecem por uma diferença de 3 a 5KM/h. Quando vc é
flagrado a 100, onde a velocidade é 70, tudo bem, ninguém reclama de pagar, pois é merecido. Mas
quando vc é multado por uma diferença de 3 KM/h, o que seria pedagógico acaba gerando revolta, uma vez
que vc não colocou a vida de ninguém em risco. A inércia de um carro costuma ser de 65 a 70km/h em
inclinações leves.
A maior parte das multas por "excesso" de velocidade em BH acontecem entre 68 e 72KM/h. Essa regra
vale apenas para os grandes corredores e não para as vias arteriais, onde a velocidade deve permanecer
em 60KM/h. Em BH a velocidade de 60KM/h é única, até onde não poderia, já que muitas ruas não
comportam dois carros emparelhados. Isso acontece também em alguns corredores que tem pistas muito
estreitas e precisam de correções. O maior exemplo é a Av. Cristiano Machado, onde as faixas mudam de
largura em vários trechos, confundindo os motoristas e colocando a segurança do trânsito em risco.
Radares são para punir os que cometem excessos, mas está pegando quem é cumpridor dos seus deveres,
exclusivamente para atender os interesses arrecadatórios de Prefeituras e empresas contratadas que estão
interessadas menos em pedagogia e muito mais em arrecadação.
Portanto, nenhum Cidadão de bom senso quer o fim dos radares, mas deseja que eles tenham função
educativa para evitar os acidentes, sobretudo onde eles acontecem por excesso de velocidade.
*Especialista em trânsito e assuntos urbanos da ONG SOS Multas Abusivas - Belo Horizonte - MG
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