Conflitos na Produção do Espaço: um estudo de caso em Gaibu, PE1 Vitória Gehlen Professora do Departamento de Serviço Social da UFPE e coordenadora do Grupo de Estudo em Gênero, Meio Ambiente, Planejamento de Políticas Públicas – GAPP/UFPE Eliane Bryon Pesquisadora do GAPP/UFPE e coordenadora da Sociedade para Desenvolvimento Tecno-Ecológico – ECOTEC. INTRODUÇÃO A conservação e a preservação do meio ambiente estão baseadas nas pessoas, em homens e mulheres, como também na distribuição de custos e benefícios em relação ao espaço. O que se pode observar atualmente é que são relativamente poucos os que desfrutam dos benefícios e muitos os que devem pagar as conseqüências da degradação ambiental e das restrições do aproveitamento dos recursos naturais. De modo que, para se alcançar uma situação equânime é necessária mudança de percepção e condutas, sendo preciso também, questionar os pressupostos acerca da ciência, acerca dos estilos de vida, acerca do gênero, acerca do que é apropriado para a natureza e para o desenvolvimento humano, além da produção do espaço. É preciso ver as coisas de uma forma nova e diferente para que a sociedade civil – homens e mulheres – possa compreender que a conservação e o desenvolvimento envolvem toda a sociedade e que para que estes sejam sustentáveis devem também ser justos. A perspectiva de conservação e preservação com base na percepção ambiental em uma comunidade, em um lugar, se desenvolve a partir de papéis vitais que mulheres e homens possuem na compreensão e no manejo do meio ambiente, tanto em áreas rurais quanto urbanas. Por um lado, as considerações de gênero levam a entender os processos humanos relacionados ao desenvolvimento, por outro, a desconsideração destes processos, voltando-se apenas para as considerações econômicas e técnicas, limita a participação, a eqüidade e a sustentabilidade dos processos ambientais e sociais – homens e mulheres são agentes que constroem suas histórias baseadas em hierarquia e jogos de poder, segundo estereótipos do masculino e do feminino em cada sociedade. Os elementos de gênero e do meio ambiente mudam de forma dinâmica, mútua e recíproca, entre as partes, especialmente em resposta a iniciativa e inovações nos grupos sociais e seus movimentos. Entender as relações de homens e mulheres no espaço, portanto, tem um papel importante no desenvolvimento de soluções para uso sustentável dos recursos naturais, da própria natureza como um todo. Ignorar essa dinâmica – gênero, meio ambiente e a produção 1 Trabalho destinado ao VI Simpósio OBSERVANORDESTE: Movimentos & Conflitos Sociais no Nordeste, realizado na Fundação Joaquim Nabuco, Recife, nos dias 21 e 22 de setembro de 2005. Faz parte de um projeto amplo e integrado de pesquisa denominado, sinteticamente, de “Projeto Rurbano”. Este tem como foco o desenvolvimento social, voltando-se às relações sociais de homens e mulheres no meio ambiente em seu processo de produção do espaço, objetivando a análise da informalidade e da precarização do trabalho. 1 do espaço – distorce o entendimento dos impactos humanos no meio ambiente, demandando a sua integração no planejamento ambiental. Assim, este projeto de pesquisa pretende auxiliar na formação de pesquisadores e técnicos sobre a realidade das comunidades rural-costeiras, inserindo questões do meio ambiente e relações sociais de gênero, como justiça social, de modo a fornecer conhecimentos para os tomadores de decisão na elaboração de políticas. O projeto, desse modo, visa esclarecer as práticas dos responsáveis políticos e técnicos a fim de contribuir para modificálas, favorecendo a participação de homens e mulheres com eqüidade nas decisões ao redor dos problemas de meio ambiente do lugar. QUADRO CONCEITUAL O urbano não está apenas nas cidades. Quando se fala (Lefebvre, 1969) da urbanização do mundo rural expressando-se esse processo como via de colonização cultural – que é, na realidade, a extensão do núcleo civilizatório-capitalista industrial, nos séculos XIX e XX – evoca-se a idéia de totalidade do território social. Diz Lefebvre que a urbanização é um processo indissociável da revolução industrial e o capitalismo é uma forma de intercâmbio e de relação com ela. Do qual se pode falar, talvez, de cultura rural, quer dizer, pré-industrial, e neste sentido, pré-capitalista. Assim, as ligações e as interações entre o rural-urbano têm se tornado um componente importante e intenso para o sistema de produção e de subsistência em muitas áreas – formando não somente uma ponte como uma complexa teia de conexões em uma paisagem que não é nem urbana, nem rural, mas tem ambas as características. Kaustky (1974) adverte sobre a necessidade de facilitar as relações do campo e da cidade como base para a difusão da civilização no campo, apagando o antagonismo cultural, que separa este da cidade, enquanto Lefebvre (2001) reenforça o direito à cidade, como acesso à civilização. O meio rural-costeiro de Gaibu, localizado no município do Cabo de Santo Agostinho, Região Metropolitana do Recife – RMR, em Pernambuco, além de se caracterizar como uma faixa de praia, tem em seu interior uma faixa agrícola, que marca as relações especializadas da população. A área de praia dá ênfase à pesca artesanal e ao serviço de apoio ao turismo, compartilhados com as atividades agrícolas desenvolvidas na parte interior da zona costeira. Entre essas partes, existe uma relação caracterizada por uma mobilidade que segue o curso da natureza, cuja dinâmica fortalece e possibilita as relações de parentesco e intercâmbio de produtos (Gehlen-Bryon/2004). Considerando-se o rural como um modo particular de utilização do espaço e de vida social, as especificidades e representações são entendidas, ao mesmo tempo, como espaço físico – o vivido –, social – o percebido – e mental – o concebido (Lefebvre). O físico faz referência à ocupação do território (o lugar onde se vive, a natureza), o social refere-se à produção e reprodução, bem como às particularidades do modo de vida, e o mental trata das representações e símbolos, o que se pode acrescentar como a referência identitária e o lugar de onde se vê e se vive o mundo (Bryon). Destas relações resultam práticas e representações particulares a respeito do espaço, do tempo, do trabalho, da família. A referência a estas características não pode ser entendida como uma essência, imutável, que poderia ser encontrada em cada sociedade. Ao contrário, esta é uma categoria histórica que se transforma, cabendo ao pesquisador compreender as formas deste rural nas diversas sociedades, passadas e presentes (Wanderley). 2 A dinâmica das sociedades modernas, constituídas através do desenvolvimento do capitalismo, centra-se na importância que nelas assumem os processos de industrialização e de urbanização. Pode-se perceber o desaparecimento das sociedades rurais e a agricultura tornando-se mero campo de investimento do capital, além da decomposição do campesinato, com o camponês se tornando agricultor. Não mais como um modo de vida, mas uma profissão de um cidadão, como outro qualquer. Wanderley diz que existe outro olhar: as transformações resultantes dos processos sociais mais globais, urbanização, industrialização, modernização da agricultura, não se traduzem em nenhuma uniformização da sociedade, que provoque o fim das particularidades de certos espaços ou certos grupos sociais. De modo que, assegurar a sustentabilidade ambiental exige que se alcancem padrões de desenvolvimento sustentável e a preservação da capacidade produtiva dos ecossistemas naturais para futuras gerações. Ambos os esforços exigem várias políticas para inverter os danos ambientais e melhorar a gestão dos ecossistemas do lugar. O desafio tem duas dimensões: tratar a escassez de recursos naturais para as pessoas pobres do planeta, entendido como espaço global, e inverter os danos ambientais do lugar resultantes do elevado consumo das pessoas de maior poder aquisitivo. Os problemas ambientais decorrem, em sua maioria, dos padrões de produção e consumo de países desenvolvidos e necessita-se mudar tais padrões que precisam ser gerenciados com base em limites ecológicos e não em competição sem regras altamente subsidiada. Portanto, as regras internacionais do jogo terão que mitigar o excesso de consumo, que torna vulnerável os ecossistemas, as plantas e os animais. Para tanto, os poderes local, nacional e internacional precisam implementar políticas públicas e novas tecnologias, considerando os recursos naturais existentes e as alterações nos custos. Isto porque “não há problemas importantes de uma nação que não estejam ligados a outros de natureza planetária”, pois o que se necessita é de um “pensamento capaz de unir e diferenciar” Morin, 1999, p.33). Nas últimas décadas presencia-se a emergência do "gênero" e do "meio-ambiente" como duas novas questões no desenvolvimento incluídas nas agendas, tanto em nível internacional, quanto nacional e local. No entanto, essas questões foram institucionalizadas na prática do planejamento e da formulação de políticas como setores estanques, com inconsistência teórica e tendo pouca relação uma com a outra na prática, acentuando o desafio de integrá-las ou implementá-las como políticas (Bryon-Gehlen, 2004). O resultado, das questões acima, foi o fato de que suas respectivas atividades têm um foco limitado e não efetivo em face da enorme desigualdade econômica, social e de degradação ambiental. Isto levando a acreditar na necessidade de integrar a preocupação com o gênero e o meio ambiente nas estruturas setoriais e institucionais existentes, em suas práticas e procedimentos organizacionais. Em termos de planejamento, principalmente, deverse-ia procurar manter um constante diálogo entre o planejamento tradicional e um planejamento novo, em transição, que envolva o gênero e o meio ambiente, considerados na produção do espaço. Justifica-se tal articulação baseada no argumento de que sua incorporação na intervenção planejada irá aumentar a eficácia e a eficiência das políticas, programas e projetos e irá aumentar o prospecto de um desenvolvimento mais eqüitativo e sustentável (Levy, 1992). METODOLOGIA A metodologia utilizada tem como base o estudo da percepção ambiental, de modo a compreender melhor as inter-relações entre homens, mulheres e o ambiente, suas expectativas, anseios, satisfações e necessidades. Segundo Whyte, o estudo da percepção 3 ambiental desponta como instrumento na defesa do meio natural, e ainda pode ser utilizado para reaproximar o homem da natureza, possibilitando melhor qualidade de vida e desenvolvimento com maior justiça social, pode-se complementar. Tal instrumento permite estruturar a forma de encaminhamento do conhecimento ambiental da população em estudo – Gaibu – considerando-a como parte primordial para o planejamento local. A metodologia proposta ainda permite atuar sobre as vulnerabilidades técnicas e científicas identificadas no segmento entrevistado, objetivando aprimorar o conhecimento sobre o meio ambiente e os conflitos na produção do espaço local. Visa também identificar os conflitos – ambientais e sociais – estabelecidos, ou ratificados e intensificados a partir do desenvolvimento da indústria de turismo na área. Essa pesquisa vem sendo realizada através de discussão de casos, visitas técnicas, entrevistas informais e formais, com uso de questionários desenvolvidos para fim específico. Esses questionários foram montados com perguntas de múltipla escolha, havendo solicitação de justificativas, em algumas delas, perseguido os seguintes enfoques: - caracterização, identificação, importância e prioridade dos principais problemas ambientais e/ou sociais do local; - papel do poder público, do turismo, da rede hoteleira, dos trabalhadores informais; - ações individuais no meio ambiente e no dia-a-dia da população nativa; - análise de seus efeitos sobre o meio ambiente e o meio de vida da população; - empresas ou instituições com implicações na área ambiental e social; - efeitos do turismo local na população do lugar e - a identificação da percepção da comunidade sobre os programas ambientais e ou sociais implantados pelo poder local. DISCUSSÃO Observa-se que as transformações mais recentes são resultados das novas relações econômicas e políticas dominantes sobre as formas de funcionamento e de regulação da produção agrícola e de valorização do meio rural. A globalização da economia, regulação da produção, comércio agrícola, crise do desemprego, transformações pós-fordistas das relações de trabalho e de sua regulação influenciam o processo de diversificação social interno do meio rural e suas relações com o meio urbano, que começa a perder o caráter de antagonismo em beneficio da complementaridade e interdependência. O espaço rural situado na costa, em Gaibu, começa a atrair outras atividades econômicas e outros interesses sociais dando novo significado às suas próprias funções sociais. Internamente, a dinâmica do meio rural é o resultado da convergência de diversos fatores, dentre eles, a descentralização econômica, o desenvolvimento industrial e comercial. Desse modo, a disseminação dos serviços rompe com a vinculação entre industrialização e urbanização, criando condições para que plantas industriais e centros comerciais se instalem em certos espaços rurais, beneficiando-se de vantagens locacionais, caráter econômico e social, como vem acontecendo no município do Cabo de Santo Agostinho. Assim, a distância física e social, existente entre campo e cidade vai sendo reduzida (Gehlen-Bryon/2004). 4 A adoção de políticas de caráter econômico (transportes e meios de comunicação), social (aposentadoria rural, crédito para pequenos produtores) e regional, voltada ao desenvolvimento local, vem facilitando a especulação imobiliária e o uso indiscriminado do solo, chegando a desfigurar a natureza do lugar e a romper com a identificação com o local. Diante disto, a resistência vem ocorrendo por parte dos descendentes jovens, que permanecem no lugar (na casa, na roça ou no pedaço de terra comprada pelos seus pais ou parentes), promovendo um tipo de articulação entre a vida rural-urbana. Ao se recusarem a deixar “seu lugar”, buscando meios de viver no e do local, seguem trabalhando no entorno de Gaibu (Idem). A pesquisa vem demonstrando que as tensões ou conflitos expressam-se entre os antigos habitantes e os recém-chegados, alguns representados por aposentados que reencontram suas origens rurais aproveitando, ao mesmo tempo, da natureza do lugar. Além das dificuldades da convivência cotidiana, os conflitos refletem o confronto entre concepções distintas sobre usos que podem ser dados aos espaços, percebidos como um lugar de encontro, de confluência de distintos atores coletivos, estabelecendo entre si relações sociais variadas e que passam a disputar o uso da terra e o controle das instâncias decisórias da vida local. Na década de 80 os espaços rural-costeiros foram marcados pela problemática do meio ambiente, devido às práticas agrícolas poluidoras e predatórias, reintroduzindo a noção da natureza no espaço. Não era apenas a natureza suporte da atividade agrícola/costeira, mas uma natureza pluridimensional, onde os elementos água, ar, terra, retomam importância, tanto quanto a noção de ecossistema (Wanderley). Partindo desta identidade do lugar, os diversos grupos sociais, politicamente organizados, polarizam suas posições, defendendo o espaço agrícola/costeiro, ora como lugar produtivo, ora como espaço de preservação ambiental. A conseqüência deste embate foi a ressignifição do rural/costeiro, expressão que nos discursos dominantes é substituída por meio ambiente a ser preservado como um bem para todos, ou para futuras gerações. Observa-se, também, a importância crescente da classe média de origem urbana no meio rural/costeiro, que constrói um discurso próprio com base numa visão idílica - contato com a natureza e a participação na vida comunitária. Tal visão transforma o rural/costeiro em um espaço de amenidades, expressando-se na defesa da expansão de atividades ligadas ao lazer, ao turismo e aos espaços residenciais, contrapondo-se às indústrias, como poluentes, fontes degradadoras e de impactos ambientais (Gehlen-Bryon/2004). CONCLUSÃO Assim, ao se considerar a participação de diferentes grupos locais, homens e mulheres, na tomada de decisão e implementação de projetos, representações do espaço, torna-se um fator primordial para que possam defender seus próprios interesses e desenvolver estratégias de manejo e gestão ambiental de longo prazo no processo de produção do espaço. A aplicação do enfoque percepção ambiental com o centrado em gênero e meio ambiente nas políticas ambientais e econômicas permite identificar e diminuir o impacto diferencial destes sobre o uso do espaço rural/costeiro. Por outro lado, a concepção de políticas com essa perspectiva enfrenta uma constante tensão entre reconhecer e valorizar o papel de homens e mulheres em seus conflitos com a utilização do espaço, desempenhando ou favorecendo a superação da rigidez das divisões de papéis e subordinação que dificultam o caminho da eqüidade e da sustentabilidade. De modo que, para implementar projetos, programas ou planos focalizando a sustentabilidade torna-se 5 necessário incluir a percepção ambiental da comunidade, além da perspectiva de gênero, criando coesão em busca da eqüidade entre homens e mulheres, valorização das características do lugar e da conservação de recursos naturais. Desse modo, nas escolhas da vida prevalece a valorização do que é percebido como particularidade do meio rural/costeiro, em especial no que se refere à proximidade com a natureza e o estilo de vida dominante. Isto se pode observar nos discursos daqueles que lamentam o declínio de Gaibu, afirmando que a praia vem perdendo sua identidade, tornandose dormitório de veranista de fim-de-semana e local para shows esporádicos, organizados pela Prefeitura. Portanto, face às especificidades espaciais do lugar, os habitantes locais evocam as referências identitárias – eles são do lugar e os outros são veranistas, ou de fora, e se polarizam em conflitos que opõem pessoas com maior poder aquisitivo que vieram “fazer dinheiro” no lugar, vindas de fora, aos trabalhadores de origem local, em torno das vantagens econômicas. O governo local, por outro lado, com a descentralização, pode ter papel importante no apoio positivo às interligações rural-urbanas, uma vez que se encontra em melhor posição para identificar as necessidades e prioridades dos agentes locais e fornecer uma resposta adequada a elas, negociando e regulando o uso dos recursos naturais, que de outro modo pode tornar-se causa de conflitos. ********************* Referências BRYON, E. Terra de mangue (não) é terra de habitar. A subjetividade na produção do espaço do Recife. Recife: Projeto de Tese de Doutorado, UFPE, 2003. BRYON, E. e GEHLEN, V. Mas ... a história se repete: a dicotomia entre gênero e meio ambiente. Recife: GAPP/UFPE, 2004. GEHLEN, V. e BRYON, E. “Comunidade Costeira: a natureza do lugar”. Recife: Simpósio Internacional sobre Comunidades Costeiras, UFRPE, 2004. COELHO FILHO, O. Gênero e recursos naturais – uma introdução. In: HAMMES, V. (Org.) Agir – percepção da gestão ambiental. São Paulo: Globo, 2004. KAUSTSKY, K. La cuestión agrária. Barcelona: LAIA, 1974. LEFEBVRE, H. O direito à cidade. São Paulo: Centauro, 2001. LEFEBVRE, H. The production of space”. USA/UK: Blackwell, 1991. LEFEBVRE, Henri. La revolución urbana. Alianza: Madri, 1972. LEFEBVRE, Henri. De lo rural a lo urbano. Barcelona: Península, 1975. LEVY, C. Gender and the Environment: the challenge of cross cutting issues in development policy and planning. Environment and Urbanization. Vol.4, Nº 1, April. London, 1992. MORIN, E. Por uma reforma do pensamento. In: PENA-VEGA, A., NASCIMENTO, E. O Pensar Complexo – Edgar Morin e a crise da modernidade. Rio de Janeiro: Garamond, 1999. p.33. 6 WANDERLEY, N. A ruralidade no Brasil moderno. Por um pacto social pelo desenvolvimento rural. Mimeo, (?). WHYTE, A. Guidelines for field studies in environmental perception. Paris: Unesco, 1977. ************ Informações sobre as autoras: Eliane Bryon: Arquiteta, Mestre em Desenvolvimento Urbano e Regional, Doutoranda em Serviço Social da Universidade Federal de Pernambuco – UFPE, pesquisadora do Grupo de Estudo em Gênero, Meio Ambiente, Planejamento de Políticas Públicas – GAPP/UFPE e coordenadora da Sociedade para Desenvolvimento Tecno-Ecológico – ECOTEC. Vitória Gehlen: PhD. em Planejamento de Políticas de Desenvolvimento Urbano e Regional, pelo University College London – Development Planning Unit - DPU, professora do Departamento de Serviço Social da UFPE e coordenadora do GAPP/UFPE. 7