DESTAQUES NOVIDADES DO EXTERNATO Página 3 CONCURSO DE POESIA Página 5 externatobenedita.net ESCOLA INCLUSIVA CIENTISTAS POR UMA SEMANA Página 6 BENEDITA E A IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA Página 9 NA PISTA DOS CLÁSSICOS Página 11 ENTREVISTA A ANTÓNIO LEANDRO Página 13 O MUNDO REAL E O IRREAL Tudo começou no final do ano lectivo passado, quando algumas professoras propuseram que nos candidatássemos à Universidade Júnior, um projecto de várias universidades e institutos científicos que, durante uma semana, abrem as suas portas a alunos do 10º e 11º anos, para que estes possam ter um primeiro contacto com a actividade científica. Quatro de nós, então alunos do 11º B, decidi- mos participar na Escola de Ciências da Vida e da Saúde (ECVS), na Universidade do Porto, uma vez que era a área que mais nos interessava e uma cidade que nos fascinava a todos. A princípio estávamos um pouco receosos de não sermos aceites e, além disso, o preço era um pouco alto, mas decidimos arriscar. (continua na página 2) ALUNOS NA ERA DIGITAL Página 15 (continua na página 17) ECB FELICITA FINALISTAS E DISTINGUE O MÉRITO ESCOLAR Decorreu no passado dia 8 de Setembro a sessão de entrega de Diplomas a todos os alunos do 12º ano, bem como a entrega dos Prémios de Mérito aos melhores alunos dos Cursos CientíficoHumanísticos e Profissionais. Com o Centro Cultural Gonçalves Sapinho praticamente cheio, os finalistas subiram ao palco, recebendo das mãos da Direcção da escola e das Directoras de Ciclo o Diploma de conclusão do 12º ano. O Externato distinguiu ainda os alunos com melhor aproveitamento no ano lectivo transacto: Beatriz Serrazina, do Curso de Artes Visuais, e Nuno Miguel Matias, do Curso Profissional de Técnico de Comunicação, Marketing, Relações Públicas e Publicidade. Página 14 CRÓNICA DE UMA VIAGEM AO PERÚ Página 17 TOQUE DE SAÍDA Trianual - Dezembro de 2010 Ano 5 - Número 15 - 1,00 € Director Alfredo Lopes Chefe de Redacção Soledade Santos Externato Cooperativo da Benedita Rua do Externato Cooperativo Apartado 197 2476-901 Benedita [email protected] TOQUE DE SAÍDA ANO 5 - Nº 15 EDITORIAL As notícias da crise, dos cortes, da perda de direitos e da qualidade de vida da maioria da população fazem as parangonas dos jornais e as aberturas dos noticiários. E é difícil abstrairmo-nos, pois tudo isto afecta já o nosso quotidiano e a antevisão do futuro próximo. E contudo, há que prosseguir a vida, encontrar sentidos, motivos, alternativas. As respostas que acharmos resultarão, em grande parte, da análise que soubermos fazer, pois o presente e o futuro são, como já dissemos aqui, menos obscuros e talvez menos assustadores se lidos à luz do passado. Vem isto a propósito de algumas leituras que venho fazendo sobre os traços identitários da cultura portuguesa dos últimos 25 anos. Não é simples equacionar acontecimentos tão próximos, e por certo nos falta o necessário recuo crítico para percebermos claramente o que nos define enquanto povo, sobretudo desde que a revolução de 1974 abriu Portugal à modernidade e desencadeou este grande ciclo de mudanças. No entanto, há aspectos que sobressaem com demasiada constância na cultura portuguesa das últimas décadas para não serem paradigmáticos. Entre eles, a excepcional qualidade de realizações individuais e pontuais – no domínio das ciências e das artes, por exemplo – reconhecida e distinguida internacionalmente. E, em paralelo, uma incapacidade crónica de lhes darmos continuidade, de passarmos do episódico ao sistemático, integrando estes rasgos na cultura nacional. De facto, a intermitência e a fragilidade são apontadas como característica das nossas propostas culturais. Infelizmente, não bastam prémios, por mais meritórios, não bastam rasgos individuais, por mais geniais. Persistência, perseverança, ecumenismo de esforços. Eis o desafio, segundo o que se diz. Faz sentido, do meu ponto de vista. JÁ À VENDA ANUÁRIO 2010 O Anuário 2009/2010 já está à venda na biblioteca da escola. Esta edição do Instituto Nossa Senhora da Encarnação mostra as actividades que alunos e professores desenvolveram ao longo do ano lectivo transacto. A apresentação à comunidade escolar decorreu em duas sessões, tendo sido sublinhado que este projecto pretende mostrar a escola tal qual ela é nas suas múltiplas vivências. A presente edição do Anuário está associada aos 45 anos do Externato, com a publicação de textos do Concurso Literário “A minha escola faz 45 anos” e de cartazes do ano lectivo 2008/2009 sobre a efeméride, elaborado por alunos do Curso de Artes Visuais. Professor Ricardo Miguel Director do Jornal: Alfredo Lopes Redacção: Deolinda Castelhano Luísa Couto Soledade Santos (Chefe de redacção) Teresa Agostinho Professora Soledade Santos (Continuação da página 1) ECB FELICITA FINALISTAS E DISTINGUE O MÉRITO ESCOLAR Este momento foi ainda aproveitado para o lançamento do Anuário 2009/2010, o qual patenteia a miríade de actividades realizadas no ano que findou, muitas delas levadas à prática por estes alunos que em Julho se despediram do Externato. A todos os finalistas do Ano Lectivo 2009/2010, desejamos os maiores êxitos profissionais e pessoais. Professor Ricardo Miguel 2 SUMÁRIO Escola viva ECB felicita finalistas 1 Já à venda anuário 2010 2 Ano lectivo 2010/2011 3 Salas de aula - material interactivo 3 CEF - Um caminho um futuro 3 Quem sou eu? 4 Notícias do Francês 4 Campo vocacional para raparigas 4 Glee Club 5 Eco-Escola 5 ECB distinguido na defesa do ambiente 5 Concurso poesia 2010/2011 5 Escola inclusiva: realidade? 6 ECB adere ao projecto EscolaMundo 6 Quadro de mérito 8 Alunas ganham prémio 20 A escola é fixe 20 Arte e Cultura Arte e forma 9 Entre livros 10 Sugestão de leitura 10 Top 10 10 Nobel da literatura 2010 11 Na pista dos clássicos 11 “Ele era o pintor eu faço bonecos” 20 Olhar Circundante Um projecto musical da Benedita 12 Bango 2010 12 8º Festival Secundário 12 Entrevista a António Leandro 13 Bob Marley 14 O mundo real e o irreal 14 9 O Lugar da Memória Recriar o Mundo Na brancura da página 7 As primeiras metáforas 7 Drugs are able to give you a break 7 Ciência, Tecnologia e Ambiente Marketing e vendas: Maria José Jorge Alunos na era digital Copiar colar 15 Composição gráfica: Nuno Rosa Paulo Valentim Samuel Branco A primeira vacina 15 Chuva de lama 16 Equipa de Reportagem: Acácio Castelhano Ana Duarte Ana Luísa Quitério Clara Peralta Estela Santana Fátima Feliciano Graça Silva José Cavadas Maria de Lurdes Goulão Ricardo Miguel Sérgio Teixeira Valter Boita Crónica de uma viagem ao Perú 17 15 O que é o cancro? 16 HPV - cancro do colo do útero 16 Mente Sã em Corpo São Corta mato escolar 18 Desporto escolar 18 Notícias do xadrez 18 A obesidade 19 As receitas da Isabel 19 Jin Shin Jyutsu 19 Passatempos 19 Impressão: Relgráfica, Lda Tiragem: 500 exemplares Preço avulso: 1,00 € ESCOLA VIVA ANO 5 - Nº 15 TOQUE DE SAÍDA NOVIDADES DO EXTERNATO…. ANO LECTIVO 2010/2011 SALAS DE AULA MATERIAL INTERACTIVO Os quadros interactivos que se encontram nas nossas salas de aula são muito úteis, embora, como tudo na vida, possam ter também aspectos prejudiciais. Mas, segundo o meu ponto de vista, apresentam sobretudo vantagens. As tecnologias interactivas são sempre bem recebidas pelos alunos, pois assim aprendem a matéria de forma mais divertida e prática. Para os professores também penso ser melhor, pois se ensinarem a alunos mais interessados e curiosos acerca da própria tecnologia e suas ofertas, será mais gratificante para todos. Agora sim, podemos comparar tudo isto aos antigos quadros de xisto e às alergias que o giz provocava a alguns de nós. No tempo dos nossos avós, usavam-se as ardósias e, no tempo dos nossos pais, aqueles quadros pretos horríveis. Já era tempo de mudarmos! Como será no tempo dos nossos netos? Se calhar já nem existem professores e é tudo informatizado e comandado pelas próprias máquinas. Hélder Cruz, 8ºF Neste ano, o Externato abraçou novos desafios: dos 211 alunos distribuídos pelas 9 turmas do 7º ano, os 24 que compõem a turma A frequentam o Ensino Integrado de Música. Para isso, o ECB estabeleceu um protocolo com a Academia de Música de Alcobaça, tendo a turma um currículo próprio. Indo ao encontro da escola inclusiva, o ECB criou condições para acolher dois alunos com deficiência mental a frequentar o 7º ano; este desafio obrigou a escola a dotar-se de meios humanos especializados e destinados a um acompanhamento individualizado destes alunos, estando também toda a comunidade escolar particularmente sensibilizada. Para dar resposta aos alunos do Ensino Básico que apresentam um historial de retenções repetidas ou um percurso marcado pelo abandono escolar antes da conclusão do 3º Ciclo, o ECB dispõe de um Curso de Educação e Formação de nível 2, designado por CEF, e frequentado por 20 dos 200 alunos matriculados no 8º ano. Frequentam o 9º ano 164 alunos. No 10º ano, 267 alunos, distribuídos por 11 turmas; nas 8 turmas do 11º ano, há 187 alunos, e no 12º, 154 alunos compõem as 10 turmas do ensino diurno. Frequentam o ensino recorrente por módulos, em regime nocturno, 11º e 12º anos, um total de 25 alunos. Há muito solicitado pelos alunos e respectivos Encarregados de Educação, o Externato alargou a sua oferta no que diz respeito às opções de Língua Estrangeira, com a disciplina de Espanhol, frequentada por 20 alunos das turmas I, J e K do 10º ano dos Cursos Profissionais. ESCOLA VIVA Visando um ensino de vanguarda e uma contínua melhoria da qualidade das aprendizagens, a nossa escola adquiriu novos equipamentos: quadros interactivos PCnetboard, que neste momento equipam 16 salas de aula; 25 mesas Uninet; 36 videoprojectores; e 36 quadros de porcelana branca, entre outros. Além disso, foram remodelados e melhorados vários laboratórios e salas de aula. O Externato renovou uma vez mais o certificado de qualidade emitido pela EFQM, símbolo do reconhecimento do mérito deste estabelecimento de ensino que conta com 45 anos de história ao serviço da comunidade. O Centro Cultural Gonçalves Sapinho, importante valência do Externato, assumiu uma nova dinâmica passando a dispor de uma regular e diversificada agenda cultural com uma programação frequente de cinema que pode ser consultada no site deste organismo. Inúmeros desafios, mudanças, obstáculos e oportunidades marcam mais um ano lectivo, que se espera ser de sucesso. São estes os votos da equipa do Toque de Saída. Professora Fátima Feliciano CEF - UM CAMINHO… UM FUTURO Um dos principais objectivos do ECB é a promoção do sucesso escolar, bem como a prevenção dos diferentes tipos de abandono escolar, designadamente o desqualificado. Para a prossecução deste objectivo, têm vindo a ser tomadas diversas medidas, entre as quais a abertura, neste ano lectivo, de um Curso de Educação e Formação (CEF) com a duração de dois anos e conferindo o 9.º ano de escolaridade e uma qualificação profissional de nível 2. Este destina-se, preferencialmente, a jovens com idade igual ou superior a 15 anos, em risco de abandono escolar ou que já abandonaram antes da conclusão da escolaridade de 12 anos. O curso aberto é de Instalação e Operação de Sistemas Informáticos e atribui um certificado profissional de Operador/a de Informática. O operador de informática é o profissional que, de forma autónoma e de acordo com as orientações técnicas, instala, configura e opera software de escritório, redes locais, Internet e outras aplicações informáticas, além de efectuar a manutenção de microcomputadores, periféricos e redes locais. No final deste curso existe uma componente de formação prática, a desenvolver em contexto de trabalho, que assume a forma de estágio e visa a aquisição e o desenvolvimento de competências técnicas, relacionais, organizacionais e de gestão de carreira, relevantes para a qualificação profissional, para a inserção no mundo do trabalho e para a formação ao longo da vida. Professora Rita Radamanto 3 TOQUE DE SAÍDA ANO 5 - Nº 15 QUEM SOU EU? De afectos e emoções é feita a vida. Sentimo-los na pele e no peito. Tantos, tantos, que nem têm nome! E a quase todos damos mais do que um nome: tristeza, alegria, raiva. Tristeza depressão, tristeza dor, tristeza angústia, tristeza apatia, tristeza solidão, ou apenas tristeza triste. E alegria? Euforia, contentamento, paz, motivação, desejo, amor… Raiva furiosa, zangada, agressiva, nervosa, vingativa… São tantas as emoções que parece que tudo o que nos rodeia nos traz… mais emoções! Começa logo cedo. Pela manhã, o despertador que desper- ta para a angústia de um novo dia carregado de angústias e de preocupações com a escola, com os amigos, namorados, pais, irmãos. Ou, pelo contrário, o mesmo despertador desperta da dor de uma noite mal dormida, inundada de ansiedade e insónias, pesadelos e solidão. E no entanto, parece que tantos de nós passamos pela vida a fugir das emoções: recusamos sentir e recusamos pensar no que sentimos, e porque sentimos o quê e por quem. E mais: recusamos pensar no que somos, em sentimentos. Somos amigos, solidários, tímidos, extrovertidos, alegres, astuciosos, ambiciosos, apáticos, solitários, explosivos, calmos, afáveis, ansiosos, agitados, afectuosos… Existem mais de 400 denominações para emoções, sentimentos e estados afectivos. Então porquê tanta dificuldade, quando somos confrontados com esta simples questão: Quem somos nós? A resposta, creio, está no hábito e na educação. Estamos habituados a olhar mais para os outros e não tanto para nós próprios. Fomos educados por pais que, no intuito de darem uma boa educação, não mostrando defeitos de carácter, mais facilmente falam e apontam o que os filhos fazem, do que reflectem no que eles próprios são e fazem, e têm extrema dificuldade em verbalizar os erros cometidos e traços de personalidade considerados menos positivos. Acredito que se dedicássemos 5 minutos diários a reflectir sobre “o que senti hoje e porquê”, muito mais facilmente se lidaria com o turbilhão de sentimentos que assolam a adolescência, e também com pontuais perturbações afectivas que surgem no estado adulto. Lidar frequentemente com sentimentos torna-os familiares, aprendemos a viver com eles de um modo muito saudável e positivo que permite o crescimento. Isto, porque a grande maioria dos alunos do 9º ano, em Orientação Vocacional, bloqueia quando confrontada com esta questão: QUEM SOU EU? NOTÍCIAS DO FRANCÊS As professoras de Francês estão a preparar a habitual visita ao Futuroscope – França, para cerca de 50 alunos do 9º ano, Ensino Secundário e Ensino Nocturno, do Externato. Esta actividade decorrerá durante a Semana Cultural, entre os dias 5 e 9 de Abril, e tem como finalidade permitir aos alunos um contacto privilegiado com a língua e a cultura francesas, bem como a vivência de experiências no domínio das novas tecnologias aplicadas ao conhecimento e ao lazer. Este ano lectivo, o grupo de Francês iniciou a preparação de alunos do 8º e 9º ano que pretendam realizar os exames Delf Scolaire, em Maio, sob a orientação da Alliance Française. Estes exames, elaborados e certificados pelo Ministério da Educação Nacional Francês, conferem aos alunos o grau de proficiência A1 ou A2 em Língua Francesa, de acordo com o Quadro Europeu de Referência das Línguas, e concedem-lhes a possibilidade de aceder mais facilmente a escolas ou trabalho em países de expressão francesa. Margarida Ferreira, Psicóloga do ECB Site: http://www.ciep.fr/delfdalf/ CAMPO VOCACIONAL PARA RAPARIGAS Nos dias 9 a 12 de Julho ocorreu no Seminário de Penafirme um encontro vocacional para raparigas. Éramos cerca de 41 ra4 parigas, 6 animadoras, 5 irmãs e 2 padres. Fomos divididas em dois grupos: dos 13 aos 15 anos /dos 16 aos 18 anos, e a partir daí cada grupo foi dividido em subgrupos. Nestes quatro dias, o tema que desenvolvemos foi “Maria: Farol do Mar”, e em subtemas: Maria encontra o Mar, Faz-te ao Mar, Saber a Mar e Vive no Mar. Tudo começou no dia 9 com a chegada de todas as raparigas de várias partes do país. Depois reunimo-nos para almoçar com as irmãs e animadoras, e nessa tarde fizemos vários jogos e desenvolvemos diversas tarefas. À noite, fomos informadas de que não podíamos utilizar telemóveis, mp4 ou qualquer tipo de tecnologias durante estes dias, e só podíamos reavê-los durante meia hora depois do almoço e do jantar, o que para muitas raparigas foi penoso, por estarem tão dependentes do telemóvel. Na minha opinião, o primeiro dia foi o que custou mais porque não estávamos habituadas a esta rotina, a estes hábitos, sem tecnologias nem objectos supérflu- os para utilizar, mas havia várias ocupações, como snooker, matraquilhos, um piano, mesa de pingpong e a interligação de umas com as outras, a cantar e a tocar guitarra. Por isso, aqueles momentos de oração e de reflexão, as partilhas com outras raparigas e a convivência desses quatro dias fizeram com que todas nós nos tornássemos pessoas muito mais ricas espiritualmente. Eu tinha ido com o intuito de me encontrar a mim-mesma e descobrir o que queria para mim, e recebi essas respostas e essa força para viver e conviver em sociedade. Gostaria de agradecer ao Prof. Sérgio Costa que me deu a palavra certa quando o procurei, e também às irmãs, às animadoras e aos padres que me acolheram e proporcionaram um dos melhores encontros da minha pequena caminhada, muito obrigada a todos. Adriana Marques, 10ºG ESCOLA VIVA ANO 5 - Nº 15 TOQUE DE SAÍDA GLEE CLUB O Glee Club é um projecto novo, criado por nós, Carmelita Costa (professora de Inglês) e Estela Santana (professora de Educação Física), e dirigido a todos os alunos do ECB. Foi inspirado na série televisiva Glee e tem como principal objectivo o aperfeiçoamento do Inglês e das artes performativas, especialmente do canto e da dança. Numa fase inicial, foi feita uma pré-inscrição para todos os alunos que desejavam participar no Clube. Com 53 inscrições, que superaram em muito as nossas expectativas, ficou evidente a necessidade de proceder a audições, durante as quais cada um dos alunos pôde demonstrar o seu talento. No fim desta odisseia, ficaram apurados 18, que impressionaram pela atitude, coragem e enorme talento. Gostaríamos muito de agrade- cer a todos os que compareceram aos castings, e deixar a mensagem de que não deixem nunca de acreditar, não desistam e lutem sempre para serem melhores. É essa a verdadeira lição a retirar! Pela vida fora, existirão muitos mais projectos em que poderão participar, e lutar é uma das mais belas virtudes humanas! Finalmente, aos talentosos elementos do Glee Club: Alexandra Viana - 10ºF, Alice Vicente - 9ºC, Ana Loureiro - 7ºA, Ana Rocha - 10ºH, Bernardo Mendes 7ºA, Carla Vicente - 10ºB, Catarina Coito - 8ºG, Cláudia Santos - 10ºC, David Raimundo - 10ºC, Diogo Honório - 8ºD, Fabiana Gonzaga - 10ºD, Flávia Salvador - 10ºH, Georgeta Munteanu - 8ºG, Jacinta Madaleno - 7ºA, Ricardo Marquês 10ºI, Sara Rocha - 11ºE, Sofia Corticeiro - 12ºA, Sofia Fialho - 10ºA Em parceria com o projecto Eco-Escola, a Associação Gobius trouxe ao Externato o projecto Habitatz, “biodiversidade sem limites’”, no passado dia 3 de Novembro. Habitatz consiste num conjunto de actividades educativas, de abrangência nacional, que visam sensibilizar os cidadãos portugueses para temas como a Conservação da Biodiversidade, as Políticas Europeias para o Ambiente, Ecossistemas e Espécies Emblemáticas, o Desenvolvimento Sustentável na Europa e os Valores Europeus. Integrado na acção “Um dia por uma Eco-Europa”, os alunos participaram em diversas actividades que decorreram no CCGS e visitaram uma exposição. Professor Ricardo Miguel Bem-vindos e… ao trabalho! A estreia é já na Festa de Natal. Até lá! ECB DISTINGUIDO NA DEFESA DO AMBIENTE Coroando o trabalho de toda a comunidade escolar, o Externato Cooperativo da Benedita recebeu novamente o galardão ECO-ESCOLAS, atribuído pela ABAE – Associação Bandeira Azul da Europa. Através do cumprimento de um plano de acção, o ECB viu ser-lhe atribuída novamente a bandeira verde que está hasteada no átrio da escola. Numa sessão realizada em Ourém, a delegação do Externato recebeu esta distinção que premeia o empenho de todos na melhoria do ambiente. No presente ano lectivo, o trabalho do projecto Eco-Escolas será coordenado pela professora Isabel Paixão. Os temas trabalhados durante este ano serão a Água, a Energia, os Resíduos e a Floresta. ESCOLA VIVA PROJECTO HABITAZ NO ECB Professoras Carmelita Costa e Estela Santana CONCURSO DE POESIA 2010/2011 Este concurso, iniciativa das professoras de Português, destina-se a promover o gosto pela poesia e a divulgar jovens talentos, estimulando a capacidade criativa dos alunos da nossa escola. Eis uma súmula do seu regulamento. Podem concorrer, com trabalhos de poesia, todos os alunos do ECB. Os trabalhos, de tema livre, devem ser inéditos e individuais, escritos a computador, em letra Arial, tamanho 12, espaçamento 1,5. Numa primeira fase do concurso, são escolhidos os melhores trabalhos. Numa segunda fase, os concorrentes seleccionados declamam os seus poemas perante um júri que apurará os três premiados do 3º ciclo e os três premiados do secundário. Os trabalhos a concurso, assinados com pseudónimo, são entregues à respectiva profes- sora de Português até ao dia 14 de Janeiro, num envelope fechado, em cujo rosto se deve escrever apenas: “Concurso de Poesia”. Com este, deve seguir outro envelope fechado, em cujo rosto se inscreveu o pseudónimo utilizado, e contendo no interior uma folha em que conste o pseudónimo, o nome do autor, o ano, a turma e o número. Os trabalhos seleccionados são divulgados dia 4 de Fevereiro; a audição das declamações tem lugar a 21 de Março, Dia Mundial da Poesia; e a entrega dos prémios e a repetição das declamações efectuar-se-á no Sarau Cultural, a 1 de Abril. O Júri do concurso será constituído pelas professoras de Português e por um convidado, sendo a atribuição dos prémios decidida por maioria de votos. Das decisões do Júri não haverá recurso. Ao autor do melhor trabalho, de cada ciclo, serão atribuídos um diploma de participação e um prémio. Todos os concorrentes na fase da declamação receberão diplomas de participação e, sempre que o entender, o júri poderá atribuir menções honrosas. Os trabalhos premiados passarão a fazer parte do património do grupo disciplinar de Português. 5 TOQUE DE SAÍDA ANO 5 - Nº 15 ESCOLA INCLUSIVA: REALIDADE? ESCOLA INCLUSIVA? INCLUSÃO? Falar em escola inclusiva é dizer que todos têm o direito a estudar numa escola de ensino regular, daí resultando a construção do conhecimento em conjunto. O art.74 da Constituição da República Portuguesa enuncia o direito de todos os cidadãos à igualdade de oportunidade de acesso e êxito escolar. O n.º 2 do mesmo artigo adianta: “incumbe ao Estado: …garantir a todos os cidadãos segundo as suas capacidades, o acesso aos graus mais elevados de ensino; … promover e apoiar o acesso dos cidadãos portadores de deficiência ao ensino e apoiar o ensino especial quando necessário”. No entanto, esta ideia de inclusão só ganha força com a publicação pela ONU da Declaração de Salamanca sobre os princípios, políticas e práticas em educação especial e respectiva assinatura por diversos países, incluindo Portugal. Na verdade, não são muitas as escolas que vivem esta realidade: a existência de alunos diferentes por serem portadores de uma deficiência. Posso dizer que trabalho numa que tem vivido com esta realidade já há algum tempo. O primeiro caso que recordo é o de uma aluna com deficiência visual e, mais tarde, uma outra com deficiência auditiva. Não constituíram grandes obstáculos, mas os professores viram-se obrigados a alterar métodos e estratégias de ensino. A mudança maior foi aquando da chegada de um aluno com deficiência motora, aqui houve necessidade de proceder a alterações dos recursos materiais e humanos. Entretanto, outros alunos com necessidades educativas especiais (a nível físico) apareceram e já nem se sentia a diferença, nem as adaptações. Faziam com normalidade: o apoio especial da professora de apoio e o acompanhamento individualizado da funcionária que ajuda o aluno. Ora acontece que um dia… mais precisamente, este ano, algumas personagens deste enorme cenário (ESCOLA) mudaram. Alguns professores estão a sentir o verdadeiro significado da inclusão. De quem falo, perguntarão os leitores curiosos? Dois alunos especiais. Dois adolescentes afáveis, simpáticos, um mais conversador que outro. Um curioso, outro muito observador. Destaco um em particular, portador de Trissomia 21. Convém confessar que quem lida com ele (colegas, professores, funcionários), está numa fase de aprendizagem, um autêntico desafio já que se tem de fazer alterações a todos os níveis. É aprender e ensinar. É aceitar a diferença. É compreender e ser compreendido. O que provoca também anseio em saber como fazer, se se está a fazer o correcto, se... se… Anseio que se torna maior no ambiente sala de aula, onde a diferença reina! Bom, mas está tudo bem? É verdade que o ser humano tem uma fantástica capacidade de se adaptar a situações inóspitas. Mas deveria ter havido uma formação específica para preparar bem a circunstância? Não basta colocar estes alunos na escola regular, nas salas de aulas, terem um professor de apoio especial, um psicólogo, e “apregoar-se aos sete ventos” que a escola inclusiva em Portugal é uma realidade, a caminho do sucesso! Se for, deve-se ao empenho e à perseverança dos actores dessa mesma escola. Posso dizer que tenho o privilégio de trabalhar com o referido aluno. Eu aprendo, enriqueço a minha formação, enquanto pessoa e profissional, procuro informação, reformulo métodos e estratégias, partilho… e recebo sempre em troca (agora que ganhei a confiança dele!) um GRANDE sorriso e um “É”! Não nos iludamos! Deveria ter havido formação adequada de professores, com conhecimentos na área científico-pedagógica da(s) disciplina(s) que leccionam, que intervêm no processo educativo destes jovens em particular, antes desta MUDANÇA. Até se pode garantir os recursos humanos e materiais. Há que adequar as turmas, não só em número de alunos, a estes alunos com necessidades educativas específicas, para que todos aprendam a conviver com a diversidade e a respeitar a diferença, efectivamente. É que qualquer intervenção pedagógica específica e diferenciada deverá ter em conta, por um lado, a generalidade dos alunos, principalmente quando estes também têm dificuldades de aprendizagem, e, por outro, as adequações necessárias às características individuais dos alunos com Trissomia 21 e outros portadores de uma outra deficiência grave. Einstein diria: “Quanto maior a dúvida, maior o despertar!” É, não é?! Professora Lucília Borges (Versão integral do texto publicado em 29 de Outubro no jornal Região de Cister.) EXTERNATO ADERE AO PROJECTO ESCOLAMUNDO Pela primeira vez, o grupo de Geografia está a dinamizar o Projecto EscolaMundo, numa parceria que pretende sensibilizar os alunos para os valores da cidadania. EscolaMundo é um projecto de cariz internacional, financiado pela Comissão Europeia e coordenado em Portugal pelo IMVF – Instituto Marquês de Valle Flor – em parceria com as ONG parceiras em mais cinco países europeus. O EscolaMundo visa apoiar a comunidade educativa no sentido de reforçar valores, incentivar uma postura activa de cidadania global e trabalhar de forma transversal, aproveitando os projectos já existentes na comunidade escolar, de forma a delinear uma ideia de justiça social global, da escola para o mundo. O projecto pretende trabalhar com os 6 professores e técnicos da comunidade escolar nas várias áreas curriculares e disciplinas, promovendo o reforço de valores e a partilha de experiências educativas; e tratar as questões da Educação para o Desenvolvimento – um processo activo de aprendizagem que visa mobilizar a sociedade para as prioridades do desenvolvimento humano sustentável. Ideias para dinamizar aulas, informações sobre algumas das grandes questões mundiais e dicas para jovens organizarem eventos na escola são algumas das propostas sugeridas pelo projecto. De entre as actividades, destaca-se o “Stand Up: Levanta-te contra a pobreza” (fotografia ao lado). Professor Ricardo Miguel ESCOLA VIVA ANO 5 - Nº 15 TOQUE DE SAÍDA NA BRANCURA DA PÁGINA O haikai é um pequeno poema de origem japonesa, que há muito vem sendo cultivado no Ocidente, onde foi adaptado às características da nossa poesia. É uma composição de 3 versos – normalmente com 5-7-5 sílabas métricas – sem rima nem título. Poesia do presente e do fugaz, evita a generalização e a subjectividade, contendo referências à natureza e remetendo para uma estação do ano através do chamado termo-estação ou kigo. Ao haikai associase uma atitude zen e contemplativa. Numa das últimas aulas de Português do ano passado, já a poucos dias das férias de verão, os alunos do 10º D travaram conhecimento com alguns mestres haijin, como os poetas clássicos Bashô e Issa. E quiseram experimentar a técnica do haikai – aliás, mais do que uma técnica, um exercício de contenção poética e uma disciplina do olhar. Eis alguns dos poemas escritos nessa aula pelos jovens haicaístas, a quem agradeço por terem permitido a sua publicação no Toque de Saída. AS PRIMEIRAS METÁFORAS – I Houve um homem, anterior a estes e ao abismo. Chovia. O homem apontou o céu e disse «olha como as nuvens choram.» Foi o primeiro. As palavras eram ainda leves e, naturalmente, era também possível dizer coisas belas e imprevistas como um relâmpago. Paulo Tavares, Minimal Existencial, Artefacto, Lisboa, 2010 (Poema extraído do segundo livro de Paulo Tavares, de quem o Toque de Saída publicou vários inéditos entre 2005 e 2007.) Professora Soledade Santos Já anoiteceu – embalado pelos grilos o sol adormece. Ana Portugal Ouve o vento frio passar entre as folhas secas – a lua nasceu. Nicole Almeida Com este calor o vento tarda em chegar – os pássaros cantam. Sara Isabel A brisa suave – ao sabor do vento a saia borboletejando. André Justino Ouve o rouxinol que não parou de cantar a chamar a lua. É de madrugada, cegonhas cortam o céu – o mundo não pára. Rita Lopes As árvores novas – como estão elas à espera de desabrochar! Ana Faustino O menino dorme e as melgas riscam a noite. Sobe a lua cheia. Rute Lopes As folhas voltaram assim como as andorinhas. As árvores riem. Paulo Constantino A manhã rompeu. Pequeno-almoço na mesa – começa o dia. Sofia Santos O dia adormece. Com os sapos a cantar a lua desperta. Alexandre Sousa Luís Silva O cão vai ladrando atrás do gato que foge na noite profunda. João Rebelo DRUGS ARE ABLE TO GIVE YOU A BREAK Drugs are able to give you a break Crack and cocaine are the devils taste Hopes and dreams are given away You might think it’s alright but it’s not ok From the shadows they shall return To bring all the things you desire You’ll be trapped, you’ll be burned Think, is that what you want?! A whole life to live, and you throw it away God gave you life and is this how you repay? You became blind, you sold your soul Now your days are a big black hole You have become a puppet full of greed Now heavy drugs are all what you need Instead of truth you chose your lies Won’t last long because soon you’ll die Don’t do any worse, don’t scratch your skin You did your work, you must pay for your sin Silence shouting, twiching on the floor You’re one more soul that is rotten to the core From that vicious cycle you cannot escape RIP my son you marked your fate Can you see now what I’m telling?! Not all the stories have an happy ending! Bruno Silvestre, 12º Ano Rompe a manhã débil, um pingo de orvalho cai. O gato não vem. João Ribeiro RECRIAR O MUNDO 7 TOQUE DE SAÍDA ANO 5 - Nº 15 ANO LECTIVO - 2009/2010 3º PERÍODO QUADRO DE MÉRITO 7º ANO 10º ANO 12º ANO Henrique Cardoso Vicente 7ºB Alexandra Paulo Francisco 10ºA Catarina Rebelo Silvério 12ºA Filipa Vicente Custóias 7ºE Carolina Perista Serrazina 10ºA Hugo Miguel Fonseca Rodrigues 12ºA Henrique Lourenço Ferreira 7ºE Joaquim M. Vinagre Ferreira 10ºA Mariana Filipa Carvalho e Silva 12ºA Inês Marquês Mateus 7ºE Juliana Serrazina Pedro 10ºA Raquel Castelhano Dias 12ºA João Gil Delgado Silva 7ºE Maria Serrazina Carvalho 10ºA Rita Santos Bernardino 12ºA Fabiana Crisóstomo Costa 7ºF Tiago Costa Mateus 10ºB Simão Silva Vicente 12ºA Francisco Miguel D. Salvaterra 7ºG André da Costa Marques 10ºC Tiago Santos Ezequiel 12ºA Helena Carvalho Gorricha 7ºG Francisco M. Quaresma Ramalho 10ºC Ana Luísa Marques Pereira 12ºB Inês da Cruz do Couto 7ºG Hugo José da Silva Fernandes 10ºC Arlete Sofia Mendes Sineiro 12ºB Carlos Ferreira Martins 7ºH Pedro Radamanto Rodrigues 10ºC Cláudia Paciência Santos 12ºB Georgeta Munteanu 7ºH Andreia Dias Lopes 10ºE Cristiana Faustino Higino 12ºB Bárbara Maximiano Martins 10ºE Inês Domingos Belo 12ºB Ana Sofia Valério Lopes 10ºF Juliana Fialho Costa 12ºB 12ºB 8º ANO Maria Ana Bernardo Almeida 8ºB João Filipe Pereira Rodrigues 10ºF Laura Catarino Gonçalves Vanessa Agostinho Ferreira 8ºB Margarida Costa Serralheiro 10ºF Liane dos Santos Canas 12ºB Alice Coelho Vicente 8ºC João Emanuel Peralta e Tato 10ºG Mariana da Silva Rodrigues 12ºB Catarina Castelhano Dias 8ºC Marisa Ferreira Machado 10ºG Mónica Daniela Santos Fialho 12ºB José Luís Alexandre Mateus 8ºC Cláudia Adrião Moreira 10ºI Paulo Miguel Vicente Batista 12ºB Mariana da Silva Alves 8ºC Daniela Tomás Costa 10ºI Bárbara Santos Serralheiro 12ºC Carolina Gonçalves Guerra 8ºD Catarina Fialho Marquez 12ºC Inês da Silva Fernandes 8ºD 11º ANO Jéssica Carreira Martins 8ºD António Serrenho do Carmo Catarina Moreira Ferreira 8ºE Patrícia Sousa Paulo 8ºE Célia Gomes Franco Mendes 12ºC 11ºA David Marques Vicente 12ºC Daniela Filipa Mendes Francisco 11ºA Fábio Sousa Cruz 12ºC Inês Marques Moreira 11ºA Filipa Isabel M. M. Serrazina 12ºC 12ºC Sara Catarina Cardoso Mendes 8ºE Nídia Quitério Ferreira 11ºA Joana do Mar Ferreira Machado Ana Paula Jorge Cruz 8ºF Patrícia Bispo Pimenta 11ºA José Carlos Barreiro Mateus 12ºC Bruna Gerardo Castelhano Boita 8ºF Ricardo Nazaré Serrazina 11ºA Juliana Marques Santos 12ºC Eduardo Manuel S. F. Aivado 8ºF Ana Rita Ribeiro Marques 11ºB Mariana Mateus Madaleno 12ºC Inês Morais Penas 8ºF Eunice Ferreira Vicente 11ºB Marta Carvalho Santos Baptista 12ºC Isa Morais Penas 8ºF Joana Maria dos Santos Boita 11ºB Micaela do Carmo Bento 12ºC Luciana Filipe Neto 8ºG Maria Santos Vicente 11ºB Miguel Machado Lopes 12ºC Filipa Alexandra Paulo Lindo 8ºH Sofia Marques Félix Castelhano 11ºB Tatiana Marques Ladeira 12ºC Pedro Rui Ramalho Constantino 8ºH Cristina Isabel Ferreira Tomás 11ºC Cidália Margarida Machado Tomás 12ºD Adriana Fialho Passarinho 11ºD Mariana Guerra de Almeida Guilherme Fialho Passarinho 11ºD Susana Isabel Vicente do Coito 12ºD 11ºE Tânia da Conceiçaõ Quitério 12ºD 9º ANO 12ºD Miguel Ângelo Honório Silva 9ºA Maria Luísa V. J. A. Sales Catarina Lourenço Silva 9ºB Beatriz Mateus Tiago 11ºF Vanessa Marques Fialho 12ºD Cláudia Sofia Coito e Silva 9ºB Sofia Ferreira Sebastião 11ºF Daniela Sofia Mendes Santos 12ºE Mónica Sofia Pereira Lourenço 9ºB Catarina Ferreira Lopes 11ºH Joana Filipa Paciência Paulo 12ºE Ana Carolina F. P. S. Pontes 9ºD Diana Isabel Pereira Tomás 11ºH Juliana Vieira Belo 12ºE Sara Cristina F. Monteiro Mendes 9ºD Rita Margarida Pereira Henriques 11ºH Lea Mões da Fonseca 12ºE Carolina Alexandra Vicente 9ºF Rafael Bernardo Santos 11ºI Maria do Carmo Ferreira Guerra 12ºE João Marcos M. Crisóstomo 9ºG Teresa do Carmo Ferreira 12ºE Milene Magalhães Inácio 9ºG Tiago Manuel Pereira Martins 12ºE Beatriz Pimenta Penas 9ºH Ana Rita Felizardo Francisco 12º F Sónia Fialho Felizardo 9ºH Beatriz Maximino B. da Silva 12º F Carlos Miguel Loureiro Siopa 9ºI Beatriz Perista Serrazina 12ºF Catarina Henriques Lopes 9ºI Bruno Filipe Fonseca Santos 12ºF 8 Joana Almeida G. Guimarães Sá 12ºF Patrícia Constantino Lourenço 12ºF Luís Miguel M. Vicente 10ºC.T. Márcio André C. Pedro 12ºC. T. ESCOLA VIVA ANO 5 - Nº 15 TOQUE DE SAÍDA BENEDITA E A IMPLANTAÇÃO DA REPÚBLICA Uma das coisas que me dá prazer é escrever o artigo para o “Lugar da Memória”, especialmente pela pesquisa que antecede o produto final. Para o artigo deste Jornal, a redacção achou que seria interessante algo que se enquadrasse nas comemorações dos 100 anos da República. Fiquei entusiasmada, só que não estava preparada para a dificuldade que iria encontrar para recuar 100 anos e conseguir encontrar documentação e pessoas que me pudessem elucidar sobre o que se passou na Benedita (à época, uma humilde aldeia rural com apenas 3130 habitantes) e como aqui foi recebida a notícia da implantação da República. Em 1910, ano da queda da Monarquia e da implantação da República, o pároco da Benedita era o Padre António de Jesus Faria, ao mesmo tempo presidente da Junta. E o regedor o Sr. José Duarte Picão (na foto com a esposa, D. Bernardina Pereira da Conceição). Encontradas as autoridades do poder local da altura, faltava-nos encontrar algo que nos indicasse a reacção da população e, finalmente, graças à amabilidade do Eng. Luís Guerra de Almeida, ficámos a saber que o seu tio, António Ribeiro de Almeida, nascido na Benedita em 16 de Abril de 1886, homem de grande cultura, que tinha frequentado o Seminário de Santarém, foi regedor em 1908 e vereador da Câmara Municipal de Alcobaça em 1910. Era um monárquico convicto e anti-republicano que não escondia as suas ideias. Com os pais, passava algum tempo na Quinta da Granja (propriedade da família), em Turquel. E aí foi surpreendido pela GNR, que cercou a quinta e trazia ordem para o deter e levar para a cadeia, em Alcobaça. Segundo fonte fidedig- na, a mãe do jovem, D. Rachel do Nascimento Ribeiro, ajoelhou-se, pedindo que não fizessem mal ao filho, mas as ordens eram para ser cumpridas e o jovem António acabou por ser alvejado, quando tentava fugir. Foi levado para a cadeia de Alcobaça, onde ficou alguns meses em reclusão. Claro que a família tentou todas as diligências para o libertar, o que acabou por conseguir, fruto dos conhecimentos e influência que tinha e graças, especialmente, ao Sr. José Emílio Magalhães, grande amigo da família Ribeiro de Almeida. A prisão não mudou os ideais de António Ribeiro de Almeida, e a jovem República não perdoava aos seus opositores, assim, o jovem preferiu não permanecer em Portugal e fugiu para França, onde permaneceu até os ânimos serenarem em Portugal e na sua Benedita, para onde regressou anos mais tarde. Agradecemos a Luís Guerra de Almeida e a Fernando Maurício pela colaboração na pesquisa e pela cedência da fotografia. Professora Maria José Jorge ARTE E FORMA Saber em que consiste a arte é importante para podermos discutir sobre as diferentes expressões, sabermos compreendê-las e apreciá-las. Há muitas respostas, mas a que nos parece mais adequada é a que define a arte como forma significante. A forma é de facto um aspecto importante. Não se trata simplesmente da forma no sentido geral, mas daquilo que num objecto não pode ser alterado ou simplificado sem que este perca o seu interesse e significado. Defende Clive Bell que “o ponto de partida de qualquer sistema estético tem de ser a experiência pessoal de uma emoção peculiar”. A esta experiência pessoal chama-se emoção estética, que só experimentamos na presença de uma obra de arte, provocada pela sua forma significante. Para sabermos identificá-la é preciso termos a sensibilidade cultivada e algum conhecimento. O LUGAR DA MEMÓRIA Mas, afinal, que característica é esta? Essa característica, por exemplo num quadro, é a relação entre as linhas e as cores que lhe conferem um significado. Não é a mensagem, o conteúdo do quadro que determina a sua essência, mas estes aspectos formais. O mesmo se passa com as outras expressões artísticas, todas par- tilham linhas formais gerais, como unidade, intensidade ou grau de complexidade os quais constituem a forma significante. Há contudo, objectos de arte que não se distinguem visualmente de outros que o não são. Vejase por exemplo da caixa de Brillo, de Andy Warhol, que reproduz a caixa de detergente da loiça da dita marca numa versão em igual escala, quase não se distinguindo das de uso comum. Podemos então pensar que todas as caixas de Brillo deveriam ser obras de arte, mas não o são. O mesmo acontece com os sinais de trânsito, os quais têm cores e formas significantes, mas não são obras de arte. Não o são porque a sua finalidade é informar, contrariamente às obras de arte, que têm como finalidade exibir a sua forma e nada mais. Uma outra dificuldade é explicar exactamente em que consis- te a forma significativa. Qualquer formalista responderia que o sabemos porque temos emoções quando a observamos, mas se lhe for perguntado o que é uma emoção estética, ele responde que é o tipo de emoção provocado pela forma significante. Assim, a resposta é circular e não nos satisfaz. Pensamos que esta circularidade, que não é apenas lógica, pode ser evitada pela educação estética. Para analisar esteticamente uma obra, é preciso sermos pessoas com a sensibilidade educada. Sem esta educação mínima, a forma significante permanece algo de misterioso e incompreensível. É preciso educar os sentidos, “ter olho” e um conhecimento mínimo para saber distinguir as obras de arte das que o não são. Ana Lopes, 11º E 9 TOQUE DE SAÍDA ANO 5 - Nº 15 ENTRE LIVROS Nesta edição damos a conhecer aos leitores do Toque de Saída os gostos literários de um professor de Matemática da nossa escola, de uma funcionária da Biblioteca e também de um colega do 12º Ano. Esperamos que as preferências dos nossos entrevistados inspirem boas horas de leitura. O professor de Matemática e encenador do grupo de teatro “Gambuzinos”, do ECB, José Carlos Saramago, aceitou partilhar os seus gostos no que respeita à leitura. Os livros que mais gostou de ler: O Senhor dos Anéis, de J. Tolkien, e Crime e Castigo, de Fiódor Dostoievski. O livro que mais lhe custou a ler: Viagens na MinhaTerra, de Almeida Garrett, por ter sido obrigado a fazê-lo. O escritor que mais aprecia: J. Tolkien. Os livros que anda a ler: Marina, de Carlos Ruiz Zafón, e a peça de teatro Com o amor não se brinca, de Alfred de Musset. O livro que aconselha: Crime e Castigo, de Fiódor Dostoievki. A funcionária da Biblioteca do ECB, Fernanda Maria Fernandes da Fonseca Silva, gentilmente acedeu ao nosso convite para partilhar os seus hábitos de leitura. Eis as suas preferências. O livro que mais gostou de ler: A Vida num Sopro, de José Rodrigues dos Santos. O livro que mais lhe custou ler: O Evangelho Segundo Jesus Cristo, de José Saramago. O escritor que mais aprecia: Miguel Sousa Tavares, Eça de Queiroz e José Rodrigues dos Santos. O livro que anda a ler: Já ninguém morre de amor, de Domingos Amaral. Os livros que aconselha: A Vida num Sopro, de José Rodrigues dos Santos; Amar depois de amar-te, de Fátima Lopes. O Tiago Rebelo está na turma A do 12º Ano, no curso de Ciências e Tecnologias, e muito prontamente respondeu às nossas questões sobre as suas leituras. O livro que mais gostou de ler: Brisingr, de Christopher Paolini. O livro que mais lhe custou a ler: Os Maias, de Eça de Queirós. O escritor que mais aprecia: Christopher Paolini Os livros que anda a ler: Memorial do Convento, de José Saramago. Os livros que aconselha: Filhos do abandono de Torey Haiden, Brisingr, Eragon e Eldest de Christopher Paolini. Margarida Serralheiro e Vanessa Martins, 11º E TOP 10 SUGESTÃO DE LEITURA 1º- Todos os Nomes – José Saramago Hélia Correia é, na minha opinião, uma das grandes escritoras portuguesas contemporâneas, com um estilo requintado, quase poético. O romance Adoecer, publicado pela Relógio de Água, aí está a prová-lo. Desde Lillias Fraser que a autora não tinha conseguido retomar com o mesmo fulgor as histórias de heroínas improváveis, que não ostentam uma beleza óbvia, que são grandiosas acima de tudo pelas suas fragilidades. O novo romance de Hélia Correia tem a sua génese no quadro Ofélia, uma encenação pictórica da Ofélia de Shakespeare, do pintor novecentista 10 John Everett Millais, para o qual Elisabeth Siddal, a Lizzie de Adoecer, posou. Foi a partir dessa pintura que a escritora iniciou a sua demanda da modelo e ao mesmo tempo penetrou no universo dos pré-rafaelitas e das pré-feministas do século XIX inglês. Temos, então, como protagonista, uma mulher que contornou as limitações da sua origem modesta. Graças à sua beleza estranha, aos seus impressionantes cabelos ruivos, encantou o jovem pintor William Alingham e tornou-se sua modelo. Aqui começa a sua ascensão social, mas também a sua caminhada trágica. Desde o momento em que Lizzie é pintada por Millais, enquanto Ofélia, “...qualquer coisa de Ofélia se alojara definitivamente no seu corpo”, diz a autora. A modelo posou horas a fio dentro de uma banheira aquecida por lamparinas e permaneceu na água fria quando estas se extinguiram, para não perturbar o trabalho do pintor. O resfriamento que daí resultou marcou indelevelmente a sua curta vida marcada pela doença, tanto física como psicológica. Até a sua história de amor neurótico com Gabriel Dante Rossetti, que a toma como musa, a ensina a pintar e a escrever , incitando-a a emancipar-se, estará irremediavelmente amaldiçoada. A estrutura do romance é simples: começa com a descrição do cemitério de Highgate, onde Lizzie está sepultada ao lado do pai de Dante Gabriel, retrocedendo depois ao início, a finais dos anos cinquenta do século XIX, e seguindo cronologicamente até à morte de Lizzie, em 1862, para terminar com o episódio da exumação do seu corpo a fim de se recuperar o inédito e único exemplar do livro de poesia de Dante Gabriel Rossetti, House of Life, que o pintor-poeta depositara junto aos seus cabelos sete anos antes. Aventure-se, pois, a ler a fascinante história de Lizzie Siddal que “...começa mal e não acaba bem”, como escreve Hélia Correia, e a conhecer a sociedade vitoriana da segunda metade do século XIX. Professora Luísa Rocha 2º - Bons Sonhos, Meu Amor – Dorothy Koomson 3º - A Pousada no Fim do Rio – Nora Roberts 4º - Entre Irmãs – Maria Teresa Maia Gonzalez 5º - A Melodia do Adeus – Nicholas Sparks 6º - Escândalos Privados – Nora Roberts 7º - O Cromossoma do Amor – Bibá Pitta 8º - Louca por Compras – Sophie Kinsella 9º - O Símbolo Perdido – Dan Brown 10º - O Codex 632 – José Rodrigues dos Santos Os livros mais requisitados na Biblioteca do ECB nos meses de Maio a Agosto de 2010. ARTE E CULTURA ANO 5 - Nº 15 TOQUE DE SAÍDA NOBEL DA LITERATURA 2010 Em 1994, recebeu o Prémio Cervantes, o mais importante atribuído à literatura em língua espanhola. VARGAS LLOSA A Academia Sueca atribuiu este ano o prémio Nobel da Literatura a Mario Vargas Llosa, escritor peruano de 74 anos, criador de uma vastíssima obra que vai do ensaio à novela, do romance às peças de teatro. Disseram os jornais que o próprio autor ficou surpreendido com a dis- tinção uma vez que de eterno candidato passou a esquecido das agências de apostas que, este ano apontavam um poeta como vencedor do galardão, e terá até dito que não sabia que ainda era candidato. Ironia de quem há já muito tempo constava das listas de possíveis premiados e se viu sempre preterido na escolha do Júri do Nobel. Jorge Mario Pedro Vargas Llosa nasceu em Arequipa, em 28 de Março de 1936, formou-se em Letras e Direito pela Universidade Nacional Maior de São Marcos, em Lima. Antes de se tornar escritor, trabalhou como redactor de notícias na extinta Rádio Central, foi funcionário de uma biblioteca e até revisor de nomes de túmulos num cemitério, segundo a sua biografia oficial. Em 1959, ganhou uma bolsa de estudos e esteve algum tempo na Europa, onde se tornou doutor em Filosofia e Letras pela Universidade de Madrid. Em 1959, publicou, o seu primeiro livro, a colectânea de contos Os chefes. Em 1964 regressou ao Peru, no entanto, continuou a passar largos períodos de tempo em vários países como Cuba, Grécia, França, Inglaterra e Espanha. Em 1990, candidatouse à presidência do Peru pelo partido de direita Frente Democrática-Fredemo, mas foi derrotado por Alberto Fujimori. A sua experiência na campanha foi relatada no livro de memórias Peixe na água, lançado em 1993, ano em que se tornaria oficialmente cidadão espanhol. Em 1994, recebeu o Prémio Cervantes, o mais importante atribuído à literatura em língua espanhola. Actualmente é professor convidado na universidade de Princeton, em Nova Iorque. Para além de autobiográficos, os seus livros são marcados por questões políticas da América Latina, por críticas a líderes como Fidel Castro, de quem já foi próximo, Álvaro Uribe,Hugo Chavez e até Lula da Silva. Os dois últimos são visados no seu livro mais recente, Sabres e Utopias, um conjunto de artigos sobre política, direitos humanos, história e literatura. Este é o sexto Nobel atribuído a um escritor latino-americano e , de acordo com a Academia Sueca, a escolha ficou a dever-se à “cartografia das estruturas do poder e afiadas imagens de resistência, rebelião e derrota do indivíduo” que aparecem na obra de Llosa. Aproveitemos, então, para ler, ou reler, as suas obras, por exemplo, Pantaleão e as Visitadoras, Conversa na Catedral, Os Cadernos de D. Rigoberto ou Travessuras da Menina Má, onde todas as qualidades inegáveis da escrita do autor estão presentes. Professora Luísa Rocha NA PISTA DOS CLÁSSICOS Este ano, a nossa escola passou a oferecer uma opção de Clássicos da Literatura aos alunos do 12º Ano. Clássicos, nesta acepção, são livros que atravessam o tempo, moldando a memória individual e colectiva e constituindo vias de excelência para aceder aos traços identitários dos povos e nações. Eis a opinião de uma das alunas, a propósito de um destes livros, escrito por Boccaccio, autor italiano do século XIV. Confesso que, à partida, o título, Decameron, não me inspirou muita confiança. Pensei logo numa obra relacionada com monstros, ou algo do género, o que não ocupa lugar de eleição nas minhas preferências. Felizmente, quando iniciámos ARTE E CULTURA o estudo da obra, vendo o filme que Pasolini realizou a partir do livro de Boccaccio, foi amor à primeira vista. Adorei todos os capítulos do filme, talvez pelas cómicas expressões faciais das personagens, pela sua caracterização física realista, pelo modo, avançado para a época, como se retratavam os comportamentos sexuais, e até mesmo pelo facto de a acção decorrer no século XIV, durante os terríveis anos da Peste Negra, época histórica que sempre me fascinou. Mas colocava-se-me uma temível interrogação: iria eu gostar tanto do livro como gostara do filme? Pois bem, devo dizer que gostei ainda mais. Achei uma obra acessível, com uma linguagem simples e cómica e, acima de tudo, relatando uma infinidade de John William Waterhouse, Decameron factos curiosos e interessantes sobre o quotidiano das pessoas daquela época. Além de tudo isto, o conto escolhido para ser analisado na aula (o Decameron é composto por cem contos, narrados por um grupo de jovens que se refugiam num castelo campestre durante dez dias, para escapar à peste que então assolava a cidade de Florença) não podia ter sido me- lhor: a história conseguiu cativarnos e provocar boas gargalhadas. Quem não se lembra de “meter o diabo no inferno”?! A mim este livro cativou-me e decerto vou ler mais alguns contos. Resta-me aconselhá-lo a quem goste de histórias medievais ou simplesmente a quem queira passar um bom bocado. Adriana Passarinho, 12º D 11 TOQUE DE SAÍDA ANO 5 - Nº 15 OUT BEAT COME WAVE UM PROJECTO MUSICAL DA BENEDITA A banda chama-se Out Beat Come Wave, é um projecto musical da Benedita, de música Experimental / Spoken Word / Trip Hop. Nasceram da coincidência, cimentaram ideias, criaram conceitos e desenvolvem música com alguma poesia e a um ritmo muito slow. Tentam divulgar ideias, partilhá-las, consciencializar pessoas. E eis que depois da confirmação do concerto em Coimbra (Pop Fresh), surge a notícia de que se apresentarão, em Novembro, em Aveiro, no Mercado Negro, associação cultural que já recebeu os Deolinda, Scout Niblett, Kimi Watson e Legendary Tiger Man, entre outros. Aliás, o palco onde os Out Beat Come Wave irão actuar já tem alguma história. Perante isto, decidimos saber mais sobre o seu projecto. Quem são e como surgiram os Out Beat Come Wave? Joshua: Surgiram do acaso, do imprevisto e da vontade, uma mistura estranha, aliás como a sonoridade e os temas abordados. Rivias: Os Out Beat Come Wave são um projecto essencialmente de partilha de ideais, com um ideal revolucionário, transmitindo calma pela sonoridade. Como sabemos que a parte cénica é importante, englobámos um VJ, e aos poucos o projecto vai-se construindo. Os Out Beat partilham uma forma de ver as coisas e querem alertar, consciencializar. Como apresentariam o projecto a quem nunca vos ouviu nem viu em palco? Joshua: Bem, isso é complicado (risos). Nós temos uma sonoridade muito variada, influ- Joshua: Depois, outro problema surge, é que a poesia engloba-se na sonoridade, como se fosse um instrumento – e não como uma vocalização. Como conseguiram concertos em Coimbra, e agora em Aveiro? Rivias: Força de vontade e persistência para combater a regionalidade. É difícil promover este tipo de projecto, como outros, mais criativos, quando os espaços têm os seus segmentos de públicos. Se fores do rock, é na boa, senão, é mais difícil. Mas não temos tido problemas com isso, a força e o gosto pelo que fazemos é uma motivação para todo o trabalho, e quando conseguimos ir até Coimbra, Aveiro e outras cidades, isso é a nossa compensação. Até onde pretendem chegar com este projecto? Joshua: Dizem que qualquer caminho leva a Roma. Sinceramente, não sei, mas vamos andando por aí, vivendo o presente. ências das mais díspares formas musicais e dos mais variados músicos, e é difícil explicar. Chego mesmo a pensar se será correcto apresentar o projecto, falando sobre ele, porque nunca vamos conseguir explicar verdadeiramente em que consiste. Rivias: O melhor é aparecerem e verem. Entrevista por Ricardo Jorge Anastácio, BANGO 2010 ex-aluno do ECB A FESTA DOS ESTUDANTES DO ENSINO SECUNDÁRIO O Rotary Club da Benedita organizou, pela sétima vez, um evento de grande dimensão denominado “Bango” e dedicado à música, dança, escultura e fotografia, entre outras artes. Este ano, o “Bango” teve lugar junto à Casa da Vila da Benedita, nos dias 16 e 17 de Setembro. Aí actuaram diversas bandas, tais como os “Ben”, “Caldas Handsaw Massacre”, “Bolacha Maria”, “Smooth Voltage”, “Rockspot”, “Xeques”, “Black Strike”, “Lord´s” entre outras, num total de 20 bandas. Apesar de todas serem muito boas no que fazem, na minha opinião, a que mais se destacou foi a “Caldas Handsaw Massacre”, por tocar instrumentos pouco utilizados hoje em dia, tais como o serrote musical e o contrabaixo. E, ao tocar 12 apenas temas de bandas sonoras de filmes e séries como “Ficheiros Secretos”, “Bonanza” e “Benny Hill”, esta banda provou ser única e com bastante potencial. Actuaram, também, os grupos de dança “C4 Effect” e os “Slick Company”, entre outros. Houve animação de rua e exposições de escultura, de instrumentos musicais, de artesanato e de fotografia. Enquanto participante e espectador deste grande evento, diria que se lhe deve dar continuidade, pois eventos destes, bem organizados e com uma forte componente artística, enriquecem bastante uma vila como a Benedita. ESTÁ DE VOLTA O 8º Festival Secundário irá realizarse entre os dias 17 e 21 de Abril de 2011, em Gouveia, um local mágico onde milhares de jovens passam 5 dias de pura diversão. Poderás experimentar sensações únicas, participando em torneios, descarregar adrenalina com os desportos de aventura, desfrutar da natureza, divertires-te à grande nos insufláveis gigantes, Aerotrim e Air Bungee. Quando a hora for de recarregar baterias, poderás participar num dos vários workshops ou não fazer nada, deixando simplesmente o tempo passar na companhia dos teus novos amigos! E como o Festival não pára, poderás divertir-te à noite, na Tenda Disco por onde passarão Dj´s residentes e convidados e vibrar com os concertos! Ainda tens dúvidas? Não podes faltar! Ana Marques, 12º B André Nogueira, 12º B OLHAR CIRCUNDANTE ANO 5 - Nº 15 TOQUE DE SAÍDA ENTREVISTA A ANTÓNIO LEANDRO DE LÉS A LÉS EM DEFESA DAS SUAS DAMAS António Leandro Lopes nasceu a 27 de Agosto de 1932 no lugar do Taveiro. É casado com Lúcia Ferreira dos Santos, pai de quatro filhos e avô de quatro netos. Foi sapateiro durante dezasseis anos, e dedicou trinta e cinco anos da sua vida ao serviço dos CTT, como carteiro. Actualmente reformado, tem-se dedicado mais afincadamente ao jogo das damas e participado em torneios por todo o país. O Toque de Saída foi encontrá-lo no recato do seu lar, com um tabuleiro de damas disposto na mesa, rodeado por taças e prémios de presença nos muitos torneios em que participou. Foi quase um homem dos sete ofícios. Podia falar-nos um pouco do seu percurso profissional? Sempre tive uma vida muito preenchida: fui sapateiro durante quase duas décadas e carteiro durante 37 anos. Em simultâneo tive um talho para gerir, e para além disso o matadouro também estava por minha conta, ou seja, também se matavam os animais e se preparavam para serem vendidos. Ainda em paralelo tinha uma agência de máquinas de tricotar, que também me ocupava bastante tempo. Mas de facto sempre senti orgulho em ser carteiro. Guardo algumas lembranças interessantes, pois as pessoas tratavam-me com muito carinho. Por exemplo, ainda me lembro quando chegava a casa da família do agora Cardeal Patriarca, D. José Policarpo, para os lados de Alvorninha, e uma das suas irmãs chamava a mãe a gritar «Ó mãe, vem aí o nosso carteiro”. Este “nosso” mostrava o quanto eu era bem-vindo. Este ofício também me permitiu conhecer a população da Benedita e arredores, pois cheguei a trabalhar nas freguesias vizinhas. O Toque de Saída tomou conhecimento de que fez parte do grupo de fundadores do ECB. Que recordações pode partilhar connosco desse tempo? Fui sócio fundador do Externato e acompanhei o seu desenvolvimento. Lembro-me das primeiras instalações serem num barracão do Sr. António Serralheiro. O professor Gameiro foi o primeiro a vir para cá trabalhar como Director Pedagógico. Como não havia dinheiro para continuar, de tal forma que o Externato só duraria um mês caso não tivéssemos trabalhado nele, numa das reuniões disse em Assembleia que tinha uma proposta a fazer, pois o Externato não podia morrer. A verdade é que nessa reunião tínhamos de averiguar se o sonho do ECB ia para a frente ou se acabaOLHAR CIRCUNDANTE va ali. A proposta consistia em angariar fundos junto da população beneditense. Fomos casa a casa, eu e o Sr. José Guerra, para angariar sócios, tendo cada um de contribuir com 500 escudos. Nós convencíamos as pessoas a aderirem, explicando-lhes quais as vantagens, uma das quais era a de que os seus filhos não precisavam de pagar quotas se os pais fossem sócios. A primeira pessoa a ser sócia entrou com 5.000$00, que na altura era muito dinheiro. Foi assim que se conseguiu saldar as dívidas e ainda ficar com uns dinheiros em caixa para o ano lectivo seguinte. Este período coincidiu com a entrada do Dr. Sapinho como Director. Que outras funções sociais desempenhou? Fui também sócio fundador dos Bombeiros Voluntários da Benedita e cheguei a ser Secretário e Presidente da Direcção; fui sócio fundador do ABCD (o antigo ABDC), tendo permanecido na presidência durante oito anos. Também fui secretário da Junta de Freguesia da Benedita, durante um mandato, na década de 80. Lembro-me que nesse mandato inaugurámos a luz eléctrica em alguns lugares e negociámos com a Câmara Municipal de Alcobaça a vinda da água para a Benedita. Não foi nada fácil. Fui ainda sócio fundador da Santa Casa da Misericórdia, para a qual fiz dez anos de voluntariado. Há uns anos, fui fundador e dinamizador do Grupo 32 que reunia todas as pessoas que nasceram nesse ano. Então e quando é que começou a jogar damas? Comecei muito novo. Na escola primária era eu que fazia as peças e os tabuleiros, com materiais caseiros. Cortava o pau da vassou- ra às rodelas, pintava-as e fazia as peças assim. Gostava tanto de jogar que a professora me proibiu de jogar durante a semana, de tal maneira que apenas aos fins-de-semana é que jogava com os meus colegas. Conheci o Dr. Armindo da Silva Loureiro nessa altura e foi ele o meu mestre de damas e também de xadrez. Fui crescendo e jogando em torneios na Benedita e nos arredores, e depois para mais longe. O primeiro foi na casa do Sr. António do Carmo, há cerca de quarenta e sete anos. Comecei por ganhar os primeiros lugares. Depois federei-me (na Federação Portuguesa de Damas) e comecei a pagar uma quota e a participar em torneios por todo o país, de Faro a Monção, Madeira e Açores. Já joguei praticamente com todas as equipas portuguesas. Joguei durante seis anos pelo S. João da Madeira e actualmente pelos Dragões Futebol Clube do Porto, de Leiria. Fui campeão de damas dos CTT/ TLP onze vezes, o que equivale a vinte e dois anos, porque os torneios são bienais. Hoje corro o país de lés a lés, de tal modo que até às ilhas já fui jogar. Posso acrescentar que me tornei uma pessoa mais rica, principalmente pelos amigos que fiz em todos os lugares por onde passei. Sabemos que foi homenageado algumas vezes, uma delas pelo Rotary Club da Benedita. Fui homenageado recentemente pela Inatel pelos bons serviços do jogo de damas, porque a minha equipa de Leiria foi campeã durante quatro anos. Jogávamos em grupo, éramos quatro jogadores na mesma equipa. Em 2005 fui homenageado pelos Rotários da Benedita pelo préstimo dos bons serviços e reconhecimento profissional enquanto carteiro. É com grande satisfação que falo destas homenagens. Lembra-se de alguma situação que tenha vivido nos torneios em que participou e que queira partilhar connosco? Lembro-me da minha equipa ter ido à Madeira e ser recebida pelo Dr. Alberto João Jardim na sua quinta. Foi engraçado o convívio e as palavras de estímulo e incentivo que guardo dele. Também guardo boas recordações quando fazia simultâneas: cheguei a jogar com vinte pessoas ao mesmo tempo. (contínua na página14) 13 TOQUE DE SAÍDA ANO 5 - Nº 15 “ONE GOOD THING ABOUT MUSIC, WHEN IT HITS YOU FEEL NO PAIN” BOB MARLEY Como género musical, o reggae é um dos mais apreciados, inicialmente nos países anglo-saxónicos, mas pouco a pouco estendendo a sua influência a todo o mundo. Desenvolveu-se na Jamaica, no final dos anos 60, a partir de dois estilos musicais, o ska e o rocksteady, mas fortemente influenciado por outros géneros como o jazz, o r&b e pelos ritmos africanos. Nos anos 70, a sua popularidade aumentou devido a artistas como Bob Marley & the Wailers, Eric Clapton – com a sua versão da canção de Bob Marley, “I shot de sheriff”, número 1 nos Estados Unidos em 1974 – e ao fundador da editora discográfica Island Records, Chris Blackwell, que promoveu a música jamaicana em larga escala. A influência do reggae é vasta, nomeadamente na música punk da segunda metade dos anos 70. Harmonicamente, a música é muito simples e com estruturas repetitivas, o que gera um efeito hipnótico, tendo a guitarra baixo um papel predominante. As líricas abordam temas de crítica social, conciência política, relacionamento amoroso, temas religiosos (já que muitos dos mais famosos músicos de reggae praticam ou praticaram o rastafarianismo, uma religião muito comum nos jamaicanos descendentes de africanos) e mesmo o uso de drogas como a marijuana, já que pensam que esta droga os coloca mais próximos de Jah (Deus). O reggae tem vários subgéneros em que se destacam o chamado roots reggae e o dub, este de grande influência em muitas correntes musicais actuais. A figura mais conhecida da música reggae é sem dúvida Bob Marley, aliás justamente, devido à grande qualidade de toda a sua obra. Outras figuras de grande im- O MUNDO REAL E O IRREAL As muitas coisas que não podem acontecer e, no entanto, acontecem, informamnos da fragilidade do mundo que somos e vamos construindo. É um mundo de equilíbrios delicados e de muito betão grosseiro, comandado por redes informáticas que colapsam porque um meteorito qualquer rasou um qualquer satélite, ou a energia eléctrica se foi abaixo por razões obscuras. Somos tão complexos nuns assuntos, como rudimentares noutros, e caminhamos no fio da navalha com a leveza de quem não sabe, com rigor, o que 14 faz, ou não mede a extensão da consequência dos seus actos. O que não pode acontecer, e no entanto acontece, mostra-nos a exacta distância de um mundo conceptual, feito de ideias magníficas, de pensamentos organizados e grandiosos, e um mundo real atamancado. Como é possível? O mundo real, ao contrário do mundo conceptual, não é um mundo de autor. Não tem um princípio, um meio, e um fim, não ocorre em sequências lógicas, não possui estrutura narrativa e nem sequer possui uma direccionalidade certa. É um sítio estranho, mesmo que familiar, feito de paragens e arranques bruscos, de evoluções e voltinhas para distrair, de desvios tortuosos e negócios indizíveis. Mais parece uma manta de retalhos mal amanhada. O mundo real é um mundo de construção, desconstrução, criação e decadência permanente. Um mundo que permite todas as desarrumações e desorganizações, mesmo as que não conseguimos imaginar. As muitas coisas que não podiam acontecer, e no entanto acontecem, como o facto de que muitos morrem de fome ou de frio, por falta de assistência em situações extremas ou por mero desinteresse dos que estão à volta, servem para que todos os outros percebam a debilidade orgânica das nossas estruturas. E mostram-nos a necessidade de ganharmos distância emocional que permita a não transformação dos dias em exercícios catárticos, entre a indignação, a revolta e a esperança, todas tão inconsequentes e sistemáticas. As muitas coisas que não podem acontecer e acontecem estão aí todos os dias a lembrar-nos a nossa real dimensão, que é MINÚSCULA. Zaira, funcionária administrativa portância são Lee “Scratch” Perry, King Tubby, Burning Spear, Peter Tosh, Jimmy Cliff, Max Romeo e grupos como os Abyssinians, Culture e os Mighty Diamonds e muitos outros. Quanto a obras musicais que atingem a excelência, existem várias, mas a banda sonora do filme de 1972, The Harder They Come, com Jimmy Cliff e outros artistas, é considerada por alguns o melhor álbum de reggae de sempre, enquanto outros preferem Exodus, de Bob Marley & The Wailers, de 1977, eleito pela Time Magazine como o melhor álbum do século XX. Mas qualquer dos álbuns lançados por Bob Marley entre 1973 (Catch a Fire) e 1980 (Uprising), estará certamente entre os melhores. Discos recomendados: The Harder They Come Soundtrack(1972) featuring Jimmy Cliff Bob Marley & The Wailers (todos entre 1973 e 1980) Augustus Pablo-King Tubbys Meets the Rockers Uptown (1976). Boas audições! Professor Francisco Franco ENTREVISTA A ANTÓNIO LEANDRO (Continuação da página 13) A prática de damas está muito enraizada na Benedita actualmente, ou não? Esteve sempre, mas as pessoas desistem facilmente se não ganham. Por outro lado, as pessoas não gostam de torneios e de coisas oficiais, preferindo jogar nos centros recreativos e nos clubes das terras, sem quaisquer compromissos. Os mais novos, alguns jogam, mas federados há muito poucos. Actualmente jogo também online. É uma maneira de me entreter, ao mesmo tempo que me permite relacionar com jogadores de damas de outros pontos do mundo e desenvolver conhecimentos de informática. Nunca pensou em ensinar os jovens ou em criar um clube juvenil? Já, mas são sempre tantas coisas para fazer que não tenho tido tempo. A directora da Universidade Sénior convidou-me para ensinar os alunos; podia criar um clube, mas ainda não dei resposta. Estou à espera que mudem de instalações e, se puder, vou aceitar o pedido. Por outro lado, estou interessado em criar uma equipa e gostava de ensinar outras pessoas, nomeadamente a camada juvenil, porque jogar damas é um passatempo agradável. E para fugir do stress é recomendável. Entrevista pelos prof. Clara Peralta e Valter Boita OLHAR CIRCUNDANTE ANO 5 - Nº 15 TOQUE DE SAÍDA ALUNOS NA ERA DIGITAL Pensamos que seja do entendimento geral que as TIC facilitam o acesso ao conhecimento, que os alunos as dominam melhor que a maioria dos professores e as manipulam com mais destreza que a maioria dos pais. No entanto, na elaboração dos trabalhos, a generalidade dos alunos tende a conformarse em descobrir as páginas Web que abordam o tema, a seleccionar tudo, copiar, colar, editar (fazendo pequenas formatações de texto) e a imprimir. Isto sem fazer qualquer interpretação, avaliação, selecção, reflexão sobre o seu conteúdo e sem fazer referências aos sites que foram consultados, para que os professores julguem que o trabalho foi elaborado por eles, como se se apropriassem da informação. Ora, se o professor quiser descobrir as páginas de onde foi retirado o conteúdo do trabalho, só tem de retirar uma frase, do mesmo, e fazer uma pesquisa. Existem alguns softwares que ajudam os professores nesta tarefa. Fazer referência às fontes consultadas contribui para a valorização do trabalho apresentado, uma vez que os professores ficam a saber mais sobre o esforço de pesquisa, poderão avaliar a capacidade de análise e de resumo dos alunos, devendo-se ter o cuidado de utilizar bibliografia de autores de referência, senão corre-se o risco da informação recolhida não se encontrar correcta. Ao encontrar-se uma frase de que se gosta, pode-se inseri-la no trabalho mas devese referir o(s) seu(s) autor(es), porque um dia também se nos tornarmos autores de referência também vamos querer que tal aconteça. Na nossa opinião, é necessário sensibilizar os alunos para a importância de referirem as fontes e valorizar mais o esforço que fizeram na análise dos vários conteúdos encontrados, comparando, analisando, seleccionando e transformando, e na reflexão que fizeram sobre os mesmos. Desvalorizando, por outro lado, um pouco a capacidade dos alunos em utilizar as TIC, já que o trabalho pode estar com boa apresentação, o que por vezes também exige tempo e empenho aos alunos que cometem alguns exageros, mas pode não responder ao pretendido. Uma solução passará por os professores colocarem algumas limitações em termos de formatação dos trabalhos. Professores Alexandre Lourenço e Samuel Branco O copy/paste é uma técnica muito utilizada em trabalhos escolares, com o objectivo de entregar o trabalho, para não ter zero. Na minha opinião, essa é a única vantagem, pois fazendo copy/ paste nunca se vai aprender nada sobre o tema em estudo e, ao mesmo tempo, estão a violar-se os direitos de autor da pessoa que fez o trabalho. Rafael Santos, 9ºA Na minha opinião, as pessoas não deviam fazer copy/paste. A não ser que fizessem um resumo do copy/ paste, porque dessa maneira, por exemplo nós (adolescentes), aprendíamos alguma coisa. Isto é, se um professor nos mandasse fazer um trabalho, o objectivo seria que nós aprendêssemos a matéria que nele constasse, não era ir a um site e fazer copy/paste sem aprendermos nada. COPIAR/ COLAR Hoje em dia, a maior parte dos adolescentes utiliza o copy/paste. Não lhes apetece fazer um trabalho, então vão à internet, pesquisam sobre o tema, copiam um texto qualquer e colam-no no Word, sem verificarem se a linguagem está correcta, sem verem se tem erros e sem sequer o lerem. Entregam-no ao professor exactamente como foi tirado da internet e acabam por ter má nota, porque todos os professores percebem quando um trabalho é copiado e colado, ou quando tem a pesquisa e a informação tratada. Na minha opinião, o copy/paste é um acto de preguiça por parte dos alunos, acho que não custa nada ler o trabalho para verificar a linguagem e os erros, para, pelo menos, terem melhor nota, porque um trabalho sem erros, bem apresentado e com um linguagem correcta é logo meio caminho andado. Por isso, quando estiveres a fazer copy/paste, pensa que deves pelo menos ler o teu texto e emendar tudo o que é necessário, para teres uma boa avaliação. Maria Almeida, 9ºB Vanessa Ferreira, 9ºB A PRIMEIRA VACINA Na medicina actual, as vacinas, sobretudo como forma de prevenção, são um dos métodos mais utilizados no tratamento das mais diversas doenças. A primeira vacina descoberta terá sido a vacina contra a varíola. Até ao final do século XVIII, a varíola constituía uma das doenças transmissíveis mais temidas no mundo, responsável pela perda de milhões de vidas humanas. Os povos orientais usavam uma técnica de tratamento ancestral chamada variolização que, numa das suas formas, consistia na inoculação de material recolhido de feridas de um indivíduo doente na pele de um indivíduo saudável. Contudo, esta doença ainda se manifestava através dos seus sintomas habituais. O médico Edward Jenner revolucionou o método de prevenção da varíola. Investigou uma crença, comum entre os camponeses, CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE de que os trabalhadores que lidavam com vacas contraíam varíola bovina, doença mais benigna do que a varíola humana. Estas pessoas, quando expostas posteriormente à varíola humana, apenas revelavam sintomas ténues da doença. Portanto, os indivíduos previamente infectados pela doença bovina ficavam mais protegidos da varíola humana. Este médico, em Maio de 1796, realizou uma experiência muito importante para a descoberta do modo de funcionamento das vacinas: retirou o líquido proveniente de uma ferida da mão de uma mulher infectada com varíola bovina e inoculou-o na pele do braço de um menino de 8 anos. O menino ficou com sintomas benignos de varíola mas, ao ser posteriormen- te inoculado com vírus da varíola humana, não desenvolveu a doença. Ficou então assim descoberta a primeira vacina antivariólica. A varíola foi a primeira doença infecciosa extinta pela vacinação preventiva. O termo «vacina» foi usado para designar qualquer substância capaz de conferir imunidade (protecção) contra determinada doença, e provém do termo latino vaccinia, que significa «derivado da vaca». Depois desta, muitas outras vacinas se lhe seguiram, sendo hoje em dia um dos meios de prevenção mais utilizados. Elsa Neves, 9º B 15 TOQUE DE SAÍDA ANO 5 - Nº 15 O QUE É O CANCRO? O cancro consiste numa mutação no genoma das células somáticas, o que provoca a divisão descontrolada das células afectadas, formando novas células sem que o organismo necessite delas. Com isto dá-se a formação de um tumor. Este pode ser benigno (atinge um determinado tamanho e pára de crescer) ou maligno (em crescimento contínuo). As mutações são modificações ou alterações bruscas de genes (mutação génica) ou de cromossomas (mutação cromossómica), que podem provocar mudanças no metabolismo de uma célula ou uma variação hereditária. Estas mutações ocorrem devido a erros na divisão das células, ou devido à exposição a raios cósmicos, minerais radioactivos e algumas substâncias químicas. Normalmente, as células dos tumores malignos invadem os órgãos circundantes e podem libertarse para o sistema circulatório (linfático e sanguíneo) e assim espalhar a doença por todo o organismo. Os tratamentos dependem do estado da doença, da idade do doente e do seu estado geral de saúde. Basicamente, existem, actualmente, dois tipos de terapias: terapia local, que remove as células de um determinado local (cirurgia e radioterapia) e terapia sistémica que, através da corrente sanguínea, destrói ou reduz a velocidade de crescimento do cancro em todo o corpo (terapia hormonal, biológica e quimioterapia). Apresentam-se alguns dos efeitos secundários dos tratamentos na tabela ao lado. Cada vez se sabe mais sobre o cancro, esta doença mortífera: as suas causas e como progride. Actualmente, estão a ser estudadas novas e melhores formas de a prevenir, detectar e tratar. Bibliografia http://biohelp.blogs.sapo.pt/2939.html http://www.roche.pt/sites-tematicos/infocancro/index.cfm/nocoes SILVA, João Carlos; RIBEIRO, Elsa; OLIVEIRA, Óscar; DESAFIOS – Vol.1, Ensino Secundário, 11ºAno de escolaridade; 2009; 1º Edição, Edições ASA; pág. 57. Daniela Pinto, 11ºB TRATAMENTOS EFEITOS SECUNDÁRIOS Cirurgia: o cirurgião remove o tumor e alguns tecidos em volta. Radioterapia: usam-se raios de elevada energia para matar as células cancerosas. Terapia hormonal: impede que as células do cancro tenham acesso às hormonas de que necessitam para o seu crescimento. Terapia biológica: utiliza o próprio sistema imunitário do doente para combater o cancro. Quimioterapia: utilização de fármacos (injecções ou comprimidos) para matar as células. Transplante de células estaminais: transplantes de células indiferenciadas que permitem ao doente receber grandes doses de quimioterapia ou radiações que destroem as células cancerosas e as vizinhas. Estas são “repostas” por novas células estaminais. Cansaço e fraqueza. Náuseas, vómitos, diarreia, vermelhidão, pele seca e queda de cabelo e pêlos. Aumento de peso e afrontamentos. Dor de cabeça, fadiga, secura vaginal e menstruação irregular, nas mulheres; nos homens, perda de desejo sexual, crescimento das mamas e impotência. Erupção cutânea, sintomas gripais (febre, arrepios, dores musculares), alteração da tensão arterial, problemas respiratórios e cardíacos. Hematomas, infecções, queda de cabelo e pêlo, falta de apetite, feridas na boca, náuseas, vómitos, diarreia; afecta a fertilidade, enfraquece o coração e pode causar cancros secundários (leucemia). Infecções, perdas de sangue. Quando o organismo rejeita as células estaminais, pode ser fatal. HPV CANCRO DO COLO DO ÚTERO Quando fui pela primeira vez ao hospital para levar a vacina contra o cancro do colo do útero, fiquei muito curiosa em saber mais acerca da doença. Então a enfermeira disse-me que o cancro do colo do útero é um tumor maligno dos tecidos, que afecta principalmente dois locais - o colo do útero e o endométrio (revestimento do útero). Em casos raros, o músculo uterino é afectado por um tipo de cancro conhecido como leiomiossarcoma. De seguida, a enfermeira pegou numa seringa com a vacina do HPV (Vírus do Papiloma Humano) esfregou o meu braço com álcool e introduziu a agulha na parte superior do braço, injectando a vacina. Deste modo, a probabilidade de eu ter o cancro do colo do útero diminui! Georgeta, 8ºG SOLUÇÕES CHUVA DE LAMA Havia 24 garrafas. Enigma das garrafas de vinho No mês de Agosto, deu-se alguma precipitação, mas não uma precipitação habitual: “choveu lama” (como dizem as pessoas), e os carros ficaram todos sujos e as estradas também. Porém, o que choveu não era realmente lama, foram sim resíduos poluentes que se precipitaram da atmosfera, entre eles ácido sulfúrico e nítrico. E tudo ficou sujo, o que na chuva normal não acontece. Estas chuvas designam-se chuvas ácidas e são uma das consequências da forma desregrada como continuamos a poluir e a degradar o ambiente. É importante que mais uma vez este assunto nos toque: Não poluamos o ambiente! É importante para vós, para mim, é importante para todos. Inês Couto, 8ºF São visíveis 42 degraus. Enigma da escada rolante Quando o homem entrou na primeira loja, tinha 14 euros. Enigma do dinheiro Podem ser formados 242 triângulos distintos. Enigma dos triângulos As idades são 20 e 15 anos. Enigma das idades 16 CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE ANO 5 - Nº 15 TOQUE DE SAÍDA CRÓNICA DE UMA VIAGEM AO PERU Uma pequena placa ergue-se sobre a multidão do “aeropuerto”: OIAB. Recebidos por entre olhares expectantes, depois dos controlos fronteiriços fomos encaminhados para o exterior do aeroporto e apresentados a uma Lima saída de um qualquer filme dos anos 80: carros antigos, uma nuvem escura pairando sob os Andes e dezenas de anúncios entre néons e cartazes pendurados, cenário típico de um povo que anseia deixar de estar em desenvolvimento. No hotel aguardava-nos uma recepção calorosa, e ainda não havíamos largado a bagagem, já tínhamos de discernir quantos beijinhos dar àqueles que seriam os nossos adversários. Nessa mesma noite, a caminho de um jantar que o sono e o cansaço nos privaram de saborear devidamente, a língua portuguesa ouviu-se de uma boca que não tinha nascido em território luso: Hugo Mobarec, boliviano, falava-nos do seu país, mostrando, simultaneamente, conhecer a nossa cultura. A cerimónia inaugural foi outro ponto alto da viagem. Vimos desfilar Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Costa Rica, Cuba, Espanha, México, Peru e “o país que pela primeira vez participa nestas Olimpíadas”. Soa suave “Uma casa Portuguesa”, nós cantávamos com Amália. D-i-a-b-ó-l-i-c-a-s. Foi este o adjectivo que seleccionámos para caracterizar as duas provas (uma teórica, outra prática) sobre Biologia que em nada nos parecia a Biologia que conhecíamos; porém, não deixaram de ser divertidos os momentos passados a dissecar insectos, a incubar ouriços-do-mar ou a criar rosas dentro de um tubo de ensaio. Apesar do nervosismo que atingia os participantes, jamais a febre da competição afectou as relações humanas que, dia após dia, se foram construindo a toque de frango e muito arroz. A Liane fez anos no Peru. A Liane ouviu serenatas de toda a América Latina. À Liane foram puxadas as orelhas pelos espanhóis, dezoito vezes vezes dois, porque é tradição lá na terra de Cervantes. Depois, a Liane dançou, e todos dançaram com ela. Foi então que as caras e as bandeiras se foram unindo num efeito dégradé, assim como os idiomas : se, inicialmente, notávamos pouco esforço em falar português, pouco depois a curiosidade foi-se tornando mais expressiva e, entretanto, muitas expressões de portunhol eram proferidas com convicção: o Diego espanhol já dizia pórtugués (acompanhando o termo com uma careta esquisita), os chilenos até “amavam a Portugal” (ensaiando o seu sotaque antes de nos apresentarem as suas novas aquisições linguísticas). Por fim, o princípio… Ansiedade. Um voo interminável entre a nossa actual realidade e a promessa de uma viagem incrível. Suposições construíam-se sobre expectativas. No bilhete de ida: “Início das Olimpíadas Iberoamericanas de Biologia”. Mas a maior expectativa remonta à confiança que, ainda antes do princípio, foi em nós depositada pelo Dr. José Matos, vicepresidente da Ordem de Biólogos, ao escolher o Externato Cooperativo da Benedita para viver tal experiência, e pela própria escola que, por meio da Dr.ª Paula Castelhano (que nos acompanhou nesta aventura), nos concedeu tamanha oportunidade. E porque sem o Dr. José Matos as Olimpíadas de Biologia seriam impossíveis para Portugal, para ele vai o nosso maior agradecimento. Ana Luísa, Filipa Serrazina, Liane Canas, Paulo Baptista, 12º B e C (Continuação da página 1) CIENTISTAS POR UMA SEMANA Qual não foi a nossa satisfação quando, nos finais de Julho, passado o stress dos exames, recebemos a maravilhosa noticia de que a nossa candidatura tinha sido aceite! Assim que se aproximava a data, em finais de Agosto, as expectativas começavam a aumentar. Estávamos completamente em êxtase e, para juntar ao resto, iríamos ficar todos juntos a dormir num quartel! Na noite em que chegámos ao quartel, de repente começou a tocar uma corneta e mandaram-nos encostar à parede. Ficámos um pouco assustadas, fazer flexões às dez da noite depois de uma viagem de duas horas não era propriamente o que desejávamos, no entanto não foi isso que aconteceu, foi-nos dito que seríamos acordadas por uma sirene todos os dias, e fomos informadas acerca das regras do alojamento. No dia seguinte, depois de todas acordarmos sobressaltadas com a sirene que tocava extremamente alto (mas que acabou por ser motivo de saudades no final da semana), tomámos o pequenoalmoço com os outros “soldados” e partimos para a Faculdade de Medicina Dentária. Aí, fomos distribuídos por grupos de trabalho, grupos que iriam para diferentes sítios, entre os quais a Faculdade de Medicina, a Faculdade de Medicina Dentária, o IPATIMUP e o IMBC. Eu tive a oportunidade de ficar num dos melhores institutos portugueses, o IPATIMUP, e o meu projecto tinha como título “Quem é o pai? Um teste de paternidade”. No instituto senti-me uma verdadeira cientista. A mim e ao meu grupo foi-nos dada completa liberdade e fizeram-nos sentir parte da casa. Conhecemos a Cláudia Moreira, que foi quem nos acompanhou durante todo o processo e a quem devemos um grande agradecimento por nos ter feito conhecer tanto sobre o mundo da genética. À noite, depois de cada dia de trabalho, regressávamos ao alojamento, onde éramos repartidos CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE por várias actividades, desde ir à praia à noite, ao centro comercial, ao bowling, ou ao karaoke. Tivemos noites cheias de diversão. Entre saídas à noite, sirenes a tocar, testes de paternidade, aulas de genética, entrevistas para a TVI, gargalhadas, novos amigos, novas experiências, a semana passou a correr e, quando demos por nós, era o último dia e tínhamos de apresentar o projecto que resumia o que fizéramos e aprendêramos naquela semana. O stress para a apresentação era muito, mas o pior foram as despedidas. Entre abraços, centenas de fotografias e muitas lágrimas, tivemos de nos despedir dos nossos novos amigos, alguns de tão longe que, provavelmente, nunca nos reencontraremos. Hoje, posso dizer que cada cêntimo que pagámos por aquela semana valeu a pena. Tivemos a oportunidade de conhecer cientistas; de visitar a Faculdade de Medicina e o Museu de Anatomia, onde pudemos ver parte de uma operação; de usar microscópios, daqueles que só os cientistas usam; de trabalhar com pessoas que fazem parte do mundo da Ciência. E para juntar a tudo isto, tivemos a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas, da nossa idade, que têm os mesmos sonhos que nós. Por isso, se estás no 10º ou no 11º ano, informa-te com o teu professor, ou vai ao site da Universidade Júnior, escolhe uma área de interesse para ti e participa, mesmo que não sejas um aluno brilhante, tenta sempre! Porque não te vais arrepender daquela semana, e pode ser que te ajude a decidir o que queres seguir no futuro. E para finalizar, como foi dito pelo reitor da Universidade do Porto, “uma resposta nunca merece uma vénia, apenas uma pergunta”, pois abre portas a tantas outras perguntas, e é disso que a ciência é feita. Maria Vicente, 12º B 17 TOQUE DE SAÍDA ANO 5 - Nº 15 CORTA-MATO ESCOLAR Realizou-se no passado dia 19 de Outubro mais uma edição do Corta-Mato escolar, reunindo este ano o maior número de participantes desde o início desta actividade – cerca de 317 alunos. Organizada pelo Grupo de Educação Física, coadjuvado pela turma 12ºH do Curso Tecnológico de Desporto, decorreu numa manhã solarenga e bem-disposta. O percurso, ligeiramente alterado e afinado desde o ano passado, tentava testar as capacidades físicas mais apuradas de cada aluno. Este ano foi atribuído um prémio à turma com mais elementos a participar, sagrando-se vencedor o 8ºF. Os 6 primeiros classificados foram apurados para a Fase Regional. CLASSIFICAÇÃO Infantis masculinos Iniciados masculinos 1º - David Santos 7ºA 1º - Paulo Ramalho 9ºF 2º - Guilherme Pina 7ºB 2º - Leonardo Couto 7ºH 3º - Ricardo Silva 7ºF 3º - André Silva 7º 4º - David Agostinho 7ºI 4º - João Alves 9ºC 5º - Leandro Gonzaga 7ºG 5º - Tiago Constantino 8ºG 6º - José Galinha 7ºA 6º - Adriano Santos 8ºH Infantis femininos Iniciadas femininas 1º -Carolina Matos 7ºB 1º - Georgeta Munteanu 8ºG 2º - Maria Pacheco 7ºG 2º - Juliana Leandro 9ºA 3º - Maria Pires 7ºG 3º - Ana Margarida 9ºB 4º - Cátia Veríssimo 7ºI 4º - Alice Vicente 9ºC 5º - Laura Fialho 7ºC 5º - Mariana Alves 9ºC 6º - Elisa Pedro 7ºF 6º - Beatriz Lourenço 8ºA Juvenis masculinos Juniores masculinos 1º - Joaquim Ferreira 11ºA 1º - Válter Lourenço 2º - Miguel Silva 10ºA 2º - Gonçalo Delgado 3º - Diogo Fialho 11ºD 3º - Diogo Pires 11ºB 4º - João Tiago 10ºB 4º - João Rebelo 11ºC 5º - Rúben Santos 9ºE 5º - José Rebelo 11ºD 6º - João Borralho 10ºH 6º - Tiago Correia 11ºH Juvenis femininas Juniores femininas 1º - Rita Lopes 11ºC 1º - Daniela Ribeiro 11ºB 2º- Catarina Marques 10ºB 2º - Sofia Couto 11ºB 3º - Maria Carvalho 11ºA HORÁRIO 2010/2011 4º - Sónia Marques 5º - Sónia Cruz 9ºE 6º - Carolline da Silva 9ºH DESPORTO ESCOLAR Modalidade Triatlo Professores Responsáveis Local Terça-feira: 17h00-19h15 Exterior (vários) Liliana Gens (corrida) Segunda-feira: 19h15-20h00 Exterior (vários) e Quinta-feira: 17h15-18h45 João Simões (condição física) Quinta-feira: 18h00-20h15 Sala de dança Andebol Tobias Marquês Segunda-Feira: 14h-15h Quarta-Feira: 14h-15h Pavilhão Polidesportivo Râguebi Rita Pedrosa Terça-feira: 17h00-18h30 Sexta-feira: 14h15-15h00 Pavilhão Polidesportivo ou Espaço Exterior Patinagem Estela Santana Segunda-feira: 14h00-14h45 Terça-feira: 14h00-14h45 Quinta-feira: 14h00-14h45 Pavilhão Polidesportivo Xadrez José Cavadas Vários horários Vários - Escolas do Agrupamento Ângela Gens Segunda-feira: 14h-15h Terça-feira: 16h45-18h20 Pavilhão Gimnodesportivo José Vinagre Terça-feira: 16h45-18h20 Sexta-feira: 14h30-16h30 PD ou Campo “pôr-do-sol” Soraia Ferreira Sexta-feira: 14h30-15h30 Sala de dança Badminton Ténis Act. Rítm. Expressivas ENIGMAS Enigma das idades Eu tenho o dobro da idade que tu tinhas quando eu tinha a tua idade. Quando tu tiveres a minha idade, a soma das nossas idades será de 45 anos. Quais são as nossas idades? Enigma dos triângulos Existem n triângulos distintos com os vértices nos pontos da figura. Qual é o valor de n? 18 Horários dos treinos Joel Machado (ciclismo, transições) Enigma do dinheiro Um homem gastou tudo o que tinha no bolso, em três lojas. Em cada uma gastou 1 euro a mais do que a metade do que tinha ao entrar. Quanto dinheiro tinha o homem ao entrar na primeira loja? Enigma da escada rolante Deseja-se descobrir quantos degraus são visíveis numa escada rolante. Para isso, foi feito o seguinte: duas pessoas começaram a subir a escada juntas, uma subindo um degrau de cada vez, enquanto a outra subia dois. Ao chegar ao topo, a primeira contou 21 degraus, enquanto a outra contou 28. Com esses dados, foi possível responder à questão. Quantos degraus são visíveis na escada rolante? (observação: a escada está em movimento). Enigma das garrafas de vinho Um comerciante compra uma caixa de vinho francês por 1000€ e vende-a pelo mesmo preço, depois de retirar 4 garrafas e aumentar o preço da dúzia em 100€. Então, qual é o número original de garrafas de vinho na caixa? Enigmas seleccionados pelo VENCE 12º TORNEIO INTERNACIONAL VIKTOR ULLYANOVSKYY Realizou-se no dia 24 de Outubro, no Centro Cénico da Cela, a 12ª edição do Torneio Internacional da Cela. Uma organização da Nova União das Colectividades do Concelho de Alcobaça e do Centro Cénico Cela. Apoios: Câmara Municipal de Alcobaça, Junta de Freguesia da Cela, Associação Xadrez Leiria, Externato Cooperativo da Benedita e Academia Xadrez da Benedita. Um torneio de 8 sessões com partidas de 20 minutos, em que participaram 82 jogadores e estiveram representados 14 clubes. Os dois melhores jogadores do Concelho de Alcobaça foram Francisco Cavadas, com 4,5 pontos, e Tomás Oliveira, com 3,5 pontos, ambos da Academia Xadrez da Benedita. Classificação dos jogadores da Academia Xadrez Benedita 12º 18º 23º 24º 30º 39º 53º 71º 73º - Sandro Purificação - 5,5 pontos - Sénior Jorge Bastos - 5 pontos - Sénior Jorge Barrento - 5 pontos - Sénior André Belo - 5 pontos - Sénior Francisco Cavadas - 4,5 pontos - 1º - Sub14 Mário Dores - 4 pontos - Sénior Tomás Oliveira - 3,5 ponto - 3º - Sub16 Maria Inês Dores - 2,5 pontos - Veterana Constança Rodrigues - 2,5 pontos - Sub10 75º - Fábio Fernandes - 2,5 pontos - Sub18 77º - Miguel Primo - 2 pontos - Sub08 80º - Miguel Machado - 2 pontos - Sub 10. Professor José Cavadas professor Acácio Castelhano MENTE SÃ EM CORPO SÃO ANO 5 - Nº 15 TOQUE DE SAÍDA A OBESIDADE A obesidade é basicamente um desequilíbrio entre as calorias ingeridas e as que são gastas. Quando se ingere mais energia do que aquela de que realmente se precisa, o organismo transforma-a em gordura de depósito, aumentando o peso corporal. Para prevenir e combater a obesidade, devemos consumir alimentos pobres em calorias e em gordura, ricos em fibras, com baixo conteúdo em sódio (o sódio é o principal componente do sal e responsável pela retenção dos líquidos no nosso corpo, promovendo o aumento do volume e peso corporal) e alimentos que produzam a sensação de saciedade. Os alimentos a seguir recomendados satisfazem algumas ou várias destas características. O seu consumo com equilíbrio e moderação pode contribuir de forma significativa para evitar a obesidade. Aumentar: Algas: as gomas e mucilagens contidas nas algas são capazes de reter até dez vezes o seu peso em água. Isto fá-las aumentar de volume no estômago, produzindo assim a sensação de saciedade e reduzindo o apetite. As Receitas da Isabel Ananás: ingerido antes das refeições, tanto o fruto como o sumo reduzem o apetite. É ligeiramente diurético, sendo assim um excelente complemento nos regimes dietéticos. Batata-doce: é uma boa fonte de beta-caroteno e de hidratos de carbono de fácil digestão. Produz também sensação de saciedade e reduz o apetite. Brócolos: são pobres em açúcar e calorias, e ricos em provitamina A, vitamina C, minerais e elementos fotoquímicos de acção anti-cancerígena. Produzem uma forte sensação de saciedade, comparada com a quantidade de calorias que possuem, pelo que devem ser consumidos abundantemente. Abóbora: proporciona poucas calorias, gordura e sódio, fornecendo, no entanto, sais minerais e vitaminas. Tem uma acção suavizante do aparelho digestivo e é alimento muito diurético. Cerejas: produzem uma boa sensação de saciedade e são também depurativas e diuréticas. Couve: todas as couves saciam, pelo seu elevado conteúdo em fibra, e proporcionam muito poucas calorias. Além disso, contêm elementos fotoquímicos que protegem contra o cancro. Pêssego: é uma das frutas que produz maior sensação de saciedade, reduzindo a sensação de fome. Além disso, tem poucas calorias e facilita a eliminação de substâncias residuais de tipo ácido, que se produzem em caso de obesidade. Diminuir: Gordura saturada: vem essencialmente dos produtos de origem animal (leite completo, queijos, carnes, enchidos, etc.). É uma gordura de reserva, estável e pouco reactiva e, a não ser que se faça exercício físico intenso, tende a depositar-se debaixo da pele, entre os músculos e na cavidade abdominal (gordura visceral). Fritos: contêm uma certa quantidade de óleo, o que fornece muitas calorias. Por exemplo, as batatas fritas proporcionam 5 a 7 vezes mais calorias do que as cozidas. MENTE SÃ EM CORPO SÃO Ingredientes: 4 maçãs 3 colheres (sopa) de vinho do Porto 1 colher (sobremesa) de farinha maisena 200 g de farinha 100 g de açúcar 100 g de manteiga ou margarina 1 colher (de sobremesa) de canela em pó 50 g de amêndoa laminada Açúcar em pó para polvilhar Fonte: Enciclopédia de Educação para a Saúde – A Saúde pela Alimentação Professor Miguel Fonseca JIN SHIN JYUTSU O Jin Shin Jyutsu® Fisio-Filosofia é uma arte ancestral de harmonização da energia vital do ser humano. Traz equilíbrio às energias do Ser, o que desperta bem-estar, vitalidade, dissolve o stress e estimula a capacidade natural de regeneração. A auto-aplicação é a origem e a essência do Jin Shin Jyutsu. Foi aplicando a si próprio que Jiro Murai trouxe para o século XX esta Arte, e que Mary Burmeister, após anos de estudos e dedicação, desenvolveu o Jin Shin Jyutsu tal como hoje se pratica. Praticá-lo é uma viagem ao interior de cada um de nós, pois desperta e aumenta a consciência de que temos os meios para alcançar o equilíbrio: a respiração, os dedos e as 26 “travas de segurança energética”. Nas aulas e nos cursos aprende-se a história, os princípios e a filosofia do JSJ e a localização e significado das 26 “travas de segurança energética”, à medida que se aplicam vários exercícios de auto-ajuda. Para quem tem desarmonias devidas CRUMBLE DE MAÇÃ ao stress e/ou questões de saúde, ou para quem simplesmente deseja participar activamente na manutenção da sua saúde, harmonia e bem-estar, a arte do Jin Shin Jyutsu é uma ferramenta poderosa, disponível para todos. No nosso país, há alguns praticantes e facilitadores certificados por Jin Shin Jyutsu Inc, dois dos quais aqui mesmo na Benedita. Um praticante está certificado para aplicar Jin Shin Jyutsu a outros; um facilitador está certificado para facilitar auto-ajuda em cursos, aulas e workshops. Com o Jin Shin Jyutsu, convidamos a nossa harmonia natural a manifestar-se plenamente no nosso Ser e na nossa vida. Porque não ser o seu próprio testemunho? É o desafio que esta arte nos coloca. Quer fazer um exercício simples? Segure um dedo duma mão com os dedos da outra mão. Expire. Inspire. Baixe os ombros. Sorria. Continue a segurar o dedo, respirando e sorrindo, até sentir um ritmo. Repare que o ritmo muda: pode passar ao dedo seguinte.Simples, não é? Preparação: Ligue o forno a 200 graus. Junte, num recipiente de ir ao forno, as maçãs aos pedacinhos e o vinho do Porto. De seguida, adicione a maisena e misture bem. Reserve. Numa tigela, deite a farinha, o açúcar e a canela e misture bem. Adicione a manteiga cortada em pedaços pequenos e esfarele com a ponta dos dedos, juntamente com os restantes ingredientes, até ficar com aspecto de areia. Espalhe a mistura anterior sobre as maçãs, pressionando ligeiramente com a palma da mão. Polvilhe, então, com a amêndoa laminada. Leve ao forno e deixe cozer cerca de 20 minutos ou até a superfície estar dourada. Retire, deixe arrefecer um pouco e sirva morno, polvilhado com açúcar em pó. Professora Isabel Neto Para mais informações: http://bioluz.wordpress. com, http://jinshinjyutsu.no.sapo.pt Professora Ana Luísa Quitério 19 TOQUE DE SAÍDA ANO 5 - Nº 15 ”ELE ERA O PINTOR; EU FAÇO BONECOS” PAULA REGO / VICTOR WILLING Depois da abertura, há cerca de um ano, da Casa das Histórias em Cascais, é agora altura de Paula Rego mostrar “em sua casa” a obra do marido, falecido em 1988, vítima de esclerose múltipla. Os trabalhos do companheiro de Paula Rego, apresentados nesta exposição retrospectiva, são pinturas e desenhos cheios de cor, luz e força. Victor Willing, mesmo na fase final da sua vida, pintou sempre com grande expressividade. Estas obras podem ser observadas nas primeiras salas e na sala de exposições temporárias do museu. Nas últimas salas, encontramos um conjunto de trabalhos de Paula Rego realizados nos anos 70 e que têm por base histórias e contos tradicionais portugueses. É a fase da obra A ESCOLA É FIXE da artista em que a técnica de colagem mais se evidencia. Até 2 de Janeiro, visite esta mostra que nos coloca em contacto com obras que habitualmente não se encontram expostas ao público, e constate o valor internacional destes dois pintores. No último ano, o trabalho de Paula Rego tem sido distinguido com galardões como o de Personalidade Portuguesa do Ano, atribuído pela Associação da Imprensa Estrangeira em Portugal. E, no âmbito das comemorações do aniversário da rainha Isabel II, foi-lhe conferido o título de Dama Oficial da Ordem do Império Britânico, pela sua contribuição para as artes. É altura de o público português também valorizar o trabalho da artista que faz “bonecos”. Paula Rego, Os Intrusos Professora Maria de Lurdes Goulão Victor Wiiling, Navigation ALUNAS GANHAM PRÉMIO 2º lugar arquitectura de interior 3º lugar arquitectura tumulária No âmbito das Jornadas Europeias do Património 2010, o Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico promoveu o concurso de fotografia “Um olhar sobre o Mosteiro”, tendo como tema o Mosteiro de Alcobaça. O evento decorreu no dia 24 de Setembro, na Sala do Capítulo do Mosteiro de Alcobaça. O Júri avaliou as fotografias apresentadas a concurso pelos alunos das escolas do concelho de Alcobaça nas categorias de escultura, arquitectura interior, arquitectura de exterior, arquitectura tumulária e originalidade. Joana Susano dos Santos, aluna do 12º D, foi a segunda classificada na categoria de Arquitectura Tumular, e a 3ª classificada na categoria de Arquitectura Interior. Margarida Mendes da Silva, aluna do 11º A, obteve o 3º lugar na categoria de Escultura. Professora Deolinda Castelhano 3º lugar escultura