DESTAQUES
NOVIDADES DO
EXTERNATO
Página 3
CONCURSO DE
POESIA
Página 5
externatobenedita.net
ESCOLA INCLUSIVA
CIENTISTAS POR UMA SEMANA
Página 6
BENEDITA E A
IMPLANTAÇÃO DA
REPÚBLICA
Página 9
NA PISTA DOS
CLÁSSICOS
Página 11
ENTREVISTA A
ANTÓNIO LEANDRO
Página 13
O MUNDO REAL E O
IRREAL
Tudo começou no final do ano lectivo passado, quando algumas professoras propuseram que
nos candidatássemos à Universidade Júnior, um
projecto de várias universidades e institutos científicos que, durante uma semana, abrem as suas
portas a alunos do 10º e 11º anos, para que estes
possam ter um primeiro contacto com a actividade científica.
Quatro de nós, então alunos do 11º B, decidi-
mos participar na Escola de Ciências da Vida e
da Saúde (ECVS), na Universidade do Porto, uma
vez que era a área que mais nos interessava e
uma cidade que nos fascinava a todos. A princípio estávamos um pouco receosos de não sermos
aceites e, além disso, o preço era um pouco alto,
mas decidimos arriscar.
(continua na página 2)
ALUNOS NA ERA
DIGITAL
Página 15
(continua na página 17)
ECB FELICITA FINALISTAS E
DISTINGUE O MÉRITO ESCOLAR
Decorreu no passado dia 8 de Setembro a sessão de entrega de Diplomas a todos os alunos do
12º ano, bem como a entrega dos Prémios de Mérito aos melhores alunos dos Cursos CientíficoHumanísticos e Profissionais.
Com o Centro Cultural Gonçalves Sapinho praticamente cheio, os finalistas subiram ao palco,
recebendo das mãos da Direcção da escola e das
Directoras de Ciclo o Diploma de conclusão do
12º ano.
O Externato distinguiu ainda os alunos com
melhor aproveitamento no ano lectivo transacto: Beatriz Serrazina, do Curso de Artes Visuais,
e Nuno Miguel Matias, do Curso Profissional de
Técnico de Comunicação, Marketing, Relações
Públicas e Publicidade.
Página 14
CRÓNICA DE UMA
VIAGEM AO PERÚ
Página 17
TOQUE DE SAÍDA
Trianual - Dezembro de 2010
Ano 5 - Número 15 - 1,00 €
Director
Alfredo Lopes
Chefe de Redacção
Soledade Santos
Externato Cooperativo da Benedita
Rua do Externato Cooperativo
Apartado 197 2476-901 Benedita
[email protected]
TOQUE DE SAÍDA
ANO 5 - Nº 15
EDITORIAL
As notícias da crise, dos cortes, da perda de
direitos e da qualidade de vida da maioria da
população fazem as parangonas dos jornais e
as aberturas dos noticiários. E é difícil abstrairmo-nos, pois tudo isto afecta já o nosso quotidiano e a antevisão do futuro próximo.
E contudo, há que prosseguir a vida, encontrar sentidos, motivos, alternativas. As respostas que acharmos resultarão, em grande parte,
da análise que soubermos fazer, pois o presente e o futuro são, como já dissemos aqui, menos obscuros e talvez menos assustadores se
lidos à luz do passado.
Vem isto a propósito de algumas leituras
que venho fazendo sobre os traços identitários
da cultura portuguesa dos últimos 25 anos. Não
é simples equacionar acontecimentos tão próximos, e por certo nos falta o necessário recuo
crítico para percebermos claramente o que nos
define enquanto povo, sobretudo desde que a
revolução de 1974 abriu Portugal à modernidade e desencadeou este grande ciclo de mudanças.
No entanto, há aspectos que sobressaem
com demasiada constância na cultura portuguesa das últimas décadas para não serem paradigmáticos. Entre eles, a excepcional qualidade de realizações individuais e pontuais – no
domínio das ciências e das artes, por exemplo
– reconhecida e distinguida internacionalmente. E, em paralelo, uma incapacidade crónica
de lhes darmos continuidade, de passarmos do
episódico ao sistemático, integrando estes rasgos na cultura nacional.
De facto, a intermitência e a fragilidade são
apontadas como característica das nossas propostas culturais. Infelizmente, não bastam prémios, por mais meritórios, não bastam rasgos
individuais, por mais geniais.
Persistência, perseverança, ecumenismo de
esforços. Eis o desafio, segundo o que se diz.
Faz sentido, do meu ponto de vista.
JÁ À VENDA
ANUÁRIO 2010
O Anuário 2009/2010 já está à venda na
biblioteca da escola. Esta edição do Instituto Nossa Senhora da Encarnação mostra
as actividades que alunos e professores desenvolveram ao longo do ano lectivo transacto.
A apresentação à comunidade escolar
decorreu em duas sessões, tendo sido sublinhado que este projecto pretende mostrar
a escola tal qual ela é nas suas múltiplas vivências. A presente edição do Anuário está
associada aos 45 anos do Externato, com a
publicação de textos do Concurso Literário
“A minha escola faz 45 anos” e de cartazes
do ano lectivo 2008/2009 sobre a efeméride, elaborado por alunos do Curso de Artes
Visuais.
Professor Ricardo Miguel
Director do Jornal:
Alfredo Lopes
Redacção:
Deolinda Castelhano
Luísa Couto
Soledade Santos (Chefe de redacção)
Teresa Agostinho
Professora Soledade Santos
(Continuação da página 1)
ECB FELICITA FINALISTAS
E DISTINGUE O MÉRITO
ESCOLAR
Este momento foi ainda aproveitado para o
lançamento do Anuário 2009/2010, o qual patenteia a miríade de actividades realizadas no ano
que findou, muitas delas levadas à prática por
estes alunos que em Julho se despediram do
Externato.
A todos os finalistas do Ano Lectivo
2009/2010, desejamos os maiores êxitos profissionais e pessoais.
Professor Ricardo Miguel
2
SUMÁRIO
Escola viva
ECB felicita finalistas
1
Já à venda anuário 2010
2
Ano lectivo 2010/2011
3
Salas de aula - material interactivo
3
CEF - Um caminho um futuro
3
Quem sou eu?
4
Notícias do Francês
4
Campo vocacional para raparigas
4
Glee Club
5
Eco-Escola
5
ECB distinguido na defesa do ambiente
5
Concurso poesia 2010/2011
5
Escola inclusiva: realidade?
6
ECB adere ao projecto EscolaMundo
6
Quadro de mérito
8
Alunas ganham prémio
20
A escola é fixe
20
Arte e Cultura
Arte e forma
9
Entre livros
10
Sugestão de leitura
10
Top 10
10
Nobel da literatura 2010
11
Na pista dos clássicos
11
“Ele era o pintor eu faço bonecos”
20
Olhar Circundante
Um projecto musical da Benedita
12
Bango 2010
12
8º Festival Secundário
12
Entrevista a António Leandro
13
Bob Marley
14
O mundo real e o irreal
14
9
O Lugar da Memória
Recriar o Mundo
Na brancura da página
7
As primeiras metáforas
7
Drugs are able to give you a break
7
Ciência, Tecnologia e Ambiente
Marketing e vendas:
Maria José Jorge
Alunos na era digital
Copiar colar
15
Composição gráfica:
Nuno Rosa
Paulo Valentim
Samuel Branco
A primeira vacina
15
Chuva de lama
16
Equipa de Reportagem:
Acácio Castelhano
Ana Duarte
Ana Luísa Quitério
Clara Peralta
Estela Santana
Fátima Feliciano
Graça Silva
José Cavadas
Maria de Lurdes Goulão
Ricardo Miguel
Sérgio Teixeira
Valter Boita
Crónica de uma viagem ao Perú
17
15
O que é o cancro?
16
HPV - cancro do colo do útero
16
Mente Sã em Corpo São
Corta mato escolar
18
Desporto escolar
18
Notícias do xadrez
18
A obesidade
19
As receitas da Isabel
19
Jin Shin Jyutsu
19
Passatempos
19
Impressão: Relgráfica, Lda
Tiragem: 500 exemplares
Preço avulso: 1,00 €
ESCOLA VIVA
ANO 5 - Nº 15
TOQUE DE SAÍDA
NOVIDADES DO EXTERNATO….
ANO LECTIVO 2010/2011
SALAS DE AULA
MATERIAL INTERACTIVO
Os quadros interactivos que se encontram nas
nossas salas de aula são muito úteis, embora,
como tudo na vida, possam ter também aspectos
prejudiciais. Mas, segundo o meu ponto de vista,
apresentam sobretudo vantagens.
As tecnologias interactivas são sempre bem
recebidas pelos alunos, pois assim aprendem a
matéria de forma mais divertida e prática. Para
os professores também penso ser melhor, pois se
ensinarem a alunos mais interessados e curiosos
acerca da própria tecnologia e suas ofertas, será
mais gratificante para todos.
Agora sim, podemos comparar tudo isto aos
antigos quadros de xisto e às alergias que o giz
provocava a alguns de nós. No tempo dos nossos avós, usavam-se as ardósias e, no tempo dos
nossos pais, aqueles quadros pretos horríveis. Já
era tempo de mudarmos!
Como será no tempo dos nossos netos? Se calhar já nem existem professores e é tudo informatizado e comandado pelas próprias máquinas.
Hélder Cruz, 8ºF
Neste ano, o Externato abraçou novos
desafios: dos 211 alunos distribuídos pelas
9 turmas do 7º ano, os 24 que compõem
a turma A frequentam o Ensino Integrado
de Música. Para isso, o ECB estabeleceu
um protocolo com a Academia de Música
de Alcobaça, tendo a turma um currículo
próprio.
Indo ao encontro da escola inclusiva, o
ECB criou condições para acolher dois alunos com deficiência mental a frequentar o
7º ano; este desafio obrigou a escola a dotar-se de meios humanos especializados e
destinados a um acompanhamento individualizado destes alunos, estando também
toda a comunidade escolar particularmente sensibilizada.
Para dar resposta aos alunos do Ensino Básico que apresentam um historial de
retenções repetidas ou um percurso marcado pelo abandono escolar antes da conclusão do 3º Ciclo, o ECB dispõe de um
Curso de Educação e Formação de nível
2, designado por CEF, e frequentado por
20 dos 200 alunos matriculados no 8º ano.
Frequentam o 9º ano 164 alunos. No
10º ano, 267 alunos, distribuídos por 11
turmas; nas 8 turmas do 11º ano, há 187
alunos, e no 12º, 154 alunos compõem as
10 turmas do ensino diurno. Frequentam o
ensino recorrente por módulos, em regime
nocturno, 11º e 12º anos, um total de 25
alunos.
Há muito solicitado pelos alunos e respectivos Encarregados de Educação, o
Externato alargou a sua oferta no que diz
respeito às opções de Língua Estrangeira,
com a disciplina de Espanhol, frequentada
por 20 alunos das turmas I, J e K do 10º
ano dos Cursos Profissionais.
ESCOLA VIVA
Visando um ensino de vanguarda e uma
contínua melhoria da qualidade das aprendizagens, a nossa escola adquiriu novos
equipamentos: quadros interactivos PCnetboard, que neste momento equipam 16
salas de aula; 25 mesas Uninet; 36 videoprojectores; e 36 quadros de porcelana
branca, entre outros. Além disso, foram
remodelados e melhorados vários laboratórios e salas de aula.
O Externato renovou uma vez mais
o certificado de qualidade emitido pela
EFQM, símbolo do reconhecimento do mérito deste estabelecimento de ensino que
conta com 45 anos de história ao serviço
da comunidade.
O Centro Cultural Gonçalves Sapinho,
importante valência do Externato, assumiu
uma nova dinâmica passando a dispor de
uma regular e diversificada agenda cultural com uma programação frequente de
cinema que pode ser consultada no site
deste organismo.
Inúmeros desafios, mudanças, obstáculos e oportunidades marcam mais um ano
lectivo, que se espera ser de sucesso. São
estes os votos da equipa do Toque de Saída.
Professora Fátima Feliciano
CEF - UM CAMINHO…
UM FUTURO
Um dos principais objectivos do ECB é a promoção do sucesso escolar, bem como a prevenção
dos diferentes tipos de abandono escolar, designadamente o desqualificado. Para a prossecução
deste objectivo, têm vindo a ser tomadas diversas
medidas, entre as quais a abertura, neste ano lectivo, de um Curso de Educação e Formação (CEF)
com a duração de dois anos e conferindo o 9.º
ano de escolaridade e uma qualificação profissional de nível 2.
Este destina-se, preferencialmente, a jovens
com idade igual ou superior a 15 anos, em risco
de abandono escolar ou que já abandonaram antes da conclusão da escolaridade de 12 anos.
O curso aberto é de Instalação e Operação de
Sistemas Informáticos e atribui um certificado profissional de Operador/a de Informática. O operador de informática é o profissional que, de forma
autónoma e de acordo com as orientações técnicas, instala, configura e opera software de escritório, redes locais, Internet e outras aplicações
informáticas, além de efectuar a manutenção de
microcomputadores, periféricos e redes locais.
No final deste curso existe uma componente de
formação prática, a desenvolver em contexto de
trabalho, que assume a forma de estágio e visa a
aquisição e o desenvolvimento de competências
técnicas, relacionais, organizacionais e de gestão
de carreira, relevantes para a qualificação profissional, para a inserção no mundo do trabalho e
para a formação ao longo da vida.
Professora Rita Radamanto
3
TOQUE DE SAÍDA
ANO 5 - Nº 15
QUEM SOU EU?
De afectos e emoções é feita a vida. Sentimo-los na pele
e no peito. Tantos, tantos, que
nem têm nome! E a quase todos
damos mais do que um nome:
tristeza, alegria, raiva. Tristeza
depressão, tristeza dor, tristeza
angústia, tristeza apatia, tristeza solidão, ou apenas tristeza
triste. E alegria? Euforia, contentamento, paz, motivação,
desejo, amor… Raiva furiosa,
zangada, agressiva, nervosa,
vingativa…
São tantas as emoções que
parece que tudo o que nos rodeia nos traz… mais emoções!
Começa logo cedo. Pela manhã, o despertador que desper-
ta para a angústia de um novo
dia carregado de angústias e
de preocupações com a escola, com os amigos, namorados,
pais, irmãos. Ou, pelo contrário, o mesmo despertador desperta da dor de uma noite mal
dormida, inundada de ansiedade e insónias, pesadelos e solidão.
E no entanto, parece que
tantos de nós passamos pela
vida a fugir das emoções: recusamos sentir e recusamos pensar no que sentimos, e porque
sentimos o quê e por quem.
E mais: recusamos pensar no
que somos, em sentimentos.
Somos amigos, solidários, tímidos, extrovertidos, alegres, astuciosos, ambiciosos, apáticos,
solitários, explosivos, calmos,
afáveis, ansiosos, agitados,
afectuosos… Existem mais de
400 denominações para emoções, sentimentos e estados
afectivos. Então porquê tanta dificuldade, quando somos
confrontados com esta simples
questão: Quem somos nós? A
resposta, creio, está no hábito
e na educação. Estamos habituados a olhar mais para os
outros e não tanto para nós
próprios. Fomos educados por
pais que, no intuito de darem
uma boa educação, não mostrando defeitos de carácter,
mais facilmente falam e apontam o que os filhos fazem, do
que reflectem no que eles próprios são e fazem, e têm extrema dificuldade em verbalizar
os erros cometidos e traços de
personalidade
considerados
menos positivos.
Acredito que se dedicássemos 5 minutos diários a reflectir sobre “o que senti hoje e porquê”, muito mais facilmente se
lidaria com o turbilhão de sentimentos que assolam a adolescência, e também com pontuais perturbações afectivas que
surgem no estado adulto. Lidar
frequentemente com sentimentos torna-os familiares, aprendemos a viver com eles de um
modo muito saudável e positivo
que permite o crescimento.
Isto, porque a grande maioria dos alunos do 9º ano, em
Orientação Vocacional, bloqueia quando confrontada com
esta questão: QUEM SOU EU?
NOTÍCIAS DO
FRANCÊS
As professoras de Francês estão
a preparar a habitual visita ao
Futuroscope – França, para cerca
de 50 alunos do 9º ano, Ensino
Secundário e Ensino Nocturno, do
Externato. Esta actividade decorrerá
durante a Semana Cultural, entre
os dias 5 e 9 de Abril, e tem como
finalidade permitir aos alunos um
contacto privilegiado com a língua
e a cultura francesas, bem como a
vivência de experiências no domínio
das novas tecnologias aplicadas ao
conhecimento e ao lazer.
Este ano lectivo, o grupo de
Francês iniciou a preparação de
alunos do 8º e 9º ano que pretendam
realizar os exames Delf Scolaire,
em Maio, sob a orientação da
Alliance Française. Estes exames,
elaborados e certificados pelo
Ministério da Educação Nacional
Francês, conferem aos alunos o grau
de proficiência A1 ou A2 em Língua
Francesa, de acordo com o Quadro
Europeu de Referência das Línguas,
e concedem-lhes a possibilidade de
aceder mais facilmente a escolas
ou trabalho em países de expressão
francesa.
Margarida Ferreira, Psicóloga do ECB
Site: http://www.ciep.fr/delfdalf/
CAMPO VOCACIONAL PARA RAPARIGAS
Nos dias 9 a 12 de Julho ocorreu no Seminário de Penafirme
um encontro vocacional para raparigas. Éramos cerca de 41 ra4
parigas, 6 animadoras, 5 irmãs e
2 padres.
Fomos divididas em dois grupos: dos 13 aos 15 anos /dos 16
aos 18 anos, e a partir daí cada
grupo foi dividido em subgrupos.
Nestes quatro dias, o tema que
desenvolvemos foi “Maria: Farol
do Mar”, e em subtemas: Maria
encontra o Mar, Faz-te ao Mar,
Saber a Mar e Vive no Mar.
Tudo começou no dia 9 com
a chegada de todas as raparigas
de várias partes do país. Depois
reunimo-nos para almoçar com as
irmãs e animadoras, e nessa tarde fizemos vários jogos e desenvolvemos diversas tarefas. À noite, fomos informadas de que não
podíamos utilizar telemóveis, mp4
ou qualquer tipo de tecnologias
durante estes dias, e só podíamos
reavê-los durante meia hora depois do almoço e do jantar, o que
para muitas raparigas foi penoso,
por estarem tão dependentes do
telemóvel.
Na minha opinião, o primeiro
dia foi o que custou mais porque
não estávamos habituadas a esta
rotina, a estes hábitos, sem tecnologias nem objectos supérflu-
os para utilizar, mas havia várias
ocupações, como snooker, matraquilhos, um piano, mesa de pingpong e a interligação de umas
com as outras, a cantar e a tocar
guitarra. Por isso, aqueles momentos de oração e de reflexão,
as partilhas com outras raparigas
e a convivência desses quatro
dias fizeram com que todas nós
nos tornássemos pessoas muito
mais ricas espiritualmente.
Eu tinha ido com o intuito de
me encontrar a mim-mesma e
descobrir o que queria para mim,
e recebi essas respostas e essa
força para viver e conviver em sociedade.
Gostaria de agradecer ao Prof.
Sérgio Costa que me deu a palavra certa quando o procurei, e
também às irmãs, às animadoras
e aos padres que me acolheram e
proporcionaram um dos melhores
encontros da minha pequena caminhada, muito obrigada a todos.
Adriana Marques, 10ºG
ESCOLA VIVA
ANO 5 - Nº 15
TOQUE DE SAÍDA
GLEE CLUB
O Glee Club é um projecto novo,
criado por nós, Carmelita Costa (professora de Inglês) e Estela
Santana (professora de Educação
Física), e dirigido a todos os alunos
do ECB. Foi inspirado na série televisiva Glee e tem como principal
objectivo o aperfeiçoamento do Inglês e das artes performativas, especialmente do canto e da dança.
Numa fase inicial, foi feita uma
pré-inscrição para todos os alunos
que desejavam participar no Clube.
Com 53 inscrições, que superaram
em muito as nossas expectativas,
ficou evidente a necessidade de
proceder a audições, durante as
quais cada um dos alunos pôde demonstrar o seu talento. No fim desta odisseia, ficaram apurados 18,
que impressionaram pela atitude,
coragem e enorme talento.
Gostaríamos muito de agrade-
cer a todos os que compareceram
aos castings, e deixar a mensagem
de que não deixem nunca de acreditar, não desistam e lutem sempre para serem melhores. É essa a
verdadeira lição a retirar! Pela vida
fora, existirão muitos mais projectos em que poderão participar, e
lutar é uma das mais belas virtudes
humanas!
Finalmente, aos talentosos elementos do Glee Club:
Alexandra Viana - 10ºF, Alice Vicente - 9ºC, Ana Loureiro - 7ºA, Ana
Rocha - 10ºH, Bernardo Mendes 7ºA, Carla Vicente - 10ºB, Catarina
Coito - 8ºG, Cláudia Santos - 10ºC,
David Raimundo - 10ºC, Diogo
Honório - 8ºD, Fabiana Gonzaga - 10ºD, Flávia Salvador - 10ºH,
Georgeta Munteanu - 8ºG, Jacinta
Madaleno - 7ºA, Ricardo Marquês 10ºI, Sara Rocha - 11ºE, Sofia Corticeiro - 12ºA, Sofia Fialho - 10ºA
Em parceria com o projecto Eco-Escola, a Associação Gobius
trouxe ao Externato o projecto Habitatz, “biodiversidade sem limites’”, no passado dia 3 de Novembro.
Habitatz consiste num conjunto de actividades educativas, de
abrangência nacional, que visam sensibilizar os cidadãos portugueses para temas como a Conservação da Biodiversidade, as
Políticas Europeias para o Ambiente, Ecossistemas e Espécies
Emblemáticas, o Desenvolvimento Sustentável na Europa e os
Valores Europeus.
Integrado na acção “Um dia por uma Eco-Europa”, os alunos
participaram em diversas actividades que decorreram no CCGS e
visitaram uma exposição.
Professor Ricardo Miguel
Bem-vindos e… ao trabalho! A
estreia é já na Festa de Natal. Até
lá!
ECB DISTINGUIDO
NA DEFESA DO
AMBIENTE
Coroando o trabalho de toda a comunidade escolar, o Externato Cooperativo da Benedita recebeu novamente o galardão ECO-ESCOLAS,
atribuído pela ABAE – Associação
Bandeira Azul da Europa.
Através do cumprimento de um
plano de acção, o ECB viu ser-lhe
atribuída novamente a bandeira verde que está hasteada no átrio da
escola. Numa sessão realizada em
Ourém, a delegação do Externato
recebeu esta distinção que premeia
o empenho de todos na melhoria do
ambiente.
No presente ano lectivo, o trabalho do projecto Eco-Escolas será coordenado pela professora Isabel Paixão. Os temas trabalhados durante
este ano serão a Água, a Energia, os
Resíduos e a Floresta.
ESCOLA VIVA
PROJECTO HABITAZ
NO ECB
Professoras Carmelita Costa e Estela
Santana
CONCURSO DE POESIA 2010/2011
Este concurso, iniciativa das
professoras de Português, destina-se a promover o gosto pela
poesia e a divulgar jovens talentos, estimulando a capacidade criativa dos alunos da nossa
escola. Eis uma súmula do seu
regulamento.
Podem concorrer, com trabalhos de poesia, todos os alunos
do ECB. Os trabalhos, de tema
livre, devem ser inéditos e individuais, escritos a computador,
em letra Arial, tamanho 12, espaçamento 1,5.
Numa primeira fase do concurso, são escolhidos os melhores trabalhos. Numa segunda
fase, os concorrentes seleccionados declamam os seus poemas perante um júri que apurará os três premiados do 3º ciclo
e os três premiados do secundário.
Os trabalhos a concurso, assinados com pseudónimo, são
entregues à respectiva profes-
sora de Português até ao dia
14 de Janeiro, num envelope
fechado, em cujo rosto se deve
escrever apenas: “Concurso de
Poesia”. Com este, deve seguir
outro envelope fechado, em
cujo rosto se inscreveu o pseudónimo utilizado, e contendo no
interior uma folha em que conste o pseudónimo, o nome do autor, o ano, a turma e o número.
Os trabalhos seleccionados são
divulgados dia 4 de Fevereiro;
a audição das declamações tem
lugar a 21 de Março, Dia Mundial da Poesia; e a entrega dos
prémios e a repetição das declamações efectuar-se-á no Sarau Cultural, a 1 de Abril.
O Júri do concurso será
constituído pelas professoras
de Português e por um convidado, sendo a atribuição dos
prémios decidida por maioria de
votos. Das decisões do Júri não
haverá recurso.
Ao autor do melhor trabalho,
de cada ciclo, serão atribuídos
um diploma de participação e
um prémio. Todos os concorrentes na fase da declamação receberão diplomas de participação e, sempre que o entender,
o júri poderá atribuir menções
honrosas.
Os trabalhos premiados passarão a fazer parte do património do grupo disciplinar de Português.
5
TOQUE DE SAÍDA
ANO 5 - Nº 15
ESCOLA INCLUSIVA: REALIDADE?
ESCOLA INCLUSIVA? INCLUSÃO?
Falar em escola inclusiva é dizer que todos têm o direito a estudar numa escola de ensino regular,
daí resultando a construção do conhecimento em conjunto. O art.74
da Constituição da República Portuguesa enuncia o direito de todos
os cidadãos à igualdade de oportunidade de acesso e êxito escolar. O n.º 2 do mesmo artigo adianta: “incumbe ao Estado: …garantir
a todos os cidadãos segundo as
suas capacidades, o acesso aos
graus mais elevados de ensino; …
promover e apoiar o acesso dos
cidadãos portadores de deficiência ao ensino e apoiar o ensino
especial quando necessário”. No
entanto, esta ideia de inclusão só
ganha força com a publicação pela
ONU da Declaração de Salamanca sobre os princípios, políticas e
práticas em educação especial e
respectiva assinatura por diversos
países, incluindo Portugal.
Na verdade, não são muitas as
escolas que vivem esta realidade:
a existência de alunos diferentes
por serem portadores de uma deficiência.
Posso dizer que trabalho numa
que tem vivido com esta realidade já há algum tempo. O primeiro
caso que recordo é o de uma aluna com deficiência visual e, mais
tarde, uma outra com deficiência
auditiva. Não constituíram grandes obstáculos, mas os professores viram-se obrigados a alterar
métodos e estratégias de ensino.
A mudança maior foi aquando da
chegada de um aluno com deficiência motora, aqui houve necessidade de proceder a alterações dos
recursos materiais e humanos.
Entretanto, outros alunos com necessidades educativas especiais
(a nível físico) apareceram e já
nem se sentia a diferença, nem as
adaptações. Faziam com normalidade: o apoio especial da professora de apoio e o acompanhamento individualizado da funcionária
que ajuda o aluno.
Ora acontece que um dia…
mais precisamente, este ano, algumas personagens deste enorme
cenário (ESCOLA) mudaram. Alguns professores estão a sentir o
verdadeiro significado da inclusão.
De quem falo, perguntarão os
leitores curiosos? Dois alunos
especiais. Dois adolescentes afáveis, simpáticos, um mais conversador que outro. Um curioso, outro
muito observador. Destaco um em
particular, portador de Trissomia
21. Convém confessar que quem
lida com ele (colegas, professores,
funcionários), está numa fase de
aprendizagem, um autêntico desafio já que se tem de fazer alterações a todos os níveis. É aprender
e ensinar. É aceitar a diferença. É
compreender e ser compreendido.
O que provoca também anseio em
saber como fazer, se se está a fazer o correcto, se... se… Anseio
que se torna maior no ambiente
sala de aula, onde a diferença reina!
Bom, mas está tudo bem?
É verdade que o ser humano
tem uma fantástica capacidade de
se adaptar a situações inóspitas.
Mas deveria ter havido uma formação específica para preparar bem
a circunstância?
Não basta colocar estes alunos
na escola regular, nas salas de aulas, terem um professor de apoio
especial, um psicólogo, e “apregoar-se aos sete ventos” que a escola inclusiva em Portugal é uma
realidade, a caminho do sucesso!
Se for, deve-se ao empenho e à
perseverança dos actores dessa
mesma escola.
Posso dizer que tenho o privilégio de trabalhar com o referido
aluno. Eu aprendo, enriqueço a
minha formação, enquanto pessoa
e profissional, procuro informação,
reformulo métodos e estratégias,
partilho… e recebo sempre em troca (agora que ganhei a confiança
dele!) um GRANDE sorriso e um
“É”!
Não nos iludamos! Deveria ter
havido formação adequada de professores, com conhecimentos na
área científico-pedagógica da(s)
disciplina(s) que leccionam, que
intervêm no processo educativo
destes jovens em particular, antes desta MUDANÇA. Até se pode
garantir os recursos humanos e
materiais. Há que adequar as turmas, não só em número de alunos,
a estes alunos com necessidades
educativas específicas, para que
todos aprendam a conviver com a
diversidade e a respeitar a diferença, efectivamente. É que qualquer
intervenção pedagógica específica e diferenciada deverá ter em
conta, por um lado, a generalidade
dos alunos, principalmente quando estes também têm dificuldades
de aprendizagem, e, por outro, as
adequações necessárias às características individuais dos alunos
com Trissomia 21 e outros portadores de uma outra deficiência
grave.
Einstein diria: “Quanto maior a
dúvida, maior o despertar!” É, não
é?!
Professora Lucília Borges
(Versão integral do texto publicado em 29
de Outubro no jornal Região de Cister.)
EXTERNATO ADERE AO PROJECTO
ESCOLAMUNDO
Pela primeira vez, o grupo de Geografia está a dinamizar o Projecto EscolaMundo, numa parceria que pretende
sensibilizar os alunos para os valores da
cidadania.
EscolaMundo é um projecto de cariz
internacional, financiado pela Comissão
Europeia e coordenado em Portugal pelo
IMVF – Instituto Marquês de Valle Flor –
em parceria com as ONG parceiras em
mais cinco países europeus. O EscolaMundo visa apoiar a comunidade educativa no sentido de reforçar valores, incentivar uma postura activa de cidadania
global e trabalhar de forma transversal,
aproveitando os projectos já existentes
na comunidade escolar, de forma a delinear uma ideia de justiça social global,
da escola para o mundo.
O projecto pretende trabalhar com os
6
professores e técnicos da comunidade
escolar nas várias áreas curriculares e
disciplinas, promovendo o reforço de valores e a partilha de experiências educativas; e tratar as questões da Educação
para o Desenvolvimento – um processo
activo de aprendizagem que visa mobilizar a sociedade para as prioridades do
desenvolvimento humano sustentável.
Ideias para dinamizar aulas, informações sobre algumas das grandes questões mundiais e dicas para jovens organizarem eventos na escola são algumas
das propostas sugeridas pelo projecto.
De entre as actividades, destaca-se o
“Stand Up: Levanta-te contra a pobreza”
(fotografia ao lado).
Professor Ricardo Miguel
ESCOLA VIVA
ANO 5 - Nº 15
TOQUE DE SAÍDA
NA BRANCURA DA PÁGINA
O haikai é um pequeno poema de origem japonesa, que há muito vem sendo
cultivado no Ocidente, onde foi adaptado
às características da nossa poesia. É uma
composição de 3 versos – normalmente
com 5-7-5 sílabas métricas – sem rima nem
título.
Poesia do presente e do fugaz, evita a
generalização e a subjectividade, contendo
referências à natureza e remetendo para
uma estação do ano através do chamado
termo-estação ou kigo. Ao haikai associase uma atitude zen e contemplativa.
Numa das últimas aulas de Português
do ano passado, já a poucos dias das férias de verão, os alunos do
10º D travaram conhecimento com alguns mestres haijin, como os
poetas clássicos Bashô e Issa. E quiseram experimentar a técnica
do haikai – aliás, mais do que uma técnica, um exercício de contenção poética e uma disciplina do olhar. Eis alguns dos poemas
escritos nessa aula pelos jovens haicaístas, a quem agradeço por
terem permitido a sua publicação no Toque de Saída.
AS PRIMEIRAS METÁFORAS – I
Houve um homem,
anterior a estes e ao abismo.
Chovia. O homem apontou
o céu e disse «olha como
as nuvens choram.» Foi o primeiro.
As palavras eram ainda leves
e, naturalmente, era também possível
dizer coisas belas e imprevistas
como um relâmpago.
Paulo Tavares, Minimal Existencial, Artefacto, Lisboa, 2010
(Poema extraído do segundo livro de Paulo Tavares, de quem o Toque de Saída publicou vários inéditos entre 2005 e 2007.)
Professora Soledade Santos
Já anoiteceu –
embalado pelos grilos
o sol adormece.
Ana Portugal
Ouve o vento frio
passar entre as folhas secas –
a lua nasceu.
Nicole Almeida
Com este calor
o vento tarda em chegar –
os pássaros cantam.
Sara Isabel
A brisa suave –
ao sabor do vento a saia
borboletejando.
André Justino
Ouve o rouxinol
que não parou de cantar
a chamar a lua.
É de madrugada,
cegonhas cortam o céu –
o mundo não pára.
Rita Lopes
As árvores novas –
como estão elas à espera
de desabrochar!
Ana Faustino
O menino dorme
e as melgas riscam a noite.
Sobe a lua cheia.
Rute Lopes
As folhas voltaram
assim como as andorinhas.
As árvores riem.
Paulo Constantino
A manhã rompeu.
Pequeno-almoço na mesa –
começa o dia.
Sofia Santos
O dia adormece.
Com os sapos a cantar
a lua desperta.
Alexandre Sousa
Luís Silva
O cão vai ladrando
atrás do gato que foge
na noite profunda.
João Rebelo
DRUGS ARE ABLE TO GIVE
YOU A BREAK
Drugs are able to give you a break
Crack and cocaine are the devils taste
Hopes and dreams are given away
You might think it’s alright but it’s not ok
From the shadows they shall return
To bring all the things you desire
You’ll be trapped, you’ll be burned
Think, is that what you want?!
A whole life to live, and you throw it away
God gave you life and is this how you repay?
You became blind, you sold your soul
Now your days are a big black hole
You have become a puppet full of greed
Now heavy drugs are all what you need
Instead of truth you chose your lies
Won’t last long because soon you’ll die
Don’t do any worse, don’t scratch your skin
You did your work, you must pay for your sin
Silence shouting, twiching on the floor
You’re one more soul that is rotten to the core
From that vicious cycle you cannot escape
RIP my son you marked your fate
Can you see now what I’m telling?!
Not all the stories have an happy ending!
Bruno Silvestre, 12º Ano
Rompe a manhã débil,
um pingo de orvalho cai.
O gato não vem.
João Ribeiro
RECRIAR O MUNDO
7
TOQUE DE SAÍDA
ANO 5 - Nº 15
ANO LECTIVO - 2009/2010
3º PERÍODO
QUADRO DE MÉRITO
7º ANO
10º ANO
12º ANO
Henrique Cardoso Vicente
7ºB
Alexandra Paulo Francisco
10ºA
Catarina Rebelo Silvério
12ºA
Filipa Vicente Custóias
7ºE
Carolina Perista Serrazina
10ºA
Hugo Miguel Fonseca Rodrigues
12ºA
Henrique Lourenço Ferreira
7ºE
Joaquim M. Vinagre Ferreira
10ºA
Mariana Filipa Carvalho e Silva
12ºA
Inês Marquês Mateus
7ºE
Juliana Serrazina Pedro
10ºA
Raquel Castelhano Dias
12ºA
João Gil Delgado Silva
7ºE
Maria Serrazina Carvalho
10ºA
Rita Santos Bernardino
12ºA
Fabiana Crisóstomo Costa
7ºF
Tiago Costa Mateus
10ºB
Simão Silva Vicente
12ºA
Francisco Miguel D. Salvaterra
7ºG
André da Costa Marques
10ºC
Tiago Santos Ezequiel
12ºA
Helena Carvalho Gorricha
7ºG
Francisco M. Quaresma Ramalho
10ºC
Ana Luísa Marques Pereira
12ºB
Inês da Cruz do Couto
7ºG
Hugo José da Silva Fernandes
10ºC
Arlete Sofia Mendes Sineiro
12ºB
Carlos Ferreira Martins
7ºH
Pedro Radamanto Rodrigues
10ºC
Cláudia Paciência Santos
12ºB
Georgeta Munteanu
7ºH
Andreia Dias Lopes
10ºE
Cristiana Faustino Higino
12ºB
Bárbara Maximiano Martins
10ºE
Inês Domingos Belo
12ºB
Ana Sofia Valério Lopes
10ºF
Juliana Fialho Costa
12ºB
12ºB
8º ANO
Maria Ana Bernardo Almeida
8ºB
João Filipe Pereira Rodrigues
10ºF
Laura Catarino Gonçalves
Vanessa Agostinho Ferreira
8ºB
Margarida Costa Serralheiro
10ºF
Liane dos Santos Canas
12ºB
Alice Coelho Vicente
8ºC
João Emanuel Peralta e Tato
10ºG
Mariana da Silva Rodrigues
12ºB
Catarina Castelhano Dias
8ºC
Marisa Ferreira Machado
10ºG
Mónica Daniela Santos Fialho
12ºB
José Luís Alexandre Mateus
8ºC
Cláudia Adrião Moreira
10ºI
Paulo Miguel Vicente Batista
12ºB
Mariana da Silva Alves
8ºC
Daniela Tomás Costa
10ºI
Bárbara Santos Serralheiro
12ºC
Carolina Gonçalves Guerra
8ºD
Catarina Fialho Marquez
12ºC
Inês da Silva Fernandes
8ºD
11º ANO
Jéssica Carreira Martins
8ºD
António Serrenho do Carmo
Catarina Moreira Ferreira
8ºE
Patrícia Sousa Paulo
8ºE
Célia Gomes Franco Mendes
12ºC
11ºA
David Marques Vicente
12ºC
Daniela Filipa Mendes Francisco
11ºA
Fábio Sousa Cruz
12ºC
Inês Marques Moreira
11ºA
Filipa Isabel M. M. Serrazina
12ºC
12ºC
Sara Catarina Cardoso Mendes
8ºE
Nídia Quitério Ferreira
11ºA
Joana do Mar Ferreira Machado
Ana Paula Jorge Cruz
8ºF
Patrícia Bispo Pimenta
11ºA
José Carlos Barreiro Mateus
12ºC
Bruna Gerardo Castelhano Boita
8ºF
Ricardo Nazaré Serrazina
11ºA
Juliana Marques Santos
12ºC
Eduardo Manuel S. F. Aivado
8ºF
Ana Rita Ribeiro Marques
11ºB
Mariana Mateus Madaleno
12ºC
Inês Morais Penas
8ºF
Eunice Ferreira Vicente
11ºB
Marta Carvalho Santos Baptista
12ºC
Isa Morais Penas
8ºF
Joana Maria dos Santos Boita
11ºB
Micaela do Carmo Bento
12ºC
Luciana Filipe Neto
8ºG
Maria Santos Vicente
11ºB
Miguel Machado Lopes
12ºC
Filipa Alexandra Paulo Lindo
8ºH
Sofia Marques Félix Castelhano
11ºB
Tatiana Marques Ladeira
12ºC
Pedro Rui Ramalho Constantino
8ºH
Cristina Isabel Ferreira Tomás
11ºC
Cidália Margarida Machado Tomás 12ºD
Adriana Fialho Passarinho
11ºD
Mariana Guerra de Almeida
Guilherme Fialho Passarinho
11ºD
Susana Isabel Vicente do Coito
12ºD
11ºE
Tânia da Conceiçaõ Quitério
12ºD
9º ANO
12ºD
Miguel Ângelo Honório Silva
9ºA
Maria Luísa V. J. A. Sales
Catarina Lourenço Silva
9ºB
Beatriz Mateus Tiago
11ºF
Vanessa Marques Fialho
12ºD
Cláudia Sofia Coito e Silva
9ºB
Sofia Ferreira Sebastião
11ºF
Daniela Sofia Mendes Santos
12ºE
Mónica Sofia Pereira Lourenço
9ºB
Catarina Ferreira Lopes
11ºH
Joana Filipa Paciência Paulo
12ºE
Ana Carolina F. P. S. Pontes
9ºD
Diana Isabel Pereira Tomás
11ºH
Juliana Vieira Belo
12ºE
Sara Cristina F. Monteiro Mendes
9ºD
Rita Margarida Pereira Henriques
11ºH
Lea Mões da Fonseca
12ºE
Carolina Alexandra Vicente
9ºF
Rafael Bernardo Santos
11ºI
Maria do Carmo Ferreira Guerra
12ºE
João Marcos M. Crisóstomo
9ºG
Teresa do Carmo Ferreira
12ºE
Milene Magalhães Inácio
9ºG
Tiago Manuel Pereira Martins
12ºE
Beatriz Pimenta Penas
9ºH
Ana Rita Felizardo Francisco
12º F
Sónia Fialho Felizardo
9ºH
Beatriz Maximino B. da Silva
12º F
Carlos Miguel Loureiro Siopa
9ºI
Beatriz Perista Serrazina
12ºF
Catarina Henriques Lopes
9ºI
Bruno Filipe Fonseca Santos
12ºF
8
Joana Almeida G. Guimarães Sá
12ºF
Patrícia Constantino Lourenço
12ºF
Luís Miguel M. Vicente
10ºC.T.
Márcio André C. Pedro
12ºC. T.
ESCOLA VIVA
ANO 5 - Nº 15
TOQUE DE SAÍDA
BENEDITA E A
IMPLANTAÇÃO DA
REPÚBLICA
Uma das coisas que me dá prazer é escrever o artigo para o “Lugar da Memória”, especialmente pela pesquisa que antecede o produto final.
Para o artigo deste Jornal, a redacção
achou que seria interessante algo que se enquadrasse nas comemorações dos 100 anos
da República. Fiquei entusiasmada, só que
não estava preparada para a dificuldade que
iria encontrar para recuar 100 anos e conseguir encontrar documentação e pessoas que
me pudessem elucidar sobre o que se passou
na Benedita (à época, uma humilde aldeia rural com apenas 3130 habitantes) e como aqui
foi recebida a notícia da implantação da República.
Em 1910, ano da queda da Monarquia e da
implantação da República, o pároco da Benedita era o Padre António de Jesus Faria, ao
mesmo tempo presidente da Junta. E o regedor o Sr. José Duarte Picão (na foto com a
esposa, D. Bernardina Pereira da Conceição).
Encontradas as autoridades do poder local
da altura, faltava-nos encontrar algo que nos
indicasse a reacção da população e, finalmente, graças à amabilidade do Eng. Luís Guerra
de Almeida, ficámos a saber que o seu tio, António Ribeiro de Almeida, nascido na Benedita em 16 de Abril de 1886, homem de grande
cultura, que tinha frequentado o Seminário de
Santarém, foi regedor em 1908 e vereador da
Câmara Municipal de Alcobaça em 1910.
Era um monárquico convicto e anti-republicano que não escondia as suas ideias. Com
os pais, passava algum tempo na Quinta da
Granja (propriedade da família), em Turquel.
E aí foi surpreendido pela GNR, que cercou a
quinta e trazia ordem para o deter e levar para
a cadeia, em Alcobaça. Segundo fonte fidedig-
na, a mãe do jovem, D. Rachel do Nascimento
Ribeiro, ajoelhou-se, pedindo que não fizessem mal ao filho, mas as ordens eram para
ser cumpridas e o jovem António acabou por
ser alvejado, quando tentava fugir. Foi levado
para a cadeia de Alcobaça, onde ficou alguns
meses em reclusão. Claro que a família tentou
todas as diligências para o libertar, o que acabou por conseguir, fruto dos conhecimentos e
influência que tinha e graças, especialmente,
ao Sr. José Emílio Magalhães, grande amigo
da família Ribeiro de Almeida.
A prisão não mudou os ideais de António
Ribeiro de Almeida, e a jovem República não
perdoava aos seus opositores, assim, o jovem
preferiu não permanecer em Portugal e fugiu
para França, onde permaneceu até os ânimos
serenarem em Portugal e na sua Benedita,
para onde regressou anos mais tarde.
Agradecemos a Luís Guerra de Almeida e a
Fernando Maurício pela colaboração na pesquisa e pela cedência da fotografia.
Professora Maria José Jorge
ARTE E FORMA
Saber em que consiste a arte é
importante para podermos discutir
sobre as diferentes expressões,
sabermos compreendê-las e apreciá-las. Há muitas respostas, mas
a que nos parece mais adequada
é a que define a arte como forma
significante.
A forma é de facto um aspecto
importante. Não se trata simplesmente da forma no sentido geral,
mas daquilo que num objecto não
pode ser alterado ou simplificado
sem que este perca o seu interesse e significado. Defende Clive
Bell que “o ponto de partida de
qualquer sistema estético tem de
ser a experiência pessoal de uma
emoção peculiar”. A esta experiência pessoal chama-se emoção
estética, que só experimentamos
na presença de uma obra de arte,
provocada pela sua forma significante. Para sabermos identificá-la
é preciso termos a sensibilidade
cultivada e algum conhecimento.
O LUGAR DA MEMÓRIA
Mas, afinal, que característica é
esta?
Essa característica, por exemplo num quadro, é a relação entre as linhas e as cores que lhe
conferem um significado. Não é a
mensagem, o conteúdo do quadro
que determina a sua essência,
mas estes aspectos formais. O
mesmo se passa com as outras
expressões artísticas, todas par-
tilham linhas formais gerais, como
unidade, intensidade ou grau de
complexidade os quais constituem a forma significante.
Há contudo, objectos de arte
que não se distinguem visualmente de outros que o não são. Vejase por exemplo da caixa de Brillo,
de Andy Warhol, que reproduz a
caixa de detergente da loiça da
dita marca numa versão em igual
escala, quase não se distinguindo das de uso comum. Podemos
então pensar que todas as caixas de Brillo deveriam ser obras
de arte, mas não o são. O mesmo
acontece com os sinais de trânsito, os quais têm cores e formas
significantes, mas não são obras
de arte. Não o são porque a sua
finalidade é informar, contrariamente às obras de arte, que têm
como finalidade exibir a sua forma
e nada mais.
Uma outra dificuldade é explicar exactamente em que consis-
te a forma significativa. Qualquer
formalista responderia que o sabemos porque temos emoções
quando a observamos, mas se lhe
for perguntado o que é uma emoção estética, ele responde que é
o tipo de emoção provocado pela
forma significante. Assim, a resposta é circular e não nos satisfaz.
Pensamos que esta circularidade, que não é apenas lógica, pode
ser evitada pela educação estética. Para analisar esteticamente
uma obra, é preciso sermos pessoas com a sensibilidade educada. Sem esta educação mínima,
a forma significante permanece
algo de misterioso e incompreensível. É preciso educar os sentidos, “ter olho” e um conhecimento
mínimo para saber distinguir as
obras de arte das que o não são.
Ana Lopes, 11º E
9
TOQUE DE SAÍDA
ANO 5 - Nº 15
ENTRE LIVROS
Nesta edição damos a conhecer aos leitores do Toque de Saída os gostos literários de
um professor de Matemática da nossa escola,
de uma funcionária da Biblioteca e também de
um colega do 12º Ano. Esperamos que as preferências dos nossos entrevistados inspirem
boas horas de leitura.
O professor de Matemática e encenador do
grupo de teatro “Gambuzinos”, do ECB, José
Carlos Saramago, aceitou partilhar os seus
gostos no que respeita à leitura.
Os livros que mais
gostou de ler: O Senhor dos Anéis, de
J. Tolkien, e Crime
e Castigo, de Fiódor
Dostoievski.
O livro que mais
lhe custou a ler: Viagens na MinhaTerra,
de Almeida Garrett,
por ter sido obrigado
a fazê-lo.
O escritor que
mais aprecia: J. Tolkien.
Os livros que anda a ler: Marina, de Carlos
Ruiz Zafón, e a peça de teatro Com o amor
não se brinca, de Alfred de Musset.
O livro que aconselha: Crime e Castigo, de
Fiódor Dostoievki.
A funcionária da
Biblioteca do ECB,
Fernanda
Maria
Fernandes da Fonseca Silva, gentilmente acedeu ao
nosso convite para
partilhar os seus
hábitos de leitura.
Eis as suas preferências.
O livro que mais
gostou de ler: A
Vida num Sopro, de José Rodrigues dos Santos.
O livro que mais lhe custou ler: O Evangelho Segundo Jesus Cristo, de José Saramago.
O escritor que mais aprecia: Miguel Sousa Tavares, Eça de Queiroz e José Rodrigues
dos Santos.
O livro que anda a ler: Já ninguém morre de
amor, de Domingos Amaral.
Os livros que aconselha: A Vida num Sopro, de José Rodrigues dos Santos; Amar depois de amar-te, de Fátima Lopes.
O Tiago Rebelo
está na turma A do 12º
Ano, no curso de Ciências e Tecnologias,
e muito prontamente
respondeu às nossas
questões sobre as
suas leituras.
O livro que mais
gostou de ler: Brisingr,
de Christopher Paolini.
O livro que mais lhe
custou a ler: Os Maias,
de Eça de Queirós.
O escritor que mais aprecia: Christopher
Paolini
Os livros que anda a ler: Memorial do Convento, de José Saramago.
Os livros que aconselha: Filhos do abandono de Torey Haiden, Brisingr, Eragon e Eldest
de Christopher Paolini.
Margarida Serralheiro e Vanessa Martins, 11º E
TOP 10
SUGESTÃO DE LEITURA
1º- Todos os Nomes – José Saramago
Hélia Correia é, na minha
opinião, uma das grandes escritoras portuguesas contemporâneas, com um estilo requintado,
quase poético. O romance Adoecer, publicado pela Relógio de
Água, aí está a prová-lo. Desde
Lillias Fraser que a autora não
tinha conseguido retomar com
o mesmo fulgor as histórias de
heroínas improváveis, que não
ostentam uma beleza óbvia, que
são grandiosas acima de tudo
pelas suas fragilidades.
O novo romance de Hélia
Correia tem a sua génese no
quadro Ofélia, uma encenação
pictórica da Ofélia de Shakespeare, do pintor novecentista
10
John Everett Millais, para o
qual Elisabeth Siddal, a Lizzie
de Adoecer, posou. Foi a partir
dessa pintura que a escritora
iniciou a sua demanda da modelo e ao mesmo tempo penetrou
no universo dos pré-rafaelitas
e das pré-feministas do século XIX inglês. Temos, então,
como protagonista, uma mulher
que contornou as limitações da
sua origem modesta. Graças à
sua beleza estranha, aos seus
impressionantes cabelos ruivos, encantou o jovem pintor
William Alingham e tornou-se
sua modelo. Aqui começa a sua
ascensão social, mas também a
sua caminhada trágica. Desde o
momento em que Lizzie é pintada por Millais, enquanto Ofélia,
“...qualquer coisa de Ofélia se
alojara definitivamente no seu
corpo”, diz a autora. A modelo
posou horas a fio dentro de uma
banheira aquecida por lamparinas e permaneceu na água fria
quando estas se extinguiram,
para não perturbar o trabalho
do pintor. O resfriamento que
daí resultou marcou indelevelmente a sua curta vida marcada
pela doença, tanto física como
psicológica. Até a sua história
de amor neurótico com Gabriel
Dante Rossetti, que a toma
como musa, a ensina a pintar e
a escrever , incitando-a a emancipar-se, estará irremediavelmente amaldiçoada.
A estrutura do romance é
simples: começa com a descrição do cemitério de Highgate,
onde Lizzie está sepultada ao
lado do pai de Dante Gabriel,
retrocedendo depois ao início,
a finais dos anos cinquenta do
século XIX, e seguindo cronologicamente até à morte de
Lizzie, em 1862, para terminar
com o episódio da exumação do
seu corpo a fim de se recuperar
o inédito e único exemplar do livro de poesia de Dante Gabriel
Rossetti, House of Life, que o
pintor-poeta depositara junto
aos seus cabelos sete anos antes.
Aventure-se, pois, a ler a fascinante história de Lizzie Siddal
que “...começa mal e não acaba
bem”, como escreve Hélia Correia, e a conhecer a sociedade
vitoriana da segunda metade do
século XIX.
Professora Luísa Rocha
2º - Bons Sonhos, Meu Amor – Dorothy Koomson
3º - A Pousada no Fim do Rio – Nora
Roberts
4º - Entre Irmãs – Maria Teresa Maia
Gonzalez
5º - A Melodia do Adeus – Nicholas
Sparks
6º - Escândalos Privados – Nora Roberts
7º - O Cromossoma do Amor – Bibá
Pitta
8º - Louca por Compras – Sophie Kinsella
9º - O Símbolo Perdido – Dan Brown
10º - O Codex 632 – José Rodrigues
dos Santos
Os livros mais requisitados na Biblioteca do ECB nos meses de Maio a
Agosto de 2010.
ARTE E CULTURA
ANO 5 - Nº 15
TOQUE DE SAÍDA
NOBEL DA LITERATURA 2010
Em 1994, recebeu o Prémio Cervantes, o mais importante atribuído
à literatura em língua espanhola.
VARGAS LLOSA
A Academia Sueca atribuiu este ano o prémio Nobel da Literatura a Mario
Vargas Llosa, escritor peruano de 74 anos, criador
de uma vastíssima obra
que vai do ensaio à novela, do romance às peças
de teatro.
Disseram os jornais
que o próprio autor ficou
surpreendido com a dis-
tinção uma vez que de
eterno candidato passou
a esquecido das agências
de apostas que, este ano
apontavam um poeta como
vencedor do galardão, e
terá até dito que não sabia
que ainda era candidato.
Ironia de quem há já muito
tempo constava das listas
de possíveis premiados e
se viu sempre preterido na
escolha do Júri do Nobel.
Jorge Mario Pedro Vargas Llosa nasceu em Arequipa, em 28 de Março de
1936, formou-se em Letras e Direito pela Universidade Nacional Maior de
São Marcos, em Lima. Antes de se tornar escritor,
trabalhou como redactor
de notícias na extinta Rádio Central, foi funcionário
de uma biblioteca e até revisor de nomes de túmulos
num cemitério, segundo a
sua biografia oficial. Em
1959, ganhou uma bolsa
de estudos e esteve algum
tempo na Europa, onde se
tornou doutor em Filosofia
e Letras pela Universidade
de Madrid. Em 1959, publicou, o seu primeiro livro,
a colectânea de contos Os
chefes. Em 1964 regressou ao Peru, no entanto,
continuou a passar largos períodos de tempo em
vários países como Cuba,
Grécia, França, Inglaterra
e Espanha.
Em 1990, candidatouse à presidência do Peru
pelo partido de direita
Frente Democrática-Fredemo, mas foi derrotado
por Alberto Fujimori. A sua
experiência na campanha
foi relatada no livro de
memórias Peixe na água,
lançado em 1993, ano em
que se tornaria oficialmente cidadão espanhol. Em
1994, recebeu o Prémio
Cervantes, o mais importante atribuído à literatura em língua espanhola.
Actualmente é professor
convidado na universidade de Princeton, em Nova
Iorque.
Para além de autobiográficos, os seus livros
são marcados por questões políticas da América
Latina, por críticas a líderes como Fidel Castro, de
quem já foi próximo, Álvaro Uribe,Hugo Chavez e
até Lula da Silva. Os dois
últimos são visados no seu
livro mais recente, Sabres
e Utopias, um conjunto de
artigos sobre política, direitos humanos, história e
literatura.
Este é o sexto Nobel
atribuído a um escritor
latino-americano e , de
acordo com a Academia
Sueca, a escolha ficou a
dever-se à “cartografia das
estruturas do poder e afiadas imagens de resistência, rebelião e derrota do
indivíduo” que aparecem
na obra de Llosa. Aproveitemos, então, para ler, ou
reler, as suas obras, por
exemplo, Pantaleão e as
Visitadoras, Conversa na
Catedral, Os Cadernos de
D. Rigoberto ou Travessuras da Menina Má, onde
todas as qualidades inegáveis da escrita do autor
estão presentes.
Professora Luísa Rocha
NA PISTA DOS
CLÁSSICOS
Este ano, a nossa escola passou a oferecer uma opção de
Clássicos da Literatura aos alunos do 12º Ano. Clássicos, nesta
acepção, são livros que atravessam o tempo, moldando a memória individual e colectiva e constituindo vias de excelência para
aceder aos traços identitários dos
povos e nações.
Eis a opinião de uma das alunas, a propósito de um destes livros, escrito por Boccaccio, autor
italiano do século XIV.
Confesso que, à partida, o título, Decameron, não me inspirou muita confiança. Pensei
logo numa obra relacionada com
monstros, ou algo do género, o
que não ocupa lugar de eleição
nas minhas preferências.
Felizmente, quando iniciámos
ARTE E CULTURA
o estudo da obra, vendo o filme
que Pasolini realizou a partir do
livro de Boccaccio, foi amor à
primeira vista. Adorei todos os
capítulos do filme, talvez pelas
cómicas expressões faciais das
personagens, pela sua caracterização física realista, pelo modo,
avançado para a época, como se
retratavam os comportamentos
sexuais, e até mesmo pelo facto de a acção decorrer no século
XIV, durante os terríveis anos da
Peste Negra, época histórica que
sempre me fascinou.
Mas colocava-se-me uma temível interrogação: iria eu gostar
tanto do livro como gostara do filme?
Pois bem, devo dizer que gostei ainda mais. Achei uma obra
acessível, com uma linguagem
simples e cómica e, acima de
tudo, relatando uma infinidade de
John William Waterhouse, Decameron
factos curiosos e interessantes
sobre o quotidiano das pessoas
daquela época.
Além de tudo isto, o conto escolhido para ser analisado na
aula (o Decameron é composto
por cem contos, narrados por um
grupo de jovens que se refugiam
num castelo campestre durante
dez dias, para escapar à peste
que então assolava a cidade de
Florença) não podia ter sido me-
lhor: a história conseguiu cativarnos e provocar boas gargalhadas.
Quem não se lembra de “meter o
diabo no inferno”?!
A mim este livro cativou-me
e decerto vou ler mais alguns
contos. Resta-me aconselhá-lo
a quem goste de histórias medievais ou simplesmente a quem
queira passar um bom bocado.
Adriana Passarinho, 12º D
11
TOQUE DE SAÍDA
ANO 5 - Nº 15
OUT BEAT COME WAVE
UM PROJECTO MUSICAL DA BENEDITA
A banda chama-se Out Beat Come Wave,
é um projecto musical da Benedita, de música
Experimental / Spoken Word / Trip Hop.
Nasceram da coincidência, cimentaram
ideias, criaram conceitos e desenvolvem música com alguma poesia e a um ritmo muito
slow. Tentam divulgar ideias, partilhá-las, consciencializar pessoas. E eis que depois da confirmação do concerto em Coimbra (Pop
Fresh), surge a notícia de que se
apresentarão, em Novembro, em
Aveiro, no Mercado Negro, associação cultural que já recebeu os
Deolinda, Scout Niblett, Kimi Watson e Legendary Tiger Man, entre
outros. Aliás, o palco onde os Out
Beat Come Wave irão actuar já
tem alguma história. Perante isto,
decidimos saber mais sobre o seu
projecto.
Quem são e como surgiram os
Out Beat Come Wave?
Joshua: Surgiram do acaso, do
imprevisto e da vontade, uma mistura estranha, aliás como a sonoridade e os temas abordados.
Rivias: Os Out Beat Come Wave são um projecto essencialmente de partilha de ideais,
com um ideal revolucionário, transmitindo
calma pela sonoridade. Como sabemos que a
parte cénica é importante, englobámos um VJ,
e aos poucos o projecto vai-se construindo.
Os Out Beat partilham uma forma de ver as
coisas e querem alertar, consciencializar.
Como apresentariam o projecto a quem
nunca vos ouviu nem viu em palco?
Joshua: Bem, isso é complicado (risos). Nós
temos uma sonoridade muito variada, influ-
Joshua: Depois, outro problema surge, é que
a poesia engloba-se na sonoridade, como se
fosse um instrumento – e não como uma vocalização.
Como conseguiram concertos em Coimbra,
e agora em Aveiro?
Rivias: Força de vontade e persistência para combater a regionalidade. É difícil promover este tipo
de projecto, como outros, mais
criativos, quando os espaços têm
os seus segmentos de públicos.
Se fores do rock, é na boa, senão,
é mais difícil. Mas não temos tido
problemas com isso, a força e o
gosto pelo que fazemos é uma
motivação para todo o trabalho, e
quando conseguimos ir até Coimbra, Aveiro e outras cidades, isso
é a nossa compensação.
Até onde pretendem chegar com
este projecto?
Joshua: Dizem que qualquer caminho leva a Roma. Sinceramente, não sei, mas vamos andando
por aí, vivendo o presente.
ências das mais díspares formas musicais e
dos mais variados músicos, e é difícil explicar.
Chego mesmo a pensar se será correcto apresentar o projecto, falando sobre ele, porque
nunca vamos conseguir explicar verdadeiramente em que consiste.
Rivias: O melhor é aparecerem e verem.
Entrevista por Ricardo Jorge Anastácio,
BANGO 2010
ex-aluno do ECB
A FESTA DOS ESTUDANTES
DO ENSINO SECUNDÁRIO
O Rotary Club da Benedita organizou, pela
sétima vez, um evento de grande dimensão
denominado “Bango” e dedicado à música,
dança, escultura e fotografia, entre outras artes.
Este ano, o “Bango”
teve lugar junto à Casa
da Vila da Benedita, nos
dias 16 e 17 de Setembro.
Aí actuaram diversas bandas, tais como os “Ben”,
“Caldas Handsaw Massacre”, “Bolacha Maria”,
“Smooth Voltage”, “Rockspot”, “Xeques”, “Black
Strike”, “Lord´s” entre outras, num total de 20 bandas.
Apesar de todas serem muito boas no que fazem, na minha opinião, a
que mais se destacou foi
a “Caldas Handsaw Massacre”, por tocar instrumentos pouco utilizados
hoje em dia, tais como o
serrote musical e o contrabaixo. E, ao tocar
12
apenas temas de bandas sonoras de filmes e
séries como “Ficheiros Secretos”, “Bonanza”
e “Benny Hill”, esta banda provou ser única e
com bastante potencial.
Actuaram,
também,
os grupos de dança “C4
Effect” e os “Slick Company”, entre outros. Houve animação de rua e exposições de escultura, de
instrumentos
musicais,
de artesanato e de fotografia.
Enquanto participante
e espectador deste grande evento, diria que se
lhe deve dar continuidade, pois eventos destes,
bem organizados e com
uma forte componente artística, enriquecem
bastante uma vila como a
Benedita.
ESTÁ DE VOLTA
O 8º Festival Secundário irá realizarse entre os dias 17 e 21 de Abril de 2011,
em Gouveia, um local mágico onde milhares de jovens passam 5 dias de pura
diversão.
Poderás experimentar sensações únicas, participando em torneios, descarregar adrenalina com os desportos de aventura, desfrutar da natureza, divertires-te à
grande nos insufláveis gigantes, Aerotrim
e Air Bungee. Quando a hora for de recarregar baterias, poderás participar num
dos vários workshops ou não fazer nada,
deixando simplesmente o tempo passar
na companhia dos teus novos amigos! E
como o Festival não pára, poderás divertir-te à noite, na Tenda Disco por onde
passarão Dj´s residentes e convidados e
vibrar com os concertos!
Ainda tens dúvidas? Não podes faltar!
Ana Marques, 12º B
André Nogueira, 12º B
OLHAR CIRCUNDANTE
ANO 5 - Nº 15
TOQUE DE SAÍDA
ENTREVISTA A ANTÓNIO LEANDRO
DE LÉS A LÉS EM DEFESA DAS SUAS DAMAS
António Leandro Lopes nasceu a 27 de
Agosto de 1932 no lugar do Taveiro. É casado
com Lúcia Ferreira dos Santos, pai de quatro
filhos e avô de quatro netos. Foi sapateiro durante dezasseis anos, e dedicou trinta e cinco
anos da sua vida ao serviço dos CTT, como
carteiro. Actualmente reformado, tem-se dedicado mais afincadamente ao jogo das damas
e participado em torneios por todo o país. O
Toque de Saída foi encontrá-lo no recato do
seu lar, com um tabuleiro de damas disposto
na mesa, rodeado por taças e
prémios de presença nos muitos torneios em que participou.
Foi quase um homem dos
sete ofícios. Podia falar-nos
um pouco do seu percurso
profissional?
Sempre tive uma vida muito preenchida: fui sapateiro
durante quase duas décadas
e carteiro durante 37 anos.
Em simultâneo tive um talho
para gerir, e para além disso o
matadouro também estava por
minha conta, ou seja, também
se matavam os animais e se
preparavam para serem vendidos. Ainda em paralelo tinha
uma agência de máquinas de
tricotar, que também me ocupava bastante tempo. Mas de
facto sempre senti orgulho em
ser carteiro. Guardo algumas lembranças interessantes, pois as pessoas tratavam-me
com muito carinho. Por exemplo, ainda me
lembro quando chegava a casa da família do
agora Cardeal Patriarca, D. José Policarpo,
para os lados de Alvorninha, e uma das suas
irmãs chamava a mãe a gritar «Ó mãe, vem
aí o nosso carteiro”. Este “nosso” mostrava o
quanto eu era bem-vindo. Este ofício também
me permitiu conhecer a população da Benedita e arredores, pois cheguei a trabalhar nas
freguesias vizinhas.
O Toque de Saída tomou conhecimento
de que fez parte do grupo de fundadores do
ECB. Que recordações pode partilhar connosco desse tempo?
Fui sócio fundador do Externato e acompanhei o seu desenvolvimento. Lembro-me das
primeiras instalações serem num barracão do
Sr. António Serralheiro. O professor Gameiro
foi o primeiro a vir para cá trabalhar como Director Pedagógico. Como não havia dinheiro
para continuar, de tal forma que o Externato
só duraria um mês caso não tivéssemos trabalhado nele, numa das reuniões disse em
Assembleia que tinha uma proposta a fazer,
pois o Externato não podia morrer. A verdade
é que nessa reunião tínhamos de averiguar se
o sonho do ECB ia para a frente ou se acabaOLHAR CIRCUNDANTE
va ali. A proposta consistia em angariar fundos
junto da população beneditense. Fomos casa
a casa, eu e o Sr. José Guerra, para angariar sócios, tendo cada um de contribuir com
500 escudos. Nós convencíamos as pessoas
a aderirem, explicando-lhes quais as vantagens, uma das quais era a de que os seus
filhos não precisavam de pagar quotas se os
pais fossem sócios. A primeira pessoa a ser
sócia entrou com 5.000$00, que na altura era
muito dinheiro. Foi assim que se conseguiu
saldar as dívidas e ainda ficar com uns dinheiros em caixa para o ano lectivo seguinte. Este
período coincidiu com a entrada do Dr. Sapinho como Director.
Que outras funções sociais desempenhou?
Fui também sócio fundador dos Bombeiros Voluntários da Benedita e cheguei a ser
Secretário e Presidente da Direcção; fui sócio fundador do ABCD (o antigo ABDC), tendo permanecido na presidência durante oito
anos. Também fui secretário da Junta de Freguesia da Benedita, durante um mandato, na
década de 80. Lembro-me que nesse mandato
inaugurámos a luz eléctrica em alguns lugares
e negociámos com a Câmara Municipal de Alcobaça a vinda da água para a Benedita. Não
foi nada fácil.
Fui ainda sócio fundador da Santa Casa
da Misericórdia, para a qual fiz dez anos de
voluntariado. Há uns anos, fui fundador e dinamizador do Grupo 32 que reunia todas as
pessoas que nasceram nesse ano.
Então e quando é que começou a jogar
damas?
Comecei muito novo. Na escola primária
era eu que fazia as peças e os tabuleiros, com
materiais caseiros. Cortava o pau da vassou-
ra às rodelas, pintava-as e fazia as peças assim. Gostava tanto de jogar que a professora me proibiu de jogar durante a semana, de
tal maneira que apenas aos fins-de-semana
é que jogava com os meus colegas. Conheci
o Dr. Armindo da Silva Loureiro nessa altura
e foi ele o meu mestre de damas e também
de xadrez. Fui crescendo e jogando em torneios na Benedita e nos arredores, e depois
para mais longe. O primeiro foi na casa do
Sr. António do Carmo, há cerca de quarenta e sete anos. Comecei por
ganhar os primeiros lugares.
Depois federei-me (na Federação Portuguesa de Damas)
e comecei a pagar uma quota
e a participar em torneios por
todo o país, de Faro a Monção, Madeira e Açores. Já joguei praticamente com todas
as equipas portuguesas. Joguei durante seis anos pelo
S. João da Madeira e actualmente pelos Dragões Futebol
Clube do Porto, de Leiria. Fui
campeão de damas dos CTT/
TLP onze vezes, o que equivale a vinte e dois anos, porque os torneios são bienais.
Hoje corro o país de lés a lés,
de tal modo que até às ilhas
já fui jogar. Posso acrescentar que me tornei uma pessoa
mais rica, principalmente pelos amigos que fiz em todos os lugares por
onde passei.
Sabemos que foi homenageado algumas
vezes, uma delas pelo Rotary Club da Benedita.
Fui homenageado recentemente pela Inatel
pelos bons serviços do jogo de damas, porque
a minha equipa de Leiria foi campeã durante quatro anos. Jogávamos em grupo, éramos
quatro jogadores na mesma equipa. Em 2005
fui homenageado pelos Rotários da Benedita
pelo préstimo dos bons serviços e reconhecimento profissional enquanto carteiro. É com
grande satisfação que falo destas homenagens.
Lembra-se de alguma situação que tenha vivido nos torneios em que participou
e que queira partilhar connosco?
Lembro-me da minha equipa ter ido à Madeira e ser recebida pelo Dr. Alberto João Jardim na sua quinta. Foi engraçado o convívio e
as palavras de estímulo e incentivo que guardo dele. Também guardo boas recordações
quando fazia simultâneas: cheguei a jogar
com vinte pessoas ao mesmo tempo.
(contínua na página14)
13
TOQUE DE SAÍDA
ANO 5 - Nº 15
“ONE GOOD THING ABOUT MUSIC, WHEN IT HITS YOU FEEL NO PAIN”
BOB MARLEY
Como género musical, o reggae é um dos
mais apreciados, inicialmente nos países anglo-saxónicos, mas pouco a pouco estendendo a sua influência a todo o mundo. Desenvolveu-se na Jamaica, no final dos anos 60, a
partir de dois estilos musicais, o ska e o rocksteady, mas fortemente influenciado por outros
géneros como o jazz, o r&b e pelos ritmos africanos. Nos anos 70, a sua popularidade aumentou devido a artistas como Bob Marley &
the Wailers, Eric Clapton – com a sua versão
da canção de Bob Marley, “I shot de sheriff”,
número 1 nos Estados Unidos em 1974 – e ao
fundador da editora discográfica Island Records, Chris Blackwell, que promoveu a música
jamaicana em larga escala. A influência do reggae é vasta, nomeadamente na música punk
da segunda metade dos anos 70.
Harmonicamente, a música é muito simples
e com estruturas repetitivas, o que gera um
efeito hipnótico, tendo a guitarra baixo um papel predominante. As líricas abordam temas
de crítica social, conciência política, relacionamento amoroso, temas religiosos (já que
muitos dos mais famosos músicos de reggae
praticam ou praticaram o rastafarianismo,
uma religião muito comum nos jamaicanos
descendentes de africanos) e mesmo o uso
de drogas como a marijuana, já que pensam
que esta droga os coloca mais próximos de
Jah (Deus).
O reggae tem vários subgéneros em que
se destacam o chamado roots reggae e o dub,
este de grande influência em muitas correntes
musicais actuais. A figura mais conhecida da
música reggae é sem dúvida Bob Marley, aliás justamente, devido à grande qualidade de
toda a sua obra. Outras figuras de grande im-
O MUNDO REAL E O IRREAL
As muitas coisas que não
podem acontecer e, no entanto, acontecem, informamnos da fragilidade do mundo
que somos e vamos construindo.
É um mundo de equilíbrios delicados e de muito
betão grosseiro, comandado
por redes informáticas que
colapsam porque um meteorito qualquer rasou um qualquer satélite, ou a energia
eléctrica se foi abaixo por
razões obscuras. Somos tão
complexos nuns assuntos,
como rudimentares noutros,
e caminhamos no fio da navalha com a leveza de quem
não sabe, com rigor, o que
14
faz, ou não mede a extensão
da consequência dos seus
actos.
O que não pode acontecer, e no entanto acontece,
mostra-nos a exacta distância de um mundo conceptual,
feito de ideias magníficas, de
pensamentos organizados e
grandiosos, e um mundo real
atamancado. Como é possível?
O mundo real, ao contrário do mundo conceptual,
não é um mundo de autor.
Não tem um princípio, um
meio, e um fim, não ocorre
em sequências lógicas, não
possui estrutura narrativa e
nem sequer possui uma direccionalidade certa. É um
sítio estranho, mesmo que
familiar, feito de paragens e
arranques bruscos, de evoluções e voltinhas para distrair,
de desvios tortuosos e negócios indizíveis. Mais parece
uma manta de retalhos mal
amanhada. O mundo real é
um mundo de construção,
desconstrução, criação e decadência permanente. Um
mundo que permite todas as
desarrumações e desorganizações, mesmo as que não
conseguimos imaginar.
As muitas coisas que não
podiam acontecer, e no entanto acontecem, como o
facto de que muitos morrem
de fome ou de frio, por falta
de assistência em situações
extremas ou por mero desinteresse dos que estão à
volta, servem para que todos
os outros percebam a debilidade orgânica das nossas
estruturas. E mostram-nos
a necessidade de ganharmos distância emocional que
permita a não transformação
dos dias em exercícios catárticos, entre a indignação,
a revolta e a esperança, todas tão inconsequentes e
sistemáticas.
As muitas coisas que não
podem acontecer e acontecem estão aí todos os dias a
lembrar-nos a nossa real dimensão, que é MINÚSCULA.
Zaira, funcionária administrativa
portância são Lee “Scratch” Perry, King Tubby,
Burning Spear, Peter Tosh, Jimmy Cliff, Max
Romeo e grupos como os Abyssinians, Culture
e os Mighty Diamonds e muitos outros.
Quanto a obras musicais que atingem a excelência, existem várias, mas a banda sonora do filme de 1972, The Harder They Come,
com Jimmy Cliff e outros artistas, é considerada por alguns o melhor álbum de reggae de
sempre, enquanto outros preferem Exodus,
de Bob Marley & The Wailers, de 1977, eleito
pela Time Magazine como o melhor álbum do
século XX. Mas qualquer dos álbuns lançados
por Bob Marley entre 1973 (Catch a Fire) e
1980 (Uprising), estará certamente entre os
melhores.
Discos recomendados:
The Harder They Come Soundtrack(1972)
featuring Jimmy Cliff
Bob Marley & The Wailers (todos entre
1973 e 1980)
Augustus Pablo-King Tubbys Meets the Rockers Uptown (1976).
Boas audições!
Professor Francisco Franco
ENTREVISTA A ANTÓNIO
LEANDRO
(Continuação da página 13)
A prática de damas está muito enraizada na Benedita actualmente, ou não?
Esteve sempre, mas as pessoas desistem
facilmente se não ganham. Por outro lado, as
pessoas não gostam de torneios e de coisas
oficiais, preferindo jogar nos centros recreativos e nos clubes das terras, sem quaisquer compromissos. Os mais novos, alguns
jogam, mas federados há muito poucos. Actualmente jogo também online. É uma maneira de me entreter, ao mesmo tempo que me
permite relacionar com jogadores de damas
de outros pontos do mundo e desenvolver
conhecimentos de informática.
Nunca pensou em ensinar os jovens ou
em criar um clube juvenil?
Já, mas são sempre tantas coisas para fazer que não tenho tido tempo. A directora da
Universidade Sénior convidou-me para ensinar os alunos; podia criar um clube, mas ainda não dei resposta. Estou à espera que mudem de instalações e, se puder, vou aceitar o
pedido. Por outro lado, estou interessado em
criar uma equipa e gostava de ensinar outras
pessoas, nomeadamente a camada juvenil,
porque jogar damas é um passatempo agradável. E para fugir do stress é recomendável.
Entrevista pelos prof. Clara Peralta e Valter Boita
OLHAR CIRCUNDANTE
ANO 5 - Nº 15
TOQUE DE SAÍDA
ALUNOS NA ERA DIGITAL
Pensamos que seja do entendimento geral que as TIC
facilitam o acesso ao conhecimento, que os alunos as dominam melhor que a maioria
dos professores e as manipulam com mais destreza que a
maioria dos pais.
No entanto, na elaboração
dos trabalhos, a generalidade
dos alunos tende a conformarse em descobrir as páginas
Web que abordam o tema, a
seleccionar tudo, copiar, colar, editar (fazendo pequenas
formatações de texto) e a imprimir. Isto sem fazer qualquer
interpretação, avaliação, selecção, reflexão sobre o seu
conteúdo e sem fazer referências aos sites que foram consultados, para que os professores julguem que o trabalho
foi elaborado por eles, como
se se apropriassem da informação. Ora, se o professor
quiser descobrir as páginas de
onde foi retirado o conteúdo
do trabalho, só tem de retirar
uma frase, do mesmo, e fazer
uma pesquisa. Existem alguns
softwares que ajudam os professores nesta tarefa.
Fazer referência às fontes
consultadas contribui para a
valorização do trabalho apresentado, uma vez que os professores ficam a saber mais
sobre o esforço de pesquisa,
poderão avaliar a capacidade
de análise e de resumo dos
alunos, devendo-se ter o cuidado de utilizar bibliografia de
autores de referência, senão
corre-se o risco da informação recolhida não se encontrar
correcta. Ao encontrar-se uma
frase de que se gosta, pode-se
inseri-la no trabalho mas devese referir o(s) seu(s) autor(es),
porque um dia também se nos
tornarmos autores de referência também vamos querer que
tal aconteça.
Na nossa opinião, é necessário sensibilizar os alunos para a importância de referirem as fontes e valorizar
mais o esforço que fizeram
na análise dos vários conteúdos encontrados, comparando, analisando, seleccionando e transformando, e na
reflexão que fizeram sobre os
mesmos. Desvalorizando, por
outro lado, um pouco a capacidade dos alunos em utilizar
as TIC, já que o trabalho pode
estar com boa apresentação,
o que por vezes também exige
tempo e empenho aos alunos
que cometem alguns exageros, mas pode não responder
ao pretendido. Uma solução
passará por os professores
colocarem algumas limitações
em termos de formatação dos
trabalhos.
Professores Alexandre Lourenço e
Samuel Branco
O copy/paste
é uma técnica
muito utilizada
em
trabalhos
escolares, com
o objectivo de
entregar o trabalho, para não ter zero. Na
minha opinião, essa é a única
vantagem, pois fazendo copy/
paste nunca se vai aprender
nada sobre o tema em estudo
e, ao mesmo tempo, estão a
violar-se os direitos de autor
da pessoa que fez o trabalho.
Rafael Santos, 9ºA
Na minha opinião, as pessoas
não deviam fazer copy/paste.
A não ser que
fizessem um resumo do copy/
paste, porque dessa maneira,
por exemplo nós (adolescentes), aprendíamos alguma coisa. Isto é, se um professor nos
mandasse fazer um trabalho, o
objectivo seria que nós aprendêssemos a matéria que nele
constasse, não era ir a um site
e fazer copy/paste sem aprendermos nada.
COPIAR/
COLAR
Hoje em dia, a maior
parte dos adolescentes
utiliza o copy/paste. Não lhes apetece
fazer um trabalho, então vão à internet,
pesquisam sobre o tema, copiam um
texto qualquer e colam-no no Word, sem
verificarem se a linguagem está correcta, sem verem se tem erros e sem sequer o lerem. Entregam-no ao professor
exactamente como foi tirado da internet
e acabam por ter má nota, porque todos
os professores percebem quando um
trabalho é copiado e colado, ou quando
tem a pesquisa e a informação tratada.
Na minha opinião, o copy/paste é um
acto de preguiça por parte dos alunos,
acho que não custa nada ler o trabalho
para verificar a linguagem e os erros,
para, pelo menos, terem melhor nota,
porque um trabalho sem erros, bem
apresentado e com um linguagem correcta é logo meio caminho andado.
Por isso, quando estiveres a fazer
copy/paste, pensa que deves pelo menos ler o teu texto e emendar tudo o que
é necessário, para teres uma boa avaliação.
Maria Almeida, 9ºB
Vanessa Ferreira, 9ºB
A PRIMEIRA VACINA
Na medicina actual, as vacinas, sobretudo como forma de
prevenção, são um dos métodos
mais utilizados no tratamento das
mais diversas doenças. A primeira
vacina descoberta terá sido a vacina contra a varíola.
Até ao final do século XVIII, a
varíola constituía uma das doenças transmissíveis mais temidas
no mundo, responsável pela perda de milhões de vidas humanas.
Os povos orientais usavam uma
técnica de tratamento ancestral
chamada variolização que, numa
das suas formas, consistia na inoculação de material recolhido de
feridas de um indivíduo doente
na pele de um indivíduo saudável. Contudo, esta doença ainda
se manifestava através dos seus
sintomas habituais.
O médico Edward Jenner revolucionou o método de prevenção
da varíola. Investigou uma crença, comum entre os camponeses,
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE
de que os trabalhadores que lidavam com vacas contraíam varíola
bovina, doença mais benigna do
que a varíola humana. Estas pessoas, quando expostas posteriormente à varíola humana, apenas
revelavam sintomas ténues da doença. Portanto, os indivíduos previamente infectados pela doença
bovina ficavam mais protegidos
da varíola humana.
Este médico, em Maio de 1796,
realizou uma experiência muito
importante para a descoberta do
modo de funcionamento das vacinas: retirou o líquido proveniente
de uma ferida da mão de uma mulher infectada com varíola bovina
e inoculou-o na pele do braço de
um menino de 8 anos. O menino
ficou com sintomas benignos de
varíola mas, ao ser posteriormen-
te inoculado com vírus da varíola
humana, não desenvolveu a doença. Ficou então assim descoberta
a primeira vacina antivariólica.
A varíola foi a primeira doença infecciosa extinta pela vacinação preventiva. O termo «vacina»
foi usado para designar qualquer
substância capaz de conferir imunidade (protecção) contra determinada doença, e provém do termo latino vaccinia, que significa
«derivado da vaca».
Depois desta, muitas outras
vacinas se lhe seguiram, sendo
hoje em dia um dos meios de prevenção mais utilizados.
Elsa Neves, 9º B
15
TOQUE DE SAÍDA
ANO 5 - Nº 15
O QUE É O CANCRO?
O cancro consiste numa mutação no
genoma das células
somáticas, o que provoca a divisão descontrolada das células
afectadas,
formando
novas células sem que
o organismo necessite
delas. Com isto dá-se
a formação de um tumor. Este pode ser benigno
(atinge um determinado tamanho e pára de crescer) ou maligno (em crescimento contínuo).
As mutações são modificações ou alterações
bruscas de genes (mutação génica) ou de cromossomas (mutação cromossómica), que podem provocar mudanças no metabolismo de uma célula ou
uma variação hereditária. Estas mutações ocorrem
devido a erros na divisão das células, ou devido à
exposição a raios cósmicos, minerais radioactivos
e algumas substâncias químicas.
Normalmente, as células dos tumores malignos
invadem os órgãos circundantes e podem libertarse para o sistema circulatório (linfático e sanguíneo) e assim espalhar a doença por todo o organismo.
Os tratamentos dependem do estado da doença, da idade do doente e do seu estado geral de
saúde. Basicamente, existem, actualmente, dois
tipos de terapias: terapia local, que remove as células de um determinado local (cirurgia e radioterapia) e terapia sistémica que, através da corrente
sanguínea, destrói ou reduz a velocidade de crescimento do cancro em todo o corpo (terapia hormonal, biológica e quimioterapia).
Apresentam-se alguns dos efeitos secundários
dos tratamentos na tabela ao lado.
Cada vez se sabe mais sobre o cancro, esta
doença mortífera: as suas causas e como progride. Actualmente, estão a ser estudadas novas e
melhores formas de a prevenir, detectar e tratar.
Bibliografia
http://biohelp.blogs.sapo.pt/2939.html
http://www.roche.pt/sites-tematicos/infocancro/index.cfm/nocoes
SILVA, João Carlos; RIBEIRO, Elsa; OLIVEIRA, Óscar; DESAFIOS –
Vol.1, Ensino Secundário, 11ºAno de escolaridade; 2009; 1º Edição,
Edições ASA; pág. 57.
Daniela Pinto, 11ºB
TRATAMENTOS
EFEITOS SECUNDÁRIOS
Cirurgia: o cirurgião remove o tumor e
alguns tecidos em volta.
Radioterapia: usam-se raios de elevada energia para matar as células cancerosas.
Terapia hormonal: impede que as células do cancro tenham acesso às hormonas de que necessitam para o seu crescimento.
Terapia biológica: utiliza o próprio sistema imunitário do doente para combater
o cancro.
Quimioterapia: utilização de fármacos
(injecções ou comprimidos) para matar as
células.
Transplante de células estaminais:
transplantes de células indiferenciadas
que permitem ao doente receber grandes
doses de quimioterapia ou radiações que
destroem as células cancerosas e as vizinhas. Estas são “repostas” por novas células estaminais.
Cansaço e fraqueza.
Náuseas, vómitos, diarreia, vermelhidão, pele seca e queda de cabelo e pêlos.
Aumento de peso e afrontamentos.
Dor de cabeça, fadiga, secura vaginal e
menstruação irregular, nas mulheres; nos
homens, perda de desejo sexual, crescimento das mamas e impotência.
Erupção cutânea, sintomas gripais (febre, arrepios, dores musculares), alteração da tensão arterial, problemas respiratórios e cardíacos.
Hematomas, infecções, queda de cabelo e pêlo, falta de apetite, feridas na
boca, náuseas, vómitos, diarreia; afecta a
fertilidade, enfraquece o coração e pode
causar cancros secundários (leucemia).
Infecções, perdas de sangue. Quando
o organismo rejeita as células estaminais,
pode ser fatal.
HPV
CANCRO DO COLO DO ÚTERO
Quando fui pela primeira vez ao hospital para levar a vacina contra o cancro do colo do útero, fiquei muito curiosa em
saber mais acerca da doença.
Então a enfermeira disse-me que o cancro do colo do útero
é um tumor maligno dos tecidos, que afecta principalmente
dois locais - o colo do útero e o endométrio (revestimento do
útero). Em casos raros, o músculo uterino é afectado por um
tipo de cancro conhecido como leiomiossarcoma.
De seguida, a enfermeira pegou numa seringa com a vacina do HPV (Vírus do Papiloma Humano) esfregou o meu braço
com álcool e introduziu a agulha na parte superior do braço, injectando a vacina.
Deste modo, a probabilidade de eu ter o cancro do colo do útero diminui!
Georgeta, 8ºG
SOLUÇÕES
CHUVA DE LAMA
Havia 24 garrafas.
Enigma das garrafas de vinho
No mês de Agosto, deu-se alguma precipitação, mas não uma precipitação habitual:
“choveu lama” (como dizem as pessoas), e os carros ficaram todos sujos e as estradas
também.
Porém, o que choveu não era realmente lama, foram sim resíduos poluentes que
se precipitaram da atmosfera, entre eles ácido sulfúrico e nítrico. E tudo ficou sujo, o
que na chuva normal não acontece. Estas chuvas designam-se chuvas ácidas e são
uma das consequências da forma desregrada como continuamos a poluir e a degradar
o ambiente.
É importante que mais uma vez este assunto nos toque: Não poluamos o ambiente!
É importante para vós, para mim, é importante para todos.
Inês Couto, 8ºF
São visíveis 42 degraus.
Enigma da escada rolante
Quando o homem entrou na primeira loja, tinha 14 euros.
Enigma do dinheiro
Podem ser formados 242 triângulos distintos.
Enigma dos triângulos
As idades são 20 e 15 anos.
Enigma das idades
16
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE
ANO 5 - Nº 15
TOQUE DE SAÍDA
CRÓNICA DE UMA VIAGEM AO PERU
Uma pequena placa ergue-se sobre a multidão do “aeropuerto”: OIAB. Recebidos por
entre olhares expectantes, depois dos controlos fronteiriços fomos encaminhados para
o exterior do aeroporto e apresentados a uma
Lima saída de um qualquer filme dos anos 80:
carros antigos, uma nuvem escura pairando
sob os Andes e dezenas de anúncios entre
néons e cartazes pendurados, cenário típico
de um povo que anseia deixar de estar em desenvolvimento.
No hotel aguardava-nos uma recepção
calorosa, e ainda não havíamos largado a
bagagem, já tínhamos de discernir quantos
beijinhos dar àqueles que seriam os nossos
adversários. Nessa mesma noite, a caminho
de um jantar que o sono e o cansaço nos privaram de saborear devidamente, a língua portuguesa ouviu-se de uma boca que não tinha
nascido em território luso:
Hugo Mobarec, boliviano,
falava-nos do seu país,
mostrando,
simultaneamente, conhecer a nossa
cultura.
A cerimónia inaugural foi outro ponto alto da
viagem. Vimos desfilar
Argentina, Bolívia, Brasil,
Chile, Costa Rica, Cuba,
Espanha, México, Peru e
“o país que pela primeira
vez participa nestas Olimpíadas”. Soa suave “Uma
casa Portuguesa”, nós
cantávamos com Amália.
D-i-a-b-ó-l-i-c-a-s. Foi este o adjectivo que
seleccionámos para caracterizar as duas provas (uma teórica, outra prática) sobre Biologia que em nada nos parecia a Biologia que
conhecíamos; porém, não deixaram de ser
divertidos os momentos passados a dissecar
insectos, a incubar ouriços-do-mar ou a criar
rosas dentro de um tubo de ensaio. Apesar
do nervosismo que atingia os participantes,
jamais a febre da competição afectou as relações humanas que, dia após dia, se foram
construindo a toque de frango e muito arroz.
A Liane fez anos no Peru. A Liane ouviu
serenatas de toda a América Latina. À Liane
foram puxadas as orelhas pelos espanhóis,
dezoito vezes vezes dois, porque é tradição
lá na terra de Cervantes. Depois, a Liane dançou, e todos dançaram com ela.
Foi então que as caras e as bandeiras se
foram unindo num efeito dégradé, assim como
os idiomas : se, inicialmente, notávamos pouco esforço em falar português, pouco depois
a curiosidade foi-se tornando mais expressiva
e, entretanto, muitas expressões de portunhol
eram proferidas com convicção: o Diego espanhol já dizia pórtugués (acompanhando o termo com uma careta esquisita), os chilenos até
“amavam a Portugal” (ensaiando o seu sotaque antes de nos apresentarem as suas novas
aquisições linguísticas).
Por fim, o princípio…
Ansiedade. Um voo interminável entre a
nossa actual realidade e a promessa de uma
viagem incrível. Suposições construíam-se
sobre expectativas. No bilhete de ida: “Início
das Olimpíadas Iberoamericanas de Biologia”.
Mas a maior expectativa remonta à confiança que, ainda antes do princípio, foi em
nós depositada pelo Dr. José Matos, vicepresidente da Ordem de Biólogos, ao escolher
o Externato Cooperativo da Benedita para viver tal experiência, e pela própria escola que,
por meio da Dr.ª Paula Castelhano (que nos
acompanhou nesta aventura), nos concedeu
tamanha oportunidade.
E porque sem o Dr. José Matos as Olimpíadas de Biologia seriam impossíveis para
Portugal, para ele vai o nosso maior agradecimento.
Ana Luísa, Filipa Serrazina,
Liane Canas, Paulo Baptista, 12º B e C
(Continuação da página 1)
CIENTISTAS POR UMA SEMANA
Qual não foi a nossa satisfação quando, nos finais de Julho,
passado o stress dos exames,
recebemos a maravilhosa noticia
de que a nossa candidatura tinha
sido aceite!
Assim que se aproximava a
data, em finais de Agosto, as expectativas começavam a aumentar. Estávamos completamente
em êxtase e, para juntar ao resto,
iríamos ficar todos juntos a dormir
num quartel!
Na noite em que chegámos ao
quartel, de repente começou a tocar uma corneta e mandaram-nos
encostar à parede. Ficámos um
pouco assustadas, fazer flexões
às dez da noite depois de uma
viagem de duas horas não era
propriamente o que desejávamos,
no entanto não foi isso que aconteceu, foi-nos dito que seríamos
acordadas por uma sirene todos
os dias, e fomos informadas acerca das regras do alojamento.
No dia seguinte, depois de todas acordarmos sobressaltadas
com a sirene que tocava extremamente alto (mas que acabou por
ser motivo de saudades no final
da semana), tomámos o pequenoalmoço com os outros “soldados”
e partimos para a Faculdade de
Medicina Dentária. Aí, fomos distribuídos por grupos de trabalho,
grupos que iriam para diferentes
sítios, entre os quais a Faculdade de Medicina, a Faculdade de
Medicina Dentária, o IPATIMUP
e o IMBC. Eu tive a oportunidade
de ficar num dos melhores institutos portugueses, o IPATIMUP, e
o meu projecto tinha como título
“Quem é o pai? Um teste de paternidade”.
No instituto senti-me uma verdadeira cientista. A mim e ao meu
grupo foi-nos dada completa liberdade e fizeram-nos sentir parte
da casa. Conhecemos a Cláudia
Moreira, que foi quem nos acompanhou durante todo o processo
e a quem devemos um grande
agradecimento por nos ter feito
conhecer tanto sobre o mundo da
genética.
À noite, depois de cada dia de
trabalho, regressávamos ao alojamento, onde éramos repartidos
CIÊNCIA, TECNOLOGIA E AMBIENTE
por várias actividades, desde ir à
praia à noite, ao centro comercial,
ao bowling, ou ao karaoke. Tivemos noites cheias de diversão.
Entre saídas à noite, sirenes a
tocar, testes de paternidade, aulas de genética, entrevistas para
a TVI, gargalhadas, novos amigos, novas experiências, a semana passou a correr e, quando
demos por nós, era o último dia e
tínhamos de apresentar o projecto que resumia o que fizéramos e
aprendêramos naquela semana.
O stress para a apresentação era
muito, mas o pior foram as despedidas. Entre abraços, centenas
de fotografias e muitas lágrimas,
tivemos de nos despedir dos nossos novos amigos, alguns de tão
longe que, provavelmente, nunca
nos reencontraremos.
Hoje, posso dizer que cada
cêntimo que pagámos por aquela
semana valeu a pena. Tivemos a
oportunidade de conhecer cientistas; de visitar a Faculdade de
Medicina e o Museu de Anatomia,
onde pudemos ver parte de uma
operação; de usar microscópios,
daqueles que só os cientistas
usam; de trabalhar com pessoas
que fazem parte do mundo da Ciência. E para juntar a tudo isto,
tivemos a oportunidade de conhecer pessoas maravilhosas, da
nossa idade, que têm os mesmos
sonhos que nós.
Por isso, se estás no 10º ou no
11º ano, informa-te com o teu professor, ou vai ao site da Universidade Júnior, escolhe uma área
de interesse para ti e participa,
mesmo que não sejas um aluno
brilhante, tenta sempre! Porque
não te vais arrepender daquela
semana, e pode ser que te ajude
a decidir o que queres seguir no
futuro.
E para finalizar, como foi dito
pelo reitor da Universidade do
Porto, “uma resposta nunca merece uma vénia, apenas uma pergunta”, pois abre portas a tantas
outras perguntas, e é disso que a
ciência é feita.
Maria Vicente, 12º B
17
TOQUE DE SAÍDA
ANO 5 - Nº 15
CORTA-MATO ESCOLAR
Realizou-se no passado dia 19 de Outubro mais
uma edição do Corta-Mato
escolar, reunindo este ano o
maior número de participantes desde o início desta actividade – cerca de 317 alunos. Organizada pelo Grupo
de Educação Física, coadjuvado pela turma 12ºH do
Curso Tecnológico de Desporto, decorreu numa manhã
solarenga e bem-disposta.
O percurso, ligeiramente
alterado e afinado desde o
ano passado, tentava testar
as capacidades físicas mais
apuradas de cada aluno.
Este ano foi atribuído um
prémio à turma com mais
elementos a participar, sagrando-se vencedor o 8ºF.
Os 6 primeiros classificados
foram apurados para a Fase
Regional.
CLASSIFICAÇÃO
Infantis masculinos
Iniciados masculinos
1º - David Santos 7ºA
1º - Paulo Ramalho 9ºF
2º - Guilherme Pina 7ºB
2º - Leonardo Couto 7ºH
3º - Ricardo Silva 7ºF
3º - André Silva 7º
4º - David Agostinho 7ºI
4º - João Alves 9ºC
5º - Leandro Gonzaga 7ºG
5º - Tiago Constantino 8ºG
6º - José Galinha 7ºA
6º - Adriano Santos 8ºH
Infantis femininos
Iniciadas femininas
1º -Carolina Matos 7ºB
1º - Georgeta Munteanu 8ºG
2º - Maria Pacheco 7ºG
2º - Juliana Leandro 9ºA
3º - Maria Pires 7ºG
3º - Ana Margarida 9ºB
4º - Cátia Veríssimo 7ºI
4º - Alice Vicente 9ºC
5º - Laura Fialho 7ºC
5º - Mariana Alves 9ºC
6º - Elisa Pedro 7ºF
6º - Beatriz Lourenço 8ºA
Juvenis masculinos
Juniores masculinos
1º - Joaquim Ferreira 11ºA
1º - Válter Lourenço
2º - Miguel Silva 10ºA
2º - Gonçalo Delgado
3º - Diogo Fialho 11ºD
3º - Diogo Pires 11ºB
4º - João Tiago 10ºB
4º - João Rebelo 11ºC
5º - Rúben Santos 9ºE
5º - José Rebelo 11ºD
6º - João Borralho 10ºH
6º - Tiago Correia 11ºH
Juvenis femininas
Juniores femininas
1º - Rita Lopes 11ºC
1º - Daniela Ribeiro 11ºB
2º- Catarina Marques 10ºB
2º - Sofia Couto 11ºB
3º - Maria Carvalho 11ºA
HORÁRIO 2010/2011
4º - Sónia Marques
5º - Sónia Cruz 9ºE
6º - Carolline da Silva 9ºH
DESPORTO ESCOLAR
Modalidade
Triatlo
Professores Responsáveis
Local
Terça-feira: 17h00-19h15
Exterior (vários)
Liliana Gens (corrida)
Segunda-feira: 19h15-20h00
Exterior (vários)
e Quinta-feira: 17h15-18h45
João Simões (condição física)
Quinta-feira: 18h00-20h15
Sala de dança
Andebol
Tobias Marquês
Segunda-Feira: 14h-15h
Quarta-Feira: 14h-15h
Pavilhão Polidesportivo
Râguebi
Rita Pedrosa
Terça-feira: 17h00-18h30
Sexta-feira: 14h15-15h00
Pavilhão Polidesportivo
ou Espaço Exterior
Patinagem
Estela Santana
Segunda-feira: 14h00-14h45
Terça-feira: 14h00-14h45
Quinta-feira: 14h00-14h45
Pavilhão Polidesportivo
Xadrez
José Cavadas
Vários horários
Vários - Escolas do Agrupamento
Ângela Gens
Segunda-feira: 14h-15h
Terça-feira: 16h45-18h20
Pavilhão Gimnodesportivo
José Vinagre
Terça-feira: 16h45-18h20
Sexta-feira: 14h30-16h30
PD ou Campo “pôr-do-sol”
Soraia Ferreira
Sexta-feira: 14h30-15h30
Sala de dança
Badminton
Ténis
Act. Rítm.
Expressivas
ENIGMAS
Enigma das idades
Eu tenho o dobro da idade
que tu tinhas quando eu tinha
a tua idade. Quando tu tiveres a minha idade, a soma
das nossas idades será de
45 anos. Quais são as nossas idades?
Enigma dos triângulos
Existem
n
triângulos
distintos com os
vértices nos
pontos da figura. Qual é o valor de n?
18
Horários dos treinos
Joel Machado (ciclismo, transições)
Enigma do dinheiro
Um homem gastou tudo o
que tinha no bolso, em três
lojas. Em cada uma gastou 1
euro a mais do que a metade
do que tinha ao entrar. Quanto dinheiro tinha o homem ao
entrar na primeira loja?
Enigma da escada rolante
Deseja-se descobrir quantos degraus são visíveis
numa escada rolante. Para
isso, foi feito o seguinte: duas
pessoas começaram a subir
a escada juntas, uma subindo um degrau de cada vez,
enquanto a outra subia dois.
Ao chegar ao topo, a primeira
contou 21 degraus, enquanto
a outra contou 28. Com esses
dados, foi possível responder
à questão. Quantos degraus
são visíveis na escada rolante? (observação: a escada
está em movimento).
Enigma das garrafas de vinho
Um comerciante compra
uma caixa de vinho francês
por 1000€ e vende-a pelo
mesmo preço, depois de retirar 4 garrafas e aumentar o
preço da dúzia em 100€. Então, qual é o número original
de garrafas de vinho na caixa?
Enigmas seleccionados pelo
VENCE 12º TORNEIO INTERNACIONAL
VIKTOR
ULLYANOVSKYY
Realizou-se no dia 24 de Outubro, no
Centro Cénico da Cela, a 12ª edição do Torneio Internacional da Cela. Uma organização
da Nova União das Colectividades do Concelho de Alcobaça e do Centro Cénico Cela.
Apoios: Câmara Municipal de Alcobaça, Junta de Freguesia da Cela, Associação Xadrez
Leiria, Externato Cooperativo da Benedita e
Academia Xadrez da Benedita.
Um torneio de 8 sessões com partidas de
20 minutos, em que participaram 82 jogadores e estiveram representados 14 clubes.
Os dois melhores jogadores do Concelho
de Alcobaça foram Francisco Cavadas, com
4,5 pontos, e Tomás Oliveira, com 3,5 pontos, ambos da Academia Xadrez da Benedita.
Classificação dos jogadores da Academia
Xadrez Benedita
12º
18º
23º
24º
30º
39º
53º
71º
73º
-
Sandro Purificação - 5,5 pontos - Sénior
Jorge Bastos - 5 pontos - Sénior
Jorge Barrento - 5 pontos - Sénior
André Belo - 5 pontos - Sénior
Francisco Cavadas - 4,5 pontos - 1º - Sub14
Mário Dores - 4 pontos - Sénior
Tomás Oliveira - 3,5 ponto - 3º - Sub16
Maria Inês Dores - 2,5 pontos - Veterana
Constança Rodrigues - 2,5 pontos - Sub10
75º - Fábio Fernandes - 2,5 pontos - Sub18
77º - Miguel Primo - 2 pontos - Sub08
80º - Miguel Machado - 2 pontos - Sub 10.
Professor José Cavadas
professor Acácio Castelhano
MENTE SÃ EM CORPO SÃO
ANO 5 - Nº 15
TOQUE DE SAÍDA
A OBESIDADE
A obesidade é basicamente
um desequilíbrio entre as calorias
ingeridas e as que são gastas.
Quando se ingere mais energia
do que aquela de que realmente
se precisa, o organismo transforma-a em gordura de depósito, aumentando o peso corporal.
Para prevenir e combater a
obesidade, devemos consumir
alimentos pobres em calorias e
em gordura, ricos em fibras, com
baixo conteúdo em sódio (o sódio é o principal componente do
sal e responsável pela retenção
dos líquidos no nosso corpo, promovendo o aumento do volume
e peso corporal) e alimentos que
produzam a sensação de saciedade. Os alimentos a seguir recomendados satisfazem algumas
ou várias destas características.
O seu consumo com equilíbrio
e moderação pode contribuir de
forma significativa para evitar a
obesidade.
Aumentar:
Algas: as gomas e mucilagens
contidas nas algas são capazes
de reter até dez vezes o seu peso
em água. Isto fá-las aumentar de
volume no estômago, produzindo
assim a sensação de saciedade e
reduzindo o apetite.
As Receitas da Isabel
Ananás: ingerido antes das
refeições, tanto o fruto como o
sumo reduzem o apetite. É ligeiramente diurético, sendo assim
um excelente complemento nos
regimes dietéticos.
Batata-doce: é uma boa fonte
de beta-caroteno e de hidratos de
carbono de fácil digestão. Produz
também sensação de saciedade
e reduz o apetite.
Brócolos: são pobres em açúcar e calorias, e ricos em provitamina A, vitamina C, minerais e
elementos fotoquímicos de acção
anti-cancerígena. Produzem uma
forte sensação de saciedade,
comparada com a quantidade de
calorias que possuem, pelo que
devem ser consumidos abundantemente.
Abóbora: proporciona poucas
calorias, gordura e sódio, fornecendo, no entanto, sais minerais
e vitaminas. Tem uma acção suavizante do aparelho digestivo e é
alimento muito diurético.
Cerejas: produzem uma boa
sensação de saciedade e são
também depurativas e diuréticas.
Couve: todas as couves saciam, pelo seu elevado conteúdo
em fibra, e proporcionam muito
poucas calorias. Além disso, contêm elementos fotoquímicos que
protegem contra o cancro.
Pêssego: é uma das frutas
que produz maior sensação de
saciedade, reduzindo a sensação
de fome. Além disso, tem poucas
calorias e facilita a eliminação de
substâncias residuais de tipo ácido, que se produzem em caso de
obesidade.
Diminuir:
Gordura saturada: vem essencialmente dos produtos de
origem animal (leite completo,
queijos, carnes, enchidos, etc.).
É uma gordura de reserva, estável e pouco reactiva e, a não ser
que se faça exercício físico intenso, tende a depositar-se debaixo
da pele, entre os músculos e na
cavidade abdominal (gordura visceral).
Fritos: contêm uma certa
quantidade de óleo, o que fornece muitas calorias. Por exemplo,
as batatas fritas proporcionam 5
a 7 vezes mais calorias do que as
cozidas.
MENTE SÃ EM CORPO SÃO
Ingredientes:
4 maçãs
3 colheres (sopa)
de vinho do Porto
1 colher (sobremesa)
de farinha maisena
200 g de farinha
100 g de açúcar
100 g de manteiga ou margarina
1 colher (de sobremesa) de
canela em pó
50 g de amêndoa laminada
Açúcar em pó para polvilhar
Fonte:
Enciclopédia de Educação para a Saúde
– A Saúde pela Alimentação
Professor Miguel Fonseca
JIN SHIN JYUTSU
O Jin Shin Jyutsu® Fisio-Filosofia é uma arte ancestral de
harmonização da energia vital
do ser humano. Traz equilíbrio
às energias do Ser, o que desperta bem-estar, vitalidade,
dissolve o stress e estimula a
capacidade natural de regeneração.
A auto-aplicação é a origem
e a essência do Jin Shin Jyutsu. Foi aplicando a si próprio
que Jiro Murai trouxe para o
século XX esta Arte, e que Mary Burmeister, após
anos de estudos e dedicação, desenvolveu o Jin
Shin Jyutsu tal como hoje se pratica. Praticá-lo é
uma viagem ao interior de cada um de nós, pois
desperta e aumenta a consciência de que temos
os meios para alcançar o equilíbrio: a respiração,
os dedos e as 26 “travas de segurança energética”.
Nas aulas e nos cursos aprende-se a história,
os princípios e a filosofia do JSJ e a localização e
significado das 26 “travas de segurança energética”, à medida que se aplicam vários exercícios de
auto-ajuda. Para quem tem desarmonias devidas
CRUMBLE
DE MAÇÃ
ao stress e/ou questões de saúde, ou para quem
simplesmente deseja participar activamente na manutenção da sua saúde, harmonia e bem-estar, a
arte do Jin Shin Jyutsu é uma ferramenta poderosa, disponível para todos. No nosso país, há alguns
praticantes e facilitadores certificados por Jin Shin
Jyutsu Inc, dois dos quais aqui mesmo na Benedita.
Um praticante está certificado para aplicar Jin Shin
Jyutsu a outros; um facilitador está certificado para
facilitar auto-ajuda em cursos, aulas e workshops.
Com o Jin Shin Jyutsu, convidamos a nossa harmonia natural a manifestar-se plenamente no nosso
Ser e na nossa vida. Porque não ser o seu próprio
testemunho? É o desafio que esta arte nos coloca.
Quer fazer um exercício simples?
Segure um dedo duma mão com os dedos da
outra mão. Expire. Inspire. Baixe os ombros. Sorria.
Continue a segurar o dedo, respirando e sorrindo,
até sentir um ritmo. Repare que o ritmo muda: pode
passar ao dedo seguinte.Simples, não é?
Preparação:
Ligue o forno a 200 graus.
Junte, num recipiente de ir ao
forno, as maçãs aos pedacinhos e o vinho do Porto. De
seguida, adicione a maisena e misture bem. Reserve.
Numa tigela, deite a farinha,
o açúcar e a canela e misture bem. Adicione a manteiga
cortada em pedaços pequenos e esfarele com a ponta
dos dedos, juntamente com
os restantes ingredientes, até
ficar com aspecto de areia.
Espalhe a mistura anterior sobre as maçãs, pressionando
ligeiramente com a palma da
mão. Polvilhe, então, com a
amêndoa laminada. Leve ao
forno e deixe cozer cerca de
20 minutos ou até a superfície
estar dourada. Retire, deixe
arrefecer um pouco e sirva
morno, polvilhado com açúcar
em pó.
Professora Isabel Neto
Para mais informações: http://bioluz.wordpress.
com, http://jinshinjyutsu.no.sapo.pt
Professora Ana Luísa Quitério
19
TOQUE DE SAÍDA
ANO 5 - Nº 15
”ELE ERA O PINTOR; EU FAÇO BONECOS”
PAULA REGO / VICTOR WILLING
Depois da abertura, há cerca
de um ano, da Casa das Histórias em Cascais, é agora altura
de Paula Rego mostrar “em sua
casa” a obra do marido, falecido
em 1988, vítima de esclerose
múltipla.
Os trabalhos do companheiro de Paula Rego, apresentados nesta exposição retrospectiva, são pinturas e desenhos
cheios de cor, luz e força. Victor
Willing, mesmo na fase final da
sua vida, pintou sempre com
grande expressividade. Estas
obras podem ser observadas
nas primeiras salas e na sala de
exposições temporárias do museu. Nas últimas salas, encontramos um conjunto de trabalhos de Paula Rego realizados
nos anos 70 e que têm por base
histórias e contos tradicionais
portugueses. É a fase da obra
A ESCOLA É FIXE
da artista em que a técnica de
colagem mais se evidencia.
Até 2 de Janeiro, visite esta
mostra que nos coloca em contacto com obras que habitualmente não se encontram expostas ao público, e constate o
valor internacional destes dois
pintores. No último ano, o trabalho de Paula Rego tem sido distinguido com galardões como o
de Personalidade Portuguesa
do Ano, atribuído pela Associação da Imprensa Estrangeira
em Portugal. E, no âmbito das
comemorações do aniversário
da rainha Isabel II, foi-lhe conferido o título de Dama Oficial
da Ordem do Império Britânico, pela sua contribuição para
as artes. É altura de o público
português também valorizar o
trabalho da artista que faz “bonecos”.
Paula Rego, Os Intrusos
Professora Maria de Lurdes Goulão
Victor Wiiling, Navigation
ALUNAS GANHAM PRÉMIO
2º lugar arquitectura de interior
3º lugar arquitectura tumulária
No âmbito das Jornadas Europeias do Património 2010, o Instituto de Gestão do Património
Arquitectónico e Arqueológico promoveu o concurso de fotografia
“Um olhar sobre o Mosteiro”, tendo
como tema o Mosteiro de Alcobaça. O evento decorreu no dia 24 de
Setembro, na Sala do Capítulo do
Mosteiro de Alcobaça.
O Júri avaliou as fotografias
apresentadas a concurso pelos
alunos das escolas do concelho de
Alcobaça nas categorias de escultura, arquitectura interior, arquitectura de exterior, arquitectura tumulária e originalidade.
Joana Susano dos Santos, aluna do 12º D, foi a segunda classificada na categoria de Arquitectura Tumular, e a 3ª classificada na
categoria de Arquitectura Interior.
Margarida Mendes da Silva, aluna
do 11º A, obteve o 3º lugar na categoria de Escultura.
Professora Deolinda Castelhano
3º lugar escultura
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ecb felicita finalistas e distingue o mérito escolar cientistas por uma