A Cia LaMala apresenta: UNO Sinopse Em um mundo solitário, alheio a sociedade, perambulando numa delicada região entre a realidade e o delírio, a vida e a arte, a personagem constrói a cena, tendo como motor a simplicidade e o ócio. Como consequência de um mergulho no íntimo deste ser humano solitário e sem posses, por meio da linguagem do palhaço surge em cena, as reações emocionais e os atos intuitivos revelando habilidades diversas e técnicas circenses como equilíbrio, malabarismo, mágica e acrobacia. Nesta humilde saga de um anti-herói, encontramos a matriz da sutilidade emocional aliada ao vigor visceral de Uno, um homem simples. Justificativa O espetáculo se baseia na situação do homem humilde e de poucas posses observando essa condição, não do ponto de vista do padrão social em que vivemos, mas a partir da apreciação do que este homem, com tão pouco, é capaz de criar. E questiona o que é realmente necessário para ser feliz. Busca inspiração na vida e obra personalidades que não se enquadraram dentro do padrão social de suas épocas como Diógenes de Sínope (c.404-323 a. C.) e Arthur Bispo do Rosário (1909-1989), entre outros. de Diógenes de Sínope, pensador pós Socrático, que desprezou as formas de hábito social e etiqueta e viveu em um estado tão natural quanto possível, encarando uma vida de extrema pobreza, tendo como abrigo apenas um barril velho. Nos fez refletir que a pessoa que tem mais é por consequência, alguém que vive de acordo com os ritmos do mundo natural, livre das convenções e dos valores da sociedade civilizada e se satisfaz com o mínimo. Arthur Bispo do Rosário (1909-1989) negro, pobre, nordestino e considerado esquizofrênico, no refúgio de sua cela em um centro psiquiátrico produziu mais de mil obras consagradas de arte contemporânea e criou um universo lúdico de bordados, assemblages, estandartes e objetos. Sem se dar conta, Bispo não só driblou os mecanismos de poder no manicômio como utilizou sobras de materiais dispensados no hospital para criar suas obras, inventando um mundo paralelo, “feito para Deus”. Abordando por meio da linguagem do palhaço o assunto da solidão, do ócio, da extrema pobreza e escassez, o espetáculo não retrata um história triste, pelo contrário enobrece a criatividade, expõe o ridículo do homem sugerindo o riso, e parte do pressuposto de que a felicidade é uma questão de autodomínio e liberdade. Este é o primeiro projeto solo da Cia LaMala. Em “Uno” Carlos Cosmai lança-se à cena sozinho, buscando aliar às técnicas circenses, sua engenhosidade, sua introspecção, suas experiências criativas e suas habilidades para execução de objetos e equipamentos como o caso do Robô Jorge, criado e manipulado por ele no espetáculo Fábrica de Brinquedos, bem como todo o cenário e boa parte dos objetos cênicos dos espetáculos da Cia LaMala. Como resultado deste processo, a Cia LaMala objetiva a criação de um espetáculo simples, visual e acessível à todos os públicos, característica marcante na obra da Cia, onde a gestualidade e a movimentação são os principais meios de comunicação. Ficha Técnica Direção: Lu Lopes Duração prevista: 45 minutos Concepção: Carlos Cosmai e Marina Bombachini Elenco: Carlos Cosmai (acrobata e equilibrista) Trilha sonora: Alvaro Lages Produção: Carrapeta Produções Público Alvo Juvenil e adulto, sem restrição indicativa. Necessidades Técnicas Área de atuação: 5mx6mx6m(pé direito). 3 pontos de ancoragem. Rider de som: Mesa com 8 canais PAs estéreo Cabos P2-P10 Rider de Luz: A definir Obs: As necessidade técnicas são estimadas, uma vez que o espetáculo está em fase de criação. Porém, não serão realizadas grandes alterações, sem prévio aviso. Concepção de cenário, figurino, iluminação e música A concepção de cenário, figurino e iluminação será realizada ao longo do processo de produção do espetáculo, de acordo com a direção do mesmo. O cenário será construído de forma a dar base para a criação dos números e cenas do espetáculo. A trilha sonora será composta, originalmente, por Alvaro Lages, também durante o processo de criação do espetáculo. Sobre a Cia A Cia LaMala é composta pelos artistas Carlos Cosmai e Marina Bombachini. Tem como atividade principal a pesquisa da técnica de mão a mão, buscando assimilar e combinar outras expressões artísticas, que contribuam a garantir uma dramaturgia a partir da gestualidade e das expressões do corpo. A dupla se formou em 2005 no Núcleo de Montagem Circense da Escola Livre de Teatro de Santo André. A Cia estreou seu primeiro espetáculo “Se Romeu e Julieta...” em 2011, sob a direção de Domingos Montagner e Fernando Sampaio, da Cia LaMínima e texto de Luís Alberto de Abreu. Em 2012 estrearam Fábrica de Brinquedos dirigido por Marcelo Lujan. E em 2014 estrearam Playground- uma pequena comédia humana, com direção de Lu Lopes. No mesmo ano, em parceria com Erica Stoppel, fundaram o Piccolo Circo Teatro de Variedades, e estrearam o espetáculo de mesmo nome apresentado no 14o Festival Mundial de Circo de Belo Horizonte. De 2009 à 2012 a dupla participou com seu número de mão a mão, de espetáculos do Circo Zanni, como artistas convidados. Entre 2011 e 2012, se apresentaram no Festiva de Teatro de Curitiba, Trixmix Cabaret, Festival Paulista de Circo, e fizeram participações especiais em espetáculos do Acrobático Fratelli, Cia Mimicalado e Circo Vox. Em 2010 integraram o elenco do espetáculo de Variedades do Festival Mundial de Circo de Belo Horizonte, apresentado pela palhaça Rubra e dirigido por Domingos Montagner. Em 2009 integraram o Elenco de Oceano, do Circo Roda e foram premiados na Mostra Competitiva do Festival Municipal de Circo de São Paulo com a apresentação de número de mão a mão. Os integrante da dupla percorreram diferentes caminhos. Para sua formação Carlos Cosmai, em 2002 ingressou no Núcleo de Montagem Circense da Escola Livre de Teatro de Santo André, onde também estudou direção, dramaturgia e formação de ator. Marina Bombachini iniciou-se como acrobata em 1988 na Ginástica Artística, Estudou Ballet Clássico de 1996 a 2000, em 2007 participou do Núcleo de Montagem Circense da Escola Livre de Teatro de Santo André e do Teatro Laboratório, na mesma escola. Em 2004 formou-se arquiteta. Estuda música. Ambos estudaram no CEFAC (Centro de Formação em Artes Circenses), tiveram como técnico Angel Andricain e participaram de diversos workshops de mão a mão. Continuam, constantemente em processo de aperfeiçoamento técnico e artístico. CONTATO: www.carrapetaproducoes.com.br Silvia Lopes (11) 991020994 [email protected] Carolina Santiago (11) 99420-5099 / 2815-9812 [email protected]