UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ Programa Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL E MEIO AMBIENTE UESC ANÁLISE DO PERFIL DO ESTILO DE VIDA POR ATIVIDADE DE TURISMO NA NATUREZA: O CASO DA CIDADE DE MUCUGÊ- BAHIA SÉRGIO SOUZA MAGALHÃES ILHÉUS - BAHIA 2007 SÉRGIO SOUZA MAGALHÃES ANÁLISE DO PERFIL DO ESTILO DE VIDA POR ATIVIDADE DE TURISMO JUNTO A NATUREZA: O CASO DA CIDADE DE MUCUGÊ-BAHIA PROJETO DE DISSERTAÇÃO PARA DEFESA FINAL Dissertação apresentada ao Programa Regional de Pósgraduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente, subprograma Universidade Estadual de Santa Cruz, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente. Área de Concentração: Ambiente e Saúde Orientador: Prof. Dr. Alexandre Schiavetti ILHÉUS - BAHIA 2007 Od Magalhães, Sérgio Souza Análise do perfil do estilo de vida por atividade de turismo na natureza: o caso da cidade de Mucugê-Bahia / Sérgio Souza Magalhães: UESC, 2007. xxp. il. Orientador: Prof. Dr. Alexandre Schiavetti Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual de Santa Cruz, 2007. Bibliografia: f. xx-xx. 1. Estilo de Vida. 2. Saúde. 3. Bem-Estar. 4. Meio Ambiente. 5. Turismo. I. Universidade Estadual de Santa Cruz, Programa Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente. II. Schiavetti, Alexandre. III. Título. CDD SÉRGIO SOUZA MAGALHÃES ANÁLISE DO PERFIL DO ESTILO DE VIDA POR ATIVIDADE DE TURISMO JUNTO A NATUREZA: O CASO DA CIDADE DE MUCUGÊ-BAHIA Dissertação apresentada ao Programa Regional de Pósgraduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente, subprograma Universidade Estadual de Santa Cruz, como parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente. Área de concentração: Ambiente e Saúde. Orientador: Prof. Dr. Alexandre Schiavetti COMISSÃO EXAMINADORA Ilhéus - BA, 18 de dezembro de 2007. __________________________________________ Alexandre Schiavetti - DCAA Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC (Orientador) __________________________________________ Marco Aurélio Ávila – DS Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC __________________________________________ Paulo Marinho de Oliveira – Dr. CEFET/BA – UE-Vitória da Conquista DEDICATÓRIA A toda minha família, irmãos e pais, pela segurança e caráter que me deram; Aos amigos, fiéis companheiros de uma jornada descrita; Ao meu filho, João Diogo, que por sua existência me impulsiona e me dá determinação de nunca parar numa busca incessante de paz, antecipando diariamente uma felicidade maior que estar por vir; Aos compadres Clóvis e Deise Piau, que com seu apoio e paciência me acolheram com amor e carinho; A todos os colegas e professores do programa de mestrado que estiveram ao meu lado nesta trajetória, e em especial ao Prof. Dr. Max de Menezes pela partida do trabalho. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus pela orientação constante; A Gabriela Lins pela compreensão das diversas ausências; Ao amigo Euvaldo Ribeiro, do Projeto Sempre Viva, pela disposição e presteza que sempre me atendeu; Ao Alex, Prof. Dr. Alexandre Schiavetti pela paciência e por sua disposição. Ao Prof. Neylor Calazans pelos constantes puxões de orelha. LISTA DE TABELAS 1 TABELA 1: Numero de Escolares Visitantes do Parque Municipal de Mucugê no Ano de 2005 nos Períodos de Alta e Baixa Estação...............45 2 TABELA 2: Controle de Visitação do Parque Municipal de Mucugê nos últimos 8 anos............................................................................49 3 TABELA 3: Nível de significância da determinação entre o PEVI do BE e do PEVI do MA para os moradores..................................................76 4 TABELA 4: Nível de significância da determinação entre o PEVI do BE e do PEVI do MA para os turistas..................................................77 5 TABELA 5: Nível de significância da determinação entre o PEVI do BE e do PEVI do MA para os moradores dos serviços turísticos............77 6 TABELA 6: Escores das afirmativas do componente Nutrição, número de indivíduos por escore e percentual - Moradores.......................107 7 TABELA 7: Escores das afirmativas do componente Atividade Física, número de indivíduos por escore e percentual - Moradores......107 8 TABELA 8: Escores das afirmativas do componente Comportamento Preventivo, no de indivíduos por escore e percentual Moradores.................................................................................108 9 TABELA 9: Escores das afirmativas do componente Relacionamento Social, número de indivíduos por escore e percentual - Moradores......108 10 TABELA 10: Escores das afirmativas do componente Controle do Stress, número de indivíduos por escore e percentual - Moradores......108 11 TABELA 11: Escores das afirmativas do componente Ativismo Ecológico, número de indivíduos por escore e percentual - Moradores......109 12 TABELA 12: Escores das afirmativas do componente Biodiversidade, número de indivíduos por escore e percentual - Moradores......109 13 TABELA 13: Escores das afirmativas do componente Consumo, número de indivíduos por escore e percentual - Moradores.....................109 14 TABELA 14: Escores das afirmativas do componente Valores Ambientais, número de indivíduos por escore e percentual -Moradores.....110 15 TABELA 15: Escores das afirmativas do componente Prevenção da Poluição, número de indivíduos por escore e percentual - Moradores....110 16 TABELA 16: Escores das afirmativas do componente Nutrição, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.........................110 17 TABELA 17: Escores das afirmativas do componente Atividade Física, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.......111 18 TABELA 18: Escores das afirmativas do componente Comportamento Preventivo, número de indivíduos por escore e percentual Turistas....................................................................................111 19 TABELA 19: Escores das afirmativas do componente Relacionamento Social, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.......111 20 TABELA 20: Escores das afirmativas do componente Controle do Stress, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas........112 21 TABELA 21: Escores das afirmativas do componente Ativismo Ecológico, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas........112 22 TABELA 22: Escores das afirmativas do componente Biodiversidade, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.....................112 23 TABELA 23: Escores das afirmativas do componente Consumo, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.........................113 24 TABELA 24: Escores das afirmativas do componente Valores Ambientais, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.......113 25 TABELA 25: Escores das afirmativas do componente Prevenção da Poluição, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.......113 26 TABELA 26: Escores das afirmativas do componente Nutrição, número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.........................114 27 TABELA 27: Escores das afirmativas do componente Atividade Física, número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.......114 28 TABELA 28: Escores das afirmativas do componente Comportamento Preventivo, número de indivíduos por escore e percentual MSTUR....................................................................................114 29 TABELA 29: Escores das afirmativas do componente Relacionamento Social, número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR........115 30 TABELA 30: Escores das afirmativas do componente Controle do Stress, número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR........115 31 TABELA 31: Escores das afirmativas do componente Ativismo Ecológico, número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR........115 32 TABELA 32: Escores das afirmativas do componente Biodiversidade, número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.....................116 33 TABELA 33: Escores das afirmativas do componente Consumo, número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR..........................116 34 TABELA 34: Escores das afirmativas do componente Valores Ambientais, número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR........116 35 TABELA 35: Escores das afirmativas do componente Prevenção da Poluição, número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR........117 36 TABELA 36: Investigação sobre a importância de implantar serviços, procedimentos e ações para a associação do turismo junto à natureza com o BE e o MA..........................................118 LISTA DE FIGURAS 1 Mapa da América do Sul, Brasil, Bahia, Chapada Diamantina e o da PARNA da Chapada Diamantina.........................................................37 2a Foto de Satélite da Cidade de Mucugê e do PARNA................................38 2b Mapa da Cidade de Mucugê e do PARNA................................................38 3 Municípios que Fazem Parte do PARNA...................................................40 4 Mapa do Parque Municipal de Mucugê.....................................................40 5 Foto do Fruto Mucugê...............................................................................42 6 Programa de Educação Ambiental – Aula de Campo...............................44 7a 2º Encontro Nacional Saúde & Bem-Estar, 2006......................................46 7b Trilha Interpretativa...................................................................................46 8a Representação Gráfica Desfavorável do Estilo de Vida............................54 8b Representação Gráfica Favorável do Estilo de Vida.................................54 9 Distribuição do Nível de Escolaridade dos Moradores da Cidade de Mucugê......................................................................................................59 10 Distribuição da Renda Salarial dos Moradores da Cidade de Mucugê.....60 11 Distribuição do Tempo de Residência dos Moradores da Cidade de Mucugê......................................................................................................60 12 Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente – Moradores...............................................64 13 Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente – Turistas. ...........................................67 14 Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente dos grupos de Turistas nos períodos de visitação..............................................................................................69 15 Média do PEVI do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente dos grupos de Turistas nos períodos de visitação..................69 16 Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente – MSTUR. .........................................72 17 Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente dos 03 grupos avaliados...................74 18 Média do PEVI do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente dos 03 grupos avaliados......................................................74 19 Determinação entre o PEVI do BE e o PEVI do MA entre os Moradores.76 20 Determinação entre o PEVI do BE e o PEVI do MA entre os Turistas.....76 21 Determinação entre o PEVI do BE e o PEVI do MA entre os Moradores dos Serviços Turísticos.........................................................................77 22 Média do PEVI do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente dos números de visitas por ano em ambientes naturais pelos turistas....................................................................................................78 23 Média das respostas do questionário que investiga a relação do grau de influência do estilo de vida ideal na elaboração dos serviços turísticos em números relativos............................................................80 24 Grau de importância das ações a serem implantadas nos serviços turísticos – números absolutos.............................................................81 LISTA DE SIGLAS ACVM Associação dos Condutores de Visitantes de Mucugê BE Bem-Estar CEI Centro de Estatística e Informações CMAD Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento DCNTs Doenças Crônicas Não Transmissíveis IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IPHAN Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional MA Meio Ambiente MEC Ministério da Educação MS Ministério da Saúde MSTUR Moradores que Trabalham no Serviço Turístico OMS Organização Mundial da Saúde OMT Organização Mundial do Turismo PARNA Parque Nacional da Chapada Diamantina PEA População Economicamente Ativa PEVI Perfil do Estilo de Vida Individual PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento UNESCO Órgão da Nações Unidas para o Desenvolvimento da Educação, Ciência e Cultura WHO World Heath Organization SUMÁRIO RESUMO................................................................................................................. xiv ABSTRACT .............................................................................................................. xv 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 16 2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 18 2.1 Objetivo Geral.....……………………........……………………………………………18 2.2 Objetivos Específicos..……………………...........…………………………………...18 3 REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................. 19 3.1 Estilo de Vida, Saúde, Qualidade de Vida, Meio Ambiente, Bem-Estar e Turismo: Apresentando Conceitos e Definições........................................................……….....19 3.1.1 Estilo de Vida...........…………………………………………………………………19 3.1.2 Saúde......…………..…………………………………………………………………20 3.1.3 Qualidade de Vida........……………………………………………………………..22 3.1.4 Meio Ambiente……….....……………………………………………………………23 3.1.5 Bem-Estar.………………....…………………………………………………………24 3.1.6 Turismo..……………………...………………………………………………………24 3.2 Relações Entre Estilo de Vida, Saúde, Qualidade de Vida, Meio Ambiente, Bem-Estar e Turismo: Construindo uma Rede de Interação........................….……..26 3.2.1 Estilo de Vida e Saúde......................................................................................27 3.2.2 Qualidade de Vida, Estilo de vida e Saúde......................................................30 3.2.3 Estilo de Vida, Saúde e Meio Ambiente............................................................31 3.2.4 Estilo de vida, Turismo e Meio Ambiente .........................................................33 3.2.5 Estilo de Vida, Turismo e Bem-Estar................................................................35 4 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO E SUA POPULAÇÃO ....................37 4.1 Localização,Características Geográficas e Sócioambientais...............................37 4.2 Um Breve Histórico do Surgimento do Município de Mucugê..............................41 4.3 O Turismo na Cidade de Mucugê........................................................................43 5 METODOLOGIA..................................................................................................... 47 5.1 Tipo de Estudo..…....................................................................................…….....47 5.2 População de Estudo...........................................................................................48 5.3 Procedimentos Metodológicos...………………………………………….................48 5.3.1 Pesquisa Bibliográfica.......................................................................................48 5.3.2 Amostragem......................................................................................................49 5.3.3 Definição dos Instrumentos de Pesquisa..........................................................51 5.3.4 Procedimentos para Coleta de Dados...............................................................54 5.3.5 Análise dos Dados.............................................................................................55 6 RESULTADOS E DISCUSSÕES...........................................................................58 6.1 Dados Gerais da Amostra ................................................................................... 58 6.2 Verificação do Perfil do Estilo de Vida relacionado ao Bem-Estar e relacionado ao Meio Ambiente.......................................................................................................61 6.2.1 Análise dos Dados do PEVI dos Moradores da Cidade de Mucugê.................61 6.2.2 Análise dos Dados do PEVI dos Visitantes/Turistas.........................................65 6.2.3 Análise dos Dados do PEVI dos Moradores - MSTUR.....................................70 6.2.4 Análise dos Dados do PEVI Entre Grupos........................................................73 6.3 Análise da Determinação Entre o PEVI Relacionado ao BE e do PEVI Relacionado ao MA....................................................................................................75 6.4 Análise da Influência do PEVI Ideal na Elaboração dos Serviços Turísticos.......79 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................83 8 REFERÊNCIAS.......................................................................................................85 APÊNDICES.............................................................................................................. 95 xiv ANÁLISE DO PERFIL DO ESTILO DE VIDA POR ATIVIDADE DE TURISMO JUNTO A NATUREZA: CASO CIDADE DE MUCUGÊ-BAHIA RESUMO Vive-se na chamada era do estilo de vida, uma vez que as principais doenças e causas de morte neste milênio estão associadas prioritariamente à maneira como os seres humanos vivem. As pessoas através do modo de vida vêm impactando o meio ambiente. O estudo objetivou analisar o perfil do estilo de vida individual nas atividades de turismo junto à natureza. Foi utilizada a cidade de Mucugê na Chapada Diamantina para a aplicação do estudo, este de caráter descritivo numa abordagem qualitativa e quantitativa. A amostra foi constituída por 890 indivíduos de ambos os sexos e com idades entre 10 e 92 anos, composta de moradores, turistas e moradores que trabalham em serviços turísticos. Fora utilizado 02 questionários estruturados, o pentáculo do bem-estar e o pentáculo do meio ambiente, para verificação do perfil individual do estilo de vida, e, um questionário semi-estruturado para verificação da influência do perfil do estilo de vida na elaboração dos serviços turísticos. Foi utilizada a estatística descritiva com médias e correlações para as análises, juntamente com uma escala de valores para interpretação através dos comportamentos. Encontrou-se uma semelhança no perfil do estilo de vida frente ao bem-estar para todas as populações num comportamento moderadamente desejável e um perfil próximo ao desejável para a população dos moradores que trabalham nos serviços turísticos. Foi encontrada uma determinação baixa entre os perfis. Os serviços turísticos não foram elaborados a partir do perfil ideal do estilo de vida individual. Sugere-se que este estudo seja feito em outras populações de acordo a motivação do turista na sua visita a uma localidade. Palavras-chave: Estilo de Vida; Saúde; Meio Ambiente; Bem-Estar; Turismo. xv ANALYSIS OF THE LIFE STYLE PROFILE FOR TOURISM ACTIVITY NEXT TO THE NATURE: THE CASE OF CITY OF MUCUGÊ IN BAHIA. ABSTRACT We live in the life style era, once the main diseases and the death causes, in this millennium, are mostly associated to our way of living. People through their life style can damage the environment. The study aimed at analyzing the individuals’ life style in tourism activities next to the Nature. The city of Mucugê, in Chapada Diamantina, was used as the location for the study, which was descriptive and based on a qualitative and quantitative approaching. The sampling held a group of 890 people from both genders, between 10 and 92 years old, including local inhabitants, tourists and inhabitants who worked for tourism services. We used the wellness pentagram quiz and the environment pentagram quiz, a questionnaire used to verify the influence of the life style in tourist services, in order to verify the life style of each subject. We also used a descriptive statistics method, using averages and correlations to analyze each collected data and a scale of values in order to consider every behavior. We found similarities in life style profile and wellness in every population according to a desirable moderated behavior and next to desirable profile for the group of the tourism workers inhabitants. We found low correlation between the profiles, as well. The tourism services were not developed according to the ideal profile of the individuals’ life style. We suggest that the study should be applied to other populations according to tourist motivation of visiting a place. Key-words: Life Style; Health; Enviroment; Wellness;Turism. 16 1 INTRODUÇÃO O estilo de vida passou a ser considerado fundamental na promoção da saúde, como indicador de qualidade de vida e na redução da morbi-mortalidade por todas as causas. Nesta perspectiva, valorizam-se elementos que contribuem para o bem-estar pessoal, dentre eles: o controle do stress, a nutrição equilibrada e adequada, a atividade física habitual, os comportamentos preventivos à doenças e o cultivo de relacionamentos sociais. Os componentes do estilo de vida são influenciados pela idade e pela experiência de vida das pessoas. Esses componentes sofrem influência também das condições de vida e modus vivendi, além disto, a utilização dos componentes constitutivos do estilo de vida é influenciada pela mídia, educação, renda, oportunidades, ambiente, dentre outros. Os problemas ambientais afligem não somente à natureza, mas também ao homem. Este vem se apresentando com freqüência como agente causador de grande parte dos distúrbios ambientais. A atividade turística pode possibilitar as pessoas, através do aprendizado de novos conhecimentos, do desejo e da ação a inclusão de novos comportamentos, tanto no sentido individual quanto ambiental, deste que as pessoas reconheçam algum benefício em suas escolhas. Desta forma, este estudo procura apontar o perfil do bem-estar individual e do comportamento frente ao meio ambiente dos diversos participantes da atividade turística em áreas naturais, assim como, também indica pressupostos teóricos para construção do problema; procura apresentar uma associação do comportamento frente ao bem-estar individual com o comportamento pro - ativo ao meio ambiente, e, investiga a participação do perfil do estilo de vida saudável e da responsabilidade ambiental na elaboração dos serviços turísticos. 17 Não se trata de apresentar soluções e nem indicar as causalidades, e sim, através de um corte transversal trazer à tona a realidade do perfil do estilo de vida das pessoas envolvidas através dos diversos componentes constituintes dos estilos de vida. Para isso, fora escolhida a cidade de Mucugê, na Chapada Diamantina (Bahia) para a questão apresentada, por apresentar fluxo de turistas que freqüentam anualmente a região, por possuir um Parque Municipal, onde funciona o Projeto Sempre Viva e por abrigar 52% do Parque Nacional da Chapada Diamantina – PARNA da Chapada Diamantina. O modelo de estudo implicou na escolha de uma metodologia de abordagem do problema de forma qualitativa e quantitativa para mensurar valores e hábitos numa escala apropriada. Para o caráter descritivo da pesquisa foi feito um corte transversal com diversas visitas ao município. Questionários estruturados foram realizados para testar as hipóteses. Os resultados de uma forma geral foram apresentados utilizando-se estatística descritiva com opiniões do autor para contextualização dos fatos. Através dos dados foi possível avaliar o perfil do estilo de vida dos moradores, turistas e das pessoas que trabalham nos serviços turísticos. Não foram encontradas diferenças expressivas entre os grupos avaliados. Existe uma baixa determinação entre o perfil do estilo de vida relacionado ao bem-estar e ao meio ambiente e, os serviços turísticos da cidade de mucugê não levaram em consideração na sua elaboração os componentes do bem-estar e do meio ambiente. 18 2. OBJETIVOS 2.1 Geral Analisar o perfil do estilo de vida das pessoas envolvidas nas atividades de turismo em áreas naturais em relação ao bem-estar e ao meio-a ambiente na cidade de Mucugê, Ba. 2.2 Específicos - Verificar o perfil do estilo de vida individual frente ao bem-estar; - Verificar o perfil do estilo de vida individual frente ao meio ambiente; - Identificar a associação do comportamento frente ao bem-estar individual com o comportamento frente ao meio ambiente. - Avaliar a participação do perfil do estilo de vida ideal na elaboração dos serviços turísticos da cidade de Mucugê. 19 3 REVISÃO DE LITERATURA 3.1 Estilo de Vida, Saúde, Qualidade de Vida, Meio Ambiente, Bem-Estar e Turismo: apresentando e discutindo conceitos e definições. Por se tratar de um estudo com características complexas e de interação com diversas áreas do conhecimento faz-se necessária à conceituação dos elementos que o constituem, discutindo de forma a atender a abordagem da temática apresentada. 3.1.1 Estilo de Vida Por estilo de vida, entende-se o conjunto de ações cotidianas que refletem as atitudes e valores das pessoas. As ações cotidianas, as quais se chamam de hábitos, juntamente com as ações conscientes estão associadas à percepção de qualidade de vida que as pessoas trazem consigo mesmo. Os diversos componentes indicativos do estilo de vida podem variar ao longo dos anos. No entanto, o indivíduo, conscientemente, deve reconhecer um valor no comportamento que se precise cessar ou incrementar no conjunto das ações, além de perceber-se como capaz de realizar as mudanças almejadas (SALLIS & OWEN, 1999). Gonçalves & Vilarta (2004) caracterizam estilo de vida como os hábitos aprendidos e adotados durante toda a vida, relacionados com a realidade familiar, ambiental e social, resultando da integração de diversos fatores que compõe a existência humana. De fato, vários autores concordam que diversos hábitos influenciam no estilo de vida das pessoas e das coletividades, consequentemente nas ações realizadas em seu meio. No entanto, vale ressaltar que é um imenso desafio propor que pessoas situadas em algumas condições materiais adversas, dentro de processos culturais e educacionais distintos, modifiquem e se mantenham dentro de uma nova condição de prática de hábitos saudáveis. 20 Lessa (1999), Minayo, Hartz, Buss (2000) lembra que o estilo de vida inclui hábitos e comportamentos auto-determinados, adquiridos social ou culturalmente, de modo individual ou em grupos, sugere ainda que, quando se trata de estilo de vida pressupõe-se que o indivíduo tem controle sobre suas ações, e que estas podem ser prejudiciais ou benéficas à saúde. Nesta perspectiva valorizam-se elementos que contribuem para o bem-estar pessoal, dentre eles: o controle do stress, a nutrição equilibrada e adequada, a atividade física habitual, os comportamentos preventivos a doenças e o cultivo de relacionamentos sociais (NAHAS, 2001). Um estilo de vida inadequado pode estar associado a diversos agravos a saúde, a exemplo das Doenças Crônicas Não Transmissíveis - DCNT´s, entre elas o aumento da massa corporal total, que geralmente é acompanhada por níveis pressóricos altos, taxas de colesterol sanguíneo elevada, diabetes, entre outras (NETO & MIRANDA, 2003), ainda, as doenças cardiovasculares, o câncer, o diabetes, a cirrose hepática, os transtornos mentais, as doenças osteomusculares, a obesidade mórbida e as dislipidemias entre outras (BRASIL, 2002). 3.1.2 Saúde Não existe um consenso a respeito da definição da saúde, a não ser o fato de que ela não pode ser entendida meramente como “ausência de doenças”, onde se preserva o conceito equivocado e dicotômico de uma pessoa ser absolutamente saudável ou doente (NAHAS, 1995; 2000). Este entendimento foi anunciado pela OMS na perspectiva de conceituá-la como um estado de completo bem-estar, físico, mental e social (WHO, 1978). Hoje não se entende saúde apenas como não estar doente, segundo DeVRIES (1978), NAHAS (1996: 2000; 2001), GRANDE (1991), BOUCHARD et al. (1994) e NIEMAN (1999) há uma tendência em se mudar de um paradigma biológico para um ecológico, definindo saúde holisticamente como uma condição humana com dimensões física, social e psicológica, avaliada numa escala contínua, com pólos positivo e negativo, resultante da complexa interação de fatores hereditários, ambientais e do estilo de vida. A saúde positiva estaria associada com a capacidade de apreciar a vida e de resistir aos desafios do cotidiano, enquanto a 21 saúde negativa associada a comportamentos de risco, morbidade e, no extremo, com a mortalidade. Apesar da evolução conceitual a respeito da saúde levar em consideração o estado de saúde positiva ou bem-estar, até bem pouco tempo atrás, para avaliação de estudos epidemiológicos, os indicadores de saúde eram somente negativos, como a taxa de mortalidade e morbidade, e em muitas vezes tomava-se como base do nível de saúde de determinada localidade apenas a taxa de mortalidade infantil (NAHAS, 1996). Com o surgimento dessas novas idéias, passaram também a ser considerados os indicadores positivos, levando-se em conta outros determinantes para alcançar a almejada qualidade de vida, tais como: orgânicos ou biológicos (saúde e doença), psicológicos (identidade, auto-estima, criatividade, habilidade), sociais (vida familiar, vida sexual, relacionamentos), comportamentais (vida profissional, hábitos, repouso, lazer), materiais (habitação, bens, renda) e estruturais (concepção sócio-política, posição social), (TOLEDO, 2006). Portanto, a saúde, não é uma condição estática, existente somente devido à chamada ausência de doenças, mas sim um processo de aprendizagem, tomada de decisão e ação para a otimização do bem-estar próprio. A tendência atual em vigilância à saúde, pelo menos em discurso, são os planejamentos de ações em vista ao processo da promoção da saúde através da concepção do processo de capacitação das pessoas para aumentar o controle sobre sua saúde e melhorá-la, indo além de estilos de vidas saudáveis para condições fundamentais e recursos para a saúde: paz, abrigo, educação, comida, rendimentos, eco sistema estável, recursos sustentáveis, justiça social e equidade. O que tem sido conduzido por uma prática estratégica interligada como propõe a Carta de Ottawa (1986) apud TERRIS (1992) entre as ações intersetoriais para alcançar uma política saudável, tanto quanto uma política de saúde pública; pela afirmação do papel ativo do público usando o conhecimento sobre sua saúde para fazer escolhas saudáveis que conduza à saúde e aumentar o controle sobre sua própria saúde e meio ambiente e, pela ação comunitária por pessoas no nível local. Este documento aponta diversos campos de ação urgentes e prioritários para a promoção da saúde, e dentre estes está à criação de ambientes favoráveis, destacando-se que a proteção do meio ambiente e a utilização adequada dos 22 recursos naturais devem fazer parte de qualquer estratégia de promoção da saúde. O termo “ambientes favoráveis” inclui os aspectos físicos e sociais, atingindo, portanto, não só a natureza, mas todos os espaços nos quais as pessoas vivem: a comunidade, as casas, o trabalho, as escolas e os ambientes de lazer (BRASIL, 2001). 3.1.3 Qualidade de Vida Ao conceituar qualidade de vida Minayo et al. (2000) ressalta a configuração de este ser um vocábulo polissêmico, já que implica inúmeros sentidos e significados. Qualidade de vida literalmente significa várias coisas. Diz respeito a como as pessoas vivem, sentem e compreendem seu cotidiano. Envolve, portanto, saúde, educação, transporte, moradia, trabalho e participação nas decisões que lhes dizem respeito e determinam como vive o mundo (GONÇALVES & VILARTA, 2004). Compreende também, desse modo, situações extremamente variadas, como anos de escolaridade, atendimento digno em caso de doenças e acidentes, conforto e pontualidade nas decisões para se dirigir a diferente locais, alimentação em quantidade suficiente e com qualidade adequada e, até mesmo, posse de aparelhos eletrodomésticos (PIRES et al., 1998). Para Pelicioni (1998, p.24) a conceituação de qualidade de vida aponta para um novo entendimento, O conceito de qualidade de vida transcende o conceito de padrão do nível de vida, de satisfação das necessidades humanas do “ter” para a valorização da existência humana do “ser” e deve ser avaliada pela capacidade que tem determinada sociedade de proporcionar oportunidades de realização pessoal a seus indivíduos no sentido psíquico, social e espiritual ao mesmo tempo em que lhes garante um nível de vida minimamente aceitável. Difícil de ser objetivamente definida, qualidade de vida pode ser considerada como um conjunto de parâmetros individuais, socioculturais e ambientais que caracterizam as condições em que vivem os seres humanos (NAHAS, 1997). Minayo (2002) examina que a qualidade de vida é resultado das condições subjetivas do indivíduo nos vários subdomínios que compõe a sua vida, como por exemplo, trabalho, vida social, saúde física, humor, etc. Corroborando, Shephard (1996) define 23 qualidade de vida como uma percepção individual relativa às condições de saúde e a outros aspectos gerais da vida pessoal. Nahas (1997) ressalta ainda, que a inter-relação mais ou menos harmoniosa dos fatores que moldam o cotidiano do ser humano resulta numa rede de fenômenos e situações que, abstratamente, pode ser chamada de qualidade de vida. Associa-se à expressão qualidade de vida a fatores como estado de saúde, longevidade, satisfação no trabalho, relações familiares, disposição e até espiritualidade e dignidade. Gonçalves e Vilarta (2004) sugerem algumas opiniões como segurança, felicidade, lazer, saúde, condição financeira estável, família, amor e trabalho. Outros elementos também estão associados para estudar esses significados como sugere Gonçalves e Vilarta (2004) tais como, aspectos culturais, históricos e de classes sociais, conjuntos de condições materiais e não-materiais, diferenças por faixas etárias e condições de saúde das pessoas ou de uma comunidade. Contudo, não seria possível deixar de apontar o pensamento de Moreira (2001, p. 24-25), “atentar para a qualidade de vida provavelmente exigirá de todos nós a consciência de cultivar o interesse pela vida das outras pessoas e do nosso planeta, quer no momento presente, quer nas gerações futuras”. O autor depois de uma revisão extensa sobre a crise do século XX e ao afirmar que é necessário aprender com o passado, mudar paradigmas, os valores na sociedade pós-industrial e adotar uma epistemologia motora, define qualidade de vida como o compromisso em aperfeiçoar a arte de viver e de conviver. 3.1.4 Meio Ambiente Tema de diversas discussões e definições o meio ambiente vem ao longo dos anos recebendo diversos conceitos que procuram trazer com maior interação o seu significado, não obtendo, contudo, um consenso a respeito de seu conceito, transformando-o em representação social. O ecólogo Ricklefs (1993), define meio ambiente como o que circunda um organismo incluindo as plantas, os animais com os quais ele interage. Já para o ecólogo Duvigneaud (1984), o meio ambiente deve evidenciar dois aspectos: a) meio ambiente abiótico físico e químico e b) meio ambiente biótico. No entanto, para Silliamy (1980), o meio ambiente pode ser entendido como o que circunda um individuo ou um grupo. A noção de meio 24 ambiente, engloba, ao mesmo tempo, o meio cósmico, geográfico, físico e o meio social com suas instituições, cultura e valores. Insere-se ainda uma definição de Reigota (1994), para meio ambiente, que o trata como o lugar determinado ou percebido, onde os elementos naturais e sociais estão em relações dinâmicas e interação. Contudo, por falta de um consenso, adota-se para este estudo, a posição de que meio ambiente é um determinado lugar onde diversos elementos mantêm entre si uma interação. 3.1.5 Bem-Estar Conceito analisado por Seaward (1997) propõe que bem-estar é a integração harmoniosa entre os componentes mentais, físicos, espirituais e emocionais. O autor sugere que o bem-estar é sempre maior que a soma dos seus componentes. Nahas (2000) diz que a saúde é determinada por meios objetivos e subjetivos, no entanto, o bem-estar é sempre uma percepção, fruto de uma avaliação subjetiva individual. Diversos são os indicadores dos componentes do bem-estar, dentre eles: as sensações sobre sintomas e estado de saúde corporal, presença de dor, energia/fadiga, doença, distúrbios do sono, sentimentos negativos e positivos como depressão, ansiedade, raiva/irritabilidade, afeto, percepção positiva e negativa sobre si próprio, auto-estima, sensação de domínio e controle sobre si, sentimentos gerais sobre a saúde e sua evolução, satisfação com a vida e noções sobre as expectativas idealizadas e a realidade da vida (GONÇALVES & VILARTA, 2004). 3.1.6 Turismo O turismo se caracteriza como atividade multidisciplinar, onde engloba diversos setores econômicos que contribui para a compreensão internacional, para a paz e a prosperidade dos países (OMT, 2001). Atualmente o turismo destaca-se como o primeiro setor da economia mundial. Ansarah (2001) propõe que o turismo seja muito mais que um setor, seja uma atividade que se estende de forma direta por vários setores da economia, e, de forma indireta, por todos os demais setores. Compõe a atividade econômica do turismo, os transportes, os meios de 25 hospedagem, os agenciamentos de viagens e as práticas de lazer, além de outras tantas ações mercadológicas que produzem riquezas e geram empregos para muitas regiões e países (LAGE e MILONE, 2000). O turismo proporciona o atendimento das necessidades humanas de aventura, de descoberta, de movimento, de apreciação da natureza e a satisfação das ambições estéticas, perpetuando a tradição, o folclore e as artes (SOUZA et al., 2006). Difícil de ser definido devido à amplitude característica da atividade, onde atuações e interações distintas (rede de técnicas complementares) são acompanha pela atividade, o turismo é uma atividade que compreende as ações que as pessoas realizam durante suas viagens e estadas em lugares diferentes do seu entorno habitual, por um período consecutivo inferior a um ano, com finalidade de lazer, negócios e outras (OMT, 2001). Existe uma dificuldade em dar um marco teórico ao turismo, no entanto as definições sempre apresentam uma característica comum a todas elas: o deslocamento do ambiente habitual (OLIVEIRA, 2007). Atualmente o deslocamento para ambientes naturais tem crescido em diversos países. Dados da World Resources Institute indicaram um crescimento de em até 30%, enquanto o turismo geral cresceu a 4% no final do século (WEARING & NEIL, 2001). Na tentativa de associar a prática do turismo ao desenvolvimento sustentável, autores têm dado uma ênfase na discussão e prática desta associação, a fim de agregar ao turismo também este novo paradigma, definindo-o também como a tentativa de satisfazer as necessidades do presente sem comprometer as das futuras gerações (CMAD, 1988). O turismo sustentável objetiva atender às necessidades de lazer dos turistas e de desenvolvimento dos núcleos receptores, preservando o meio ambiente local Inclui-se ainda nesta perspectiva a reprodução e regeneração dos recursos naturais, a contribuição das comunidades locais, a preservação dos manifestos culturais como atrativo turístico e uma distribuição eqüitativa dos benefícios econômicos advindos das atividades recreacionais, enfatizando sempre a participação da população local na tomada de decisões (PIRES, 1999 apud MATHEUS et. al., 2005). 26 3.2 Relações entre Estilo de Vida, Saúde, Qualidade de Vida, Meio Ambiente, Bem-Estar e Turismo: construindo uma rede de interação. Estilo de vida, saúde, qualidade de vida, meio ambiente e bem-estar são peças imbricadas para o equilíbrio da vida do homem no planeta. Essas associações apresentam forte relação com a longevidade e expectativa de vida das pessoas (NAHAS, 2001). Espera-se que em 2025 as pessoas com mais de 60 anos representem um terço da população total em países desenvolvidos (WHO, 2002). Em nosso país a projeção é que tenhamos no ano de 2020, um idoso para cada 13 residentes no Brasil (BERQUÓ, 1996 apud CARVALHO, 2003). Estimativas têm sido levantadas, sinalizando que no ano de 2020 a população mundial com idade superior a 65 anos estará aumentada em 82% em relação à atual (MATSUDO, 2001). Existe uma forte evidência que este quadro esteja associado à melhoria da saúde, bem-estar, aumento da qualidade de vida da população. Associa-se também a este quadro o meio ambiente equilibrado. Entende-se como meio ambiente equilibrado o lugar que possa reagir com freqüência aos impactos causados pela presença, quase sempre danosa do homem, o que de fato não tem sido encontrado com freqüência em grande parte dos ecossistemas. Sabe-se que os efeitos de ações antrópicas, não só sobre os ambientes naturais, mas também sobre as áreas urbanas, tem sido cada vez mais evidentes, intensificando-se os processos de degradação sócio-ambientais, aumentando a exposição a riscos e afetando a saúde humana. Pelicioni (2000) afirma que existe uma total inter-relação entre as alterações do meio ambiente e a qualidade de vida dos indivíduos. O modelo pautado tradicionalmente na ação centralizada nas doenças infecto-contagiosas que envolvem agente hospedeiro e meio ambiente está sendo substituído por um novo modelo epidemiológico chamado de conceito de campo de saúde, envolvendo assim, ambiente, estilo de vida, biologia humana e sistema de organização de cuidados (DEVER, 1988). Países do mundo inteiro vêm desenvolvendo conferências e estudos no sentido de propor ações e políticas voltadas à saúde com caráter evidente à promoção, proteção e recuperação da saúde (BRASIL, 2002). 27 Sobretudo, é preciso estudos que possam apontar relações entre hábitos de vida, estilo de vida e meio ambiente, com característica de assinalar o comprometimento das pessoas com o meio em que vivem tanto num ponto de vista individual quanto coletivo. 3.2.1 Estilo de Vida e Saúde Tratar sobre o tema estilo de vida, significa abordar uma série fatores como qualidade de vida, longevidade, saúde, lazer, meio ambiente, etc., e ainda relacionar os fatores apontados. No entanto, pesquisadores têm se esmerado a respeito e produzido alguns estudos que possam validar estas associações. Por exemplo, Nahas (2001) cita que estudos longitudinais têm demonstrado uma íntima relação do estilo de vida com o surgimento de doenças crônicas degenerativas não transmissíveis (DCNTs) e com a longevidade, apontando que os bons hábitos de saúde sugere um aumento de vida em média de 11 anos entre os homens e 7 anos entre as mulheres. (Ibidem) sugere que, na atualidade, vivemos a chamada “era do estilo de vida” e que os fatores ambientais e de ordem médico-assistencialista são respeitavelmente importantes para a saúde e qualidade de vida. No entanto, Vickery (1990) apud Nahas (2001) indica atualmente uma menor predisposição fatorial causal do ambiente e do sistema assistencial de vigilância à saúde. Desta forma, dando lugar em ordem de importância aos comportamentos usuais (hábitos alimentares, reação ao stress, nível de atividades físicas, dentre outros). Estes fatores são os que mais tem afetado a saúde do homem contemporâneo (DeVRIES, 1978; FLOYD et al., 1995; PITANGA,1998; 2001; 2002). Blair (1993) e Bouchard et al. (1994) faz a referência que as principais doenças e causas de mortes na transposição do milênio e atualmente esteja prioritariamente associado à maneira como vivemos. Segundo Moragas (1997) o estilo de vida é responsável por mais danos ao organismo do que a soma de todas as doenças infecciosas do passado. Enquanto fator de promoção de saúde e parâmetro indicador de qualidade de vida, o estilo de vida tornou-se fundamental na ação preventiva a doenças. Acontece principalmente na medida em pessoa passa a ser responsável pela administração da sua saúde e do bem-estar, o que reflete diretamente no equilíbrio no meio em que o 28 cerca (MINAYO, 2002). Segundo Nahas (2001) o equilíbrio advém do próprio comportamento individual, resultante tanto da informação quanto da vontade de modificação de um comportamento, mas também, das barreiras e oportunidades sociais presentes nas condições de vida. Porém, vale salientar que a saúde não é norteada apenas pela consciência de uma determinação pessoal, fruto de um estilo de vida, mas também pelas condições materiais e simbólicas construídas historicamente (BRANT & MELO, 2001). Gonçalves & Vilarta (2004) propõe que algumas condições ditas favoráveis dependem das condições de vida, o que passa a ser um problema, levando em consideração o nosso país, já que essas condições são caracterizadas como iníquas, assimétricas, perversas e concentracionista de bens, recursos e serviços. Além do estilo de vida, alguns itens ligados às condições de vida, tais como o acesso aos sistemas de saúde e à escolaridade, a exposição aos riscos ocupacionais e ambientais e as oportunidades de trabalho também influenciam o modus vivendi de uma sociedade (LESSA, 1999; MINAYO; HARTZ; BUSS, 2000). Segundo Candeias (1997) a expressão condições de vida, permite que o conceito em promoção de saúde vença os limites dos fatores comportamentais para prenderse em uma rede de interação mais complexa, constituída pela cultura, por normas e pelo ambiente sócio-econômico. Inclusive consta da Lei Federal 8080 de 1990 em seu Artigo 3º, a proposição de que a saúde possui um conjunto de fatores determinantes e condicionantes caracterizados pela alimentação, moradia, saneamento básico, transporte, meio-ambiente, trabalho, renda, educação, lazer e serviços essenciais. No entanto, diversas abordagens para aquisição de novos hábitos vêm apresentando sucesso no sentido da contribuição para influenciar o estilo de vida das coletividades, como conseqüência a qualidade das ações realizadas pelas pessoas integradas em seu meio. Gonçalves e Vilarta (2004, p. 65) criticam que não basta apenas querer para poder incrementar um conjunto de hábitos, fazendo uma avaliação pouco satisfatória para o trabalho do Nahas (2000), no entanto, apontam as seguintes práticas como saudáveis: * Contemplar a regularidade de ingestão de nutrientes (distribuir a quantidade total de alimentos ingeridos em várias refeições ao longo do dia). * Respeitar as necessidades especifícas de nutrientes para cada etapa da vida (considerar as demandas por vitaminas, minerais, água, 29 carboidratos, lipídios ou proteínas de acordo com o estado fisiológico, por exemplo, adolescentes, gestantes atletas e crianças). * Praticar atividade física apropriada à própria condição fisiológica e com regularidade. * Controlar o estresse físico e emocional, utilizando técnicas específicas às expectativas e aos objetivos de cada pessoa. * Envolver-se em ações comunitárias, estabelecendo laços de apoio e convívio familiar e social. * Dedicar-se ao lazer não-sedentário, baseado em ações que envolvam atividade esportiva, hobbies ou trabalho voluntário. No entanto, autores como DeVries (1978), Nahas (1991) referiam-se a três características principais do estilo de vida associadas/determinantes a saúde individual: nível de stress, características nutricionais e atividade física habitual. Nahas (1996) incluiu a estes os componentes do comportamento preventivo. Entretanto, mais recentemente, no ano 2000, o autor associa o uso de drogas no comportamento preventivo e programa o componente da qualidade dos relacionamentos humanos para também fazer parte não somente da avaliação do estilo de vida, mas como padrão de práticas saudáveis. Pollock & Wilmore (1993) citam que o avanço tecnológico transformou cidadãos ativos em sedentários, questionam ainda as facilidades da vida moderna que prometem uma vida com mais qualidade e produtividade, e, ainda, indicam que o estilo de vida sedentário está contribuindo para que um novo conjunto de problemas degenerativos diminua a expectativa de vida de pessoas. No que tange a relação do estilo com a esperança de vida, existe um consenso na literatura a respeito da influência do estilo de vida na longevidade. Alguns pesquisadores acreditam que um terço do processo de envelhecimento é dependente da hereditariedade e de outros fatores biológicos, enquanto dois terços são resultados de opções no estilo de vida (THOMPSON; HOEKENGA, 1998). Isto certifica, sobretudo, um conceito bem conhecido e difundido, que é o de que uma vida longa e sadia depende da carga genética herdada dos ancestrais, uma boa dose de “sorte” e, em grande parte, ao estabelecimento de um estilo de vida sadio (BARRY; EATHORNE, 1994). 3.2.2 Qualidade de Vida, Estilo de Vida e Saúde 30 A análise de variáveis do estilo de vida pode constituir-se em mecanismo para aferição da qualidade de vida e como conseqüência da condição de saúde da população (LOPES & PIRES-NETO, 2001). É importante salientar que o estilo de vida é um dos componentes individuais modificáveis de indicadores da qualidade de vida das pessoas, junto a ele estão aspectos ligados aos componentes sócioambientais, culturais e ainda componentes individuais não-modificáveis, como a hereditariedade. No Brasil, tomando como exemplo, apesar do aumento da expectativa de vida ter aumentado nos últimos anos, questiona-se a qualidade destes anos, visto que, grande parte da população tem sido comprometida pela crescente disparidade social e pelo desemprego (NAHAS, 2000). Parte do nosso país, ainda não tem água potável, saneamento básico, moradia, segurança e outros. No entanto, o estilo de vida é um bom componente para a verificação da qualidade de vida de pessoas e ou grupos. Assim, é importante conferir os fatores que compõe o estilo de vida. Em relação aos diversos aspectos componentes do estilo de vida, existem alguns fatores que podem afetar negativamente nossa saúde e sobre os quais temos controle, como por exemplo: fumo, álcool, drogas, stress, isolamento social, sedentarismo, esforços repetitivos e intensos. Fatores negativos do nosso estilo de vida sobre os quais temos pouco ou até mesmo nenhum controle, são concentrados nas características hereditárias herdadas, os efeitos naturais do envelhecimento e algumas doenças infecciosas, geralmente agravadas pelas condições ambientais e de assistência (NAHAS,1991;2001). Corpo e estilo de vida estão interligados diretamente à saúde. Cuidados com corpo têm significância à medida que se observa à atenção na esfera alimentar, regime de sono, de trabalho e da ocupação do tempo livre. Assim, Bento (1991) propõe que este cuidado deve ser pregado desde cedo na escola, já que as mudanças nas normas e valores geram alteração no padrão e função individual das pessoas. Portanto, prevenir a ocorrência de distúrbios orgânicos irreversíveis na vida adulta passa pelo afastamento dos fatores que provocam um estado de risco para a morbi-mortalidade (GUEDES & GUEDES, 1995). Diversas doenças estão fortemente associadas ao estilo de vida negativo, principalmente as DCNT’s, dentre elas, a hipertensão arterial, a obesidade, o diabetes, o câncer e as doenças cardiovasculares, essas associações são agravadas quando o indivíduo é submetido a alimentação inadequada, stress elevado e contínuo e inatividade física (NAHAS, 2001). 31 Estudos sugerem forte evidencia de que o estilo de vida ativo pode prolongar o tempo de vida independente e colaborar com o melhor desempenho na realização das atividades de vida diária (GOBBI, 1997; HURLEY; HAGBERG, 1998 apud CARVALHO, 2003). Benefícios de ordem psicológica e comportamental têm sido mencionados em outras publicações como a redução da ansiedade, depressão e estresse, bem como a melhora do sono, do auto-conceito e da auto-imagem (BRAZÃO, 1998; ACSM, 1999; OLIVEIRA FILHO et al., 1999). Em nosso país, não são muitos os estudos que fazem referência às análises das variáveis do estilo de vida, a fim de subsidiar informações que possam de alguma maneira melhorar a qualidade de vida e, consequentemente, a saúde, independente de quaisquer variáveis étnico-cultural-etárias (LOPES & PIRES-NETO, 2001). No entanto, algumas ações práticas têm ampliado a discussão, por exemplo, alguns dos diversos cursos relacionados à saúde têm incluído o tema estilo de vida saudável e qualidade de vida nas matrizes curriculares, bem como na promoção e desenvolvimento das habilidades e competências propostas pelas Diretrizes Curriculares do MEC ao egresso dos referidos cursos. 3.2.3 Estilo de Vida, Saúde e Meio Ambiente De acordo com Augusto et al. (2005, p.27), “as relações entre saúde e ambiente integram as dimensões históricas, espaciais e coletivas das situações vividas pelos indivíduos e suas populações”. Segundo o autor esta relação deve ter como meta o compromisso ético com a qualidade de vida das populações e dos ecossistemas em jogo. Minayo (2002) apresenta a idéia de que o estilo, situação e condição de vida de grupos populacionais subsidiam o modelo de uma abordagem ecossistêmica da saúde influenciando diretamente nas condições de saúde e meio ambiente. Para a autora a relação desta abordagem deverá anunciar o desenvolvimento de novos conhecimentos a respeito da saúde e do meio ambiente, que de forma concreta, apropriada e adequada favoreçam as pessoas que vivem nas diversas localidades. Isto deverá propiciar uma interação da ciência e o mundo da vida, de tal forma, que se unam na construção da qualidade de vida através de uma melhor gestão do ecossistema e da responsabilidade coletiva e individual sobre a saúde. 32 Diversas conferências internacionais sobre a promoção da saúde vêm dando ênfase à interligação da saúde e do meio ambiente. O tema “Ambientes Favoráveis à Saúde” chama a atenção para a situação de milhares de pessoas que vivem na pobreza e privação em um ambiente degradado ameaçador para a saúde, tais como a água e o lixo, aspectos que têm influenciado negativamente as condições do meio ambiente e consequentemente a saúde e a qualidade de vida dos indivíduos. Com a promulgação da Constituição Brasileira, em 5 de outubro de 1988, no que se refere à questão ambiental, ficou determinado que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo para as presentes e futuras gerações” (BRASIL, 1988, Cap. VI, Art. 225). Toledo (2006) propõe que as ações para criar ambientes favoráveis à saúde devem considerar a interdependência entre todos os seres vivos e considerar as necessidades das futuras gerações quanto ao uso dos recursos naturais. Reforça-se a este pensamento a posição do Ministério da Saúde de que: não será possível sustentar a qualidade de vida para os seres humanos e demais espécies vivas sem uma mudança drástica nas atitudes e comportamentos, em todos os níveis, com relação ao gerenciamento e à preservação do ambiente (MS, 2001, p. 23). De acordo com Toledo (2006) não se pode esperar que pessoas que não conseguem cuidar de si próprias venham a proteger eficazmente o meio ambiente. Dados da UNESCO (1999) indicam que mais de um bilhão de pessoas, isto é, mais ou menos um terço da população total dos países em desenvolvimento, vive em condições de pobreza desesperadora. É perfeitamente compreensível o entendimento que a pobreza pandêmica e globalizada não é resultado da escassez de produtos naturais, e sim, da dominação de um modelo econômico equivocado por parte da maioria dos países que vêm gerando a exclusão das necessidades humanas básicas como: comida, trabalho, renda, moradia, educação e lazer (TOLEDO, 2006). Estima-se que, atualmente, em torno de 2,4 bilhões de pessoas no mundo não tem saneamento básico e há 1,1 bilhão de pessoas sem acesso a água potável. Cerca de 3 milhões de pessoas morrem por ano de doenças relacionadas à contaminação da água (PNUD, 2001). Com todo o conhecimento da relação saúde, 33 doença e meio ambiente o quadro no Brasil é de que 79,8% dos municípios não dispõem de qualquer tipo de tratamento de esgotos domésticos (IBGE, 2002) e 60% das internações hospitalares no país devem-se às doenças de veiculação hídrica (ROCHA, 1993). Só na área urbana, aproximadamente 20 milhões de pessoas não têm acesso à água tratada, 75 milhões não possuem tratamento de esgoto em seus domicílios e 60 milhões não são atendidos pela coleta de resíduos sólidos (IBGE, 2002). Desta forma, torna-se importante o cuidado com o meio ambiente para que as pessoas tenham melhores indicadores de saúde pela opção de ter um equilíbrio no meio em que vive. 3.2.4 Estilo de Vida, Turismo e Meio Ambiente Em primeiro momento é importante ressaltar que o turismo acontece primordialmente no espaço do lazer. O lazer, fenômeno moderno, surgido com a disponibilidade do tempo livre de trabalho, tem sido reputado por parte da maioria das pessoas como uma atividade de menor importância frente a outras atividades como saúde, educação e saneamento básico. O que na verdade, reflete que nem todas as pessoas apresentam um padrão de comportamento e condutas em suas vidas diárias (rotinas de trabalho, lazer e vida em sociedade) da mesma forma. No entanto, é preciso refletir ainda que exista culturalmente em nosso meio certo menosprezo ao lazer, dando ao trabalho uma importância mais significativa. Melo e Alves Júnior (2003) sugerem que o lazer seja definido pela junção do tempo e do prazer, assim indicam que as atividades de lazer são culturais, em seu sentido mais amplo, podem ser efetuadas no tempo livre das obrigações profissionais, domésticas, religiosas e das necessidades físicas e que são buscadas tendo em vista o prazer e por alguns interesses (culturais, os interesses físicos, intelectuais, artísticos, manuais e sociais) onde logicamente, a atividade turística acontece em função dos seus diversos atrativos. Nesse sentido, Villaverde (2003) considera que a atividade turística é pensada em dimensões que transcendem seu tratamento como mera atividade comercial e de consumo para a relação de pessoas com lugares e cultura, intensificando a relação do homem consigo mesmo, com a cultura, com outros seres 34 humanos e com os diversos elementos do planeta Assim, é sugerido que tanto o lazer quanto a atividade turística tenha relação, até mesmo direta, com a saúde, educação e qualidade de vida (MELO & ALVES JÚNIOR, 2003). Nesse sentido, Villaverde (2003) cita que uma atividade turística com preocupações ambientais deve fomentar no turista uma postura preservacionista que não contemple apenas o tempo em que esteja na atividade turística, mas para a vida toda. Há uma observação por parte de Serrano (1997) de que como fenômeno social, associado à intenção de um “retorno à natureza”, a atividade de turismo junto à natureza, genericamente entendida como ecoturismo 1 , deva buscar a vivência com práticas das medicinas alternativas, dos esportes praticados na natureza, uma alimentação mais saudável e natural e também um comportamento ambientalista. McKercher (2002) aponta que o perfil do turista que procura ambientais naturais é bastante diferente daqueles que buscam por outros motivos. Geralmente, esses turistas são pessoas que querem sair da rotina, do seu estilo de vida, buscando um pouco de aventura e experiências turísticas autênticas. Eagles (1992) acredita, após pesquisa realizada, que turistas canadenses procuram ambientes naturais por motivos sociais, culturais e ambientais. Ele identificou dentre os motivos sociais a vontade de estar fisicamente ativo e de vivenciar um estilo de vida diferente. McKercher (2002) assinala ainda, que dentre os estímulos que levam pessoas a viajar para destinos naturais, a oportunidade para experimentar um novo estilo de vida é bastante freqüente. Com isso, é possível aventurar a possibilidade de que a atividade turística em ambientes naturais possa ter influência sobre a mudança do estilo de vida das pessoas. Ainda que Gonçalves & Vilarta (2004) atentem para a idéia de que novos comportamentos dependem de condições preexistentes, da capacidade de potencializar os novos efeitos positivos, além da inserção das pessoas com novos comportamentos em seu ambiente social, familiar e ambiental. No entanto, como sugere a WHO (1998) os padrões identificáveis de comportamento são determinados pela inter-relação entre características pessoais, interações sociais e condições socioeconômicas e ambientais de vida e que estes comportamentos são continuamente ajustados em resposta a mudanças nas condições sociais e ambientais. 1 A atividade de ecoturismo sugere uma viagem responsável, em que se conservam os ambientes naturais e que haja uma maior relação do turista com a natureza (WEARING & NEIL, 2001). 35 3.4.5 Estilo de Vida, Turismo e Bem-Estar O Bem-Estar pode ser apurado por diversos fatores, no entanto, sempre fruto de um caráter subjetivo. Nahas (2001) sugere que fatores como satisfação com a vida, noções sobre expectativas realizadas e a própria realidade da vida, sentimentos positivos e negativos, estado de saúde corporal sejam considerados. Fatores como educação, renda, o acesso a bens e serviços também estão associados ao bem-estar. Nesse sentido, a qualidade de vida passa a ser um bom indicador de bemestar das pessoas. No entanto, diversas pessoas na busca pelo bem-estar e da própria qualidade de vida, apenas através do aumento do ganho salarial e renda, tem invertido o posicionamento de escolha. Diminuem seu estado de saúde corporal, seu humor, reduzem as opções de lazer em função da aquisição de bens, que paradoxalmente, também contribuem para o bem-estar e a qualidade de vida. A atividade turística em ambientes naturais, por parte das pessoas que a gerem, proporciona um aumento da renda e com isso, acesso a bens e serviços essenciais, mas também promove a conservação do patrimônio cultural, ambiental e histórico através dos modelos de exploração e conservação (MORAES, 2006). No entanto, proporcionam ao turista sensações prazerosas em ambientes calmos, relaxantes, naturais, através de consumo de alimentos saudáveis, rotinas alternativas de modo de vida e o contato com imagens e paisagens exuberantes e gratificantes da natureza. Moraes (2006) propõe que o turismo rural, como exemplo, melhore a qualidade de vida das pessoas que trabalham nos serviços turísticos, bem como das pessoas que o procuram, pois proporcionam tranqüilidade, simplicidade e descanso da vida cotidiana, além da convivência com a pluralidade cultural, étnica e social. O que vem sendo constato por alguns autores. Eagles (1992) verificou que, embora os ecoturistas estejam bastante interessados na natureza em si, eles apreciam o desenvolvimento pessoal por meio de atividades físicas, vivenciando estilos de vida novos e mais simples, encontram pessoas com interesses afins e observam as atividades culturais e produtos de artesanato do lugar. Nesse sentido, Wearing & Neil (2001) considera que a atividade de ecoturismo é mais do que uma simples atividade de lazer, é um verdadeiro estilo de viagem, que proporciona orientações no estilo de vida, comportamentos e filosofias. 36 Crompton (1979) apud Wearing & Neil (2001) concebe alguns fatores que estabelece o desejo de viagens para destinos naturais, são eles: fuga do ambiente mundano perceptível, relaxamento, prestígio, investigação e avaliação do Eu, regressão, intensificação dos relacionamentos afins e facilitação da interação social. Souza et al. (2006) associa também a atividade turística com o estilo de vida das pessoas da terceira idade, considerando que o turismo vem causando modificações do modo de vida das pessoas e frequentemente promovendo bemestar e qualidade de vida. Assim, percebe-se que as atividades turísticas em ambientes naturais tem um forte relação com o propósito do estilo de vida das pessoas que a procuram, sendo portanto, uma extensão da própria rotina ou uma busca por um outro modo de viver. 37 4 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO E DE SUA POPULAÇÃO 4.1 Localização, Características Geográficas e Sócioambientais O município de Mucugê fica situado na Chapada Diamantina, que é uma das 15 (quinze) Regiões Econômicas do Estado da Bahia, estabelecida pelo Centro de Estatística e Informações – CEI. A região possui segundo dados do IBGE (2002) 33 municípios distribuídos numa área de 41.756,1 km2, com uma população aproximada de 504.040 habitantes, constituindo-se assim numa região de pouco grupamento populacional dentre as regiões do Estado – FIGURA 1. FIGURA 1 – Mapa da América do Sul, Brasil, Bahia, Chapada Diamantina e o PARNA da Chapada Diamantina FONTE: Vila Serrano, 2006 38 A Chapada Diamantina assume um papel estratégico na gestão de recursos naturais no Estado da Bahia por conta de sua elevada biodiversidade, presença de espécies raras e por ser a principal provedora de água para parte do semi-árido baiano, o qual ocupa mais de 50% da área do Estado. A região dispõe também de relevante acervo histórico, originário da exploração de ouro e diamantes, nos séculos XVIII e XIX, respectivamente, classificando como uma zona turística prioritária da Bahia. O município de Mucugê localizado na microrregião da Chapada Diamantina surgiu por volta de 1844, quando foram descobertas jazidas de diamantes nos leitos dos seus rios, provocando uma desenfreada busca de pedras preciosas, que mais tarde deu origem ao Ciclo Diamantífero (BANDEIRA,1998). Incrustada entre montanhas da Serra do Sincorá, a cidade fica a 980m de altitude e possui uma temperatura média em torno de 18º a 19º, apresenta ainda como característica um clima serrano, com casas bem preservadas e de ruas e praças limpas. O município é composto pela sede e dois (2) distritos, João Correia e Guiné. O município faz fronteira com as cidades de Ibicoara, Abaíra, Piatã, Lençóis, Andaraí, Boninal e Palmeiras – FIGURA 2a e 2b. Palmeiras Lençóis 208600 Ñ 8605900 248800 Ñ8524000 Caeté-Açu N Guiné Andaraí Igatu Larga de Leobino Mucugê Pina Chapadinha Machambongo Abaíra João Correia 208600 8524000 Ñ Cascavel Faz. Campo Alegre 248800 Ñ8524000 Ibicoara FIGURA 2a – Foto de Satélite do Município de Mucugê e do PARNA FONTE: Projeto Sempre Viva, 2006 FIGURA 2b – Mapa do Município de Mucugê e do PARNA FONTE: Projeto Sempre Viva, 2006 39 O município possui uma área de 2.455 km² e apresentava uma população de 13.682 hab, destes 3.317 habitantes na área urbana e 10.365 na zona rural (IBGE, 2000). A população de Mucugê vem recebendo imigrantes da microrregião, sendo o maior pólo de imigrantes trabalhadores assalariados temporários “bóias fria” (BRITO, 2005). O município de Mucugê apresenta taxa de urbanização de 24,24% e uma densidade populacional de 5,51% (IBGE, 2002). Quanto ao aspecto socioeconômico, em função do ganho salarial do chefe de família da População Economicamente Ativa - PEA, a população municipal apresenta um ganho salarial expressivamente baixo, onde 53,47% recebem entre ½ e 1 salário mínimo mensalmente e apenas 2,55% recebe mais de 5 salários mínimos por mês e ainda encontra-se 13,92% de chefes de famílias que não obtém rendimentos. Nos últimos 7 anos o município de Mucugê teve uma explosão agroindustrial, atraindo diversos produtores de horticultura, floricultura, cafeicultura e fruticultura. As características são de tecnologia moderna e industrial, tendo como produtos à batatinha, o tomate, a cebola, a cenoura, a beterraba e diversas folhosas, mais recentemente a produção do morango, da ameixa e da maça. O município possui cerca de 60% das atividades econômicas concentradas nas atividades 2 agropecuárias . Mucugê abriga ainda 52% do PARNA da Chapada Diamantina, local de grande potencial turístico natural e histórico. O PARNA, criado em 17 de setembro de 1985 pelo Decreto Federal n.º 91.655, visa proteger paisagens e ecossistemas notáveis situados nas montanhas, vales e altiplanos da Serra do Sincorá – FIGURA 3. Cerca de 30 % do território do município situa-se dentro dos limites dessa Unidade de Conservação, revestindo a cidade de responsabilidade na preservação desse patrimônio, de valor inestimável. A cidade abriga ainda uma unidade de conservação denominada de Parque Municipal de Mucugê, com 540 hectares onde funciona o Projeto Sempre Viva. 2 1ª entrevista concedida pelo Sr. Euvaldo Ribeiro, coordenador do Parque Municipal de Mucugê em 25/01/07. 40 LENÇÓIS PALMEIRAS I AM AD AD HAP AC AL D ION AC EN QU PAR ANDARAÍ MUCUGÊ INA ANT ÁREAS IRRIGADAS ITAETÉ IBICOARA FIGURA 3 – Municípios que Fazem Parte do PARNA da Chapada Diamantina FONTE: Projeto Sempre Viva, 2006 O Projeto Sempre Viva, ganhador de diversos prêmios ambientais, protege parcela importante do patrimônio histórico do município ligado à exploração diamantífera do século XIX, constituintes importantes dos registros dos garimpos que deram origem às “Lavras Diamantinas da Bahia” – FIGURA 4. PARQUE MUNICIPAL DE MUCUGÊ En trad oP a rq Ri Mu cug ê Rio $ T Lizardo $ T # Sandália Bordada U % ha Ö rancho õ Rancho in ab Pi Casa do Diamante !/ Estufato namen Estacio # S ²# o Ri # ue V Æ do o Fervi Morro d 42 cas bu Com o BA 1 ad Cachoeira do Tiburtino !> S # Mata de Zé Leandro ô Legenda dos pontos do projeto Museu Vivo FIGURA 4 – Mapa do Parque Municipal de Mucugê Estacionamento do Parque FONTE: Projeto Sempre Viva, 2006 Casa do Diamante Entrada do Parque Local onde será construído o rancho do garimpeiro e onde será feita a apresentação do garimpo e lavagem do cascalho. Área do parque 270 hectares Marcosda Poligonal do PARM ² Barragem do Piabinha ß !> Ö S # !/ ô Brejode Zé Leandro V Æ Restaurant e Cachoeira Casado Administr ador ( Mocolândia) Frinchada Onça Labirint o Pintura Rupestre $ T $ T $ T Ruína do Lizardo1 % U # S Estação Climatológica Bomba de Ir rigação õ Sededo Parm î Igr eja Santa Isabel # # # Poços Poço2 Poço3 Ruína do Lizardo2 Ruína do Tiburtino Cerca Irrigação Rios Trilhas $ T # ß î LEGENDA Rodovia Asfaltada Malha de Coordenadas Área Irrigada Estufa Área de Turfas Comun. Arbustiva deTransição Comun. Arbustiva Cyperaceae Mata Mata Ciliar Vegetação Antropizada Vegetação Rupestre Campo deSempre Viva Unidade deCult v i o Experimental N 41 A sede do município de Mucugê, uma das localidades que integram as chamadas “Lavras Diamantinas”, teve o seu conjunto arquitetônico e paisagístico tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, com base no processo n.º 974-T – 78, em 26 de setembro de 1980. Atualmente, seguindo a aptidão indicada pela riqueza cênica e importância histórica e cultural no desenvolvimento da região, a cidade de Mucugê vem explorando a atividade turística como opção para o desenvolvimento econômico do município. Conta-se, com uma infra-estrutura ainda inadequada, principalmente na de prestação de serviços aos turistas, no entanto, esta atividade é responsável apenas por 12,1% da renda da PEA (BRITO, 2005). A cidade de Mucugê possui cerca de 30 estabelecimentos ligados à atividade turística, dentre eles bares e restaurantes, pousadas e hotéis, associações de guias, museus, unidades de conservação, poder público municipal, receptivos turísticos, agências e lojas. Segundo Brito (2005) a sede do município de Mucugê possui 66% dos domicílios ligados à rede de abastecimento de água, no entanto está abaixo comparado aos quatro (4) principais município da Chapada Diamantina. Quanto aos resíduos sólidos apenas 36% dos domicílios fazem coleta de lixo. Em entrevista concedida pelo Sr. Euvaldo Ribeiro, este aponta que praticamente (95%) dos domicílios da cidade, na atualidade, possuem abastecimento de água 3 . Contrapondo a opinião de Brito (2005), o Sr. Euvaldo Ribeiro elucida que a mídia vem frequentemente afirmando que a cidade de Mucugê tem feito o dever de casa, no que tange o abastecimento de água e tratamento dos resíduos. O município de Mucugê implantou recentemente uma usina de reciclagem para o lixo, de acordo com Brito (2005) os moradores ainda não colaboram com a separação do material orgânico e inorgânico, sendo necessário destinar o lixo para a separação na usina. 4.2 Um Breve Histórico do Surgimento do Município de Mucugê A história a ocupação humana das terras da Chapada Diamantina está intimamente ligada à exploração do ouro e do diamante. A colonização da região 3 2ª entrevista concedida pelo Sr. Euvaldo Ribeiro, coordenador do Parque Municipal de Mucugê em 03/03/2007. 42 iniciou-se com as expedições de desbravamentos do sertão. Uma série de entradas baianas buscando metais, pedras preciosas e índios, seguidas por repartições das terras desbravadas, acabou por fechar um cinturão de colonização ao redor da Chapada, mais tarde chamada de Diamantina com a descoberta das lavras de diamantes. Os primeiros povoados surgiram com os acampamentos de garimpeiros em torno da Serra da Tromba no início do século XVIII. Logo depois, ocorreu a expansão de fazendas de gado do Guedes de Brito; os pontos de troca que surgiram com o desenvolvimento do comércio de subprodutos da pecuária, excedentes das policulturas e produtos dos garimpos; os pousos para viajantes e tropeiros que percorriam a estrada de ligação da Bahia, Minas Gerais e Goiás foram fatores que acabaram por criar vários núcleos populacionais (TEIXEIRA, 1998). As terras do atual Município de Mucugê integravam primitivamente a grande propriedade do sargento-mor Francisco José da Rocha Medrado, que ali desenvolveu a criação de gado. Em 1817 ou 1818 foram descobertos diamantes desenvolveu a criação de gado. Em 1817 ou 1818 foram descobertos diamantes na Serra do Gagau, hoje mais conhecida como Serra do Bastião, localizada a Oeste da Serra do Sincorá (SALES, 1994). Mucugê é o nome indígena de uma fruta semelhante à mangaba, de sabor adocicado, que pode ser consumida “in natura” ou sob a forma de sucos, licores, etc., outrora abundante nessa região. A árvore do Mucugê cresce entre rochas, próxima a leitos de rios, pode medir até 10 m de altura e produz um látex branco, que chegou a ser pesquisado para a produção da borracha durante a II Guerra Mundial. Em princípio a fruta deu nome ao rio e, depois da descoberta dos diamantes em 1844, ao “Arraial do Mucugê” – FIGURA 5. FIGURA 5 – Foto do Fruto Mucugê FONTE: Projeto Sempre Viva, 2006 43 O período áureo do ciclo diamantífero foi relativamente curto indo até o ano de 1871, quando a concorrência da produção sul-africana, aliada aos métodos primitivos de extração utilizados, impuseram um duro golpe na economia regional. A partir de 1880 houve uma valorização do diamante carbonado, usado na fabricação de perfuratrizes, cuja demanda aumentou em função da construção do canal do Panamá, o que amenizou a situação (TEIXEIRA, 1998). Nas primeiras décadas do século houve uma retomada da mineração do diamante, devido à sua valorização no mercado internacional. Nos anos seguintes, as lutas políticas entre os coronéis acabaram por trazer dificuldades à economia da região. A partir da década de 30 deste século XX, a Chapada perdeu sua importância política, o que juntamente com a queda dos preços do diamante, a baixa produtividade e o alto custo de produção lançaram as Lavras num longo período de estagnação econômica e abandono que atingiu o seu pior momento entre o final da década de sessenta e inicio da década de setenta do século XX, quando a população de Mucugê foi reduzida a menos de 400 habitantes. O êxodo teve como principal destino à cidade de São Paulo (SALES, 1994). Em 1980, a cidade foi tombada pelo IPHAN e em 1985 foi decretado o Parque Nacional da Chapada Diamantina, que ocupa mais de 30% das terras do município. Conquanto tenham sido medidas de fundamental importância para a preservação do patrimônio natural e histórico do município, o tombamento da cidade e a criação do PARNA foram recebidos com desconfiança por significativos segmentos da comunidade local que temiam o cerceamento das suas atividades, pois sobreviviam, em sua maioria, através do uso direto dos recursos naturais existentes à sua volta, em áreas que passaram a fazer parte do PARNA. Naquele período, após longo tempo de dificuldades, estavam em melhor situação financeira e pretendiam também reformar as suas velhas casas. Criticar o tombamento, do Parque e dos órgãos que os promoveram passou a ser quase um traço na identidade cultural mucugeense (STRADMANN, 1998). 4.3 O Turismo na Cidade de Mucugê A cidade de Mucugê é parte integrante dos roteiros turísticos da Chapada Diamantina. Como as demais cidades pertencentes a este roteiro, a cidade, segundo 44 Brito (2005), continua sendo uma área caracterizada pela recepção de um fluxo turístico sazonal que tem início a partir do período pós-natalino até o pós-carnaval, passando pelos feriados de fins de semana prolongados e pelas festas juninas. Grande parte das zonas turísticas, atribuídos aos atrativos, que integram o Pólo Turístico da Chapada Diamantina (374 atrativos), 65% (118) está concentrada nos municípios de Lençóis, Palmeiras, Andaraí e Mucugê (ibidem). Mucugê, no entanto, atrai diversos turistas não somente pelos atrativos naturais, mas também, pelas manifestações culturais, histórico-culturais, pesquisas científicas, religiosas e pelos eventos constantes com o público escolar, da 3ª idade e dos “Jipeiros”, sendo este último de iniciativa da cidade de Andaraí, no entanto, parte dos integrantes passa e fica algum tempo na cidade de Mucugê. Por ter um clima bucólico, ruas limpas e uma área bem preservada, a cidade tem atraído pessoas de meia idade com sua família e estas passaram a fazer um pernoite e até mesmo utilizam como sede para o circuito turístico. A cidade tem uma Festa Junina muito famosa na região, com característica tradicional e bem organizada, tendo nas últimas edições mais de 3.000 visitantes para o evento 4 . Uma alternativa de aumento de fluxo turístico bastante usado têm sido a de receber escolares, principalmente oriundos da Região Nordeste do Brasil, em projetos de envolvimento com educação ambiental como pode ser observado na TABELA 1. Este tipo de projeto tem uma duração média de 3 dias com hospedagem em pousadas locais – FIGURA 6. FIGURA 6 – Programa de Educação Ambiental – Aula Prática FONTE: Projeto Sempre Viva, 2006 4 Entrevista concedida por Welliton Camandaroba, presidente da ACVM em 15/06/07. 45 TABELA 1: Numero de Escolares Visitantes do Parque Municipal de Mucugê no Ano de 2005 nos Períodos de Alta e Baixa Estação. MÊS JAN/FEV/JUN/ JUL/DEZ MAR/ABR/MAI/AGO/ SET/OUT/NOV Total MÉDIA /DIA ESCOLA PÚBLICA ESCOLA PARTICULAR ESCOLA LOCAL TOTAL 170 785 50 1455 764 934 2,59 1335 2120 5,89 70 120 0,33 2169 3174 8,82 FONTE: Projeto Sempre Viva, 2006 Para o Sr. Oremildes Alves, Secretário Municipal de Turismo e Meio Ambiente, esta é uma estratégia que vem dando bastante êxito para a sazonalidade local, pois o turismo pedagógico, não procura visitas em épocas de grande fluxo turístico 5 . O perfil do turista de Mucugê, segundo Welliton Camandaroba, presidente da ACVM (Associação dos Condutores de Visitantes de Mucugê), possui um perfil cultural, econômico e comprometimento sócio-ambiental bem adequado às propostas dos serviços turísticos da região. Ele acredita que, mesmo o turista tendo visitado o atrativo, este busca novamente os serviços da ACVM, pois a presença do Guia Especializado agrega valor e segurança no roteiro 6 . O turismo de Mucugê conta ainda com algumas alternativas isoladas como Festival Gastronômico da Chapada Diamantina, Encontros de Grupos da 3ª Idade e os 1º, 2º e 3º Encontro Nacional Saúde & Bem-Estar – FIGURA 7a, além dos encontros de Forrozeiros locais que antecedem ao São João e ao São Pedro. Recentemente foi implantada uma trilha interpretativa por agências turísticas, atividade que agrega valor ao ecoturismo. Segundo Pagani (1996) a Trilha Interpretativa é uma técnica que busca esclarecer os fenômenos da natureza para determinado público-alvo, em linguagem clara, fácil e acessível, a fim de promover no público um sentimento de pertencimento à natureza. Estes eventos também têm atraído turistas fora da alta estação, minimizando o impacto da sazonalidade – FIGURA 7b. 5 6 Entrevista concedida pelo Sr. Orenildes Alves, Secretário Municipal de Turismo e Meio Ambiente 01/05/07. Entrevista concedida por Welliton Camandaroba, presidente da ACVM em 15/06/07. 46 FIGURA 7a – 2º Encontro Nacional Saúde & Bem-Estar -2006 FONTE: Sérgio Magalhães, 2006 FIGURA 7b – Trilha Interpretativa FONTE: Sérgio Magalhães, 2007 47 5. METODOLOGIA Com a finalidade de analisar o perfil do estilo de vida individual das pessoas envolvidas nas atividades turísticas em ambientes naturais, foi necessária à utilização de um conjunto de métodos científicos na busca do conhecimento, definida por Severino (1999) como metodologia do trabalho científico, utilizado para o alcance dos objetivos deste trabalho. 5.1 Tipo de Estudo A partir da abordagem do problema, esta pesquisa, pode ser caracterizada como pesquisa quantitativa e qualitativa. Segundo Silva e Menezes (2001) este tipo de pesquisa considera tudo que é quantificável, o que significa traduzir em números opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. De acordo com Minayo (2005), a abordagem quantitativa objetiva dimensionar e quantificar dados de processo e/ou de resultados, e, Pelicioni (1998) indica que os estudos qualitativos são usados para verificar como as pessoas avaliam uma experiência, idéia ou evento. Do ponto de vista da resposta aos objetivos da pesquisa, esta pode ser classificada como pesquisa descritiva já que visa segundo Gil (1991), descrever as características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de relações entre variáveis. Para isto fora realizado um corte transversal com visitas ao longo de um ano. Desta forma, foi utilizado do ponto de vista dos procedimentos técnicos, o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e observação sistemática através de levantamentos de entrevista de pessoas sobre o comportamento que se desejou conhecer. 48 Na fase exploratória foi feito um levantamento bibliográfico dando também um caráter de pesquisa bibliográfica já que foi elaborada a partir de material já publicado, constituído principalmente de livros, dissertações, teses, artigos de periódicos e com material disponibilizado na Internet (GIL, 1991). 5.2 População de Estudo A população do estudo foi composta por três (03) grupos distintos: um (01) grupo formado pelos moradores urbanos do município de Mucugê, um (01) outro grupo também de moradores urbanos do município de Mucugê, mas que trabalham nos serviços turísticos, dentre estes: guias, funcionários públicos em serviços ligados à atividade turística, proprietários e funcionários de hotéis e pousadas, bares e restaurantes, agentes de viagens e de receptivos turísticos dentre outros, e, ainda um (01) grupo dos turistas, essencialmente brasileiros, advindos das diversas regiões do país em três (03) momentos distintos: visita na alta temporada, na baixa temporada e nos feriados prolongados, transformados em subcategorias. Tornou-se importante à divisão dos grupos de turistas pelo momento de visita, já que era importante saber se existia uma distinção de acordo a época de visitação entre os avaliados, bem como, a freqüência que estes visitam áreas naturais por ano. Os grupos citados formaram a população para a representação do PEVI frente ao bem-estar e ao meio ambiente. No entanto, para a identificação da influência do perfil do estilo de vida ideal na elaboração dos serviços turísticos do município foi elaborado um quarto grupo composto apenas pelos proprietários/responsáveis pelos serviços turísticos, porém, estes também participaram do grupo dos moradores dos serviços turísticos. 5.3 Procedimentos Metodológicos 5.3.1 Pesquisa Bibliográfica No primeiro momento foi realizado um levantamento bibliográfico acerca do perfil do estilo de vida individual. Estudos relacionando estilo de vida de indivíduos e grupos têm sido constantemente usados na área da educação física com 49 concentração na associação da atividade física, saúde e bem-estar. Contudo, não foram encontrados na literatura estudos relacionando estilo de vida com o meio ambiente no que tange a relação conservacionista e preservacionista. Sobretudo, encontram-se também ausências de estudos relacionados ao perfil do estilo de vida de moradores de ambientes naturais e os existentes com turistas referem-se sobre estado de espírito e o que estes desejam para realização do seu bem-estar. Desta forma, foi feita uma revisão na literatura que pudesse dar um marco conceitual aos fatores associados com estilo de vida com interação entre estes fatores. Por isso, tornou-se fundamental a busca por elementos interdisciplinares (estilo de vida, meio ambiente, saúde, bem-estar e turismo), já que o estudo propõe a avaliar estilo de vida com turistas e moradores em ambientes naturais. 5.3.2 Amostragem Foram realizados levantamentos populacionais para posterior cálculo de amostragem. A população de moradores urbanos da cidade de Mucugê é de 3.317 pessoas (IBGE, 2005). Para encontrar o número médio anual de turistas da cidade de Mucugê foram tomados como base de dados, os números da TABELA 2. TABELA 2: Controle de Visitação do Parque Municipal de Mucugê nos Últimos 8 Anos. CONTROLE DE VISITAÇÃO DO PROJETO SEMPRE VIVA ANO TOTAL DE VISITANTES 1999 14.261 2000 10.309 2001 7.366 2002 9.258 2003 11.759 2004 14.151 2005 13.470 2006 13.186 TOTAL 93.760 Média anual dos últimos anos 11.720 FONTE: Projeto Sempre Viva, 2006 Após levantamento dos dados primários, encontrou-se um número de moradores urbanos que estão envolvidos nos serviços turísticos de 115 pessoas, e, 50 os números de estabelecimentos de serviços envolvidos nas atividades turística de 26 estabelecimentos, neste último foi utilizada uma amostra censitária. A escolha dos moradores urbanos se deu pelo entendimento de que estes melhor representam à vida das pessoas que de alguma forma estão envolvidas nas atividades turísticas, já que os moradores da zona rural vivem exclusivamente da lavoura e pecuária (BRITO, 2005), com isso, participando muito pouco das atividades turísticas da região. Para a escolha da população de visitantes, fora tomado como base os dados do Projeto Sempre Viva (Parque Municipal de Mucugê), núcleo de maior visitação da cidade. Foi consenso entre os envolvidos nas atividades turísticas que quase a totalidade das pessoas que fazem visitas aos atrativos turísticos do município, visita o Parque Municipal de Mucugê, pois é de fácil acesso, contém atrativos naturais, um centro de pesquisa e localiza-se nem perto do centro do município. Para o cálculo do tamanho mínimo da amostra da população de moradores urbanos, dos visitantes (turistas) e dos moradores que trabalham nos serviços turísticos foi utilizada a seguinte equação (TRIOLA, 1998): n = N. no / N + no onde, n = Tamanho Mínimo da Amostra N = Tamanho da População no = Aproximação Inicial do tamanho da Amostra (Erro Amostral Tolerável) Para calcular o erro amostral tolerável foi utilizada a seguinte equação: no = 1 / E2 onde, E = Erro Amostral Tolerável Desta forma, foi optado por um erro amostral tolerável de 5%. Assim, foi obtida uma amostra representativa da população de moradores, de turistas e dos moradores que trabalham nos serviços turísticos. A amostra foi composta por indivíduos de ambos os sexos, na faixa etária de 10 a 92 anos. O cálculo da amostragem apontou que o número mínimo de entrevistas com os moradores urbanos fosse de 357, no entanto foram realizadas (n= 490 entrevistas), o número mínimo de entrevistas com os turistas foi de 386, porém só foi possível realizar (n= 290 entrevistas), já que os turistas não se mostravam motivados para responderem 51 ao questionário. Foi separada uma subcategoria por época de visitação dos turistas onde foram entrevistados (n= 72 turistas) na baixa estação, (n= 132 turistas) na alta estação e (n= 86 turistas) nos feriados prolongados. O número mínimo de entrevistas com os moradores responsáveis pelos serviços turísticos foi de 89 entrevistas, contudo foram realizadas (n= 99 entrevistas). 5.3.3 Definição dos Instrumentos de Pesquisa Para análise do PEVI frente ao bem-estar foi selecionado um questionário estruturado, validado e comumente utilizado em pesquisas na associação da atividade física, saúde e qualidade de vida. Este questionário (Perfil do Estilo de Vida Individual) foi desenvolvido pelos professores Nahas, Barros e Francalacci (2000). Segundo Hernandez et ali. (2007) o PEVI tem sido com freqüência, utilizado nas pesquisas da Educação Física e outras áreas da saúde (BAHIA, 2002; BITTENCOURT et al., 2005; EIDAM, 2003; FOGAGNOLI, SILVA, CORRADO, 2005; PONTES et al., 2005). Contudo, Hernandez et ali. (2007) faz uma crítica a respeito do procedimento utilizado pelos autores do Pentáculo do Bem-Estar no que tange a consistência interna do instrumento. No entanto, os números apresentados pelos autores do Pentáculo do Bem-Estar são de que o instrumento apresenta uma fidedignidade de 0,74 a 0,93. Nahas, Barros e Francalacci (2000), inspirados no modelo do Pentáculo do Bem-Estar, criaram o PEVI – Perfil do Estilo de Vida Individual, composto de 15 (quinze) itens divididos igualmente entre cinco fatores ou componentes, os quais representam as pontas do pentagrama, são eles: a nutrição, a atividade física, o comportamento preventivo, o relacionamento social e o controle do stress. Nahas et al. (2000; 1996) consideram que o Pentáculo do Bem-Estar não é algo novo, já que foi sistematizado em pressupostos importantes para a saúde e qualidade de vida, através dos estudos mais recentes na associação do estilo de vida com a saúde e qualidade de vida. O instrumento citado foi elaborado inicialmente com adultos, sendo interpretado individual ou coletivamente considerando os escores médios para um determinado grupo ou indivíduo. 52 Escores correspondentes ao nível 3 (três) são sempre desejados pelos pesquisadores, no entanto, níveis 0 (zero) indicam que o indivíduo ou grupo em um ou em mais componentes devem ser orientados a programar mudanças de comportamentos. Níveis 1 e 2 apenas pequenos ajustes nos valores e nos hábitos. Porém, a idéia geral é que o grupo ou indivíduo reconheça positivamente a necessidade de incrementar ou afastar um comportamento habitual, recebendo informações e optando por oportunidades que possa levá-lo a uma vida com mais qualidade. Na falta de um instrumento que pudesse avaliar o perfil do estilo de vida frente às questões ambientais, Santos e Magalhães (2007) apresentaram um questionário estruturado e validado com vistas a interagir com o avaliado a responsabilidade de interferir positivamente sobre questões fundamentais do meio ambiente. O questionário proposto não procura culpado, e sim, busca inserir pessoas e comunidades numa ação de cidadania na busca do direito ao meio ambiente estável, com qualidade e sustentabilidade (SANTOS & MAGALHÃES, 2007). Desta forma, itens como o (1)comportamento ativista ecológico, a (2)preservação da biodiversidade, a (3)diminuição do consumo, a (4)aquisição de valores ambientais e a (5)prevenção da poluição foram inseridos no que foi chamado de Pentáculo do Meio Ambiente. Instrumento que visa medir o grau de comprometimento das pessoas frente aos problemas ambientais da nossa época. A maioria dos instrumentos de avaliação de questões ambientais não prioriza o envolvimento de ações individuais e/ou coletivas. Muitas vezes, tratando apenas de citar o homem genericamente como único responsável por todos os problemas. Foi escolhido este instrumento pelo seu destaque nos comportamentos que direta ou indiretamente influenciam nas questões de conservação, preservação, envolvimento, discussão, engajamento e valoração do ambiente a partir das atitudes e dos hábitos que podem e devem ser modificados na medida em que a pessoa ou grupo reconheça valor no novo comportamento a ser incorporado. A avaliação dos escores obedece à mesma estrutura do Pentáculo do BemEstar. Para este estudo, o Pentáculo do Meio Ambiente, instrumento simples, autoadministrado, que inclue cinco aspectos relevantes ao meio ambiente (ativismo ecológico, biodiversidade, consumo, valores ambientais e prevenção da poluição), compostos de 15 (quinze) afirmativas que estão associadas à responsabilidade 53 ambiental (comportamento ativista nas ações e participações em campanhas, manutenção/conservação da biodiversidade, utilização racional dos recursos naturais, diminuição do consumo de água, energia e bens, revaloração do meio ambiente com apreço aos produtos reciclados, orgânicos, eco-friendly e biodegradáveis, atuação junto ao poder público para melhoria da habitação e segurança, prevenção das diversas formas de poluição) seja aplicado de forma individual e/ou em grupo, porém, sempre no propósito de avaliar as atitudes, valores, hábitos e comportamentos relacionados às questões ambientais. Além de responderem aos 15 itens do questionário, as pessoas são estimuladas a hachurar as faixas representativas de cada um dos itens autoavaliados, numa escala tipo Likert de quatro pontos para responder aos itens: de 0 significando “absolutamente não”, 1 “às vezes”, 2 “quase sempre” e 3 “sempre verdadeira”, conforme instruções dos autores. Daí, conclui-se que 0 (ausência total de tal característica) até 3 pontos (completa realização do comportamento considerado) sirva para interpretação do objeto estudado. Para interpretação dos resultados foi estabelecida uma escala de valores que pudesse ajustar e definir padrões de comportamentos: comportamento não desejável (= soma de 0-1 ponto), comportamento pouco desejável (= soma de 2-3 pontos), comportamento moderadamente desejável (= soma de 4-5 pontos), comportamento próximo ao desejável (= soma de 6-7 pontos), comportamento desejável (= soma de 8-9 pontos). Os instrumentos citados podem servir para futuras proposições de programas e projetos no âmbito da saúde, qualidade de vida e meio ambiente, na medida em que estes apontem dados significativos nos valores, atitudes, comportamentos e hábitos de pessoas e grupos envolvidos nas pesquisas. Uma representação gráfica do Pentáculo do Meio Ambiente em situações favoráveis e desfavoráveis em relação aos valores, atitudes, comportamentos e hábitos de pessoas e/ou grupos estão configuradas nas FIGURAS 8ª e 8b. Quanto mais pintado for o Pentáculo, melhor o perfil do estilo de vida individual, quando mais espaços brancos existirem nos Pentáculos, piores são os perfis do estilo de vida individual. 54 FIGURA 8ª - Perfil ideal do estilo de vida FIGURA 8b - Perfil não desejável do estilo de vida Para a avaliação da influência do estilo de vida ideal na elaboração dos serviços turísticos foi elaborado um questionário semi-estruturado com 15 (quinze) questões acerca da participação do estilo de vida frente ao meio ambiente e ao bemestar na construção e execução dos serviços turísticos. Ainda, o questionário consta de perguntas sobre a participação do turismo na melhoria da qualidade de vida e na preservação e conservação do meio ambiente e o nível de importância para a elaboração dos serviços turísticos a partir do perfil do estilo de vida. 5.3.4 Procedimentos para Coleta de Dados Antes do início das coletas para configuração dos objetivos do estudo, foi feito um levantamento dos dados primários como os da população e os dos serviços turísticos. Estes levantamentos foram realizados entre os meses de abril e maio de 2006. Entrevistas com moradores e representantes do poder público local, além de documentações levantadas foram importantes para a elaboração da população da pesquisa. Durante o processo de pesquisa realizaram-se 16 intervenções distribuídas entre o período de agosto de 2006 a julho de 2007, a fim de que pudessem ser avaliados turistas de baixa estação e feriados. Assim, foram realizadas dezesseis (16) visitas de campo, distribuídas da seguinte forma: cinco (5) visitas de agosto a 55 novembro de 2006, quatro (4) entre dezembro e fevereiro de 2007, quatro (4) entre março a maio de 2007 e por fim três (3) visitas entre junho e julho de 2007. Embora estivesse no procedimento metodológico previamente definido no projeto inicial, as datas das visitas de campo foram evoluindo e se adequando com relação à realidade local. A forma de abordagem inicial para o PEVI frente ao meio ambiente e frente ao bem-estar era da utilização do instrumento de pesquisa (Pentáculo do Bem-Estar e do Meio Ambiente) como questionário, auto-aplicável. No entanto, ao perceber que dentre os moradores havia pessoas analfabetas, foi feita a escolha pela execução dos instrumentos sob a forma de entrevistas, todas elas realizadas pelo pesquisador. Entretanto, o instrumento para a avaliação da influência do estilo de vida ideal na elaboração dos serviços turísticos, um instrumento semi-estruturado, fora executado como questionário para a população censitária. Para a escolha dos moradores foi feita uma estratificação dos locais de moradia através de um sorteio contendo nome dos três (3) bairros da cidade (cidade monumento, cidade histórica e cidade nova) de forma aleatória, a partir daí foram sorteados quatro (ruas) por bairro. A escolha por morador foi feita de forma não probabilística e intencional, era abordado o primeiro que se encontrava disponível para a entrevista. A escolha dos indivíduos (turistas) se deu de forma não probabilística e intencional, sendo sempre abordados nos momentos de preparação para as trilhas e atrativos, bem como, no Parque Municipal de Mucugê. 5.3.5 Análise dos Dados O objetivo geral do presente trabalho foi analisar o perfil do estilo de vida junto à atividade de turismo na natureza, tomando como referência a cidade de Mucugê na Chapada Diamantina. Para isso, foram trilhados caminhos importantes para a aquisição de informações que pudessem retratar de forma eficaz esta análise. Primeiramente, a verificação do perfil do estilo de vida individual (PEVI) frente ao bem-estar através dos componentes do Pentáculo do Bem-Estar. O segundo foi à verificação do perfil do estilo de vida individual (PEVI) frente ao meio ambiente através dos componentes do Pentáculo do Meio Ambiente. O terceiro foi verificar a relação do perfil do estilo de vida individual frente ao bem-estar com o perfil do estilo 56 de vida frente ao meio ambiente, correlacionando os dois perfis e por último uma verificação da influência do perfil do estilo de vida ideal (ambiental e bem-estar) na elaboração dos serviços turísticos da cidade de Mucugê. Os resultados desta pesquisa serão apresentados de acordo o grupo da população avaliada, no entanto, a análise será feita de forma conjunta, buscando melhor a compreensão dos objetivos da pesquisa. Inicialmente foram formados grupos de sujeitos da pesquisa entre moradores, moradores que trabalham nos serviços turísticos e os turistas. Algumas variáveis foram propostas para o cruzamento dos dados, dentre estas está o sexo, a idade, o nível de escolaridade, a renda mensal em salários mínimos para todos os grupos. O grupo de turistas apresenta ainda a variável época de visitação (alta temporada, baixa temporada e feriados prolongados) e a freqüência anual de visitação em ambientes naturais, excluindo destas áreas, as visitas em lugares de praia que não tivesse a exclusividade da visita como atrativo turístico natural. Já que os interesses dos turistas com envolvimento com a natureza possuem características singulares, inclusive com a fuga de ambientes urbanos e mudança na rotina diária do estilo de vida (EAGLE,1992). Para os grupos de moradores foi incluído a variável o tempo de residência em anos. Um processo de categorização foi implementado para melhor compreensão das relações. Foi feita uma categoria da renda mensal em: menor que 1 a 3 salários mínimos, de 3,1 a 10 salários mínimos e mais de 10 salários mínimos. O nível de escolaridade foi categorizado em até o 1º grau completo 7 , o 2º grau e superior. O tempo de residência dos moradores foi categorizado em até 3 anos, de 3,1 a 10 anos e superior a 10 anos. Para o número de visitas em ambientes naturais foi feita uma categoria da seguinte forma: até 3 visitas/ano, de 4 a 6 visitas/ano e superior a 6 visitas/ano. Ainda, em relação aos visitantes, o período de visitação foi categorizado por época do ano, através dos períodos de baixa estação (compreendendo os meses de março a maio e de agosto a novembro), períodos de alta estação (compreendendo os meses de junho, dezembro, janeiro e fevereiro) e ainda o período dos feriados prolongados. 7 Optou-se pela utilização do termo 1º e 2º grau em substituição ao ensino fundamental e ensino médio, visto que a população local tinha dificuldade em responder a questão. 57 Após obtenção dos dados foram delineadas planilhas para tratamento estatístico. Para isto foi utilizado a Planilha Microsoft Excel versão 2003 para cálculo de dispersão e geração dos gráficos, logo após os dados foram exportados para uma análise das respostas através do pacote estatístico SPSS for Windows versão 7.5. A partir daí foram utilizados procedimentos estatísticos para resolução dos objetivos da pesquisa. Para comparação das médias foi feita a análise de variância ANOVA com testes de Tukey para as significâncias (p<0,05) e para as determinações o modelo de regressão linear simples. Foi feita uma estatística descritiva da freqüência dos sujeitos da amostra, para isso, foi utilizada a média com desvio padrão da idade dos sujeitos, bem como de todos os escores dos diversos componentes dos questionários (Pentáculo do BemEstar e Pentáculo do Meio Ambiente). As somas de todos os componentes foram tratadas também através da média e desvio padrão. Ainda foi realizada ainda uma determinação entre os comportamentos do PEVI frente ao Bem-Estar (BE) e frente ao Meio Ambiente (MA). Uma análise discursiva do PEVI frente ao BE e ao MA foi feita através das respostas ao questionário da influência do estilo de vida ideal nos serviços turísticos. 58 6 RESULTADOS E DISCUSSÕES Serão apresentados inicialmente os dados gerais das amostras, a partir daí para melhor compreensão dos Pentáculos do Bem-Estar e do Meio Ambiente os dados, serão apresentados juntos por população avaliada: moradores, turistas e moradores envolvidos nos serviços turísticos, em seguida a determinação existente entre os dois questionários e por fim, os dados do questionário que verifica a influência do BE e do MA na elaboração dos serviços turísticos. 6.1 Dados Gerais da Amostra Ao analisarmos os dados da pesquisa, foi possível observar que a amostra populacional avaliada foi composta por indivíduos de ambos os sexos e com faixa etária entre 10 e 92 anos igual a (n=879) distribuídas em grupos de avaliados sendo (n=490) moradores, (n=290) turistas e (n=99) moradores que trabalham em serviços turísticos. Ainda foi avaliado o censo (n=26) dos serviços turísticos, pessoas já entrevistadas pela categoria dos moradores - MSTUR. Ao abordar o grupo de moradores da cidade de Mucugê observa-se que o número de avaliados totais foi de (n=490) indivíduos com idade cronológica média de 28,48 anos (± 14,37) com idade mínima de 10 e máxima de 92 anos, de ambos os sexos composta de (n=248) indivíduos do sexo masculino (50,6%) e de (n=242) do sexo feminino (49,4%). Do grupo de moradores avaliados, 37,8% (n=185) possuem um nível de escolaridade até o ensino fundamental, 56,9% (n=279) possuem o ensino médio e apenas 5,3% (n=26) possuem nível superior. Entre os moradores avaliados, 86,3% (n=423) recebem menos que 3 salários mínimos mensais, 12,4% (n=61) recebem entre 3,1 e 10 salários mínimos e 1,2% (n=6) ganham mais que 10 salários mínimos mensais. Em relação ao tempo de residência 59 foi possível constatar que 16,7% dos moradores (n= 82) residem no município a menos de 3 anos, 29,2% (n=143) moram na cidade entre 3,1 e 10 anos e 54,1% (n=265) residem a mais de 10 anos na cidade de Mucugê. Entre o grupo de moradores da cidade de Mucugê que trabalha em serviços turísticos observou-se que o número de avaliados totais foi de (n=99) moradores com idade cronológica média de 31,14 anos (± 12,25) com idade mínima de 14 e máxima de 78 anos, de ambos os sexos composta de 53,5% de indivíduos do sexo masculino (n=53) e 46,5% de indivíduos do sexo feminino (n=46). Destes, 17,2% possuem um nível de escolaridade até o ensino fundamental (n=17), 68,7% possuem o ensino médio (n=68) e 14,1% possuem nível superior (n=14). Entre os avaliados 70,7% recebem menos que 3 salários mínimos mensais (n=70), 20,2% recebem entre 3,1 e 10 salários mínimos (n=20) e 9,1% ganham mais que 10 salários mínimos mensais (n=9). Em relação ao tempo de residência foi possível constatar que 7,17% dos moradores residem no município a menos de 3 anos (n=7), 17,2% moram na cidade entre 3,1 e 10 anos (n=17) e que 75,8% (n=75) residem a mais de 10 anos na cidade de Mucugê. Através dos dados foi percebido que os moradores da cidade de Mucugê envolvidos nos serviços turísticos-MSTUR possuem um melhor nível de escolaridade que os moradores avaliados envolvidos em outras atividades laborais (FIGURA 9). Percebe-se ainda, que os moradores que trabalham nos serviços turísticos recebem melhores salários médios que os demais moradores (FIGURA 10) e que estes moradores residem a mais tempo na cidade de Mucugê conforme (FIGURA 11). Moradores MSTUR 68,7% 56,9% 37,8% 17,2% 14,1% 5,3% Ensino Fundamental Ensino Médio Superior Nível de Escolaridade FIGURA 9 - Distribuição do Nível de Escolaridade entre os Moradores da Cidade de Mucugê. 60 Moradores MSTUR 86,3% 70,7% 12,4% 20,2% 9,1% 1,2% Até 3 SM 3,1 a 10 SM Mais de 10 SM Renda Salarial FIGURA 10: Distribuição da Renda Salarial dos Moradores da Cidade de Mucugê. Moradores MSTUR 75,8% 54,1% 29,2% 16,7% 17,2% 7,2% Até 3 anos 3 a 10 anos Mais de 10 anos Tempo de Residência FIGURA 11: Distribuição do Tempo de Residência dos Moradores da Cidade de Mucugê Através disto pode-se apontar que a atividade turística tem em seu corpo de trabalhadores pessoas com melhor nível educacional, possuidores de uma renda salarial e tempo de residência um pouco maior que os demais moradores. Isto pode ser explicado pelo fato de alguns dos serviços turísticos optarem por pessoas com o perfil educacional que possuam pelo menos o ensino médio e que conheçam melhor as riquezas atrativas da cidade, consequentemente o pagamento de melhores salários por se tratar de uma atividade um pouco mais especializada. Ao abordar o grupo de turistas foi observado que o número total de avaliados foi igual a (n=90) turistas com idade cronológica média de 29,96 anos (± 13,74) com idade mínima de 11 e máxima de 72 anos, de ambos os sexos composta de 57,2% de indivíduos do sexo masculino (n=166) e 42,8% do sexo feminino (n=124). Destes, 7,6% (n=22) possuem um nível de escolaridade até o ensino fundamental, 35,9% (n=104) possuem o ensino médio e 56,6% (n=164) possuem nível superior. Entre os avaliados 36,63% (n=106) recebem menos que 3 salários mínimos mensais, 39,7% 61 (n=115) recebem entre 3,1 e 10 salários mínimos e 23,8% (n=69) ganham mais que 10 salários mínimos mensais. Em relação ao período de visitação dos turistas foi possível constatar que na amostra composta pelos entrevistados, 24,8% de turistas visitaram a cidade de Mucugê na Baixa Estação (n=72), 45,5% visitaram a cidade no período da Alta Estação (n=132) e que 29,7% dos turistas (n=86) visitaram a cidade nos feriados prolongados. No que tange ao número de visitas dos turistas em ambientes naturais por ano, 54,2% dos turistas visitam ambientes naturais até 3 vezes ao ano, 31% visitam de 3 a 6 vezes ano e 14,8 vistam mais de 6 vezes ao ano os ambientes naturais. 6.2 Verificação do Perfil do Estilo de Vida relacionado ao Bem-Estar e relacionado ao Meio Ambiente Para atender aos objetivos específicos desta pesquisa, foi necessário apresentar o PEVI do BE e o PEVI do MA por categoria de população com posterior comparação entre os grupos. 6.2.1 Análise dos Dados do PEVI dos Moradores da Cidade de Mucugê Ao fazer uma análise do PEVI através do Pentáculo do Bem-Estar entre os moradores da cidade de Mucugê foi possível constatar que a média obtida no somatório dos 5 componentes (escala de 0 a 45 pontos) foi de 26,29 (± 6,63) com valores de 6 a 43 pontos no escore. No entanto fazendo uma análise por componente avaliado verifica-se que no componente Nutrição a média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) foi 4,64 (± 2,30) e, o número total de avaliados por categoria de escore bem como o percentual destes estão apresentados na TABELA 6 do APÊNDICE B. Contudo, 28,56% dos moradores (n=140) apresentaram um comportamento próximo ao desejável e apenas 10,82% (n=53) um comportamento desejável. 62 Fazendo uma análise do componente Atividade Física a média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) foram 4,02 (± 2,53) e, o número total de avaliados por categoria de escore bem como o percentual destes estão apresentados na TABELA 7 do APÊNDICE B. Dentre os avaliados 27,35% (n=134) possuem um comportamento pouco desejável e apenas 10,41% (n=51) o comportamento desejável. A análise do componente Comportamento Preventivo apresentou a média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de 5,38 (± 2,29) e, o número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o percentual de destes estão apresentados na TABELA 8 do APÊNDICE B. É importante assinalar que 32,86% dos avaliados (n=161) apresentaram comportamento próximo ao desejável e 19,39% (n=95) possuem o comportamento desejável. O componente Relacionamento Social apresentou a média dos escores (escala de 0 a 9 pontos) de 6,59 (± 1,98) e, o número total de avaliados por categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 9 do APÊNDICE B. Contudo, este componente apresenta o melhor perfil dentre os demais componentes do BE para esta amostragem, onde 38,78% (n=190) possuem um comportamento desejável e 34,90% (n=171) um comportamento próximo ao desejável. Uma análise do componente Controle do Stress mostra uma média dos escores (escala de 0 a 9 pontos) de 5,66 (± 2,19) e, o número total de avaliados por categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 10 do APÊNDICE B. Neste componente, 28,56% dos avaliados (n=140) possuem um comportamento próximo ao desejável e 10,81% (n=53) um comportamento desejável. Através da análise do Pentáculo do Meio Ambiente dos moradores da cidade de Mucugê foi possível constatar que a média obtida no somatório dos 5 componentes (escala de 0 a 45 pontos) foi de 26,26 (± 6,87) com valores de 7 a 45 pontos no escore. Com relação ao componente Ativismo Ecológico dos moradores, apresentam uma média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de 3,54 (± 2,56) e, o número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o percentual de destes estão apresentados na TABELA 11 do APÊNDICE B. Contudo, 31,20% dos avaliados (n=153) possuem um comportamento pouco desejável e apenas 9,69% 63 (n=47) possuem um comportamento desejável, destacando este componente como o pior perfil dentre os demais componentes avaliados para o MA. Uma análise do componente Biodiversidade mostra uma média dos escores (escala de 0 a 9 pontos) de 5,60 (± 2,31) e, o número total de avaliados por categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 12 do APÊNDICE B. Porém, dentre os avaliados 30,21% (n=148) possuem um comportamento próximo ao desejável e 24,09% (n=118) um comportamento desejável. Com relação ao componente Consumo dos moradores apresenta-se uma média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de 3,54 (± 2,56) e, o número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o percentual destes estão apresentados na TABELA 13 do APÊNDICE B. Contudo, este componente apresenta o melhor perfil dentre os demais componentes do MA com 43,88% (n=215) apresentando um comportamento desejável e 29,18% (n=143) um comportamento próximo ao desejável. Uma análise do componente Valores Ambientais mostra uma média dos escores (escala de 0 a 9 pontos) de 4,30 (± 2,33) e, o número total de avaliados por categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 14 do APÊNDICE B. Neste componente, 27,34% dos avaliados (n=134) adotam um comportamento moderadamente desejável, enquanto apenas 9,18% (n=45) adotam um comportamento desejável. A análise do componente Prevenção da Poluição mostra uma média dos escores (escala de 0 a 9 pontos) de 6,09 (± 2,07) e, o número total de avaliados por categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 15 do APÊNDICE B. Porém, este componente também apresenta um bom perfil para o MA quando entre os moradores 39,18% (n=192) apresentaram um comportamento próximo ao desejável e 26,32% (n=129) adotaram um comportamento desejável. A FIGURA 12 apresenta a média do PEVI por componente avaliado através do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente – Moradores. 64 8 6,87 Escores de 0-9 6,73 6,59 7 5,66 6 6,09 5,61 4,64 5 4,31 4,02 3,54 4 3 2 1 Va l .A m bi en ta Pr is ev .d a Po lu iç ão on su m o C Ec ol Bi . od iv er si da de At iv is m o St re ss on t.d o oc ia l C el ac .S R re ve nt iv o C om p. P At iv .F ís ic a N ut riç ão 0 FIGURA 12: Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente – Moradores. Observa-se, segundo as médias apresentadas, que os moradores da cidade de Mucugê possuem um PEVI bem semelhante para os perfis avaliados, tanto do PEVI do Bem-Estar (26,29) quanto do PEVI do Meio Ambiente (26,26). No entanto, vale ressaltar que os componentes Comportamento Preventivo e Relacionamento Social (BE), Consumo e Prevenção da Poluição (MA) são os que apresentaram os melhores perfis, estando bem próximo ao desejável, enquanto Atividade Física (BE) e Ativismo Ecológico (MA) são os que apresentaram o pior perfil dentre os componentes avaliados, necessitando de uma modificação nos valores e comportamentos. O baixo perfil da nutrição deve estar associado à baixa renda e pela falta de educação nutricional por parte da população, já que existe disponibilidade de alimentos saudáveis na região. No que tange ao pouco nível habitual de atividade física é explicado pelo tamanho da cidade ser pequena e com isso necessitar de poucos deslocamentos, além de não ter disponibilidade de espaços esportivos e locais apropriados para exercícios físicos, e, por mais paradoxal que pareça, poucos são os moradores que se integram às trilhas locais, preferindo sempre os lugares mais próximos. No entanto, é percebido que mesmo morando num ambiente urbano, muito próximo ao ambiente natural os moradores não possuírem um perfil adequado ao ativismo ecológico e aos valores ambientais. 65 A cidade sendo pequena mostra evidencias de um melhor relacionamento social por parte dos habitantes. O fato de o componente comportamento preventivo apresentar-se com melhor perfil é explicado pelo caso de que poucos são os moradores que possuem ou necessitam de automóveis. Quanto ao componente consumo ter apresentado um perfil mais adequado pode ser explicado também pela baixa renda e pela pouca disponibilidade de produtos. No entanto, o fato de o componente prevenção da poluição apresentar-se num perfil próximo ao ideal é explicado pela prefeitura municipal ter implantado um programa de coleta seletiva dos resíduos. Fato que se opõe à posição de Brito (2005) quando o mesmo aponta que apenas 36% dos domicílios fazem coleta de lixo. 6.2.2 Análise dos Dados do PEVI dos Visitantes/Turistas Ao realizar uma análise do PEVI através do Pentáculo do Bem-Estar entre os turistas que visitaram a cidade de Mucugê foi possível constatar que a média obtida no somatório dos 5 componentes (escala de 0 a 45 pontos) foi de 27,93 (± 6,30) com valores de 9 a 41 pontos no escore. No entanto, fazendo uma análise por componente avaliado verificou-se que no componente Nutrição a média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) foi 4,67 (± 2,19) e, o número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o percentual de destes estão apresentados na TABELA 16 do APÊNDICE B. Contudo, 35,17% dos turistas (n=102) apresentaram um comportamento moderadamente desejável e apenas 10,69% (n=31) um comportamento desejável. Fazendo uma análise do componente Atividade Física a média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) foi de 5,05 (± 2,76) e, o número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o percentual destes estão apresentados na TABELA 17 do APÊNDICE B. Dentre os avaliados 29,31% (n=85) possuem um comportamento próximo ao desejável e 21,39% (n=621) o comportamento desejável. A análise do componente Comportamento Preventivo apresentou a média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de 6,51 (± 2,19) e, o número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o percentual destes estão apresentados na TABELA 18 do APÊNDICE B. É importante assinalar que 41,38% 66 dos avaliados (n=120) apresentaram comportamento desejável e 28,97% (n=84) possuem o comportamento próximo ao desejável. O componente Relacionamento Social apresentou a média dos escores (escala de 0 a 9 pontos) de 6,72 (± 1,93) e, o número total de avaliados por categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 19 do APÊNDICE B. Contudo, este componente apresenta também, como no caso dos moradores, o melhor perfil dentre os demais componentes do BE para esta amostragem, onde 37,59% (n=109) possuem um comportamento desejável e 41,03% (n=119) um comportamento próximo ao desejável. O componente Controle do Stress mostra uma média dos escores (escala de 0 a 9 pontos) de 4,98 (± 2,04) e, o número total de avaliados por categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 20 do APÊNDICE B. Neste componente, 37,24% dos avaliados (n=108) possuem um comportamento moderadamente desejável e apenas 10,34% (n=30) um comportamento desejável. Através da análise do Pentáculo do Meio Ambiente dos turistas da cidade de Mucugê foi possível constatar que a média obtida no somatório dos 5 componentes (escala de 0 a 45 pontos) foi de 24,78 (± 6,80) com valores de 7 a 43 pontos no escore. O componente Ativismo Ecológico dos turistas visitantes da cidade de Mucugê apresentou uma média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de 4,14 (± 2,16) e, o número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o percentual destes estão apresentados na TABELA 21 do APÊNDICE B. Contudo, 31,03% dos avaliados (n=90) possuem um comportamento pouco desejável e apenas 5,5% (n=16) possuem um comportamento desejável, destacando este componente como o pior perfil dentre os demais componentes avaliados para o MA. Uma análise do componente Biodiversidade mostra uma média dos escores (escala de 0 a 9 pontos) de 4,99 (± 2,36) e, o número total de avaliados por categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 22 do APÊNDICE B. Porém, dentre os avaliados 29,31% (n=85) possuem um comportamento moderadamente desejável e 16,20% (n=47) um comportamento desejável. O componente Consumo dos turistas visitantes da cidade de Mucugê apresentou uma média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de 6,24 (± 2,10) e, o número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o 67 percentual destes estão apresentados na TABELA 23 do APÊNDICE B. Contudo, este componente apresenta-se como melhor perfil dentre os demais componentes do MA com 37,59% (n=109) dos entrevistados apresentando um comportamento próximo ao desejável e 31,03% (n=90) um comportamento desejável. Uma análise do componente Valores Ambientais mostra uma média dos escores (escala de 0 a 9 pontos) de 4,32 (± 2,14) e, o número total de avaliados por categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 24 do APÊNDICE B. Neste componente, 28,62% dos avaliados (n=83) adotaram um comportamento pouco desejável, enquanto apenas 4,49% (n=45) adotaram um comportamento desejável, destacando-se também como um perfil baixo de comportamento frente aos valores ambientais A análise do componente Prevenção da Poluição mostra uma média dos escores (escala de 0 a 9 pontos) de 5,09 (± 2,23) e, o número total de avaliados por categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 25 do APÊNDICE B. Neste componente os turistas 32,07% (n=93) apresentaram um comportamento próximo ao desejável e 13,79% (n=40) adotaram um comportamento desejável. A FIGURA 13 apresenta a média do PEVI por componente avaliado através 6,24 5,09 da bi en ta is Po lu iç ão 4,32 Pr ev . C At iv .F ís ic om a p. Pr ev en ti v o R el ac .S C oc on ia tro l le do St re ss At iv .E co ló gi co Bi od iv er si da de 4,14 4,99 Am 4,98 Va l. 4,67 ut riç N 5,05 6,72 on su m o 6,51 C 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ão Escore 0 - 9 do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente - Turistas. FIGURA 13: Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente – Turistas. Observou-se, segundo as médias apresentadas, que os turistas visitantes da cidade de Mucugê possuem um PEVI um pouco melhor em relação ao BE (27,93) do que ao MA (24,78). No entanto, vale ressaltar que os componentes Comportamento 68 Preventivo e Relacionamento Social (BE) e Consumo (MA) são os que apresentaram melhores perfis, estando mais próximo ao desejável, enquanto os componentes Nutrição, Controle do Stress do (BE), Ativismo Ecológico e Valores Ambientais (MA) são os que apresentaram os piores perfis dentre os componentes avaliados, necessitando de uma intervenção para mudanças de valores e comportamentos. Os hábitos nutricionais inadequados parece ser uma constante na sociedade moderna, já que este grupo também apresentou um perfil baixo para este componente. O fato de o componente controle do stress apresentar-se baixo nesta população pode ser explicado inclusive pela intenção da busca por destinos naturais como atrativo turístico conforme (EAGLES, 1992; MCKERCHER, 2002). Para a população avaliada apresentar também um comportamento ativista ecológico baixo, além da preocupação com a biodiversidade e com os valores ambientais baixos pode ser analisado pelo fato de existam poucas intervenções educativas para o meio ambiente, tanto em relação ao ambiente formal (escola) quanto o não-formal (fora da escola) ou mesmo que as pessoas não estão ainda sensibilizadas para a questão. Na metodologia deste estudo foi sugerida a verificação do período de visitação do turista transformando-se numa subcategoria, turistas na Alta Temporada, Baixa Temporada e nos Feriados Prolongados, já que foi observado que o interesse pelo contato em áreas naturais era distinto de acordo a época de visitação, bem como a freqüência com que se visitam estas áreas. No entanto, foram apresentados dados pouco significativos entre os 3 grupos da subcategoria época de visitação, que era uma dúvida que se apresentava na abordagem do problema. No entanto, pode ser observado na FIGURA 22 que os turistas que procuram os feriados prolongados para a visitação em áreas naturais possuem um discreto melhor PEVI para o (BE) em 4 componentes e também um discreto PEVI acima para o (MA) em 3 componentes quando comparados aos demais grupos. 69 Baixa Temporada 7,07 6,78 6,92 Escores 0 - 9 Feriados Prolongados Alta Temporada 6,55 6,58 5,97 6,14 6,08 6,16 5,05 4,83 4,65 4,45 5,48 5,27 5,15 5,29 4,69 4,86 4,60 4,37 4,25 4,94 4,89 4,43 4,37 4,14 4,37 4,14 Prev. da Poluição Val. Ambientais Consumo Biodiversidade Ativ. Ecológico Controle do Stress Relac. Social Comp. Preventivo Ativ. Física Nutrição 3,85 FIGURA 14: Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente dos grupos de Turistas nos períodos de visitação. A FIGURA 15 apresenta a média do somatório dos 5 componentes dos Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente. A partir disto, pode se perceber uma semelhança entre os grupos por época de visitação, contudo há uma modesta superioridade do PEVI dos turistas que visitam em feriados prolongados. Baixa Temporada Alta Temporada 35 30 Feriados Prolongados 30,17 27,25 26,84 24,00 24,77 25,43 25 20 15 10 5 0 Bem-Estar Meio Ambiente FIGURA 15: Média do PEVI do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente dos grupos de Turistas nos períodos de visitação. O fato do grupo de turistas que freqüentam os ambientes naturais em feriados prolongados ter apresentado o melhor perfil relacionado ao meio ambiente poder ser 70 explicado por nestes feriados terem a maior participação de escolares em programas práticos de educação ambiental. A idade média para este grupo foi de 20,77 anos (± 5,48), bem menor que a média de todas as populações (28,48 anos). Em relação ao perfil do bem-estar pode ser explicado por os indivíduos estarem menos susceptíveis ao stress, terem melhores relacionamentos, comum da idade escolar e um nível maior habitual de atividades físicas pela idade jovem e desvinculo com o mundo do trabalho. 6.2.3 Análise dos Dados do PEVI - Moradores dos Serviços Turísticos - MSTUR Ao fazer uma análise do PEVI através do Pentáculo do Bem-Estar entre os moradores da cidade de Mucugê que trabalham no serviço turístico, ou seja, Moradores do Serviço Turístico – MSTUR foi utilizada uma amostra bastante significativa. Com isso, foi possível constatar através das entrevistas que a média obtida no somatório dos 5 componentes (escala de 0 a 45 pontos) foi 27,46 (± 5,81) com valores variando entre 13 a 39 pontos no escore. No entanto, fazendo uma análise por componente avaliado verifica-se que no componente Nutrição a média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) foi de 4,17 (± 2,39) e o número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o percentual destes estão apresentados na TABELA 26 do APÊNDICE B. Contudo, 30,30% dos MSTUR (n=30) apresentaram um comportamento pouco desejável e apenas 6,60% (n=6) um comportamento desejável. Fazendo uma análise do componente Atividade Física a média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) foi de 5,05 (± 2,62) e o número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o percentual destes estão apresentados na TABELA 27 do APÊNDICE B. Dentre os avaliados 32,32% (n=32) possuem um comportamento próximo ao desejável e 19,19% (n=19) o comportamento desejável. A análise do componente Comportamento Preventivo apresentou a média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de 5,58 (± 2,33) e o número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o percentual destes estão apresentados na TABELA 28 do APÊNDICE B. É importante assinalar que 31,31% dos avaliados (n=31) apresentaram comportamento próximo ao desejável e 22,22% (n=22) possuem o comportamento desejável. 71 O componente Relacionamento Social apresentou a média dos escores (escala de 0 a 9 pontos) de 7,41 (± 1,70) e o número total de avaliados por categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 29 do APÊNDICE B. Contudo, este componente apresenta o melhor perfil dentre os demais componentes do BE para esta amostragem, onde 55,55% (n=55) possuem um comportamento desejável e 32,32% (n=32) um comportamento próximo ao desejável. Uma análise do componente Controle do Stress mostra uma média dos escores (escala de 0 a 9 pontos) de 5,25 (± 2,12) e o número total de avaliados por categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 30 do APÊNDICE B. Neste componente, 32,31% dos avaliados (n=310) possuem um comportamento próximo ao desejável e 16,16% (n=16) um comportamento desejável. Através da análise do Pentáculo do Meio Ambiente dos moradores da cidade de Mucugê que trabalham no serviço turístico – MSTUR foi possível constatar que a média obtida no somatório dos 5 componentes (escala de 0 a 45 pontos) foi de 31,68 (± 7,40) com valores de 13 a 44 pontos no escore. Ao ser analisado o componente Ativismo Ecológico dos moradores - MSTUR este apresentou uma média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de 5,41 (± 2,66) e o número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o percentual destes estão apresentados na TABELA 31 do APÊNDICE B. Contudo, 28,28% dos avaliados (n=28) possuem um comportamento desejável e 24,24% (n=24) possuem um comportamento próximo ao desejável. A análise do componente Biodiversidade mostra uma média dos escores (escala de 0 a 9 pontos) de 6,71 (± 2,30) e o número total de avaliados por categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 32 do APÊNDICE B. Porém, dentre os avaliados 45,45% (n=45) possuem um comportamento desejável e 30,30% (n=30) um comportamento próximo ao desejável. Ao analisar o componente Consumo dos moradores, este se apresenta com uma média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de 6,88 (± 2,16) e o número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o percentual de destes estão apresentados na TABELA 33 do APÊNDICE B. Contudo, este componente apresentou um bom perfil dentre os demais componentes do MA com 72 51,52% (n=51) apresentando um comportamento desejável e 21,21% (n=21) um comportamento próximo ao desejável. A análise do componente Valores Ambientais mostra uma média dos escores (escala de 0 a 9 pontos) de 5,61 (± 2,42) e o número total de avaliados por categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 34 do APÊNDICE B. Neste componente, 34,34% dos avaliados (n=34) adotaram um comportamento próximo ao desejável, enquanto 24,24% (n=24) adotaram um comportamento desejável. A análise do componente Prevenção da Poluição mostra uma média dos escores (escala de 0 a 9 pontos) de 7,07 (± 1,94) e o número total de avaliados por categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 35 do APÊNDICE B. Porém, este componente apresentou o melhor perfil para o MA quando entre os moradores 46,46% (n=46) apresentaram um comportamento desejável e 32,32% (n=32) adotaram um comportamento próximo ao desejável. A FIGURA 16 apresenta a média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente – MSTUR dos moradores 7,41 5,61 C on su m o A m bi en Pr ta is ev .d a Po lu iç ão Va lo re s Bi od iv er si da de co ló gi co At iv .E do St re ss oc ia l on tro le C 7,07 6,88 5,41 5,25 R ís ic a C om po rt. P At iv .F ut riç N 6,71 5,58 el ac .S 5,05 4,17 re ve nt iv o 8 7 6 5 4 3 2 1 0 ão Escores 0 - 9 da cidade de Mucugê que estão envolvidos nos serviços turísticos. FIGURA 16: Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente – MSTUR. Através dos dados obtidos observou-se que os moradores envolvidos nos serviços turísticos da cidade de Mucugê possuem um PEVI distinto para o BemEstar (27,46) e para o Meio Ambiente (31,68). No entanto, vale ressaltar que o componente Comportamento Preventivo e Relacionamento Social (BE) e 73 Biodiversidade, Consumo e Prevenção da Poluição (MA) são os que apresentaram melhores perfis, estando bem próximo ao desejável. O baixo perfil da nutrição pode ser explicado também pela pequena renda e pela falta de educação nutricional por parte da população, já que existe disponibilidade de alimentos saudáveis na região. No que tange ao baixo nível habitual de atividade física pode ser explicado pelo tamanho da cidade ser pequena e necessitar de poucos deslocamentos, além de não ter disponibilidade de espaços esportivos e locais apropriados para exercícios físicos, o que é uma constante em todo o território brasileiro e em especial na região Nordeste (NAHAS 2001). Nesta população, apenas os guias possuem um maior nível habitual de atividades físicas, característico da função exercida em ambientes naturais. No entanto, para esta população, apresenta-se um controle do stress também baixo, mostrando talvez uma carga de trabalho excessiva. O esclarecimento de esta população apresentar-se como a que melhor possui um PEVI para o MA pode ser elucidado pelo fato de que exista frequentemente cursos de capacitação e informação a respeito do meio ambiente feito por órgãos públicos e associações, além desta população servir de exemplo para as ações implantadas pela Prefeitura Municipal, através dos setores responsáveis. 6.2.4 Análise dos Dados do PEVI Entre Grupos Com todos os dados obtidos e analisados é possível apresentar a diferença existente em o PEVI do Bem-Estar entre os grupos avaliados, bem como, apresentar diferenças existentes entre o PEVI do Meio Ambiente. Observando na FIGURA 17 pode-se afirmar que o grupo dos moradores – MSTUR possui um PEVI relacionado ao MA melhor que os demais grupos em todos os componentes, no entanto, o PEVI frente ao BE é melhor neste grupo em apenas 2 componentes, tendo o relacionamento social atingido o melhor perfil dentre todos os grupos avaliados. O que vem corroborar com a posição de Moraes (2006) de que o turismo rural, citado no exemplo, melhora a qualidade de vida das pessoas que trabalham em serviços turísticos. 74 Para o grupo dos turistas é apresentado um PEVI mais adequado no componente comportamento preventivo e para o grupo de moradores apresenta-se um PEVI mais adequado apenas no componente controle do stress. Moradores Escores 0 - 9 6,51 4,67 5,05 4,64 4,17 4,02 Turistas 7,41 6,72 6,59 MSTUR 6,88 6,73 6,24 6,71 5,66 5,25 4,98 5,58 5,38 5,41 7,07 6,09 5,61 5,60 5,09 4,99 4,3 4,32 4,14 P.da Poluição Valores Amb.. Consumo Biodiversid. Ativ. Ecológ. Cont. Stress Relac. Social Comp. Prev. Ativ. Física Nutrição 3,54 FIGURA 17: Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente dos 03 grupos avaliados. A FIGURA 18 apresenta a média do somatório dos 5 componentes dos Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente. Com isso, percebe-se uma diferença entre os grupos de turistas e dos MSTUR referentes ao PEVI do BE e PEVI do MA, no entanto, há uma semelhança para o grupo de moradores. Contudo, existe um melhor PEVI do MA para o grupo do MSTUR. 75 Morador Turista MSTUR 31,68 35 30 26,29 27,93 27,46 26,26 24,78 25 20 15 10 5 0 Bem-Estar Meio Ambiente FIGURA 18: Média do PEVI do Pentáculo do BE e do Pentáculo do MA dos 03 grupos avaliados. Portanto, após os dados obtidos e na busca de responder os objetivos da pesquisa, podemos verificar a evidência do PEVI dos moradores que trabalham em serviços turísticos ser o que melhor se apresenta dentre os grupos avaliados, com uma ênfase positiva no PEVI do MA, fato que pode ser explicado pelo envolvimento das pessoas nas atividades turísticas ambientais, desta forma tendo um melhor comportamento frente à preservação e conservação do meio ambiente. Esta média sugere que o grupo do MSTUR esteja relacionado ao comportamento bem próximo ao ideal. No entanto, é interessante avaliar que dentre os grupos avaliados, todos estão com um PEVI referente ao BE relacionado ao comportamento moderadamente desejável. Assim, necessitando de intervenção para modificação de valores, atitudes e comportamentos, bem como o PEVI relacionado ao MA dos grupos de moradores e turistas quando se apresenta também relacionado ao comportamento moderadamente desejável. 6.3 Análise da determinação entre o PEVI relacionado ao BE e do PEVI relacionado ao MA. Para a determinação do PEVI do Bem-Estar com o PEVI do Meio Ambiente foi utilizada uma regressão linear simples com equação para cada determinação e uma significância através da ANOVA. A determinação do PEVI do BE com o PEVI do MA entre o grupo de moradores pode ser explicada através da equação y = 0513x + 12,769. A regressão 76 linear e ANOVA foram calculadas nos resultados das dependências a um nível de significância (p<0,05), que podem ser observadas na FIGURA 19 e na TABELA 3. 50 45 R2 = 0,2449 40 35 BE 30 25 20 15 10 5 0 0 10 20 30 50 40 MA FIGURA 19: Tabela de Determinação entre o PEVI do BE e o PEVI do MA entre os Moradores. TABELA 3: Nível de significância da determinação entre o PEVI do BE e do PEVI do MA para os moradores. ANOVAb Model 1 Regression Residual Total Sum of Squares 5653,569 17429,543 23083,112 Mean Square 5653,569 35,716 df 1 488 489 F 158,291 Sig. ,000a a. Predictors: (Constant), TOTAL BE b. Dependent Variable: TOTAL MA A determinação do PEVI do BE com o PEVI do MA entre o grupo de turistas pode ser explicada através da equação y = 0,3132x + 16,027. A regressão linear e ANOVA foram calculadas nos resultados das dependências a um nível de significância de (p<0,05), que podem ser observadas na FIGURA 20 e na TABELA 4. 50 45 R2 = 0,0844 40 35 BE 30 25 20 15 10 5 0 0 10 20 30 40 50 MA FIGURA 20: Determinação entre o PEVI do BE e o PEVI do 77 MA entre os Turistas. TABELA 4: Nível de significância da determinação entre o PEVI do BE e do PEVI do MA para os turistas. ANOVA b Model 1 Regression Residual Total Sum of Squares 1126,479 12225,952 13352,431 Mean Square 1126,479 42,451 df 1 288 289 F 26,536 Sig. ,000a a. Predictors: (Constant), TOTAL BE b. Dependent Variable: TOTAL MA A determinação do PEVI do BE com o PEVI do MA entre o grupo de moradores que trabalham nos serviços turísticos pode ser explicada através da equação y = 0,6376x + 14,164. A regressão linear e ANOVA foram calculadas nos resultados das dependências a um nível de significância (p<0,05), que podem ser observadas na FIGURA 21 e na TABELA 5. 50 45 R2 = 0,2504 40 35 BE 30 25 20 15 10 5 0 0 10 20 30 40 50 MA FIGURA 21: Determinação entre o PEVI do BE e o PEVI do MA entre os Moradores dos Serviços Turísticos. TABELA 5: Nível de significância da determinação entre o PEVI do BE e do PEVI do MA para os moradores dos serviços turísticos. 78 ANOVAb Model 1 Regression Residual Total Sum of Squares 1342,775 4018,882 5361,657 df 1 97 98 Mean Square 1342,775 41,432 F 32,409 Sig. ,000a a. Predictors: (Constant), TOTAL BE b. Dependent Variable: TOTAL MA Foi feita uma regressão linear e uma ANOVA para a análise do grupo de turistas por período de visitação. No entanto, os dados obtidos não apresentam diferenças expressivas entre o grupo de turistas. Através dos dados foi possível perceber que existe uma detrminação baixa entre todos os componentes avaliados, sempre por volta de 25% (r=0,25) entre os tipos de moradores e por volta de 9% (r=0,084) para os turistas, no entanto, quando analisado o período de visitação dos turistas foi constatada uma determinação por volta de 20% (r=0,204) entre os turistas da baixa estação, de 2% (r=0,020) para os turistas da alta estação e 12% (r=0,125) para os turistas do feriado prolongado, contudo, apresenta-se uma significância alta também entre todos os componentes avaliados. Foram feitos recortes com determinações em conjunto de todas as populações com as variáveis idades (BE) (r=0,210) e (MA) (r=0,246), sexo (BE) (r=0,184) e (MA) (r=0,146), escolaridade (BE) (r=0,149) e (MA) (r=0,084), renda (BE) (r=0,131) e (MA) (r=0,120), visitas/ano (BE) (r=0,126) e (MA) (r=0,102), todos com a significância (p < 0,05), porém, todos os recortes apresentam determinação baixa. Quando comparadas às médias do PEVI do BE e do PEVI do MA com o número de visitas/ano, onde até 3 visitas/ano (n=157), de 3 a 6 vistas/ano (n=90) e mais 6 vistas/ano (n=43) foram encontradas diferenças significativas (p < 0,05), expostas na FIGURA 22. 79 28,93 27,1 28,86 até 3/ano 3 a 6/ano Bem-Estar 26,26 25,5 23,96 mais de 6/ano Meio Ambiente FIGURA 22: Média do PEVI do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente dos números de visitas por ano em ambientes naturais pelos turistas. Conforme demonstra a figura acima, o PEVI do MA é um pouco afetado pelo número de visitas/ano, permitindo evidenciar que quanto mais se fazem vistas a ambientais naturais melhor o PEVI, no entanto, o PEVI do BE não é afetado pelas visitas a ambientes naturais, havendo uma diferença mais significativa entre os dois primeiros casos, até 3/ano e 3 a 6/ano (p<0,05). O fato é que existe uma pouca determinação entre o PEVI do BE e o PEVI do MA, constatando que nem sempre quando um perfil é desejável ou não-desejável o outro também seja desejável ou não-desejável, desta forma não comprovando uma das hipóteses para este estudo que indicava a relação do PEVI do BE com o PEVI do MA. 6.4 Análise da influência do PEVI ideal na elaboração dos serviços turísticos da cidade de Mucugê. No sentido de atender a comprovação de uma das hipóteses desta pesquisa, foi necessário apresentar dados que pudessem demonstrar a influência do PEVI ideal na elaboração dos serviços turísticos da cidade de Mucugê. Para dar andamento às discussões faz-se necessária apresentar as características do censo dos serviços turísticos, onde dos 26 estabelecimentos entrevistados e existentes, 8 eram pousadas, 3 estavam entre ACVM, Poder Público (Secretaria Municipal de Turismo e Meio Ambiente) e Parque Municipal de Mucugê, 80 7 eram bares, restaurantes e pizzarias, 2 eram museus e 6 estabelecimentos entre lojas, receptivos, agências e locadoras de automóveis. Ao fazer uma análise da amostra foi possível identificar que a média de funcionários dos serviços foi de 6,15 funcionários (±6,3), o número médio de clientes mensais foi de 336,19 clientes/mês (±350) variando de acordo o tipo de serviço turístico, o tempo de existência do serviço foi de 5,69 anos (±3,2). Para medir a influência do estilo de vida nos serviços turísticos foi elaborado um questionário semi-estruturado com 15 itens – APÊNDICE A, sendo 13 deles a respeito da influência dos componentes do PEVI do BE e do PEVI do MA, além da relação do turismo com a saúde e qualidade de vida. Os 2 últimos itens do questionário referem-se à prática de alguns segmentos do turismo no estabelecimento e sobre a importância de implantar serviços, ações, procedimentos ou ter atitudes para associar o turismo junto à natureza com o bem-estar e o meio ambiente. O grau de influência destes itens com a elaboração do serviço turístico está exposto na FIGURA 23. % das respostas Nenhum Pouco Importante Muito Essencial 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 p1 p2 p3 p4 p5 p6 p7 p8 p9 p10 p11 p12 Pe rguntas FIGURA 23: Média das respostas do questionário que investiga a relação do grau de influência do estilo de vida ideal na elaboração dos serviços turísticos - Números relativos. Como pode ser observado na FIGURA 23 existe uma relação pouco significativa em grau de importância dos serviços turísticos estarem atrelados ao PEVI ideal do BE e do PEVI MA. Observa-se que os itens ligados aos componentes Ativismo Ecológico - p1 (80%), Biodiversidade - p-2 (81%) e Prevenção da Poluição p-5 (93%) possuem um grau de importância entre estar muito importante e essencialmente vinculados com os PEVI do MA. Nenhum componente do PEVI do BE – p6 a p-10 obteve um grau elevado de muita importância ou essencial para estar relacionado com a elaboração dos serviços turísticos. 81 Com isso, podemos concluir que os serviços turísticos prestados pela cidade de Mucugê tiveram pouca influência pelos componentes do PEVI do BE, nutrição adequada, atividade física habitual, comportamento preventivo, relacionamento social e controle do stress, corroborando com uma das hipóteses deste estudo. É um equívoco, já que as atividades turísticas em geral estão associadas ou mesmo, tenta promover o bem-estar dos turistas, seja através de eventos sociais, preocupação com a saúde, seja oferecendo a possibilidade uma alimentação mais saudável, propondo atividades físicas e criando diversas condições para controlar o stress. Na revisão deste estudo consta que em geral as pessoas busquem atividades de turismo em ambientes naturais para fugirem do estilo de vida urbano e que possam de alguma forma incrementar atividades físicas, uma alimentação mais saudável e envolvimento com a cultura local através dos relacionamentos, tudo o que não faz parte do estilo de vida destas pessoas em ambientes urbanos. No entanto, paradoxalmente os entrevistados acreditam que a atividade turística pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida e da saúde dos indivíduos quando 92,2% dos entrevistados (n=25) responderam que o turismo contribui muito e essencialmente para isto. Não obstante, 92,2% dos entrevistados (n=25) acreditam também que a atividade turística contribui muito e essencialmente na conservação e preservação ambiental. Quando perguntados sobre se o meio ambiente e o bem estar são indicativos representativos na elaboração do serviço turístico, apenas 39% (n=10) acreditam que são essenciais na elaboração dos serviços, 19% (n=6) acreditam ser muito importante, 35% (n=9) acreditam ser importante e os demais não vêem importância. Quando questionados sobre se o turismo sendo dividido em alguns segmentos, de acordo com a motivação dos turistas em Turismo de Lazer, Turismo de Saúde, Cultural e Eco-Turismo, entre outros, se estes são desenvolvidos de alguma forma nas ações proporcionadas pelo estabelecimento, 96,1% dos entrevistados (n=25) responderam que sim. Para a medida do quanto é importante implantar serviços, procedimentos, ações e ter atitudes para associar o turismo junto à natureza com o bem-estar das pessoas e com o meio ambiente foi elaborada uma questão, dentro do mesmo instrumento de pesquisa contendo, na verdade, 12 (doze) investigações para que fosse possível ser avaliada a importância supracitada. As questões estão expostas na TABELA 36 do Apêndice C. 82 O grau de importância destas ações está exposto na FIGURA 24. Pouco .. .... ...... Importante Entrevistados 25 20 15 10 5 0 A B C D E F G H J K L M Perguntas FIGURA 24: Grau de importância das ações a serem implantadas nos serviços turísticos – números absolutos. Através dos dados obtidos foi possível verificar que, de forma geral, os estabelecimentos ligados às atividades turísticas, através de seus gestores, acreditam ser muito importante e até mesmo essencial implantar serviços, ações e procedimentos ou até mesmo ter uma atitude para associar o serviço turístico ao Bem-Estar e ao Meio Ambiente. No entanto, existe uma pouca/média importância em seu serviço adotar um comportamento ativista, a promover uma alimentação adequada/saudável, a que funcionários e clientes pratiquem atividades físicas habitualmente e no incentivo a mudanças de comportamento dos funcionários para um PEVI saudável. Definitivamente os gestores dos serviços turísticos dizem pretender de alguma forma implantar atividades relacionadas ao PEVI para o bem-estar e para o meio-ambiente, no entanto, na sua elaboração não foi levado em consideração, de uma forma geral, os componentes relacionados ao PEVI. Contudo, os gestores acreditam que a atividade turística contribui para a melhoria da saúde e qualidade de vida dos turistas, bem como, para a conservação e preservação ambiental. 83 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do exposto, evidencia-se que o perfil do estilo de vida individual é um indicador importante para a saúde, qualidade de vida e para o meio ambiente. Diversos são componentes indicadores para a construção de um perfil. Contudo, em ambientes naturais, os envolvidos apresentaram perfis diferenciados, sendo os moradores que trabalham em serviços ligados ao turismo aqueles que apresentaram, enquanto grupo o melhor perfil do estilo de vida individual frente ao meio ambiente, mas em iguais condições aos grupos de turistas e moradores frente ao bem-estar. O perfil do estilo de vida individual dos moradores que trabalham nos serviços turísticos é o único que se mostrou no comportamento próximo ao desejável na 84 escala de valores, indicando de alguma forma, que o envolvimento turístico em áreas naturais contribui para um melhor perfil em relação ao meio ambiente. Entretanto, todos os demais grupos apresentaram um perfil moderadamente desejável para o meio ambiente e juntamente com os moradores que trabalham nos serviços turísticos para o bem-estar. Foi exposto ao longo do estudo que existe uma baixa determinação entre os perfis avaliados, não demonstrando evidencias suficientes para que quando se obtenha um perfil melhor para o meio ambiente, obtenha-se também para o bemestar e vice-versa. O estudo aponta ainda que o número maior de visitação a ambientes naturais por parte dos turistas é associado ao melhor perfil do estilo de vida individual frente ao meio ambiente. Os serviços turísticos oferecidos pela cidade de Mucugê não sofreram influências do estilo de vida individual para o bem-estar na sua elaboração e execução, entretanto, os componentes do perfil do estilo de vida frente ao meio ambiente: ativismo ecológico, biodiversidade e prevenção da poluição, podem estar associados aos serviços turísticos. No entanto, os gestores destes serviços acreditam que o turismo de alguma forma contribui para a qualidade de vida e saúde das pessoas, bem como para o comportamento destas frente à conservação e preservação ambiental e, sentem-se motivados a implantar ações para que de certa forma colaborem com bem-estar e o meio ambiente. Espera-se, portanto, que esta pesquisa e o seu propósito de apontar na obtenção de dados para análise de um perfil do estilo de vida individual contribuam de diversas formas para a cidade de Mucugê, bem como para futuros estudos que em que exista uma associação do bem-estar, meio ambiente, turismo, saúde e qualidade de vida com o perfil do estilo de vida dos indivíduos. É desejo que esta intervenção científica não se finde com este estudo e que com os resultados obtidos façam surgir novas possibilidades de continuidade do processo em outras populações. Existe uma perspectiva de avanço nesta linha de pesquisa em outras áreas ambientais, inclusive em outras regiões de Chapadas no Brasil, porém, o estudo fica limitado a linhas de financiamento, na medida em que o modelo sugere várias visitas em loco, com isso, aumentando o custo da pesquisa. 85 8 REFERÊNCIAS ACSM. Programa de Condicionamento Físico da ACSM. 2. ed. São Paulo: Manole, 1999. ANSARAH, M. G. R. Teoria Geral do Turismo. In: ANSARAH, Marília Gomes dos Reis. Turismo: Como Aprender, Como Ensinar. Vol. 2. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2001. AUGUSTO, L.G.S.; CARNEIRO, R.M.; FLORÊNCIO, L. Saúde e Ambiente na Perspectiva da Saúde Coletiva. IN: AUGUSTO, L.G.S.; FLORÊNCIO, L.; Pesquisa (Ação) em saúde Ambiental. 2 ed. Recife. Ed. Universitária UFPE, 2005; p-20-45. 86 BANDEIRA, R.L. Chapada Diamantina – Histórias, Riquezas e Encantos. 3 ed. Salvador, BA: Santa Helena, 1998. BARRY, H.C., EATHORNE, S.W. Exercícios e Envelhecimento. In: Clínicas Médicas da América do Norte. v. 3, p. 367-387, 1994. BENTO, J.O. Novas motivações para a prática esportiva. IN: O Desporto no Século XXI: os novos desafios. Lisboa: Edição Câmara Municipal de Oeiras, 1991. BLAIR, S.N.C.H. McCloy Research Lecture: physical activity, physical fitness and health. Research Quarterly for Exercise and Sports, v. 64, n. 4, p. 365-376, 1993. BOUCHARD, C.;SHEPHARD, R.J.; STEPHENS, T. Physical Activity, Fitness anda Health. Champaign, Illinois: Human Kinects, 1994. BRANT, L.C. & MELO, M.B. Promoção da Saúde e Trabalho: um desafio teórico e metodológico para a saúde do trabalhador. Saúde em Debate, v. 25, n. 57, p.55-62, 2001. BRASIL, Lei nº 8080 de 19 de Setembro de 1990: Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e outras providências. Brasília, 1991. BRASIL. Constituição (1988) Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: 1988. BRASIL. Ministério da Saúde. Agita Brasil: guia para agentes multiplicadores. Brasília: Ministério da Saúde, 2002. BRASIL, Ministério da Saúde. Promoção da Saúde: Carta de Otawa. Brasília, DF: 2001. BRAZÃO, M. Atividade Física & Saúde. Jornal de Medicina do Exercício da SMDRJ , Rio de Janeiro. p. 6-9, jan./mar. 1998. 87 BRITO, F. E. M. Os Ecos Contraditórios do Turismo na Chapada Diamantina. Salvador: EDUFBA, 2005. CANDEIAS, N.M.F. Conceitos de Educação e Promoção em Saúde: mudanças individuais e mudanças organizacionais. Revista de Saúde Pública, v. 31, n. 2, p. 209-213, 1997. CARNEIRO, R.M. (Orgs). Pesquisa (ação) em Saúde Ambiental. 2 ed. Recife: Editora Universitária da UEPE, 2005. CARVALHO, R.B. da C. Perfil da Aptidão Física Relacionada à Saúde de Pessoas a Partir de 50 Anos Praticantes de Atividades Físicas. 2003. 117f. Dissertação [Mestrado em Educação Física] – Faculdade de Educação Física, UNICAMP, São Paulo. 2003. CASPERSEN C.J., POWELL K.E., CHRISTENSON G.M. Physical Activity, exercise and physical fitness: definitions and distinctions for health-related research. Public Health Reports.; v. 100, n.2, p. 172-179, 1985. CMAD. Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Nosso Futuro Comum. Rio de Janeiro: Editora da FVG, 1988. DEVER, G.E.A. A epidemiologia na Administração dos Serviços de Saúde. São Paulo: Pioneira, 1988. DeVRIES, H.A. Health Science – a positive approach. Santa Monica, Califórnia: Good Year Publishing Company, 1978. DUVIGNEAUD, P. La synthèse écologique. 2.ed. rev. e cor. Paris: Doin, 1984. EAGLES, P. The Motivations of Canadian Ecotourists. IN: HARPER, G.; WEILER, B. Ecotourism, Bureau of Tourism Research, 1992. 88 FLOYD, P.A.; MIMMS, S.E.; YELDING-HOWARD, C. Personal Health: a multicultural approach. Englewood, CO: Morton Publishing Company, 1995. GONÇALVES, A.; VILARTA, R. Qualidade de Vida e Atividade Física – Explorando teoria e prática. Barueri, SP: Manole, 2004. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 1991. GRANDE, N. Perspectivas Atuais dos Conceitos de Saúde e Doença. IN: BENTO, J.O. & MARQUES, A. (Org.). Desporto, Saúde e Doença. Universidade do Porto, Portugal, 1991. GUEDES, D.P. & GUEDES, J.E.R.P. Aptidão Física Relacionada à Saúde de Crianças e Adolescentes: avaliação referenciada por critérios. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v.1, n.2, p. 27-38, 1995. HERNANDEZ, J.A.E.; NETO, F.X. de V.; OLIVEIRA, T.C.; RODRIGUES, A.A.; NETO, C.H.E.; VOSER, R.C. Validação de Construto do Instrumento Perfil do Estilo de Vida Individual. Arquivos em Movimento - Revista Eletrônica da Escola de Educação física e Desporto - UFRJ, v. 3, n. 1, p. 1-16, 2007. [IBGE]. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Pesquisa Nacional de Saneamento 2000. Rio de Janeiro, Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, IBGE, Diretoria de Pesquisas, Departamento de População e Indicadores Sociais, 2002. LAGE, B. H. G.; MILONE, P. C. (org.). Turismo – Teoria e Prática. São Paulo: Atlas, 2000. LESSA, I. Doenças Crônicas Não-Transmissíveis: bases epidemiológicas. In: ROUQUAYROL, M.Z.; ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia & Saúde. 5. ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 1999. 89 LOPES, A.S.; PIRES-NETO, C.S. Estilo de Vida de Crianças com Diferentes Características Étnico-Culturais do Estado de Santa Catarina, Brasil. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v. 6, n.3, p. 6-19, 2001. MATHEUS, C.E.; MORAES, A.J.; CAFFAGNI, C.W.A. Educação Ambiental para o Turismo Sustentável – vivências integradas e outras estratégias metodológicas. São Carlos: RiMa, 2005. MATSUDO, S.M. Envelhecimento & Atividade Física. Londrina, Midiograf, 2001. MCKERCHER, B. Turismo de Natureza: Planejamento e Sustentabilidade. Trad. Beth Honorato. São Paulo: Contexto, 2002. MELO, V. A; ALVES JÚNIOR, E. D. Introdução ao Lazer. Barueri, SP: Manole, 2003. MINAYO, M.C.S. Enfoque Ecossistêmico de Saúde e Qualidade de Vida. IN: MINAYO, M.C.S.; MIRANDA, A.C. (org). Saúde e Ambiente Sustentável: estreitando nós. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2002. MINAYO, M.C.S.; HARTZ, Z.M.A.; BUSS, P.M. Qualidade de Vida e Saúde: um debate necessário. Revista Ciência & Saúde Coletiva, v.5, n.1, p.7-18, 2000. MINAYO, M.C.S. Mudança: conceito-chave para intervenções sociais e para avaliação de programas. IN: MINAYO, M.C.S.; ASSIS, S.G.; SOUZA, E. R., organizadores. Avaliação por triangulação de métodos: abordagem de programas sociais. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2005. MORAES. C.S. Turismo rural na Rota Colonial Linha Stein, Salvador do Sul/RS: Incremento de renda e bem-estar para as famílias e comunidade. 2006. 89f. Dissertação [Metrado] – Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural, Universidade Federal de Santa Maria. 2006 90 MORAGAS, R. Gerontologia Social: envelhecimento e qualidade de vida. São Paulo: Paulinas, 1997. MOREIRA, W.W. Qualidade de Vida: Como Enfrentar Esse Desafio? IN: Qualidade de Vida: Complexidade e Educação. MOREIRA, W.W. (Org.). Campinas, SP: Papirus, 2001. NAHAS, M.V. O Pentáculo do Bem-Estar. Boletim do Núcleo de Pesquisa em Atividade Física & Saúde. Ano 2 , v. 7, p.1, 1996. NAHAS, M.V. Esporte e Qualidade de Vida. Revista da APEF, v.12 (2), p. 61-65. 1997. NAHAS, M.V. Fundamentos da Aptidão Física Relacionadas à Saúde. Florianópolis: Editora da UFSC, 1991. NAHAS, M.V.; BARROS, M.V.; FRANCALACCI, V. O Pentáculo do Bem-Estar – Base Conceitual Para Avaliação do Estilo de Vida de Indivíduos e Grupos. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v.5, n. 2, p. 48-59, 2000. NAHAS, M.V. Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida – Conceitos e Sugestões para um Estilo de Vida Ativo. 2.ed. Londrina: Midiograf, 2001. NETO, G.A.M.; MIRANDA, C.J.M. Detecção do risco de sobrepeso em servidoras universitárias: um estudo exploratório. Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício, v. 2, p. 166–171, 2003. NIEMAN, D.C. Exercício e Saúde. 1 ed. São Paulo: Manole, 1999. NUNOMURA, M.; TEIXEIRA, L.A.C.; CARUSO, M.R.F. Nível de Estresse, Qualidade de Vida e Atividade Física: uma comparação entre praticantes regulares e ingressantes sedentários. Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde, v.4, n. 3, p. 17-26, 1999. 91 OLIVEIRA FILHO, J.A. et. al. Aplicações do exercício na doença coronária. Revista Brasileira de Medicina: Cardiologia, v. 8, n. 1, fev. 1999. OLIVEIRA, S. T. Estrada Real: História, Cultura e Turismo em São João Del Rei – Minas Gerais. 2007. 225f. Dissertação [Mestrado em Cultura e Turismo] – Universidade Estadual de Santa Cruz, UESC, Ilhéus. 2007. OMT. Organização Mundial do Turismo. Introdução ao Turismo. São Paulo, Roca, 2001. PAGANI, M. I. et al.. As trilhas Interpretativas da Natureza e o Ecoturismo. In: LEMOS, A. I. G. Turismo – Impactos Sócio-ambientais. São Paulo: Hucitec, São Paulo, 1996. PELICIONI, A.F. Educação Ambiental na Escola: um levantamento de percepções e práticas de estudantes de 1º grau a respeito de meio ambiente e problemas ambientais [Dissertação de Mestrado]. 1998. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998. PELICIONI, M.C.F. Educação em Saúde e Educação Ambiental: estratégias de construção da escola promotora da saúde [Tese de Livre-Docência]. São Paulo: Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo: 2000. PIRES, G.D.L.; MATIELLO JR., E.; GONÇALVES, A. Alguns olhares sobre aplicações do conceito de qualidade de vida em Educação Física/ Ciências do Esporte. Revista Brasileira de Ciências do Esporte v.20, n.1, set/98. PITANGA, F.J.G. Atividade Física, Exercício Físico e Saúde. Salvador: Ed. do Autor, 1998. PITANGA, F.J.G. Epidemiologia da Atividade Física, Exercício Físico e Saúde. Salvador: Ed. do Autor, 2001. 92 PITANGA, F.J G. Epidemiologia, Atividade Física e Saúde. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 10, p. 49-54, 2002. [PNUD]. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. Informes sobre Desenvolvimento Humano. Nova York, 2001. POLLOCK, M.L. & WILMORE, J.H. Exercício na Saúde e na Doença: avaliação e prescrição para prevenção e reabilitação. 2. ed. São Paulo: MEDSI, 1993. REIGOTA, M. Meio Ambiente e Representação Social. 6 ed. São Paulo: Cortez Editora, 1994. RICKLEFS. R. A economia da natureza. 3 ed.Rio de Janeiro, Guanabara.1993. ROCHA, A.A. Saúde e Meio Ambiente. IN: Salum, C.A.L. Ecologia: a qualidade de vida. São Paulo: Editora SESC, 1993. SALES, F. Memória de Mucugê. Salvador: EGBA, 1994. SALLIS, J.F.; OWEN, N. Physical Activity & Behavioral Medicine. London: SAGE publications, 1999. SANTOS, C.P.; MAGALHÃES, S.S. Pentáculo do Meio Ambiente – avaliação de atitudes, comportamentos e hábitos de indivíduos e grupos. IN: V CONGRESSO DE EDUCAÇÃO DE VITÓRIA DA CONQUISTA-BAHIA, 29., 2007, Vitória da Conquista. Anais... Vitória da Conquista: PMVC/SMED, 2007. p.29. SEAWARD, B.L. Stand Like Mountain Flow Like Water. Deerfield Beach, Flórida: Health Communication, 1997. SERRANO, C.M.T. Uma Introdução à Discussão Sobre Turismo, Cultura e Ambiente. IN: SERRANO, C.M.T.; BRUHNS, H.T. (Orgs). Viagens à Natureza: turismo, cultura e ambiente. Campinas, SP: Papirus, 1997. 93 SEVERINO, A.C. Metodologia do Trabalho Científico. São Paulo: Cortez, 1999. SHEPHARD, R.J. Habitual Physical Activity and Quality Of Life. Quest, v. 48, p. 354365, 1996. SILLIAMY, N. Dicionário Enciclopédico de Psicologia. Paris. Bordas. 1980. In: GUERRA, A. F. S. Diário de bordo: navegando em um ambiente de aprendizagem cooperativa para Educação Ambiental. 2001. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Programa de Pós-graduação em Engenharia de Produção. Disponível em http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/3281.pdf Acesso em 15 set. 2007. SILVA, E. L.; MENEZES, E. M. Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação. 3 ed. Florianópolis, SC: UFSC/PPGEP/LED, 2001. SOUZA, H.M.R.; FILHO, W.J.; SOUZA R. R. Turismo e Qualidade de Vida na Terceira Idade. Barueri, SP: 2006. STRADMANN, M. T. S. Plano de Manejo. Parque Municipal de Mucugê, 1998. STRADMANN, M. T. S. Estudo Ecoturístico das Trilhas do Parque Nacional da Chapada Diamantina e Entorno e Proposta de Modelo de Exploração. Estudos de Pós-Graduação Olga Metting - CEPOM, 1997. 298p. Monografia de Especialização. TAYLOR, H.L. et al. A Questionnaire for the Assessment of Leisure Time Physical Acitivity. Journal Cronic Disease, v. 31, p. 741-755, 1978. TEIXEIRA, S. Mineração na Bahia. Salvador, Ba: 1998. TERRIS, M. Concepts of Health Promotiom: Dualities in Public Health Theory. Washington, 1992. 94 THOMPSON S.; HOEKENGA, S.J. Understanding and motivating older adults. In: AMERICAN COUNCIL ON EXERCISE. Exercise for older adults: Ace’s guide for fitness professionals. Champaign: Human Kinetics, 1998. TOLEDO, R.F. Educação, Saúde e Meio Ambiente: uma pesquisa-ação no Distrito de Iauaretê do Município de São Gabriel da Cachoeira / AM. 2006. 326f. Tese [Doutorado] – Faculdade de Saúde Pública, Universidade de São Paulo. 2006. TRIOLA, M.F. Introdução à Estatística. 7 ed. Rio de Janeiro: LTC, 1998. UNESCO. Educação para Um futuro Sustentável: uma visão transdisciplinar para ações compartilhadas. UNESCO, Brasília, DF: IBAMA, 1999. VILA SERRANO. Mapa da América Sul, Brasil, Bahia, Chapada Diamantina e PARNA. Disponível em <http://www.vilaserrano.com.br/english/location.htm>. Acesso em 20/07/2007. VILLAVERDE, S. Refletindo Sobre Lazer/turismo na Natureza, Ética e Relações de Amizades. IN: MARINHO, A.; BRUHNS, H. T. (orgs). Turismo, Lazer e Natureza. Barueri, SP: 2003. WEARING, S.; NEIL, J. Ecoturismo – Impactos, Potencialidades e Possibilidades. Barueri, SP: Manole, 2001. WEINECK, J. Atividade Física e Esporte Para Quê? 1 ed. Barueri, SP: Manole, 2003. WHO. Active ageing: a policy framework. A contribution of the World Health Organization to the Second United Nations World Assembly on Ageing. Madrid, Spain, april 2002. Disponível em < www.who.org >, em: 20/5/2007. WHO. Habitual Physical Activity and Health. WHO Regional Publication, European Series No 6. Copenhagen: WHO, Regional Officie for Europe. 1978. 95 APÊNDICES APÊNDICE A – Instrumentos de Pesquisa 96 QUESTIONÁRIO DO PENTÁCULO DO BEM-ESTAR INSTRUMENTO ELABORADO PARA FINS DE PESQUISA NO PROGRAMA REGIONAL DE PÓSGRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL E MEIO AMBIENTE – UESC/BA. Agradeço sua participação nesta pesquisa, parte integrante da investigação sobre a análise do perfil do estilo de vida por atividade de turismo na natureza, para conclusão de Dissertação de Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC/Ba. Sua participação é de extrema importância para o sucesso desta análise. Sexo: ___________ Idade: _________ Escolaridade: ___________________ Data: ____/_____/____ Renda Mensal: (<1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10) salário(s) mínimo(s) - Tempo Residência/Ano: (<1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10) PERFIL DO ESTILO DE VIDA INDIVIDUAL - Moradores Sexo: ___________ Idade: _______ Escolaridade: _____________________ Data: ____/_____/____ Renda Mensal: (< 1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10) salário(s) mínimo(s) -Tempo Serviço/Ano: (< 1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10) PERFIL DO ESTILO DE VIDA INDIVIDUAL – Moradores em serviços Turísticos Sexo: ___________ Idade: ________Escolaridade: ____________________ Data: ____/_____/____ Renda Mensal: (<1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10) salário(s) mínimo(s) -Visitas(Áreas Naturais)/Ano: (<1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10) PERFIL DO ESTILO DE VIDA INDIVIDUAL - Turistas O ESTILO DE VIDA corresponde ao conjunto de ações habituais que refletem as atitudes e valores das pessoas. Estas ações têm grande influência na saúde geral e qualidade de vida de todos os indivíduos. Os itens abaixo representam características do estilo de vida relacionadas ao bem-estar individual. Manifeste-se sobre cada afirmação considerando a escala: ( 0 ) absolutamente não faz parte do seu estilo de vida ( 1 ) às vezes corresponde ao seu comportamento ( 2 ) quase sempre verdadeiro no seu comportamento ( 3 ) a afirmação é sempre verdadeira no seu dia a dia; faz parte de seu estilo de vida. Componente: Nutrição a. b. c. ( ( ( ) Sua alimentação diária inclui ao menos 5 porções de frutas e verduras. ) Você evita ingerir alimentos gordurosos (carnes gordas, frituras) e doces. ) Você faz 4 a 5 refeições variadas ao dia, incluindo café da manhã completo. Componente: Atividade Física d. e. f. ( ) Você realiza ao menos 30 minutos de atividades físicas moderadas/intensas, e forma contínua ou acumulada, 5 ou mais dias na semana. ( ) Ao menos duas vezes por semana você realiza exercícios que envolvam força e alongamento muscular. ( ) No seu dia a dia, você caminha ou pedala como meio de transporte e, preferencialmente, usa as escadas ao invés do elevador. Componente: Comportamento Preventivo g. h. i. ( ) Você conhece a sua PRESSÃO ARTERIAL, seus níveis de COLESTEROL e procura controla-los. ( ) Você NÃO FUMA e ingere ÁLCOOL com moderação (menos de 2 doses ao dia). ( ) Você sempre usa cinto de segurança e, se dirige, o faz respeitando as normas de trânsito, nunca ingerindo álcool quando vai dirigir. 97 Componente: Relacionamento Social j. k. l. ( ( ( ) Você procura cultivar amigos e está satisfeito com seus relacionamentos. ) Seu lazer inclui reuniões com amigos, atividades esportivas em grupo, participação em associações. ) Você procura ser ativo em sua comunidade, sentindo-se útil no seu ambiente social. Componente: Controle do Stress m. ( n. ( o. ( ) Você reserva tempo (ao menos 5 minutos) todos os dias para relaxar. ) Você mantém uma discussão sem alterar-se, mesmo quando contrariado. ) Você equilibra o tempo dedicado ao trabalho com o tempo dedicado ao lazer Instrumento idealizado pelo Prof. Dr. M. V. Nahas; Prof. Dr. Mauro V. de Barros; Prof. Dra Vanessa Francalacci – NuPAF/UFSC 98 QUESTIONÁRIO DO PENTÁCULO DO MEIO AMBIENTE INSTRUMENTO ELABORADO PARA FINS DE PESQUISA NO PROGRAMA REGIONAL DE PÓSGRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL E MEIO AMBIENTE – UESC/BA. Agradeço sua participação nesta pesquisa, parte integrante da investigação sobre a análise do perfil do estilo de vida por atividade de turismo na natureza, para conclusão de Dissertação de Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC/Ba. Sua participação é de extrema importância para o sucesso desta análise. Sexo: ___________ Idade: _________ Escolaridade: ___________________ Data: ____/_____/____ Renda Mensal: (<1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10) salário(s) mínimo(s) - Tempo Residência/Ano: (<1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10) PERFIL DO ESTILO DE VIDA INDIVIDUAL - MEIO AMBIENTE- Moradores Sexo: ___________ Idade: _______ Escolaridade: _____________________ Data: ____/_____/____ Renda Mensal: (< 1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10) salário(s) mínimo(s) -Tempo Serviço/Ano: (< 1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10) PERFIL DO ESTILO DE VIDA INDIVIDUAL – MEIO AMBIENTE - Moradores em serviços Turísticos Sexo: ___________ Idade: ________Escolaridade: ____________________ Data: ____/_____/____ Renda Mensal: (<1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10) salário(s) mínimo(s) -Visitas(Áreas Naturais)/Ano: (<1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10) PERFIL DO ESTILO DE VIDA INDIVIDUAL – MEIO AMBIENTE - Turistas O ESTILO DE VIDA corresponde ao conjunto de ações habituais que refletem as atitudes e valores das pessoas, o MEIO AMBIENTE pode ser definido como um conjunto de fatores que atuam num determinado espaço, mantendo entre si uma inter-relação. Neste caso, as ações aqui verificadas representam um grau de comprometimento do estilo de vida individual com o meio ambiente. Estas ações influenciam na preservação ambiental e nas formas de manutenção da vida. Os itens abaixo representam características do estilo de vida relacionadas aos componentes ambientais. Manifeste-se sobre cada afirmação considerando a escala: (0) absolutamente não faz parte do seu estilo de vida (1) às vezes corresponde ao seu comportamento (2) quase sempre verdadeiro no seu comportamento (3) a afirmação é sempre verdadeira no seu cotidiano; faz parte de seu estilo de vida. Componente: ATIVISMO ECOLÓGICO a. b. c. ( ) Procuro informação a respeito dos problemas ambientais em revistas, jornais, internet, programas televisivos e palestras, contribuindo com ações de preservação. ( ) Participo de grupos ambientalistas ou procuro contribuir com ações e campanhas desses grupos ou associações quando os mesmos atuam. ( ) No convívio familiar, no ambiente escolar, no trabalho e lazer tenho discussões acerca dos problemas ambientais, propondo ações de preservação do meio ambiente. Componente: BIODIVERSIDADE d. ( e. f. ( ( ) Ao comprar plantas ornamentais, você tem a preocupação de saber se as mesmas foram cultivadas ou se foram colhidas em áreas naturais, neste caso evitando a sua compra. ) Em suas refeições não incluem animais abatidos na caça. ) Nos ambientes de trabalho e moradia, procuro sempre criar e manter áreas verdes como jardins, canteiros, etc. 99 Componente: CONSUMO g. ( h. ( i. ( ) Você cria mecanismos para economia de energia no trabalho e em casa, otimizando o uso de equipamentos eletroeletrônicos, desligando as tomadas, apagando as luzes dos ambientes vazios, etc. ) Ao tomar banho, escovar os dentes e lavar o carro, você sempre desliga a torneira da água, enquanto executa essas atividades. ) Ao comprar bens de consumo (roupas, calçados, alimentos, etc.), compro exclusivamente o necessário evitando desperdício. Componente: VALORES AMBIENTAIS j. ( k. ( l. ( ) Ao adquirir bens de consumo, você se preocupa em comprar produtos reciclados, orgânicos, com certificação, biodegradáveis ou de empresas com projetos de responsabilidade ambiental. ) Você exige e/ou cria mecanismos para que outros exijam do poder público, condições dignas de habitação no local em que vive (segurança, urbanização, saneamento básico e ambiental, etc.). ) Ao tomar conhecimento de tráfico de animais silvestres, desmatamentos, queimadas, vendas ilegais de madeiras e de produtos naturais você denuncia. Componente: PREVENÇÃO DA POLUÍCÃO m. ( n. ( o. ( ) Você sempre verifica o funcionamento do sistema de carburação do veículo, e, procura substituir o uso do veículo por caminhadas, bicicleta ou transporte coletivo. ) Ao tomar banho em ambientes naturais você sempre evita usar produtos químicos em pele e cabelos e evita deixar dejetos nesses locais. ) Você se preocupa com a classificação e seleção do lixo separando-os e depositando-os em locais adequados para as coletas seletivas. Instrumento idealizado pelos Profs. Sérgio Souza Magalhães & Clóvis Piau Santos – FTC/VCA 100 QUESTIONÁRIO DOS SERVIÇOS TURÍSTICOS INSTRUMENTO ELABORADO PARA FINS DE PESQUISA NO PROGRAMA REGIONAL DE PÓSGRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL E MEIO AMBIENTE – UESC/BA. Agradeço sua participação nesta pesquisa, parte integrante da investigação sobre a análise do perfil do estilo de vida por atividade de turismo na natureza, para conclusão de Dissertação de Mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Santa Cruz UESC/Ba. Sua participação é de extrema importância para o sucesso desta análise. Tipo de Segmento: ______________________________________Tempo no Mercado: ___________ o o N Funcionários: ______________ N Clientes Mês: ____________________ Data: ____/_____/____ 1. OBJETIVO DA PESQUISA “Analisar o perfil do estilo de vida das pessoas junto às atividades de turismo na natureza.” 2. SOBRE O PREENCHIMENTO DO QUESTIONÁRIO As caixas reservadas para “respostas e comentários” (em cinza) são espaços para opiniões que o colaborador acredite serem pertinentes. Estas caixas vão se adaptando automaticamente ao texto à medida que se vai escrevendo. Os campos em cinza são os campos que devem ser preenchidos. Para preencher os campos é muito simples: 1) clicar sob o quadro; 2) marcar X ou escrever normalmente (de acordo com o que solicita cada questão) 3) ao terminar de responder, gravar este arquivo no seu computador. 4) anexar este arquivo e enviar para: [email protected] [email protected] 5) qualquer dúvida ou problema entrar em contato através de: E-mail: [email protected] Telefone: (0xx77) 9989 1689 3424 1115 QUESTIONÁRIO 01) Qual o grau de importância para seu estabelecimento estar associado ao ativismo participando ou desenvolvendo campanhas ou ações ligadas à conservação ambiental ou a qualquer outro assunto ligado ao meio ambiente, seja para os funcionários ou clientes? Sem importância Pouco Importante Importante Muito Importante Essencial Comentários: 101 02) Qual o grau de importância para seu estabelecimento cuidar da biodiversidade não oferecendo nas opções do cardápio animais abatidos em caça, mantendo áreas verdes como jardins e canteiros sabendo da procedência das plantas, não adquirindo plantas retiradas em áreas naturais? Sem importância Pouco Importante Importante Muito Importante Essencial Comentários: 03) Existe algum tipo de mecanismo em seu estabelecimento para que as pessoas (funcionários e clientes) utilizem racionalmente a energia, água, alimentos e vestuários como avisos, instruções de consumo consciente e algum tipo de tecnologia de economia para consumo? Nenhum Mecanismo Poucas Ações Ações Moderadas Muitas Ações Campanha Intensa Comentários: 04) Ao fazer as compra de bens de consumo (alimentos, vestuários, equipamentos, produtos de limpeza, etc.) o seu estabelecimento tem se preocupado em adquirir produtos biodegradáveis, reciclados, com certificação, orgânicos e de empresas que contribuem com a preservação ambiental? Nenhuma Preocupação – não compramos nenhum tipo de produtos citados. Pouca Preocupação Preocupação Moderadas Muita Preocupação Preocupação Intensa – só compramos produtos com estas características. Comentários: 05) O seu estabelecimento faz a seleção e classificação dos resíduos, depositando em locais adequados para as coletas seletivas? Sem importância – não fazemos seleção e classificação do lixo Pouco Importante Importante Muito Importante Essencial – fazemos diariamente a seleção e classificação do lixo Comentários: 06) Qual o grau de importância para seu estabelecimento oferecer alimentos naturais (frutas, verduras, legumes, cereais integrais, produtos orgânicos, etc.) e restringir alimentos gordurosos, frituras e doces incluindo a opção light e diet nas refeições dos seus clientes? 102 Sem importância Pouco Importante Importante Muito Importante Essencial Comentários: 07) Seu estabelecimento incentiva funcionários e clientes à prática regular de atividades físicas intensas e moderadas diariamente (alongamentos/caminhadas), a evitar o transporte motorizado e a não utilizar mecanismos que poupem esforços físicos? Nenhuma Preocupação – não incentivamos a estas práticas. Pouca Preocupação Preocupação Moderadas Muita Preocupação Preocupação Intensa – incentivamos sempre Comentários: 08) Existe algum tipo de mecanismo de controle da saúde dos clientes usuários do seu estabelecimento, como questionários de avaliação da saúde com relato das últimas doenças e as atuais, campanhas contra fumo e ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, aquisição de aparelhos de medida da pressão arterial, caixa de primeiros socorros, macas, relato do tipo sanguíneo para em caso de acidentes? Nenhum Mecanismo Poucas Ações Ações Moderadas Muitas Ações Ação Intensa Comentários: 09) Existe algum tipo de ação no serviço prestado pelo seu estabelecimento no sentido de oferecer eventos de convivência como encontros culturais, cafés, happy-hours, reuniões, palestras, festas, atividades esportivas em grupo, etc.? Nenhum Mecanismo Poucas Ações Ações Moderadas Muitas Ações Ação Intensa Comentários: 10) Seu estabelecimento oferece algum tipo de serviço prioritariamente como mecanismo para o controle do stress de seus clientes e funcionários? Nenhum Serviço Poucos Serviços Alguns Serviços 103 Muitos Serviços Sempre Oferecemos Serviços Cite os Serviços: 11) No seu entender, o Turismo contribui para a melhoria da qualidade de vida e da saúde das pessoas? Não contribui Contribui pouco Contribui razoavelmente Contribui muito Contribui bastante 12) No seu entender, o Turismo contribui para a conservação e preservação ambiental? Não contribui Contribui pouco Contribui razoavelmente Contribui muito Contribui bastante 13) O meio ambiente e o bem-estar individual são indicadores representativos na elaboração dos serviços turísticos? Sem importância Pouco Importante Importante Muito Importante Essencial Comentários: 14) O turismo pode ser dividido em alguns segmentos, de acordo com a motivação dos turistas (Turismo de Lazer, Turismo de Saúde, Turismo Cultural, Eco-Turismo, entre outros). No seu entender, os segmentos de turismo citados são desenvolvidos de alguma forma nas ações proporcionadas pelo seu estabelecimento? SIM NÃO Se sim, de que maneira desenvolve estas ações. Se não, explique quais os motivos que impedem estas ações. Comentários: 104 15) Marque com X, o quanto é importante implantar serviços, procedimentos, ações e atitudes para a associação do turismo junto à natureza com o bem-estar das pessoas e com o meio ambiente. (quanto mais próximo a 1 = pouco importante). Pouco 1 ------------------------- Muito Importante 2 3 4 5 a) Adotar um Comportamento Ativista b) Ter Cuidado com a Biodiversidade c) Praticar o Consumo Consciente d) Cultivar Valores Ambientais e) Prevenir à Poluição f) Aderir a uma Nutrição Adequada g) Praticar Atividade Física Habitual h) Comportamento Preventivo às Doenças j) Melhorar o Relacionamento Social k) Controlar o Stress l) Incentivar a uma mudança de comportamento dos Funcionários para um estilo de vida saudável m) Proporcionar maior entusiasmo na elaboração de serviços prestados levando em consideração o bemestar e o meio ambiente Comentários: Agradeço muito sua participação. Sérgio Souza Magalhães Av. Franklin Ferraz, 1251, Bloco C – Apt. 203. Bairro: Candeias Vitória da Conquista - Bahia Tel: (0xx77) 9989 1689 3424 1115 105 PENTÁCULO DO MEIO AMBIENTE INSTR UM E NTO ELABO R ADO P AR A FINS DE P E SQ UISA NO P R O G R AM A R E G IO NAL DE P Ó S-G R ADUAÇÃO EM DESE NV O LV IM E NTO R E G IO NAL E M EIO AM BIENTE - UESC/ BA. Perfil do Estilo de Vida Frente ao Meio Ambiente Resposta aos itens do Questionário: Item a b c e d g f h j i k l m n o Escore A tiv i s m o E c o ló g ic o a b c o d Biodiversidade Prevenção da Poluição n 3 e 2 1 m f l g k Valores Ambientais h j Consumo i Interpretação:____________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ 106 PENTÁCULO DO BEM-ESTAR INSTR UM E NTO ELABO R ADO P AR A FINS DE P E SQ UISA NO P R O G R AM A R E G IO NAL DE P Ó S-G R ADUAÇÃO EM DESE NV O LV IM E NTO R E G IO NAL E M EIO AM BIENTE - UESC/ BA. Perfil do Estilo de Vida Individual Resposta aos itens do Questionário: Item a b c e d g f h j i k l m n o Escore N u tr iç ã o a b c o d Atividade Física Controle do Stress n 3 e 2 1 m f l g k R elacionam ento j Social h i Comportamento Preventivo Interpretação:____________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________ 107 APÊNDICE B – Tabelas dos Escores dos Componentes Avaliados para o PEVI do BE e do MA, Número de Indivíduos por Escore e Percentual TABELA 6: Escores das afirmativas do componente Nutrição, número de indivíduos por escore e percentual - Moradores. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados 0 – 1 (indesejável) Percentual 49 10,00% 2 – 3 (pouco desejável) 124 25,31% 4 – 5 (moderadamente desejável) 124 25,31% 6 – 7 (próximo ao desejável) 140 28,56% 53 10,82% 8 – 9 (desejável – ideal) TABELA 7: Escores das afirmativas do componente Atividade Física, número de indivíduos por escore e percentual - Moradores. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados 0 – 1 (indesejável) Percentual 91 18,57% 2 – 3 (pouco desejável) 134 27,35% 4 – 5 (moderadamente desejável) 106 21,63% 6 – 7 (próximo ao desejável) 108 22,04% 51 10,41% 8 – 9 (desejável – ideal) 108 TABELA 8: Escores das afirmativas do componente Comportamento Preventivo, no de indivíduos por escore e percentual - Moradores. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual 0 – 1 (indesejável) 23 4,69% 2 – 3 (pouco desejável) 93 18,98% 4 – 5 (moderadamente desejável) 118 24,08% 6 – 7 (próximo ao desejável) 161 32,86% 95 19,39% 8 – 9 (desejável – ideal) TABELA 9: Escores das afirmativas do componente Relacionamento Social, no de indivíduos por escore e percentual - Moradores. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados 0 – 1 (indesejável) Percentual 5 1,02% 2 – 3 (pouco desejável) 35 7,14% 4 – 5 (moderadamente desejável) 89 18,16% 6 – 7 (próximo ao desejável) 171 34,90% 8 – 9 (desejável – ideal) 190 38,78% TABELA 10: Escores das afirmativas do componente Controle do Stress, no de indivíduos por escore e percentual - Moradores. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados 0 – 1 (indesejável) Percentual 49 10,00% 2 – 3 (pouco desejável) 124 25,31% 4 – 5 (moderadamente desejável) 124 25,31% 6 – 7 (próximo ao desejável) 140 28,56% 53 10,82% 8 – 9 (desejável – ideal) 109 TABELA 11: Escores das afirmativas do componente Ativismo Ecológico, no de indivíduos por escore e percentual - Moradores. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual 0 – 1 (indesejável) 122 24,80% 2 – 3 (pouco desejável) 153 31,20% 4 – 5 (moderadamente desejável) 100 20,50% 6 – 7 (próximo ao desejável) 68 13,91% 8 – 9 (desejável – ideal) 47 9,69% TABELA 12: Escores das afirmativas do componente Biodiversidade, no de indivíduos por escore e percentual - Moradores. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual 0 – 1 (indesejável) 17 3,46% 2 – 3 (pouco desejável) 85 17,35% 4 – 5 (moderadamente desejável) 122 24,89% 6 – 7 (próximo ao desejável) 148 30,21% 8 – 9 (desejável – ideal) 118 24,09% TABELA 13: Escores das afirmativas do componente Consumo, no de indivíduos por escore e percentual - Moradores. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados 0 – 1 (indesejável) Percentual 8 1,63% 2 – 3 (pouco desejável) 42 8,58% 4 – 5 (moderadamente desejável) 82 16,73% 6 – 7 (próximo ao desejável) 143 29,18% 8 – 9 (desejável – ideal) 215 43,88% 110 TABELA 14: Escores das afirmativas do componente Valores Ambientais, no de indivíduos por escore e percentual - Moradores. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados 0 – 1 (indesejável) Percentual 63 10,86% 2 – 3 (pouco desejável) 130 26,54% 4 – 5 (moderadamente desejável) 134 27,34% 6 – 7 (próximo ao desejável) 118 24,08% 45 9,18% 8 – 9 (desejável – ideal) TABELA 15: Escores das afirmativas do componente Prevenção da Poluição, no de indivíduos por escore e percentual - Moradores. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados 0 – 1 (indesejável) Percentual 8 1,63% 53 10,82% 4 – 5 (moderadamente desejável) 108 22,05% 6 – 7 (próximo ao desejável) 192 39,18% 8 – 9 (desejável – ideal) 129 26,32% 2 – 3 (pouco desejável) TABELA 16: Escores das afirmativas do componente Nutrição, no de indivíduos por escore e percentual - Turistas. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual 0 – 1 (indesejável) 21 7,62% 2 – 3 (pouco desejável) 64 22,07% 102 35,17% 6 – 7 (próximo ao desejável) 72 24,83% 8 – 9 (desejável – ideal) 31 10,69% 4 – 5 (moderadamente desejável) 111 TABELA 17: Escores das afirmativas do componente Atividade Física, no de indivíduos por escore e percentual - Turistas. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual 0 – 1 (indesejável) 39 13,45% 2 – 3 (pouco desejável) 53 18,26% 4 – 5 (moderadamente desejável) 51 17,59% 6 – 7 (próximo ao desejável) 85 29,31% 8 – 9 (desejável – ideal) 62 21,39% TABELA 18: Escores das afirmativas do componente Comportamento Preventivo, no de indivíduos por escore e percentual - Turistas. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados 0 – 1 (indesejável) Percentual 6 2,07% 2 – 3 (pouco desejável) 24 8,28% 4 – 5 (moderadamente desejável) 56 19,31% 6 – 7 (próximo ao desejável) 84 28,97% 120 41,38% 8 – 9 (desejável – ideal) TABELA 19: Escores das afirmativas do componente Relacionamento Social, no de indivíduos por escore e percentual - Turistas. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados 0 – 1 (indesejável) Percentual 5 1,72% 2 – 3 (pouco desejável) 12 4,13% 4 – 5 (moderadamente desejável) 45 15,52% 6 – 7 (próximo ao desejável) 119 41,03% 8 – 9 (desejável – ideal) 109 37,59% 112 TABELA 20: Escores das afirmativas do componente Controle do Stress, no de indivíduos por escore e percentual - Turistas. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual 0 – 1 (indesejável) 20 6,90% 2 – 3 (pouco desejável) 41 14,14% 108 37,24% 6 – 7 (próximo ao desejável) 91 31,38% 8 – 9 (desejável – ideal) 30 10,34% 4 – 5 (moderadamente desejável) TABELA 21: Escores das afirmativas do componente Ativismo Ecológico, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual 0 – 1 (indesejável) 33 11,38% 2 – 3 (pouco desejável) 90 31,03% 4 – 5 (moderadamente desejável) 81 27,93% 6 – 7 (próximo ao desejável) 70 24,14% 8 – 9 (desejável – ideal) 16 5,51% TABELA 22: Escores das afirmativas do componente Biodiversidade, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual 0 – 1 (indesejável) 19 6,53% 2 – 3 (pouco desejável) 67 23,10% 4 – 5 (moderadamente desejável) 85 29,31% 6 – 7 (próximo ao desejável) 72 24,83% 8 – 9 (desejável – ideal) 47 16,20% 113 TABELA 23: Escores das afirmativas do componente Consumo, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados 0 – 1 (indesejável) Percentual 5 1,72% 2 – 3 (pouco desejável) 29 10,00% 4 – 5 (moderadamente desejável) 57 19,66% 6 – 7 (próximo ao desejável) 8 – 9 (desejável – ideal) 109 37,59% 90 31,03% TABELA 24: Escores das afirmativas do componente Valores Ambientais, número de indivíduos por escore e percentual - Turistas. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual 0 – 1 (indesejável) 34 11,72% 2 – 3 (pouco desejável) 83 28,62% 4 – 5 (moderadamente desejável) 76 26,20% 6 – 7 (próximo ao desejável) 84 28,97% 8 – 9 (desejável – ideal) 13 4,49% TABELA 25: Escores das afirmativas do componente Prevenção da Poluição, no de indivíduos por escore e percentual - Turistas. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual 0 – 1 (indesejável) 18 6,20% 2 – 3 (pouco desejável) 54 18,62% 4 – 5 (moderadamente desejável) 85 29,31% 6 – 7 (próximo ao desejável) 93 32,07% 8 – 9 (desejável – ideal) 40 13,79% 114 TABELA 26: Escores das afirmativas do componente Nutrição, no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual 0 – 1 (indesejável) 14 14,14% 2 – 3 (pouco desejável) 30 30,31% 4 – 5 (moderadamente desejável) 25 25,25% 6 – 7 (próximo ao desejável) 24 24,24% 8 – 9 (desejável – ideal) 6 6,06% TABELA 27: Escores das afirmativas do componente Atividade Física, no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual 0 – 1 (indesejável) 12 12,12% 2 – 3 (pouco desejável) 18 18,18% 4 – 5 (moderadamente desejável) 18 18,18% 6 – 7 (próximo ao desejável) 32 32,33% 8 – 9 (desejável – ideal) 19 19,19% TABELA 28: Escores das afirmativas do componente Comportamento Preventivo, no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados 0 – 1 (indesejável) Percentual 4 4,04% 2 – 3 (pouco desejável) 18 18,18% 4 – 5 (moderadamente desejável) 24 24,24% 6 – 7 (próximo ao desejável) 31 31,31% 8 – 9 (desejável – ideal) 22 22,22% 115 TABELA 29: Escores das afirmativas do componente Relacionamento Social, no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual 0 – 1 (indesejável) 0 0% 2 – 3 (pouco desejável) 6 6,06% 4 – 5 (moderadamente desejável) 6 6,06% 6 – 7 (próximo ao desejável) 32 32,33% 8 – 9 (desejável – ideal) 55 55,55% TABELA 30: Escores das afirmativas do componente Controle do Stress, no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados 0 – 1 (indesejável) Percentual 3 3,03% 2 – 3 (pouco desejável) 19 19,19% 4 – 5 (moderadamente desejável) 30 30,30% 6 – 7 (próximo ao desejável) 31 31,31% 8 – 9 (desejável – ideal) 16 16,16% TABELA 31: Escores das afirmativas do componente Ativismo Ecológico, no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados 0 – 1 (indesejável) Percentual 8 8,08% 2 – 3 (pouco desejável) 19 19,19% 4 – 5 (moderadamente desejável) 20 20,21% 6 – 7 (próximo ao desejável) 24 24,24% 8 – 9 (desejável – ideal) 28 28,28% 116 TABELA 32: Escores das afirmativas do componente Biodiversidade, no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados 0 – 1 (indesejável) Percentual 3 3,03% 2 – 3 (pouco desejável) 10 10,10% 4 – 5 (moderadamente desejável) 11 11,11% 6 – 7 (próximo ao desejável) 30 30,30% 8 – 9 (desejável – ideal) 45 45,45% TABELA 33: Escores das afirmativas do componente Consumo, no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados 0 – 1 (indesejável) Percentual 1 1,01% 2 – 3 (pouco desejável) 10 10,11% 4 – 5 (moderadamente desejável) 16 16,16% 6 – 7 (próximo ao desejável) 21 21,21% 8 – 9 (desejável – ideal) 51 51,51% TABELA 34: Escores das afirmativas do componente Valores Ambientais, número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados 0 – 1 (indesejável) Percentual 6 6,06% 2 – 3 (pouco desejável) 20 20,20% 4 – 5 (moderadamente desejável) 15 15,15% 6 – 7 (próximo ao desejável) 34 34,34% 8 – 9 (desejável – ideal) 24 24,24% 117 TABELA 35: Escores das afirmativas do componente Prevenção da Poluição, no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR. Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados Percentual 0 – 1 (indesejável) 1 1,01% 2 – 3 (pouco desejável) 5 5,05% 4 – 5 (moderadamente desejável) 15 15,15% 6 – 7 (próximo ao desejável) 32 32,32% 8 – 9 (desejável – ideal) 46 46,46% 118 APÊNDICE C – Perguntas da entrevistas com os gestores dos serviços turísticos da cidade de Mucugê. TABELA 36: Investigação sobre a importância de implantar serviços, procedimentos e ações para a associação do turismo junto à natureza com o BE e o MA. AÇÃO A SER IMPLANTADA A) B) C) D) E) F) G) H) J) K) L) M) Adotar comportamento ativista Ter cuidado com a biodiversidade Praticar o consumo consciente Cultivar valores ambientais Prevenir à poluição Aderir à nutrição adequada Praticar atividade física habitualmente Ter comportamento preventivo às doenças Melhorar o relacionamento social Controlar o stress Incentivar mudanças de comportamentos dos funcionários para um PEVI saudável Proporcionar maior entusiasmo na elaboração dos serviços turísticos levando em consideração o BE e o MA. M188 Magalhães, Sérgio Souza de. Análise do perfil do estilo de vida por atividade de turismo na natureza: o caso da cidade de Mucugê - Bahia/ Sérgio Souza de Magalhães. – Ilhéus, BA: UESC/PRODEMA, 2007. xv, 118 f. : il. Orientador: Alexandre Schiavetti. Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual de Santa Cruz. Programa Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente. Inclui bibliografia e apêndice. 1. Meio ambiente. 2. Turismo – Aspectos ambientais. 3. Qualidade de vida. I. Título. CDD 336.7