UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ
Programa Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente
MESTRADO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL E MEIO AMBIENTE
UESC
ANÁLISE DO PERFIL DO ESTILO DE VIDA POR ATIVIDADE
DE TURISMO NA NATUREZA: O CASO DA CIDADE DE
MUCUGÊ- BAHIA
SÉRGIO SOUZA MAGALHÃES
ILHÉUS - BAHIA
2007
SÉRGIO SOUZA MAGALHÃES
ANÁLISE DO PERFIL DO ESTILO DE VIDA POR ATIVIDADE DE TURISMO
JUNTO A NATUREZA: O CASO DA CIDADE DE MUCUGÊ-BAHIA
PROJETO DE DISSERTAÇÃO PARA DEFESA FINAL
Dissertação apresentada ao Programa Regional de Pósgraduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente, subprograma Universidade Estadual de Santa Cruz, como
parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em
Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente.
Área de Concentração: Ambiente e Saúde
Orientador: Prof. Dr. Alexandre Schiavetti
ILHÉUS - BAHIA
2007
Od
Magalhães, Sérgio Souza
Análise do perfil do estilo de vida por atividade de turismo na
natureza: o caso da cidade de Mucugê-Bahia / Sérgio Souza
Magalhães: UESC, 2007.
xxp. il.
Orientador: Prof. Dr. Alexandre Schiavetti
Dissertação (Mestrado) - Universidade Estadual de Santa
Cruz, 2007.
Bibliografia: f. xx-xx.
1. Estilo de Vida. 2. Saúde. 3. Bem-Estar. 4. Meio
Ambiente. 5. Turismo. I. Universidade Estadual de Santa Cruz,
Programa Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento
Regional e Meio Ambiente. II. Schiavetti, Alexandre. III. Título.
CDD
SÉRGIO SOUZA MAGALHÃES
ANÁLISE DO PERFIL DO ESTILO DE VIDA POR ATIVIDADE DE TURISMO
JUNTO A NATUREZA: O CASO DA CIDADE DE MUCUGÊ-BAHIA
Dissertação apresentada ao Programa Regional de Pósgraduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente, subprograma Universidade Estadual de Santa Cruz, como
parte dos requisitos para a obtenção do título de Mestre
em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente.
Área de concentração: Ambiente e Saúde.
Orientador: Prof. Dr. Alexandre Schiavetti
COMISSÃO EXAMINADORA
Ilhéus - BA, 18 de dezembro de 2007.
__________________________________________
Alexandre Schiavetti - DCAA
Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC
(Orientador)
__________________________________________
Marco Aurélio Ávila – DS
Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC
__________________________________________
Paulo Marinho de Oliveira – Dr.
CEFET/BA – UE-Vitória da Conquista
DEDICATÓRIA
A toda minha família, irmãos e pais, pela segurança e caráter que me deram;
Aos amigos, fiéis companheiros de uma jornada descrita;
Ao meu filho, João Diogo, que por sua existência me impulsiona e me dá
determinação de nunca parar numa busca incessante de paz, antecipando
diariamente uma felicidade maior que estar por vir;
Aos compadres Clóvis e Deise Piau, que com seu apoio e paciência me acolheram
com amor e carinho;
A todos os colegas e professores do programa de mestrado que estiveram ao meu
lado nesta trajetória, e em especial ao Prof. Dr. Max de Menezes pela partida do
trabalho.
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela orientação constante;
A Gabriela Lins pela compreensão das diversas ausências;
Ao amigo Euvaldo Ribeiro, do Projeto Sempre Viva, pela disposição e presteza que
sempre me atendeu;
Ao Alex, Prof. Dr. Alexandre Schiavetti pela paciência e por sua disposição.
Ao Prof. Neylor Calazans pelos constantes puxões de orelha.
LISTA DE TABELAS
1
TABELA 1: Numero de Escolares Visitantes do Parque Municipal de Mucugê
no Ano de 2005 nos Períodos de Alta e Baixa Estação...............45
2
TABELA 2: Controle de Visitação do Parque Municipal de Mucugê nos
últimos 8 anos............................................................................49
3
TABELA 3: Nível de significância da determinação entre o PEVI do BE e do
PEVI do MA para os moradores..................................................76
4
TABELA 4: Nível de significância da determinação entre o PEVI do BE e
do PEVI do MA para os turistas..................................................77
5
TABELA 5: Nível de significância da determinação entre o PEVI do BE e do
PEVI do MA para os moradores dos serviços turísticos............77
6
TABELA 6: Escores das afirmativas do componente Nutrição, número de
indivíduos por escore e percentual - Moradores.......................107
7
TABELA 7: Escores das afirmativas do componente Atividade Física,
número de indivíduos por escore e percentual - Moradores......107
8
TABELA 8: Escores das afirmativas do componente Comportamento
Preventivo, no de indivíduos por escore e percentual Moradores.................................................................................108
9
TABELA 9: Escores das afirmativas do componente Relacionamento Social,
número de indivíduos por escore e percentual - Moradores......108
10
TABELA 10: Escores das afirmativas do componente Controle do Stress,
número de indivíduos por escore e percentual - Moradores......108
11
TABELA 11: Escores das afirmativas do componente Ativismo Ecológico,
número de indivíduos por escore e percentual - Moradores......109
12
TABELA 12: Escores das afirmativas do componente Biodiversidade,
número de indivíduos por escore e percentual - Moradores......109
13
TABELA 13: Escores das afirmativas do componente Consumo, número de
indivíduos por escore e percentual - Moradores.....................109
14
TABELA 14: Escores das afirmativas do componente Valores Ambientais,
número de indivíduos por escore e percentual -Moradores.....110
15
TABELA 15: Escores das afirmativas do componente Prevenção da Poluição,
número de indivíduos por escore e percentual - Moradores....110
16
TABELA 16: Escores das afirmativas do componente Nutrição, número de
indivíduos por escore e percentual - Turistas.........................110
17
TABELA 17: Escores das afirmativas do componente Atividade Física,
número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.......111
18
TABELA 18: Escores das afirmativas do componente Comportamento
Preventivo, número de indivíduos por escore e percentual Turistas....................................................................................111
19
TABELA 19: Escores das afirmativas do componente Relacionamento Social,
número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.......111
20
TABELA 20: Escores das afirmativas do componente Controle do Stress,
número de indivíduos por escore e percentual - Turistas........112
21
TABELA 21: Escores das afirmativas do componente Ativismo Ecológico,
número de indivíduos por escore e percentual - Turistas........112
22
TABELA 22: Escores das afirmativas do componente Biodiversidade, número
de indivíduos por escore e percentual - Turistas.....................112
23
TABELA 23: Escores das afirmativas do componente Consumo, número de
indivíduos por escore e percentual - Turistas.........................113
24
TABELA 24: Escores das afirmativas do componente Valores Ambientais,
número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.......113
25
TABELA 25: Escores das afirmativas do componente Prevenção da Poluição,
número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.......113
26
TABELA 26: Escores das afirmativas do componente Nutrição, número de
indivíduos por escore e percentual - MSTUR.........................114
27
TABELA 27: Escores das afirmativas do componente Atividade Física,
número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.......114
28
TABELA 28: Escores das afirmativas do componente Comportamento
Preventivo, número de indivíduos por escore e percentual MSTUR....................................................................................114
29
TABELA 29: Escores das afirmativas do componente Relacionamento Social,
número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR........115
30
TABELA 30: Escores das afirmativas do componente Controle do Stress,
número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR........115
31
TABELA 31: Escores das afirmativas do componente Ativismo Ecológico,
número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR........115
32
TABELA 32: Escores das afirmativas do componente Biodiversidade, número
de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.....................116
33
TABELA 33: Escores das afirmativas do componente Consumo, número de
indivíduos por escore e percentual - MSTUR..........................116
34
TABELA 34: Escores das afirmativas do componente Valores Ambientais,
número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR........116
35
TABELA 35: Escores das afirmativas do componente Prevenção da Poluição,
número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR........117
36
TABELA 36: Investigação sobre a importância de implantar serviços,
procedimentos e ações para a associação do turismo
junto à natureza com o BE e o MA..........................................118
LISTA DE FIGURAS
1
Mapa da América do Sul, Brasil, Bahia, Chapada Diamantina e o
da PARNA da Chapada Diamantina.........................................................37
2a
Foto de Satélite da Cidade de Mucugê e do PARNA................................38
2b
Mapa da Cidade de Mucugê e do PARNA................................................38
3
Municípios que Fazem Parte do PARNA...................................................40
4
Mapa do Parque Municipal de Mucugê.....................................................40
5
Foto do Fruto Mucugê...............................................................................42
6
Programa de Educação Ambiental – Aula de Campo...............................44
7a
2º Encontro Nacional Saúde & Bem-Estar, 2006......................................46
7b
Trilha Interpretativa...................................................................................46
8a
Representação Gráfica Desfavorável do Estilo de Vida............................54
8b
Representação Gráfica Favorável do Estilo de Vida.................................54
9
Distribuição do Nível de Escolaridade dos Moradores da Cidade de
Mucugê......................................................................................................59
10
Distribuição da Renda Salarial dos Moradores da Cidade de Mucugê.....60
11
Distribuição do Tempo de Residência dos Moradores da Cidade de
Mucugê......................................................................................................60
12
Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do
Pentáculo do Meio Ambiente – Moradores...............................................64
13
Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e
do Pentáculo do Meio Ambiente – Turistas. ...........................................67
14
Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e
do Pentáculo do Meio Ambiente dos grupos de Turistas nos períodos
de visitação..............................................................................................69
15
Média do PEVI do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio
Ambiente dos grupos de Turistas nos períodos de visitação..................69
16
Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e
do Pentáculo do Meio Ambiente – MSTUR. .........................................72
17
Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e
do Pentáculo do Meio Ambiente dos 03 grupos avaliados...................74
18
Média do PEVI do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio
Ambiente dos 03 grupos avaliados......................................................74
19
Determinação entre o PEVI do BE e o PEVI do MA entre os Moradores.76
20
Determinação entre o PEVI do BE e o PEVI do MA entre os Turistas.....76
21
Determinação entre o PEVI do BE e o PEVI do MA entre os Moradores
dos Serviços Turísticos.........................................................................77
22
Média do PEVI do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio
Ambiente dos números de visitas por ano em ambientes naturais pelos
turistas....................................................................................................78
23
Média das respostas do questionário que investiga a relação do grau
de influência do estilo de vida ideal na elaboração dos serviços
turísticos em números relativos............................................................80
24
Grau de importância das ações a serem implantadas nos serviços
turísticos – números absolutos.............................................................81
LISTA DE SIGLAS
ACVM
Associação dos Condutores de Visitantes de Mucugê
BE
Bem-Estar
CEI
Centro de Estatística e Informações
CMAD
Comissão Mundial Sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
DCNTs
Doenças Crônicas Não Transmissíveis
IBGE
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IPHAN
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
MA
Meio Ambiente
MEC
Ministério da Educação
MS
Ministério da Saúde
MSTUR
Moradores que Trabalham no Serviço Turístico
OMS
Organização Mundial da Saúde
OMT
Organização Mundial do Turismo
PARNA
Parque Nacional da Chapada Diamantina
PEA
População Economicamente Ativa
PEVI
Perfil do Estilo de Vida Individual
PNUD
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
UNESCO
Órgão da Nações Unidas para o Desenvolvimento da Educação,
Ciência e Cultura
WHO
World Heath Organization
SUMÁRIO
RESUMO................................................................................................................. xiv
ABSTRACT .............................................................................................................. xv
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 16
2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 18
2.1 Objetivo Geral.....……………………........……………………………………………18
2.2 Objetivos Específicos..……………………...........…………………………………...18
3 REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................. 19
3.1 Estilo de Vida, Saúde, Qualidade de Vida, Meio Ambiente, Bem-Estar e Turismo:
Apresentando Conceitos e Definições........................................................……….....19
3.1.1 Estilo de Vida...........…………………………………………………………………19
3.1.2 Saúde......…………..…………………………………………………………………20
3.1.3 Qualidade de Vida........……………………………………………………………..22
3.1.4 Meio Ambiente……….....……………………………………………………………23
3.1.5 Bem-Estar.………………....…………………………………………………………24
3.1.6 Turismo..……………………...………………………………………………………24
3.2 Relações Entre Estilo de Vida, Saúde, Qualidade de Vida, Meio Ambiente,
Bem-Estar e Turismo: Construindo uma Rede de Interação........................….……..26
3.2.1 Estilo de Vida e Saúde......................................................................................27
3.2.2 Qualidade de Vida, Estilo de vida e Saúde......................................................30
3.2.3 Estilo de Vida, Saúde e Meio Ambiente............................................................31
3.2.4 Estilo de vida, Turismo e Meio Ambiente .........................................................33
3.2.5 Estilo de Vida, Turismo e Bem-Estar................................................................35
4 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO E SUA POPULAÇÃO ....................37
4.1 Localização,Características Geográficas e Sócioambientais...............................37
4.2 Um Breve Histórico do Surgimento do Município de Mucugê..............................41
4.3 O Turismo na Cidade de Mucugê........................................................................43
5 METODOLOGIA..................................................................................................... 47
5.1 Tipo de Estudo..…....................................................................................…….....47
5.2 População de Estudo...........................................................................................48
5.3 Procedimentos Metodológicos...………………………………………….................48
5.3.1 Pesquisa Bibliográfica.......................................................................................48
5.3.2 Amostragem......................................................................................................49
5.3.3 Definição dos Instrumentos de Pesquisa..........................................................51
5.3.4 Procedimentos para Coleta de Dados...............................................................54
5.3.5 Análise dos Dados.............................................................................................55
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES...........................................................................58
6.1 Dados Gerais da Amostra ................................................................................... 58
6.2 Verificação do Perfil do Estilo de Vida relacionado ao Bem-Estar e relacionado
ao Meio Ambiente.......................................................................................................61
6.2.1 Análise dos Dados do PEVI dos Moradores da Cidade de Mucugê.................61
6.2.2 Análise dos Dados do PEVI dos Visitantes/Turistas.........................................65
6.2.3 Análise dos Dados do PEVI dos Moradores - MSTUR.....................................70
6.2.4 Análise dos Dados do PEVI Entre Grupos........................................................73
6.3 Análise da Determinação Entre o PEVI Relacionado ao BE e do PEVI
Relacionado ao MA....................................................................................................75
6.4 Análise da Influência do PEVI Ideal na Elaboração dos Serviços Turísticos.......79
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................83
8 REFERÊNCIAS.......................................................................................................85
APÊNDICES.............................................................................................................. 95
xiv
ANÁLISE DO PERFIL DO ESTILO DE VIDA POR ATIVIDADE DE TURISMO
JUNTO A NATUREZA: CASO CIDADE DE MUCUGÊ-BAHIA
RESUMO
Vive-se na chamada era do estilo de vida, uma vez que as principais doenças e
causas de morte neste milênio estão associadas prioritariamente à maneira como os
seres humanos vivem. As pessoas através do modo de vida vêm impactando o meio
ambiente. O estudo objetivou analisar o perfil do estilo de vida individual nas
atividades de turismo junto à natureza. Foi utilizada a cidade de Mucugê na
Chapada Diamantina para a aplicação do estudo, este de caráter descritivo numa
abordagem qualitativa e quantitativa. A amostra foi constituída por 890 indivíduos de
ambos os sexos e com idades entre 10 e 92 anos, composta de moradores, turistas
e moradores que trabalham em serviços turísticos. Fora utilizado 02 questionários
estruturados, o pentáculo do bem-estar e o pentáculo do meio ambiente, para
verificação do perfil individual do estilo de vida, e, um questionário semi-estruturado
para verificação da influência do perfil do estilo de vida na elaboração dos serviços
turísticos. Foi utilizada a estatística descritiva com médias e correlações para as
análises, juntamente com uma escala de valores para interpretação através dos
comportamentos. Encontrou-se uma semelhança no perfil do estilo de vida frente ao
bem-estar para todas as populações num comportamento moderadamente desejável
e um perfil próximo ao desejável para a população dos moradores que trabalham
nos serviços turísticos. Foi encontrada uma determinação baixa entre os perfis. Os
serviços turísticos não foram elaborados a partir do perfil ideal do estilo de vida
individual. Sugere-se que este estudo seja feito em outras populações de acordo a
motivação do turista na sua visita a uma localidade.
Palavras-chave: Estilo de Vida; Saúde; Meio Ambiente; Bem-Estar; Turismo.
xv
ANALYSIS OF THE LIFE STYLE PROFILE FOR TOURISM ACTIVITY NEXT TO
THE NATURE: THE CASE OF CITY OF MUCUGÊ IN BAHIA.
ABSTRACT
We live in the life style era, once the main diseases and the death causes, in this
millennium, are mostly associated to our way of living. People through their life style
can damage the environment. The study aimed at analyzing the individuals’ life style
in tourism activities next to the Nature. The city of Mucugê, in Chapada Diamantina,
was used as the location for the study, which was descriptive and based on a
qualitative and quantitative approaching. The sampling held a group of 890 people
from both genders, between 10 and 92 years old, including local inhabitants, tourists
and inhabitants who worked for tourism services. We used the wellness pentagram
quiz and the environment pentagram quiz, a questionnaire used to verify the
influence of the life style in tourist services, in order to verify the life style of each
subject. We also used a descriptive statistics method, using averages and
correlations to analyze each collected data and a scale of values in order
to consider every behavior. We found similarities in life style profile and wellness in
every population according to a desirable moderated behavior and next to desirable
profile for the group of the tourism workers inhabitants. We found low correlation
between the profiles, as well. The tourism services were not developed according to
the ideal profile of the individuals’ life style. We suggest that the study should be
applied to other populations according to tourist motivation of visiting a place.
Key-words: Life Style; Health; Enviroment; Wellness;Turism.
16
1 INTRODUÇÃO
O estilo de vida passou a ser considerado fundamental na promoção da
saúde, como indicador de qualidade de vida e na redução da morbi-mortalidade por
todas as causas. Nesta perspectiva, valorizam-se elementos que contribuem para o
bem-estar pessoal, dentre eles: o controle do stress, a nutrição equilibrada e
adequada, a atividade física habitual, os comportamentos preventivos à doenças e o
cultivo de relacionamentos sociais.
Os componentes do estilo de vida são influenciados pela idade e pela
experiência de vida das pessoas. Esses componentes sofrem influência também das
condições de vida e modus vivendi, além disto, a utilização dos componentes
constitutivos do estilo de vida é influenciada pela mídia, educação, renda,
oportunidades, ambiente, dentre outros.
Os problemas ambientais afligem não somente à natureza, mas também ao
homem. Este vem se apresentando com freqüência como agente causador de
grande parte dos distúrbios ambientais.
A atividade turística pode possibilitar as pessoas, através do aprendizado de
novos conhecimentos, do desejo e da ação a inclusão de novos comportamentos,
tanto no sentido individual quanto ambiental, deste que as pessoas reconheçam
algum benefício em suas escolhas.
Desta forma, este estudo procura apontar o perfil do bem-estar individual e do
comportamento frente ao meio ambiente dos diversos participantes da atividade
turística em áreas naturais, assim como, também indica pressupostos teóricos para
construção do problema; procura apresentar uma associação do comportamento
frente ao bem-estar individual com o comportamento pro - ativo ao meio ambiente, e,
investiga a participação do perfil do estilo de vida saudável e da responsabilidade
ambiental na elaboração dos serviços turísticos.
17
Não se trata de apresentar soluções e nem indicar as causalidades, e sim,
através de um corte transversal trazer à tona a realidade do perfil do estilo de vida
das pessoas envolvidas através dos diversos componentes constituintes dos estilos
de vida.
Para isso, fora escolhida a cidade de Mucugê, na Chapada Diamantina
(Bahia) para a questão apresentada, por apresentar fluxo de turistas que freqüentam
anualmente a região, por possuir um Parque Municipal, onde funciona o Projeto
Sempre Viva e por abrigar 52% do Parque Nacional da Chapada Diamantina –
PARNA da Chapada Diamantina.
O modelo de estudo implicou na escolha de uma metodologia de abordagem
do problema de forma qualitativa e quantitativa para mensurar valores e hábitos
numa escala apropriada. Para o caráter descritivo da pesquisa foi feito um corte
transversal com diversas visitas ao município. Questionários estruturados foram
realizados para testar as hipóteses. Os resultados de uma forma geral foram
apresentados utilizando-se estatística descritiva com opiniões do autor para
contextualização dos fatos.
Através dos dados foi possível avaliar o perfil do estilo de vida dos moradores,
turistas e das pessoas que trabalham nos serviços turísticos. Não foram encontradas
diferenças expressivas entre os grupos avaliados. Existe uma baixa determinação
entre o perfil do estilo de vida relacionado ao bem-estar e ao meio ambiente e, os
serviços turísticos da cidade de mucugê não levaram em consideração na sua
elaboração os componentes do bem-estar e do meio ambiente.
18
2. OBJETIVOS
2.1 Geral
Analisar o perfil do estilo de vida das pessoas envolvidas nas atividades de
turismo em áreas naturais em relação ao bem-estar e ao meio-a ambiente na cidade
de Mucugê, Ba.
2.2 Específicos
- Verificar o perfil do estilo de vida individual frente ao bem-estar;
- Verificar o perfil do estilo de vida individual frente ao meio ambiente;
- Identificar a associação do comportamento frente ao bem-estar individual
com o comportamento frente ao meio ambiente.
- Avaliar a participação do perfil do estilo de vida ideal na elaboração dos
serviços turísticos da cidade de Mucugê.
19
3 REVISÃO DE LITERATURA
3.1 Estilo de Vida, Saúde, Qualidade de Vida, Meio Ambiente, Bem-Estar e
Turismo: apresentando e discutindo conceitos e definições.
Por se tratar de um estudo com características complexas e de interação com
diversas áreas do conhecimento faz-se necessária à conceituação dos elementos
que o constituem, discutindo de forma a atender a abordagem da temática
apresentada.
3.1.1 Estilo de Vida
Por estilo de vida, entende-se o conjunto de ações cotidianas que refletem as
atitudes e valores das pessoas. As ações cotidianas, as quais se chamam de
hábitos, juntamente com as ações conscientes estão associadas à percepção de
qualidade de vida que as pessoas trazem consigo mesmo. Os diversos
componentes indicativos do estilo de vida podem variar ao longo dos anos. No
entanto, o indivíduo, conscientemente, deve reconhecer um valor no comportamento
que se precise cessar ou incrementar no conjunto das ações, além de perceber-se
como capaz de realizar as mudanças almejadas (SALLIS & OWEN, 1999).
Gonçalves & Vilarta (2004) caracterizam estilo de vida como os hábitos
aprendidos e adotados durante toda a vida, relacionados com a realidade familiar,
ambiental e social, resultando da integração de diversos fatores que compõe a
existência humana. De fato, vários autores concordam que diversos hábitos
influenciam no estilo de vida das pessoas e das coletividades, consequentemente
nas ações realizadas em seu meio. No entanto, vale ressaltar que é um imenso
desafio propor que pessoas situadas em algumas condições materiais adversas,
dentro de processos culturais e educacionais distintos, modifiquem e se mantenham
dentro de uma nova condição de prática de hábitos saudáveis.
20
Lessa (1999), Minayo, Hartz, Buss (2000) lembra que o estilo de vida inclui
hábitos e comportamentos auto-determinados, adquiridos social ou culturalmente, de
modo individual ou em grupos, sugere ainda que, quando se trata de estilo de vida
pressupõe-se que o indivíduo tem controle sobre suas ações, e que estas podem ser
prejudiciais ou benéficas à saúde.
Nesta perspectiva valorizam-se elementos que contribuem para o bem-estar
pessoal, dentre eles: o controle do stress, a nutrição equilibrada e adequada, a
atividade física habitual, os comportamentos preventivos a doenças e o cultivo de
relacionamentos sociais (NAHAS, 2001). Um estilo de vida inadequado pode estar
associado a diversos agravos a saúde, a exemplo das Doenças Crônicas Não
Transmissíveis - DCNT´s, entre elas o aumento da massa corporal total, que
geralmente é acompanhada por níveis pressóricos altos, taxas de colesterol
sanguíneo elevada, diabetes, entre outras (NETO & MIRANDA, 2003), ainda, as
doenças cardiovasculares, o câncer, o diabetes, a cirrose hepática, os transtornos
mentais, as doenças osteomusculares, a obesidade mórbida e as dislipidemias entre
outras (BRASIL, 2002).
3.1.2 Saúde
Não existe um consenso a respeito da definição da saúde, a não ser o fato de
que ela não pode ser entendida meramente como “ausência de doenças”, onde se
preserva o conceito equivocado e dicotômico de uma pessoa ser absolutamente
saudável ou doente (NAHAS, 1995; 2000). Este entendimento foi anunciado pela
OMS na perspectiva de conceituá-la como um estado de completo bem-estar, físico,
mental e social (WHO, 1978).
Hoje não se entende saúde apenas como não estar doente, segundo
DeVRIES (1978), NAHAS (1996: 2000; 2001), GRANDE (1991), BOUCHARD et al.
(1994) e NIEMAN (1999) há uma tendência em se mudar de um paradigma biológico
para um ecológico, definindo saúde holisticamente como uma condição humana com
dimensões física, social e psicológica, avaliada numa escala contínua, com pólos
positivo e negativo, resultante da complexa interação de fatores hereditários,
ambientais e do estilo de vida.
A saúde positiva estaria associada com a
capacidade de apreciar a vida e de resistir aos desafios do cotidiano, enquanto a
21
saúde negativa associada a comportamentos de risco, morbidade e, no extremo,
com a mortalidade.
Apesar da evolução conceitual a respeito da saúde levar em consideração o
estado de saúde positiva ou bem-estar, até bem pouco tempo atrás, para avaliação
de estudos epidemiológicos, os indicadores de saúde eram somente negativos,
como a taxa de mortalidade e morbidade, e em muitas vezes tomava-se como base
do nível de saúde de determinada localidade apenas a taxa de mortalidade infantil
(NAHAS, 1996).
Com o surgimento dessas novas idéias, passaram também a ser
considerados os indicadores positivos, levando-se em conta outros determinantes
para alcançar a almejada qualidade de vida, tais como: orgânicos ou biológicos
(saúde e doença), psicológicos (identidade, auto-estima, criatividade, habilidade),
sociais (vida familiar, vida sexual, relacionamentos), comportamentais (vida
profissional, hábitos, repouso, lazer), materiais (habitação, bens, renda) e estruturais
(concepção sócio-política, posição social), (TOLEDO, 2006). Portanto, a saúde, não
é uma condição estática, existente somente devido à chamada ausência de
doenças, mas sim um processo de aprendizagem, tomada de decisão e ação para a
otimização do bem-estar próprio.
A tendência atual em vigilância à saúde, pelo menos em discurso, são os
planejamentos de ações em vista ao processo da promoção da saúde através da
concepção do processo de capacitação das pessoas para aumentar o controle sobre
sua saúde e melhorá-la, indo além de estilos de vidas saudáveis para condições
fundamentais e recursos para a saúde: paz, abrigo, educação, comida, rendimentos,
eco sistema estável, recursos sustentáveis, justiça social e equidade.
O que tem sido conduzido por uma prática estratégica interligada como
propõe a Carta de Ottawa (1986) apud TERRIS (1992) entre as ações intersetoriais
para alcançar uma política saudável, tanto quanto uma política de saúde pública;
pela afirmação do papel ativo do público usando o conhecimento sobre sua saúde
para fazer escolhas saudáveis que conduza à saúde e aumentar o controle sobre
sua própria saúde e meio ambiente e, pela ação comunitária por pessoas no nível
local.
Este documento aponta diversos campos de ação urgentes e prioritários para
a promoção da saúde, e dentre estes está à criação de ambientes favoráveis,
destacando-se que a proteção do meio ambiente e a utilização adequada dos
22
recursos naturais devem fazer parte de qualquer estratégia de promoção da saúde.
O termo “ambientes favoráveis” inclui os aspectos físicos e sociais, atingindo,
portanto, não só a natureza, mas todos os espaços nos quais as pessoas vivem: a
comunidade, as casas, o trabalho, as escolas e os ambientes de lazer (BRASIL,
2001).
3.1.3 Qualidade de Vida
Ao conceituar qualidade de vida Minayo et al. (2000) ressalta a configuração
de este ser um vocábulo polissêmico, já que implica inúmeros sentidos e
significados. Qualidade de vida literalmente significa várias coisas. Diz respeito a
como as pessoas vivem, sentem e compreendem seu cotidiano. Envolve, portanto,
saúde, educação, transporte, moradia, trabalho e participação nas decisões que lhes
dizem respeito e determinam como vive o mundo (GONÇALVES & VILARTA, 2004).
Compreende também, desse modo, situações extremamente variadas, como anos
de escolaridade, atendimento digno em caso de doenças e acidentes, conforto e
pontualidade nas decisões para se dirigir a diferente locais, alimentação em
quantidade suficiente e com qualidade adequada e, até mesmo, posse de aparelhos
eletrodomésticos (PIRES et al., 1998).
Para Pelicioni (1998, p.24) a conceituação de qualidade de vida aponta para
um novo entendimento,
O conceito de qualidade de vida transcende o conceito de padrão do
nível de vida, de satisfação das necessidades humanas do “ter” para
a valorização da existência humana do “ser” e deve ser avaliada pela
capacidade que tem determinada sociedade de proporcionar
oportunidades de realização pessoal a seus indivíduos no sentido
psíquico, social e espiritual ao mesmo tempo em que lhes garante um
nível de vida minimamente aceitável.
Difícil de ser objetivamente definida, qualidade de vida pode ser considerada
como um conjunto de parâmetros individuais, socioculturais e ambientais que
caracterizam as condições em que vivem os seres humanos (NAHAS, 1997). Minayo
(2002) examina que a qualidade de vida é resultado das condições subjetivas do
indivíduo nos vários subdomínios que compõe a sua vida, como por exemplo,
trabalho, vida social, saúde física, humor, etc. Corroborando, Shephard (1996) define
23
qualidade de vida como uma percepção individual relativa às condições de saúde e
a outros aspectos gerais da vida pessoal.
Nahas (1997) ressalta ainda, que a inter-relação mais ou menos harmoniosa
dos fatores que moldam o cotidiano do ser humano resulta numa rede de fenômenos
e situações que, abstratamente, pode ser chamada de qualidade de vida. Associa-se
à expressão qualidade de vida a fatores como estado de saúde, longevidade,
satisfação no trabalho, relações familiares, disposição e até espiritualidade e
dignidade. Gonçalves e Vilarta (2004) sugerem algumas opiniões como segurança,
felicidade, lazer, saúde, condição financeira estável, família, amor e trabalho.
Outros elementos também estão associados para estudar esses significados
como sugere Gonçalves e Vilarta (2004) tais como, aspectos culturais, históricos e
de classes sociais, conjuntos de condições materiais e não-materiais, diferenças por
faixas etárias e condições de saúde das pessoas ou de uma comunidade.
Contudo, não seria possível deixar de apontar o pensamento de Moreira
(2001, p. 24-25), “atentar para a qualidade de vida provavelmente exigirá de todos
nós a consciência de cultivar o interesse pela vida das outras pessoas e do nosso
planeta, quer no momento presente, quer nas gerações futuras”. O autor depois de
uma revisão extensa sobre a crise do século XX e ao afirmar que é necessário
aprender com o passado, mudar paradigmas, os valores na sociedade pós-industrial
e adotar uma epistemologia motora, define qualidade de vida como o compromisso
em aperfeiçoar a arte de viver e de conviver.
3.1.4 Meio Ambiente
Tema de diversas discussões e definições o meio ambiente vem ao longo dos
anos recebendo diversos conceitos que procuram trazer com maior interação o seu
significado, não obtendo, contudo, um consenso a respeito de seu conceito,
transformando-o em representação social. O ecólogo Ricklefs (1993), define meio
ambiente como o que circunda um organismo incluindo as plantas, os animais com
os quais ele interage. Já para o ecólogo Duvigneaud (1984), o meio ambiente deve
evidenciar dois aspectos: a) meio ambiente abiótico físico e químico e b) meio
ambiente biótico. No entanto, para Silliamy (1980), o meio ambiente pode ser
entendido como o que circunda um individuo ou um grupo. A noção de meio
24
ambiente, engloba, ao mesmo tempo, o meio cósmico, geográfico, físico e o meio
social com suas instituições, cultura e valores. Insere-se ainda uma definição de
Reigota (1994), para meio ambiente, que o trata como o lugar determinado ou
percebido, onde os elementos naturais e sociais estão em relações dinâmicas e
interação. Contudo, por falta de um consenso, adota-se para este estudo, a posição
de que meio ambiente é um determinado lugar onde diversos elementos mantêm
entre si uma interação.
3.1.5 Bem-Estar
Conceito analisado por Seaward (1997) propõe que bem-estar é a integração
harmoniosa entre os componentes mentais, físicos, espirituais e emocionais. O autor
sugere que o bem-estar é sempre maior que a soma dos seus componentes. Nahas
(2000) diz que a saúde é determinada por meios objetivos e subjetivos, no entanto, o
bem-estar é sempre uma percepção, fruto de uma avaliação subjetiva individual.
Diversos são os indicadores dos componentes do bem-estar, dentre eles: as
sensações sobre sintomas e estado de saúde corporal, presença de dor,
energia/fadiga, doença, distúrbios do sono, sentimentos negativos e positivos como
depressão, ansiedade, raiva/irritabilidade, afeto, percepção positiva e negativa sobre
si próprio, auto-estima, sensação de domínio e controle sobre si, sentimentos gerais
sobre a saúde e sua evolução, satisfação com a vida e noções sobre as
expectativas idealizadas e a realidade da vida (GONÇALVES & VILARTA, 2004).
3.1.6 Turismo
O turismo se caracteriza como atividade multidisciplinar, onde engloba
diversos setores econômicos que contribui para a compreensão internacional, para a
paz e a prosperidade dos países (OMT, 2001). Atualmente o turismo destaca-se
como o primeiro setor da economia mundial. Ansarah (2001) propõe que o turismo
seja muito mais que um setor, seja uma atividade que se estende de forma direta por
vários setores da economia, e, de forma indireta, por todos os demais setores.
Compõe a atividade econômica do turismo, os transportes, os meios de
25
hospedagem, os agenciamentos de viagens e as práticas de lazer, além de outras
tantas ações mercadológicas que produzem riquezas e geram empregos para
muitas regiões e países (LAGE e MILONE, 2000).
O turismo proporciona o atendimento das necessidades humanas de
aventura, de descoberta, de movimento, de apreciação da natureza e a satisfação
das ambições estéticas, perpetuando a tradição, o folclore e as artes (SOUZA et al.,
2006).
Difícil de ser definido devido à amplitude característica da atividade, onde
atuações e interações distintas (rede de técnicas complementares) são acompanha
pela atividade, o turismo é uma atividade que compreende as ações que as pessoas
realizam durante suas viagens e estadas em lugares diferentes do seu entorno
habitual, por um período consecutivo inferior a um ano, com finalidade de lazer,
negócios e outras (OMT, 2001).
Existe uma dificuldade em dar um marco teórico ao turismo, no entanto as
definições sempre apresentam uma característica comum a todas elas: o
deslocamento do ambiente habitual (OLIVEIRA, 2007).
Atualmente o deslocamento para ambientes naturais tem crescido em
diversos países. Dados da World Resources Institute indicaram um crescimento de
em até 30%, enquanto o turismo geral cresceu a 4% no final do século (WEARING &
NEIL, 2001).
Na tentativa de associar a prática do turismo ao desenvolvimento sustentável,
autores têm dado uma ênfase na discussão e prática desta associação, a fim de
agregar ao turismo também este novo paradigma, definindo-o também como a
tentativa de satisfazer as necessidades do presente sem comprometer as das
futuras gerações (CMAD, 1988).
O turismo sustentável objetiva atender às necessidades de lazer dos turistas
e de desenvolvimento dos núcleos receptores, preservando o meio ambiente local
Inclui-se ainda nesta perspectiva a reprodução e regeneração dos recursos naturais,
a contribuição das comunidades locais, a preservação dos manifestos culturais como
atrativo turístico e uma distribuição eqüitativa dos benefícios econômicos advindos
das atividades recreacionais, enfatizando sempre a participação da população local
na tomada de decisões (PIRES, 1999 apud MATHEUS et. al., 2005).
26
3.2 Relações entre Estilo de Vida, Saúde, Qualidade de Vida, Meio Ambiente,
Bem-Estar e Turismo: construindo uma rede de interação.
Estilo de vida, saúde, qualidade de vida, meio ambiente e bem-estar são
peças imbricadas para o equilíbrio da vida do homem no planeta. Essas associações
apresentam forte relação com a longevidade e expectativa de vida das pessoas
(NAHAS, 2001). Espera-se que em 2025 as pessoas com mais de 60 anos
representem um terço da população total em países desenvolvidos (WHO, 2002).
Em nosso país a projeção é que tenhamos no ano de 2020, um idoso para cada 13
residentes no Brasil (BERQUÓ, 1996 apud CARVALHO, 2003). Estimativas têm sido
levantadas, sinalizando que no ano de 2020 a população mundial com idade
superior a 65 anos estará aumentada em 82% em relação à atual (MATSUDO,
2001).
Existe uma forte evidência que este quadro esteja associado à melhoria da
saúde, bem-estar, aumento da qualidade de vida da população. Associa-se também
a este quadro o meio ambiente equilibrado. Entende-se como meio ambiente
equilibrado o lugar que possa reagir com freqüência aos impactos causados pela
presença, quase sempre danosa do homem, o que de fato não tem sido encontrado
com freqüência em grande parte dos ecossistemas.
Sabe-se que os efeitos de ações antrópicas, não só sobre os ambientes
naturais, mas também sobre as áreas urbanas, tem sido cada vez mais evidentes,
intensificando-se os processos de degradação sócio-ambientais, aumentando a
exposição a riscos e afetando a saúde humana. Pelicioni (2000) afirma que existe
uma total inter-relação entre as alterações do meio ambiente e a qualidade de vida
dos indivíduos.
O modelo pautado tradicionalmente na ação centralizada nas doenças
infecto-contagiosas que envolvem agente hospedeiro e meio ambiente está sendo
substituído por um novo modelo epidemiológico chamado de conceito de campo de
saúde, envolvendo assim, ambiente, estilo de vida, biologia humana e sistema de
organização de cuidados (DEVER, 1988). Países do mundo inteiro vêm
desenvolvendo conferências e estudos no sentido de propor ações e políticas
voltadas à saúde com caráter evidente à promoção, proteção e recuperação da
saúde (BRASIL, 2002).
27
Sobretudo, é preciso estudos que possam apontar relações entre hábitos de
vida, estilo de vida e meio ambiente, com característica de assinalar o
comprometimento das pessoas com o meio em que vivem tanto num ponto de vista
individual quanto coletivo.
3.2.1 Estilo de Vida e Saúde
Tratar sobre o tema estilo de vida, significa abordar uma série fatores como
qualidade de vida, longevidade, saúde, lazer, meio ambiente, etc., e ainda relacionar
os fatores apontados. No entanto, pesquisadores têm se esmerado a respeito e
produzido alguns estudos que possam validar estas associações. Por exemplo,
Nahas (2001) cita que estudos longitudinais têm demonstrado uma íntima relação do
estilo de vida com o surgimento de doenças crônicas degenerativas não
transmissíveis (DCNTs) e com a longevidade, apontando que os bons hábitos de
saúde sugere um aumento de vida em média de 11 anos entre os homens e 7 anos
entre as mulheres. (Ibidem) sugere que, na atualidade, vivemos a chamada “era do
estilo de vida” e que os fatores ambientais e de ordem médico-assistencialista são
respeitavelmente importantes para a saúde e qualidade de vida.
No entanto, Vickery (1990) apud Nahas (2001) indica atualmente uma menor
predisposição fatorial causal do ambiente e do sistema assistencial de vigilância à
saúde. Desta forma, dando lugar em ordem de importância aos comportamentos
usuais (hábitos alimentares, reação ao stress, nível de atividades físicas, dentre
outros). Estes fatores são os que mais tem afetado a saúde do homem
contemporâneo (DeVRIES, 1978; FLOYD et al., 1995; PITANGA,1998; 2001; 2002).
Blair (1993) e Bouchard et al. (1994) faz a referência que as principais doenças e
causas de mortes na transposição do milênio e atualmente esteja prioritariamente
associado à maneira como vivemos. Segundo Moragas (1997) o estilo de vida é
responsável por mais danos ao organismo do que a soma de todas as doenças
infecciosas do passado.
Enquanto fator de promoção de saúde e parâmetro indicador de qualidade de
vida, o estilo de vida tornou-se fundamental na ação preventiva a doenças. Acontece
principalmente na medida em pessoa passa a ser responsável pela administração da
sua saúde e do bem-estar, o que reflete diretamente no equilíbrio no meio em que o
28
cerca (MINAYO, 2002). Segundo Nahas (2001) o equilíbrio advém do próprio
comportamento individual, resultante tanto da informação quanto da vontade de
modificação de um comportamento, mas também, das barreiras e oportunidades
sociais presentes nas condições de vida.
Porém, vale salientar que a saúde não é norteada apenas pela consciência de
uma determinação pessoal, fruto de um estilo de vida, mas também pelas condições
materiais e simbólicas construídas historicamente (BRANT & MELO, 2001).
Gonçalves & Vilarta (2004) propõe que algumas condições ditas favoráveis
dependem das condições de vida, o que passa a ser um problema, levando em
consideração o nosso país, já que essas condições são caracterizadas como
iníquas, assimétricas, perversas e concentracionista de bens, recursos e serviços.
Além do estilo de vida, alguns itens ligados às condições de vida, tais como o
acesso aos sistemas de saúde e à escolaridade, a exposição aos riscos
ocupacionais e ambientais e as oportunidades de trabalho também influenciam o
modus vivendi de uma sociedade (LESSA, 1999; MINAYO; HARTZ; BUSS, 2000).
Segundo Candeias (1997) a expressão condições de vida, permite que o conceito
em promoção de saúde vença os limites dos fatores comportamentais para prenderse em uma rede de interação mais complexa, constituída pela cultura, por normas e
pelo ambiente sócio-econômico. Inclusive consta da Lei Federal 8080 de 1990 em
seu Artigo 3º, a proposição de que a saúde possui um conjunto de fatores
determinantes
e
condicionantes
caracterizados
pela
alimentação,
moradia,
saneamento básico, transporte, meio-ambiente, trabalho, renda, educação, lazer e
serviços essenciais.
No entanto, diversas abordagens para aquisição de novos hábitos vêm
apresentando sucesso no sentido da contribuição para influenciar o estilo de vida
das coletividades, como conseqüência a qualidade das ações realizadas pelas
pessoas integradas em seu meio. Gonçalves e Vilarta (2004, p. 65) criticam que não
basta apenas querer para poder incrementar um conjunto de hábitos, fazendo uma
avaliação pouco satisfatória para o trabalho do Nahas (2000), no entanto, apontam
as seguintes práticas como saudáveis:
* Contemplar a regularidade de ingestão de nutrientes (distribuir a
quantidade total de alimentos ingeridos em várias refeições ao longo
do dia).
* Respeitar as necessidades especifícas de nutrientes para cada
etapa da vida (considerar as demandas por vitaminas, minerais, água,
29
carboidratos, lipídios ou proteínas de acordo com o estado fisiológico,
por exemplo, adolescentes, gestantes atletas e crianças).
* Praticar atividade física apropriada à própria condição fisiológica e
com regularidade.
* Controlar o estresse físico e emocional, utilizando técnicas
específicas às expectativas e aos objetivos de cada pessoa.
* Envolver-se em ações comunitárias, estabelecendo laços de apoio e
convívio familiar e social.
* Dedicar-se ao lazer não-sedentário, baseado em ações que
envolvam atividade esportiva, hobbies ou trabalho voluntário.
No entanto, autores como DeVries (1978), Nahas (1991) referiam-se a três
características principais do estilo de vida associadas/determinantes a saúde
individual: nível de stress, características nutricionais e atividade física habitual.
Nahas (1996) incluiu a estes os componentes do comportamento preventivo.
Entretanto, mais recentemente, no ano 2000, o autor associa o uso de drogas no
comportamento
preventivo
e
programa
o
componente
da
qualidade
dos
relacionamentos humanos para também fazer parte não somente da avaliação do
estilo de vida, mas como padrão de práticas saudáveis.
Pollock & Wilmore (1993) citam que o avanço tecnológico transformou
cidadãos ativos em sedentários, questionam ainda as facilidades da vida moderna
que prometem uma vida com mais qualidade e produtividade, e, ainda, indicam que
o estilo de vida sedentário está contribuindo para que um novo conjunto de
problemas degenerativos diminua a expectativa de vida de pessoas.
No que tange a relação do estilo com a esperança de vida, existe um
consenso na literatura a respeito da influência do estilo de vida na longevidade.
Alguns pesquisadores acreditam que um terço do processo de envelhecimento é
dependente da hereditariedade e de outros fatores biológicos, enquanto dois terços
são resultados de opções no estilo de vida (THOMPSON; HOEKENGA, 1998). Isto
certifica, sobretudo, um conceito bem conhecido e difundido, que é o de que uma
vida longa e sadia depende da carga genética herdada dos ancestrais, uma boa
dose de “sorte” e, em grande parte, ao estabelecimento de um estilo de vida sadio
(BARRY; EATHORNE, 1994).
3.2.2 Qualidade de Vida, Estilo de Vida e Saúde
30
A análise de variáveis do estilo de vida pode constituir-se em mecanismo para
aferição da qualidade de vida e como conseqüência da condição de saúde da
população (LOPES & PIRES-NETO, 2001). É importante salientar que o estilo de
vida é um dos componentes individuais modificáveis de indicadores da qualidade de
vida das pessoas, junto a ele estão aspectos ligados aos componentes sócioambientais, culturais e ainda componentes individuais não-modificáveis, como a
hereditariedade. No Brasil, tomando como exemplo, apesar do aumento da
expectativa de vida ter aumentado nos últimos anos, questiona-se a qualidade
destes anos, visto que, grande parte da população tem sido comprometida pela
crescente disparidade social e pelo desemprego (NAHAS, 2000). Parte do nosso
país, ainda não tem água potável, saneamento básico, moradia, segurança e outros.
No entanto, o estilo de vida é um bom componente para a verificação da
qualidade de vida de pessoas e ou grupos. Assim, é importante conferir os fatores
que compõe o estilo de vida. Em relação aos diversos aspectos componentes do
estilo de vida, existem alguns fatores que podem afetar negativamente nossa saúde
e sobre os quais temos controle, como por exemplo: fumo, álcool, drogas, stress,
isolamento social, sedentarismo, esforços repetitivos e intensos. Fatores negativos
do nosso estilo de vida sobre os quais temos pouco ou até mesmo nenhum controle,
são concentrados nas características hereditárias herdadas, os efeitos naturais do
envelhecimento e algumas doenças infecciosas, geralmente agravadas pelas
condições ambientais e de assistência (NAHAS,1991;2001).
Corpo e estilo de vida estão interligados diretamente à saúde. Cuidados com
corpo têm significância à medida que se observa à atenção na esfera alimentar,
regime de sono, de trabalho e da ocupação do tempo livre. Assim, Bento (1991)
propõe que este cuidado deve ser pregado desde cedo na escola, já que as
mudanças nas normas e valores geram alteração no padrão e função individual das
pessoas. Portanto, prevenir a ocorrência de distúrbios orgânicos irreversíveis na vida
adulta passa pelo afastamento dos fatores que provocam um estado de risco para a
morbi-mortalidade (GUEDES & GUEDES, 1995).
Diversas doenças estão fortemente associadas ao estilo de vida negativo,
principalmente as DCNT’s, dentre elas, a hipertensão arterial, a obesidade, o
diabetes, o câncer e as doenças cardiovasculares, essas associações são
agravadas quando o indivíduo é submetido a alimentação inadequada, stress
elevado e contínuo e inatividade física (NAHAS, 2001).
31
Estudos sugerem forte evidencia de que o estilo de vida ativo pode prolongar
o tempo de vida independente e colaborar com o melhor desempenho na realização
das atividades de vida diária (GOBBI, 1997; HURLEY; HAGBERG, 1998 apud
CARVALHO, 2003). Benefícios de ordem psicológica e comportamental têm sido
mencionados em outras publicações como a redução da ansiedade, depressão e
estresse, bem como a melhora do sono, do auto-conceito e da auto-imagem
(BRAZÃO, 1998; ACSM, 1999; OLIVEIRA FILHO et al., 1999).
Em nosso país, não são muitos os estudos que fazem referência às análises
das variáveis do estilo de vida, a fim de subsidiar informações que possam de
alguma maneira melhorar a qualidade de vida e, consequentemente, a saúde,
independente de quaisquer variáveis étnico-cultural-etárias (LOPES & PIRES-NETO,
2001). No entanto, algumas ações práticas têm ampliado a discussão, por exemplo,
alguns dos diversos cursos relacionados à saúde têm incluído o tema estilo de vida
saudável e qualidade de vida nas matrizes curriculares, bem como na promoção e
desenvolvimento das habilidades e competências propostas pelas Diretrizes
Curriculares do MEC ao egresso dos referidos cursos.
3.2.3 Estilo de Vida, Saúde e Meio Ambiente
De acordo com Augusto et al. (2005, p.27), “as relações entre saúde e
ambiente integram as dimensões históricas, espaciais e coletivas das situações
vividas pelos indivíduos e suas populações”. Segundo o autor esta relação deve ter
como meta o compromisso ético com a qualidade de vida das populações e dos
ecossistemas em jogo.
Minayo (2002) apresenta a idéia de que o estilo, situação e condição de vida
de grupos populacionais subsidiam o modelo de uma abordagem ecossistêmica da
saúde influenciando diretamente nas condições de saúde e meio ambiente. Para a
autora a relação desta abordagem deverá anunciar o desenvolvimento de novos
conhecimentos a respeito da saúde e do meio ambiente, que de forma concreta,
apropriada e adequada favoreçam as pessoas que vivem nas diversas localidades.
Isto deverá propiciar uma interação da ciência e o mundo da vida, de tal forma, que
se unam na construção da qualidade de vida através de uma melhor gestão do
ecossistema e da responsabilidade coletiva e individual sobre a saúde.
32
Diversas conferências internacionais sobre a promoção da saúde vêm dando
ênfase à interligação da saúde e do meio ambiente. O tema “Ambientes Favoráveis
à Saúde” chama a atenção para a situação de milhares de pessoas que vivem na
pobreza e privação em um ambiente degradado ameaçador para a saúde, tais como
a água e o lixo, aspectos que têm influenciado negativamente as condições do meio
ambiente e consequentemente a saúde e a qualidade de vida dos indivíduos.
Com a promulgação da Constituição Brasileira, em 5 de outubro de 1988, no
que se refere à questão ambiental, ficou determinado que “todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de
defendê-lo para as presentes e futuras gerações” (BRASIL, 1988, Cap. VI, Art. 225).
Toledo (2006) propõe que as ações para criar ambientes favoráveis à saúde
devem considerar a interdependência entre todos os seres vivos e considerar as
necessidades das futuras gerações quanto ao uso dos recursos naturais. Reforça-se
a este pensamento a posição do Ministério da Saúde de que:
não será possível sustentar a qualidade de vida para os seres
humanos e demais espécies vivas sem uma mudança
drástica nas atitudes e comportamentos, em todos os níveis,
com relação ao gerenciamento e à preservação do ambiente
(MS, 2001, p. 23).
De acordo com Toledo (2006) não se pode esperar que pessoas que não
conseguem cuidar de si próprias venham a proteger eficazmente o meio ambiente.
Dados da UNESCO (1999) indicam que mais de um bilhão de pessoas, isto é, mais
ou menos um terço da população total dos países em desenvolvimento, vive em
condições
de
pobreza
desesperadora.
É
perfeitamente
compreensível
o
entendimento que a pobreza pandêmica e globalizada não é resultado da escassez
de produtos naturais, e sim, da dominação de um modelo econômico equivocado por
parte da maioria dos países que vêm gerando a exclusão das necessidades
humanas básicas como: comida, trabalho, renda, moradia, educação e lazer
(TOLEDO, 2006).
Estima-se que, atualmente, em torno de 2,4 bilhões de pessoas no mundo
não tem saneamento básico e há 1,1 bilhão de pessoas sem acesso a água potável.
Cerca de 3 milhões de pessoas morrem por ano de doenças relacionadas à
contaminação da água (PNUD, 2001). Com todo o conhecimento da relação saúde,
33
doença e meio ambiente o quadro no Brasil é de que 79,8% dos municípios não
dispõem de qualquer tipo de tratamento de esgotos domésticos (IBGE, 2002) e 60%
das internações hospitalares no país devem-se às doenças de veiculação hídrica
(ROCHA, 1993). Só na área urbana, aproximadamente 20 milhões de pessoas não
têm acesso à água tratada, 75 milhões não possuem tratamento de esgoto em seus
domicílios e 60 milhões não são atendidos pela coleta de resíduos sólidos (IBGE,
2002).
Desta forma, torna-se importante o cuidado com o meio ambiente para que as
pessoas tenham melhores indicadores de saúde pela opção de ter um equilíbrio no
meio em que vive.
3.2.4 Estilo de Vida, Turismo e Meio Ambiente
Em primeiro momento é importante ressaltar que o turismo acontece
primordialmente no espaço do lazer. O lazer, fenômeno moderno, surgido com a
disponibilidade do tempo livre de trabalho, tem sido reputado por parte da maioria
das pessoas como uma atividade de menor importância frente a outras atividades
como saúde, educação e saneamento básico. O que na verdade, reflete que nem
todas as pessoas apresentam um padrão de comportamento e condutas em suas
vidas diárias (rotinas de trabalho, lazer e vida em sociedade) da mesma forma.
No entanto, é preciso refletir ainda que exista culturalmente em nosso meio
certo menosprezo ao lazer, dando ao trabalho uma importância mais significativa.
Melo e Alves Júnior (2003) sugerem que o lazer seja definido pela junção do tempo
e do prazer, assim indicam que as atividades de lazer são culturais, em seu sentido
mais amplo, podem ser efetuadas no tempo livre das obrigações profissionais,
domésticas, religiosas e das necessidades físicas e que são buscadas tendo em
vista o prazer e por alguns interesses (culturais, os interesses físicos, intelectuais,
artísticos, manuais e sociais) onde logicamente, a atividade turística acontece em
função dos seus diversos atrativos.
Nesse sentido, Villaverde (2003) considera que a atividade turística é
pensada em dimensões que transcendem seu tratamento como mera atividade
comercial e de consumo para a relação de pessoas com lugares e cultura,
intensificando a relação do homem consigo mesmo, com a cultura, com outros seres
34
humanos e com os diversos elementos do planeta Assim, é sugerido que tanto o
lazer quanto a atividade turística tenha relação, até mesmo direta, com a saúde,
educação e qualidade de vida (MELO & ALVES JÚNIOR, 2003).
Nesse sentido, Villaverde (2003) cita que uma atividade turística com
preocupações ambientais deve fomentar no turista uma postura preservacionista que
não contemple apenas o tempo em que esteja na atividade turística, mas para a vida
toda. Há uma observação por parte de Serrano (1997) de que como fenômeno
social, associado à intenção de um “retorno à natureza”, a atividade de turismo junto
à natureza, genericamente entendida como ecoturismo 1 , deva buscar a vivência
com práticas das medicinas alternativas, dos esportes praticados na natureza, uma
alimentação mais saudável e natural e também um comportamento ambientalista.
McKercher (2002) aponta que o perfil do turista que procura ambientais
naturais é bastante diferente daqueles que buscam por outros motivos. Geralmente,
esses turistas são pessoas que querem sair da rotina, do seu estilo de vida,
buscando um pouco de aventura e experiências turísticas autênticas.
Eagles (1992) acredita, após pesquisa realizada, que turistas canadenses
procuram ambientes naturais por motivos sociais, culturais e ambientais. Ele
identificou dentre os motivos sociais a vontade de estar fisicamente ativo e de
vivenciar um estilo de vida diferente. McKercher (2002) assinala ainda, que dentre os
estímulos que levam pessoas a viajar para destinos naturais, a oportunidade para
experimentar um novo estilo de vida é bastante freqüente.
Com isso, é possível aventurar a possibilidade de que a atividade turística em
ambientes naturais possa ter influência sobre a mudança do estilo de vida das
pessoas. Ainda que Gonçalves & Vilarta (2004) atentem para a idéia de que novos
comportamentos dependem de condições preexistentes, da capacidade de
potencializar os novos efeitos positivos, além da inserção das pessoas com novos
comportamentos em seu ambiente social, familiar e ambiental.
No entanto, como sugere a WHO (1998) os padrões identificáveis de
comportamento são determinados pela inter-relação entre características pessoais,
interações sociais e condições socioeconômicas e ambientais de vida e que estes
comportamentos são continuamente ajustados em resposta a mudanças nas
condições sociais e ambientais.
1
A atividade de ecoturismo sugere uma viagem responsável, em que se conservam os ambientes naturais e que
haja uma maior relação do turista com a natureza (WEARING & NEIL, 2001).
35
3.4.5 Estilo de Vida, Turismo e Bem-Estar
O Bem-Estar pode ser apurado por diversos fatores, no entanto, sempre fruto
de um caráter subjetivo. Nahas (2001) sugere que fatores como satisfação com a
vida, noções sobre expectativas realizadas e a própria realidade da vida,
sentimentos positivos e negativos, estado de saúde corporal sejam considerados.
Fatores como educação, renda, o acesso a bens e serviços também estão
associados ao bem-estar.
Nesse sentido, a qualidade de vida passa a ser um bom indicador de bemestar das pessoas. No entanto, diversas pessoas na busca pelo bem-estar e da
própria qualidade de vida, apenas através do aumento do ganho salarial e renda,
tem invertido o posicionamento de escolha. Diminuem seu estado de saúde corporal,
seu humor, reduzem as opções de lazer em função da aquisição de bens, que
paradoxalmente, também contribuem para o bem-estar e a qualidade de vida.
A atividade turística em ambientes naturais, por parte das pessoas que a
gerem, proporciona um aumento da renda e com isso, acesso a bens e serviços
essenciais, mas também promove a conservação do patrimônio cultural, ambiental e
histórico através dos modelos de exploração e conservação (MORAES, 2006). No
entanto, proporcionam ao turista sensações prazerosas em ambientes calmos,
relaxantes, naturais, através de consumo de alimentos saudáveis, rotinas
alternativas de modo de vida e o contato com imagens e paisagens exuberantes e
gratificantes da natureza.
Moraes (2006) propõe que o turismo rural, como exemplo, melhore a
qualidade de vida das pessoas que trabalham nos serviços turísticos, bem como das
pessoas que o procuram, pois proporcionam tranqüilidade, simplicidade e descanso
da vida cotidiana, além da convivência com a pluralidade cultural, étnica e social. O
que vem sendo constato por alguns autores. Eagles (1992) verificou que, embora os
ecoturistas estejam bastante interessados na natureza em si, eles apreciam o
desenvolvimento pessoal por meio de atividades físicas, vivenciando estilos de vida
novos e mais simples, encontram pessoas com interesses afins e observam as
atividades culturais e produtos de artesanato do lugar.
Nesse sentido, Wearing & Neil (2001) considera que a atividade de
ecoturismo é mais do que uma simples atividade de lazer, é um verdadeiro estilo de
viagem, que proporciona orientações no estilo de vida, comportamentos e filosofias.
36
Crompton (1979) apud Wearing & Neil (2001) concebe alguns fatores que
estabelece o desejo de viagens para destinos naturais, são eles: fuga do ambiente
mundano perceptível, relaxamento, prestígio, investigação e avaliação do Eu,
regressão, intensificação dos relacionamentos afins e facilitação da interação social.
Souza et al. (2006) associa também a atividade turística com o estilo de vida
das pessoas da terceira idade, considerando que o turismo vem causando
modificações do modo de vida das pessoas e frequentemente promovendo bemestar e qualidade de vida.
Assim, percebe-se que as atividades turísticas em ambientes naturais tem um
forte relação com o propósito do estilo de vida das pessoas que a procuram, sendo
portanto, uma extensão da própria rotina ou uma busca por um outro modo de viver.
37
4 CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO E DE SUA POPULAÇÃO
4.1 Localização, Características Geográficas e Sócioambientais
O município de Mucugê fica situado na Chapada Diamantina, que é uma das
15 (quinze) Regiões Econômicas do Estado da Bahia, estabelecida pelo Centro de
Estatística e Informações – CEI. A região possui segundo dados do IBGE (2002) 33
municípios distribuídos numa área de 41.756,1 km2, com uma população
aproximada de 504.040 habitantes, constituindo-se assim numa região de pouco
grupamento populacional dentre as regiões do Estado – FIGURA 1.
FIGURA 1 – Mapa da América do Sul, Brasil, Bahia, Chapada Diamantina e o
PARNA da Chapada Diamantina
FONTE: Vila Serrano, 2006
38
A Chapada Diamantina assume um papel estratégico na gestão de recursos
naturais no Estado da Bahia por conta de sua elevada biodiversidade, presença de
espécies raras e por ser a principal provedora de água para parte do semi-árido
baiano, o qual ocupa mais de 50% da área do Estado. A região dispõe também de
relevante acervo histórico, originário da exploração de ouro e diamantes, nos
séculos XVIII e XIX, respectivamente, classificando como uma zona turística
prioritária da Bahia.
O município de Mucugê localizado na microrregião da Chapada Diamantina
surgiu por volta de 1844, quando foram descobertas jazidas de diamantes nos leitos
dos seus rios, provocando uma desenfreada busca de pedras preciosas, que mais
tarde deu origem ao Ciclo Diamantífero (BANDEIRA,1998).
Incrustada entre montanhas da Serra do Sincorá, a cidade fica a 980m de
altitude e possui uma temperatura média em torno de 18º a 19º, apresenta ainda
como característica um clima serrano, com casas bem preservadas e de ruas e
praças limpas. O município é composto pela sede e dois (2) distritos, João Correia e
Guiné. O município faz fronteira com as cidades de Ibicoara, Abaíra, Piatã, Lençóis,
Andaraí, Boninal e Palmeiras – FIGURA 2a e 2b.
Palmeiras
Lençóis
208600
Ñ
8605900
248800
Ñ8524000
Caeté-Açu
N
Guiné
Andaraí
Igatu
Larga de
Leobino
Mucugê
Pina
Chapadinha
Machambongo
Abaíra
João Correia
208600
8524000
Ñ
Cascavel
Faz. Campo
Alegre
248800
Ñ8524000
Ibicoara
FIGURA 2a – Foto de Satélite do Município
de Mucugê e do PARNA
FONTE: Projeto Sempre Viva, 2006
FIGURA 2b – Mapa do Município de Mucugê
e do PARNA
FONTE: Projeto Sempre Viva, 2006
39
O município possui uma área de 2.455 km² e apresentava uma população de
13.682 hab, destes 3.317 habitantes na área urbana e 10.365 na zona rural (IBGE,
2000).
A população de Mucugê vem recebendo imigrantes da microrregião, sendo o
maior pólo de imigrantes trabalhadores assalariados temporários “bóias fria” (BRITO,
2005). O município de Mucugê apresenta taxa de urbanização de 24,24% e uma
densidade populacional de 5,51% (IBGE, 2002).
Quanto ao aspecto socioeconômico, em função do ganho salarial do chefe de
família da População Economicamente Ativa - PEA, a população municipal
apresenta um ganho salarial expressivamente baixo, onde 53,47% recebem entre ½
e 1 salário mínimo mensalmente e apenas 2,55% recebe mais de 5 salários mínimos
por mês e ainda encontra-se 13,92% de chefes de famílias que não obtém
rendimentos.
Nos últimos 7 anos o município de Mucugê teve uma explosão agroindustrial,
atraindo diversos produtores de horticultura, floricultura, cafeicultura e fruticultura. As
características são de tecnologia moderna e industrial, tendo como produtos à
batatinha, o tomate, a cebola, a cenoura, a beterraba e diversas folhosas, mais
recentemente a produção do morango, da ameixa e da maça. O município possui
cerca
de
60%
das
atividades
econômicas
concentradas
nas
atividades
2
agropecuárias .
Mucugê abriga ainda 52% do PARNA da Chapada Diamantina, local de
grande potencial turístico natural e histórico. O PARNA, criado em 17 de setembro
de 1985 pelo Decreto Federal n.º 91.655, visa proteger paisagens e ecossistemas
notáveis situados nas montanhas, vales e altiplanos da Serra do Sincorá – FIGURA
3.
Cerca de 30 % do território do município situa-se dentro dos limites dessa
Unidade de Conservação, revestindo a cidade de responsabilidade na preservação
desse patrimônio, de valor inestimável. A cidade abriga ainda uma unidade de
conservação denominada de Parque Municipal de Mucugê, com 540 hectares onde
funciona o Projeto Sempre Viva.
2
1ª entrevista concedida pelo Sr. Euvaldo Ribeiro, coordenador do Parque Municipal de Mucugê em 25/01/07.
40
LENÇÓIS
PALMEIRAS
I AM
AD
AD
HAP
AC
AL D
ION
AC
EN
QU
PAR
ANDARAÍ
MUCUGÊ
INA
ANT
ÁREAS IRRIGADAS
ITAETÉ
IBICOARA
FIGURA 3 – Municípios que Fazem Parte do
PARNA da Chapada Diamantina
FONTE: Projeto Sempre Viva, 2006
O Projeto Sempre Viva, ganhador de diversos prêmios ambientais, protege
parcela importante do patrimônio histórico do município ligado à exploração
diamantífera do século XIX, constituintes importantes dos registros dos garimpos
que deram origem às “Lavras Diamantinas da Bahia” – FIGURA 4.
PARQUE MUNICIPAL DE MUCUGÊ
En
trad
oP
a rq
Ri
Mu
cug
ê
Rio
$
T
Lizardo
$
T
#
Sandália
Bordada
U
%
ha
Ö
rancho
õ
Rancho
in
ab
Pi
Casa do Diamante
!/
Estufato
namen
Estacio #
S
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o
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ue
V
Æ
do
o Fervi
Morro d
42
cas
bu
Com
o
BA 1
ad
Cachoeira do
Tiburtino
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S
#
Mata de Zé Leandro
ô
Legenda dos pontos do projeto Museu Vivo
FIGURA 4 – Mapa do Parque Municipal de Mucugê
Estacionamento do Parque
FONTE:
Projeto
Sempre Viva, 2006
Casa do
Diamante
Entrada do Parque
Local onde será construído o rancho do garimpeiro e
onde será feita a apresentação do garimpo e lavagem do cascalho.
Área do parque 270 hectares
Marcosda Poligonal do PARM
²
Barragem do Piabinha
ß
!>
Ö
S
#
!/
ô
Brejode Zé Leandro
V
Æ
Restaurant e
Cachoeira
Casado Administr ador ( Mocolândia)
Frinchada Onça
Labirint o
Pintura Rupestre
$
T
$
T
$
T
Ruína do Lizardo1
%
U
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S
Estação Climatológica
Bomba de Ir rigação
õ
Sededo Parm
î
Igr eja Santa Isabel
#
#
#
Poços
Poço2
Poço3
Ruína do Lizardo2
Ruína do Tiburtino
Cerca
Irrigação
Rios
Trilhas
$
T #
ß
î
LEGENDA
Rodovia Asfaltada
Malha de Coordenadas
Área Irrigada
Estufa
Área de Turfas
Comun. Arbustiva deTransição
Comun. Arbustiva
Cyperaceae
Mata
Mata Ciliar
Vegetação Antropizada
Vegetação Rupestre
Campo deSempre Viva
Unidade deCult v
i o Experimental
N
41
A sede do município de Mucugê, uma das localidades que integram as
chamadas “Lavras Diamantinas”, teve o seu conjunto arquitetônico e paisagístico
tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN, com
base no processo n.º 974-T – 78, em 26 de setembro de 1980.
Atualmente, seguindo a aptidão indicada pela riqueza cênica e importância
histórica e cultural no desenvolvimento da região, a cidade de Mucugê vem
explorando a atividade turística como opção para o desenvolvimento econômico do
município. Conta-se, com uma infra-estrutura ainda inadequada, principalmente na
de prestação de serviços aos turistas, no entanto, esta atividade é responsável
apenas por 12,1% da renda da PEA (BRITO, 2005).
A cidade de Mucugê possui cerca de 30 estabelecimentos ligados à atividade
turística, dentre eles bares e restaurantes, pousadas e hotéis, associações de guias,
museus, unidades de conservação, poder público municipal, receptivos turísticos,
agências e lojas.
Segundo Brito (2005) a sede do município de Mucugê possui 66% dos
domicílios ligados à rede de abastecimento de água, no entanto está abaixo
comparado aos quatro (4) principais município da Chapada Diamantina. Quanto aos
resíduos sólidos apenas 36% dos domicílios fazem coleta de lixo. Em entrevista
concedida pelo Sr. Euvaldo Ribeiro, este aponta que praticamente (95%) dos
domicílios da cidade, na atualidade, possuem abastecimento de água 3 . Contrapondo
a opinião de Brito (2005), o Sr. Euvaldo Ribeiro elucida que a mídia vem
frequentemente afirmando que a cidade de Mucugê tem feito o dever de casa, no
que tange o abastecimento de água e tratamento dos resíduos. O município de
Mucugê implantou recentemente uma usina de reciclagem para o lixo, de acordo
com Brito (2005) os moradores ainda não colaboram com a separação do material
orgânico e inorgânico, sendo necessário destinar o lixo para a separação na usina.
4.2 Um Breve Histórico do Surgimento do Município de Mucugê
A história a ocupação humana das terras da Chapada Diamantina está
intimamente ligada à exploração do ouro e do diamante. A colonização da região
3
2ª entrevista concedida pelo Sr. Euvaldo Ribeiro, coordenador do Parque Municipal de Mucugê em 03/03/2007.
42
iniciou-se com as expedições de desbravamentos do sertão. Uma série de entradas
baianas buscando metais, pedras preciosas e índios, seguidas por repartições das
terras desbravadas, acabou por fechar um cinturão de colonização ao redor da
Chapada, mais tarde chamada de Diamantina com a descoberta das lavras de
diamantes.
Os primeiros povoados surgiram com os acampamentos de garimpeiros em
torno da Serra da Tromba no início do século XVIII. Logo depois, ocorreu a
expansão de fazendas de gado do Guedes de Brito; os pontos de troca que surgiram
com o desenvolvimento do comércio de subprodutos da pecuária, excedentes das
policulturas e produtos dos garimpos; os pousos para viajantes e tropeiros que
percorriam a estrada de ligação da Bahia, Minas Gerais e Goiás foram fatores que
acabaram por criar vários núcleos populacionais (TEIXEIRA, 1998).
As terras do atual Município de Mucugê integravam primitivamente a grande
propriedade do sargento-mor Francisco José da Rocha Medrado, que ali
desenvolveu a criação de gado. Em 1817 ou 1818 foram descobertos diamantes
desenvolveu a criação de gado. Em 1817 ou 1818 foram descobertos diamantes na
Serra do Gagau, hoje mais conhecida como Serra do Bastião, localizada a Oeste da
Serra do Sincorá (SALES, 1994).
Mucugê é o nome indígena de uma fruta semelhante à mangaba, de sabor
adocicado, que pode ser consumida “in natura” ou sob a forma de sucos, licores,
etc., outrora abundante nessa região. A árvore do Mucugê cresce entre rochas,
próxima a leitos de rios, pode medir até 10 m de altura e produz um látex branco,
que chegou a ser pesquisado para a produção da borracha durante a II Guerra
Mundial. Em princípio a fruta deu nome ao rio e, depois da descoberta dos
diamantes em 1844, ao “Arraial do Mucugê” – FIGURA 5.
FIGURA 5 – Foto do Fruto Mucugê
FONTE: Projeto Sempre Viva, 2006
43
O período áureo do ciclo diamantífero foi relativamente curto indo até o ano
de 1871, quando a concorrência da produção sul-africana, aliada aos métodos
primitivos de extração utilizados, impuseram um duro golpe na economia regional. A
partir de 1880 houve uma valorização do diamante carbonado, usado na fabricação
de perfuratrizes, cuja demanda aumentou em função da construção do canal do
Panamá, o que amenizou a situação (TEIXEIRA, 1998).
Nas primeiras décadas do século houve uma retomada da mineração do
diamante, devido à sua valorização no mercado internacional. Nos anos seguintes,
as lutas políticas entre os coronéis acabaram por trazer dificuldades à economia da
região. A partir da década de 30 deste século XX, a Chapada perdeu sua
importância política, o que juntamente com a queda dos preços do diamante, a baixa
produtividade e o alto custo de produção lançaram as Lavras num longo período de
estagnação econômica e abandono que atingiu o seu pior momento entre o final da
década de sessenta e inicio da década de setenta do século XX, quando a
população de Mucugê foi reduzida a menos de 400 habitantes. O êxodo teve como
principal destino à cidade de São Paulo (SALES, 1994).
Em 1980, a cidade foi tombada pelo IPHAN e em 1985 foi decretado o Parque
Nacional da Chapada Diamantina, que ocupa mais de 30% das terras do município.
Conquanto tenham sido medidas de fundamental importância para a preservação do
patrimônio natural e histórico do município, o tombamento da cidade e a criação do
PARNA foram recebidos com desconfiança por significativos segmentos da
comunidade local que temiam o cerceamento das suas atividades, pois sobreviviam,
em sua maioria, através do uso direto dos recursos naturais existentes à sua volta,
em áreas que passaram a fazer parte do PARNA. Naquele período, após longo
tempo de dificuldades, estavam em melhor situação financeira e pretendiam também
reformar as suas velhas casas. Criticar o tombamento, do Parque e dos órgãos que
os promoveram passou a ser quase um traço na identidade cultural mucugeense
(STRADMANN, 1998).
4.3 O Turismo na Cidade de Mucugê
A cidade de Mucugê é parte integrante dos roteiros turísticos da Chapada
Diamantina. Como as demais cidades pertencentes a este roteiro, a cidade, segundo
44
Brito (2005), continua sendo uma área caracterizada pela recepção de um fluxo
turístico sazonal que tem início a partir do período pós-natalino até o pós-carnaval,
passando pelos feriados de fins de semana prolongados e pelas festas juninas.
Grande parte das zonas turísticas, atribuídos aos atrativos, que integram o
Pólo Turístico da Chapada Diamantina (374 atrativos), 65% (118) está concentrada
nos municípios de Lençóis, Palmeiras, Andaraí e Mucugê (ibidem). Mucugê, no
entanto, atrai diversos turistas não somente pelos atrativos naturais, mas também,
pelas manifestações culturais, histórico-culturais, pesquisas científicas, religiosas e
pelos eventos constantes com o público escolar, da 3ª idade e dos “Jipeiros”, sendo
este último de iniciativa da cidade de Andaraí, no entanto, parte dos integrantes
passa e fica algum tempo na cidade de Mucugê.
Por ter um clima bucólico, ruas limpas e uma área bem preservada, a cidade
tem atraído pessoas de meia idade com sua família e estas passaram a fazer um
pernoite e até mesmo utilizam como sede para o circuito turístico. A cidade tem uma
Festa Junina muito famosa na região, com característica tradicional e bem
organizada, tendo nas últimas edições mais de 3.000 visitantes para o evento 4 .
Uma alternativa de aumento de fluxo turístico bastante usado têm sido a de
receber escolares, principalmente oriundos da Região Nordeste do Brasil, em
projetos de envolvimento com educação ambiental como pode ser observado na
TABELA 1. Este tipo de projeto tem uma duração média de 3 dias com hospedagem
em pousadas locais – FIGURA 6.
FIGURA 6 – Programa de Educação Ambiental – Aula Prática
FONTE: Projeto Sempre Viva, 2006
4
Entrevista concedida por Welliton Camandaroba, presidente da ACVM em 15/06/07.
45
TABELA 1: Numero de Escolares Visitantes do Parque Municipal de Mucugê no Ano
de 2005 nos Períodos de Alta e Baixa Estação.
MÊS
JAN/FEV/JUN/
JUL/DEZ
MAR/ABR/MAI/AGO/
SET/OUT/NOV
Total
MÉDIA /DIA
ESCOLA
PÚBLICA
ESCOLA
PARTICULAR
ESCOLA
LOCAL
TOTAL
170
785
50
1455
764
934
2,59
1335
2120
5,89
70
120
0,33
2169
3174
8,82
FONTE: Projeto Sempre Viva, 2006
Para o Sr. Oremildes Alves, Secretário Municipal de Turismo e Meio
Ambiente, esta é uma estratégia que vem dando bastante êxito para a sazonalidade
local, pois o turismo pedagógico, não procura visitas em épocas de grande fluxo
turístico 5 .
O perfil do turista de Mucugê, segundo Welliton Camandaroba, presidente da
ACVM (Associação dos Condutores de Visitantes de Mucugê), possui um perfil
cultural, econômico e comprometimento sócio-ambiental bem adequado às
propostas dos serviços turísticos da região. Ele acredita que, mesmo o turista tendo
visitado o atrativo, este busca novamente os serviços da ACVM, pois a presença do
Guia Especializado agrega valor e segurança no roteiro 6 .
O turismo de Mucugê conta ainda com algumas alternativas isoladas como
Festival Gastronômico da Chapada Diamantina, Encontros de Grupos da 3ª Idade e
os 1º, 2º e 3º Encontro Nacional Saúde & Bem-Estar – FIGURA 7a, além dos
encontros de Forrozeiros locais que antecedem ao São João e ao São Pedro.
Recentemente foi implantada uma trilha interpretativa por agências turísticas,
atividade que agrega valor ao ecoturismo. Segundo Pagani (1996) a Trilha
Interpretativa é uma técnica que busca esclarecer os fenômenos da natureza para
determinado público-alvo, em linguagem clara, fácil e acessível, a fim de promover
no público um sentimento de pertencimento à natureza. Estes eventos também têm
atraído turistas fora da alta estação, minimizando o impacto da sazonalidade –
FIGURA 7b.
5
6
Entrevista concedida pelo Sr. Orenildes Alves, Secretário Municipal de Turismo e Meio Ambiente 01/05/07.
Entrevista concedida por Welliton Camandaroba, presidente da ACVM em 15/06/07.
46
FIGURA 7a – 2º Encontro Nacional Saúde &
Bem-Estar -2006
FONTE: Sérgio Magalhães, 2006
FIGURA 7b – Trilha Interpretativa
FONTE: Sérgio Magalhães, 2007
47
5. METODOLOGIA
Com a finalidade de analisar o perfil do estilo de vida individual das pessoas
envolvidas nas atividades turísticas em ambientes naturais, foi necessária à
utilização de um conjunto de métodos científicos na busca do conhecimento,
definida por Severino (1999) como metodologia do trabalho científico, utilizado para
o alcance dos objetivos deste trabalho.
5.1 Tipo de Estudo
A partir da abordagem do problema, esta pesquisa, pode ser caracterizada
como pesquisa quantitativa e qualitativa. Segundo Silva e Menezes (2001) este tipo
de pesquisa considera tudo que é quantificável, o que significa traduzir em números
opiniões e informações para classificá-las e analisá-las. De acordo com Minayo
(2005), a abordagem quantitativa objetiva dimensionar e quantificar dados de
processo e/ou de resultados, e, Pelicioni (1998) indica que os estudos qualitativos
são usados para verificar como as pessoas avaliam uma experiência, idéia ou
evento.
Do ponto de vista da resposta aos objetivos da pesquisa, esta pode ser
classificada como pesquisa descritiva já que visa segundo Gil (1991), descrever as
características de determinada população ou fenômeno ou o estabelecimento de
relações entre variáveis. Para isto fora realizado um corte transversal com visitas ao
longo de um ano. Desta forma, foi utilizado do ponto de vista dos procedimentos
técnicos, o uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário e
observação sistemática através de levantamentos de entrevista de pessoas sobre o
comportamento que se desejou conhecer.
48
Na fase exploratória foi feito um levantamento bibliográfico dando também um
caráter de pesquisa bibliográfica já que foi elaborada a partir de material já
publicado, constituído principalmente de livros, dissertações, teses, artigos de
periódicos e com material disponibilizado na Internet (GIL, 1991).
5.2 População de Estudo
A população do estudo foi composta por três (03) grupos distintos: um (01)
grupo formado pelos moradores urbanos do município de Mucugê, um (01) outro
grupo também de moradores urbanos do município de Mucugê, mas que trabalham
nos serviços turísticos, dentre estes: guias, funcionários públicos em serviços ligados
à atividade turística, proprietários e funcionários de hotéis e pousadas, bares e
restaurantes, agentes de viagens e de receptivos turísticos dentre outros, e, ainda
um (01) grupo dos turistas, essencialmente brasileiros, advindos das diversas
regiões do país em três (03) momentos distintos: visita na alta temporada, na baixa
temporada e nos feriados prolongados, transformados em subcategorias.
Tornou-se importante à divisão dos grupos de turistas pelo momento de visita,
já que era importante saber se existia uma distinção de acordo a época de visitação
entre os avaliados, bem como, a freqüência que estes visitam áreas naturais por
ano. Os grupos citados formaram a população para a representação do PEVI frente
ao bem-estar e ao meio ambiente. No entanto, para a identificação da influência do
perfil do estilo de vida ideal na elaboração dos serviços turísticos do município foi
elaborado um quarto grupo composto apenas pelos proprietários/responsáveis pelos
serviços turísticos, porém, estes também participaram do grupo dos moradores dos
serviços turísticos.
5.3 Procedimentos Metodológicos
5.3.1 Pesquisa Bibliográfica
No primeiro momento foi realizado um levantamento bibliográfico acerca do
perfil do estilo de vida individual. Estudos relacionando estilo de vida de indivíduos e
grupos têm sido constantemente usados na área da educação física com
49
concentração na associação da atividade física, saúde e bem-estar. Contudo, não
foram encontrados na literatura estudos relacionando estilo de vida com o meio
ambiente no que tange a relação conservacionista e preservacionista. Sobretudo,
encontram-se também ausências de estudos relacionados ao perfil do estilo de vida
de moradores de ambientes naturais e os existentes com turistas referem-se sobre
estado de espírito e o que estes desejam para realização do seu bem-estar.
Desta forma, foi feita uma revisão na literatura que pudesse dar um marco
conceitual aos fatores associados com estilo de vida com interação entre estes
fatores. Por isso, tornou-se fundamental a busca por elementos interdisciplinares
(estilo de vida, meio ambiente, saúde, bem-estar e turismo), já que o estudo propõe
a avaliar estilo de vida com turistas e moradores em ambientes naturais.
5.3.2 Amostragem
Foram realizados levantamentos populacionais para posterior cálculo de
amostragem. A população de moradores urbanos da cidade de Mucugê é de 3.317
pessoas (IBGE, 2005). Para encontrar o número médio anual de turistas da cidade
de Mucugê foram tomados como base de dados, os números da TABELA 2.
TABELA 2: Controle de Visitação do Parque Municipal de Mucugê nos
Últimos 8 Anos.
CONTROLE DE VISITAÇÃO DO PROJETO SEMPRE VIVA
ANO
TOTAL DE VISITANTES
1999
14.261
2000
10.309
2001
7.366
2002
9.258
2003
11.759
2004
14.151
2005
13.470
2006
13.186
TOTAL
93.760
Média anual dos últimos anos
11.720
FONTE: Projeto Sempre Viva, 2006
Após levantamento dos dados primários, encontrou-se um número de
moradores urbanos que estão envolvidos nos serviços turísticos de 115 pessoas, e,
50
os números de estabelecimentos de serviços envolvidos nas atividades turística de
26 estabelecimentos, neste último foi utilizada uma amostra censitária.
A escolha dos moradores urbanos se deu pelo entendimento de que estes
melhor representam à vida das pessoas que de alguma forma estão envolvidas nas
atividades turísticas, já que os moradores da zona rural vivem exclusivamente da
lavoura e pecuária (BRITO, 2005), com isso, participando muito pouco das
atividades turísticas da região.
Para a escolha da população de visitantes, fora tomado como base os dados
do Projeto Sempre Viva (Parque Municipal de Mucugê), núcleo de maior visitação da
cidade. Foi consenso entre os envolvidos nas atividades turísticas que quase a
totalidade das pessoas que fazem visitas aos atrativos turísticos do município, visita
o Parque Municipal de Mucugê, pois é de fácil acesso, contém atrativos naturais, um
centro de pesquisa e localiza-se nem perto do centro do município.
Para o cálculo do tamanho mínimo da amostra da população de moradores
urbanos, dos visitantes (turistas) e dos moradores que trabalham nos serviços
turísticos foi utilizada a seguinte equação (TRIOLA, 1998):
n = N. no / N + no onde,
n = Tamanho Mínimo da Amostra
N = Tamanho da População
no = Aproximação Inicial do tamanho da Amostra (Erro Amostral Tolerável)
Para calcular o erro amostral tolerável foi utilizada a seguinte equação:
no = 1 / E2 onde,
E = Erro Amostral Tolerável
Desta forma, foi optado por um erro amostral tolerável de 5%. Assim, foi
obtida uma amostra representativa da população de moradores, de turistas e dos
moradores que trabalham nos serviços turísticos. A amostra foi composta por
indivíduos de ambos os sexos, na faixa etária de 10 a 92 anos. O cálculo da
amostragem apontou que o número mínimo de entrevistas com os moradores
urbanos fosse de 357, no entanto foram realizadas (n= 490 entrevistas), o número
mínimo de entrevistas com os turistas foi de 386, porém só foi possível realizar (n=
290 entrevistas), já que os turistas não se mostravam motivados para responderem
51
ao questionário. Foi separada uma subcategoria por época de visitação dos turistas
onde foram entrevistados (n= 72 turistas) na baixa estação, (n= 132 turistas) na alta
estação e (n= 86 turistas) nos feriados prolongados. O número mínimo de
entrevistas com os moradores responsáveis pelos serviços turísticos foi de 89
entrevistas, contudo foram realizadas (n= 99 entrevistas).
5.3.3 Definição dos Instrumentos de Pesquisa
Para análise do PEVI frente ao bem-estar foi selecionado um questionário
estruturado, validado e comumente utilizado em pesquisas na associação da
atividade física, saúde e qualidade de vida. Este questionário (Perfil do Estilo de
Vida Individual) foi desenvolvido pelos professores Nahas, Barros e Francalacci
(2000). Segundo Hernandez et ali. (2007) o PEVI tem sido com freqüência, utilizado
nas pesquisas da Educação Física e outras áreas da saúde (BAHIA, 2002;
BITTENCOURT et al., 2005; EIDAM, 2003; FOGAGNOLI, SILVA, CORRADO, 2005;
PONTES et al., 2005).
Contudo, Hernandez et ali. (2007) faz uma crítica a respeito do procedimento
utilizado pelos autores do Pentáculo do Bem-Estar no que tange a consistência
interna do instrumento. No entanto, os números apresentados pelos autores do
Pentáculo do Bem-Estar são de que o instrumento apresenta uma fidedignidade de
0,74 a 0,93.
Nahas, Barros e Francalacci (2000), inspirados no modelo do Pentáculo do
Bem-Estar, criaram o PEVI – Perfil do Estilo de Vida Individual, composto de 15
(quinze) itens divididos igualmente entre cinco fatores ou componentes, os quais
representam as pontas do pentagrama, são eles: a nutrição, a atividade física, o
comportamento preventivo, o relacionamento social e o controle do stress.
Nahas et al. (2000; 1996) consideram que o Pentáculo do Bem-Estar não é
algo novo, já que foi sistematizado em pressupostos importantes para a saúde e
qualidade de vida, através dos estudos mais recentes na associação do estilo de
vida com a saúde e qualidade de vida. O instrumento citado foi elaborado
inicialmente
com
adultos,
sendo
interpretado
individual
ou
coletivamente
considerando os escores médios para um determinado grupo ou indivíduo.
52
Escores correspondentes ao nível 3 (três) são sempre desejados pelos
pesquisadores, no entanto, níveis 0 (zero) indicam que o indivíduo ou grupo em um
ou em mais componentes devem ser orientados a programar mudanças de
comportamentos. Níveis 1 e 2 apenas pequenos ajustes nos valores e nos hábitos.
Porém, a idéia geral é que o grupo ou indivíduo reconheça positivamente a
necessidade de incrementar ou afastar um comportamento habitual, recebendo
informações e optando por oportunidades que possa levá-lo a uma vida com mais
qualidade.
Na falta de um instrumento que pudesse avaliar o perfil do estilo de vida
frente às questões ambientais, Santos e Magalhães (2007) apresentaram um
questionário estruturado e validado com vistas a interagir com o avaliado a
responsabilidade de interferir positivamente sobre questões fundamentais do meio
ambiente.
O questionário proposto não procura culpado, e sim, busca inserir pessoas e
comunidades numa ação de cidadania na busca do direito ao meio ambiente
estável, com qualidade e sustentabilidade (SANTOS & MAGALHÃES, 2007). Desta
forma, itens como o (1)comportamento ativista ecológico, a (2)preservação da
biodiversidade, a (3)diminuição do consumo, a (4)aquisição de valores ambientais e
a (5)prevenção da poluição foram inseridos no que foi chamado de Pentáculo do
Meio Ambiente. Instrumento que visa medir o grau de comprometimento das
pessoas frente aos problemas ambientais da nossa época.
A maioria dos instrumentos de avaliação de questões ambientais não prioriza
o envolvimento de ações individuais e/ou coletivas. Muitas vezes, tratando apenas
de citar o homem genericamente como único responsável por todos os problemas.
Foi escolhido este instrumento pelo seu destaque nos comportamentos que direta ou
indiretamente influenciam nas questões de conservação, preservação, envolvimento,
discussão, engajamento e valoração do ambiente a partir das atitudes e dos hábitos
que podem e devem ser modificados na medida em que a pessoa ou grupo
reconheça valor no novo comportamento a ser incorporado.
A avaliação dos escores obedece à mesma estrutura do Pentáculo do BemEstar. Para este estudo, o Pentáculo do Meio Ambiente, instrumento simples, autoadministrado, que inclue cinco aspectos relevantes ao meio ambiente (ativismo
ecológico, biodiversidade, consumo, valores ambientais e prevenção da poluição),
compostos de 15 (quinze) afirmativas que estão associadas à responsabilidade
53
ambiental (comportamento ativista nas ações e participações em campanhas,
manutenção/conservação da biodiversidade, utilização racional dos recursos
naturais, diminuição do consumo de água, energia e bens, revaloração do meio
ambiente
com
apreço
aos
produtos
reciclados,
orgânicos,
eco-friendly
e
biodegradáveis, atuação junto ao poder público para melhoria da habitação e
segurança, prevenção das diversas formas de poluição) seja aplicado de forma
individual e/ou em grupo, porém, sempre no propósito de avaliar as atitudes, valores,
hábitos e comportamentos relacionados às questões ambientais.
Além de responderem aos 15 itens do questionário, as pessoas são
estimuladas a hachurar as faixas representativas de cada um dos itens autoavaliados, numa escala tipo Likert de quatro pontos para responder aos itens: de 0
significando “absolutamente não”, 1 “às vezes”, 2 “quase sempre” e 3 “sempre
verdadeira”, conforme instruções dos autores. Daí, conclui-se que 0 (ausência total
de tal característica) até 3 pontos (completa realização do comportamento
considerado) sirva para interpretação do objeto estudado.
Para interpretação dos resultados foi estabelecida uma escala de valores que
pudesse ajustar e definir padrões de comportamentos: comportamento não
desejável (= soma de 0-1 ponto), comportamento pouco desejável (= soma de 2-3
pontos), comportamento moderadamente desejável (= soma de 4-5 pontos),
comportamento próximo ao desejável (= soma de 6-7 pontos), comportamento
desejável (= soma de 8-9 pontos).
Os instrumentos citados podem servir para futuras proposições de programas
e projetos no âmbito da saúde, qualidade de vida e meio ambiente, na medida em
que estes apontem dados significativos nos valores, atitudes, comportamentos e
hábitos de pessoas e grupos envolvidos nas pesquisas.
Uma representação gráfica do Pentáculo do Meio Ambiente em situações
favoráveis e desfavoráveis em relação aos valores, atitudes, comportamentos e
hábitos de pessoas e/ou grupos estão configuradas nas FIGURAS 8ª e 8b.
Quanto mais pintado for o Pentáculo, melhor o perfil do estilo de vida
individual, quando mais espaços brancos existirem nos Pentáculos, piores são os
perfis do estilo de vida individual.
54
FIGURA 8ª - Perfil ideal do estilo de vida
FIGURA 8b - Perfil não desejável do estilo de
vida
Para a avaliação da influência do estilo de vida ideal na elaboração dos
serviços turísticos foi elaborado um questionário semi-estruturado com 15 (quinze)
questões acerca da participação do estilo de vida frente ao meio ambiente e ao bemestar na construção e execução dos serviços turísticos. Ainda, o questionário consta
de perguntas sobre a participação do turismo na melhoria da qualidade de vida e na
preservação e conservação do meio ambiente e o nível de importância para a
elaboração dos serviços turísticos a partir do perfil do estilo de vida.
5.3.4 Procedimentos para Coleta de Dados
Antes do início das coletas para configuração dos objetivos do estudo, foi feito
um levantamento dos dados primários como os da população e os dos serviços
turísticos. Estes levantamentos foram realizados entre os meses de abril e maio de
2006. Entrevistas com moradores e representantes do poder público local, além de
documentações levantadas foram importantes para a elaboração da população da
pesquisa.
Durante o processo de pesquisa realizaram-se 16 intervenções distribuídas
entre o período de agosto de 2006 a julho de 2007, a fim de que pudessem ser
avaliados turistas de baixa estação e feriados. Assim, foram realizadas dezesseis
(16) visitas de campo, distribuídas da seguinte forma: cinco (5) visitas de agosto a
55
novembro de 2006, quatro (4) entre dezembro e fevereiro de 2007, quatro (4) entre
março a maio de 2007 e por fim três (3) visitas entre junho e julho de 2007. Embora
estivesse no procedimento metodológico previamente definido no projeto inicial, as
datas das visitas de campo foram evoluindo e se adequando com relação à
realidade local.
A forma de abordagem inicial para o PEVI frente ao meio ambiente e frente ao
bem-estar era da utilização do instrumento de pesquisa (Pentáculo do Bem-Estar e
do Meio Ambiente) como questionário, auto-aplicável. No entanto, ao perceber que
dentre os moradores havia pessoas analfabetas, foi feita a escolha pela execução
dos instrumentos sob a forma de entrevistas, todas elas realizadas pelo pesquisador.
Entretanto, o instrumento para a avaliação da influência do estilo de vida ideal
na elaboração dos serviços turísticos, um instrumento semi-estruturado, fora
executado como questionário para a população censitária.
Para a escolha dos moradores foi feita uma estratificação dos locais de
moradia através de um sorteio contendo nome dos três (3) bairros da cidade (cidade
monumento, cidade histórica e cidade nova) de forma aleatória, a partir daí foram
sorteados quatro (ruas) por bairro. A escolha por morador foi feita de forma não
probabilística e intencional, era abordado o primeiro que se encontrava disponível
para a entrevista. A escolha dos indivíduos (turistas) se deu de forma não
probabilística e intencional, sendo sempre abordados nos momentos de preparação
para as trilhas e atrativos, bem como, no Parque Municipal de Mucugê.
5.3.5 Análise dos Dados
O objetivo geral do presente trabalho foi analisar o perfil do estilo de vida junto
à atividade de turismo na natureza, tomando como referência a cidade de Mucugê
na Chapada Diamantina. Para isso, foram trilhados caminhos importantes para a
aquisição de informações que pudessem retratar de forma eficaz esta análise.
Primeiramente, a verificação do perfil do estilo de vida individual (PEVI) frente ao
bem-estar através dos componentes do Pentáculo do Bem-Estar. O segundo foi à
verificação do perfil do estilo de vida individual (PEVI) frente ao meio ambiente
através dos componentes do Pentáculo do Meio Ambiente. O terceiro foi verificar a
relação do perfil do estilo de vida individual frente ao bem-estar com o perfil do estilo
56
de vida frente ao meio ambiente, correlacionando os dois perfis e por último uma
verificação da influência do perfil do estilo de vida ideal (ambiental e bem-estar) na
elaboração dos serviços turísticos da cidade de Mucugê.
Os resultados desta pesquisa serão apresentados de acordo o grupo da
população avaliada, no entanto, a análise será feita de forma conjunta, buscando
melhor a compreensão dos objetivos da pesquisa.
Inicialmente foram formados grupos de sujeitos da pesquisa entre moradores,
moradores que trabalham nos serviços turísticos e os turistas. Algumas variáveis
foram propostas para o cruzamento dos dados, dentre estas está o sexo, a idade, o
nível de escolaridade, a renda mensal em salários mínimos para todos os grupos. O
grupo de turistas apresenta ainda a variável época de visitação (alta temporada,
baixa temporada e feriados prolongados) e a freqüência anual de visitação em
ambientes naturais, excluindo destas áreas, as visitas em lugares de praia que não
tivesse a exclusividade da visita como atrativo turístico natural. Já que os interesses
dos turistas com envolvimento com a natureza possuem características singulares,
inclusive com a fuga de ambientes urbanos e mudança na rotina diária do estilo de
vida (EAGLE,1992). Para os grupos de moradores foi incluído a variável o tempo de
residência em anos.
Um processo de categorização foi implementado para melhor compreensão
das relações. Foi feita uma categoria da renda mensal em: menor que 1 a 3 salários
mínimos, de 3,1 a 10 salários mínimos e mais de 10 salários mínimos. O nível de
escolaridade foi categorizado em até o 1º grau completo 7 , o 2º grau e superior. O
tempo de residência dos moradores foi categorizado em até 3 anos, de 3,1 a 10
anos e superior a 10 anos. Para o número de visitas em ambientes naturais foi feita
uma categoria da seguinte forma: até 3 visitas/ano, de 4 a 6 visitas/ano e superior a
6 visitas/ano.
Ainda, em relação aos visitantes, o período de visitação foi categorizado por
época do ano, através dos períodos de baixa estação (compreendendo os meses de
março a maio e de agosto a novembro), períodos de alta estação (compreendendo
os meses de junho, dezembro, janeiro e fevereiro) e ainda o período dos feriados
prolongados.
7
Optou-se pela utilização do termo 1º e 2º grau em substituição ao ensino fundamental e ensino médio, visto
que a população local tinha dificuldade em responder a questão.
57
Após obtenção dos dados foram delineadas planilhas para tratamento
estatístico. Para isto foi utilizado a Planilha Microsoft Excel versão 2003 para cálculo
de dispersão e geração dos gráficos, logo após os dados foram exportados para
uma análise das respostas através do pacote estatístico SPSS for Windows versão
7.5. A partir daí foram utilizados procedimentos estatísticos para resolução dos
objetivos da pesquisa. Para comparação das médias foi feita a análise de variância
ANOVA com testes de Tukey para as significâncias (p<0,05) e para as
determinações o modelo de regressão linear simples.
Foi feita uma estatística descritiva da freqüência dos sujeitos da amostra, para
isso, foi utilizada a média com desvio padrão da idade dos sujeitos, bem como de
todos os escores dos diversos componentes dos questionários (Pentáculo do BemEstar e Pentáculo do Meio Ambiente). As somas de todos os componentes foram
tratadas também através da média e desvio padrão. Ainda foi realizada ainda uma
determinação entre os comportamentos do PEVI frente ao Bem-Estar (BE) e frente
ao Meio Ambiente (MA).
Uma análise discursiva do PEVI frente ao BE e ao MA foi feita através das
respostas ao questionário da influência do estilo de vida ideal nos serviços turísticos.
58
6 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Serão apresentados inicialmente os dados gerais das amostras, a partir daí
para melhor compreensão dos Pentáculos do Bem-Estar e do Meio Ambiente os
dados, serão apresentados juntos por população avaliada: moradores, turistas e
moradores envolvidos nos serviços turísticos, em seguida a determinação existente
entre os dois questionários e por fim, os dados do questionário que verifica a
influência do BE e do MA na elaboração dos serviços turísticos.
6.1 Dados Gerais da Amostra
Ao analisarmos os dados da pesquisa, foi possível observar que a amostra
populacional avaliada foi composta por indivíduos de ambos os sexos e com faixa
etária entre 10 e 92 anos igual a (n=879) distribuídas em grupos de avaliados sendo
(n=490) moradores, (n=290) turistas e (n=99) moradores que trabalham em serviços
turísticos. Ainda foi avaliado o censo (n=26) dos serviços turísticos, pessoas já
entrevistadas pela categoria dos moradores - MSTUR.
Ao abordar o grupo de moradores da cidade de Mucugê observa-se que o
número de avaliados totais foi de (n=490) indivíduos com idade cronológica média
de 28,48 anos (± 14,37) com idade mínima de 10 e máxima de 92 anos, de ambos
os sexos composta de (n=248) indivíduos do sexo masculino (50,6%) e de (n=242)
do sexo feminino (49,4%). Do grupo de moradores avaliados, 37,8% (n=185)
possuem um nível de escolaridade até o ensino fundamental, 56,9% (n=279)
possuem o ensino médio e apenas 5,3% (n=26) possuem nível superior. Entre os
moradores avaliados, 86,3% (n=423) recebem menos que 3 salários mínimos
mensais, 12,4% (n=61) recebem entre 3,1 e 10 salários mínimos e 1,2% (n=6)
ganham mais que 10 salários mínimos mensais. Em relação ao tempo de residência
59
foi possível constatar que 16,7% dos moradores (n= 82) residem no município a
menos de 3 anos, 29,2% (n=143) moram na cidade entre 3,1 e 10 anos e 54,1%
(n=265) residem a mais de 10 anos na cidade de Mucugê.
Entre o grupo de moradores da cidade de Mucugê que trabalha em serviços
turísticos observou-se que o número de avaliados totais foi de (n=99) moradores
com idade cronológica média de 31,14 anos (± 12,25) com idade mínima de 14 e
máxima de 78 anos, de ambos os sexos composta de 53,5% de indivíduos do sexo
masculino (n=53) e 46,5% de indivíduos do sexo feminino (n=46). Destes, 17,2%
possuem um nível de escolaridade até o ensino fundamental (n=17), 68,7%
possuem o ensino médio (n=68) e 14,1% possuem nível superior (n=14). Entre os
avaliados 70,7% recebem menos que 3 salários mínimos mensais (n=70), 20,2%
recebem entre 3,1 e 10 salários mínimos (n=20) e 9,1% ganham mais que 10
salários mínimos mensais (n=9). Em relação ao tempo de residência foi possível
constatar que 7,17% dos moradores residem no município a menos de 3 anos (n=7),
17,2% moram na cidade entre 3,1 e 10 anos (n=17) e que 75,8% (n=75) residem a
mais de 10 anos na cidade de Mucugê.
Através dos dados foi percebido que os moradores da cidade de Mucugê
envolvidos nos serviços turísticos-MSTUR possuem um melhor nível de escolaridade
que os moradores avaliados envolvidos em outras atividades laborais (FIGURA 9).
Percebe-se ainda, que os moradores que trabalham nos serviços turísticos recebem
melhores salários médios que os demais moradores (FIGURA 10) e que estes
moradores residem a mais tempo na cidade de Mucugê conforme (FIGURA 11).
Moradores
MSTUR
68,7%
56,9%
37,8%
17,2%
14,1%
5,3%
Ensino Fundamental
Ensino Médio
Superior
Nível de Escolaridade
FIGURA 9 - Distribuição do Nível de Escolaridade entre os Moradores
da Cidade de Mucugê.
60
Moradores
MSTUR
86,3%
70,7%
12,4%
20,2%
9,1%
1,2%
Até 3 SM
3,1 a 10 SM
Mais de 10 SM
Renda Salarial
FIGURA 10: Distribuição da Renda Salarial dos Moradores da Cidade
de Mucugê.
Moradores
MSTUR
75,8%
54,1%
29,2%
16,7%
17,2%
7,2%
Até 3 anos
3 a 10 anos
Mais de 10 anos
Tempo de Residência
FIGURA 11: Distribuição do Tempo de Residência dos Moradores da
Cidade de Mucugê
Através disto pode-se apontar que a atividade turística tem em seu corpo de
trabalhadores pessoas com melhor nível educacional, possuidores de uma renda
salarial e tempo de residência um pouco maior que os demais moradores. Isto pode
ser explicado pelo fato de alguns dos serviços turísticos optarem por pessoas com o
perfil educacional que possuam pelo menos o ensino médio e que conheçam melhor
as riquezas atrativas da cidade, consequentemente o pagamento de melhores
salários por se tratar de uma atividade um pouco mais especializada.
Ao abordar o grupo de turistas foi observado que o número total de avaliados
foi igual a (n=90) turistas com idade cronológica média de 29,96 anos (± 13,74) com
idade mínima de 11 e máxima de 72 anos, de ambos os sexos composta de 57,2%
de indivíduos do sexo masculino (n=166) e 42,8% do sexo feminino (n=124). Destes,
7,6% (n=22) possuem um nível de escolaridade até o ensino fundamental, 35,9%
(n=104) possuem o ensino médio e 56,6% (n=164) possuem nível superior. Entre os
avaliados 36,63% (n=106) recebem menos que 3 salários mínimos mensais, 39,7%
61
(n=115) recebem entre 3,1 e 10 salários mínimos e 23,8% (n=69) ganham mais que
10 salários mínimos mensais.
Em relação ao período de visitação dos turistas foi possível constatar que na
amostra composta pelos entrevistados, 24,8% de turistas visitaram a cidade de
Mucugê na Baixa Estação (n=72), 45,5% visitaram a cidade no período da Alta
Estação (n=132) e que 29,7% dos turistas (n=86) visitaram a cidade nos feriados
prolongados.
No que tange ao número de visitas dos turistas em ambientes naturais por
ano, 54,2% dos turistas visitam ambientes naturais até 3 vezes ao ano, 31% visitam
de 3 a 6 vezes ano e 14,8 vistam mais de 6 vezes ao ano os ambientes naturais.
6.2 Verificação do Perfil do Estilo de Vida relacionado ao Bem-Estar e
relacionado ao Meio Ambiente
Para atender aos objetivos específicos desta pesquisa, foi necessário
apresentar o PEVI do BE e o PEVI do MA por categoria de população com posterior
comparação entre os grupos.
6.2.1 Análise dos Dados do PEVI dos Moradores da Cidade de Mucugê
Ao fazer uma análise do PEVI através do Pentáculo do Bem-Estar entre os
moradores da cidade de Mucugê foi possível constatar que a média obtida no
somatório dos 5 componentes (escala de 0 a 45 pontos) foi de 26,29 (± 6,63) com
valores de 6 a 43 pontos no escore.
No entanto fazendo uma análise por componente avaliado verifica-se que no
componente Nutrição a média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) foi
4,64 (± 2,30) e, o número total de avaliados por categoria de escore bem como o
percentual destes estão apresentados na TABELA 6 do APÊNDICE B. Contudo,
28,56% dos moradores (n=140) apresentaram um comportamento próximo ao
desejável e apenas 10,82% (n=53) um comportamento desejável.
62
Fazendo uma análise do componente Atividade Física a média dos escores
avaliados (escala de 0 a 9 pontos) foram 4,02 (± 2,53) e, o número total de avaliados
por categoria de escore bem como o percentual destes estão apresentados na
TABELA 7 do APÊNDICE B. Dentre os avaliados 27,35% (n=134) possuem um
comportamento pouco desejável e apenas 10,41% (n=51) o comportamento
desejável.
A análise do componente Comportamento Preventivo apresentou a média dos
escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de 5,38 (± 2,29) e, o número total de
avaliados por categoria de escore, bem como, o percentual de destes estão
apresentados na TABELA 8 do APÊNDICE B. É importante assinalar que 32,86%
dos avaliados (n=161) apresentaram comportamento próximo ao desejável e 19,39%
(n=95) possuem o comportamento desejável.
O componente Relacionamento Social apresentou a média dos escores
(escala de 0 a 9 pontos) de 6,59 (± 1,98) e, o número total de avaliados por
categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 9 do
APÊNDICE B. Contudo, este componente apresenta o melhor perfil dentre os
demais componentes do BE para esta amostragem, onde 38,78% (n=190) possuem
um comportamento desejável e 34,90% (n=171) um comportamento próximo ao
desejável.
Uma análise do componente Controle do Stress mostra uma média dos
escores (escala de 0 a 9 pontos) de 5,66 (± 2,19) e, o número total de avaliados por
categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 10 do
APÊNDICE B. Neste componente, 28,56% dos avaliados (n=140) possuem um
comportamento próximo ao desejável e 10,81% (n=53) um comportamento
desejável.
Através da análise do Pentáculo do Meio Ambiente dos moradores da cidade
de Mucugê foi possível constatar que a média obtida no somatório dos 5
componentes (escala de 0 a 45 pontos) foi de 26,26 (± 6,87) com valores de 7 a 45
pontos no escore.
Com relação ao componente Ativismo Ecológico dos moradores, apresentam
uma média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de 3,54 (± 2,56) e, o
número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o percentual de
destes estão apresentados na TABELA 11 do APÊNDICE B. Contudo, 31,20% dos
avaliados (n=153) possuem um comportamento pouco desejável e apenas 9,69%
63
(n=47) possuem um comportamento desejável, destacando este componente como
o pior perfil dentre os demais componentes avaliados para o MA.
Uma análise do componente Biodiversidade mostra uma média dos escores
(escala de 0 a 9 pontos) de 5,60 (± 2,31) e, o número total de avaliados por
categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 12 do
APÊNDICE B. Porém, dentre os avaliados 30,21% (n=148) possuem um
comportamento próximo ao desejável e 24,09% (n=118) um comportamento
desejável.
Com relação ao componente Consumo dos moradores apresenta-se uma
média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de 3,54 (± 2,56) e, o número
total de avaliados por categoria de escore, bem como, o percentual destes estão
apresentados na TABELA 13 do APÊNDICE B. Contudo, este componente
apresenta o melhor perfil dentre os demais componentes do MA com 43,88%
(n=215) apresentando um comportamento desejável e 29,18% (n=143) um
comportamento próximo ao desejável.
Uma análise do componente Valores Ambientais mostra uma média dos
escores (escala de 0 a 9 pontos) de 4,30 (± 2,33) e, o número total de avaliados por
categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 14 do
APÊNDICE B. Neste componente, 27,34% dos avaliados (n=134) adotam um
comportamento moderadamente desejável, enquanto apenas 9,18% (n=45) adotam
um comportamento desejável.
A análise do componente Prevenção da Poluição mostra uma média dos
escores (escala de 0 a 9 pontos) de 6,09 (± 2,07) e, o número total de avaliados por
categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 15 do
APÊNDICE B. Porém, este componente também apresenta um bom perfil para o MA
quando entre os moradores 39,18% (n=192) apresentaram um comportamento
próximo ao desejável e 26,32% (n=129) adotaram um comportamento desejável.
A FIGURA 12 apresenta a média do PEVI por componente avaliado através
do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente – Moradores.
64
8
6,87
Escores de 0-9
6,73
6,59
7
5,66
6
6,09
5,61
4,64
5
4,31
4,02
3,54
4
3
2
1
Va
l .A
m
bi
en
ta
Pr
is
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a
Po
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a
N
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ão
0
FIGURA 12: Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo
do Meio Ambiente – Moradores.
Observa-se, segundo as médias apresentadas, que os moradores da cidade
de Mucugê possuem um PEVI bem semelhante para os perfis avaliados, tanto do
PEVI do Bem-Estar (26,29) quanto do PEVI do Meio Ambiente (26,26). No entanto,
vale ressaltar que os componentes Comportamento Preventivo e Relacionamento
Social (BE), Consumo e Prevenção da Poluição (MA) são os que apresentaram os
melhores perfis, estando bem próximo ao desejável, enquanto Atividade Física (BE)
e Ativismo Ecológico (MA) são os que apresentaram o pior perfil dentre os
componentes avaliados, necessitando de uma modificação nos valores e
comportamentos.
O baixo perfil da nutrição deve estar associado à baixa renda e pela falta de
educação nutricional por parte da população, já que existe disponibilidade de
alimentos saudáveis na região. No que tange ao pouco nível habitual de atividade
física é explicado pelo tamanho da cidade ser pequena e com isso necessitar de
poucos deslocamentos, além de não ter disponibilidade de espaços esportivos e
locais apropriados para exercícios físicos, e, por mais paradoxal que pareça, poucos
são os moradores que se integram às trilhas locais, preferindo sempre os lugares
mais próximos.
No entanto, é percebido que mesmo morando num ambiente urbano, muito
próximo ao ambiente natural os moradores não possuírem um perfil adequado ao
ativismo ecológico e aos valores ambientais.
65
A cidade sendo pequena mostra evidencias de um melhor relacionamento
social por parte dos habitantes. O fato de o componente comportamento preventivo
apresentar-se com melhor perfil é explicado pelo caso de que poucos são os
moradores que possuem ou necessitam de automóveis. Quanto ao componente
consumo ter apresentado um perfil mais adequado pode ser explicado também pela
baixa renda e pela pouca disponibilidade de produtos. No entanto, o fato de o
componente prevenção da poluição apresentar-se num perfil próximo ao ideal é
explicado pela prefeitura municipal ter implantado um programa de coleta seletiva
dos resíduos. Fato que se opõe à posição de Brito (2005) quando o mesmo aponta
que apenas 36% dos domicílios fazem coleta de lixo.
6.2.2 Análise dos Dados do PEVI dos Visitantes/Turistas
Ao realizar uma análise do PEVI através do Pentáculo do Bem-Estar entre os
turistas que visitaram a cidade de Mucugê foi possível constatar que a média obtida
no somatório dos 5 componentes (escala de 0 a 45 pontos) foi de 27,93 (± 6,30) com
valores de 9 a 41 pontos no escore.
No entanto, fazendo uma análise por componente avaliado verificou-se que
no componente Nutrição a média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) foi
4,67 (± 2,19) e, o número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o
percentual de destes estão apresentados na TABELA 16 do APÊNDICE B. Contudo,
35,17% dos turistas (n=102) apresentaram um comportamento moderadamente
desejável e apenas 10,69% (n=31) um comportamento desejável.
Fazendo uma análise do componente Atividade Física a média dos escores
avaliados (escala de 0 a 9 pontos) foi de 5,05 (± 2,76) e, o número total de avaliados
por categoria de escore, bem como, o percentual destes estão apresentados na
TABELA 17 do APÊNDICE B. Dentre os avaliados 29,31% (n=85) possuem um
comportamento próximo ao desejável e 21,39% (n=621) o comportamento desejável.
A análise do componente Comportamento Preventivo apresentou a média dos
escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de 6,51 (± 2,19) e, o número total de
avaliados por categoria de escore, bem como, o percentual destes estão
apresentados na TABELA 18 do APÊNDICE B. É importante assinalar que 41,38%
66
dos avaliados (n=120) apresentaram comportamento desejável e 28,97% (n=84)
possuem o comportamento próximo ao desejável.
O componente Relacionamento Social apresentou a média dos escores
(escala de 0 a 9 pontos) de 6,72 (± 1,93) e, o número total de avaliados por
categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 19 do
APÊNDICE B. Contudo, este componente apresenta também, como no caso dos
moradores, o melhor perfil dentre os demais componentes do BE para esta
amostragem, onde 37,59% (n=109) possuem um comportamento desejável e
41,03% (n=119) um comportamento próximo ao desejável.
O componente Controle do Stress mostra uma média dos escores (escala de
0 a 9 pontos) de 4,98 (± 2,04) e, o número total de avaliados por categoria de escore
e o percentual destes estão apresentados na TABELA 20 do APÊNDICE B. Neste
componente, 37,24% dos avaliados (n=108) possuem um comportamento
moderadamente desejável e apenas 10,34% (n=30) um comportamento desejável.
Através da análise do Pentáculo do Meio Ambiente dos turistas da cidade de
Mucugê foi possível constatar que a média obtida no somatório dos 5 componentes
(escala de 0 a 45 pontos) foi de 24,78 (± 6,80) com valores de 7 a 43 pontos no
escore.
O componente Ativismo Ecológico dos turistas visitantes da cidade de
Mucugê apresentou uma média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de
4,14 (± 2,16) e, o número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o
percentual destes estão apresentados na TABELA 21 do APÊNDICE B. Contudo,
31,03% dos avaliados (n=90) possuem um comportamento pouco desejável e
apenas 5,5% (n=16) possuem um comportamento desejável, destacando este
componente como o pior perfil dentre os demais componentes avaliados para o MA.
Uma análise do componente Biodiversidade mostra uma média dos escores
(escala de 0 a 9 pontos) de 4,99 (± 2,36) e, o número total de avaliados por
categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 22 do
APÊNDICE B. Porém, dentre os avaliados 29,31% (n=85) possuem um
comportamento moderadamente desejável e 16,20% (n=47) um comportamento
desejável.
O componente Consumo dos turistas visitantes da cidade de Mucugê
apresentou uma média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de 6,24 (±
2,10) e, o número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o
67
percentual destes estão apresentados na TABELA 23 do APÊNDICE B. Contudo,
este componente apresenta-se como melhor perfil dentre os demais componentes
do MA com 37,59% (n=109) dos entrevistados apresentando um comportamento
próximo ao desejável e 31,03% (n=90) um comportamento desejável.
Uma análise do componente Valores Ambientais mostra uma média dos
escores (escala de 0 a 9 pontos) de 4,32 (± 2,14) e, o número total de avaliados por
categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 24 do
APÊNDICE B. Neste componente, 28,62% dos avaliados (n=83) adotaram um
comportamento pouco desejável, enquanto apenas 4,49% (n=45) adotaram um
comportamento desejável, destacando-se também como um perfil baixo de
comportamento frente aos valores ambientais
A análise do componente Prevenção da Poluição mostra uma média dos
escores (escala de 0 a 9 pontos) de 5,09 (± 2,23) e, o número total de avaliados por
categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 25 do
APÊNDICE B. Neste componente os turistas 32,07% (n=93) apresentaram um
comportamento próximo ao desejável e 13,79% (n=40) adotaram um comportamento
desejável.
A FIGURA 13 apresenta a média do PEVI por componente avaliado através
6,24
5,09
da
bi
en
ta
is
Po
lu
iç
ão
4,32
Pr
ev
.
C
At
iv
.F
ís
ic
om
a
p.
Pr
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en
ti v
o
R
el
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.S
C
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tro
l
le
do
St
re
ss
At
iv
.E
co
ló
gi
co
Bi
od
iv
er
si
da
de
4,14
4,99
Am
4,98
Va
l.
4,67
ut
riç
N
5,05
6,72
on
su
m
o
6,51
C
8
7
6
5
4
3
2
1
0
ão
Escore 0 - 9
do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente - Turistas.
FIGURA 13: Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo
do Meio Ambiente – Turistas.
Observou-se, segundo as médias apresentadas, que os turistas visitantes da
cidade de Mucugê possuem um PEVI um pouco melhor em relação ao BE (27,93) do
que ao MA (24,78). No entanto, vale ressaltar que os componentes Comportamento
68
Preventivo e Relacionamento Social (BE) e Consumo (MA) são os que apresentaram
melhores perfis, estando mais próximo ao desejável, enquanto os componentes
Nutrição, Controle do Stress do (BE), Ativismo Ecológico e Valores Ambientais (MA)
são os que apresentaram os piores perfis dentre os componentes avaliados,
necessitando de uma intervenção para mudanças de valores e comportamentos.
Os hábitos nutricionais inadequados parece ser uma constante na sociedade
moderna, já que este grupo também apresentou um perfil baixo para este
componente. O fato de o componente controle do stress apresentar-se baixo nesta
população pode ser explicado inclusive pela intenção da busca por destinos naturais
como atrativo turístico conforme (EAGLES, 1992; MCKERCHER, 2002). Para a
população avaliada apresentar também um comportamento ativista ecológico baixo,
além da preocupação com a biodiversidade e com os valores ambientais baixos
pode ser analisado pelo fato de existam poucas intervenções educativas para o meio
ambiente, tanto em relação ao ambiente formal (escola) quanto o não-formal (fora da
escola) ou mesmo que as pessoas não estão ainda sensibilizadas para a questão.
Na metodologia deste estudo foi sugerida a verificação do período de
visitação do turista transformando-se numa subcategoria, turistas na Alta
Temporada, Baixa Temporada e nos Feriados Prolongados, já que foi observado
que o interesse pelo contato em áreas naturais era distinto de acordo a época de
visitação, bem como a freqüência com que se visitam estas áreas.
No entanto, foram apresentados dados pouco significativos entre os 3 grupos
da subcategoria época de visitação, que era uma dúvida que se apresentava na
abordagem do problema. No entanto, pode ser observado na FIGURA 22 que os
turistas que procuram os feriados prolongados para a visitação em áreas naturais
possuem um discreto melhor PEVI para o (BE) em 4 componentes e também um
discreto PEVI acima para o (MA) em 3 componentes quando comparados aos
demais grupos.
69
Baixa Temporada
7,07
6,78
6,92
Escores 0 - 9
Feriados Prolongados
Alta Temporada
6,55
6,58
5,97
6,14
6,08
6,16
5,05
4,83
4,65
4,45
5,48
5,27
5,15
5,29
4,69
4,86
4,60
4,37
4,25
4,94
4,89
4,43
4,37
4,14
4,37
4,14
Prev. da Poluição
Val. Ambientais
Consumo
Biodiversidade
Ativ. Ecológico
Controle do Stress
Relac. Social
Comp. Preventivo
Ativ. Física
Nutrição
3,85
FIGURA 14: Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo
do Meio Ambiente dos grupos de Turistas nos períodos de visitação.
A FIGURA 15 apresenta a média do somatório dos 5 componentes dos
Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente. A partir disto, pode se
perceber uma semelhança entre os grupos por época de visitação, contudo há uma
modesta superioridade do PEVI dos turistas que visitam em feriados prolongados.
Baixa Temporada
Alta Temporada
35
30
Feriados Prolongados
30,17
27,25
26,84
24,00
24,77
25,43
25
20
15
10
5
0
Bem-Estar
Meio Ambiente
FIGURA 15: Média do PEVI do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente dos
grupos de Turistas nos períodos de visitação.
O fato do grupo de turistas que freqüentam os ambientes naturais em feriados
prolongados ter apresentado o melhor perfil relacionado ao meio ambiente poder ser
70
explicado por nestes feriados terem a maior participação de escolares em programas
práticos de educação ambiental. A idade média para este grupo foi de 20,77 anos (±
5,48), bem menor que a média de todas as populações (28,48 anos). Em relação ao
perfil do bem-estar pode ser explicado por os indivíduos estarem menos susceptíveis
ao stress, terem melhores relacionamentos, comum da idade escolar e um nível
maior habitual de atividades físicas pela idade jovem e desvinculo com o mundo do
trabalho.
6.2.3 Análise dos Dados do PEVI - Moradores dos Serviços Turísticos - MSTUR
Ao fazer uma análise do PEVI através do Pentáculo do Bem-Estar entre os
moradores da cidade de Mucugê que trabalham no serviço turístico, ou seja,
Moradores do Serviço Turístico – MSTUR foi utilizada uma amostra bastante
significativa. Com isso, foi possível constatar através das entrevistas que a média
obtida no somatório dos 5 componentes (escala de 0 a 45 pontos) foi 27,46 (± 5,81)
com valores variando entre 13 a 39 pontos no escore.
No entanto, fazendo uma análise por componente avaliado verifica-se que no
componente Nutrição a média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) foi de
4,17 (± 2,39) e o número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o
percentual destes estão apresentados na TABELA 26 do APÊNDICE B. Contudo,
30,30% dos MSTUR (n=30) apresentaram um comportamento pouco desejável e
apenas 6,60% (n=6) um comportamento desejável.
Fazendo uma análise do componente Atividade Física a média dos escores
avaliados (escala de 0 a 9 pontos) foi de 5,05 (± 2,62) e o número total de avaliados
por categoria de escore, bem como, o percentual destes estão apresentados na
TABELA 27 do APÊNDICE B. Dentre os avaliados 32,32% (n=32) possuem um
comportamento próximo ao desejável e 19,19% (n=19) o comportamento desejável.
A análise do componente Comportamento Preventivo apresentou a média dos
escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de 5,58 (± 2,33) e o número total de
avaliados por categoria de escore, bem como, o percentual destes estão
apresentados na TABELA 28 do APÊNDICE B. É importante assinalar que 31,31%
dos avaliados (n=31) apresentaram comportamento próximo ao desejável e 22,22%
(n=22) possuem o comportamento desejável.
71
O componente Relacionamento Social apresentou a média dos escores
(escala de 0 a 9 pontos) de 7,41 (± 1,70) e o número total de avaliados por categoria
de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 29 do APÊNDICE
B. Contudo, este componente apresenta o melhor perfil dentre os demais
componentes do BE para esta amostragem, onde 55,55% (n=55) possuem um
comportamento desejável e 32,32% (n=32) um comportamento próximo ao
desejável.
Uma análise do componente Controle do Stress mostra uma média dos
escores (escala de 0 a 9 pontos) de 5,25 (± 2,12) e o número total de avaliados por
categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 30 do
APÊNDICE B. Neste componente, 32,31% dos avaliados (n=310) possuem um
comportamento próximo ao desejável e 16,16% (n=16) um comportamento
desejável.
Através da análise do Pentáculo do Meio Ambiente dos moradores da cidade
de Mucugê que trabalham no serviço turístico – MSTUR foi possível constatar que a
média obtida no somatório dos 5 componentes (escala de 0 a 45 pontos) foi de
31,68 (± 7,40) com valores de 13 a 44 pontos no escore.
Ao ser analisado o componente Ativismo Ecológico dos moradores - MSTUR
este apresentou uma média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de 5,41
(± 2,66) e o número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o
percentual destes estão apresentados na TABELA 31 do APÊNDICE B. Contudo,
28,28% dos avaliados (n=28) possuem um comportamento desejável e 24,24%
(n=24) possuem um comportamento próximo ao desejável.
A análise do componente Biodiversidade mostra uma média dos escores
(escala de 0 a 9 pontos) de 6,71 (± 2,30) e o número total de avaliados por categoria
de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 32 do APÊNDICE
B. Porém, dentre os avaliados 45,45% (n=45) possuem um comportamento
desejável e 30,30% (n=30) um comportamento próximo ao desejável.
Ao analisar o componente Consumo dos moradores, este se apresenta com
uma média dos escores avaliados (escala de 0 a 9 pontos) de 6,88 (± 2,16) e o
número total de avaliados por categoria de escore, bem como, o percentual de
destes estão apresentados na TABELA 33 do APÊNDICE B. Contudo, este
componente apresentou um bom perfil dentre os demais componentes do MA com
72
51,52% (n=51) apresentando um comportamento desejável e 21,21% (n=21) um
comportamento próximo ao desejável.
A análise do componente Valores Ambientais mostra uma média dos escores
(escala de 0 a 9 pontos) de 5,61 (± 2,42) e o número total de avaliados por categoria
de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 34 do APÊNDICE
B. Neste componente, 34,34% dos avaliados (n=34) adotaram um comportamento
próximo ao desejável, enquanto 24,24% (n=24) adotaram um comportamento
desejável.
A análise do componente Prevenção da Poluição mostra uma média dos
escores (escala de 0 a 9 pontos) de 7,07 (± 1,94) e o número total de avaliados por
categoria de escore e o percentual destes estão apresentados na TABELA 35 do
APÊNDICE B. Porém, este componente apresentou o melhor perfil para o MA
quando entre os moradores 46,46% (n=46) apresentaram um comportamento
desejável e 32,32% (n=32) adotaram um comportamento próximo ao desejável.
A FIGURA 16 apresenta a média do PEVI por componente avaliado do
Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente – MSTUR dos moradores
7,41
5,61
C
on
su
m
o
A
m
bi
en
Pr
ta
is
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a
Po
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ão
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da
de
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At
iv
.E
do
St
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C
7,07
6,88
5,41
5,25
R
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po
rt.
P
At
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N
6,71
5,58
el
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5,05
4,17
re
ve
nt
iv
o
8
7
6
5
4
3
2
1
0
ão
Escores 0 - 9
da cidade de Mucugê que estão envolvidos nos serviços turísticos.
FIGURA 16: Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo
do Meio Ambiente – MSTUR.
Através dos dados obtidos observou-se que os moradores envolvidos nos
serviços turísticos da cidade de Mucugê possuem um PEVI distinto para o BemEstar (27,46) e para o Meio Ambiente (31,68). No entanto, vale ressaltar que o
componente
Comportamento
Preventivo
e
Relacionamento
Social
(BE)
e
73
Biodiversidade, Consumo e Prevenção da Poluição (MA) são os que apresentaram
melhores perfis, estando bem próximo ao desejável.
O baixo perfil da nutrição pode ser explicado também pela pequena renda e
pela falta de educação nutricional por parte da população, já que existe
disponibilidade de alimentos saudáveis na região. No que tange ao baixo nível
habitual de atividade física pode ser explicado pelo tamanho da cidade ser pequena
e necessitar de poucos deslocamentos, além de não ter disponibilidade de espaços
esportivos e locais apropriados para exercícios físicos, o que é uma constante em
todo o território brasileiro e em especial na região Nordeste (NAHAS 2001). Nesta
população, apenas os guias possuem um maior nível habitual de atividades físicas,
característico da função exercida em ambientes naturais. No entanto, para esta
população, apresenta-se um controle do stress também baixo, mostrando talvez uma
carga de trabalho excessiva.
O esclarecimento de esta população apresentar-se como a que melhor possui
um PEVI para o MA pode ser elucidado pelo fato de que exista frequentemente
cursos de capacitação e informação a respeito do meio ambiente feito por órgãos
públicos e associações, além desta população servir de exemplo para as ações
implantadas pela Prefeitura Municipal, através dos setores responsáveis.
6.2.4 Análise dos Dados do PEVI Entre Grupos
Com todos os dados obtidos e analisados é possível apresentar a diferença
existente em o PEVI do Bem-Estar entre os grupos avaliados, bem como, apresentar
diferenças existentes entre o PEVI do Meio Ambiente. Observando na FIGURA 17
pode-se afirmar que o grupo dos moradores – MSTUR possui um PEVI relacionado
ao MA melhor que os demais grupos em todos os componentes, no entanto, o PEVI
frente ao BE é melhor neste grupo em apenas 2 componentes, tendo o
relacionamento social atingido o melhor perfil dentre todos os grupos avaliados. O
que vem corroborar com a posição de Moraes (2006) de que o turismo rural, citado
no exemplo, melhora a qualidade de vida das pessoas que trabalham em serviços
turísticos.
74
Para o grupo dos turistas é apresentado um PEVI mais adequado no
componente comportamento preventivo e para o grupo de moradores apresenta-se
um PEVI mais adequado apenas no componente controle do stress.
Moradores
Escores 0 - 9
6,51
4,67
5,05
4,64
4,17
4,02
Turistas
7,41
6,72
6,59
MSTUR
6,88
6,73
6,24
6,71
5,66
5,25
4,98
5,58
5,38
5,41
7,07
6,09
5,61
5,60
5,09
4,99
4,3
4,32
4,14
P.da Poluição
Valores Amb..
Consumo
Biodiversid.
Ativ. Ecológ.
Cont. Stress
Relac. Social
Comp. Prev.
Ativ. Física
Nutrição
3,54
FIGURA 17: Média do PEVI por componente avaliado do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do
Meio Ambiente dos 03 grupos avaliados.
A FIGURA 18 apresenta a média do somatório dos 5 componentes dos
Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente. Com isso, percebe-se
uma diferença entre os grupos de turistas e dos MSTUR referentes ao PEVI do BE e
PEVI do MA, no entanto, há uma semelhança para o grupo de moradores. Contudo,
existe um melhor PEVI do MA para o grupo do MSTUR.
75
Morador
Turista
MSTUR
31,68
35
30
26,29
27,93
27,46
26,26
24,78
25
20
15
10
5
0
Bem-Estar
Meio Ambiente
FIGURA 18: Média do PEVI do Pentáculo do BE e do Pentáculo do MA dos 03 grupos avaliados.
Portanto, após os dados obtidos e na busca de responder os objetivos da
pesquisa, podemos verificar a evidência do PEVI dos moradores que trabalham em
serviços turísticos ser o que melhor se apresenta dentre os grupos avaliados, com
uma ênfase positiva no PEVI do MA, fato que pode ser explicado pelo envolvimento
das pessoas nas atividades turísticas ambientais, desta forma tendo um melhor
comportamento frente à preservação e conservação do meio ambiente. Esta média
sugere que o grupo do MSTUR esteja relacionado ao comportamento bem próximo
ao ideal.
No entanto, é interessante avaliar que dentre os grupos avaliados, todos
estão com um PEVI referente ao BE relacionado ao comportamento moderadamente
desejável. Assim, necessitando de intervenção para modificação de valores, atitudes
e comportamentos, bem como o PEVI relacionado ao MA dos grupos de moradores
e
turistas
quando
se
apresenta
também
relacionado
ao
comportamento
moderadamente desejável.
6.3 Análise da determinação entre o PEVI relacionado ao BE e do PEVI
relacionado ao MA.
Para a determinação do PEVI do Bem-Estar com o PEVI do Meio Ambiente
foi utilizada uma regressão linear simples com equação para cada determinação e
uma significância através da ANOVA.
A determinação do PEVI do BE com o PEVI do MA entre o grupo de
moradores pode ser explicada através da equação y = 0513x + 12,769. A regressão
76
linear e ANOVA foram calculadas nos resultados das dependências a um nível de
significância (p<0,05), que podem ser observadas na FIGURA 19 e na TABELA 3.
50
45
R2 = 0,2449
40
35
BE
30
25
20
15
10
5
0
0
10
20
30
50
40
MA
FIGURA 19: Tabela de Determinação entre o PEVI do
BE e o PEVI do MA entre os Moradores.
TABELA 3: Nível de significância da determinação entre o PEVI do BE e do
PEVI do MA para os moradores.
ANOVAb
Model
1
Regression
Residual
Total
Sum of
Squares
5653,569
17429,543
23083,112
Mean
Square
5653,569
35,716
df
1
488
489
F
158,291
Sig.
,000a
a. Predictors: (Constant), TOTAL BE
b. Dependent Variable: TOTAL MA
A determinação do PEVI do BE com o PEVI do MA entre o grupo de turistas
pode ser explicada através da equação y = 0,3132x + 16,027. A regressão linear e
ANOVA foram calculadas nos resultados das dependências a um nível de
significância de (p<0,05), que podem ser observadas na FIGURA 20 e na TABELA
4.
50
45
R2 = 0,0844
40
35
BE
30
25
20
15
10
5
0
0
10
20
30
40
50
MA
FIGURA 20: Determinação entre o PEVI do BE e o PEVI do
77
MA entre os Turistas.
TABELA 4: Nível de significância da determinação entre o PEVI do BE e do
PEVI do MA para os turistas.
ANOVA b
Model
1
Regression
Residual
Total
Sum of
Squares
1126,479
12225,952
13352,431
Mean
Square
1126,479
42,451
df
1
288
289
F
26,536
Sig.
,000a
a. Predictors: (Constant), TOTAL BE
b. Dependent Variable: TOTAL MA
A determinação do PEVI do BE com o PEVI do MA entre o grupo de
moradores que trabalham nos serviços turísticos pode ser explicada através da
equação y = 0,6376x + 14,164. A regressão linear e ANOVA foram calculadas nos
resultados das dependências a um nível de significância (p<0,05), que podem ser
observadas na FIGURA 21 e na TABELA 5.
50
45
R2 = 0,2504
40
35
BE
30
25
20
15
10
5
0
0
10
20
30
40
50
MA
FIGURA 21: Determinação entre o PEVI do BE e o PEVI do
MA entre os Moradores dos Serviços Turísticos.
TABELA 5: Nível de significância da determinação entre o PEVI do BE e do
PEVI do MA para os moradores dos serviços turísticos.
78
ANOVAb
Model
1
Regression
Residual
Total
Sum of
Squares
1342,775
4018,882
5361,657
df
1
97
98
Mean
Square
1342,775
41,432
F
32,409
Sig.
,000a
a. Predictors: (Constant), TOTAL BE
b. Dependent Variable: TOTAL MA
Foi feita uma regressão linear e uma ANOVA para a análise do grupo de
turistas por período de visitação. No entanto, os dados obtidos não apresentam
diferenças expressivas entre o grupo de turistas.
Através dos dados foi possível perceber que existe uma detrminação baixa
entre todos os componentes avaliados, sempre por volta de 25% (r=0,25) entre os
tipos de moradores e por volta de 9% (r=0,084) para os turistas, no entanto, quando
analisado o período de visitação dos turistas foi constatada uma determinação por
volta de 20% (r=0,204) entre os turistas da baixa estação, de 2% (r=0,020) para os
turistas da alta estação e 12% (r=0,125) para os turistas do feriado prolongado,
contudo, apresenta-se uma significância alta também entre todos os componentes
avaliados.
Foram feitos recortes com determinações em conjunto de todas as
populações com as variáveis idades (BE) (r=0,210) e (MA) (r=0,246), sexo (BE)
(r=0,184) e (MA) (r=0,146), escolaridade (BE) (r=0,149) e (MA) (r=0,084), renda (BE)
(r=0,131) e (MA) (r=0,120), visitas/ano (BE) (r=0,126) e (MA) (r=0,102), todos com a
significância (p < 0,05), porém, todos os recortes apresentam determinação baixa.
Quando comparadas às médias do PEVI do BE e do PEVI do MA com o
número de visitas/ano, onde até 3 visitas/ano (n=157), de 3 a 6 vistas/ano (n=90) e
mais 6 vistas/ano (n=43) foram encontradas diferenças significativas (p < 0,05),
expostas na FIGURA 22.
79
28,93
27,1
28,86
até 3/ano
3 a 6/ano
Bem-Estar
26,26
25,5
23,96
mais de 6/ano
Meio Ambiente
FIGURA 22: Média do PEVI do Pentáculo do Bem-Estar e do Pentáculo do Meio Ambiente dos
números de visitas por ano em ambientes naturais pelos turistas.
Conforme demonstra a figura acima, o PEVI do MA é um pouco afetado pelo
número de visitas/ano, permitindo evidenciar que quanto mais se fazem vistas a
ambientais naturais melhor o PEVI, no entanto, o PEVI do BE não é afetado pelas
visitas a ambientes naturais, havendo uma diferença mais significativa entre os dois
primeiros casos, até 3/ano e 3 a 6/ano (p<0,05).
O fato é que existe uma pouca determinação entre o PEVI do BE e o PEVI do
MA, constatando que nem sempre quando um perfil é desejável ou não-desejável o
outro também seja desejável ou não-desejável, desta forma não comprovando uma
das hipóteses para este estudo que indicava a relação do PEVI do BE com o PEVI
do MA.
6.4 Análise da influência do PEVI ideal na elaboração dos serviços turísticos
da cidade de Mucugê.
No sentido de atender a comprovação de uma das hipóteses desta pesquisa,
foi necessário apresentar dados que pudessem demonstrar a influência do PEVI
ideal na elaboração dos serviços turísticos da cidade de Mucugê.
Para dar andamento às discussões faz-se necessária apresentar as
características do censo dos serviços turísticos, onde dos 26 estabelecimentos
entrevistados e existentes, 8 eram pousadas, 3 estavam entre ACVM, Poder Público
(Secretaria Municipal de Turismo e Meio Ambiente) e Parque Municipal de Mucugê,
80
7 eram bares, restaurantes e pizzarias, 2 eram museus e 6 estabelecimentos entre
lojas, receptivos, agências e locadoras de automóveis.
Ao fazer uma análise da amostra foi possível identificar que a média de
funcionários dos serviços foi de 6,15 funcionários (±6,3), o número médio de clientes
mensais foi de 336,19 clientes/mês (±350) variando de acordo o tipo de serviço
turístico, o tempo de existência do serviço foi de 5,69 anos (±3,2).
Para medir a influência do estilo de vida nos serviços turísticos foi elaborado
um questionário semi-estruturado com 15 itens – APÊNDICE A, sendo 13 deles a
respeito da influência dos componentes do PEVI do BE e do PEVI do MA, além da
relação do turismo com a saúde e qualidade de vida. Os 2 últimos itens do
questionário
referem-se
à
prática
de
alguns
segmentos
do
turismo
no
estabelecimento e sobre a importância de implantar serviços, ações, procedimentos
ou ter atitudes para associar o turismo junto à natureza com o bem-estar e o meio
ambiente. O grau de influência destes itens com a elaboração do serviço turístico
está exposto na FIGURA 23.
% das respostas
Nenhum
Pouco
Importante
Muito
Essencial
90
80
70
60
50
40
30
20
10
0
p1
p2
p3
p4
p5
p6
p7
p8
p9
p10 p11 p12
Pe rguntas
FIGURA 23: Média das respostas do questionário que investiga a relação do grau de influência
do estilo de vida ideal na elaboração dos serviços turísticos - Números relativos.
Como pode ser observado na FIGURA 23 existe uma relação pouco
significativa em grau de importância dos serviços turísticos estarem atrelados ao
PEVI ideal do BE e do PEVI MA. Observa-se que os itens ligados aos componentes
Ativismo Ecológico - p1 (80%), Biodiversidade - p-2 (81%) e Prevenção da Poluição p-5 (93%) possuem um grau de importância entre estar muito importante e
essencialmente vinculados com os PEVI do MA. Nenhum componente do PEVI do
BE – p6 a p-10 obteve um grau elevado de muita importância ou essencial para
estar relacionado com a elaboração dos serviços turísticos.
81
Com isso, podemos concluir que os serviços turísticos prestados pela cidade
de Mucugê tiveram pouca influência pelos componentes do PEVI do BE, nutrição
adequada, atividade física habitual, comportamento preventivo, relacionamento
social e controle do stress, corroborando com uma das hipóteses deste estudo.
É um equívoco, já que as atividades turísticas em geral estão associadas ou
mesmo, tenta promover o bem-estar dos turistas, seja através de eventos sociais,
preocupação com a saúde, seja oferecendo a possibilidade uma alimentação mais
saudável, propondo atividades físicas e criando diversas condições para controlar o
stress. Na revisão deste estudo consta que em geral as pessoas busquem
atividades de turismo em ambientes naturais para fugirem do estilo de vida urbano e
que possam de alguma forma incrementar atividades físicas, uma alimentação mais
saudável e envolvimento com a cultura local através dos relacionamentos, tudo o
que não faz parte do estilo de vida destas pessoas em ambientes urbanos.
No entanto, paradoxalmente os entrevistados acreditam que a atividade
turística pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida e da saúde dos
indivíduos quando 92,2% dos entrevistados (n=25) responderam que o turismo
contribui muito e essencialmente para isto. Não obstante, 92,2% dos entrevistados
(n=25) acreditam também que a atividade turística contribui muito e essencialmente
na conservação e preservação ambiental.
Quando perguntados sobre se o meio ambiente e o bem estar são indicativos
representativos na elaboração do serviço turístico, apenas 39% (n=10) acreditam
que são essenciais na elaboração dos serviços, 19% (n=6) acreditam ser muito
importante, 35% (n=9) acreditam ser importante e os demais não vêem importância.
Quando questionados sobre se o turismo sendo dividido em alguns
segmentos, de acordo com a motivação dos turistas em Turismo de Lazer, Turismo
de Saúde, Cultural e Eco-Turismo, entre outros, se estes são desenvolvidos de
alguma forma nas ações proporcionadas pelo estabelecimento, 96,1% dos
entrevistados (n=25) responderam que sim.
Para a medida do quanto é importante implantar serviços, procedimentos,
ações e ter atitudes para associar o turismo junto à natureza com o bem-estar das
pessoas e com o meio ambiente foi elaborada uma questão, dentro do mesmo
instrumento de pesquisa contendo, na verdade, 12 (doze) investigações para que
fosse possível ser avaliada a importância supracitada. As questões estão expostas
na TABELA 36 do Apêndice C.
82
O grau de importância destas ações está exposto na FIGURA 24.
Pouco
..
....
......
Importante
Entrevistados
25
20
15
10
5
0
A
B
C
D
E
F
G
H
J
K
L
M
Perguntas
FIGURA 24: Grau de importância das ações a serem implantadas nos serviços turísticos –
números absolutos.
Através dos dados obtidos foi possível verificar que, de forma geral, os
estabelecimentos ligados às atividades turísticas, através de seus gestores,
acreditam ser muito importante e até mesmo essencial implantar serviços, ações e
procedimentos ou até mesmo ter uma atitude para associar o serviço turístico ao
Bem-Estar e ao Meio Ambiente. No entanto, existe uma pouca/média importância
em seu serviço adotar um comportamento ativista, a promover uma alimentação
adequada/saudável, a que funcionários e clientes pratiquem atividades físicas
habitualmente e no incentivo a mudanças de comportamento dos funcionários para
um PEVI saudável.
Definitivamente os gestores dos serviços turísticos dizem pretender de
alguma forma implantar atividades relacionadas ao PEVI para o bem-estar e para o
meio-ambiente, no entanto, na sua elaboração não foi levado em consideração, de
uma forma geral, os componentes relacionados ao PEVI. Contudo, os gestores
acreditam que a atividade turística contribui para a melhoria da saúde e qualidade de
vida dos turistas, bem como, para a conservação e preservação ambiental.
83
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto, evidencia-se que o perfil do estilo de vida individual é um
indicador importante para a saúde, qualidade de vida e para o meio ambiente.
Diversos são componentes indicadores para a construção de um perfil. Contudo, em
ambientes naturais, os envolvidos apresentaram perfis diferenciados, sendo os
moradores
que
trabalham
em
serviços
ligados
ao
turismo
aqueles
que
apresentaram, enquanto grupo o melhor perfil do estilo de vida individual frente ao
meio ambiente, mas em iguais condições aos grupos de turistas e moradores frente
ao bem-estar.
O perfil do estilo de vida individual dos moradores que trabalham nos serviços
turísticos é o único que se mostrou no comportamento próximo ao desejável na
84
escala de valores, indicando de alguma forma, que o envolvimento turístico em
áreas naturais contribui para um melhor perfil em relação ao meio ambiente.
Entretanto, todos os demais grupos apresentaram um perfil moderadamente
desejável para o meio ambiente e juntamente com os moradores que trabalham nos
serviços turísticos para o bem-estar.
Foi exposto ao longo do estudo que existe uma baixa determinação entre os
perfis avaliados, não demonstrando evidencias suficientes para que quando se
obtenha um perfil melhor para o meio ambiente, obtenha-se também para o bemestar e vice-versa. O estudo aponta ainda que o número maior de visitação a
ambientes naturais por parte dos turistas é associado ao melhor perfil do estilo de
vida individual frente ao meio ambiente.
Os serviços turísticos oferecidos pela cidade de Mucugê não sofreram
influências do estilo de vida individual para o bem-estar na sua elaboração e
execução, entretanto, os componentes do perfil do estilo de vida frente ao meio
ambiente: ativismo ecológico, biodiversidade e prevenção da poluição, podem estar
associados aos serviços turísticos. No entanto, os gestores destes serviços
acreditam que o turismo de alguma forma contribui para a qualidade de vida e saúde
das pessoas, bem como para o comportamento destas frente à conservação e
preservação ambiental e, sentem-se motivados a implantar ações para que de certa
forma colaborem com bem-estar e o meio ambiente.
Espera-se, portanto, que esta pesquisa e o seu propósito de apontar na
obtenção de dados para análise de um perfil do estilo de vida individual contribuam
de diversas formas para a cidade de Mucugê, bem como para futuros estudos que
em que exista uma associação do bem-estar, meio ambiente, turismo, saúde e
qualidade de vida com o perfil do estilo de vida dos indivíduos.
É desejo que esta intervenção científica não se finde com este estudo e que
com os resultados obtidos façam surgir novas possibilidades de continuidade do
processo em outras populações. Existe uma perspectiva de avanço nesta linha de
pesquisa em outras áreas ambientais, inclusive em outras regiões de Chapadas no
Brasil, porém, o estudo fica limitado a linhas de financiamento, na medida em que o
modelo sugere várias visitas em loco, com isso, aumentando o custo da pesquisa.
85
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Ecoturismo
–
Impactos,
Potencialidades
e
Possibilidades. Barueri, SP: Manole, 2001.
WEINECK, J. Atividade Física e Esporte Para Quê? 1 ed. Barueri, SP: Manole,
2003.
WHO. Active ageing: a policy framework. A contribution of the World Health
Organization to the Second United Nations World Assembly on Ageing. Madrid,
Spain, april 2002. Disponível em < www.who.org >, em: 20/5/2007.
WHO. Habitual Physical Activity and Health. WHO Regional Publication,
European Series No 6. Copenhagen: WHO, Regional Officie for Europe. 1978.
95
APÊNDICES
APÊNDICE A – Instrumentos de Pesquisa
96
QUESTIONÁRIO DO PENTÁCULO DO BEM-ESTAR
INSTRUMENTO ELABORADO PARA FINS DE PESQUISA NO PROGRAMA REGIONAL DE PÓSGRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL E MEIO AMBIENTE – UESC/BA.
Agradeço sua participação nesta pesquisa, parte integrante da investigação sobre a análise do perfil do estilo de
vida por atividade de turismo na natureza, para conclusão de Dissertação de Mestrado em Desenvolvimento
Regional e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC/Ba.
Sua participação é de extrema importância para o sucesso desta análise.
Sexo: ___________ Idade: _________ Escolaridade: ___________________ Data: ____/_____/____
Renda Mensal: (<1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10) salário(s) mínimo(s) - Tempo Residência/Ano: (<1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10)
PERFIL DO ESTILO DE VIDA INDIVIDUAL - Moradores
Sexo: ___________ Idade: _______ Escolaridade: _____________________ Data: ____/_____/____
Renda Mensal: (< 1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10) salário(s) mínimo(s) -Tempo Serviço/Ano: (< 1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10)
PERFIL DO ESTILO DE VIDA INDIVIDUAL – Moradores em serviços Turísticos
Sexo: ___________ Idade: ________Escolaridade: ____________________ Data: ____/_____/____
Renda Mensal: (<1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10) salário(s) mínimo(s) -Visitas(Áreas Naturais)/Ano: (<1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10)
PERFIL DO ESTILO DE VIDA INDIVIDUAL - Turistas
O ESTILO DE VIDA corresponde ao conjunto de ações habituais que refletem as atitudes e valores das pessoas.
Estas ações têm grande influência na saúde geral e qualidade de vida de todos os indivíduos.
Os itens abaixo representam características do estilo de vida relacionadas ao bem-estar individual.
Manifeste-se sobre cada afirmação considerando a escala:
( 0 ) absolutamente não faz parte do seu estilo de vida
( 1 ) às vezes corresponde ao seu comportamento
( 2 ) quase sempre verdadeiro no seu comportamento
( 3 ) a afirmação é sempre verdadeira no seu dia a dia; faz parte de seu estilo de vida.
Componente: Nutrição
a.
b.
c.
(
(
(
) Sua alimentação diária inclui ao menos 5 porções de frutas e verduras.
) Você evita ingerir alimentos gordurosos (carnes gordas, frituras) e doces.
) Você faz 4 a 5 refeições variadas ao dia, incluindo café da manhã completo.
Componente: Atividade Física
d.
e.
f.
( ) Você realiza ao menos 30 minutos de atividades físicas moderadas/intensas, e forma contínua ou
acumulada, 5 ou mais dias na semana.
( ) Ao menos duas vezes por semana você realiza exercícios que envolvam força e alongamento
muscular.
( ) No seu dia a dia, você caminha ou pedala como meio de transporte e, preferencialmente, usa as
escadas ao invés do elevador.
Componente: Comportamento Preventivo
g.
h.
i.
( ) Você conhece a sua PRESSÃO ARTERIAL, seus níveis de COLESTEROL e procura controla-los.
( ) Você NÃO FUMA e ingere ÁLCOOL com moderação (menos de 2 doses ao dia).
( ) Você sempre usa cinto de segurança e, se dirige, o faz respeitando as normas de trânsito, nunca
ingerindo álcool quando vai dirigir.
97
Componente: Relacionamento Social
j.
k.
l.
(
(
(
) Você procura cultivar amigos e está satisfeito com seus relacionamentos.
) Seu lazer inclui reuniões com amigos, atividades esportivas em grupo, participação em associações.
) Você procura ser ativo em sua comunidade, sentindo-se útil no seu ambiente social.
Componente: Controle do Stress
m. (
n. (
o. (
) Você reserva tempo (ao menos 5 minutos) todos os dias para relaxar.
) Você mantém uma discussão sem alterar-se, mesmo quando contrariado.
) Você equilibra o tempo dedicado ao trabalho com o tempo dedicado ao lazer
Instrumento idealizado pelo Prof. Dr. M. V. Nahas; Prof. Dr. Mauro V. de Barros; Prof. Dra Vanessa Francalacci – NuPAF/UFSC
98
QUESTIONÁRIO DO PENTÁCULO DO MEIO AMBIENTE
INSTRUMENTO ELABORADO PARA FINS DE PESQUISA NO PROGRAMA REGIONAL DE PÓSGRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL E MEIO AMBIENTE – UESC/BA.
Agradeço sua participação nesta pesquisa, parte integrante da investigação sobre a análise do perfil do estilo de
vida por atividade de turismo na natureza, para conclusão de Dissertação de Mestrado em Desenvolvimento
Regional e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Santa Cruz - UESC/Ba.
Sua participação é de extrema importância para o sucesso desta análise.
Sexo: ___________ Idade: _________ Escolaridade: ___________________ Data: ____/_____/____
Renda Mensal: (<1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10) salário(s) mínimo(s) - Tempo Residência/Ano: (<1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10)
PERFIL DO ESTILO DE VIDA INDIVIDUAL - MEIO AMBIENTE- Moradores
Sexo: ___________ Idade: _______ Escolaridade: _____________________ Data: ____/_____/____
Renda Mensal: (< 1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10) salário(s) mínimo(s) -Tempo Serviço/Ano: (< 1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10)
PERFIL DO ESTILO DE VIDA INDIVIDUAL – MEIO AMBIENTE - Moradores em serviços Turísticos
Sexo: ___________ Idade: ________Escolaridade: ____________________ Data: ____/_____/____
Renda Mensal: (<1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10) salário(s) mínimo(s) -Visitas(Áreas Naturais)/Ano: (<1) (1-3) (3-6) (6-10) (>10)
PERFIL DO ESTILO DE VIDA INDIVIDUAL – MEIO AMBIENTE - Turistas
O ESTILO DE VIDA corresponde ao conjunto de ações habituais que refletem as atitudes e valores das pessoas,
o MEIO AMBIENTE pode ser definido como um conjunto de fatores que atuam num determinado espaço,
mantendo entre si uma inter-relação. Neste caso, as ações aqui verificadas representam um grau de
comprometimento do estilo de vida individual com o meio ambiente. Estas ações influenciam na preservação
ambiental e nas formas de manutenção da vida.
Os itens abaixo representam características do estilo de vida relacionadas aos componentes ambientais.
Manifeste-se sobre cada afirmação considerando a escala:
(0) absolutamente não faz parte do seu estilo de vida
(1) às vezes corresponde ao seu comportamento
(2) quase sempre verdadeiro no seu comportamento
(3) a afirmação é sempre verdadeira no seu cotidiano; faz parte de seu estilo de vida.
Componente: ATIVISMO ECOLÓGICO
a.
b.
c.
(
) Procuro informação a respeito dos problemas ambientais em revistas, jornais, internet, programas
televisivos e palestras, contribuindo com ações de preservação.
(
) Participo de grupos ambientalistas ou procuro contribuir com ações e campanhas desses grupos ou
associações quando os mesmos atuam.
(
) No convívio familiar, no ambiente escolar, no trabalho e lazer tenho discussões acerca dos problemas
ambientais, propondo ações de preservação do meio ambiente.
Componente: BIODIVERSIDADE
d.
(
e.
f.
(
(
) Ao comprar plantas ornamentais, você tem a preocupação de saber se as mesmas foram cultivadas ou
se foram colhidas em áreas naturais, neste caso evitando a sua compra.
) Em suas refeições não incluem animais abatidos na caça.
) Nos ambientes de trabalho e moradia, procuro sempre criar e manter áreas verdes como jardins,
canteiros, etc.
99
Componente: CONSUMO
g.
(
h.
(
i.
(
) Você cria mecanismos para economia de energia no trabalho e em casa, otimizando o uso de
equipamentos eletroeletrônicos, desligando as tomadas, apagando as luzes dos ambientes vazios, etc.
) Ao tomar banho, escovar os dentes e lavar o carro, você sempre desliga a torneira da água, enquanto
executa essas atividades.
) Ao comprar bens de consumo (roupas, calçados, alimentos, etc.), compro exclusivamente o necessário
evitando desperdício.
Componente: VALORES AMBIENTAIS
j.
(
k.
(
l.
(
) Ao adquirir bens de consumo, você se preocupa em comprar produtos reciclados, orgânicos, com
certificação, biodegradáveis ou de empresas com projetos de responsabilidade ambiental.
) Você exige e/ou cria mecanismos para que outros exijam do poder público, condições dignas de
habitação no local em que vive (segurança, urbanização, saneamento básico e ambiental, etc.).
) Ao tomar conhecimento de tráfico de animais silvestres, desmatamentos, queimadas, vendas ilegais de
madeiras e de produtos naturais você denuncia.
Componente: PREVENÇÃO DA POLUÍCÃO
m. (
n.
(
o.
(
) Você sempre verifica o funcionamento do sistema de carburação do veículo, e, procura substituir o uso
do veículo por caminhadas, bicicleta ou transporte coletivo.
) Ao tomar banho em ambientes naturais você sempre evita usar produtos químicos em pele e cabelos e
evita deixar dejetos nesses locais.
) Você se preocupa com a classificação e seleção do lixo separando-os e depositando-os em locais
adequados para as coletas seletivas.
Instrumento idealizado pelos Profs. Sérgio Souza Magalhães & Clóvis Piau Santos – FTC/VCA
100
QUESTIONÁRIO DOS SERVIÇOS TURÍSTICOS
INSTRUMENTO ELABORADO PARA FINS DE PESQUISA NO PROGRAMA REGIONAL DE PÓSGRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO REGIONAL E MEIO AMBIENTE – UESC/BA.
Agradeço sua participação nesta pesquisa, parte integrante da investigação sobre a análise do perfil
do estilo de vida por atividade de turismo na natureza, para conclusão de Dissertação de Mestrado
em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente pela Universidade Estadual de Santa Cruz UESC/Ba.
Sua participação é de extrema importância para o sucesso desta análise.
Tipo de Segmento: ______________________________________Tempo no Mercado: ___________
o
o
N Funcionários: ______________ N Clientes Mês: ____________________ Data: ____/_____/____
1. OBJETIVO DA PESQUISA
“Analisar o perfil do estilo de vida das pessoas junto às atividades de turismo na natureza.”
2. SOBRE O PREENCHIMENTO DO QUESTIONÁRIO
As caixas reservadas para “respostas e comentários” (em cinza) são espaços para opiniões que o
colaborador acredite serem pertinentes. Estas caixas vão se adaptando automaticamente ao texto à
medida que se vai escrevendo.
Os campos em cinza são os campos que devem ser preenchidos. Para preencher os campos é muito
simples:
1) clicar sob o quadro;
2) marcar X ou escrever normalmente (de acordo com o que solicita cada questão)
3) ao terminar de responder, gravar este arquivo no seu computador.
4) anexar este arquivo e enviar para: [email protected] [email protected]
5) qualquer dúvida ou problema entrar em contato através de:
E-mail: [email protected]
Telefone: (0xx77) 9989 1689 3424 1115
QUESTIONÁRIO
01) Qual o grau de importância para seu estabelecimento estar associado ao ativismo participando ou
desenvolvendo campanhas ou ações ligadas à conservação ambiental ou a qualquer outro assunto
ligado ao meio ambiente, seja para os funcionários ou clientes?
Sem importância
Pouco Importante
Importante
Muito Importante
Essencial
Comentários:
101
02) Qual o grau de importância para seu estabelecimento cuidar da biodiversidade não oferecendo
nas opções do cardápio animais abatidos em caça, mantendo áreas verdes como jardins e canteiros
sabendo da procedência das plantas, não adquirindo plantas retiradas em áreas naturais?
Sem importância
Pouco Importante
Importante
Muito Importante
Essencial
Comentários:
03) Existe algum tipo de mecanismo em seu estabelecimento para que as pessoas (funcionários e
clientes) utilizem racionalmente a energia, água, alimentos e vestuários como avisos, instruções de
consumo consciente e algum tipo de tecnologia de economia para consumo?
Nenhum Mecanismo
Poucas Ações
Ações Moderadas
Muitas Ações
Campanha Intensa
Comentários:
04) Ao fazer as compra de bens de consumo (alimentos, vestuários, equipamentos, produtos de
limpeza, etc.) o seu estabelecimento tem se preocupado em adquirir produtos biodegradáveis,
reciclados, com certificação, orgânicos e de empresas que contribuem com a preservação ambiental?
Nenhuma Preocupação – não compramos nenhum tipo de produtos citados.
Pouca Preocupação
Preocupação Moderadas
Muita Preocupação
Preocupação Intensa – só compramos produtos com estas características.
Comentários:
05) O seu estabelecimento faz a seleção e classificação dos resíduos, depositando em locais
adequados para as coletas seletivas?
Sem importância – não fazemos seleção e classificação do lixo
Pouco Importante
Importante
Muito Importante
Essencial – fazemos diariamente a seleção e classificação do lixo
Comentários:
06) Qual o grau de importância para seu estabelecimento oferecer alimentos naturais (frutas,
verduras, legumes, cereais integrais, produtos orgânicos, etc.) e restringir alimentos gordurosos,
frituras e doces incluindo a opção light e diet nas refeições dos seus clientes?
102
Sem importância
Pouco Importante
Importante
Muito Importante
Essencial
Comentários:
07) Seu estabelecimento incentiva funcionários e clientes à prática regular de atividades físicas
intensas e moderadas diariamente (alongamentos/caminhadas), a evitar o transporte motorizado e a
não utilizar mecanismos que poupem esforços físicos?
Nenhuma Preocupação – não incentivamos a estas práticas.
Pouca Preocupação
Preocupação Moderadas
Muita Preocupação
Preocupação Intensa – incentivamos sempre
Comentários:
08) Existe algum tipo de mecanismo de controle da saúde dos clientes usuários do seu
estabelecimento, como questionários de avaliação da saúde com relato das últimas doenças e as
atuais, campanhas contra fumo e ingestão excessiva de bebidas alcoólicas, aquisição de aparelhos
de medida da pressão arterial, caixa de primeiros socorros, macas, relato do tipo sanguíneo para em
caso de acidentes?
Nenhum Mecanismo
Poucas Ações
Ações Moderadas
Muitas Ações
Ação Intensa
Comentários:
09) Existe algum tipo de ação no serviço prestado pelo seu estabelecimento no sentido de oferecer
eventos de convivência como encontros culturais, cafés, happy-hours, reuniões, palestras, festas,
atividades esportivas em grupo, etc.?
Nenhum Mecanismo
Poucas Ações
Ações Moderadas
Muitas Ações
Ação Intensa
Comentários:
10) Seu estabelecimento oferece algum tipo de serviço prioritariamente como mecanismo para o
controle do stress de seus clientes e funcionários?
Nenhum Serviço
Poucos Serviços
Alguns Serviços
103
Muitos Serviços
Sempre Oferecemos Serviços
Cite os Serviços:
11) No seu entender, o Turismo contribui para a melhoria da qualidade de vida e da saúde das
pessoas?
Não contribui
Contribui pouco
Contribui razoavelmente
Contribui muito
Contribui bastante
12) No seu entender, o Turismo contribui para a conservação e preservação ambiental?
Não contribui
Contribui pouco
Contribui razoavelmente
Contribui muito
Contribui bastante
13) O meio ambiente e o bem-estar individual são indicadores representativos na elaboração dos
serviços turísticos?
Sem importância
Pouco Importante
Importante
Muito Importante
Essencial
Comentários:
14) O turismo pode ser dividido em alguns segmentos, de acordo com a motivação dos turistas
(Turismo de Lazer, Turismo de Saúde, Turismo Cultural, Eco-Turismo, entre outros). No seu
entender, os segmentos de turismo citados são desenvolvidos de alguma forma nas ações
proporcionadas pelo seu estabelecimento?
SIM
NÃO
Se sim, de que maneira desenvolve estas ações.
Se não, explique quais os motivos que impedem estas ações.
Comentários:
104
15) Marque com X, o quanto é importante implantar serviços, procedimentos, ações e atitudes para a
associação do turismo junto à natureza com o bem-estar das pessoas e com o meio ambiente.
(quanto mais próximo a 1 = pouco importante).
Pouco
1
------------------------- Muito Importante
2
3
4
5
a) Adotar um Comportamento Ativista
b) Ter Cuidado com a Biodiversidade
c) Praticar o Consumo Consciente
d) Cultivar Valores Ambientais
e) Prevenir à Poluição
f) Aderir a uma Nutrição Adequada
g) Praticar Atividade Física Habitual
h) Comportamento Preventivo às Doenças
j) Melhorar o Relacionamento Social
k) Controlar o Stress
l) Incentivar a uma mudança de comportamento dos
Funcionários para um estilo de vida saudável
m) Proporcionar maior entusiasmo na elaboração de
serviços prestados levando em consideração o bemestar e o meio ambiente
Comentários:
Agradeço muito sua participação.
Sérgio Souza Magalhães
Av. Franklin Ferraz, 1251, Bloco C – Apt. 203. Bairro: Candeias
Vitória da Conquista - Bahia
Tel: (0xx77) 9989 1689 3424 1115
105
PENTÁCULO DO MEIO AMBIENTE
INSTR UM E NTO ELABO R ADO P AR A FINS DE P E SQ UISA NO P R O G R AM A R E G IO NAL DE
P Ó S-G R ADUAÇÃO EM DESE NV O LV IM E NTO R E G IO NAL E M EIO AM BIENTE - UESC/ BA.
Perfil do Estilo de Vida Frente ao Meio Ambiente
Resposta aos itens do Questionário:
Item
a
b
c
e
d
g
f
h
j
i
k
l
m
n
o
Escore
A tiv i s m o
E c o ló g ic o
a
b
c
o
d
Biodiversidade
Prevenção da
Poluição
n
3
e
2
1
m
f
l
g
k
Valores
Ambientais
h
j
Consumo
i
Interpretação:____________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
106
PENTÁCULO DO BEM-ESTAR
INSTR UM E NTO ELABO R ADO P AR A FINS DE P E SQ UISA NO P R O G R AM A R E G IO NAL DE
P Ó S-G R ADUAÇÃO EM DESE NV O LV IM E NTO R E G IO NAL E M EIO AM BIENTE - UESC/ BA.
Perfil do Estilo de Vida Individual
Resposta aos itens do Questionário:
Item
a
b
c
e
d
g
f
h
j
i
k
l
m
n
o
Escore
N u tr iç ã o
a
b
c
o
d
Atividade Física
Controle do
Stress
n
3
e
2
1
m
f
l
g
k
R elacionam ento
j
Social
h
i
Comportamento
Preventivo
Interpretação:____________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________
107
APÊNDICE B – Tabelas dos Escores dos Componentes Avaliados para o PEVI
do BE e do MA, Número de Indivíduos por Escore e Percentual
TABELA 6: Escores das afirmativas do componente Nutrição, número
de indivíduos por escore e percentual - Moradores.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
0 – 1 (indesejável)
Percentual
49
10,00%
2 – 3 (pouco desejável)
124
25,31%
4 – 5 (moderadamente desejável)
124
25,31%
6 – 7 (próximo ao desejável)
140
28,56%
53
10,82%
8 – 9 (desejável – ideal)
TABELA 7: Escores das afirmativas do componente Atividade Física,
número de indivíduos por escore e percentual - Moradores.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
0 – 1 (indesejável)
Percentual
91
18,57%
2 – 3 (pouco desejável)
134
27,35%
4 – 5 (moderadamente desejável)
106
21,63%
6 – 7 (próximo ao desejável)
108
22,04%
51
10,41%
8 – 9 (desejável – ideal)
108
TABELA 8: Escores das afirmativas do componente Comportamento
Preventivo, no de indivíduos por escore e percentual - Moradores.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
Percentual
0 – 1 (indesejável)
23
4,69%
2 – 3 (pouco desejável)
93
18,98%
4 – 5 (moderadamente desejável)
118
24,08%
6 – 7 (próximo ao desejável)
161
32,86%
95
19,39%
8 – 9 (desejável – ideal)
TABELA 9: Escores das afirmativas do componente Relacionamento
Social, no de indivíduos por escore e percentual - Moradores.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
0 – 1 (indesejável)
Percentual
5
1,02%
2 – 3 (pouco desejável)
35
7,14%
4 – 5 (moderadamente desejável)
89
18,16%
6 – 7 (próximo ao desejável)
171
34,90%
8 – 9 (desejável – ideal)
190
38,78%
TABELA 10: Escores das afirmativas do componente Controle do
Stress, no de indivíduos por escore e percentual - Moradores.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
0 – 1 (indesejável)
Percentual
49
10,00%
2 – 3 (pouco desejável)
124
25,31%
4 – 5 (moderadamente desejável)
124
25,31%
6 – 7 (próximo ao desejável)
140
28,56%
53
10,82%
8 – 9 (desejável – ideal)
109
TABELA 11: Escores das afirmativas do componente Ativismo Ecológico,
no de indivíduos por escore e percentual - Moradores.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
Percentual
0 – 1 (indesejável)
122
24,80%
2 – 3 (pouco desejável)
153
31,20%
4 – 5 (moderadamente desejável)
100
20,50%
6 – 7 (próximo ao desejável)
68
13,91%
8 – 9 (desejável – ideal)
47
9,69%
TABELA 12: Escores das afirmativas do componente Biodiversidade,
no de indivíduos por escore e percentual - Moradores.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
Percentual
0 – 1 (indesejável)
17
3,46%
2 – 3 (pouco desejável)
85
17,35%
4 – 5 (moderadamente desejável)
122
24,89%
6 – 7 (próximo ao desejável)
148
30,21%
8 – 9 (desejável – ideal)
118
24,09%
TABELA 13: Escores das afirmativas do componente Consumo,
no de indivíduos por escore e percentual - Moradores.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
0 – 1 (indesejável)
Percentual
8
1,63%
2 – 3 (pouco desejável)
42
8,58%
4 – 5 (moderadamente desejável)
82
16,73%
6 – 7 (próximo ao desejável)
143
29,18%
8 – 9 (desejável – ideal)
215
43,88%
110
TABELA 14: Escores das afirmativas do componente Valores Ambientais,
no de indivíduos por escore e percentual - Moradores.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
0 – 1 (indesejável)
Percentual
63
10,86%
2 – 3 (pouco desejável)
130
26,54%
4 – 5 (moderadamente desejável)
134
27,34%
6 – 7 (próximo ao desejável)
118
24,08%
45
9,18%
8 – 9 (desejável – ideal)
TABELA 15: Escores das afirmativas do componente Prevenção da
Poluição, no de indivíduos por escore e percentual - Moradores.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
0 – 1 (indesejável)
Percentual
8
1,63%
53
10,82%
4 – 5 (moderadamente desejável)
108
22,05%
6 – 7 (próximo ao desejável)
192
39,18%
8 – 9 (desejável – ideal)
129
26,32%
2 – 3 (pouco desejável)
TABELA 16: Escores das afirmativas do componente Nutrição,
no de indivíduos por escore e percentual - Turistas.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
Percentual
0 – 1 (indesejável)
21
7,62%
2 – 3 (pouco desejável)
64
22,07%
102
35,17%
6 – 7 (próximo ao desejável)
72
24,83%
8 – 9 (desejável – ideal)
31
10,69%
4 – 5 (moderadamente desejável)
111
TABELA 17: Escores das afirmativas do componente Atividade Física,
no de indivíduos por escore e percentual - Turistas.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
Percentual
0 – 1 (indesejável)
39
13,45%
2 – 3 (pouco desejável)
53
18,26%
4 – 5 (moderadamente desejável)
51
17,59%
6 – 7 (próximo ao desejável)
85
29,31%
8 – 9 (desejável – ideal)
62
21,39%
TABELA 18: Escores das afirmativas do componente Comportamento
Preventivo, no de indivíduos por escore e percentual - Turistas.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
0 – 1 (indesejável)
Percentual
6
2,07%
2 – 3 (pouco desejável)
24
8,28%
4 – 5 (moderadamente desejável)
56
19,31%
6 – 7 (próximo ao desejável)
84
28,97%
120
41,38%
8 – 9 (desejável – ideal)
TABELA 19: Escores das afirmativas do componente Relacionamento
Social, no de indivíduos por escore e percentual - Turistas.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
0 – 1 (indesejável)
Percentual
5
1,72%
2 – 3 (pouco desejável)
12
4,13%
4 – 5 (moderadamente desejável)
45
15,52%
6 – 7 (próximo ao desejável)
119
41,03%
8 – 9 (desejável – ideal)
109
37,59%
112
TABELA 20: Escores das afirmativas do componente Controle do Stress,
no de indivíduos por escore e percentual - Turistas.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
Percentual
0 – 1 (indesejável)
20
6,90%
2 – 3 (pouco desejável)
41
14,14%
108
37,24%
6 – 7 (próximo ao desejável)
91
31,38%
8 – 9 (desejável – ideal)
30
10,34%
4 – 5 (moderadamente desejável)
TABELA 21: Escores das afirmativas do componente Ativismo Ecológico,
número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
Percentual
0 – 1 (indesejável)
33
11,38%
2 – 3 (pouco desejável)
90
31,03%
4 – 5 (moderadamente desejável)
81
27,93%
6 – 7 (próximo ao desejável)
70
24,14%
8 – 9 (desejável – ideal)
16
5,51%
TABELA 22: Escores das afirmativas do componente Biodiversidade,
número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
Percentual
0 – 1 (indesejável)
19
6,53%
2 – 3 (pouco desejável)
67
23,10%
4 – 5 (moderadamente desejável)
85
29,31%
6 – 7 (próximo ao desejável)
72
24,83%
8 – 9 (desejável – ideal)
47
16,20%
113
TABELA 23: Escores das afirmativas do componente Consumo,
número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
0 – 1 (indesejável)
Percentual
5
1,72%
2 – 3 (pouco desejável)
29
10,00%
4 – 5 (moderadamente desejável)
57
19,66%
6 – 7 (próximo ao desejável)
8 – 9 (desejável – ideal)
109
37,59%
90
31,03%
TABELA 24: Escores das afirmativas do componente Valores Ambientais,
número de indivíduos por escore e percentual - Turistas.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
Percentual
0 – 1 (indesejável)
34
11,72%
2 – 3 (pouco desejável)
83
28,62%
4 – 5 (moderadamente desejável)
76
26,20%
6 – 7 (próximo ao desejável)
84
28,97%
8 – 9 (desejável – ideal)
13
4,49%
TABELA 25: Escores das afirmativas do componente Prevenção da
Poluição, no de indivíduos por escore e percentual - Turistas.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
Percentual
0 – 1 (indesejável)
18
6,20%
2 – 3 (pouco desejável)
54
18,62%
4 – 5 (moderadamente desejável)
85
29,31%
6 – 7 (próximo ao desejável)
93
32,07%
8 – 9 (desejável – ideal)
40
13,79%
114
TABELA 26: Escores das afirmativas do componente Nutrição,
no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
Percentual
0 – 1 (indesejável)
14
14,14%
2 – 3 (pouco desejável)
30
30,31%
4 – 5 (moderadamente desejável)
25
25,25%
6 – 7 (próximo ao desejável)
24
24,24%
8 – 9 (desejável – ideal)
6
6,06%
TABELA 27: Escores das afirmativas do componente Atividade Física,
no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
Percentual
0 – 1 (indesejável)
12
12,12%
2 – 3 (pouco desejável)
18
18,18%
4 – 5 (moderadamente desejável)
18
18,18%
6 – 7 (próximo ao desejável)
32
32,33%
8 – 9 (desejável – ideal)
19
19,19%
TABELA 28: Escores das afirmativas do componente Comportamento
Preventivo, no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
0 – 1 (indesejável)
Percentual
4
4,04%
2 – 3 (pouco desejável)
18
18,18%
4 – 5 (moderadamente desejável)
24
24,24%
6 – 7 (próximo ao desejável)
31
31,31%
8 – 9 (desejável – ideal)
22
22,22%
115
TABELA 29: Escores das afirmativas do componente Relacionamento
Social, no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
Percentual
0 – 1 (indesejável)
0
0%
2 – 3 (pouco desejável)
6
6,06%
4 – 5 (moderadamente desejável)
6
6,06%
6 – 7 (próximo ao desejável)
32
32,33%
8 – 9 (desejável – ideal)
55
55,55%
TABELA 30: Escores das afirmativas do componente Controle do Stress,
no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
0 – 1 (indesejável)
Percentual
3
3,03%
2 – 3 (pouco desejável)
19
19,19%
4 – 5 (moderadamente desejável)
30
30,30%
6 – 7 (próximo ao desejável)
31
31,31%
8 – 9 (desejável – ideal)
16
16,16%
TABELA 31: Escores das afirmativas do componente Ativismo Ecológico,
no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
0 – 1 (indesejável)
Percentual
8
8,08%
2 – 3 (pouco desejável)
19
19,19%
4 – 5 (moderadamente desejável)
20
20,21%
6 – 7 (próximo ao desejável)
24
24,24%
8 – 9 (desejável – ideal)
28
28,28%
116
TABELA 32: Escores das afirmativas do componente Biodiversidade,
no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
0 – 1 (indesejável)
Percentual
3
3,03%
2 – 3 (pouco desejável)
10
10,10%
4 – 5 (moderadamente desejável)
11
11,11%
6 – 7 (próximo ao desejável)
30
30,30%
8 – 9 (desejável – ideal)
45
45,45%
TABELA 33: Escores das afirmativas do componente Consumo,
no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
0 – 1 (indesejável)
Percentual
1
1,01%
2 – 3 (pouco desejável)
10
10,11%
4 – 5 (moderadamente desejável)
16
16,16%
6 – 7 (próximo ao desejável)
21
21,21%
8 – 9 (desejável – ideal)
51
51,51%
TABELA 34: Escores das afirmativas do componente Valores Ambientais,
número de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
0 – 1 (indesejável)
Percentual
6
6,06%
2 – 3 (pouco desejável)
20
20,20%
4 – 5 (moderadamente desejável)
15
15,15%
6 – 7 (próximo ao desejável)
34
34,34%
8 – 9 (desejável – ideal)
24
24,24%
117
TABELA 35: Escores das afirmativas do componente Prevenção da
Poluição, no de indivíduos por escore e percentual - MSTUR.
Escore Afirmativas – Comportamento No Avaliados
Percentual
0 – 1 (indesejável)
1
1,01%
2 – 3 (pouco desejável)
5
5,05%
4 – 5 (moderadamente desejável)
15
15,15%
6 – 7 (próximo ao desejável)
32
32,32%
8 – 9 (desejável – ideal)
46
46,46%
118
APÊNDICE C – Perguntas da entrevistas com os gestores dos serviços
turísticos da cidade de Mucugê.
TABELA 36: Investigação sobre a importância de implantar serviços,
procedimentos e ações para a associação do turismo
junto à natureza com o BE e o MA.
AÇÃO A SER IMPLANTADA
A)
B)
C)
D)
E)
F)
G)
H)
J)
K)
L)
M)
Adotar comportamento ativista
Ter cuidado com a biodiversidade
Praticar o consumo consciente
Cultivar valores ambientais
Prevenir à poluição
Aderir à nutrição adequada
Praticar atividade física habitualmente
Ter comportamento preventivo às doenças
Melhorar o relacionamento social
Controlar o stress
Incentivar mudanças de comportamentos dos funcionários para
um PEVI saudável
Proporcionar maior entusiasmo na elaboração dos serviços
turísticos levando em consideração o BE e o MA.
M188
Magalhães, Sérgio Souza de.
Análise do perfil do estilo de vida por atividade
de turismo na natureza: o caso da cidade de Mucugê - Bahia/ Sérgio Souza de Magalhães. – Ilhéus,
BA: UESC/PRODEMA, 2007.
xv, 118 f. : il.
Orientador: Alexandre Schiavetti.
Dissertação (Mestrado) – Universidade Estadual
de Santa Cruz. Programa Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente.
Inclui bibliografia e apêndice.
1. Meio ambiente. 2. Turismo – Aspectos ambientais. 3. Qualidade de vida. I. Título.
CDD 336.7
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ANÁLISE DO PERFIL DO ESTILO DE VIDA POR ATIVIDADE