XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006 A Gestão Ambiental: melhoria na qualidade de vida nas organizações. Alaxendro Rodrigo Dal Piva (UTFPR-PG / FADEP) [email protected] Luiz Alberto Pilatti (UTFPR-PG) [email protected] João Luiz Kovaleski (UTFPR-PG) [email protected] Resumo O presente estudo visa demonstrar a importância da interação das organizações privadas, órgãos públicos, organizações não governamentais e a sociedade para a necessidade da preservação dos recursos naturais com a relação do aumento da produtividade. Uma análise conjunta das ações individuais como a conscientização do meio ambiente, a utilização dos recursos da natureza e o destino dos resíduos, embasadas pelas entidades ambientalistas e órgãos governamentais, durante os processos produtivos das organizações, é vital para a sobrevivência das empresas. Bem como, a percepção dos impactos gerados na natureza e da produção desenfreada dos resíduos poluidores, parece ser uma preocupação atual das empresas, refletida em seus produtos, visando sua a permanência neste mercado globalizado e competitivo. Assim, este trabalho tem por objetivo apresentar as ferramentas disponíveis na sociedade, ressaltando que com uma interação das ações, dos interesses individuais e coletivos, os resultados passam ser mais eficazes e alcançados com uma velocidade maior. O estudo retrata situações corriqueiras existente no país e na microrregião de Pato Branco, percebe-se que a proposta de objetivos comuns e metas a serem traçadas para estabelecer uma boa qualidade de vida e a consciência da responsabilidade social sustentável, estendida, de forma contínua, da empresa para toda sociedade. Palavras-chaves: Gestão Ambiental, Recursos Naturais, Interação de Ações, Responsabilidade Social. 1. Introdução Nas décadas de 60 e 70, mentalidade predominante na prática da administração era que as organizações precisavam preocupar-se apenas com a eficiência dos sistemas produtivos, com o mercado em que atuava e considerando os recursos ilimitados. Em curto espaço de tempo, percebeu-se que esta noção era equivocada. Assim, com a crescente preocupação da gestão ambiental por parte das organizações, busca-se o desenvolvimento de uma consciência ecológica que envolva todos os funcionários, integrando os setores e, principalmente, disseminando junto à sociedade em que está inserida. Contudo, destaca-se que em um processo de conscientização leva um determinado tempo para que envolva todos no processo, até porque gerar uma mudança comportamental da organização envolvida exige uma mudança cultural e muito mais gradativa com toda a sociedade. O mercado competitivo das novas tecnologias está cada vez mais exigente, portanto, é necessário acompanhar as mudanças para sobrevivência das organizações. Desta forma, entende-se que podem ser definidas ações em conjunto para todas as atividades e soluções para preservar os recursos naturais. Com base nesta informação, constata-se a importância de que as empresas mantenham-se constantemente em planejamento, pois disso depende o funcionamento de sua organização e da utilização dos recursos oriundos do meio ambiente para realização de seu processo produtivo. Hoje, as empresas apresentam muitas ações dispersas no que se refere tratar da preservação do ENEGEP 2006 ABEPRO 1 XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006 meio ambiente, demonstra-se com mais intuito na área comercial e de sua imagem, do que o contínuo trabalho de conscientização social e organizacional aos recursos desprendidos para alcançar os benefícios ao longo do tempo e a integração da sociedade e a empresa. Os empresários começam a ver as mudanças em suas estruturas e que se inicia um novo processo de desenvolvimento na área ambiental, econômica e social da região de sua abrangência. Em uma evolução da consciência ecológica em todas as camadas de nossa sociedade que vem cada dia se destacando mais. A responsabilidade ao meio ambiente já é uma preocupação real desta geração, que procura influenciar as novas gerações para dar continuidades no processo de sustentabilidade e de serem responsáveis pelo meio em que se vive, incorporando atitudes diárias nas empresas e em toda a sociedade visando garantir a sobrevivência de nossa espécie. A gestão ambiental vem ganhando muitas inquietações de desafios, em que as organizações encontram-se dificuldades em priorizar e agrupar questões que estão associadas aos movimentos ambientalistas, porque cada vez mais o administrador tem que lidar com situações de vida atual e futura. A qualidade de vida e a prosperidade econômica e o crescimento populacional geram situações e conseqüências imagináveis, por isso da importância da gestão responsável dos recursos naturais. Nesta preocupação, a organização trabalha gerando a consciência em termos de responsabilidade social, desenvolvendo seus processos produtivos, através do envolvimento de cada membro de seu setor produtivo. Medindo assim, o impacto gerado ao mercado consumidor pela inserção da empresa na a sociedade, através de ações realizadas para consciência ecológica e da preocupação com a poluição e a coleta seletiva de produtos possíveis de reciclar. Cria-se uma cultura de produto ecologicamente correto e de uma sociedade nas diversas camadas sócias, que se preocupam com seu habitat hoje e no futuro. Com o desenvolvimento de tecnologias que manifestam todo dia, fica evidente a necessidade contínua de estratégias para preservação ambiental, pois o uso das inovações tecnológicas que facilitam a vida das pessoas, empresas e de novos empreendimentos muitas vezes esgotam os recursos naturais. Associadas a estas inquietações, estão outras que se destacam como o aumento da população e a redução das reservas naturais utilizadas pelo homem, bem como a perda da biodiversidade e a transformação irrecuperável de regiões e ambientes naturais em áreas para sempre hostis à habitação humana. Neste contexto encontram-se vários municípios da microrregião de Pato Branco, no sudoeste do estado do Paraná, que têm como foco o desenvolvimento sustentável, e não deixam de lado a sua relação com a sociedade e com o meio ambiente. Essa relação, tanto nas organizações governamentais e como nas empresariais, perseguem suas metas e objetivos organizacionais, porém esquecem de levar em consideração os interesses, desejos, propósitos e as necessidades dos cidadãos. A sociedade não está estruturada para tal preocupação, motivo claro é que cada setor da sociedade corre por um caminho, não se relacionam, demorando muito mais para gerar a integração das ações ambientais, proposta no desenvolvimento sustentável, e por conseqüência mal conseguem ser percebidas e processadas por todos. O objetivo deste estudo é apresentar algumas ferramentas disponíveis na sociedade, para a identificação e fortalecimento das ações propostas pelas empresas e outras organizações, na microrregião, em ações planejadas e concretas, demonstrando a importância de ferramentas básicas de relacionamento e envolvimento no processo do adequado dos recursos naturais e criação de uma consciência fortalecida na proteção ambiental. A partir de uma interação de universidades, entidades não governamentais e órgãos públicos, já consolidadas na região, buscam-se o desenvolvimento do uso e melhoria dos conhecimentos para construção ENEGEP 2006 ABEPRO 2 XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006 sustentável e da responsabilidade social, contínua em todos os produtos desenvolvidos e, almejando contribuir para crescimento da consciência ambiental, social e econômica da região. 2. Gestão Ambiental versus produtividade A crescente prática socialmente responsável da utilização por meio das organizações vem só aumentar a necessidade de uma gestão eficaz que age mediando interesses individuais e sociais para uma ação conjunta na região que visa à aplicação norma do uso dos recursos naturais, fortalecendo todas as ações existentes para um crescimento sustentável real, menciona Donaire (1999. p. 23) “a conscientização social refere-se à capacidade de uma organização de responder às expectativas e pressões da sociedade”. Como esse movimento vem aumentando busca-se a adaptação de todos os segmentos para mudar paradigmas existentes na sociedade em relação direta com a realidade em que se vive, inseridos em um modelo meramente capitalista. Na preocupação de contribuir para o desenvolvimento local e regional, as instituições de ensino superior enfocam na formação acadêmica e na realização de atividades e no desenvolvimento de projetos visualizando o modelo meramente capitalista que visa à maximização dos lucros. Assim, as empresas deslumbram a possibilidade de ampliação de seus produtos e o aproveitamento de profissionais capacitados pelas Instituições de Ensino Superior - IES. Portanto, a realização de uma estratégia em conjunto com todas as organizações do setor privado, órgão públicos, organizações não governamentais, instituições de ensino superior e sociedade, é fundamental para somar todos os esforços individuais almejando adaptar a realidade da região e ao conhecimento existente para a preservação contínua do meio ambiente e de boa utilização dos recursos naturais disponíveis. Assim, a valorização dos participantes e a integração são descritas por Minayo: A idéia de ciclo se solidifica em etapas estanques, mas em planos que se complementam. Porém, ela suscita também a delimitação do trabalho no tempo, através de um cronograma. Ao mesmo tempo, portanto trabalhamos com um movimento de valorização das partes e da integração no todo; e com a visão de um produto provisório integrando a historicidade do processo social e da construção teórica. (MINAYO 1998, p. 27). Ao fornecer instrumentos para gerir com mais eficiência os recursos disponíveis, trabalha-se na importância de envolver as atividades estruturadas na região sudoeste. Por intermédio da integração entre as entidades proporcionam-se uma variedade de conhecimento e de recursos para a formação e treinamentos de um número maior de pessoas que estarão engajadas à idéia de desenvolvimento sustentável e preservação do meio ambiente. O que se transforma numa barreira que limita o processo de discussão, descrita por Luckesi et al. (2003, p. 49), “esta ação de pensar as coisas com as quais vivemos, dá uma dimensão nova a tudo: a dimensão significa da compreensão”. Desta forma, entende-se que é necessário ampliar o relacionamento entre os envolvidos capazes de fortalecer a ação do pensar e planejar. No cenário social e econômico das empresas a região sudoeste, percebe-se que ações realizadas estão em seu processo inicial e são bem aceitas pelas organizações, pois podem apresentar soluções para os problemas gerados pelo mau uso dos recursos naturais, descritas por CLEGG, S. R et al. (1998, p. 366) “os recursos naturais foram, cada vez mais, sendo valorizados por suas qualidades existenciais em um estado de natureza, bem como pela sua atratividade para outras atividades estéticas”. Por forças externas dos negócios, como a falta de experiência para atuar com as novas tecnologias, pois, sabe-se que as reservas naturais são finitas e que as soluções ocorrem através de tecnologias mais adequadas ao meio ambiente. ENEGEP 2006 ABEPRO 3 XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006 Portanto o desenvolvimento econômico proporciona uma melhoria sustentável para a sociedade, principalmente a utilização correta dos recursos existentes no meio ambiente, conforme relata Tachizawa: O ambiente em que a organização está inserido é continuamente dinâmico e pressionado por variáveis externas. Verifica-se que à medida que as variáveis do meio ambiente se alteram, o ambiente imediato da organização pode estar alterandose, o que, inevitavelmente, provocará necessidade de alterações intraorganizacionais na organização. Tais mudanças internas na organização tendem a exigir um realinhamento de estratégias e, conseqüentemente de seu modelo de gestão estratégica, o que sem dúvida pode induzir as mudanças nos processos sistêmicos, principalmente, em seus processos produtivos ou processos chaves (TACHIZAWA, 2001, p. 262): Como todos os problemas ambientais provocaram grandes danos irreversíveis ao meio em que vivemos por isso, a importância social e econômica das empresas, apresentarem possibilidades de desenvolver novas tecnologias, relativos ao controle da contaminação, que representa um custo no crescimento econômico, descrita por Silva (2002, p. 300) “uma vez que os gerentes estão voltados para tomar decisões acerca do futuro, eles precisam especificar o que saber sobre tal futuro para enfrentar os impactos e riscos das suas decisões”. Assim, os gerentes se tornam indispensáveis para planejar e fornecer elementos necessários na integração das organizações e a aplicabilidade de projetos com objetivos em comum a serem realizados, beneficiar na melhoria da qualidade de vida de toda sociedade, fortalecendo idéia da preservação do uso adequado dos recursos naturais da região. Com a crescente das entidades educacionais, passam a interferir no atual cenário social e econômico da região sudoeste, percebe-se que há poucas ações realizadas que tem como objetivo de fornecer instrumentos para gerir com mais eficiência a utilização das ferramentas da qualidade nos processos da formação dos alunos, tais ferramentas são descritas por De Andrade et. al. (2002, p. 93) “...permeiam toda a organização, e, no plano inteorganizacional, abrangendo fornecedores, clientes externos e entidades externas, ampliam virtualmente suas fronteiras”. Assim, por intermédio da integração do conhecimento teórico repassado no ensino superior, De Andrade et. al. (2002, p. 93), apresenta ferramentas, conforme figura 1: Gestão da Qualidade Gestão da qualidade Fornecedores Qualidade Insumos Organização Produto Clientes Mercado (Bens/serviços) Figura 1 – Princípios da Qualidade. A importância social e econômica das empresas é entender e atender a necessidade básica da reciclagem, e é fundamental para a sua organização para ter mais representatividade no mundo competitivo dos negócios ao apresentar possibilidades de desenvolver novas tecnologias, para prática empresarial sustentável envolvendo todos os processos produtivos das organizações. ENEGEP 2006 ABEPRO 4 XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006 Portanto, a participação das organizações para atingir seus objetivos e metas, desperta o interesses para as questões ambientais, estruturando na sua gestão empresarial a variável ambiental, propiciando movimentos integradores entre os setores da empresa e da sociedade. Conforme descrita por Clegg: O objetivo de desenvolvimento sustentável do ambientalismo renovado representa “uma reconciliação entre o crescimento econômico e a produção ambiental” nos níveis local, nacional e. Proponentes do desenvolvimento sustentável identificam como sendo importante causa da degradação ambiental a distribuição desigual da riqueza econômica entre as nações industrializadas e os paises do “Terceiro Mundo”. (CLEGG et al. 1998, p. 373). Porém está aí, o desafio de gerar a integração em todos os setores da sociedade de forma integrada e competitiva que compreenda: movimentos empresariais, não governamentais e das instituições de ensino superior. Para que assumam o papel claro sobre a responsabilidade social no processo de desenvolvimento social e econômico da região. 3. As influências internas e externas que agem sobre as empresas É essencial a existência de uma política ambiental, para atender as necessidades das organizações, tanto para a eliminação dos níveis de resíduos tóxicos decorrentes dos seus processos produtivo, bem como, não perdendo o foco da sua responsabilidade social para com o meio ambiente, incorporando tais fatores em seus produtos. Essa vontade política, que é fundamental na problemática ambiental como afirma Copobianco: Primeiro, o modelo de desenvolvimento adotado no Brasil, baseado em uma industrialização rápida e concentrada, criou sua primeiras deseconomias de escala. Estas se manifestaram pelo agravamento de certos problemas urbanos, em especial o crescimento da poluição industrial, a falta de saneamento e os problemas de abastecimento de água que afetam as populações das principais cidades do país. (COPOBIANCO, 1990, p. 3). A disseminação das informações sobre a utilização adequada dos recursos naturais nas atividades industriais da empresa, passando isso a ser uma ferramenta competitiva e de busca de um posicionamento estratégico frente ao mercado competitivo. Atualmente, o crescimento progressivo da população e o desenvolvimento econômico estão sofrendo mudanças e passam a ser fatores de ameaça ao meio ambiente, o que vem levando há inúmeros estudos sobre a proteção do habitat, e que demonstram haver a possibilidade de maximizar os lucros sem poluir o ambiente. Desta forma, a cada ano que passa as organizações estão investindo capitais em quem se preocupa com preservação sustentável através dos programas de preservação. O desempenho de ações em conjunto na preservação e da responsabilidade social, se torna mais eficiente ao momento que às informações decorrentes das pesquisas e estudos realizados sejam aplicados, com um monitoramento sobre as ações determinadas pelas empresas do setor e juntamente com as instituições de ensino superior, interagem nas propostas sobre a utilização correta dos recursos naturais. Por isso é importante agir dentro de uma rede contínua de troca de informações provocando modificações nos ambientes envolvidos neste relacionamento mutuo de tecnologias, descrita por Silva: Muitos são os fatores que afetam uma organização e a maioria deles muda constantemente. Estes fatores são chamados forças causadoras das mudanças, e podem se originar tanto dentro como fora da organização, isto é, o processo de mudanças organizacional pode começar com o surgimento de forças endógenas e exógenas à organização. (SILVA, 2002, p. 416). ENEGEP 2006 ABEPRO 5 XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006 As empresas se defrontam com um desafio que é identificar seus pontos fortes e fracos, ameaças e oportunidades para competir e sustentar suas empresas. Com isso, parte-se para a busca de um trabalho integrado com seus colaboradores com consciência de preservação dos recursos naturais como uma fonte finita, e, lembrando ainda, como relata Fava (2002, p. 23), “a empresa constitui o ambiente dentro do quais as pessoas trabalham e vivem a maior parte de suas vidas”. Passa a ser um papel fundamental das organizações na vida da sociedade proporcionando uma interação como todos os setores da sociedade, demonstrando a importância de ações em conjunto, para preservá-la os recursos naturais, que ainda existente na região. Da mesma maneira que existem as influências internas em uma organização e em seus processos produtivos, interferindo nas tomadas de decisões, existem as forças externas que interagem nas ações ambientais, pois, de acordo com Silva (2002, p. 417), “uma organização, qualquer que seja ela depende e precisa interagir com o ambiente externo para continuar a existir; os seus recursos (financeiros, de mão-de-obra, clientes, etc.) são obtidos fora”. Os principais elementos que atuam como forças externas estão mostradas na figura 2, descrita por Silva (2002, p. 418): Elementos de Mudanças Condições educacionais Fatores culturais Fatores sociais ORGANIZAÇÃO Fatores políticos Fatores tecnológicos Condições econômicas Figura 2 – Elementos que atuam como forças externas de mudanças. No atual cenário, as empresas, para demonstrarem-se competitivas no mercado, devem estar preocupadas também com os efeitos naturais e com a interação das organizações começam a avaliar suas ações e estratégias em seus produtos e serviços, descritos por Fava (2002, p. 21), “estratégia numa empresas é a própria empresa. Estratégia é sobre ser diferente, afinal, a tecnologia iguala a todos. Estratégia é algo que faz o cliente escolher você e não o outro”. Atualmente, requer que as empresas, além de tecnologia tenham disponível um tempo ao pensar em seus negócios e direcionar para o melhor caminho, transformando em um planejamento estratégico de suas operações. Usando como indicadores de avaliação tanto de natureza quantitativa quanto qualitativa, aproveitando ensino com as pesquisas, trabalhos e projetos realizados pelos acadêmicos das instituições de ensino superior da região. Algumas precauções precisam ser tomadas antes da escolha destas ferramentas. Entre elas está o fato de interagir com entidades, com um relacionamento claro e com objetivo único de construir ações em conjuntos. Outra precaução que se deve tomar é em relação ao ENEGEP 2006 ABEPRO 6 XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006 desenvolvimento ou à utilização de uma infra-estrutura das instituições de ensino superior, que oferecem aos acadêmicos no processo de aprendizagem do curso de graduação. Da mesma maneira, acontecem as influências internas e externas em uma organização e em seus processos produtivos, que interferem as tomadas de decisões no momento de competir neste mercado globalizado. Assim, o trabalho de conscientização da preservação e responsabilidade social, valorizando ações da utilização, dos recursos naturais (natureza) e do processo de desenvolvimento, descrita por Clegg: À medida que critérios naturais para definir limites de uma biorregiao não as mutuamente exclusivos nem destituídos de critérios humanos de utilização e percepção, as comunidades, inseridas nas biorregiões, deveriam readquirir autoridade para tomarem decisões locais a fim de gerar auto-suficiência ambiental e econômica de produção e utilização. Dentro da perspectiva do ambientalismo radical existem quatro filosofias proeminentes – a ecologia profunda, a ecologia espiritual, a ecologia social e ecofeminismo – as quais diferem principalmente em termos de ênfases e meios, ao invés dos fins, da agenda radial de mudança transformacional na relação homem-natureza (CLEGG et al. 1998, p. 369). Neste contexto apresentam-se as estruturas existentes de cada organização, contribuem para o desenvolvimento e o fomento das empresas envolvendo-as com vários níveis de conhecimentos proporcionando o uso de novas ferramentas que passam a se preocupar mais com as questões ligadas ao meio ambiente, produzindo com ética em seus produtos e serviços. Com o passar dos tempos algumas precauções precisam ser tomadas na integração das organizações nas ações em comuns. Entre os fatores evolutivos das sociedades, Clegg (1998, p. 371) descreve “como resultado da evolução social e natural, a sociedade humana desenvolveu padrões de dominação hierárquica, os quais são social e ambientalmente destrutivos”. Conhecendo tal fator facilitará a comunicação e a execução de projetos com fins comuns envolvendo todos os setores da sociedade. Para uma efetiva compreensão e interpretação das informações sobre ambientalismo e preservação dos recursos naturais, compartilhadas em uma interação com entidades pela questão ambiental a terem responsabilidade ambiental. Destaca-se ainda falta de articulação entre as diferentes instituições envolvidas, pela ausência de coordenação e acompanhamento, descrita por Clegg: Embora o ambientalismo renovado não seja um paradigma “puro”, ele representa uma diversidade de meios pelos qual a sociedade industrializada tem procurado integrar o meio ambiente ao processo de tomada de decisão. O conceito de “esverdear”, na sociedade e em suas organizações, esta repleto de ambigüidades e contradições mais indicado do modelo “lata de lixo” de tomada de decisão do que de qualquer escolha racional ou planejamento. (CLEGG, S. R et al. 1998, p. 375). Esta relação ambientalista é fundamental que seja gerenciada por todos os envolvidos, podendo assim, ocasionar um maior respaldo aos planejamentos e direcionamentos sugeridos pelas entidades. Para atingir o desenvolvimento sustentável através do melhor relacionamento com o meio ambiente são necessárias ações em conjunto. Simultaneamente, entidades promovem e protegem seus interesses econômicos, com fins competitivos ou de destaque no mundo dos negócios como aquela que se preocupa com o meio ambiente. A realização de ações integradas que motivam e buscam de alternativas em parcerias e de objetivos comuns para utilização adequado dos recursos disponíveis na natureza e passiveis de uso controlado e planejado pela sociedade. ENEGEP 2006 ABEPRO 7 XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006 4. A interação como ferramenta fundamental Pela busca de novas oportunidades de crescimento e para sobrevivência no mundo dos negócios, a empresa dependerá do seu montante de recursos para alcançar os resultados planejados, visando atender a necessidades de seus clientes. Portanto, é fundamental a garantia de preservar o meio ambiente e em definir a melhoria da qualidade de vida de seus funcionários e da sociedade. Atualmente para as organizações é uma questão de visão e de estratégia no mundo dos negócios, descrita por Donaire: No contexto nacional, essa influência externa, que repercute na estratégia organizacional, caracteriza-se pelas exigências da legislação ambiental, que passaram a estabelecer normas de atuação que resultaram em repercussões em nível externo em nível interno nas organizações interessadas em equacionar sues problemas ambientais. Ao mesmo tempo, propiciaram a movimentação coletiva de alguns setores industriais, através das Associações de empresas, que estão levando suas filiadas a incorporar em sua estratégia um posicionamento ambiental mais responsável, procurando evitar problemas futuros. (DONAIRE, 1999. p. 91). Através do envolvimento dos órgãos públicos, das empresas e das diversas camadas da sociedade, facilitará as ações que beneficiarão o movimento de preservação dos recursos naturais, ajudando na identificação das atividades existentes criando uma idéia de importância do envolvimento as ações para o futuro próximo. As empresas precisam construir melhor os seus laços de relacionamentos com as entidades não governamentais e com as instituições de ensino superior, assim, obtendo melhores parcerias e uma rápida transferência do conhecimento, usando a teoria da natureza e das sociedades, para a aplicação efetivas e demonstrar que ambas estão entrelaçadas e em hipótese alguma não pode ser consideradas em separado, com isso, utiliza-se os dados e informações contidas nas organizações envolvidas alcançando resultados mais efetivos, descrita por De Andrade: O planejamento ambiental a ser desenvolvido, o qual constitui parte integrante da gestão estratégica da organização, considera o teor da análise ambiental e do diagnóstico inicial efetuado no âmbito da organização sob estudo para fins de geração do Plano de Proteção do Ambiente, Saúde e Segurança dos empregados, clientes e comunidade. (De Andrade et al. 2002, p. 113). Utilizando com maior eficiência as informações existentes e pesquisadas, a interação cria uma rede de relacionamentos que proporciona envolvimento das empresas dos setores da sociedade. Tornando-se possível a transferência do conhecimento adquirido conforme interesse comum de cada entidade atuante na preservação do meio ambiente, que zela pela realização de pesquisas, para o maior comprometimento dos setores, descrita por Minayo (1998, p. 17) “entendemos por pesquisa a atividade básica da Ciência na sua indagação e construção da realidade. É a pesquisa que alimenta a atividade de ensino e a atualiza frente à realidade do mundo”. Recomenda-se para isso, ainda trabalhando no enfoque participativo, a continuidade da lógica de detalhamento de todo o conjunto de atividades necessárias e suficientes para o alcance da situação desejada sobre a utilização corretas dos recursos naturais. A utilização dos dados levantados das várias estruturas existentes das empresas disponíveis que contribuem na realização das atividades que pretende incentivar as empresas e/ou apoiarem mesmas na execução, descrita por De Andrade et al (2002, p.65) “nesse sentido, o modelo de formação da estratégia competitiva separa os elementos estratégicos genéricos, possíveis de ser aplicados a todas as empresas de determinado setor econômico, daqueles ENEGEP 2006 ABEPRO 8 XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006 elementos estratégicos específicos e singulares a cada organização”. Pretende consolidar empresas a trabalhar de forma participativa na elaboração do cronograma, possibilitando a definição conjunta pelos envolvidos na execução de atividades, junto aos diversos setores da sociedade. Como o objetivo do estudo é de estar interagindo nas diversas atividades no setor produtivos das organizações existentes na microrregião, vê-se a necessidade de estar solidificando seus empreendimentos, através de um gerenciamento com a capacidade usar o intelectual dos profissionais e de egressos das instituições de ensino, ressaltando, assim, a importância do capital humano nas empresas aplicados na gestão ambiental. As ações em conjunto demonstram promover o desenvolvimento sustentável na microrregião, possuem como objetivo principal criar mecanismos para promover a preservação dos recursos naturais e a expressiva melhoria da qualidade de vida, contribuindo significativamente para o desenvolvimento social, econômico e da consciência sustentável do meio ambiente. 5. Considerações finais As organizações procuram constantemente promover a conscientização ambiental entre os colaboradores e a comunidade, através de palestras destacando a importância de um sistema de gestão ambiental e visitas nas comunidades, envolvendo os acadêmicos das instituições de ensino superior. Tais evoluções, se estudadas e aplicadas, poderão transformar sua realidade, propiciando uma estrutura mais ágil e integrada com todos os setores da organização. Por isso, investir em conhecimento gera maior agilidade nos processos e nas ações de preservar e utilizar adequadamente os recursos naturais e destinação dos resíduos poluentes em lugares previamente determinado. Cotidianamente, as ações para proteger e preservar o meio ambiente torna-se indispensável para concretizar o gerenciamento ambiental, sendo uma ferramenta de sustentabilidade e competitividade das organizações envolvidas, aproveitando melhor todos os recursos disponíveis para operacionalização das atividades e de seus processos produtivos. O administrador no uso dos conceitos e técnicas fundamentais para a tomada de decisões, escolhe certas metas para perseguir e fazer bom uso dos recursos para um alcance de metas, com isso obter como resultado um produto que o consumidor queira, com uma qualidade e preço que ele possa pagar. Percebeu-se, com o estudo que existe uma variedade ações e que na interação das organizações, passam agir como agentes que proporcionam para a sociedade regional o incremento de novas aplicações de preservação dos recursos naturais nos processos produtivos das empresas com as atividades executadas pelo encaminhamento deste processo de aprendizagem da sociedade, que, nesse contexto, beneficia o desenvolvimento sustentável na preservação dos meios naturais. Observou-se que as organizações possuem inúmeras características que as diferenciam uma das outras, porém algumas ações, na busca de uma estrutura competitiva, são comuns como: orientação para metas; fronteiras (processos) de difícil identificação; interação social; sistemas estruturados de atividade e uma cultura própria. O administrador que utiliza adequadamente essas ferramentas terá condições de encaminhar melhor sua atividade e tornando-a mais ativa no mercado competitivo. Assim, como os recursos naturais e matérias primas utilizadas a cada dia estão mais escassos, constata-se que a interação entre as entidades tratará aspectos importantes na efetividade das ENEGEP 2006 ABEPRO 9 XXVI ENEGEP - Fortaleza, CE, Brasil, 9 a 11 de Outubro de 2006 ações, serão melhores compreendidos e valorizados pelos consumidores e clientes. Trazendo para as empresas envolvidas vantagens perante aos concorrentes, pois proporcionará uma visão mais ampla do mercado onde atua, podendo assim melhorar os recursos na produção e operações de suas atividades, direcionando melhores seus resíduos e otimizando o uso dos recursos naturais. A promoção de eventos de interação sobre a sustentabilidade dos recursos naturais que envolvem negócios, e a capacitação acelerada dos diversos setores da sociedade, demonstra produtos ecologicamente corretos e gera a competitividade das empresas no mercado. Com esta preocupação, mais empresas procuram inserir a variável ambiental em seus processos, através da adoção de um sistema de gestão ambiental. Isto também auxiliará na rápida preparação de profissionais nas instituições de ensino superior para atender as demandas específicas e imediatas do mercado dos usos dos recursos naturais. Conclui-se que a interação de ações ambientais e os programas podem auxiliar na aprendizagem e agregar conhecimento da gestão ambiental nos diferentes níveis para a aplicação das teorias na prática e com suporte técnico das instituições de ensino. Assim, complementam-se informações e desenvolve-se uma rede de contatos, surgindo novas idéias para as atividades executadas com o uso de material didático utilizado e da estrutura disponibilizada para realização dos projetos na preservação dos recursos ainda existentes no meio ambiente. Referências: CLEGG, S. R Et al. – Handbook de estudos organizacionais. Ed. Atlas. São Paulo, 1998. COPOBIANCO, J. 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